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Sociedade Anônima

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SOCIEDADE ANÔNIMA
ORIGEM:
As chamadas sociedades por ações ou sociedade anônimas surgiram em decorrência de grandes empreendimentos destinados à exploração colonial.
A Companhia Holandesa das Índias Orientais (1602) teria sido a primeira dentre elas.
A Revolução Industrial, quase dois séculos depois, faria da sociedade anônima o grande instrumento de sua realização.
No Brasil, a primeira sociedade anônima de que se tem notícia é a Cia. de Comércio do Brasil (1636), e a segunda, o Banco do Brasil (1808).
REGULAMENTAÇÃO:
Atualmente, as sociedades anônimas são regulamentadas pela Lei nº 6.404/76, a Lei das Sociedades Anônimas, que sofreu profundas modificações em 1997 e em 2001.
CARACTERÍSTICAS:
Por força do parágrafo único do artigo 982 do Código Civil de 2002, bem como da Lei das S/A, as sociedades anônimas são sempre empresárias, independentemente das atividades por elas desenvolvidas.
Seus estatutos sociais serão sempre registrados perante a Junta Comercial do Estado em que se encontra a sede da companhia.
A sociedade por ações é a pessoa jurídica de direito privado, de natureza empresária, independentemente de seu objeto.
Geralmente são empresas de grande porte, dedicadas a determinados ramos de negócio que requerem altos investimento.
Capital social:
Dividido em ações.
Quem adquire as ações recebe a denominação de acionista.
Responsabilidade do acionista:
Limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
NOME – Art. 3º da Lei das S/A:
Adota denominação, acompanhada das expressões “companhia” ou “sociedade anônima”, expressas por extenso ou abreviadamente.
S/A; S.A.; Cia.
Vedada a utilização de “companhia” no final do nome.
O nome do fundador, acionista, ou pessoa que se queira homenagear poderá figurar na denominação.
Exemplos de nomes: 
Banco do Brasil S/A: Companhia Paulista de Laticínios, Companhia Vale do Rio Doce, etc.
CLASSIFICAÇÃO – art. 4º da Lei das S/A:
Abertas ou fechadas, conforme tenham ou não seus valores mobiliários negociados em bolsa.
Nacional ou estrangeira:
Considera-se nacional a companhia constituída de acordo com a legislação brasileira e com sede de administração localizada no Brasil, sendo irrelevante a nacionalidade do capital ou dos acionistas.
A sociedade anônima organizada de acordo com a legislação alienígena, ou com sede no exterior, é considerada estrangeira.
CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE ANÔNIMA
A sociedade anônima pode ser constituída de duas formas:
Subscrição pública – privativa das companhias abertas, caracterizando-se pela busca de recursos junto a investidores.
Subscrição particular - os fundadores entram com recursos particulares.
CAPITAL SOCIAL
pode ser integralizado pelo acionista em dinheiro (hipótese mais comum), bens ou créditos.
Para a integralização do capital social em bens é necessário realizar-se a avaliação desses bens, que deve ser feita com observância de determinadas regras fixadas na lei (LSA, art. 8º).
Devem ser contratados 03 peritos, ou uma empresa especializada, para a elaboração de um laudo fundamentado com indicação dos critérios e dos elementos de comparação utilizados e instruído pelos documentos relativos ao bem.
Esse laudo será objeto de votação por assembleia geral da companhia.
Se o valor atribuído pelo laudo pericial for aprovado pelo órgão social e aceito pelo subscritor, perfaz-se a integralização do capital social pelo bem avaliado.
Qualquer bem corpóreo ou incorpóreo (registro de marca, patente, etc.), móvel ou imóvel, pode ser usado para a integralização do capital social da companhia.
O bem se transfere a título de propriedade, salvo estipulação diversa (usufruto, por exemplo), e a responsabilidade do subscritor equipara-se, outrossim, à do vendedor.
Constituição da S/A:
Requisitos preliminares (arts. 80 e 81 da Lei das S/A):
Subscrição de todo o capital social por, pelo menos, duas pessoas. 
A subscrição é contrato complexo pelo qual uma pessoa se torna titular de ação emitida por uma sociedade anônima.
É irretratável.
Realização, como entrada, de no mínimo 10% do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro.
Depósito das entradas em dinheiro no Banco do Brasil ou estabelecimento bancário autorizado pela CVM, devendo ser feito pelo fundador até 5 dias do recebimento das quantias, em nome do subscritor e em favor da companhia em constituição.
Concluído o processo de constituição, a companhia levantará o montante depositado. 
Se este processo não se concluir em 6 meses do depósito, o subscritor é que levantará a quantia por ele paga.
CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE ANÔNIMA
Modalidades de constituição (arts. 82 a 93):
Subscrição pública – os fundadores buscam recursos para a constituição da sociedade junto aos investidores.
Subscrição particular – Os fundadores entram com recursos particulares.
A emissão pública de ações encontra-se definida no art. 19, § 3º da Lei 6.385/76.
Providências complementares (arts. 94 a 99):
Para requerer o registro junto à CVM, o fundador da companhia deverá contratar uma instituição financeira para intermediar a colocação das ações no mercado. 
O prospecto deverá conter a assinatura da instituição financeira.
Concedido o registro, passa-se à fase da subscrição das ações representativas do capital social.
Quando todo o capital social estiver subscrito, os fundadores convocarão a assembleia de fundação para avaliar os bens oferecidos para a integralização, se for o caso, e deliberar sobre a constituição da companhia.
Nesta assembleia, todas as ações conferirão ao seu titular o direito a voto. 
Confirmada a observância de todas as formalidades legais, e não se opondo subscritores representativos de mais da metade do capital social, será proclamada a sua constituição.
Em seguida, elege-se os administradores e fiscais.
Criação por subscrição particular:
Poderá processar-se por deliberação dos subscritores reunidos em assembleia de fundação ou por escritura pública.
Na primeira hipótese, todos os subscritores deverão assinar o projeto de estatuto.
Na segunda, todos assinarão a escritura pública, que conterá os requisitos fixados em lei (LSA, art. 88, § 2º).
ASSEMBLEIA GERAL:
Órgão máximo da sociedade anônima.
Caráter exclusivamente deliberativo, que reúne todos os acionistas com ou sem direito a voto.
Os acionistas titulares de ações preferenciais podem ter o direito de voto limitado ou suprimido pelo estatuto.
A lei exige a realização de uma assembleia geral nos quatro meses imediatamente seguintes ao término do exercício social, para fins de apreciação de um conjunto de matérias específicas.
Competência da assembleia geral - art. 132 da LSA:
Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras.
Deliberar sobre a destinação do lucro líquido e a distribuição dos dividendos.
Eleger os administradores e fiscais, se for o caso.
Qualquer outro tema não poderá ser objeto de deliberação de assembleia geral ordinária.
Nesse caso, convoca-se uma assembleia geral extraordinária.
Quorum para validade das deliberações da assembleia:
De instalação da assembleia: ¼ do capital social votante, em primeira convocação (LSA, art. 125).
Para reforma do estatuto: 2/3, no mínimo, do capital votante (art. 135).
Em qualquer caso, a assembleia instala-se, em segunda convocação, com qualquer número de acionistas.
Para aprovação de proposta dirigida à assembleia geral, basta a concorrência da vontade de acionistas titulares de ações com direito a voto representativas de mais da metade do total de ações com direito a voto presentes à reunião, descontados os votos em branco.
Este é o conceito de maioria absoluta constante do art. 129 da LSA.
Prescrição:
Dois anos a ação para anulação de deliberações tomadas em assembleia.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – arts. 140 a 142:
Em regra, é facultativo.
É obrigatório nas sociedades anônimas abertas, nas de capital autorizado e nas de economia mista (LSA, arts. 138, p. segundo e 239).
Mínimo legal de três, o número de conselheiros.
Prazo de duração domandato de seus integrantes: nunca superior a 3 anos.
DIRETORIA - arts. 143 e 144:
Órgão de representação legal da companhia e de execução das deliberações da assembleia geral e do conselho de administração.
Diretores:
Não precisam ser necessariamente acionistas da companhia.
Eleitos pelo conselho de administração, se houver, ou pela assembleia geral, se inexistir o conselho de administração.
São destituíveis a qualquer tempo pelo órgão competente para a eleição.
Até 1/3 do conselho de administração poderá integrar também a diretoria.
CONSELHO FISCAL – arts. 161 a 165-A
Órgão de existência obrigatória, mas de funcionamento facultativo.
Composição:
No mínimo três, e, no máximo, cinco membros, acionistas ou não.
Destinado à fiscalização dos órgãos de administração, atribuição que exerce para a proteção dos interesses da companhia e de todos os acionistas.
Competência: art. 163 da LSA
ADMINISTRADORES – arts. 145 a 160
Deveres dos administradores: 
Normas aplicáveis também aos conselheiros e diretores.
Diligência – art. 153 e 154).
Lealdade - art. 155 e 156
Dever de informar - art. 157, § 4°.
O administrador responderá por ato ilícito seus, pelos prejuízos que causar, com culpa ou dolo, ainda que dentro de suas atribuições ou poderes, ou com violação da lei ou do estatuto (art. 158).
Danos a terceiros:
Os administradores respondem, ainda, por danos causados a terceiros, no exercício da função.
Respondem perante os consumidores, por conduzirem a companhia à falência ou inatividade, em decorrência da má administração.
O INSS tem o direito de cobrar dos administradores as dívidas previdenciárias da sociedade anônima (Lei 8.620/91, art. 13, parágrafo único).
Os administradores de operadoras de planos de saúde respondem subsidiariamente pelos direitos contratuais e legais de consumidores, prestadores de serviço e fornecedores, bem como pelas obrigações fiscais e trabalhistas da sociedade (Lei 9.656/98, art. 35-J).
Requisitos e impedimentos – arts. 146 e 147: 
Somente pessoas naturais, devendo os diretores ser residentes no país.
Posse de conselheiro residente o domiciliado no exterior:
Condicionada à constituição de representante legal no país.
Impedimentos - art. 147, § 1°.
São inelegíveis para os cargos de administração da companhia as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos.
Responsabilidade – arts. 158 e 159:
Não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão.
Responde, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder:
Dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;
Com violação da lei ou do estatuto.
MERCADO FINANCEIRO
Composição:
Órgão Normativo:
Conselho Monetário Nacional 
Entidade Supervisora:
Banco Central do Brasil
Operadores:
Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista
Demais instituições financeiras
Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros
MERCADO DE CAPITAIS
Composição:
Órgão Normativo:
Conselho Monetário Nacional 
Entidade Supervisora:
Comissão de Valores Mobiliários
Operadores:
Bolsas de Mercadorias e Futuros
Bolsas de Valores
Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros
Sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização.
Constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas.
Os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas — as ações — ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas — debêntures conversíveis em ações, bônus de subscrição e “commercial papers” —, que permitem a circulação de capital para custear o desenvolvimento econômico.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM
Para ter seus valores mobiliários negociados em bolsa, é necessária a obtenção de autorização do governo federal.
O órgão encarregado pela lei de conceder tal autorização é uma autarquia denominada Comissão de Valores Mobiliários – CVM, criada pela Lei 6.385/76.
A CVM é uma entidade autárquica, vinculada ao Ministério da Fazenda, cujas funções consistem tanto no registro das companhias abertas e dos valores negociados, como na fiscalização de suas atividades.
O controle exercido pelo governo federal está relacionado com a proteção ao investidor popular e com o papel que tais entidades desempenham na economia em geral.
BOLSAS DE VALORES
Entidades privadas, resultante da associação de sociedades corretoras, que exerce um serviço público, com monopólio territorial.
Sua criação e seu funcionamento são controlados pela CVM.
Mercado de balcão:
Compreende toda operação relativa a valores mobiliários realizada por sociedade corretora, instituição financeira ou sociedades intermediárias autorizadas, fora da bolsa de valores.
Sociedades Corretoras:
Instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, que compõe o Sistema Financeiro Nacional, atuando na intermediação de títulos e valores mobiliários, nos mercados financeiro e de capitais.
TÍTULOS SOCIETÁRIOS
Conceito:
São os considerados títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas, destinados a captar dinheiro no mercado de capitais.
Destinados a promover o financiamento dessas empresas.
Espécies: 
Ações
Certificado de Depósito de Ações
Partes Beneficiárias
Debêntures
Bônus de Subscrição
AÇÕES
Conceito de ação:
Parcela representativa do capital social da sociedade anônima, corporificando a condição de sócio de seu titular, que por sua vez passa a ter direitos e deveres inerentes à qualidade de sócio.
A ação é, por conseguinte, uma parcela, uma fração, do capital das S/A.
Características:
A ação é uma parte do capital social e, portanto, um valor em dinheiro, correspondente ao valor do capital; em caso de dissolução da S/A, a ação dá ao seu titular o direito de exigir a devolução do valor que ele conferiu para a formação do capital.
A ação é um título de participação, por dar ao acionista a condição de um coproprietário da S/A.
A ação é um título de crédito, por representar um título transferível, endossável, cujos direitos nela contidos transferem-se com o próprio documento.
Valor da ação:
Nominal:
A ação deverá ter um valor nominal expresso em moeda corrente do país
Simples operação matemática da divisão do capital social pelo número de ações.
 
De emissão:
Valor pelo qual a ação é disponibilizada ao subscritor, seja quando da constituição da companhia, seja para aumento do capital social.
Patrimonial:
Leva em conta o valor do patrimônio líquido da sociedade para sua determinação.
Soma-se de um lado todos os bens e direitos da companhia (ativo) e de outro suas obrigações (passivo).
A diferença será o patrimônio líquido que, se dividido pelo número de ações, resultará no valor patrimonial.
De negociação, de mercado ou bolsístico
Determinado pelas regras de mercado.
Econômico
Determinado por meio de estudos técnicos e contábeis.
Classificação das ações:
Pelos direitos que as ações proporcionam:
Ordinárias:
Ações comuns.
Não apresentam peculiaridades, como vantagens extras, restrições, preferências ou privilégios.
Conferem ao seu titular um poder político, ou seja, o direito a voto, podendo participar das assembleias, votando e ser votado.
Preferenciais
Garantem ao seu portador certas preferências especiais.
São vantagens extraordinárias.
Dá prioridade ao seu titular de receber os dividendos em primeiro lugar.
De fruição
Fruir quer dizer desfrutar, aproveitar, gozar.
Essa ação faz seu titular fruir os benefícios de uma empresa em liquidação.
Estranha ao capital social.
Pela circulação:
Ao portador:
Não trazem o nome de seu titular e, portanto, sãode quem as tiver na mão.
Nominativa
Têm o nome do titular indicado no seu texto.
Não apenas no documento deverá constar o nome do acionista, mas também num livro especial, previsto pela lei, chamado de “Registro de Ações Nominativas” .
A transferência não se faz pelo endosso, mas pela averbação da transferência no referido livro.
Endossável
São também nominativas.
A transferência se faz pelo endosso e pelo registro no livro especial “Registro de Ações Endossáveis”.
Em vista da Lei 8.021/90, as ações endossáveis e ao portador não podem mais ser emitidas.
Certificado de Depósito de ações
O titular de ações poderá mantê-las em seu poder ou então depositá-las numa instituição financeira autorizada a funcionar como agente de certificados. 
Esse banco ou outra instituição financeira, ao receber as ações de depósito, poderá emitir o “Certificado de Depósito de Ações”, título representativo das ações que receber em depósito. 
O certificado de depósito de ações incorpora nele o direito de propriedade sobre as ações objeto de custódia. 
PARTES BENEFICIÁRIAS
Trata-se de um título honorífico, com que a companhia pretende homenagear pessoas benfeitoras, como os fundadores.
Dá direito aos beneficiários de receber um valor variável, de acordo com os lucros, desde que não ultrapasse 10% deles.
O conceito consta do art. 46 da Lei das S/A: “a companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, denominados partes beneficiárias.”
As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais.
É vedado conferir às partes beneficiárias qualquer direito privativo de acionista, salvo o de fiscalizar os atos dos administradores.
DEBÊNTURES
Conceito:
Espécie de Nota Promissória.
Uma companhia precisa de dinheiro e planeja fazer um empréstimo.
Ao invés de procurar bancos, bate às portas do mercado de capitais.
Contrai ela um empréstimo de dinheiro (mútuo) de uma coletividade, apesar de ser um único empréstimo.
Emite então as debêntures, adquiridas pelos investidores, ou mutuários.
As debêntures terão valor nominal, que deverá ser pago pela companhia, acrescido de juros, correção monetária e ainda outros direitos que ela contiver.
As debêntures são conversíveis em ações.
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
Conceito:
Valor mobiliário emitido por S/A que assegura ao seu titular o direito de subscrever ações da companhia emissora.
O bônus de subscrição é título admissível tanto para a emissão de debênture como para a de ações. 
Quando a companhia for aumentar o capital, emitirá os bônus de subscrição e os entregará a quem queira subscrever o capital, e seus portadores adquirem o direito de subscrição, mediante a apresentação do bônus.
Acionistas terão preferência para a subscrição dos bônus, uma vez que terão também preferência para a aquisição das ações. 
ACIONISTAS
DEVER:
O deve principal do acionista (art. 106) é o de pagar o preço da emissão das ações que subscrever.
O acionista que deixar de pagar a prestação devida estará constituído em mora, independentemente de qualquer interpelação.
Nesta situação, deverá pagar o principal de seu débito, acrescido de juros, correção monetária e multa estatutária de, no máximo, 10%.
DIREITOS:
Participação nos resultados sociais:
O acionista tem o direito de receber o dividendo, que é a parcela dos lucros sociais que lhe cabe, bem como participar do acervo da companhia, em caso de liquidação (art. 109, I e II).
Fiscalização da gestão dos negócios sociais:
A legislação prevê formas de fiscalização direta e indireta dos negócios sociais.
Exemplos: exibição dos livros sociais aos acionistas que representam 5% ou mais do capital social (art. 105). Outro exemplo, é o Conselho Fiscal.
Direito de preferência:
Os acionistas têm direito de preferência na subscrição de ações e de valor mobiliário conversível em ação (art. 171, § 1°).
Direito de retirada:
O acionista dissidente de determinadas deliberações da assembleia geral (arts. 136, I a VI, e IX, 221, 230 e 252) ou de companhia cujo controle foi desapropriado (art. 236, p. único) tem o direito de se retirar da sociedade, recebendo o reembolso de suas ações (art. 45).
ACORDO DE ACIONISTAS:
Os acionistas podem, livremente, compor seus interesses por acordo que celebrarem entre si.
Terão, em decorrência, a proteção que a lei dispensa aos contratos em geral.
Mas, se o acordo tem em vista o poder de controle, exercício do direito de voto, a compra e venda de ações ou a preferência de sua aquisição, o seu registro junto à companhia importará nas seguintes modalidades de tutela:
A sociedade anônima não poderá praticar atos que contrariem o conteúdo próprio do acordo.
Poderá ser obtida a execução específica do avençado, mediante ação judicial.
ACIONISTA CONTROLADOR:
É a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
É titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
Usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.
O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
Veja Art. 116 da Lei das Sociedades Anônimas - Lei nº 6.404/76.
CONTROLE SOCIETÁRIO
ACIONISTA MAJORITÁRIO:
É o detentor de mais de 50% das ações ordinárias de uma sociedade por ações. (Maria Helena Diniz, Dicionário Jurídico).
Possuidor de ações de uma empresa com direito a voto cabendo-lhe o controle acionário.
É o indivíduo, ou conjunto de indivíduos, que possui o efetivo controle administrativo da empresa, por conta da posse de número suficiente de ações ordinárias (ON).
ACIONISTA MINORITÁRIO:
Proprietário de ações com direito a voto, cujo total não lhe permite participar do controle da companhia.
É o sócio que conta com menos de 50% das ações de uma sociedade anônima ou de uma sociedade em comandita por ações. (Maria Helena Diniz, Dicionário Jurídico).
ACIONISTA DISSIDENTE:
É o que, por não concordar com as decisões assembleares, se retira da companhia, tendo o direito de ser reembolsado do valor de suas ações, desde que venha a reclamar o pagamento desse quantum à empresa dentro do prazo de trinta dias, contado da publicação da ata daquela assembleia geral, cujas matérias não obtiveram sua aprovação.
ACIONISTA REMISSO:
É o que não cumpriu seu dever de integralizar o capital subscrito, ou melhor, de pagar totalmente o montante das ações com que se comprometera a entrar para participar da sociedade por ações.
Se incorrer em mora, a companhia irá executá-lo ou, então, vender suas ações em Bolsa.
TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS
TRANSFORMAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO:
Lei das S/A – Quando envolver alguma empresa organizada sob a forma de sociedade anônima (arts. 220 a 234)
Código Civil – Demais casos - (arts. 1.113 a 1.122)
TRANSFORMAÇÃO:
É a operação de mudança de tipo societário.
Exemplo: a sociedade limitada torna-se anônima, ou vice-versa.
A transformação não extingue a pessoa jurídica da sociedade, nem cria outra nova.
O procedimento da transformação deve obedecer às mesmas formalidades preceituadas para a constituição da sociedade do tipo resultante.
A deliberação exige a aprovação unânime de todos os sócios ou acionistas (inclusive os titulares de ações preferenciais sem voto), salvo se o ato constitutivo já admite a possibilidade de transformação.
INCORPORAÇÃO:
é a operação pela qual uma sociedade absorve outra ou outras, as quais deixam de existir.
Todas as operações passam a ocorrer sob o CNPJ da incorporadora.
FUSÃO:
União de duas ou maissociedades, para dar nascimento a uma nova.
CISÃO:
Transferência de parcelas do patrimônio social para uma ou mais sociedades, já existentes ou constituídas.
A cindida continua a existir normalmente, só que com o patrimônio social reduzido.
OBSERVAÇÃO:
Estas três operações submetem-se a regras comuns de procedimento, cabendo a deliberação ao órgão societário competente para alteração do ato constitutivo.
PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
SOCIEDADES COLIGADAS - Art. 243, § 1º:
Instrução Normativa CVM nº 247/96:
Art. 2º Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa com 10% ou mais do capital social da outra, sem controlá-la.
SOCIEDADES CONTROLADORA E CONTROLADA - Art. 243, § 2º:
A controladora, direta ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores.
SOCIEDADE DE SIMPLES PARTICIPAÇÃO:
Quando a participação não dá direitos especiais ou poder de mando ou administração.
Uma companhia possuir menos de 10% no capital social da outra. (CC 2002).
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES 
Legislação aplicável:
Código Civil – Arts. 1.090 a 1.092
Lei das S/A – Arts. 280 a 284 - subsidiariamente
Conceito:
Sociedade que tem o seu capital social dividido em ações, sendo administrada necessariamente por um acionista, que responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Categoria de acionistas:
Comanditado – responsável pela administração da companhia, respondendo subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Continua responsável durante dois anos, se destituído ou exonerado.
Comanditário – responsabilidade somente quanto à integralização do montante das ações subscrito.
Nome
Firma ou denominação, seguida da expressão “Em Comandita por Ações”.

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