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(https://www.tecconcursos.com.br) MENU Direito do Trabalho (atualizado pela reforma trabalhista) (https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/114613) FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO - FGTS Histórico Atualmente o FGTS é regulado pela Lei n. 8036/90. Antes disso, em um cenário político vantajoso para o Governo, foi criada a Lei 5.107/66, hoje revogada, que tratava da opção dada ao empregado em escolher entre o “fundo de garantia” e a estabilidade decenal, prevista pelo art. 492 da CLT. No anseio constitucional, os constituintes de 1934 – segundo Sérgio Pinto Martins – já previam um fundo equivalente, porém, com obrigação apenas às pessoas jurídicas que contribuíssem para o imposto de renda. Já a Carta de 1967 garantiu expressamente a estabilidade ou fundo de garantia ao trabalhador em seu art. 158. Salienta-se que a Lei 5.107/66 previa o prazo de 365 dias para que os trabalhadores fizessem a opção pelo FGTS e também, no mesmo prazo, para os que fossem admitidos nos primeiros 365 dias da vigência da Lei. A opção era necessariamente expressa, escrita, com anotação na CTPS e no livro de empregados. Para os que realizassem a opção fora daqueles prazos, a homologação pela Justiça do Trabalho era obrigatória (segundo corrente majoritária, inclusive TST, que deu origem a Súmula 223, atualmente cancelada). Para os trabalhadores da União, a opção era feita perante juiz federal. Vólia B. Cassar explica que a Súmula 98 do TST surge quando os trabalhadores se sentem prejudicados com a criação do FGTS, já que 8% x12 era 96% e não os 100% que recebiam por ano, na forma do art. 478 da CLT. Diante disso, decidiu o TST que a equivalência do FGTS e da estabilidade é jurídica e não econômica, indevidos quaisquer valores a título de reposição. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. Súmula nº 98 do TST FGTS. INDENIZAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. COMPATIBILIDADE. I - A equivalência entre os regimes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e da estabilidade prevista na CLT é meramente jurídica e não econômica, sendo indevidos valores a título de reposição de diferenças; II - A estabilidade contratual ou a derivada de regulamento de empresa são compatíveis com o regime do FGTS. Diversamente ocorre com a estabilidade legal (decenal, art. 492 da CLT), que é renunciada com a opção pelo FGTS. A EQUIVALÊNCIA ENTRE O FGTS E A ESTABILIDADE PREVISTA NA CLT É MERAMENTE JURÍDICA E NÃO ECONÔMICA. A Lei 5.107/66 vigorou juntamente com a estabilidade decenal do art. 492 da CLT até a promulgação da CF/88, que tornou obrigatório o regime de FGTS. CUIDADO! Apesar da obrigatoriedade prevista pela CF/88, há ainda um caso que FACULTA o recolhimento do FGTS, segundo o art. 16 da Lei 8.036/90: diretores não empregados das empresas. Art. 16. Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei, estatuto ou contrato social, independente da denominação do cargo. Conceito e natureza jurídica O FGTS é um fundo, na verdade, uma conta vinculada a que o empregado faz jus em decorrência do contrato de trabalho. Essa conta poderá ser movimentada nas hipóteses legais, mas principalmente, quando o ele é demitido sem justa causa. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 2º da Lei n. 8.036/90. O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações. Conforme mencionado, o FGTS surge em 1966 para substituir o regime de estabilidade decenal previsto pela CLT. Não se trata de extinção da estabilidade, senão de uma nova regulamentação de indenização decorrente da extinção da relação de trabalho. Art. 4° do Dec. n. 99.684/99. A opção pelo regime de que trata este regulamento somente é admitida para o tempo de serviço anterior a 5 de outubro de 1988, podendo os trabalhadores, a qualquer tempo, optar pelo FGTS com efeito retroativo a 1° de janeiro de 1967, ou à data de sua admissão, quando posterior. A estabilidade está baseada no princípio da continuidade da relação de emprego e na segurança jurídica do trabalhador, trazendo consigo uma indenização quando cessada a expectativa do empregado em relação ao contrato de trabalho. Antes da CF/88 aplicava-se o art. 478 da CLT: Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. Esse dispositivo não foi recepcionado pela CF/88, já que a Carta Magna tornou obrigatório o regime de FGTS. O mesmo ocorre com o regime de estabilidade decenal previsto no art. 492 da CLT. Art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas. Os dispositivos acima mencionados, apesar de não recepcionados, não foram revogados porque visam resguardar os direitos adquiridos, que na prática tornaram–se raros, mas em provas, dependendo da complexidade, podem ser cobrados. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Ressalta-se, outrossim, que mesmo o trabalhador garantido pela estabilidade decenal e regido pelo art. 478 da CLT (não optante do FGTS no período anterior a CF/88) poderá fazer a opção retroativa, isto é, escolher a regência do FGTS no período compreendido entre a admissão e a CF/88. O FGTS SUBSTITUIU A INDENIZAÇÃO DO ART. 478 DA CLT E EXTINGUIU A ESTABILIDADE DECENAL DA CLT Portanto, o FGTS (a princípio de opção facultativa) vem substituir a indenização do art. 478 da CLT, tornando- se obrigatório a partir da promulgação da CF/88 a extinguir a estabilidade decenal prevista pela CLT no art. 492. Ressalta-se que a estabilidade (não a decenal) e o regime de FGTS não são incompatíveis, já que poderá o empregado fazer jus aos dois institutos, desde que previsto em contrato, negociação coletiva ou regulamento da empresa. Súmula nº 98 do TST FGTS. INDENIZAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. COMPATIBILIDADE. I - A equivalência entre os regimes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e da estabilidade prevista na CLT é meramente jurídica e não econômica, sendo indevidos valores a título de reposição de diferenças; II - A estabilidade contratual ou a derivada de regulamento de empresa são compatíveis com o regime do FGTS. Diversamente ocorre com a estabilidade legal (decenal, art. 492 da CLT), que é renunciada com a opção pelo FGTS. A estabilidade contratual ou a derivada de regulamento de empresa são compatíveis com o regime do FGTS. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Ressalvado aqueles empregados que já contavam com dez anos de emprego antes de 1988, apenas os servidores públicos e os celetistas da administração direta, autárquica e fundacional possuem a estabilidade dita permanente (convenhamos que nada é para sempre, não é?). Excluídos os empregados públicos de empresa pública e sociedade de economia mista, regidos pela CLT. Súmula nº 390 do TST ESTABILIDADE.ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL. I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. Não confunda estabilidade permanente (não tem prazo de validade) com a garantia provisória de emprego. Esta última é reconhecida a alguns empregados em decorrência de uma característica pessoal, por exemplo, a gestante, ou por característica altruísta, como a do dirigente sindical, o qual representa direito de terceiros, sendo que ambas possuem um prazo para ser cessada. Dito isso e grosso modo, a partir da CF/88, o FGTS é o responsável pela indenização decorrente pela ruptura do contrato de trabalho. Esse instituto é regido pela Lei n. 8.036/90 e regulado pelo Decreto n. 99.684/90. A função essencial do FGTS – em tese – é garantir temporariamente a subsistência do empregado durante o período de desemprego, consoante quebra da continuidade do contrato de trabalho. Contudo, também poderá ter seus valores utilizados em programas sociais de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana. Na doutrina e na jurisprudência não há consenso sobre sua natureza jurídica, apenas que é um direito trabalhista e, por isso, irrenunciável. Para Vólia B. Cassar a natureza jurídica do FGTS é múltipla ou híbrida, ou seja, para o empregado é direito, para o empregador obrigação e para a sociedade é contribuição. (CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11° ed. Método, São Paulo, 2015, p. 1187).[1] Dentre outras teorias para a natureza jurídica tem-se: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Mauricio Godinho: natureza tríplice, porque é crédito do empregado, dever do empregador e caráter social para sociedade. Arnaldo Süssekind: é salário diferido por ser adquirido no presente, porém, depende de evento futuro para movimentação. Amaro Barreto e Magano: é compensação, mas sem caráter indenizatório. Outros: há quem diga que é previdenciária ou tributo ou parafiscal e, ainda, salário socializado. Para o STF o FGTS não tem natureza jurídica tributária, sendo isso a resposta mais recorrente em provas. Cabimento O FGTS é devido mensalmente a todo empregado, urbano e rural, inclusive o servidor público celetista, o trabalhador avulso e o empregado doméstico (EC 72/13). O FGTS É DEVIDO A TODO EMPREGADO, URBANO E RURAL, INCLUSIVE DOMÉSTICO, TRABALHADOR AVULSO E O SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. Lembre-se de que antes da EC 72/13, o empregador doméstico poderia optar pelo recolhimento do FGTS de seu empregado. Feita a opção, não caberia retratação. A EC 72/13, apesar de torná-lo obrigatório, impediu seus efeitos imediatos, pois sendo norma constitucional limitada, exigia legislação infraconstitucional para se torna plenamente efetivo. O que é feito com a LC 150/15. Sendo um pouco mais retroativo, o trabalhador rural só passou a ter direito ao FGTS a partir da CF/88. Pois bem, conforme já mencionado, os servidores públicos estatutários por não serem regidos pela CLT e, sim por regime próprio, não fazem jus ao FGTS, além é claro de adquirirem estabilidade. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 2° do Dec. n. 99.684/99. Para os efeitos deste regulamento considera-se: II - trabalhador, a pessoa natural que prestar serviços a empregador, excluídos os eventuais, os autônomos e os servidores públicos civis e militares sujeitos a regime jurídico próprio. Das alíquotas e da base de cálculo Em regra, a alíquota é de 8% da remuneração mensal do empregado, inclusive para o empregado doméstico. No entanto, para os aprendizes, será de 2%, salvo previsão mais benéfica. Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, [...] Art. 24 do Dec. 5.598/05. Nos contratos de aprendizagem, aplicam-se as disposições da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990. Parágrafo único. A Contribuição ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço corresponderá a dois por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, ao aprendiz. A ALÍQUOTA DO FGTS É DE 8% DA REMUNERAÇÃO MENSAL DO EMPREGADO, SALVO AO APRENDIZ QUE SERÁ DE 2%. Por favor, candidato (a)! Note que o FGTS é um RECOLHIMENTO de obrigação exclusiva do empregador. Portanto, NADA pode ser descontado do empregado para efeitos dos 8% ou 2%, conforme o caso. Nada, nada pode ser descontado (isso já caiu em prova!). Quanto à base de cálculo uma premissa básica: toda parcela salarial, ainda que eventual, incide para o FGTS. o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Lembre-se de que a remuneração consiste no salário (fixo, gratificações legais e comissões) + gorjetas. Estas são pagas por terceiros, aquele é a contraprestação ou vantagem (pecuniária ou utilitária) paga pelo empregador. Grosso modo, salário é o que “sai das mãos” do empregador e corresponde pelo trabalho. Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (CLT) Pois bem, a alíquota do FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial do empregado, independentemente da habitualidade, ou seja, incide sobre o salário, adicionais, horas extras, comissões, percentagens, gratificações ajustadas, 13° salário, férias com o terço constitucional (desde que usufruídas!). Mas cuidado! Embora as gorjetas não tenham natureza salarial, haverá incidência para o FGTS. Súmula nº 63 do TST FUNDO DE GARANTIA. A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. OJ nº 232 da SDI-I FGTS. INCIDÊNCIA. EMPREGADO TRANSFERIDO PARA O EXTERIOR. REMUNERAÇÃO. O FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial pagas ao empregado em virtude de prestação de serviços no exterior. O FGTS INCIDE SOBRE PARCELAS SALARIAIS, INDEPENDENTEMENTE DE SUA HABITUALIDADE, BEM COMO SOBRE AS GORJETAS. Portanto, pode se concluir que não há incidência de FGTS sobre as parcelas indenizatórias, por exemplo, férias indenizadas, ajuda de custo e diárias para viagem não superiores a 50% do salário. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ OJ nº 195 da SDI-I FÉRIAS INDENIZADAS. FGTS. NÃO INCIDÊNCIA. Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas. Art. 457 – § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado: Também não são computadas no cálculo do FGTS, as parcelas do rol do § 2º do art. 458 da CLT, que tem afastada legalmente sua natureza salarial. Art. 458 da CLT: § 2 Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregadose utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada; VII – (VETADO) (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2001/Mv581-01.htm) VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. Toda regra tem uma exceção: apesar de não incidir em verbas indenizatórias, haverá incidência de FGTS no aviso prévio, mesmo que indenizado e no décimo terceiro devido na rescisão quando indenizado. o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Súmula nº 305 do TST FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA SOBRE O AVISO PRÉVIO. O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. Art. 15 da Lei FGTS. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. Portanto, quanto à base de cálculo: todas as parcelas salariais incidem para o cálculo do FGTS, ainda que eventuais, a incluir o 13° salário. Também há incidência no aviso prévio indenizado, apesar da natureza indenizatória. Em linhas gerais, pode se concluir que a base de cálculo do FGTS é: Todas as parcelas salariais, mesmo que eventuais. Sobre as gorjetas. Sobre o 13° salário, inclusive aquele pago na rescisão; Sobre o aviso prévio, inclusive indenizado. Sobre as férias, EXCLUÍDA a indenizada. Desculpe-me por ser tão repetitiva, mas isso DESPENCA em provas! Prazo para recolhimento O recolhimento do FGTS deve ocorrer mensalmente até o dia 07 do mês subsequente aquele trabalhado. Por exemplo, o pagamento do mês 06/2017 será pago até o dia 07/07/2017. Perceba, é dia 07 e não sétimo dia útil, por isso, se o dia 07 não for útil, o empregador deverá antecipar o pagamento. Regras aplicáveis também ao empregador doméstico. Art. 15 da Lei FGTS. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, [...] (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ O EMPREGADOR DEVE EFETUAR O RECOLHIMENTO DO FGTS ATÉ DIA 07 DO MÊS SUBSEQUENTE. NÃO SENDO ÚTIL, DEVE ANTECIPAR O PAGAMENTO. Quanto ao empregador doméstico, lembre-se de que entre 03/2000 até 09/2015 o recolhimento era facultativo. Isso porque, embora a extensão da obrigatoriedade tenha sido prevista pela EC 72/13, somente com a LC 150/15 é que tal direito foi regulado. E, ainda, apenas em 10/2015 o Conselho Curador (Resolução 782/15 e Circular da CAIXA n. 694/15) passou a regulamentar o recolhimento, permitindo que o empregado doméstico o fizesse. LC 150/15. Art. 21. É devida a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na forma do regulamento a ser editado pelo Conselho Curador e pelo agente operador do FGTS, no âmbito de suas competências, conforme disposto nos arts. 5 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art5) e 7 da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art7), inclusive no que tange aos aspectos técnicos de depósitos, saques, devolução de valores e emissão de extratos, entre outros determinados na forma da lei. Parágrafo único. O empregador doméstico somente passará a ter obrigação de promover a inscrição e de efetuar os recolhimentos referentes a seu empregado após a entrada em vigor do regulamento referido no caput. o o o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Res. 782/15. Art. 1º O empregado doméstico, definido nos termos da Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015, terá direito ao regime do FGTS, obrigatoriamente, a partir de 1º de outubro de 2015. § 1º O empregador deverá solicitar a inclusão do empregado doméstico no FGTS, mediante requerimento, que consistirá na informação dos eventos decorrentes da respectiva atividade laboral, na forma definida pelo Agente Operador do FGTS. § 2º O Agente Operador do FGTS, observada a data definida no caput e a peculiaridade dos empregadores e empregados domésticos, deverá regulamentar as devidas disposições complementares, de modo a viabilizar o depósito, os saques, a devolução de valores e a emissão de extratos, entre outros determinados na forma da lei, inclusive no que tange às relações de trabalho existentes a partir de março de 2000. SOMENTE A PARTIR DE 10/2015, FOI POSSÍVEL QUE O EMPREGADOR DOMÉSTICO EFETUASSE O RECOLHIMENTO DO FGTS DO EMPREGADO Dificilmente a banca cobrará essa peculiaridade de prazos, então, para todos os efeitos o recolhimento tornou-se obrigatório desde a EC 72/13, cuja norma era limitada e exigiu a LC 150/15 para que fosse implantado o sistema. Lembre-se de que sobre o aviso prévio indenizado incide FGTS. Portanto, essa incidência e o FGTS do mês correspondente, bem como a multa compensatória serão recolhidos no mesmo prazo das verbas rescisórias (no dia seguinte ao término do aviso prévio trabalhado; ou até o 10º dia da notificação da demissão, quando aviso prévio indenizado). Art. 18. da Lei FGTS § 3° As importâncias de que trata este artigo deverão constar da documentação comprobatória do recolhimento dos valores devidos a título de rescisão do contrato de trabalho, observado o disposto no art. 477 da CLT, eximindo o empregador, exclusivamente, quanto aos valores discriminados. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ O mesmo prazo deve ser observado ao doméstico, contudo, é preciso se ater que a partir da Resolução do Conselho Curador (10/2015), não cabe ao empregador doméstico recolher a multa de 40% do FGTS quando a dispensa se der sem justa causa. Isso porque a LC 150/15 não previu referido direito, mas sim uma indenização compensatória. LC 150/15. Art. 22. O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, não se aplicando ao empregado doméstico o disposto nos §§ 1 a 3 do art. 18 da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art18%C2%A73) Perceba que o empregador recolherá – além dos 8%, mais 3,2 % mensal durante o curso do contrato de trabalho. Esse valor, nos casos que determinam a multa de 40% ao empregado comum, poderá ser levantado pelo empregado doméstico. Do contrário, sendo a demissão por justa causa, por exemplo, os valores retornam ao empregador. O FGTS não pode ser pago diretamente ao empregado, sob pena de o empregador pagá-lo novamente. Evidentemente que os valores recolhidos na conta vinculadado trabalhador serão corrigidos monetariamente, conforme índices da caderneta de poupança com capitalização entre 3% e 6% de juros ao ano. Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e capitalização juros de (três) por cento ao ano: I - 3 (três) por cento, durante os dois primeiros (1°) anos de permanência na mesma empresa; II - 4 (quatro) por cento, do terceiro ao quinto (3°) ano de permanência na mesma empresa; III - 5 (cinco) por cento, do sexto ao décimo (6°) ano de permanência na mesma empresa; IV - 6 (seis) por cento, a partir do décimo primeiro (10°) ano de permanência na mesma empresa. o o o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ No caso de atraso, o empregador responderá pela Taxa referencial sobre o valor devido + juros de mora de 0,5% e multa de 5% no mês do vencimento. Além disso, multa de 10% a partir do mês seguinte da obrigação, nos termos do art. 22, §§ 1º e 2º da Lei 8.036/90: Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos previstos nesta Lei, no prazo fixado no art. 15, responderá pela incidência da Taxa Referencial – TR sobre a importância correspondente. § 1 Sobre o valor dos depósitos, acrescido da TR, incidirão, ainda, juros de mora de 0,5% a.m. (cinco décimos por cento ao mês) ou fração e multa, sujeitando-se, também, às obrigações e sanções previstas no Decreto-Lei n 368, de 19 de dezembro de 1968. § 2 A incidência da TR de que trata o caput deste artigo será cobrada por dia de atraso, tomando-se por base o índice de atualização das contas vinculadas do FGTS. § 2 -A. A multa referida no § 1 deste artigo será cobrada nas condições que se seguem: I – 5% (cinco por cento) no mês de vencimento da obrigação; II – 10% (dez por cento) a partir do mês seguinte ao do vencimento da obrigação. Contudo, é preciso observar que a correção do FGTS, decorrente de condenação judicial, atende aos índices referentes aqueles dos débitos trabalhistas. OJ nº 302 da SDI-I FGTS. ÍNDICE DE CORREÇÃO. DÉBITOS TRABALHISTAS. Os créditos referentes ao FGTS, decorrentes de condenação judicial, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicáveis aos débitos trabalhistas. Cumpre salientar que a o ônus probatório do recolhimento do FGTS é do empregado, segundo entendimento firmado pela Súmula 461: Súmula nº 461 do TST FGTS. DIFERENÇAS. RECOLHIMENTO. ÔNUS DA PROVA - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015). Multa indenizatória o o o o o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Com a mesma natureza indenizatória que aquela disposta no art. 478 da CLT (não recepcionada pela CF/88), a multa compensatória por demissão imotivada tem fundamento no art. 18 d a Lei do FGTS. Art. 18. § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. § 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. Perceba que, algumas modalidades de extinção de contrato de trabalho, condenam o empregador ao pagamento de multa de 40% ou 20% sobre os depósitos devidos a título de FGTS. Será de 40% quando o empregador demitir sem justa causa o empregado. No entanto, se houver culpa recíproca ou força maior, a indenização é reduzida pela metade (20%). Com a reforma trabalhista, o acordo bilateral também permitiu o pagamento de 20%. MULTA COMPENSATÓRIA: DISPENSA SEM JUSTA CAUSA. 40%. CULPA RECÍPROCA. FORÇA MAIOR. ACORDO BILATERAL 20%. Quando o empregado é demitido por justa causa ou pede demissão, não faz jus a qualquer multa compensatória, obviamente. Cumpre salientar que a LC 150/15 – regulamento do empregado doméstico – não prevê a multa de 40% ou 20% sobre o FGTS, na ruptura do contrato de trabalho. Isso mesmo, não é devida a multa compensatória sobre o FGTS ao empregado doméstico na rescisão do contrato. Contudo, em contrapartida, a LC [2] prevê o recolhimento no percentual de 3,2% mensalmente com a função de indenizar o empregado doméstico nos mesmos casos em que seria devida a multa do FGTS prevista pela Lei. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 22. O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, não se aplicando ao empregado doméstico o disposto nos §§ 1 a 3 do art. 18 da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art18%C2%A73) § 1 Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término do contrato de trabalho por prazo determinado, de aposentadoria e de falecimento do empregado doméstico, os valores previstos no caput serão movimentados pelo empregador. § 2 Na hipótese de culpa recíproca, metade dos valores previstos no caput será movimentada pelo empregado, enquanto a outra metade será movimentada pelo empregador. Pois bem, a multa compensatória incide sobre o montante dos depósitos devidos durante todo o contrato de trabalho, ainda que não recolhidos, inclusive, sobre os saques realizados! OJ nº 42 da SDI-I FGTS. MULTA DE 40%. I - É devida a multa do FGTS sobre os saques corrigidos monetariamente ocorridos na vigência do contrato de trabalho. Art. 18, § 1º, da Lei nº 8.036/90 e art. 9º, § 1º, do Decreto nº 99.684/90; II - O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por ausência de previsão legal. O cálculo deve ser feito na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias e, apesar de incidir sobre todo o contrato será desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado. PARA O CÁLCULO DO FGTS CONSIDERA-SE A DATA DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS, DESCONSIDERADO A PROJEÇÃO DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO. o o o o o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Por sua vez, a aposentadoria espontânea do empregado não extingue o contrato de trabalho. Logo, mantido o contrato de trabalho, sendo demitido o empregado aposentado haverá multa de 40% do FGTS de todo o período (desde a admissão) em caso de dispensa sem justa causa. OJ nº 361 da SDI-I APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. MULTA DE 40% DO FGTS SOBRE TODO O PERÍODO. A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. A DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA DO EMPREGADO APOSENTADO ENSEJA MULTA DE 40% DO FGTS SOBRE TODO O PERÍODO CONTRATUAL COM O EMPREGADOR. Ainda, consoante interpretação restritiva que deve ser dada às penalidades,segundo Vólia B. Cassar[3] e Alice Monteiro de Barros, a multa do art. 467 da CLT (pagamento das verbas incontroversas na primeira audiência) não recaí sobre os depósitos do FGTS não efetuados pelo empregador. Por fim, para que não haja confusão, a multa pelo não depósito (atraso) prevista pelo art. 22 da Lei não reverte ao empregado, pois é administrativa. Nulidade e da suspensão do contrato de trabalho A nulidade do contrato de trabalho ocorre quando a atividade desenvolvida é ilícita cujos efeitos retroagiram à data inicial do contrato – ex tunc –, não surtindo quaisquer consequências jurídicas, muito menos, recolhimento de FGTS. OJ nº 199 da SDI-I JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO. É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Referente aos elementos de validade do contrato utiliza-se, subsidiariamente, o disposto no art. 104, do CPC: agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; forma prescrita ou não defesa em lei; Outra hipótese de nulidade do contrato de trabalho é aquele proibido, por exemplo, a prestação de trabalho pelo menor em período noturno, ou em lugares insalubres e/ou perigosos. Nesse caso o objeto é lícito, mas proibido. A declaração de nulidade possui efeitos ex nunc (não retroagem), pois do contrário, estar-se-ia punindo apenas o empregado, caracterizando o enriquecimento ilícito do empregador. Assim, o trabalhador fará jus a todas as verbas rescisórias, inclusive FGTS. Contudo, isso não ocorre quando há no polo ativo a administração pública, isto é, a contratação de servidor público sem o devido concurso público (contrato proibido!) será devido, tão somente, o saldo de salários + FGTS: Súmula nº 363 do TST - CONTRATO NULO. EFEITOS. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. A NULIDADE DE CONTRATO POR AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO GARANTE O SALDO DE SALÁRIOS E O FGTS, APENAS. Conforme mencionado, o FGTS recai sobre parcelas salariais e, não havendo parcelas deste tipo, não há que se falar em FGTS. Por essa razão, nos casos de suspensão contratual (sem trabalho, sem salário), não cabe se falar de tal direito, EM REGRA. Isso mesmo, há exceções, é o caso do acidente de trabalho e da prestação de serviço militar obrigatório. Art. 15. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ § 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. A doutrina também esclarece que será devido no caso de licença maternidade. Evidentemente que nos casos de interrupção, haverá recolhimento, pois inclui salário, sem trabalho (art. 473 da CLT): 01 dia para doar sangue a cada 12 meses de trabalho; E consulta de filho até 06 anos; Até 02 dias para “fazer” o título eleitoral, comunicado com 48h de antecedência; 02 dias para acompanhar a gestante a consulta médica. Ou por causa de luto; 03 dias para o casamento – ressalta-se que, neste caso, a licença do professor é de 09 dias –; e 05 dias pela paternidade; Pelo período necessário: alistamento militar e não prestação do serviço militar; vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior (para concursos públicos não vale!); comparecer em juízo; representação sindical em reunião de organismo oficial; HAVERÁ RECOLHIMENTO DE FGTS NO CASO DE AFASTAMENTO POR ACIDENTE DE TRABALHO, PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO E LICENÇA MATERNIDADE Prescrição Prescrição é sempre prevista em Lei e consiste na perda da pretensão de reparação do direito violado por inércia do seu titular. Com a violação do direito se inicia o prazo para que o empregado “procure” a Justiça para a devida reparação. Não há perda do direito, mas sim perda de recorrer ao Judiciário. Nesse sentido, havendo pagamento pelo devedor de parcelas prescritas, não caberá restituição dos valores, a posterior, sob alegação de prescrição, pois o direito as prestações permanecem intocáveis. De modo geral a contagem inicial do prazo se dá com a violação do direito. Ex. dos salários, no quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado; das férias, com o término do período concessivo; do 13º salário, a partir do dia 20 de dezembro do ano. E do FGTS a partir do vencimento (dia 07 de cada mês). (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Por outro lado, é importante saber que os fatos não prescrevem, mas sim, pretensões condenatórias. Assim, as anotações da CTPS para efeito previdenciário são imprescritíveis [art.11, § 1º da CLT]. O mesmo raciocínio é dado para as ações meramente declaratórias, as quais não se sujeitam à prescrição. No direito do trabalho, prescrevem em cinco anos os créditos resultantes das relações de trabalho, urbano ou rural, até o limite de dois anos da extinção do contrato. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. Até 13/11/2014 era preponderante que a prescrição pelo não recolhimento do FGTS aplicável era trintenária. Assim, poderia o empregado requerer, contado do ajuizamento da ação, trinta anos de valores do FGTS não recolhidos no contrato de trabalho. Pois bem, em 13/11/2014 (gravem essa data) houve alteração jurisprudencial quanto à prescrição do FGTS, consubstanciada em sede de recurso extraordinário no STF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.212 DISTRITO FEDERAL RELATOR: MIN. GILMAR MENDES RECTE.(S): BANCO DO BRASIL S/A ADV.(A/S): JAIRO WAISROS E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S): ANA MARIA MOVILLA DE PIRES E MARCONDES ADV.(A/S): JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição. Superação de entendimento anterior sobre prescrição trintenária. Inconstitucionalidade dos arts. 23, § 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990. Segurança jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da decisão. Art. 27 da Lei 9.868/1999. Declaração de (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso extraordinário a que se nega provimento. (grifos nosso) Com a modulação de efeitos, o candidato deverá o observar o termo inicial da prescrição e a data da decisão do STF: a) quando o termo inicial da prescrição ocorrer após 13/11/2014, a prescrição é de cinco anos. Só isso. Sem mais. b) estando em curso o prazo, quando faltar MENOS de cinco anos para a prescrição, contados até a data de 13/11/2014, então o prazo continua a contar normalmente. Por exemplo: Empresa A não recolhe FGTS dos empregados desde a 12/1988. Os contratos continuam vigentes, quando em 12/2015 o empregadoajuíza ação buscando as parcelas não depositadas. Perceba, entre 12/1988 e 11/2014 (data da decisão do STF) percorreu 26 anos de prazo prescricional. Logo, faltam 04 anos para se alcançar 30 anos, então, aplica-se o prazo trintenário. Para não haver dúvidas, isso quer dizer que o empregado receberá 30 anos de FGTS. c) estando em curso o prazo, quando faltar MAIS de cinco anos para a prescrição, contados até a data de 13/11/2014, então aplica-se o prazo quinquenal. Empresa B não recolhe FGTS desde 12/1992. Empregado ajuíza ação em 12/2015. Entre 12/1992 e 11/2014 (data da decisão do STF) correu 22 anos de prescrição, faltando 08 anos para prescrever (fechar os 30 anos). Neste caso, aplica o prazo quinquenal, ou seja, recolhe apenas cinco anos. Perceba que o STF dá cinco anos “de graça” após a sua decisão, para aqueles que, não alcançado os 30 anos até aquela data, possam recolher 30 anos de contribuição. Para quem ficou sem entender a lógica do STF, vamos (tentar) desenhar: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Assim , temos: 26 + 05 anos (período de graça) = 31 anos, logo, aplica-se a prescrição trintenária, pois ela vai ocorrer primeiro do que se contássemos 05 anos a partir da decisão STF. Exemplo 2: Assim: 22 + 05 anos (período de graça) = 27 anos, logo, aplica-se a prescrição quinquenária, pois ocorrerá primeiro. Perceba que neste caso, o empregado precisaria de mais de cinco anos (a partir da decisão do STF) para alcançar os 30 anos. Vamos (tentar) descomplicar isso, para quem ainda está em dúvida? Em um caso específico de prova, faça o seguinte: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Pegue o período de FGTS entre o termo inicial da prescrição (dia do vencimento do FGTS) e a decisão do STF (13/11/2014). Se o empregado não usar todos os 05 anos pós-decisão do STF, aplica-se a prescrição trintenária. Do contrário, se ele usar os 05 anos e ainda assim faltar tempo para fechar 30 anos, então a prescrição será quinquenal. Veja: 27 anos de FGTS + 03 anos (que faltam para) = 30 anos (FGTS) Ora, eu preciso de 03 anos e o STF me deu 05 anos de graça, vou usá-los e ainda sobram 02 anos. Então, a prescrição é trintenária. 24 anos de FGTS + 06 anos (tempo faltante para) = 30 anos (FGTS) Ora, eu preciso de 06 anos para “fechar” os 30 anos de FGTS, no entanto, o STF só me deu 05 anos de graça. Assim, a minha prescrição será quinquenal, porque foi ultrapassado o prazo de cinco anos após a decisão do STF. OBS: A partir de 13/11/2019 qualquer ação ajuizada para exigir o recolhimento do FGTS (para os prazos que já estavam em curso na data da decisão do STF) terão prescrição quinquenal. O TST já atualizou sua jurisprudência dando nova redação a Súmula nº 362, em conformidade com a decisão da Corte Suprema. Súmula nº 362 do TST FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015 I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF). Evidentemente que o acessório segue o principal e quando houver incidência do FGTS com prescrição trintenária sobre um crédito trabalhista de prescrição quinquenal, aplica-se esta e não a prescrição trintenária. É o caso das horas extras reconhecidas apenas judicialmente. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Súmula nº 206 do TST FGTS. INCIDÊNCIA SOBRE PARCELAS PRESCRITAS. A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS. Movimentação da conta vinculada do FGTS. As hipóteses de levantamento (saque) dos valores existentes referente ao FGTS estão previstas no art. 20 da Lei n. 8.036/90. As bancas cobram a literalidade do artigo e o candidato deve decorar. Em todo caso, para facilitar a memorização, apresentarei os incisos do art. 20 em blocos, cujos assuntos sejam similares. O candidato precisa levar para a prova que ocorrerá movimentação da conta sempre que o contrato de trabalho for extinto sem justa causa, ou para financiamento habitacional ou para suprir alguma circunstância emergencial. Vejamos os incisos do art. 20. Efeitos do contrato de trabalho A despedida sem justa causa do empregado é, por excelência, hipótese de levantamento dos valores. O mesmo ocorre com a rescisão indireta (que equivale à despedida sem justa causa, já que por culpa do empregador). A reforma trabalhista trouxe mais uma hipótese de extinção do contrato de trabalho, por acordo entre as partes. Com ela, uma nova possibilidade de levantamento do FGTS pelo empregado, porém, limitado a 80%. CLT Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: § 1 A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. Com mesmo raciocínio, têm-se os casos de extinção da empresa (os riscos do empreendimento são do empregador, lembre-se!) e do falecimento do empregador individual, apesar de não caracterizar justa causa do empregado, mas a alteridade é do empregador. Também ocorre no caso de culpa recíproca (neste caso houve “meia” justa causa, é perdoável!) e de força maior considerada como aqueles acontecimentos naturais que extinguem o contrato de trabalho. o o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Igualmente, em caso de extinção normal do contrato de trabalho a termo, novamente, não há justa causa do empregado! Por fim (e campeã em provas!) na suspensão total do trabalhador avulso por mais de 90 dias. Ora, se não há salários (suspensão do trabalho) como este trabalhador vai sobreviver? Perceba que o levantamento dos valores servirá para a subsistência temporária do trabalhador, uma das funções do FGTS, por isso, a possibilidade de movimentação da conta. Vejamos os dispositivos legais, referentes a estas hipóteses mencionadas: Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974; X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovada por declaração do sindicato representativoda categoria profissional. § 1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurará que a retirada a que faz jus o trabalhador corresponda aos depósitos efetuados na conta vinculada durante o período de vigência do último contrato de trabalho, acrescida de juros e atualização monetária, deduzidos os saques. Perceba pelo disposto no § 1º do art. 20 da Lei do FGTS que o levantamento, no caso dos incisos I e II, estará vinculado ao último contrato de trabalho, com as devidas correções monetárias. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ O EMPREGADO DISPENSADO SEM JUSTA CAUSA, POR CULPA RECÍPROCA, POR FORÇA MAIOR OU RESCISÃO INDIRETA FAZ JUS AO SAQUE DO FGTS. Relacionados à previdência social Há duas hipóteses cujos requisitos estão relacionados à previdência social: aposentadoria e falecimento do trabalhador (os dependentes passam a receber benefício previdenciário denominado de pensão por morte). Pois bem, nessas duas hipóteses, no primeiro caso, o aposentado e, no segundo, os dependentes (em tese, morto não movimenta conta em banco) poderão levantar os valores depositados no FGTS. Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: III - aposentadoria concedida pela Previdência Social; IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento; Perceba que os dependentes são aqueles habilitados perante a Previdência Social e não os herdeiros! Contudo, na falta dos primeiros, os sucessores (herdeiros), no termo da legislação civil, serão indicados em alvará judicial, independente de inventário ou arrolamento. OS DEPENDENTES HABILITADOS PERANTE A PREVIDÊNCIA SOCIAL PODEM SACAR O FGTS POR MEIO DE ALVARÁ JUDICIAL, INDEPENDENTE DE INVENTÁRIO OU ARROLAMENTO. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Financiamento habitacional As hipóteses de financiamento habitacional (e não automotivo como já foi cobrado em prova!), referem-se ao pagamento de prestações, liquidação ou amortização de saldo devedor, ou pagamento para própria aquisição de moradia. O candidato deve ficar atento ao cumprimento das exigências, dentre elas, o prazo mínimo de 03 anos sob o regime de FGTS. Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que: a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses; c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação; VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação; VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes condições: a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes; b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH; § 3º O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo trabalhador, só poderá ser exercido para um único imóvel. Pode ocorrer para outros tipos de investimentos: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinquenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a opção. XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do art. 5 desta Lei, permitida a utilização máxima de 30% (trinta por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção. Condições de saúde e doença grave A legislação prevê movimentação da conta nos casos de o empregado ou qualquer dependente estar em risco de morte em decorrência de grave doença. São de fácil memorização, por isso, basta umas leituras. Por sua vez, não que seja o caso de doença ou risco de morte, mas quando o trabalhador tiver mais de 70 anos, poderá sacar os valores e quando necessitar custear prótese ou órtese. Art. 20. XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna. XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV; XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento; XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos. XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão social. o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ ADMITE-SE O SAQUE DO FGTS QUANDO O EMPREGADO OU QUALQUER DEPENDENTE FOR ACOMETIDO DE NEOPLASIA MALIGNA, VÍRUS HIV, OU ESTÁGIO TERMINAL. Fenômenos naturais Por fim, os casos de desastres naturais, na forma do regulamento. Perceba pelos dispositivos que a situação de emergência ou calamidade pública deve ser reconhecida pelo Governo FEDERAL e o prazo para solicitação do saque será de até 90 dias da publicação do ato de reconhecimento. Art. 20. XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições: a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal; b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento. Não menos importante e, muitas vezes, o mais comum da “vida real”, é o caso do trabalhador que permanece por três anos ininterruptos fora do regime de FGTS. VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta. A SITUAÇÃO EMERGENCIAL QUE AUTORIZA O SAQUE DO FGTS DEVE SER DECLARADA PELO GOVERNO FEDERAL. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Todas as hipóteses devem ser memorizadas, nos termos da lei. Espero que as explicações dadas aos dispositivos tenham facilitado essa tarefa, pois as provas costumam cobrar a literalidade e,na maioria das vezes, o fazem nos incisos sobre extinção do contrato de trabalho, vinculados à previdência social e doenças graves. Fique atento! Fiscalização do FGTS Os depósitos do FGTS serão realizados na Caixa Econômica Federal com conta aberta em nome do trabalhador. Assim, a CEF é o agente operador (isso despenca em prova!) com a função de administrar as operações referentes a estes depósitos. Fique atento aos destaques: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 4º A gestão da aplicação do FGTS será efetuada pelo Ministério da Ação Social, cabendo à Caixa Econômica Federal (CEF) o papel de agente operador. Art. 7º À Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente operador, cabe: I - centralizar os recursos do FGTS, manter e controlar as contas vinculadas, e emitir regularmente os extratos individuais correspondentes às contas vinculadas e participar da rede arrecadadora dos recursos do FGTS; II - expedir atos normativos referentes aos procedimentos administrativo-operacionais dos bancos depositários, dos agentes financeiros, dos empregadores e dos trabalhadores, integrantes do sistema do FGTS; III - definir os procedimentos operacionais necessários à execução dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana, estabelecidos pelo Conselho Curador com base nas normas e diretrizes de aplicação elaboradas pelo Ministério da Ação Social; IV - elaborar as análises jurídica e econômico-financeira dos projetos de habitação popular, infraestrutura urbana e saneamento básico a serem financiados com recursos do FGTS; V - emitir Certificado de Regularidade do FGTS; VI - elaborar as contas do FGTS, encaminhando-as ao Ministério da Ação Social; VII - implementar os atos emanados do Ministério da Ação Social relativos à alocação e aplicação dos recursos do FGTS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Curador. VIII - (VETADO) IX - garantir aos recursos alocados ao FI-FGTS, em cotas de titularidade do FGTS, a remuneração aplicável às contas vinculadas, na forma do caput do art. 13 desta Lei. Por sua vez, ao Ministério da Ação Social cabe a gestão do FGTS, considerando diretrizes e programas estabelecidos pelo Conselho Curador, inclusive a expedição de atos normativos, elaboração de orçamentos anuais, dentre outras: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 6º Ao Ministério da Ação Social, na qualidade de gestor da aplicação do FGTS, compete: I - praticar todos os atos necessários à gestão da aplicação do Fundo, de acordo com as diretrizes e programas estabelecidos pelo Conselho Curador; II - expedir atos normativos relativos à alocação dos recursos para implementação dos programas aprovados pelo Conselho Curador; III - elaborar orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos, discriminando-os por Unidade da Federação, submetendo-os até 31 de julho ao Conselho Curador do Fundo; IV - acompanhar a execução dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana, decorrentes de aplicação de recursos do FGTS, implementados pela CEF; V - submeter à apreciação do Conselho Curador as contas do FGTS; VI - subsidiar o Conselho Curador com estudos técnicos necessários ao aprimoramento operacional dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana; VII - definir as metas a serem alcançadas nos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana. A fiscalização do Fundo fica a cargo do MTE, consoante suas atribuições fiscalizatórias do trabalho. Art. 23. Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social a verificação, em nome da Caixa Econômica Federal, do cumprimento do disposto nesta lei, especialmente quanto à apuração dos débitos e das infrações praticadas pelos empregadores ou tomadores de serviço, notificando-os para efetuarem e comprovarem os depósitos correspondentes e cumprirem as demais determinações legais, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros órgãos do Governo Federal, na forma que vier a ser regulamentada. Já a administração do Fundo cabe ao Conselho Curador, e as questões mais comuns referem-se a ele. Vejamos suas peculiaridades: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 3 O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. CABE AO CONSELHO CURADOR A ADMINISTRAÇÃO DO FGTS. Perceba que a competência primordial do Conselho é estabelecer normas e diretrizes. A sua composição é tripartite, isto é, trabalhadores, empregadores e órgãos/entidades governamentais. Quais são esses órgãos? Ministério do Trabalho, óbvio; Ministério do planejamento e Orçamento; Ministério da Fazenda; Ministério da indústria e do Comércio, Presidentes da CEF e do BACEN. Dentre os suplentes estão os indicados e os nomeados por cada um deles. Art. 3 § 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo representante do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. I - Ministério do Trabalho; II- Ministério do Planejamento e Orçamento; III - Ministério da Fazenda; IV - Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo; V - Caixa Econômica Federal; VI - Banco Central do Brasil. o o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO CURADOR SERÁ EXERCIDA PELO REPRESENTANTE DO MTE, ÓRGÃO FISCALIZADOR. Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores serão indicados pelas respectivas categorias e nomeados pelo Ministro do MTE. O mandato será de dois anos, permitida uma única recondução, garantindo aos representantes dos trabalhadores, titulares e suplentes, garantia provisória de emprego, desde a NOMEAÇÃO. A despedida deles somente ocorrerá mediante apuração de falta grave em processo sindical. Art. 3 § 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical. REPRESENTANTE DO CONSELHO CURADOR DO FGTS. APURAÇÃO DE FALTA GRAVE POR PROCESSO SINDICAL. ESTABILIDADE DESDE A NOMEAÇÃO. As faltas de trabalho dos representantes dos trabalhadores configuram interrupção (inclui salário, sem trabalho) do contrato de trabalho, pois as ausências são abonadas por expressa disposição legal. o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 3 § 7º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador, decorrentes das atividades desse órgão, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais. O Conselho Curador funcionará em reuniões ordinárias bimestrais,convocadas pelo representante do MTE (presidente). Contudo, este não o fazendo, no prazo de 15 dias do bimestre, desde a última realizada, qualquer membro poderá convocar. A qualquer membro é dada a prerrogativa de – em casos excepcionais - convocar reunião extraordinária. Salienta-se que as decisões do órgão serão tomadas por maioria simples de seus membros. Art. 3 § 4º O Conselho Curador reunir-se-á ordinariamente, a cada bimestre, por convocação de seu Presidente. Esgotado esse período, não tendo ocorrido convocação, qualquer de seus membros poderá fazê-la, no prazo de 15 (quinze) dias. Havendo necessidade, qualquer membro poderá convocar reunião extraordinária, na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador. § 5 As decisões do Conselho serão tomadas com a presença da maioria simples de seus membros, tendo o Presidente voto de qualidade. § 6º As despesas porventura exigidas para o comparecimento às reuniões do Conselho constituirão ônus das respectivas entidades representadas. Quanto às atribuições do Conselho Curador, não há jeito, tem que decorar o art. 5º da Lei do FGTS. Em destaque, o que pode vir a ser cobrado em prova. o o o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ Art. 5º Ao Conselho Curador do FGTS compete: I - estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de todos os recursos do FGTS, de acordo com os critérios definidos nesta lei, em consonância com a política nacional de desenvolvimento urbano e as políticas setoriais de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana estabelecidas pelo Governo Federal; II - acompanhar e avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos programas aprovados; III - apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do FGTS; IV - pronunciar-se sobre as contas do FGTS, antes do seu encaminhamento aos órgãos de controle interno para os fins legais; V - adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos do Ministério da Ação Social e da Caixa Econômica Federal, que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades no que concerne aos recursos do FGTS; VI - dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas ao FGTS, nas matérias de sua competência; VII - aprovar seu regimento interno; VIII - fixar as normas e valores de remuneração do agente operador e dos agentes financeiros; IX - fixar critérios para parcelamento de recolhimentos em atraso; X - fixar critério e valor de remuneração para o exercício da fiscalização; XI - divulgar, no Diário Oficial da União, todas as decisões proferidas pelo Conselho, bem como as contas do FGTS e os respectivos pareceres emitidos. XII - fixar critérios e condições para compensação entre créditos do empregador, decorrentes de depósitos relativos a trabalhadores não optantes, com contratos extintos, e débitos resultantes de competências em atraso, inclusive aqueles que forem objeto de composição de dívida com o FGTS. XIII - em relação ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ a) aprovar a política de investimento do FI-FGTS por proposta do Comitê de Investimento; b) decidir sobre o reinvestimento ou distribuição dos resultados positivos aos cotistas do FI-FGTS, em cada exercício; c) definir a forma de deliberação, de funcionamento e a composição do Comitê de Investimento; d) estabelecer o valor da remuneração da Caixa Econômica Federal pela administração e gestão do FI-FGTS, inclusive a taxa de risco; e) definir a exposição máxima de risco dos investimentos do FI-FGTS; f) estabelecer o limite máximo de participação dos recursos do FI-FGTS por setor, por empreendimento e por classe de ativo, observados os requisitos técnicos aplicáveis; g) estabelecer o prazo mínimo de resgate das cotas e de retorno dos recursos à conta vinculada, observado o disposto no § 19 do art. 20 desta Lei; h) aprovar o regulamento do FI-FGTS, elaborado pela Caixa Econômica Federal; e i) autorizar a integralização de cotas do FI-FGTS pelos trabalhadores, estabelecendo previamente os limites globais e individuais, parâmetros e condições de aplicação e resgate. Na semana que antecede a sua prova é recomendável, ao menos, ler o art. 20 da Lei do FGTS. “Passe os olhos” pelas dicas ao longo do capítulo, elas são fundamentais para você realizar uma boa prova sobre FGTS. Encerro por aqui este capítulo. As peculiaridades mais comuns em concurso público estão destacadas e vão ajudar na hora da prova. A seguir lista de exercício. Bom treino! Bons estudos! Mariana Matos EXERCÍCIOS: Todos os enunciados foram retirados de provas das bancas, na maioria, ESAF, FCC e CESPE. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ 1. (__) Após o advento da Constituição da República em 1988, os empregados que contarem mais de dez anos de serviço na mesma empresa somente poderão ser dispensados por motivo de falta grave ou circunstância de força maior devidamente comprovada em inquérito judicial. 2. (__) Segundo súmula do Tribunal Superior do Trabalho a equivalência entre os regimes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e da estabilidade prevista na CLT é jurídica e econômica, sendo, portanto, devidos valores a título de reposição de diferenças. 3. (__) Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o 7° dia útil de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador. 4. (__) A contribuição para o FGTS incidente sobre a remuneração mensal devida ao empregado, mas não alcança horas extras e adicionais eventuais. 5. (__) O aprendiz terá direito ao depósito do FGTS, com alíquota reduzida de 2%(dois por cento) da sua remuneração paga ou devida. 6. (__) Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos os depósitos de poupança e capitalização e juros de 5% (cinco por cento) ao ano, em qualquer caso. 7. (__) O empregador que não realizar os depósitos previstos no prazo legal, responderá pela atualização monetária da importância correspondente, com aplicação de juros e mora de 1 % (um por cento) ao mês e multa de 20% (vinte por cento). 8. (__) O valor das horas extras, ainda que eventuais, repercute no cálculo do FGTS. 9. (__) O pagamento relativo ao período de aviso prévio, desde que trabalhado, está sujeito a contribuição para o FGTS. 10. (__) Júlio, que é empregado contratado pela empresa Y, foi considerado apto e será incorporado ao Exército Brasileiro para a prestação de serviço militar obrigatório. Nessa situação hipotética, seu contrato de trabalho será suspenso, razão por que a empresa Y será dispensada, tanto do pagamento de salários quando do recolhimento de depósitos na conta vinculada de Júlio. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ 11. (__) É possível a movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS no caso de despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior. 12. (__) A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas situações de culpa recíproca, de força maior e de despedida sem justa causa, inclusive a indireta. Essas situações ensejam o depósito de percentual sobre o FGTS por parte do empregador nas proporçõesde 40%, em caso de despedida sem justa causa e 20% no caso de culpa recíproca. Não há previsão de depósito no caso de despedida por força maior. 13. (__) Se o trabalhador falecer, o saldo da conta vinculada somente será pago aos dependentes indicados em alvará judicial. 14. (__) Necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorram de desastre natural, pode justificar movimentação da conta do FGTS, devendo a solicitação, nesse caso, ser apresentada pelo interessado até 90 dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo governo. 15. (__) É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo por ele não ser aprovado em concurso público, quando mantido o direito ao salário. 16. (__) Trabalhadores foram atraídos por falsas promessas para laborarem em outro estado da federação. Durante o período (alguns por 5 meses, outros por 14 meses) em que permaneceram no local da prestação de serviços, cerceados da liberdade de ir e vir, os trabalhadores operaram em condições degradantes, sem pagamento dos salários. Podemos afirmar que se trata de hipótese de rescisão indireta e, por essa razão, o empregado resgatado deverá receber FGTS de todo o período, acrescido da indenização de 40%; 17. (__) O conselho curador do FGTS é integrado por 3 (três) representantes da categoria dos trabalhadores, 3 (três) representantes da categoria dos empregadores e 3 (três) representantes do Ministério do Trabalho e Emprego. 18. (__) Observado o prazo de dois anos para a propositura da ação, a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS é quinquenal a partir de 13/11/2014. 19. (__) Os créditos relativos ao FGTS gozam dos mesmos privilégios atribuídos aos créditos trabalhistas. 20. (__) A presidência do Conselho Curador do FGTS será exercida pelo representante do Ministério do Trabalho e Emprego. 21. (__) Os créditos referentes ao FGTS, decorrentes de condenação judicial não serão corrigidos pelos mesmos índices aplicáveis aos débitos trabalhistas, porque o FGTS tem correção específica, regulada pela lei (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ própria. 22. (__) Na rescisão com base em força maior, o empregado pode sacar de sua conta vinculada os valores referentes a contratos anteriores. 23. (__) O direito do trabalhador de adquirir moradia com recursos do FGTS só pode ser exercido para um único imóvel. 24. (__) Os empregadores rurais estão desobrigados do depósito do FGTS de seus empregados, já que aos trabalhadores rurais não cabe a aplicação do regime do FGTS. 25. (__) O membro do Conselho Curador do fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), representante dos trabalhadores, tem estabilidade garantida desde a nomeação até um ano após o final do mandato, que será de dois anos. GABARITO E COMENTÁRIOS: 1. (F) A CF/88 tornou o FGTS obrigatório e com isso extinguiu o regime de indenização e a estabilidade decenal. Portanto, somente os empregados que já possuíam 10 anos de serviço na empresa antes da CF/88 fazem jus à estabilidade decenal, todos os outros, após a CF/88 são regidos pelo FGTS, daí a incorreção. 2. (F) a equivalência entre os regimes é apenas jurídica e não econômica, portanto, indevidos valores de reposição de diferenças. Súmula nº 98 do TST. 3. (F) O prazo é até o dia 7 de cada mês e não 7º dia útil como menciona a questão; 4. (F) Súmula nº 63 do TST. FUNDO DE GARANTIA. A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. 5. (V) Art. 15. § 7 Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo reduzida para dois por cento. 6. (F) a capitalização será de 3% ao ano e não 5% como sugere o item: o (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ 7. (F) no caso de atraso, o empregador responderá pela Taxa referencial sobre o valor devido + juros de mora de 0,5% e multa de 5% no mês do vencimento e 10% a partir do mês seguinte da obrigação, nos termos do art. 22, §§ 1º e 2º da Lei 8.036/90: 8. (V) O FGTS não pode ser interpretado na mesma linha das outras parcelas do direito do trabalho, cuidado! Por ter legislação específica, o FGTS possui regrinhas e exceções que podem confundir o candidato, portanto, leia com atenção os dispositivos legais correlatos! Súmula nº 63 do TST.FUNDO DE GARANTIA. A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. 9. (F) nos termos da Súmula n. 305 do TST o aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito à contribuição para o FGTS. 10. (F) O que torna o item incorreto é isentar o empregador do recolhimento de depósitos do FGTS. Apesar de ser Suspensão = SEM SALÁRIO, haverá o recolhimento do FGTS, assim como acontece ao empregado que em decorrência de acidente de trabalho, passa a receber benefício previdenciário. 11. (V) Art. 20, I da Lei n. 8.036/90: I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior. 12. (F) A legislação traz o mesmo percentual da culpa recíproca (20%) nos casos de força maior, daí a incorreção: Lei n. 8.036/90: 13. (F) Os dependentes serão habilitados em alvará judicial (requisição judicial para levantar os valores) para recebimento do FGTS em caso de falecimento do empregado independente de arrolamento ou inventário. No entanto, somente os dependentes, assim considerados pela Previdência Social, poderão se habilitar daí a incorreção. 14. (F) O saque do FGTS será possível em casos de desastre natural desde que solicitado até 90 dias da publicação do ato de reconhecimento pelo governo FEDERAL, daí a incorreção. 15. (V) Como é sabido, em decorrência do princípio da isonomia o concurso público é que “vincula” o servidor à administração pública. Assim, havendo irregularidade na contratação do “empregado” pela administração pública, o prestador de serviço não poderá ter reconhecido o vínculo empregatício. Mas também não poderá haver o enriquecimento ilícito do ente público que usou da atividade laboral do funcionário. Assim é que o TST reconhece o pagamento aos salários e ao FGTS, tão somente! (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891) ✏ 16. (V) Nem é preciso dizer que no caso de condições análogas à de escravo é nítido o descumprimento por parte do empregador dos seus deveres com o empregado, mais que isso, com o ser humano. Logo, na rescisão indireta o empregado tem direito a todas as verbas rescisórias. 17. (F) A legislação que trata do FGTS não prevê mais o numero de membros do Conselho Curador cabendo regulamentação pelo Poder Executivo: 18. (V) Com o novo entendimento do STF, a prescrição pelo recolhimento do FGTS observará as seguintes regras, a partir de 13/11/2014 a prescrição pelo não recolhimento do FGTS é quinquenal, isto é, segue a regra geral, contadas da data da lesão. 19. (V) é o disposto no § 3º, art. 2º da Lei 8.844/94 que dispõe sobre a cobrança judicial e multas devidas ao FGTS. Art. 2º. § 3º Os créditos relativos ao FGTS gozam dos mesmos privilégios atribuídos aos créditos trabalhistas 20. (V) Exatamente o que prevê o § 1º do art. 3º da Lei 8.036/90. 21. (F) serão utilizados os mesmos índices trabalhistas: OJ nº 302 da SDI-I. FGTS. ÍNDICE DE CORREÇÃO. DÉBITOS TRABALHISTAS. Os créditos referentes ao FGTS, decorrentes de condenação judicial, serão corrigidos pelos
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