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05 FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)

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(https://www.tecconcursos.com.br) MENU
 Direito do Trabalho (atualizado pela reforma trabalhista)
(https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/114613)

FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO - FGTS 
 
Histórico
 
Atualmente o FGTS é regulado pela Lei n. 8036/90. Antes disso, em um cenário político vantajoso para o
Governo, foi criada a Lei 5.107/66, hoje revogada, que tratava da opção dada ao empregado em escolher
entre o “fundo de garantia” e a estabilidade decenal, prevista pelo art. 492 da CLT.
 
No anseio constitucional, os constituintes de 1934 – segundo Sérgio Pinto Martins – já previam um fundo
equivalente, porém, com obrigação apenas às pessoas jurídicas que contribuíssem para o imposto de renda.
Já a Carta de 1967 garantiu expressamente a estabilidade ou fundo de garantia ao trabalhador em seu art.
158.
 
 
Salienta-se que a Lei 5.107/66 previa o prazo de 365 dias para que os trabalhadores fizessem a opção pelo
FGTS e também, no mesmo prazo, para os que fossem admitidos nos primeiros 365 dias da vigência da Lei.
 
A opção era necessariamente expressa, escrita, com anotação na CTPS e no livro de empregados. Para os que
realizassem a opção fora daqueles prazos, a homologação pela Justiça do Trabalho era obrigatória (segundo
corrente majoritária, inclusive TST, que deu origem a Súmula 223, atualmente cancelada). Para os
trabalhadores da União, a opção era feita perante juiz federal.
 
Vólia B. Cassar explica que a Súmula 98 do TST surge quando os trabalhadores se sentem prejudicados com a
criação do FGTS, já que 8% x12 era 96% e não os 100% que recebiam por ano, na forma do art. 478 da CLT.
Diante disso, decidiu o TST que a equivalência do FGTS e da estabilidade é jurídica e não econômica,
indevidos quaisquer valores a título de reposição.
 
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um)
mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis)
meses.
 
Súmula nº 98 do TST
FGTS. INDENIZAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. COMPATIBILIDADE.
I - A equivalência entre os regimes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e da estabilidade
prevista na CLT é meramente jurídica e não econômica, sendo indevidos valores a título de
reposição de diferenças;
II - A estabilidade contratual ou a derivada de regulamento de empresa são compatíveis com o regime
do FGTS. Diversamente ocorre com a estabilidade legal (decenal, art. 492 da CLT), que é renunciada
com a opção pelo FGTS.
 
A EQUIVALÊNCIA ENTRE O FGTS E A ESTABILIDADE PREVISTA NA CLT É MERAMENTE JURÍDICA E NÃO
ECONÔMICA.
A Lei 5.107/66 vigorou juntamente com a estabilidade decenal do art. 492 da CLT até a promulgação da CF/88,
que tornou obrigatório o regime de FGTS.
 
CUIDADO! Apesar da obrigatoriedade prevista pela CF/88, há ainda um caso que FACULTA o recolhimento do
FGTS, segundo o art. 16 da Lei 8.036/90: diretores não empregados das empresas.
 
Art. 16. Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão
equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS.
Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei, estatuto ou contrato
social, independente da denominação do cargo.
Conceito e natureza jurídica
 
O FGTS é um fundo, na verdade, uma conta vinculada a que o empregado faz jus em decorrência do contrato
de trabalho. Essa conta poderá ser movimentada nas hipóteses legais, mas principalmente, quando o ele é
demitido sem justa causa. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
 
Art. 2º da Lei n. 8.036/90. O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere
esta lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e
juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações.
 
Conforme mencionado, o FGTS surge em 1966 para substituir o regime de estabilidade decenal previsto pela
CLT. Não se trata de extinção da estabilidade, senão de uma nova regulamentação de indenização decorrente
da extinção da relação de trabalho.
 
Art. 4° do Dec. n. 99.684/99. A opção pelo regime de que trata este regulamento somente é admitida
para o tempo de serviço anterior a 5 de outubro de 1988, podendo os trabalhadores, a qualquer
tempo, optar pelo FGTS com efeito retroativo a 1° de janeiro de 1967, ou à data de sua admissão,
quando posterior.
 
A estabilidade está baseada no princípio da continuidade da relação de emprego e na segurança jurídica do
trabalhador, trazendo consigo uma indenização quando cessada a expectativa do empregado em relação ao
contrato de trabalho. Antes da CF/88 aplicava-se o art. 478 da CLT:
 
Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um)
mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis)
meses.
 
Esse dispositivo não foi recepcionado pela CF/88, já que a Carta Magna tornou obrigatório o regime de
FGTS. O mesmo ocorre com o regime de estabilidade decenal previsto no art. 492 da CLT.
 
Art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não
poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente
comprovadas.
 
Os dispositivos acima mencionados, apesar de não recepcionados, não foram revogados porque visam
resguardar os direitos adquiridos, que na prática tornaram–se raros, mas em provas, dependendo da
complexidade, podem ser cobrados.
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
 
Ressalta-se, outrossim, que mesmo o trabalhador garantido pela estabilidade decenal e regido pelo art. 478
da CLT (não optante do FGTS no período anterior a CF/88) poderá fazer a opção retroativa, isto é, escolher a
regência do FGTS no período compreendido entre a admissão e a CF/88.
 
O FGTS SUBSTITUIU A INDENIZAÇÃO DO ART. 478 DA CLT E EXTINGUIU A ESTABILIDADE DECENAL DA
CLT
 
Portanto, o FGTS (a princípio de opção facultativa) vem substituir a indenização do art. 478 da CLT, tornando-
se obrigatório a partir da promulgação da CF/88 a extinguir a estabilidade decenal prevista pela CLT no art.
492.
 
Ressalta-se que a estabilidade (não a decenal) e o regime de FGTS não são incompatíveis, já que poderá o
empregado fazer jus aos dois institutos, desde que previsto em contrato, negociação coletiva ou
regulamento da empresa.
 
Súmula nº 98 do TST
FGTS. INDENIZAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. COMPATIBILIDADE.
I - A equivalência entre os regimes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e da estabilidade
prevista na CLT é meramente jurídica e não econômica, sendo indevidos valores a título de reposição
de diferenças;
II - A estabilidade contratual ou a derivada de regulamento de empresa são compatíveis com o
regime do FGTS. Diversamente ocorre com a estabilidade legal (decenal, art. 492 da CLT), que é
renunciada com a opção pelo FGTS.
A estabilidade contratual ou a derivada de regulamento de empresa são compatíveis com o regime
do FGTS.
  (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
Ressalvado aqueles empregados que já contavam com dez anos de emprego antes de 1988, apenas os
servidores públicos e os celetistas da administração direta, autárquica e fundacional possuem a
estabilidade dita permanente (convenhamos que nada é para sempre, não é?). Excluídos os empregados
públicos de empresa pública e sociedade de economia mista, regidos pela CLT.   
 
Súmula nº 390 do TST
ESTABILIDADE.ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU
FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL.
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da
estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
 
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido
mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da
CF/1988.
 
Não confunda estabilidade permanente (não tem prazo de validade) com a garantia provisória de emprego.
Esta última é reconhecida a alguns empregados em decorrência de uma característica pessoal, por exemplo,
a gestante, ou por característica altruísta, como a do dirigente sindical, o qual representa direito de terceiros,
sendo que ambas possuem um prazo para ser cessada.
 
Dito isso e grosso modo, a partir da CF/88, o FGTS é o responsável pela indenização decorrente pela ruptura
do contrato de trabalho. Esse instituto é regido pela Lei n. 8.036/90 e regulado pelo Decreto n. 99.684/90.
 
A função essencial do FGTS – em tese – é garantir temporariamente a subsistência do empregado durante
o período de desemprego, consoante quebra da continuidade do contrato de trabalho. Contudo, também
poderá ter seus valores utilizados em programas sociais de habitação, saneamento básico e infraestrutura
urbana.
 
Na doutrina e na jurisprudência não há consenso sobre sua natureza jurídica, apenas que é um direito
trabalhista e, por isso, irrenunciável.
 
Para Vólia B. Cassar a natureza jurídica do FGTS é múltipla ou híbrida, ou seja, para o empregado é direito,
para o empregador obrigação e para a sociedade é contribuição. (CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho.
11° ed. Método, São Paulo, 2015, p. 1187).[1]
 
Dentre outras teorias para a natureza jurídica tem-se:
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
 
Mauricio Godinho: natureza tríplice, porque é crédito do empregado, dever do empregador e caráter
social para sociedade.
Arnaldo Süssekind: é salário diferido por ser adquirido no presente, porém, depende de evento futuro
para movimentação.
Amaro Barreto e Magano: é compensação, mas sem caráter indenizatório.
Outros: há quem diga que é previdenciária ou tributo ou parafiscal e, ainda, salário socializado.
 
Para o STF o FGTS não tem natureza jurídica tributária, sendo isso a resposta mais recorrente em provas.
 
Cabimento
 
 
O FGTS é devido mensalmente a todo empregado, urbano e rural, inclusive o servidor público celetista, o
trabalhador avulso e o empregado doméstico (EC 72/13).
 
O FGTS É DEVIDO A TODO EMPREGADO, URBANO E RURAL, INCLUSIVE DOMÉSTICO, TRABALHADOR
AVULSO E O SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA.
 
Lembre-se de que antes da EC 72/13, o empregador doméstico poderia optar pelo recolhimento do FGTS de
seu empregado. Feita a opção, não caberia retratação. A EC 72/13, apesar de torná-lo obrigatório, impediu
seus efeitos imediatos, pois sendo norma constitucional limitada, exigia legislação infraconstitucional para se
torna plenamente efetivo. O que é feito com a LC 150/15.
 
Sendo um pouco mais retroativo, o trabalhador rural só passou a ter direito ao FGTS a partir da CF/88.
 
Pois bem, conforme já mencionado, os servidores públicos estatutários por não serem regidos pela CLT e,
sim por regime próprio, não fazem jus ao FGTS, além é claro de adquirirem estabilidade.
 
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
Art. 2° do Dec. n. 99.684/99. Para os efeitos deste regulamento considera-se:
II - trabalhador, a pessoa natural que prestar serviços a empregador, excluídos os eventuais, os
autônomos e os servidores públicos civis e militares sujeitos a regime jurídico próprio.
 
Das alíquotas e da base de cálculo
Em regra, a alíquota é de 8% da remuneração mensal do empregado, inclusive para o empregado
doméstico. No entanto, para os aprendizes, será de 2%, salvo previsão mais benéfica.
 
Art. 15.  Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia
7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por
cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, [...]
 
Art. 24 do Dec. 5.598/05.  Nos contratos de aprendizagem, aplicam-se as disposições da Lei n 8.036,
de 11 de maio de 1990.
 
Parágrafo único.  A Contribuição ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço corresponderá a dois
por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, ao aprendiz.
 
A ALÍQUOTA DO FGTS É DE 8% DA REMUNERAÇÃO MENSAL DO EMPREGADO, SALVO AO APRENDIZ
QUE SERÁ DE 2%.
 
 
Por favor, candidato (a)! Note que o FGTS é um RECOLHIMENTO de obrigação exclusiva do empregador.
Portanto, NADA pode ser descontado do empregado para efeitos dos 8% ou 2%, conforme o caso. Nada,
nada pode ser descontado (isso já caiu em prova!).
 
Quanto à base de cálculo uma premissa básica: toda parcela salarial, ainda que eventual, incide para o
FGTS.
 
o
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
Lembre-se de que a remuneração consiste no salário (fixo, gratificações legais e comissões) + gorjetas.
Estas são pagas por terceiros, aquele é a contraprestação ou vantagem (pecuniária ou utilitária) paga pelo
empregador. Grosso modo, salário é o que “sai das mãos” do empregador e corresponde pelo trabalho.
 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber. (CLT)
 
Pois bem, a alíquota do FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial do empregado,
independentemente da habitualidade, ou seja, incide sobre o salário, adicionais, horas extras, comissões,
percentagens, gratificações ajustadas, 13° salário, férias com o terço constitucional (desde que usufruídas!).
Mas cuidado! Embora as gorjetas não tenham natureza salarial, haverá incidência para o FGTS.  
 
Súmula nº 63 do TST
FUNDO DE GARANTIA. A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide a
remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais.
 
 OJ nº 232 da SDI-I
FGTS. INCIDÊNCIA. EMPREGADO TRANSFERIDO PARA O EXTERIOR. REMUNERAÇÃO. O FGTS incide
sobre todas as parcelas de natureza salarial pagas ao empregado em virtude de prestação de serviços
no exterior.
 
 
 
O FGTS INCIDE SOBRE PARCELAS SALARIAIS, INDEPENDENTEMENTE DE SUA HABITUALIDADE, BEM
COMO SOBRE AS GORJETAS.
 
Portanto, pode se concluir que não há incidência de FGTS sobre as parcelas indenizatórias, por exemplo,
férias indenizadas, ajuda de custo e diárias para viagem não superiores a 50% do salário.
  (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
OJ nº 195 da SDI-I
FÉRIAS INDENIZADAS. FGTS. NÃO INCIDÊNCIA. Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias
indenizadas.
 
 Art. 457 –
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não
excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado:
 
Também não são computadas no cálculo do FGTS, as parcelas do rol do § 2º do art. 458 da CLT, que tem
afastada legalmente sua natureza salarial.
 
Art. 458 da CLT:
§ 2 Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes
utilidades concedidas pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregadose utilizados no local de
trabalho, para a prestação do serviço;
       
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
       
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
       
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
       
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
       
VI – previdência privada;
       
VII – (VETADO) (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2001/Mv581-01.htm)
        
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
 
Toda regra tem uma exceção: apesar de não incidir em verbas indenizatórias, haverá incidência de FGTS no
aviso prévio, mesmo que indenizado e no décimo terceiro devido na rescisão quando indenizado.
o
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
 
Súmula nº 305 do TST
FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA SOBRE O AVISO PRÉVIO. O pagamento
relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS.
 
Art. 15 da Lei FGTS. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a
depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente
a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas
na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que
se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto
de 1965.
 
Portanto, quanto à base de cálculo: todas as parcelas salariais incidem para o cálculo do FGTS, ainda que
eventuais, a incluir o 13° salário. Também há incidência no aviso prévio indenizado, apesar da natureza
indenizatória. 
 
Em linhas gerais, pode se concluir que a base de cálculo do FGTS é:
 
Todas as parcelas salariais, mesmo que eventuais.
Sobre as gorjetas.
Sobre o 13° salário, inclusive aquele pago na rescisão;
Sobre o aviso prévio, inclusive indenizado.
Sobre as férias, EXCLUÍDA a indenizada.
 
Desculpe-me por ser tão repetitiva, mas isso DESPENCA em provas!
 
Prazo para recolhimento
O recolhimento do FGTS deve ocorrer mensalmente até o dia 07 do mês subsequente aquele trabalhado.
Por exemplo, o pagamento do mês 06/2017 será pago até o dia 07/07/2017. Perceba, é dia 07 e não sétimo dia
útil, por isso, se o dia 07 não for útil, o empregador deverá antecipar o pagamento. Regras aplicáveis
também ao empregador doméstico.
 
Art. 15 da Lei FGTS. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a
depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, [...]
  (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
O EMPREGADOR DEVE EFETUAR O RECOLHIMENTO DO FGTS ATÉ DIA 07 DO MÊS SUBSEQUENTE. NÃO
SENDO ÚTIL, DEVE ANTECIPAR O PAGAMENTO.
 
Quanto ao empregador doméstico, lembre-se de que entre 03/2000 até 09/2015 o recolhimento era
facultativo. Isso porque, embora a extensão da obrigatoriedade tenha sido prevista pela EC 72/13, somente
com a LC 150/15 é que tal direito foi regulado. E, ainda, apenas em 10/2015 o Conselho Curador (Resolução
782/15 e Circular da CAIXA n. 694/15) passou a regulamentar o recolhimento, permitindo que o empregado
doméstico o fizesse.
 
LC 150/15. Art. 21.  É devida a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), na forma do regulamento a ser editado pelo Conselho Curador e pelo agente
operador do FGTS, no âmbito de suas competências, conforme disposto nos arts. 5
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art5) e 7 da Lei n 8.036, de 11 de maio
de 1990 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art7), inclusive no que tange aos
aspectos técnicos de depósitos, saques, devolução de valores e emissão de extratos, entre outros
determinados na forma da lei. 
Parágrafo único.  O empregador doméstico somente passará a ter obrigação de promover a
inscrição e de efetuar os recolhimentos referentes a seu empregado após a entrada em vigor do
regulamento referido no caput. 
 
o
o o
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
Res. 782/15.
Art. 1º O empregado doméstico, definido nos termos da Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de
2015, terá direito ao regime do FGTS, obrigatoriamente, a partir de 1º de outubro de 2015.
§ 1º O empregador deverá solicitar a inclusão do empregado doméstico no FGTS, mediante
requerimento, que consistirá na informação dos eventos decorrentes da respectiva atividade laboral,
na forma definida pelo Agente Operador do FGTS.
§ 2º O Agente Operador do FGTS, observada a data definida no caput e a peculiaridade dos
empregadores e empregados domésticos, deverá regulamentar as devidas disposições
complementares, de modo a viabilizar o depósito, os saques, a devolução de valores e a emissão de
extratos, entre outros determinados na forma da lei, inclusive no que tange às relações de trabalho
existentes a partir de março de 2000.
 
SOMENTE A PARTIR DE 10/2015, FOI POSSÍVEL QUE O EMPREGADOR DOMÉSTICO EFETUASSE O
RECOLHIMENTO DO FGTS DO EMPREGADO
 
Dificilmente a banca cobrará essa peculiaridade de prazos, então, para todos os efeitos o recolhimento
tornou-se obrigatório desde a EC 72/13, cuja norma era limitada e exigiu a LC 150/15 para que fosse
implantado o sistema.
 
Lembre-se de que sobre o aviso prévio indenizado incide FGTS. Portanto, essa incidência e o FGTS do mês
correspondente, bem como a multa compensatória serão recolhidos no mesmo prazo das verbas rescisórias
(no dia seguinte ao término do aviso prévio trabalhado; ou até o 10º dia da notificação da demissão, quando
aviso prévio indenizado).
 
Art. 18. da Lei FGTS
§ 3° As importâncias de que trata este artigo deverão constar da documentação comprobatória do
recolhimento dos valores devidos a título de rescisão do contrato de trabalho, observado o
disposto no art. 477 da CLT, eximindo o empregador, exclusivamente, quanto aos valores
discriminados.
  (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
O mesmo prazo deve ser observado ao doméstico, contudo, é preciso se ater que a partir da Resolução do
Conselho Curador (10/2015), não cabe ao empregador doméstico recolher a multa de 40% do FGTS
quando a dispensa se der sem justa causa. Isso porque a LC 150/15 não previu referido direito, mas sim uma
indenização compensatória.
                                         
LC 150/15. Art. 22.  O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois
décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao
pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do
empregador, não se aplicando ao empregado doméstico o disposto nos §§ 1 a 3 do art. 18 da Lei n
8.036, de 11 de maio de 1990. 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art18%C2%A73)
 
Perceba que o empregador recolherá – além dos 8%, mais 3,2 % mensal durante o curso do contrato de
trabalho. Esse valor, nos casos que determinam a multa de 40% ao empregado comum, poderá ser levantado
pelo empregado doméstico. Do contrário, sendo a demissão por justa causa, por exemplo, os valores
retornam ao empregador.
 
O FGTS não pode ser pago diretamente ao empregado, sob pena de o empregador pagá-lo
novamente.
 
Evidentemente que os valores recolhidos na conta vinculadado trabalhador serão corrigidos
monetariamente, conforme índices da caderneta de poupança com capitalização entre 3% e 6% de juros
ao ano.
 
Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com base nos
parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e capitalização juros de
(três) por cento ao ano:
I - 3 (três) por cento, durante os dois primeiros (1°) anos de permanência na mesma empresa;
II - 4 (quatro) por cento, do terceiro ao quinto (3°) ano de permanência na mesma empresa;
III - 5 (cinco) por cento, do sexto ao décimo (6°) ano de permanência na mesma empresa;
IV - 6 (seis) por cento, a partir do décimo primeiro (10°) ano de permanência na mesma empresa.
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 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
 
No caso de atraso, o empregador responderá pela Taxa referencial sobre o valor devido + juros de mora de
0,5% e multa de 5% no mês do vencimento. Além disso, multa de 10% a partir do mês seguinte da
obrigação, nos termos do art. 22, §§ 1º e 2º da Lei 8.036/90:
 
Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos previstos nesta Lei, no prazo fixado no art. 15,
responderá pela incidência da Taxa Referencial – TR sobre a importância correspondente.
§ 1 Sobre o valor dos depósitos, acrescido da TR, incidirão, ainda, juros de mora de 0,5% a.m. (cinco
décimos por cento ao mês) ou fração e multa, sujeitando-se, também, às obrigações e sanções
previstas no Decreto-Lei n 368, de 19 de dezembro de 1968. 
§ 2 A incidência da TR de que trata o caput deste artigo será cobrada por dia de atraso, tomando-se
por base o índice de atualização das contas vinculadas do FGTS.
§ 2 -A. A multa referida no § 1 deste artigo será cobrada nas condições que se seguem:
I – 5% (cinco por cento) no mês de vencimento da obrigação;
II – 10% (dez por cento) a partir do mês seguinte ao do vencimento da obrigação.
 
Contudo, é preciso observar que a correção do FGTS, decorrente de condenação judicial, atende aos índices
referentes aqueles dos débitos trabalhistas.
 
OJ nº 302 da SDI-I
FGTS. ÍNDICE DE CORREÇÃO. DÉBITOS TRABALHISTAS. Os créditos referentes ao FGTS, decorrentes
de condenação judicial, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicáveis aos débitos trabalhistas.
 
Cumpre salientar que a o ônus probatório do recolhimento do FGTS é do empregado, segundo entendimento
firmado pela Súmula 461:
 
Súmula nº 461 do TST 
FGTS. DIFERENÇAS. RECOLHIMENTO. ÔNUS DA PROVA - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02
e 03.06.2016 
É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o
pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015).
Multa indenizatória
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 (4266889?exercicio=1)
 
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Com a mesma natureza indenizatória que aquela disposta no art. 478 da CLT (não recepcionada pela CF/88), a
multa compensatória por demissão imotivada tem fundamento no art. 18 d a Lei do FGTS.
 
Art. 18.
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta
vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos
os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados
monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do
Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.
 
Perceba que, algumas modalidades de extinção de contrato de trabalho, condenam o empregador ao
pagamento de multa de 40% ou 20% sobre os depósitos devidos a título de FGTS.
 
Será de 40% quando o empregador demitir sem justa causa o empregado. No entanto, se houver culpa
recíproca ou força maior, a indenização é reduzida pela metade (20%). Com a reforma trabalhista, o acordo
bilateral também permitiu o pagamento de 20%.
 
MULTA COMPENSATÓRIA: DISPENSA SEM JUSTA CAUSA. 40%. CULPA RECÍPROCA. FORÇA MAIOR.
ACORDO BILATERAL 20%.
 
Quando o empregado é demitido por justa causa ou pede demissão, não faz jus a qualquer multa
compensatória, obviamente.
 
Cumpre salientar que a LC 150/15 – regulamento do empregado doméstico – não prevê a multa de 40% ou
20% sobre o FGTS, na ruptura do contrato de trabalho. Isso mesmo, não é devida a multa compensatória
sobre o FGTS ao empregado doméstico na rescisão do contrato.
 
Contudo, em contrapartida, a LC [2]  prevê o recolhimento no percentual de 3,2% mensalmente com a
função de indenizar o empregado doméstico nos mesmos casos em que seria devida a multa do FGTS
prevista pela Lei.
 
 (4266889?exercicio=1)
 
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Art. 22.  O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos
por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao
pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do
empregador, não se aplicando ao empregado doméstico o disposto nos §§ 1 a 3 do art. 18 da Lei n
8.036, de 11 de maio de 1990. 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036consol.htm#art18%C2%A73)
 
§ 1   Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término do contrato de trabalho por
prazo determinado, de aposentadoria e de falecimento do empregado doméstico, os valores
previstos no caput serão movimentados pelo empregador. 
 
§ 2   Na hipótese de culpa recíproca, metade dos valores previstos no caput será movimentada pelo
empregado, enquanto a outra metade será movimentada pelo empregador. 
 
Pois bem, a multa compensatória incide sobre o montante dos depósitos devidos durante todo o contrato
de trabalho, ainda que não recolhidos, inclusive, sobre os saques realizados!
 
OJ nº 42 da SDI-I
FGTS. MULTA DE 40%.
I - É devida a multa do FGTS sobre os saques corrigidos monetariamente ocorridos na vigência do
contrato de trabalho. Art. 18, § 1º, da Lei nº 8.036/90 e art. 9º, § 1º, do Decreto nº 99.684/90;
II - O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na
data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio
indenizado, por ausência de previsão legal.
 
O cálculo deve ser feito na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias e, apesar de incidir sobre todo o
contrato será desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado.
 
PARA O CÁLCULO DO FGTS CONSIDERA-SE A DATA DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS,
DESCONSIDERADO A PROJEÇÃO DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO.
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 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
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Por sua vez, a aposentadoria espontânea do empregado não extingue o contrato de trabalho. Logo,
mantido o contrato de trabalho, sendo demitido o empregado aposentado haverá multa de 40% do FGTS de
todo o período (desde a admissão) em caso de dispensa sem justa causa.
 
OJ nº 361 da SDI-I
APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. MULTA DE 40% DO
FGTS SOBRE TODO O PERÍODO. A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de
trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por
ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a
totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral.
 
A DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA DO EMPREGADO APOSENTADO ENSEJA MULTA DE 40% DO FGTS
SOBRE TODO O PERÍODO CONTRATUAL COM O EMPREGADOR.
 
Ainda, consoante interpretação restritiva que deve ser dada às penalidades,segundo Vólia B. Cassar[3] e Alice
Monteiro de Barros, a multa do art. 467 da CLT (pagamento das verbas incontroversas na primeira audiência)
não recaí sobre os depósitos do FGTS não efetuados pelo empregador.
 
Por fim, para que não haja confusão, a multa pelo não depósito (atraso) prevista pelo art. 22 da Lei não
reverte ao empregado, pois é administrativa.
 
Nulidade e da suspensão do contrato de trabalho 
A nulidade do contrato de trabalho ocorre quando a atividade desenvolvida é ilícita cujos efeitos
retroagiram à data inicial do contrato – ex tunc –, não surtindo quaisquer consequências jurídicas, muito
menos, recolhimento de FGTS. 
 
OJ nº 199 da SDI-I
JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO. É nulo o contrato de
trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a
ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
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Referente aos elementos de validade do contrato utiliza-se, subsidiariamente, o disposto no art. 104, do CPC:
agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; forma prescrita ou não defesa em
lei;
 
Outra hipótese de nulidade do contrato de trabalho é aquele proibido, por exemplo, a prestação de
trabalho pelo menor em período noturno, ou em lugares insalubres e/ou perigosos. Nesse caso o objeto é
lícito, mas proibido. A declaração de nulidade possui efeitos ex nunc (não retroagem), pois do contrário,
estar-se-ia punindo apenas o empregado, caracterizando o enriquecimento ilícito do empregador. Assim, o
trabalhador fará jus a todas as verbas rescisórias, inclusive FGTS.
 
Contudo, isso não ocorre quando há no polo ativo a administração pública, isto é, a contratação de servidor
público sem o devido concurso público (contrato proibido!) será devido, tão somente, o saldo de salários +
FGTS:
 
Súmula nº 363 do TST - CONTRATO NULO. EFEITOS. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem
prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo
direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado
o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
 
A NULIDADE DE CONTRATO POR AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO GARANTE O SALDO DE SALÁRIOS
E O FGTS, APENAS.
 
Conforme mencionado, o FGTS recai sobre parcelas salariais e, não havendo parcelas deste tipo, não há que
se falar em FGTS. Por essa razão,
nos casos de suspensão contratual (sem trabalho, sem salário), não cabe se falar de tal direito, EM REGRA.
Isso mesmo, há exceções, é o caso do acidente de trabalho e da prestação de serviço militar obrigatório.
 
Art. 15.
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§ 5º  O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para
prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. A doutrina também
esclarece que será devido no caso de licença maternidade.
 
Evidentemente que nos casos de interrupção, haverá recolhimento, pois inclui salário, sem trabalho (art. 473
da CLT):
 
01 dia para doar sangue a cada 12 meses de trabalho; E consulta de filho até 06 anos;
Até 02 dias para “fazer” o título eleitoral, comunicado com 48h de antecedência;
02 dias para acompanhar a gestante a consulta médica.  Ou por causa de luto;
03 dias para o casamento – ressalta-se que, neste caso, a licença do professor é de 09 dias –; e
05 dias pela paternidade;
Pelo período necessário: alistamento militar e não prestação do serviço militar; vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior (para concursos públicos não vale!); comparecer em
juízo; representação sindical em reunião de organismo oficial;
 
HAVERÁ RECOLHIMENTO DE  FGTS NO CASO DE AFASTAMENTO POR ACIDENTE DE TRABALHO,
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO E LICENÇA MATERNIDADE
 
Prescrição  
Prescrição é sempre prevista em Lei e consiste na perda da pretensão de reparação do direito violado por
inércia do seu titular. Com a violação do direito se inicia o prazo para que o empregado “procure” a Justiça
para a devida reparação.
 
Não há perda do direito, mas sim perda de recorrer ao Judiciário. Nesse sentido, havendo pagamento pelo
devedor de parcelas prescritas, não caberá restituição dos valores, a posterior, sob alegação de prescrição,
pois o direito as prestações permanecem intocáveis.
 
De modo geral a contagem inicial do prazo se dá com a violação do direito. Ex. dos salários, no quinto dia
útil do mês subsequente ao trabalhado; das férias, com o término do período concessivo; do 13º salário, a
partir do dia 20 de dezembro do ano. E do FGTS a partir do vencimento (dia 07 de cada mês).
 
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Por outro lado, é importante saber que os fatos não prescrevem, mas sim, pretensões condenatórias.  Assim,
as anotações da CTPS para efeito previdenciário são imprescritíveis [art.11, § 1º da CLT]. O mesmo raciocínio
é dado para as ações meramente declaratórias, as quais não se sujeitam à prescrição.
 
No direito do trabalho, prescrevem em cinco anos os créditos resultantes das relações de trabalho, urbano
ou rural, até o limite de dois anos da extinção do contrato.
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.
 
Até 13/11/2014 era preponderante que a prescrição pelo não recolhimento do FGTS aplicável era trintenária.
Assim, poderia o empregado requerer, contado do ajuizamento da ação, trinta anos de valores do FGTS não
recolhidos no contrato de trabalho.
 
Pois bem, em 13/11/2014 (gravem essa data) houve alteração jurisprudencial quanto à prescrição do FGTS,
consubstanciada em sede de recurso extraordinário no STF.
 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.212 DISTRITO FEDERAL
RELATOR: MIN. GILMAR MENDES
RECTE.(S): BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S): JAIRO WAISROS E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S): ANA MARIA MOVILLA DE PIRES E MARCONDES
ADV.(A/S): JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)
Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança
de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição.
Superação de entendimento anterior sobre prescrição trintenária. Inconstitucionalidade dos arts. 23,
§ 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990. Segurança
jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da decisão. Art. 27 da Lei 9.868/1999. Declaração de
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inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso extraordinário a que se nega provimento. (grifos
nosso)
 
Com a modulação de efeitos, o candidato deverá o observar o termo inicial da prescrição e a data da
decisão do STF:
 
a) quando o termo inicial da prescrição ocorrer após 13/11/2014, a prescrição é de cinco anos. Só isso. Sem
mais.
 
b) estando em curso o prazo, quando faltar MENOS de cinco anos para a prescrição, contados até a data de
13/11/2014, então o prazo continua a contar normalmente. Por exemplo:
 
Empresa A não recolhe FGTS dos empregados desde a 12/1988. Os contratos continuam vigentes, quando em
12/2015 o empregadoajuíza ação buscando as parcelas não depositadas. Perceba, entre 12/1988 e 11/2014
(data da decisão do STF) percorreu 26 anos de prazo prescricional. Logo, faltam 04 anos para se alcançar 30
anos, então, aplica-se o prazo trintenário. Para não haver dúvidas, isso quer dizer que o empregado receberá
30 anos de FGTS. 
 
c) estando em curso o prazo, quando faltar MAIS de cinco anos para a prescrição, contados até a data de
13/11/2014, então aplica-se o prazo quinquenal.
 
Empresa B não recolhe FGTS desde 12/1992. Empregado ajuíza ação em 12/2015. Entre 12/1992 e 11/2014
(data da decisão do STF) correu 22 anos de prescrição, faltando 08 anos para prescrever (fechar os 30 anos).
Neste caso, aplica o prazo quinquenal, ou seja, recolhe apenas cinco anos.
 
Perceba que o STF dá cinco anos “de graça” após a sua decisão, para aqueles que, não alcançado os 30 anos
até aquela data, possam recolher 30 anos de contribuição.
 
Para quem ficou sem entender a lógica do STF, vamos (tentar) desenhar:
 
 
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Assim , temos: 26 + 05 anos (período de graça) = 31 anos, logo, aplica-se a prescrição trintenária, pois ela vai
ocorrer primeiro do que se contássemos 05 anos a partir da decisão STF.
 
 
 
Exemplo 2:
 
 
Assim: 22 + 05 anos (período de graça) = 27 anos, logo, aplica-se a prescrição quinquenária, pois ocorrerá
primeiro. Perceba que neste caso, o empregado precisaria de mais de cinco anos (a partir da decisão do STF)
para alcançar os 30 anos.
 
 
Vamos (tentar) descomplicar isso, para quem ainda está em dúvida? Em um caso específico de prova, faça o
seguinte:
 
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Pegue o período de FGTS entre o termo inicial da prescrição (dia do vencimento do FGTS) e a decisão do
STF (13/11/2014). Se o empregado não usar todos os 05 anos pós-decisão do STF, aplica-se a prescrição
trintenária. Do contrário, se ele usar os 05 anos e ainda assim faltar tempo para fechar 30 anos, então a
prescrição será quinquenal. Veja:
 
27 anos de FGTS  +   03 anos (que faltam para) =  30 anos (FGTS)
 
Ora, eu preciso de 03 anos e o STF me deu 05 anos de graça, vou usá-los e ainda sobram 02 anos. Então, a
prescrição é trintenária.
 
24 anos de FGTS +   06 anos (tempo faltante para) = 30 anos (FGTS)
 
Ora, eu preciso de 06 anos para “fechar” os 30 anos de FGTS, no entanto, o STF só me deu 05 anos de graça.
Assim, a minha prescrição será quinquenal, porque foi ultrapassado o prazo de cinco anos após a decisão do
STF.
 
OBS: A partir de 13/11/2019 qualquer ação ajuizada para exigir o recolhimento do FGTS (para os prazos que já
estavam em curso na data da decisão do STF) terão prescrição quinquenal.
 
O TST já atualizou sua jurisprudência dando nova redação a Súmula nº 362, em conformidade com a
decisão da Corte Suprema.
 
Súmula nº 362 do TST
FGTS. PRESCRIÇÃO  (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material –
DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição
do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de
dois anos após o término do contrato;
 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo
prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir
de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF).
 
Evidentemente que o acessório segue o principal e quando houver incidência do FGTS com prescrição
trintenária sobre um crédito trabalhista de prescrição quinquenal, aplica-se esta e não a prescrição
trintenária. É o caso das horas extras reconhecidas apenas judicialmente.
 
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Súmula nº 206 do TST
FGTS. INCIDÊNCIA SOBRE PARCELAS PRESCRITAS. A prescrição da pretensão relativa às parcelas
remuneratórias alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS.
 
Movimentação da conta vinculada do FGTS.
As hipóteses de levantamento (saque) dos valores existentes referente ao FGTS estão previstas no art. 20 da
Lei n. 8.036/90. As bancas cobram a literalidade do artigo e o candidato deve decorar. Em todo caso, para
facilitar a memorização, apresentarei os incisos do art. 20 em blocos, cujos assuntos sejam similares.
 
O candidato precisa levar para a prova que ocorrerá movimentação da conta sempre que o contrato de
trabalho for extinto sem justa causa, ou para financiamento habitacional ou para suprir alguma
circunstância emergencial. Vejamos os incisos do art. 20.
 
Efeitos do contrato de trabalho
 
A despedida sem justa causa do empregado é, por excelência, hipótese de levantamento dos valores. O
mesmo ocorre com a rescisão indireta (que equivale à despedida sem justa causa, já que por culpa do
empregador).
 
A reforma trabalhista trouxe mais uma hipótese de extinção do contrato de trabalho, por acordo entre as
partes. Com ela, uma nova possibilidade de levantamento do FGTS pelo empregado, porém, limitado a 80%.
CLT
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso
em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:  
§ 1  A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta
vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20
da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.  
 
Com mesmo raciocínio, têm-se os casos de extinção da empresa (os riscos do empreendimento são do
empregador, lembre-se!) e do falecimento do empregador individual, apesar de não caracterizar justa causa
do empregado, mas a alteridade é do empregador.
 
Também ocorre no caso de culpa recíproca (neste caso houve “meia” justa causa, é perdoável!) e de força
maior considerada como aqueles acontecimentos naturais que extinguem o contrato de trabalho.
 
o
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Igualmente, em caso de extinção normal do contrato de trabalho a termo, novamente, não há justa causa
do empregado!
 
Por fim (e campeã em provas!) na suspensão total do trabalhador avulso por mais de 90 dias. Ora, se não há
salários (suspensão do trabalho) como este trabalhador vai sobreviver?
 
Perceba que o levantamento dos valores servirá para a subsistência temporária do trabalhador, uma das
funções do FGTS, por isso, a possibilidade de movimentação da conta. Vejamos os dispositivos legais,
referentes a estas hipóteses mencionadas:
 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:
 
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;
 
II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou
agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho
nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer
dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da
empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado;
 
IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela
Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;
 
X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias,
comprovada por declaração do sindicato representativoda categoria profissional.
 
§ 1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurará que a retirada a que faz
jus o trabalhador corresponda aos depósitos efetuados na conta vinculada durante o período de
vigência do último contrato de trabalho, acrescida de juros e atualização monetária, deduzidos os
saques.
        
Perceba pelo disposto no § 1º do art. 20 da Lei do FGTS que o levantamento, no caso dos incisos I e II, estará
vinculado ao último contrato de trabalho, com as devidas correções monetárias.
 
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O EMPREGADO DISPENSADO SEM JUSTA CAUSA, POR CULPA RECÍPROCA, POR FORÇA MAIOR OU
RESCISÃO INDIRETA FAZ JUS AO SAQUE DO FGTS.
 
Relacionados à previdência social
 
Há duas hipóteses cujos requisitos estão relacionados à previdência social: aposentadoria e falecimento do
trabalhador (os dependentes passam a receber benefício previdenciário denominado de pensão por morte).
 
Pois bem, nessas duas hipóteses, no primeiro caso, o aposentado e, no segundo, os dependentes (em tese,
morto não movimenta conta em banco) poderão levantar os valores depositados no FGTS.
 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:
 
III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;
 
IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados
perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na
falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores
previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado,
independente de inventário ou arrolamento;
 
Perceba que os dependentes são aqueles habilitados perante a Previdência Social e não os herdeiros!
Contudo, na falta dos primeiros, os sucessores (herdeiros), no termo da legislação civil, serão indicados em
alvará judicial, independente de inventário ou arrolamento.
 
 
OS DEPENDENTES HABILITADOS PERANTE A PREVIDÊNCIA SOCIAL PODEM SACAR O FGTS POR MEIO
DE ALVARÁ JUDICIAL, INDEPENDENTE DE INVENTÁRIO OU ARROLAMENTO. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
 
Financiamento habitacional
 
As hipóteses de financiamento habitacional (e não automotivo como já foi cobrado em prova!), referem-se
ao pagamento de prestações, liquidação ou amortização de saldo devedor, ou pagamento para própria
aquisição de moradia. O candidato deve ficar atento ao cumprimento das exigências, dentre elas, o prazo
mínimo de 03 anos sob o regime de FGTS.
 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:
 
V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no
âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que:
 
a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma
empresa ou em empresas diferentes;
 
b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses;
 
c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação;
 
VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário,
observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento
seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada
movimentação;
 
VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de
interesse social não construído, observadas as seguintes condições:
 
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na
mesma empresa ou empresas diferentes;
 
b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH;
 
§ 3º O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo trabalhador, só poderá ser
exercido para um único imóvel.
Pode ocorrer para outros tipos de investimentos:
  (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)
  ✏    
XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7 de
dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinquenta por cento) do saldo existente e
disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que
exercer a opção.
 
XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do art. 5
desta Lei, permitida a utilização máxima de 30% (trinta por cento) do saldo existente e disponível
na data em que exercer a opção.
Condições de saúde e doença grave
 
A legislação prevê movimentação da conta nos casos de o empregado ou qualquer dependente estar em
risco de morte em decorrência de grave doença. São de fácil memorização, por isso, basta umas leituras. 
 
Por sua vez, não que seja o caso de doença ou risco de morte, mas quando o trabalhador tiver mais de 70
anos, poderá sacar os valores e quando necessitar custear prótese ou órtese.
 
Art. 20.
 
XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna.
 
XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;
 
XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em
razão de doença grave, nos termos do regulamento;
 
XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.
 
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese
para promoção de acessibilidade e de inclusão social.  
 
o
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
ADMITE-SE O SAQUE DO FGTS QUANDO O EMPREGADO OU QUALQUER DEPENDENTE FOR
ACOMETIDO DE NEOPLASIA MALIGNA, VÍRUS HIV, OU ESTÁGIO TERMINAL.
Fenômenos naturais
Por fim, os casos de desastres naturais, na forma do regulamento. Perceba pelos dispositivos que a situação
de emergência ou calamidade pública deve ser reconhecida pelo Governo FEDERAL e o prazo para
solicitação do saque será de até 90 dias da publicação do ato de reconhecimento.
 
Art. 20.
 
XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto
em regulamento, observadas as seguintes condições:
 
a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do
Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente
reconhecidos pelo Governo Federal;
 
b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a
publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de
estado de calamidade pública; e
 
c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento.
 
Não menos importante e, muitas vezes, o mais comum da “vida real”, é o caso do trabalhador que
permanece por três anos ininterruptos fora do regime de FGTS.
 
VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990,
fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do
titular da conta.
A SITUAÇÃO EMERGENCIAL QUE AUTORIZA O SAQUE DO FGTS DEVE SER DECLARADA PELO GOVERNO
FEDERAL.
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
 
Todas as hipóteses devem ser memorizadas, nos termos da lei. Espero que as explicações dadas aos
dispositivos tenham facilitado essa tarefa, pois as provas costumam cobrar a literalidade e,na maioria das
vezes, o fazem nos incisos sobre extinção do contrato de trabalho, vinculados à previdência social e doenças
graves. Fique atento!
 
Fiscalização do FGTS
Os depósitos do FGTS serão realizados na Caixa Econômica Federal com conta aberta em nome do
trabalhador. Assim, a CEF é o agente operador (isso despenca em prova!) com a função de administrar as
operações referentes a estes depósitos. Fique atento aos destaques:
 
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
Art. 4º A gestão da aplicação do FGTS será efetuada pelo Ministério da Ação Social, cabendo à Caixa
Econômica Federal (CEF) o papel de agente operador.
        
Art. 7º À Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente operador, cabe:
       
I - centralizar os recursos do FGTS, manter e controlar as contas vinculadas, e emitir
regularmente os extratos individuais correspondentes às contas vinculadas e participar da rede
arrecadadora dos recursos do FGTS;
       
II - expedir atos normativos referentes aos procedimentos administrativo-operacionais dos bancos
depositários, dos agentes financeiros, dos empregadores e dos trabalhadores, integrantes do sistema
do FGTS;
       
III - definir os procedimentos operacionais necessários à execução dos programas de habitação
popular, saneamento básico e infraestrutura urbana, estabelecidos pelo Conselho Curador com base
nas normas e diretrizes de aplicação elaboradas pelo Ministério da Ação Social;
       
IV - elaborar as análises jurídica e econômico-financeira dos projetos de habitação popular,
infraestrutura urbana e saneamento básico a serem financiados com recursos do FGTS;
       
V - emitir Certificado de Regularidade do FGTS;
       
VI - elaborar as contas do FGTS, encaminhando-as ao Ministério da Ação Social;
       
VII - implementar os atos emanados do Ministério da Ação Social relativos à alocação e aplicação dos
recursos do FGTS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Curador.
       
VIII - (VETADO)
       
IX - garantir aos recursos alocados ao FI-FGTS, em cotas de titularidade do FGTS, a remuneração
aplicável às contas vinculadas, na forma do caput do art. 13 desta Lei.
 
Por sua vez, ao Ministério da Ação Social cabe a gestão do FGTS, considerando diretrizes e programas
estabelecidos pelo Conselho Curador, inclusive a expedição de atos normativos, elaboração de orçamentos
anuais, dentre outras:
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
 
Art. 6º Ao Ministério da Ação Social, na qualidade de gestor da aplicação do FGTS, compete:
       
I - praticar todos os atos necessários à gestão da aplicação do Fundo, de acordo com as diretrizes e
programas estabelecidos pelo Conselho Curador;
       
II - expedir atos normativos relativos à alocação dos recursos para implementação dos programas
aprovados pelo Conselho Curador;
       
III - elaborar orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos, discriminando-os por
Unidade da Federação, submetendo-os até 31 de julho ao Conselho Curador do Fundo;
       
IV - acompanhar a execução dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura
urbana, decorrentes de aplicação de recursos do FGTS, implementados pela CEF;
       
V - submeter à apreciação do Conselho Curador as contas do FGTS;
       
VI - subsidiar o Conselho Curador com estudos técnicos necessários ao aprimoramento operacional
dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana;
       
VII - definir as metas a serem alcançadas nos programas de habitação popular, saneamento básico e
infraestrutura urbana.
 
A fiscalização do Fundo fica a cargo do MTE, consoante suas atribuições fiscalizatórias do trabalho.
 
Art. 23. Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social a verificação, em nome da
Caixa Econômica Federal, do cumprimento do disposto nesta lei, especialmente quanto à apuração
dos débitos e das infrações praticadas pelos empregadores ou tomadores de serviço, notificando-os
para efetuarem e comprovarem os depósitos correspondentes e cumprirem as demais determinações
legais, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros órgãos do Governo Federal, na forma
que vier a ser regulamentada.
 
Já a administração do Fundo cabe ao Conselho Curador, e as questões mais comuns referem-se a ele.
Vejamos suas peculiaridades:
  (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
Art. 3  O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto
por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na
forma estabelecida pelo Poder Executivo.
 
 
CABE AO CONSELHO CURADOR A ADMINISTRAÇÃO DO FGTS.
 
Perceba que a competência primordial do Conselho é estabelecer normas e diretrizes. A sua composição é
tripartite, isto é, trabalhadores, empregadores e órgãos/entidades governamentais.
 
Quais são esses órgãos?
 
Ministério do Trabalho, óbvio;
Ministério do planejamento e Orçamento;
Ministério da Fazenda;
Ministério da indústria e do Comércio,
Presidentes da CEF e do BACEN.
 
Dentre os suplentes estão os indicados e os nomeados por cada um deles.
 
Art. 3   § 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo representante do Ministério do
Trabalho e da Previdência Social.
        
I - Ministério do Trabalho;   
II- Ministério do Planejamento e Orçamento;    
III - Ministério da Fazenda;    
IV - Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo;     
V - Caixa Econômica Federal;      
VI - Banco Central do Brasil.
 
o
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 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO CURADOR SERÁ EXERCIDA PELO REPRESENTANTE DO MTE, ÓRGÃO
FISCALIZADOR.
 
Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores serão indicados pelas respectivas categorias e
nomeados pelo Ministro do MTE.
 
O mandato será de dois anos, permitida uma única recondução, garantindo aos representantes dos
trabalhadores, titulares e suplentes, garantia provisória de emprego, desde a NOMEAÇÃO. A despedida
deles somente ocorrerá mediante apuração de falta grave em processo sindical.
 
Art. 3   
 
§ 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes serão
indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais e nomeados pelo Ministro do
Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos
uma única vez.
 
§ 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e
suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do
mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave,
regularmente comprovada através de processo sindical.
 
REPRESENTANTE DO CONSELHO CURADOR DO FGTS. APURAÇÃO DE FALTA GRAVE POR PROCESSO
SINDICAL. ESTABILIDADE DESDE A NOMEAÇÃO.
 
As faltas de trabalho dos representantes dos trabalhadores configuram interrupção (inclui salário, sem
trabalho) do contrato de trabalho, pois as ausências são abonadas por expressa disposição legal.  
o
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
 
Art. 3  
 
§ 7º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador,
decorrentes das atividades desse órgão, serão abonadas, computando-se como jornada
efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais.
 
O Conselho Curador funcionará em reuniões ordinárias bimestrais,convocadas pelo representante do MTE
(presidente). Contudo, este não o fazendo, no prazo de 15 dias do bimestre, desde a última realizada,
qualquer membro poderá convocar.
 
A qualquer membro é dada a prerrogativa de – em casos excepcionais - convocar reunião extraordinária.
Salienta-se que as decisões do órgão serão tomadas por maioria simples de seus membros.
 
Art. 3   
 
§ 4º O Conselho Curador reunir-se-á ordinariamente, a cada bimestre, por convocação de seu
Presidente. Esgotado esse período, não tendo ocorrido convocação, qualquer de seus membros
poderá fazê-la, no prazo de 15 (quinze) dias. Havendo necessidade, qualquer membro poderá
convocar reunião extraordinária, na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador.
 
§ 5   As decisões do Conselho serão tomadas com a presença da maioria simples de seus
membros, tendo o Presidente voto de qualidade.
 
§ 6º As despesas porventura exigidas para o comparecimento às reuniões do Conselho constituirão
ônus das respectivas entidades representadas.
 
Quanto às atribuições do Conselho Curador, não há jeito, tem que decorar o art. 5º da Lei do FGTS. Em
destaque, o que pode vir a ser cobrado em prova.
 
o
o
o
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
Art. 5º Ao Conselho Curador do FGTS compete:
 
I - estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de todos os recursos do FGTS, de acordo
com os critérios definidos nesta lei, em consonância com a política nacional de desenvolvimento
urbano e as políticas setoriais de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana
estabelecidas pelo Governo Federal;
 
II - acompanhar e avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos, bem como os ganhos sociais e
o desempenho dos programas aprovados;
 
III - apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do FGTS;
 
IV - pronunciar-se sobre as contas do FGTS, antes do seu encaminhamento aos órgãos de controle
interno para os fins legais;
 
V - adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos do Ministério da Ação Social e da
Caixa Econômica Federal, que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades no que
concerne aos recursos do FGTS;
 
VI - dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas ao FGTS, nas matérias de
sua competência;
 
VII - aprovar seu regimento interno;
 
VIII - fixar as normas e valores de remuneração do agente operador e dos agentes financeiros;
 
IX - fixar critérios para parcelamento de recolhimentos em atraso;
 
X - fixar critério e valor de remuneração para o exercício da fiscalização;
 
XI - divulgar, no Diário Oficial da União, todas as decisões proferidas pelo Conselho, bem como as
contas do FGTS e os respectivos pareceres emitidos.
 
XII - fixar critérios e condições para compensação entre créditos do empregador, decorrentes de
depósitos relativos a trabalhadores não optantes, com contratos extintos, e débitos resultantes de
competências em atraso, inclusive aqueles que forem objeto de composição de dívida com o FGTS.
 
XIII - em relação ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS: (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)
  ✏    
 
a) aprovar a política de investimento do FI-FGTS por proposta do Comitê de Investimento;
 
b) decidir sobre o reinvestimento ou distribuição dos resultados positivos aos cotistas do FI-FGTS, em
cada exercício;
 
c) definir a forma de deliberação, de funcionamento e a composição do Comitê de Investimento;
 
d) estabelecer o valor da remuneração da Caixa Econômica Federal pela administração e gestão
do FI-FGTS, inclusive a taxa de risco;
 
e) definir  a exposição máxima de risco dos investimentos do FI-FGTS;
 
f) estabelecer o limite máximo de participação dos recursos do FI-FGTS por setor, por
empreendimento e por classe de ativo, observados os requisitos técnicos aplicáveis;
 
g) estabelecer o prazo mínimo de resgate das cotas e de retorno dos recursos à conta vinculada,
observado o disposto no § 19 do art. 20 desta Lei;
 
h) aprovar o regulamento do FI-FGTS, elaborado pela Caixa Econômica Federal; e
 
i) autorizar a integralização de cotas do FI-FGTS pelos trabalhadores, estabelecendo previamente os
limites globais e individuais, parâmetros e condições de aplicação e resgate.
 
 
Na semana que antecede a sua prova é recomendável, ao menos, ler o art. 20 da Lei do FGTS. “Passe os olhos”
pelas dicas ao longo do capítulo, elas são fundamentais para você realizar uma boa prova sobre FGTS.
 
Encerro por aqui este capítulo. As peculiaridades mais comuns em concurso público estão destacadas e vão
ajudar na hora da prova. A seguir lista de exercício. Bom treino! Bons estudos!
 
 
Mariana Matos
 
EXERCÍCIOS:
 
Todos os enunciados foram retirados de provas das bancas, na maioria, ESAF, FCC e CESPE. (4266889?exercicio=1) (4266888) (4266891)  ✏    
 
1. (__) Após o advento da Constituição da República em 1988, os empregados que contarem mais de dez anos
de serviço na mesma empresa somente poderão ser dispensados por motivo de falta grave ou circunstância
de força maior devidamente comprovada em inquérito judicial.
 
2. (__) Segundo súmula do Tribunal Superior do Trabalho a equivalência entre os regimes do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço e da estabilidade prevista na CLT é jurídica e econômica, sendo, portanto,
devidos valores a título de reposição de diferenças.
 
3. (__) Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o 7° dia útil de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês
anterior, a cada trabalhador.
 
4. (__) A contribuição para o FGTS incidente sobre a remuneração mensal devida ao empregado, mas não
alcança horas extras e adicionais eventuais.
 
5. (__) O aprendiz terá direito ao depósito do FGTS, com alíquota reduzida de 2%(dois por cento) da sua
remuneração paga ou devida.
 
6. (__) Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com base nos
parâmetros fixados para atualização dos saldos os depósitos de poupança e  capitalização e juros de 5%
(cinco por cento) ao ano, em qualquer caso.
 
7. (__) O empregador que não realizar os depósitos previstos no prazo legal, responderá pela atualização
monetária da importância correspondente, com aplicação de juros e mora de 1 % (um por cento) ao mês e
multa de 20% (vinte por cento).
 
8. (__) O valor das horas extras, ainda que eventuais, repercute no cálculo do FGTS.
 
9. (__) O pagamento relativo ao período de aviso prévio, desde que trabalhado, está sujeito a contribuição
para o FGTS.
 
10. (__) Júlio, que é empregado contratado pela empresa Y, foi considerado apto e será incorporado ao
Exército Brasileiro para a prestação de serviço militar obrigatório. Nessa situação hipotética, seu contrato de
trabalho será suspenso, razão por que a empresa Y será dispensada, tanto do pagamento de salários quando
do recolhimento de depósitos na conta vinculada de Júlio.
 
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
11. (__) É possível a movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS no caso de despedida sem
justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior.
 
12. (__) A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas situações de culpa recíproca,
de força maior e de despedida sem justa causa, inclusive a indireta. Essas situações ensejam o depósito de
percentual sobre o FGTS por parte do empregador nas proporçõesde 40%, em caso de despedida sem justa
causa e 20% no caso de culpa recíproca. Não há previsão de depósito no caso de despedida por força maior.
 
13. (__) Se o trabalhador falecer, o saldo da conta vinculada somente será pago aos dependentes indicados
em alvará judicial.
 
14. (__) Necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorram de desastre natural, pode justificar
movimentação da conta do FGTS, devendo a solicitação, nesse caso, ser apresentada pelo interessado até 90
dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo governo.
 
15. (__) É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja
declarado nulo por ele não ser aprovado em concurso público, quando mantido o direito ao salário.
 
16. (__) Trabalhadores foram atraídos por falsas promessas para laborarem em outro estado da federação.
Durante o período (alguns por 5 meses, outros por 14 meses) em que permaneceram no local da prestação de
serviços, cerceados da liberdade de ir e vir, os trabalhadores operaram em condições degradantes, sem
pagamento dos salários. Podemos afirmar que se trata de hipótese de rescisão indireta e, por essa razão, o
empregado resgatado deverá receber FGTS de todo o período, acrescido da indenização de 40%;
 
17. (__) O conselho curador do FGTS é integrado por 3 (três) representantes da categoria dos trabalhadores, 3
(três) representantes da categoria dos empregadores e 3 (três) representantes do Ministério do Trabalho e
Emprego.
 
18. (__) Observado o prazo de dois anos para a propositura da ação, a prescrição do direito de reclamar
contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS é quinquenal a partir de 13/11/2014.
 
19. (__) Os créditos relativos ao FGTS gozam dos mesmos privilégios atribuídos aos créditos trabalhistas.
 
20. (__) A presidência do Conselho Curador do FGTS será exercida pelo representante do Ministério do
Trabalho e Emprego.
 
21. (__) Os créditos referentes ao FGTS, decorrentes de condenação judicial não serão corrigidos pelos
mesmos índices aplicáveis aos débitos trabalhistas, porque o FGTS tem correção específica, regulada pela lei
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
própria.
 
22. (__) Na rescisão com base em força maior, o empregado pode sacar de sua conta vinculada os valores
referentes a contratos anteriores.
 
23. (__) O direito do trabalhador de adquirir moradia com recursos do FGTS só pode ser exercido para um
único imóvel.
 
24. (__) Os empregadores rurais estão desobrigados do depósito do FGTS de seus empregados, já que aos
trabalhadores rurais não cabe a aplicação do regime do FGTS.
 
25. (__) O membro do Conselho Curador do fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), representante
dos trabalhadores, tem estabilidade garantida desde a nomeação até um ano após o final do mandato, que
será de dois anos.
 
 
 
GABARITO E COMENTÁRIOS:
 
1. (F) A CF/88 tornou o FGTS obrigatório e com isso extinguiu o regime de indenização e a estabilidade
decenal. Portanto, somente os empregados que já possuíam 10 anos de serviço na empresa antes da CF/88
fazem jus à estabilidade decenal, todos os outros, após a CF/88 são regidos pelo FGTS, daí a incorreção.
 
2.  (F) a equivalência entre os regimes é apenas jurídica e não econômica, portanto, indevidos valores de
reposição de diferenças. Súmula nº 98 do TST.
 
3. (F) O prazo é até o dia 7 de cada mês e não 7º dia útil como menciona a questão;
 
4. (F) Súmula nº 63 do TST. FUNDO DE GARANTIA. A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais
eventuais.
 
5. (V) Art. 15.  § 7 Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo
reduzida para dois por cento.
 
6. (F)  a capitalização será de 3% ao ano e não 5% como sugere o item:
 
o
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
7. (F) no caso de atraso, o empregador responderá pela Taxa referencial sobre o valor devido + juros de mora
de 0,5% e multa de 5% no mês do vencimento e 10% a partir do mês seguinte da obrigação, nos termos do
art. 22, §§ 1º e 2º da Lei 8.036/90:
 
8. (V) O FGTS não pode ser interpretado na mesma linha das outras parcelas do direito do trabalho, cuidado!
Por ter legislação específica, o FGTS possui regrinhas e exceções que podem confundir o candidato, portanto,
leia com atenção os dispositivos legais correlatos! Súmula nº 63 do TST.FUNDO DE GARANTIA. A
contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao
empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais.
 
9. (F) nos termos da Súmula n. 305 do TST o aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito à contribuição para
o FGTS.
 
10. (F) O que torna o item incorreto é isentar o empregador do recolhimento de depósitos do FGTS. Apesar de
ser Suspensão = SEM SALÁRIO, haverá o recolhimento do FGTS, assim como acontece ao empregado que em
decorrência de acidente de trabalho, passa a receber benefício previdenciário.
 
11. (V) Art. 20, I da Lei n. 8.036/90: I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de
força maior.
 
12. (F) A legislação traz o mesmo percentual da culpa recíproca (20%) nos casos de força maior, daí a
incorreção: Lei n. 8.036/90:
 
13. (F) Os dependentes serão habilitados em alvará judicial (requisição judicial para levantar os valores) para
recebimento do FGTS em caso de falecimento do empregado independente de arrolamento ou inventário. No
entanto, somente os dependentes, assim considerados pela Previdência Social, poderão se habilitar daí a
incorreção.
 
14. (F) O saque do FGTS será possível em casos de desastre natural desde que solicitado até 90 dias da
publicação do ato de reconhecimento pelo governo FEDERAL, daí a incorreção.  
 
15. (V) Como é sabido, em decorrência do princípio da isonomia o concurso público é que “vincula” o
servidor à administração pública. Assim, havendo irregularidade na contratação do “empregado” pela
administração pública, o prestador de serviço não poderá ter reconhecido o vínculo empregatício. Mas
também não poderá haver o enriquecimento ilícito do ente público que usou da atividade laboral do
funcionário. Assim é que o TST reconhece o pagamento aos salários e ao FGTS, tão somente!
 
 (4266889?exercicio=1)
 
 (4266888)
 
 (4266891)
  ✏    
16. (V) Nem é preciso dizer que no caso de condições análogas à de escravo é nítido o descumprimento por
parte do empregador dos seus deveres com o empregado, mais que isso, com o ser humano. Logo, na
rescisão indireta o empregado tem direito a todas as verbas rescisórias.
 
17. (F) A legislação que trata do FGTS não prevê mais o numero de membros do Conselho Curador cabendo
regulamentação pelo Poder Executivo:
 
18. (V) Com o novo entendimento do STF, a prescrição pelo recolhimento do FGTS observará as seguintes
regras, a partir de 13/11/2014 a prescrição pelo não recolhimento do FGTS é quinquenal, isto é, segue a regra
geral, contadas da data da lesão.
 
19. (V) é o disposto no § 3º, art. 2º da Lei 8.844/94 que dispõe sobre a cobrança judicial e multas devidas ao
FGTS. Art. 2º. § 3º Os créditos relativos ao FGTS gozam dos mesmos privilégios atribuídos aos créditos
trabalhistas
 
20. (V) Exatamente o que prevê o § 1º do art. 3º da Lei 8.036/90.
 
21. (F) serão utilizados os mesmos índices trabalhistas: OJ nº 302 da SDI-I. FGTS. ÍNDICE DE CORREÇÃO.
DÉBITOS TRABALHISTAS. Os créditos referentes ao FGTS, decorrentes de condenação judicial, serão
corrigidos pelos

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