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Apostila de Introdução Desenho Técnico 1

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INTRODUÇÃO A METODOLOGIA DE PROJETO
Em virtude dessa exigência o projeto é o método fundamental de comunicação. A linguagem verbal é usada apenas como complementação, sob a forma de especificações e anotações.
As plantas são os desenhos ou os arquivos eletrônicos onde estão representados aquilo que se deseja construir, executar ou fabricar, que é o projeto.
Projeto ≠ planta
O projeto é uma idéia, é o resultado da imaginação criadora, ao escolher entre centenas de fatores aqueles que devem prevalecer. Precisa deter conhecimento e ter habilidade em arte e de técnicas de projeto. Fazer uma planta está ao alcance de qualquer pessoa, de qualquer profissão. Elaborar um projeto é uma coisa mais séria e o projetista precisa: parar, pensar, imaginar, riscar, discutir e tornar a riscar, ás vezes dezenas de vezes.
	
	DEFINIÇÃO DE DESENHO TÉCNICO
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura.
Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura.
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.
MATERIAIS UTILIZADOS EM DESENHO TÉCNICO.
É necessário determinado equipamento básico para se desenvolver um desenho. Esse equipamento deve ser confiável e preciso para a produção de boas linhas:
Prancheta de desenho e a régua Tê – fabricada a partir da madeira bem seca e com caixilhos do lado para evitar empenamento; A régua Tê é utilizada para traçar linha paralelas horizontais.
Fita durex ou fita adesiva crepe – para manter o papel preso nos cantos.
Esquadros de 45° e de 60°;
Transferidor;Compasso; Lapiseiras para escrita de espessura 0,3mm; 0,5mm e 0,9mm; Régua 30cm;Escalímetro.
NORMAS TÉCNICAS
O desenho técnico por ser utilizado por diversos profissionais, desde a elaboração dos esboços até a sua execução, precisa de padronizações. As NBR – Normas Brasileiras Registradas – são repletas de sugestões padronizadas e seguidas em todo o país. São seriamente estudadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Nossas normas não têm força de lei, contudo devem ser adotadas por escritórios particulares, por firmas e por repartições, pois são baseadas em pesquisas e são racionais, tendo por objetivo a unificação e a ordem. 
O objetivo está voltado para se conseguir simplificar e unificar a metodologia do trabalho técnico em desenho, de modo que, em qualquer parte do mundo se possa ler e interpretar os desenhos, e, conseqüentemente, se possa, segundo as necessidades, reproduzir desenhos exatamente, como foram originalmente concebidos. 
O que são NORMAS? São princípios, preceitos, regras, leis. É aquilo que se estabelece como base ou medida, para a realização ou avaliação de alguma coisa. Ao aplicarmos as normas estaremos padronizando, simplificando o trabalho de muitos profissionais, que irão dispor de mais tempo para melhor desenvolver suas idéias. A ABNT estuda e adota normas de outros países. As normas no campo do Desenho Técnico, que concernem ao formato e ao dobramento de papéis, para a apresentação de trabalhos e projetos, são as mesmas adotadas pela INIM (Comitato Generale por L’Unificazione Nel’Industria Mecanich), italiana e pela DIN (Deutsche Industrie Normen), alemã. São os padrões da série A, desenvolvidos na Alemanha, que se classificam os formatos dos papéis do tamanho A0 ao A4, dimensões estas que dividem e se duplicam, de acordo com a necessidade que se tem.
NORMAS UTILIZADAS EM DESENHO TÉCNICO
NBR 10647 – Desenho técnico - Terminologia;
NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos – Procedimento;
NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenho -Tipos de linhas;
NBR 8196 – Emprego de escalas em desenho técnico – Procedimento;
NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico –Procedimentos;
NBR 10068 – Folha de desenho – leiaute e dimensões – Padronização;
NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico – Procedimento;
NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico.
TIPOS DE LINHAS – NBR 8403
1) DEFINIÇÃO:
Linha é a extensão considerada com uma só dimensão: o comprimento.
No desenho arquitetônico o traço grosso é feito com 0.5 ou 1.0 mm na escala 1:50 e na escala 1:100.
 Linhas Traço 
Visíveis / contínuo 
Invisíveis /curto 
De eixo / traço e pont 
2) TIPOS DE LINHAS 
Quanto à espessura: Linha Grossa; Linha Média; Linha Fina
		(FONTE: French, French, 7 a. edição, pág. 74)
3) ORDEM DE PRIORIDADES DE LINHAS COINCIDENTES:
Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade:
a) arestas e contornos visíveis (linha contínua larga);
b) arestas e contornos não visíveis (linha tracejada);
c) superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreita, larga nas extremidades e na
mudança de direção).
d) linhas de centro (traço e ponto estreita);
e) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos estreita);
f) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita).
4) TERMINAÇÃO DE LINHAS DE CHAMADAS.
As linhas de chamadas devem terminar:
a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota;
b) com um ponto, se terminam dentro do objeto representado;
c) com uma seta, se elas conduzem e/ou contornam a aresta do objeto representado.
.LETRAS E ALGARISMOS – CALIGRAFIA TÉCNICA – NBR 8402
Desenho técnico também precisa de boa apresentação e não dispensa a companhia de letras e de algarismos. A NBR 8402 apresenta duas formas A e B de caligrafia, mostradas adiante:
 
 		ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ89
		ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ89
 As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são a legibilidade, uniformidade
e adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução.
	 A distância mínima entre caracteres deve corresponder, no mínimo, a duas vezes a largura de linha (espessura do traço) das letras e/ou algarismos. No caso de larguras de linha diferentes, a distância deve corresponder à da linha mais larga.
	Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto.
	Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas.
A Caligrafia Técnica pode ser do tipo vertical ou inclinada de 15° à direita.
	TABELA DE MEDIDAS
	CARACTERÍSTICAS
	RELAÇÃO
	DIMENSÔES (mm)
	h - altura das letras maiúsculas
	14 h
	2,5
	3,5
	5
	7
	10
	14
	20
	c - altura das letras minúsculas
	10 h
	 
	2,5
	3,5
	5
	7
	10
	14
	a- dist. Mín. entre caracteres
	2 h
	0,35
	0,5
	0,7
	1
	1,4
	2
	2,8
	b - dist. Min. Entre linhas
	20 h
	3,5
	5
	7
	10
	14
	20
	25
	e - dist. Mín entre palavras
	6 h
	1,05
	1,5
	2,1
	3
	4,2
	6
	8,4
	d - largura do traço
	h
	0,18
	0,25
	0,35
	0,5
	0,7
	1
	1,4
De acordo com as normas para projetos de arquitetura ou NBR 6492, para o desenho manual de letras e de algarismos, valem as observações:
A caligrafia inclinada não é recomendada;
A altura mínima das letras maiúsculas ou minúsculas deve ser de 2,5mm. Na aplicação
simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, a altura mínima das letras maiúsculas deve ser de
3,5 mm.
O espaçamento entre linhas deve ser igual ou superior a 3 mm;
Desenho simplificado de letrasEscolha a altura h das letras maiúsculas;
Divida a altura em três partes iguais, trace a pauta e acrescente 1/3 para baixo;
O corpo das letras minúsculas ocupa 2/3 da altura e a perna ou haste ocupa 1/3 para baixo ou para cima;
a maioria das letras pode ser desenhada a partir da construção de uma oval, com exceção de : f, m, w.
DIMENSÕES E FORMATO DO PAPEL NBR 10068
O formato escolhido e aceito pelas Instituições ou Associações de Normas Técnicas em Engenharia no cenário internacional foi o do retângulo harmônico raiz de 2, por ser o que mais agrada a vista. 
I – o formato básico do papel designado por A-0 (A zero), é o retângulo cujos lados medem 841mm e 1189mm, tendo a área de 1,0 m2 e os lados a razão l:√2;
II – o formato A-1 tem 0,50m2 e corresponde à divisão do formato A-0 em duas partes; o formato A-2 tem 0,25m2 e origina-se da divisão do formato A1 em duas partes;
A escolha do formato deve considerar que um desenho feito num determinado tamanho e reduzido por processo fotográfico à metade de seu tamanho original terá sua escala também reduzida à metade. Isto significa que cada formato deve ter a metade das dimensões do anterior, havendo múltiplos e submúltiplos.
O desenhista deve fazer todas as pranchas de um projeto com um formato único, isto é, com as mesmas dimensões. Quando isto não for possível, procurar-se-á, pelo menos, ajustar as pranchas em dois formatos.Em cada lado da folha recomenda-se a margem “a”
indicada na tabela. No lado vertical esquerdo. Recomenda-se uma margem de 25mm, no caso de arquivamento de desenho.
DOBRAMENTO DE CÓPIA – NBR 13142/1999
Sendo necessário o dobramento de folha, o formato final deverá ser o A4. as folhas devem ser dobradas de modo a deixar visível o quadro destinado a legenda.
Efetua-se o dobramento a partir do lado direito, em dobras verticais de 185mm; a parte final é dobrada ao meio;
Uma vez efetuado o dobramento, no sentido da largura, a folha será dobrada segundo a altura em dobras horizontais de 291mm. A fim de facilitar o dobramento, aconselha-se assinalar na margem, as posições das dobras.
Quando as folhas de formatos 2A0, A0, A1 e A2, tiverem de ser perfuradas, para arquivamento, dobrar-se-á para trás o canto superior esquerdo, de acordo com as indicações recomendadas.
APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO NBR 10582/1988
A folha para desenho técnico deve conter
a) espaço para desenho;
b) espaço para texto;
c) espaço para legenda
ESPAÇO PARA DESENHO
Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical;
O desenho principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho;
Os desenhos são executados, se possível, levando-se em consideração o dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4;
ESPAÇO PARA TEXTO
Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocadas no espaço para texto e escritas conforme NBR 8402;
O espaço para texto é colocado à direita ou na margem inferior do padrão do desenho.
Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura varia conforme a natureza do serviço;
A largura do espaço para texto é igual a da legenda ou no mínimo 100mm;
O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de forma que se possível, leve em consideração o dobramento da cópia de padrão do desenho, conforme formato A4; O espaço para texto deve conter as seguintes informações:
a) explanação; b) instrução; c) referência; d) localização da planta de situação; e) tábua de revisão
EXPLANAÇÃO
Informações necessárias a leitura de desenho tais como:
Símbolos especiais;
Designação;
Abreviaturas, e 
Tipos de dimensões.
INSTRUÇÃO
Informações necessárias à execução do desenho. Quando são feitos vários desenhos em um padrão, as instruções específicas são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas no espaço para texto, tais como:
Lista de material; b) Estado de superfície; c) Local de montagem e; d) Número de peças.
REFERÊNCIAS
Informações referentes a outros desenhos e ou outros documentos.
Localização da planta de situação
É localizada de forma que permaneça visível depois de dobrada a cópia do desenho conforme padrão A4 e, inclui os seguintes dados;
Planta esquemática com marcação da área construída. A seta norte é indicada;
Planta esquemática da construção com marcação de área, etc.
TÁBUA DE REVISÃO
É usada para registrar a correção, alteração e/ou acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. As informações contidas são as seguintes:
Designação da revisão (n° ou letra que determine a seqüência da revisão);
Referência da malha;
Informação do assunto da revisão; Assinatura do responsável pela revisão; e Data da revisão.
LEGENDA
É usada para informação, indicação e identificação de do desenho.
As informações contidas na legenda são as seguintes:
Designação da firma;
Projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do desenho;
Local, data e assinatura;
Nome e localização do projeto;
Conteúdo do desenho;
Designação da revisão;
Indicação do método de projeção;
Unidade utilizada no desenho.
A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais ao projeto e desenho em questão;
O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no canto direito do padrão de desenho.
EMPREGO DE ESCALAS EM DESENHO TÉCNICO : NBR 819
ESCALA é a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. 
Muitos objetos não podem ser desenhados em suas medidas reais, isto é, em sua verdadeira grandeza. Desenha-se reduzido, limitando-se ao espaço para desenho, no formato de papel que o desenhista está trabalhando. Para isso usa-se uma relação matemática, que é a escala:
São chamadas de escalas de redução aquelas que as dimensões no desenho são menores que as dimensões reais do objeto. Se as dimensões no desenho forem maiores que no objeto a escala é chamada de escala ampliação. Componentes eletrônicos não podem ser desenhados em verdadeira grandeza muito menos em escala de redução. Nesses casos usa-se a escala de ampliação.
exemplo:
1:5 significa que cada 1 cm no desenho representa 5 cm no objeto. Para desenhar nessa escala divide-se por 5 a verdadeira grandeza das medidas. Essa é uma escala de redução.
Para se desenhar a ponta de uma grafite pode-se usar a escala 10:1, uma escala de ampliação.
As escalas de redução recomendadas são:
	1:5
	1:75
	1:10
	1:2
	1:25
	1:50
	
	1:100
	1:20
	1:250
	1:500
	
	
	1:200
	
COTAGEM
Cotagem é uma representação gráfica para se marcar as medidas (comprimento, largura, espessura, diâmetro) do objeto. A cotagem é constituída de: 1) cota - é o valor da medida (não se deve colocar se é em cm,mm, ou m nas cotas, só o número); 
2) linha de cota - é a linha que fica embaixo da cota; 3) linha auxiliar - é a linha que ajuda a marcar a parte do objeto que se refere.
	
Os desenhos técnicos devem trazer corretamente indicadas todas as suas medidas. Qualquer medida errada ou mal indicada costuma dar prejuízos e aborrecimentos.
As cotas devem ser escritas acompanhando as direções da linha de cota. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões. É importante evitar os cruzamentos das linhas de cotas. Os algarismos das cotas são colocados acima da linha de cota, quando a linha é continua; se a linha é interrompida, a cota ocupa o intervalo dessa interrupção.
Abaixo estão algumas figuras que representam maneiras corretas de se fazer cotagem.
As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade;
Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas cobertas e rampas que se indicam em porcentagem;
Não se deve interromper uma linha de cota e sim a própria peça;
Uma cota não deve ser cruzada poruma linha de desenho;
As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida;
A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se altura de 2,5 a 3 mm;
Em caso de divergência entre cotas da mesma medida em desenhos diferentes prevalece a cota do desenho de maior escala. Por exemplo: se há divergência de cotas numa medida indicada nas escals 1:10 e 1:200, será considerada válida a cota escrita no desenho feito na escala de 1:10.
ASSUNTO: SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
DEFINIÇÃO DE PROJEÇÃO ORTOGONAL
Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto ou figura será feita por sua projeção sobre um plano. A Figura 2.1 mostra o desenho resultante da projeção de uma forma retangular sobre um plano de projeção.
Os raios projetantes tangenciam o retângulo e atingem o plano de projeção formando a projeção resultante. Como os raios projetantes, em relação ao plano de projeção, são paralelos e perpendiculares, a projeção resultante representa a forma e a verdadeira grandeza do retângulo projetado. Este tipo de projeção é denominado Projeção Ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo), pois os raios projetantes são perpendiculares ao plano de projeção.
Das projeções ortogonais surgem as seguintes conclusões:
Toda superfície paralela a um plano de projeção se projeta neste plano exatamente na sua forma e em sua verdadeira grandeza, conforme mostra a Figura 2.2. A Figura 2.3 mostra que quando a superfície é perpendicular ao plano de projeção, a projeção resultante é uma linha. As arestas resultantes das interseções de superfícies são representadas por linhas, conforme mostra a figura 2.4. 
COMO UTILIZAR AS PROJEÇÕES ORTOGONAIS
Como os sólidos são constituídos de várias superfícies, as projeções ortogonais são utilizadas para representar as formas tridimensionais através de figuras planas. A Figura 2.5 mostra a aplicação das projeções ortogonais na representação das superfícies que compõem, respectivamente, um cilindro, um paralelepípedo e um prisma de base triangular.
Pode-se observar que as projeções resultantes são constituídas de figuras iguais.
Olhando para a Figura 2.6, na qual aparecem somente as projeções resultantes da Figura 2.5, é impossível identificar as formas espaciais representadas, pois cada uma das projeções pode corresponder a qualquer um dos três sólidos.
Isto acontece porque a terceira dimensão de cada sólido não está representada pela projeção ortogonal.Para fazer aparecer a terceira dimensão é necessário fazer uma segunda projeção ortogonal olhando os sólidos por outro lado. 
A Figura 2.7 mostra os três sólidos anteriores sendo projetados nos planos vertical e horizontal e fazendo-se, posteriormente, o rebatimento do plano horizontal até a formação de um único plano na posição vertical.
Olhando para cada um dos pares de projeções ortogonais, representados na Figura 2.8, e sabendo que eles correspondem, respectivamente, às representações dos três sólidos vistos.
por posições diferentes, pode-se obter a partir das figuras planas o entendimento da forma espacial de cada um dos sólidos representados.
Os desenhos resultantes das projeções nos planos vertical e horizontal resultam na representação do objeto visto por lados diferentes e as projeções resultantes, desenhadas em um único plano, conforme mostra a Figura 2.9 (b) representam as três dimensões do objeto.
Na projeção feita no plano vertical aparecem o comprimento e a altura do objeto e na projeção feita no plano horizontal aparecem o comprimento e a largura do mesmo objeto.
Os desenhos mostrados na Figura 2.9 (b) também correspondem às projeções do prisma triangular desenhado na Figura 2.10.
Assim sendo, pode-se concluir que duas vistas, apesar de representarem as três dimensões, podem não ser suficientes para representar a forma do objeto desenhado.
Uma forma mais simples de raciocínio para utilização das projeções ortogonais em planos perpendiculares entre si é obter as vistas (projeções resultantes) fazendo-se o rebatimento direto da peça que está sendo desenhada. A Figura 2.11 mostra que, raciocinando com o rebatimento da peça, pode-se obter o mesmo resultado do rebatimento do plano horizontal.
Assim como na Figura 2.9, em que as projeções resultantes não definem a forma da peça, a Figura 2.12 mostra que as duas vistas (projeções resultantes) obtidas na Figura 2.11 também podem corresponder a formas espaciais completamente diferentes.
Mais uma vez se conclui que duas vistas, apesar de representarem as três dimensões do objeto, não garantem a representação da forma da peça.
A representação das formas espaciais é resolvida com a utilização de uma terceira projeção. A Figura 2.13 mostra a utilização de um plano lateral para obtenção de uma terceira projeção, resultando em três vistas da peça por lados diferentes.
Para que o desenho resultante se transforme em uma linguagem gráfica, os planos de projeção horizontal e lateral têm os sentidos de rebatimento convencionados, e sempre se rebatem sobre o plano vertical. Mantendo o sentido dos rebatimentos dos planos horizontal e lateral resultará sempre nas mesmas posições relativas entre as vistas. O lado da peça que for projetado no plano vertical sempre será considerado como sendo a frente da peça. Assim sendo, em função dos rebatimentos convencionados, o lado superior da peça sempre será representado abaixo da vista de frente e o lado esquerdo da peça aparecerá desenhado à direita da vista de frente.
A manutenção das mesmas posições relativas das vistas permite que a partir dos desenhos bidimensionais, resultantes das projeções ortogonais, se entenda (visualize) a forma espacial do objeto representado.
Os desenhos da Figura 2.14 mostram as três vistas das quatro peças que anteriormente haviam sido representadas por somente duas vistas na Figuras 2.9(b), 2.10 e 2.12. Observe-se que não existe mais indefinição de forma espacial, cada conjunto de vistas corresponde somente à uma peça.
É importante considerar que cada vista representa a peça sendo observada de uma determinada posição. Ou seja, nas projeções ortogonais, apesar de estarmos vendo desenhos planos (bidimensionais), em cada vista há uma profundidade, não visível, que determina a forma tridimensional da peça representada. 
Para entender a forma da peça representada pelas projeções ortogonais é preciso exercitar a imaginação e a capacidade de visualização espacial fazendo a associação das projeções ortogonais feitas por lados diferentes.
Cada superfície que compõe a forma espacial da peça estará representada em cada uma das três projeções ortogonais, conforme mostra a figura 2.15, onde os planos que compõem a forma espacial da peça foram identificados com letras e nas projeções pode-se analisar os rebatimentos de cada um destes planos.
Observe, na Figura 2.15, que as vistas resultantes são conseqüentes das conclusões mostradas nas Figuras 2.2, 2.3 e 2.4. Por exemplo, o plano “A”, sendo paralelo ao plano vertical de projeção, aparece na vista de frente na sua forma e em sua verdadeira grandeza, enquanto nas vistas superior e lateral, o plano “A” é representado por uma linha devido à sua perpendicularidade aos respectivos planos de projeção.
REPRESENTAÇÃO DE ARESTAS OCULTAS
Como a representação de objetos tridimensionais, por meio de projeções ortogonais, é feita por vistas tomadas por lados diferentes, dependendo da forma espacial do objeto, algumas de suas superfícies poderão ficar ocultas em relação ao sentido de observação.
Observando a Figura 2.16 vê-se que a superfície “A” está oculta quando a peça é vista lateralmente (direção 3), enquanto a superfície “B” está oculta quando a peça é vista por cima (direção 2). Nestes casos, as arestas que estão ocultas em um determinado sentido de observação são representadas por linhas tracejadas.
As linhas tracejadas são constituídas de pequenos traços de comprimento uniforme, espaçadosde um terço de seu comprimento e levemente mais finas que as linhas cheias.
Deve-se procurar evitar o aparecimento de linhas tracejadas, porque a visualização da forma espacial é muito mais fácil mediante as linhas cheias que representam as arestas visíveis. É importante destacar que evitar o aparecimento de linhas tracejadas não significa omiti-las, pois, em relação ao sentido de observação, as linhas tracejadas são vitais para compreensão das partes ocultas do objeto.
As linhas tracejadas podem ser evitadas invertendo-se a posição da peça em relação aos planos de projeção (mudar a posição da vista de frente). A Figura 2.17 mostra exemplo da mudança de posição da peça em relação à vista de frente para evitar linhas tracejadas.
PROJEÇÕES E VISTAS
Vista é um desenho que representa a visão de um observador (no caso quem vê o desenho) como se ele estivesse vendo o objeto de determinada posição ao seu redor. Todos conhecem as expressões: "vista de lado"; "vista de frente"; "vista de baixo"; "vista de cima". Estas expressões dizem respeito às vistas.
Quando você for construir é fundamental fazer um desenho que tenha várias vistas deste objeto para facilitar a sua construção. Se você faz o desenho com as vistas e coloca as medidas de cada parte do objeto, isto facilita para você ou outra pessoa entender o que se vai construir e planejar quanto de material vai ser preciso.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES ORTOGONAIS: ÂNGULOS DIEDROS
A representação de objetos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais, utilizando projeções ortogonais, foi idealizada por Gaspar Monge no século XVIII. O sistema de representação criado por Gaspar Monge é denominado Geometria Descritiva.
Considerando os planos vertical e horizontal prolongados além de suas interseções, como mostra a Figura 3.1, dividiremos o espaço em quatro ângulos diedros (que tem duas faces). Os quatros ângulos são numerados no sentido anti-horário, e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros.
Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas, representar formas espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer um dos quatro diedros.
Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o exercício da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível internacional, simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas. Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças:
• sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro
• sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro
O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adotadas por cada país. Por exemplo, nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido o uso do 3º diedro; nos países europeus é mais difundido o uso do 1º diedro. No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos USA, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.
Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso dos 1º e 3º diedros é importante a familiarização com os dois sistemas de representação.
A interpretação errônea de um desenho técnico poderá causar grandes prejuízos.
PROJEÇÕES ORTOGONAIS PELO 1º DIEDRO
• Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal do objeto.
• Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto por cima.
• Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.
• Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.
• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.
• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.
A padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projeção garante que no 1º diedro as vistas sempre terão as mesmas posições relativas. Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm, em relação à vista de frente, as seguintes posições:
• a vista de cima fica em baixo;
• a vista de baixo fica em cima;
• a vista da esquerda fica à direita;
• a vista da direita fica à esquerda.
Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se com o tombamento do objeto. O resultado será o mesmo se for dado ao objeto o mesmo rebatimento dado aos planos de projeção. 
Comparando com o resultado das vistas resultantes dos rebatimentos dos planos de projeção, pode-se observar: 
• O lado superior do objeto aparece em baixo e o inferior em cima, ambos em relação à posição frente.
• O lado esquerdo do objeto aparece à direita da posição de frente, enquanto o lado direito está à esquerda do lado da frente
A Figura mostra o desenho final das seis vistas. Observe que não são colocados os nomes das vistas, bem como não aparecem as linhas de limite dos planos de projeções.
É importante olhar para o desenho sabendo que as vistas, apesar de serem desenhos bidimensionais, representam o mesmo objeto visto por diversas posições.
Com a consciência de que em cada vista existe uma terceira dimensão escondida pela projeção ortogonal; partindo da posição definida pela vista de frente e sabendo a disposição final convencionada para as outras vistas, é possível entender os tombos (rebatimentos) efetuados no objeto.
Outra conseqüência da forma normalizada para obtenção das vistas principais do 1º diedro é que as vistas são alinhadas horizontalmente e verticalmente.
Para facilitar a elaboração de esboços, como as distâncias entre as vistas devem ser visualmente iguais, pode-se relacionar as dimensões do objeto nas diversas vistas, conforme mostra a figura.
Verticalmente relacionam-se as dimensões de comprimento, horizontalmente relacionam-se as dimensões de altura e os arcos transferem as dimensões de largura.
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
Desenhar um objeto de lado, frente, trás, frente, cima e por baixo ajuda na construção do objeto. Mas muitas vezes você quer ver como ficará o objeto quando estiver pronto, sem ser nestas vistas. Assim, além de desenhar as vistas desenhe um outro desenho com uma vista diferente destas, ou seja, uma vista em perspectiva. 
Perspectiva é a técnica de representação gráfica dos objetos com o aspecto visto por nossos olhos, simulando uma visão ao natural desses objetos.
Com o aparecimento do sistema CAD a perspectiva pode ser feita de inúmeros pontos de vistas diferentes, podendo ser escolhido o ângulo de visão que melhor represente o objeto. Os desenhos abaixo mostram essa característica.
TIPOS: 
CÔNICA: é o tipo usado no desenho artístico. Pode ser de 1, 2 ou 3 pontos de fuga. Esse tipo não é usado no desenho técnico porque ficaria muito complexo para se desenhar o objeto. 
ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA: é o 
tipo que é mais usado em desenho técnico pelo fato de ser mais simples. Para você ter a idéia de como é uma perspectiva isométrica, imagine que o objeto estivesse no canto de uma sala, apoiado no chão e encostado nas duas paredes.
Agora imagine que você está observando este objeto por cima. A perspectiva isométrica simplificada tem a vantagem de você desenhar o objeto com as medidas normais, sem precisar calcular as deformações. Assim quando for desenhar em perspectiva isométrica em escala 1:1, se o objeto tem 10 cm de largura, você realmente vai marcar 10 cm de largura. Dessa forma, os valores das medidas só dependerão da escala. 
Para se desenhar um objeto em perspectiva isométrica proceda assim:
1) Observe todas as vistas do desenho antes de começar a fazer em perspectiva isométrica. Depois construa três eixos distanciados de 120 graus cada um, usando régua e transferidor. 
2) Sobre estes 3 eixos desenhe um paralelepípedo usando as maiores medidas do seu objeto (comprimento, largura, altura). Assim, escolha a maiormedida de comprimento e use como comprimento do paralelepípedo. Pegue a maior medida de largura e use como largura do paralelepípedo. Faça o mesmo para a altura. Em seguida desenhe na lateral do paralelepípedo a vista de lado do objeto, conforme as vistas.
 3) Depois faça o mesmo baseado na vista de cima e em seguida com a vista de frente.
 
Eixos OX; OY; OZ são chamados de eixos isométricos. As linhas paralelas aos eixos isométricos são chamadas de linhas isométricas.
As medidas do desenho só podem ser marcadas sobre os eixos ou sobre as linhas isométricas. 
DESENHO DE UM CÍRCULO
Desenho de um cilindro inscrito em um paralelepípedo
PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS – EXEMPLOS E EXERCÍCIOS.
DESENHAR A PERSPECTIVA ISOMÉTRICA NA ESCALA 1:1
 
						
 
 
 
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO
PROF. Alberto Queiroga
Introdução ás Normas Técnicas e sistemas de Representação Gráfica
2014
Suporte
Hewlett-Packard Company
01/01/2014
DIMENSÕES DAS PRANCHAS�
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Medidas em mm�
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Referência�
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D = medida no desenho;
R = mesma medida no objeto;
e = escala.

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