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Síntese Proteica do DNA a proteína O DNA que está dentro do núcleo tem sua cromatina toda estruturada com os nucleossomos. Essa informação do DNA vai ser lida inicialmente dentro do núcleo e vai ser transformado em um outro tipo de informação que é a fita de RNA, posteriormente esse RNA vai ser utilizado para fazer a síntese das proteínas. Temos o DNA genômico que está localizado dentro do núcleo e é o DNA majoritário das células, e temos também o DNA mitocondrial presente na matriz mitocondrial. Fita de DNA é dupla e vai ser usada para formar o RNA (fita única). Utiliza- se uma das fitas do DNA como molde e essa fita consegue ser acessada por enzimas que pegam essa informação para sintetizar o RNA. Esse processo de síntese de RNA é chamado de transcrição, depois esses RNAs vão ser exportados para o citosol e lá vai ocorrer o processo de síntese proteica, a tradução. A transcrição e a tradução são os meios pelos quais as células lêem e expressam as informações genéticas em seus genes, todas as células expressam suas informações dessa forma, entretanto, existem variações em como esta informação flui nos diferentes organismos. Na fita de DNA há sequências de nucleotídeos que formam os genes, portanto temos várias sequências gênicas nas fitas de DNA. O DNA genômico não sintetiza diretamente proteína, vai utilizar o RNA como molécula intermediária para fazer essa síntese proteica. O genoma vai ser lido e interpretado na forma de proteína, toda a informação que estiver no DNA vai ser convertida na forma de proteína, porém na célula não existem apenas proteínas, existem por exemplo outras moléculas como carboidratos, e como esses são sintetizados? A síntese de outros componentes ocorre através de uma enzima, que por sua vez são proteínas, sendo assim tudo na célula depende das proteínas. Transcrição Significa a transformação de uma informação em outra molécula com a mesma identidade. A fita de DNA é formada de nucleotídeos enquanto que a fita de RNA também é formada de nucleotídeos, então é como se fizesse uma simples transcrição, uma “cópia usando a mesma linguagem”. Do RNA para a proteína essa “linguagem” muda uma vez que a fita de nucleotídeos vai formar uma proteína que é uma sequência de aminoácidos, sendo assim essa “linguagem” é mudada. Na transcrição vamos ter uma proteína que funciona como uma enzima que vai fazer a leitura da fita molde de DNA e assim conseguir formar uma fita de RNA, mas para isso é importante lembrar alguns detalhes sobre DNA e RNA: Ambos são polímeros lineares compostos de 4 tipos diferentes de subunidades nucleotídicas (o nucleotídeo é formado de fosfato, base nitrogenada e uma pentose) unidas por uma ligação fosfodiéster. Tanto a base nitrogenada quanto a pentose podem variar Os nucleotídeos do RNA são ribonucleotídeos , isto é, eles contêm o açúcar ribose em vez do açúcar desoxirribose, sendo assim a ribose é a pentose presente no RNA e a desoxirribose está presente no DNA. RNA contém uracila em vez da timina, que é a base nitrogenada encontrada no DNA RNA é uma fita simples e desta forma pode dobrar como uma proteína em conformação tridimensional e com isso apresenta funções estruturais e catalíticas. O DNA, por sua vez, possui uma fita dupla normalmente com o formato de hélice mas pode ocorrer outras conformações para esse arranjo de fita de DNA. No RNA a fita única pode ter diversas conformações tridimensionais e assim, alguns deles conseguem funcionar como enzimas podendo ter propriedades catalíticas, catalisando reações químicas graças a sua conformação tridimensional que os permite um sítio ativo de funcionando como enzima. Outra característica é por exemplo o RNA transportador que possui uma forma de trevo devido ao dobramento da sua cadeia. A transcrição produz o RNA complementar de uma das fitas do DNA, esse processo começa com a abertura e desespiralização de uma pequena porção da dupla hélice do DNA. No momento da transcrição, uma enzima chamada RNA polimerase se liga ao DNA com auxílio de outras enzimas que ajudam ela a se posicionar corretamente e com auxílio de outra enzima responsável por abrir um pouco a fita de DNA para que a RNA polimerase consiga ler a sequência gênica e assim ela começa a sintetizar a fita de RNA adicionando ribonucleotídeos a essa cadeia. Todo esse processo ocorre no núcleo, essa fita de RNA sendo sintetizada não fica grudada no DNA, mas solta no nucleoplasma. (OBS: a fita de RNA não se liga ao DNA por pontes de hidrogênio) Após a adição dos ribonucleotídeos, a cadeia de RNA é deslocada e a hélice do DNA se reassocia. Diferentemente da DNA polimerase, a RNA polimerase não precisa de um iniciador, porque a transcrição não precisa ser tão exata. O principal RNA que pensamos na síntese proteica é o RNA mensageiro que é aquele que vai ser transcrito a partir da sequência genica que tem a informação para conseguir sintetizar a proteína. Nela vai estar a sequência de informação que depois vai formar a sequência dos aminoácidos e posteriormente, proteínas. Os outros RNAs vao estar relacionados com outras funções: o RNA transportador tem a função de transportar aminoácidos para os sítios de síntese proteica; RNA ribossomial está relacionado com a síntese de ribossomos, formando sua estrutura básica através da junção com algumas proteínas. Além disso catalisam a síntese proteica e é o que predomina dentre os outros RNAs na célula. Esses 3 RNAs estão relacionados com a síntese proteica, juntos eles formam uma maquinaria responsável pelos processos de tradução que ocorre no citosol que vai ser transcrito no núcleo para depois ser exportado para o citoplasma. Outros RNAs estão sendo sintetizados dentro do núcleo a partir de pedaços do DNA, eles não vão agir diretamente na síntese proteica mas trabalham dentro do núcleo. Esses são os RNAs nucleares (snRNAs – small nuclear – pequenos RNAs nucleares) atuam em uma série de processos nucleares incluindo splicing do RNA mensageiro. O momento de transcrição ocorre com algumas etapas de ajustes, esses snRNAs vão participar dessas etapas, portanto os RNAs catalizadores participam da transcrição que ocorre dentro do núcleo, mas os snRNAs não são exportados para o citosol. Em relação as enzimas, a RNA polimerase é a responsável pela transcrição, mas existem isótopos dessa RNA polimerase, a RNA polimerase I, II e III A transcrição não vai depender só da RNA polimerase, ela vai pegar os ribonucleotídeos e vai unir um com outro identificando sempre pela base nitrogenada que está no molde de DNA, mas também temos os coadjuvantes que são chamados de fatores gerais de transcrição. A iniciação da transcrição necessita da ajuda dessas várias proteínas chamadas fatores gerais de transcrição, que são moléculas que vão estar dentro do núcleo operando os processos de transcrição, se associando na região promotora do gene junto com a RNA polimerase ajudando a enzima a realizar o processo de transcrição. • ajudam a posicionar a RNA polimerase no promotor, a se posicionar corretamnete no local onde ela vai começar a leitura do gene • auxiliam a separação das fitas de DNA para o gene ficar mais acessivel • liberam a RNA polimerase do promotor (que é a região onde o gene va se ligar) Vários fatores de transcrição vão se combinar e interagir com a fita de DNA. Essa interação é importante e vai acontecer em uma região especifica da sequência gênica, ajuda a guiar a enzima RNA polimerase para o local que ela tem que começar a fazer a leitura da sequência de nucleotídeos e ir adicionado os ribonucleotídeos.Os fatores de transcrição se ligam antes da região de leitura, a região promotora do gene, eles se ligam em especificamente em um pedaço dessa região que é cheio de timinas e adeninas, local esse denominado TATA BOX – local especifico da região promotora (normalmente está localizada uns 25 nucleotídeos antes do sítio de início da transcrição) onde se ligam fatores gerais de transcrição e a eles a RNA polimerase II formando o complexo de iniciação de transcrição. O TATA BOX é uma repetição de timinas e adeninas, através de várias reações os fatores de transcrição vão preparando todo aquele pedaço para a enzima chegar e se acoplar na região. Além do RNA polimerase há os fatores gerais de transcrição, a regulação da expressão gênica pode acontecer por causa desses fatores gerais de transcrição. Outra coisa que pode influenciar essa expressão gênica é uma alteração na própria cromatina. A fita de DNA fica enovelada com as estonas, essas proteínas de enovelamento podem sofrer algumas modificações químicas e essas modificações podem alterar a disponibilidade daquela região da sequência gênica, como por exemplo a acetilação da estona – modificação química com a introdução do grupamento acetil naquela proteína estona que está no nucleossomo. Ocorrendo essa modificação a estrutura do nucleossomo vai ficar diferente podendo comprometer a disposição daquela parte do DNA que está enrolado com a estona, esse gene pode ficar menos acessível devido a acetilação da estona. A enzima RNA polimerase conseguindo fazer a transcrição ela sintetiza uma fita única de ribonucleotídeos, essa primeira fita sintetizada NUNCA é a fita final, a fita “pronta” do RNA. Essa primeira fita é chamada de transcrito primário sempre que fazemos a transcrição a fita vem exatamente a cópia da sequência do DNA, mas ela sofre algumas modificações para formar a fita final madura (isso ocorre com o RNA mensageiro, RNA ribossomial e RNA transportador). Essas modificações que vão ocorrer em cima do transcrito primário vão ocorrer de formas diferentes dependendo do tipo de RNA. Na sequência gênica, dentro do gene do DNA há regiões chamadas de introns e exons, quando fazemos a transcrição inicialmente, esse transcrito primário copia tudo (tanto as regiões dos introns quanto as dos exons). A única diferença é que no lugar na timina temos a uracila, mas o resto é tudo igual, a informação é igual. Esse transcrito primário com o processamento vai retirar aquela parte que não é importante dessa informação, portanto ocorre a retirada dos introns, processo esse denominado splicing de RNA (o RNA maduro perde todos seus introns). No caso do RNA mensageiro ocorrem 3 modificações que fazem parte do processamento do RNA como o capeamento 5’, a poliadenilação 3’ e o splicing de RNA. Com a fita madura, ela vai ser capaz de ser exportada para o citosol através do complexo de poros do núcleo, no citosol é que vai ocorrer a síntese proteica. No capeamento da extremidade 5’ há a introdução de um nucleotídeo de guanina quimicamente modificado na região 5’ (início da fita) por uma enzima. A poliadenilação da extremidade 3’ é a introdução de uma cauda poliada, um conjunto de nucleotídeos de adenina, cerca de 200 nucleotídeos que são jogados e adicionados ao final da extremidade formando essa cauda. O splicing de RNA compreende a retirada de todos os íntrons e também regula a expressão gênica, essa retirada pode ocorrer de forma diferente dependendo do tipo celular – com isso, um tipo de célula pode fazer a transcrição da mesma sequência gênica de um outro tipo de célula, mas podem formar duas proteínas diferentes. Nesse processo várias modificações vão acontecer, basicamente aqueles snRNAs vão ajudar a fazer um corte nessa estrutura, corta-se uma alça e uma enzima vai ser responsável por juntar os pedaços. O SPLICING DO RNA REMOVE AS SEQUÊNCIAS DE ÍNTRONS DE PRÉ- mRNAs RECENTEMENTE TRANSCRITOS 1- Um nucleotídeo adenina específico na sequência do íntron ataca a região 5’ de splicing e corta a estrutura de açúcar-fosfato do RNA. 2- A estrutura cortada se torna covalentemente ligada ao nucleotídeo adenina 3- Criando uma alça de RNA – As sequências dos dois éxons se unem formando uma sequência codificante contínua (sequência de íntrons é degradada) Splicing alternativo ocorre em 60% dos genes em humanos, ele é importante para a expressão gênica porque isso tudo vai acontecer a partir da mesma sequência gênica que estava no DNA, podendo dar origem a proteínas diferentes uma da outra. O transcrito agora com as 3 modificações recebe a capa na extremidade 5’, sofre splicing dos íntrons e recebe a cauda poliada com 200 nucleotídeos na extremidade 3’ e assim temos um RNA mensageiro maduro cuja estrutura será reconhecida pelas proteínas do complexo de poros nucleares. A capa na extremidade 5’ vai ser reconhecida por aminoácidos específicos daquelas nucleoporinas do complexo de poros e assim o mRNA atravessa o complexo de poros e chega ao citosol. A cauda poliada vai ser importante para posicionar aquela fita com ribossomos que está sendo montada fora do núcleo. Conseguindo sintetizar a fita de RNA mensageiro madura, onde vai estar a informação importante para servir como base para sintetizar proteínas, mas para sintetizar proteínas não precisamos apenas de RNA mensageiro, precisamos formar um ribossomo e de um RNA transportador. RNA ribossomais Os ribossomos são sintetizados no nucléolo, isso quer dizer que no nucléolo há pedaços de DNA que tem a sequência responsável pela síntese do RNA ribossomial e para isso vai haver uma RNA polimerase específica para fazer essa transcrição. O RNA ribossomial também vai precisar ser processado, mas o processamento não é o capeamento nem a poliadenilação, esse processamento ocorre basicamente por modificações químicas. O transcrito primário é chamado de RNA ribossomial precursor, é a mesma ideia do transcrito primário o tamanho desse RNA ribossomial é medido por um coeficiente de sedimentação daquela molécula chamado de 45s (isso determina o tamanho da molécula). RNA ribossomial precursor é como se fosse a primeira cópia do DNA, no processamento introduz algumas interações químicas nessa molécula que vai permitir a quebra dessa em pedaços, quebrando em pedaços conseguimos tirar as informações que não são necessárias. A presença de enzimas de pequenos RNAs nucleares (snRNAs) vão fazer essas interações químicas que vão permitir a clivagem (quebra desses pedaços). No final das contas, vão formar 3 pedaços que são os RNAs ribossomais prontos <--RNA precursor 45 s Formam 3 pedaços de RNA: 18s, 28s e 5.8s mas eles ainda precisam se unir com proteínas para poder formar ribossomos Esses fragmentos vão de formas diferentes se combinar com proteínas para formar as subunidades ribossomais. O fragmento 18s se combina com cerca de 30 proteínas podendo formar o que chamamos de subunidade menor do ribossomo. O ribossomo tem sempre 2 subunidades, a subunidade maior e a subunidade menor, as duas subunidades sem montam uma sobre a outra e assim constitui a unidade ribossomo. Ele só se monta no citosol, mas as suas subunidades ainda se montam dentro do núcleo; o fragmento 18s se combina com 30 proteínas formando a subunidade menor dentro do núcleo. A subunidade maior vai usar outros fragmentos 28s e 5.8s e um pedaço de um RNA ribossomial que não é formado no nucléolo (5s – ele vem do telômero) e mais 40 proteínas. As subunidades são formadas no núcleo e depois atravessam o complexo de poros nucleares. ORIGEM DO 5S O fragmento 5s que formará a subunidademaior é o ÚNICO segmento que não é transcrito no nucléolo. Uma vez transcrito a partir de outra região do cromossomo, o telômero, o 5s migra para o nucléolo onde se encontram com os fragmentos 28s e 5.8s. A enzima que atua é a RNA polimerase III enquanto os outros vindos do RNA ribossomial precursor 45s foram feitas pela enzima RNA polimerase I. Quando essas subunidades passam pelo complexo de poros chegam ao citosol onde se juntam uma em cima da outra junto com a fita de RNA mensageiro e assim temos um ribossomo sendo formado. Tradução RNA transportador Também é transcrito no núcleo, ele tem uma conformação tridimensional específica que os livros determinam como forma de trevo. A fita faz dobras e essa conformação é importante pois o RNA transportador possui regiões de interação com o RNA mensageiro que serão responsáveis por ler a informação que está na sequência do RNA mensageiro. Ao mesmo tempo, ele tem na outra extremidade a capacidade de se ligar aos aminoácidos e por isso chamamos de RNA transportador, uma vez que ele se acopla a fita do RNA mensageiro lendo a informação que são sequencias de nucleotídeos e na sua outra extremidade, se liga ao aminoácido o trazendo para o sítio de síntese proteica. Na tradução começamos a pegar aminoácidos e unir eles através de ligações peptídicas formando o início da cadeia de proteínas. O RNA transportador é o responsável por essa junção e leitura das sequencias gênicas, trazendo os aminoácidos específicos a sua outra extremidade. Quem introduz esses aminoácidos é uma enzima que está no citosol, ela é especifica para cada aminoácido. A região do RNA transportador que interage com a fita de RNA mensageiro é chamada de região anti-códon. O código genético é sempre lido de 3 em 3 aminoácidos, uma trinca, essa sequência de 3 aminoácidos é denominada códon. O códon está na fita do RNA mensageiro (ele que possui a informação das proteínas a serem sintetizadas) e quem lê esses códons é o RNA transportador através da região anti-códon pareando com as bases complementares, essa informação é responsável pela proteína a ser sintetizada, seu aminoácido fica na extremidade da fita e é correspondente à informação. Temos um código genético redundante onde vários códons vão codificar o mesmo aminoácido. Temos apenas 20 aminoácidos que entram na composição das proteínas enquanto tempos 64 possíveis códons a serem lidos e interpretados. (OBS: toda célula eucariótica animal começa com a metionina AUG). Ribossomo O ribossomo é uma união da subunidade menor com a subunidade maior (ambas vindas do núcleo), no citosol. Ele se monta em cima da fita de RNA mensageiro maduro (que veio do núcleo) e também tem o RNA transportador que carrega o aminoácido, o transportador vai se comunicar lendo a fita do RNA mensageiro. Muitos desses ribossomos grudam no retículo endoplasmático ema vez que le é uma continuidade do núcleo, quem ajudo a posicionar todas as estruturas são os elementos do citoesqueleto. Uma fita de RNA mensageiro tem vários ribossomos grudados, um sistema de poliribossomos são vários ribossomos que vão lendo essa fita de RNA mensageiro e sintetizando a mesma proteína, uma forma de tornar o processo mais eficiente. O códon sempre vai começar a ser lido a partir do AUG, então esse códon será “procurado” pela estrutura que vai se adaptar, para ler segundo códon ela anda em cima da fita do RNA mensageiro e o RNA transportador vai trazendo os aminoácidos, é um movimento dinâmico entre todos os ribossomos e a fita. As subunidades do ribossomo possuem sítios onde os RNA vão se encaixar, na subunidade menor existe um sítio para a interação com o RNA mensageiro. Também temos as posições que são sítios de ligação para o RNA transportador, existem 3 posições onde o RNA transportador pode se ligar. A subunidade maior vai fechar para formar o ribossomo e vai ser responsável por catalisar a ligação dos aminoácidos (ligação peptídica) que formam a proteína. Subunidade menor fornece uma região sobre a qual o RNA transportador pode ser pareados sobre os códons do RNA mensageiro. O sitio E, P e A são posições da subunidade menor A subunidade menor já vem acoplado com o RNA transportador da metionina, ele procura a fita de RNA mensageiro que vai estar no citosol sendo organizada pelo citoesqueleto. O RNA transportador interage com o RNA mensageiro procurando o códon de início, se ligando em cima desse. Para fazer a síntese de proteína a subunidade maior precisa chegar, para reconhecer o segundo códon é preciso de um outro RNA transportador. O RNA transportador da metionina sempre entra no sítio do meio (o sítio P) da subunidade menor, depois o segundo entra no sítio A e depois caminha para o sítio E. Para terminar a cadeia vai ter um códon responsável pelo término, quando esse códon aparece não tem a entrada no RNA transportador e sim a entrada de uma molécula que é o fator de liberação do sítio A, bloqueia o sítio impedindo a entrada de RNA transportador no sítio A. essa proteína sintetizada vai estar, a princípio, livre no citosol. Algumas dessas proteínas vão permanecer no citosol tendo uma função a ser desempenhada nesse local, outros vão fazer parte do núcleo, mitocôndrias, todas as proteínas da célula vão estar sendo sintetizados por esses sistema. Logo nos primeiros aminoácidos da sequência daquela proteína tem uma marca indicando onde essa proteína vai funcionar, portanto ela possui um sinal. Essa proteína assim que sai do ribossomo começa um processo de dobramento adquirindo conformação espacial, esse dobramento ocorre sozinho ou com ajuda de outas proteínas, as proteínas chaperonas. Essas proteínas vão desempenhar sua função sempre quando estão bem dobradas, portanto elas precisam desse arranjo tridimensional para serem funcionais. Se essas proteínas não ficam bem dobradas elas acabam sendo degradas pela célula. Existe um sistema chamado de proteossomo que é montado para fazer essa digestão de proteínas mal dobradas. Proteínas mal dobradas podem formar agregados proteicos e esses agregados podem se depositar em alguns tecidos, temos por exemplo doenças relacionadas e a esses agregados proteicos como a doença de Huntington, mal de Alzheimer, doenças priônicas. Rota das proteínas enviadas para o Retículo endoplasmático O sistema montado no citosol pode ter endereçamento para o núcleo, mitocôndria, peroxissomos e outras organelas (há um endereçamento próprio). Se a proteína tem que ser de reticulo endoplasmático ou complexo de golgi, ou proteínas que vão para a superfície da célula fazendo parte da membrana plasmática, elas vão ter que fazer uma rota chamada rota de biossíntese-secreção. O reticulo plasmático vai participar dessa síntese e depois essas moléculas serão enviadas para o complexo de golgi onde vai ocorrer uma serie de transformações com essas proteínas e esse material será enviado posteriormente para a membrana, ou seja, será secretado por exocitose. Retículo Endoplasmático (RE) É uma organela formada por um conjunto de membranas, é o maior sistema de endomembranas da célula (membranas internas). OBS: se esticar a membrana do retículo endoplasmático teríamos uma quantidade maior do que a própria membrana plasmática da célula. É subdividido em duas regiões: Retículo endoplasmático rugoso e Retículo endoplasmático liso. O retículo endoplasmático rugoso tem o arranjo de suas vesículas com as cisternas mais achatadas e além disso, possui ribossomos associados à sua membrana dando a ele esse caráter de rugosidade e também a capacidade de síntese proteica.É a região do retículo que está mais próxima do núcleo, à medida que vamos nos afastando no núcleo encontramos o retículo endoplasmático liso que adquire uma estrutura tubular e livre de ribossomos, mas tanto o reticulo endoplasmático rugoso quanto o reticulo endoplasmático liso são organelas contínuas, portanto o retículo endoplasmático é uma organela contínua. Funções gerais: Segregação dos produtos sintetizados em suas membranas no interior das cavidades Modificação de proteínas e lipídeos Participam da síntese de algumas proteínas (RER) Síntese de lipídeos (REL) Desintoxicação (REL) Degradação do glicogênio (REL) Regulação do cálcio intracelular (REL) A síntese tanto ocorre no RER quanto no REL, acontecem normalmente na Membrana. São enzimas que estão associadas a membrana ou no caso da síntese proteica, o ribossomo que está grudado na membrana. O REL está relacionado com a síntese de lipídios. Portanto os fosfolipídios das membranas são sintetizados lá, assim como colesterol, ácidos graxos, etc. Todos esses são sintetizados na membrana do REL, quem sintetiza esses lipídios são proteínas que atuam como enzimas que pega pequenos metabólicos e através de uma via metabólica, sintetiza esse lipídio; também está relacionado com a desintoxicação de drogas, álcool. Geralmente estão presentes em células hepáticas uma vez que o metabolismo desses ocorre no fígado, sendo assim, células hepáticas possuem o REL mais pronunciado para fazer essa via metabólica. Um papel muito importante do REL é a regulação de cálcio intracelular. O cálcio é um íon que não deve estar em grandes quantidades livre no citosol, o cálcio funciona como um sinalizador dentro da célula, então normalmente deve-se ter uma baixa quantidade de cálcio livre no citosol e esse pode ficar estocado no REL e quando for necessário, o retículo libera esse cálcio para o citosol e assim participa da sinalização. A associação do retículo com o cálcio está presente nas células musculares no momento de contração, a célula muscular tem um reticulo endoplasmático que recebe o nome de retículo sacroplasmático, ele armazena o cálcio que vai ser liberado para dar o “start” da contração muscular para intermediar a ligação de actina e miosina. Do citosol, aquelas proteínas que estão sendo sintetizadas são enviadas para o retículo endoplasmático que serão enviados obrigatoriamente para o complexo de golgi. Do complexo de golgi pode ter algumas opções, podendo mandar para a superfície da célula na forma de vesículas por endocitose, esse material também pode ser encaminhado para a via dos lisossomos (lisossomos são importantes para a degradação de material). Se a proteína for de reticulo ela permanece nele. A membrana nuclear externa é continua com o reticulo endoplasmático, portanto ele é uma continuação do núcleo. Quando todo aquele material de RNA mensageiro, subunidades ribossomais, RNA transportadores saem do núcleo pelo complexo de poros, entram na membrana do reticulo endoplasmático. Portanto, com a síntese, esse ribossomo vai se associando com a membrana, essa associação vai acontecer intermediada pela própria proteína sintetizada. Subunidades de ribossomos (maior e menor) podem se montar em cima da fita do RNA mensageiro e fazer a síntese de proteínas livres no citosol sem se grudar na membrana do reticulo, essas proteínas sintetizadas ficam livres no citosol ou são encaminhadas para organelas, outros compartimentos. Se essas subunidades se montam em cima de um RNA mensageiro e sintetizam uma proteína que tenha informação para seguir a rota de retículo-golgi, essa proteína vai jogar esse sistema todo de maquinaria para a membrana do reticulo endoplasmático (proteínas da rota biossíntese-secreção) Síntese e transporte de proteínas para o RER O início da sequência é chamado de sequência sinalizadora de RE ela compreende os primeiros aminoácidos daquela proteína, essa sequência de início indica que ela é do retículo endoplasmático. Essa sequência vai ser reconhecida por uma partícula que fica livre no citosol, a partícula de reconhecimento do sinal (PRS) que vai jogar esse sistema todo para se acoplar na membrana no reticulo endoplasmático. A PRS vai ser reconhecida por um receptor que está na membrana do RE, essa proteína receptora prende a proteína que ainda está sendo sintetizada, sendo assim, todo o sistema do ribossomo acaba sendo levado para cima de um canal de translocação (que é uma proteína de membrana) e assim a proteína sintetizada pelo ribossomo começa a passar por esse canal e entra no RE. A síntese continua até entrar no códon de parada. A síntese ocorre sempre no citosol, mas a proteína vai sendo colocada dentro do reticulo quando ocorre a parada da síntese, a proteína fica livre e o sistema é deslocado, o ribossomo vai se desacoplar da fita de RNA mensageiro. Essa proteína que vai ser sintetizada no ribossomo, até chegar no códon de parada e terminar sua síntese, ela pode ser incorporada para o lúmen do reticulo endoplasmático passando completamente. Se não for proteína do reticulo, ela vai ser encaminhada para o complexo de golgi. As proteínas sintetizadas que ficam no RE são proteínas solúveis, mas também podem ser sintetizadas proteínas transmembrana (proteínas que ficam na bicamada fosfolipídica – essa proteína pode ser transportadora) Para formar uma proteína solúvel ela tem que passar pelo canal, mas a sua sequência sinalizadora de RE fica presa a esse canal de translocação interagindo com ele. O restante da proteína vai passando e entrando no reticulo endoplasmático, sendo uma proteína solúvel, mas em determinado momento a enzima peptidase de sinal quebra o peptídeo da sequência sinalizadora que depois será degradada enquanto que o restante da proteína vai para dentro do RE, sendo uma proteína solúvel. Para ser uma proteína transmembrana há uma variação, as proteínas transmembrana tem na sua sequência além da sequência sinalizadora de RE, elas possuem uma outra região na própria proteína que tem uma sequência que prende a proteína na membrana no RE, ocorre a síntese da proteína normal com o ribossomo em cima do canal de translocação, a proteína vai entrando mas vai passar uma sequência chamada de sequência de parada de transferência. Quando essa sequência passa pelo canal de translocação ela para a transferência do restante da proteína porque essa sequência de aminoácido também vai interagir com o canal de translocação. A enzima peptidase de sinal só consegue cortar a sequência de parada de transferência e assim temos uma proteína transmembrana presa pela sequência de parada de transferência, vai existir uma parte voltada para o lúmen do retículo enquanto outra para o citosol (parte onde estava o ribossomo). Ela não perde a característica de ser transmembrana, mesmo se ela for para o complexo de golgi, membrana plasmática, toda proteína transmembrana tem origem ali, foram um dia proteínas transmembrana do RE. A área do retículo que esta mais próxima do complexo de golgi vai ser o retículo endoplasmático liso tendo enzimas especificas principalmente relacionadas com a síntese de lipídios. O retículo endoplasmático liso exerce funções diferentes dependendo do tipo celular Na membrana do retículo endoplasmático liso tem proteínas com ações enzimáticas, estão localizadas em compartimentos e estão relacionadas com a síntese de lipídios. Todas as membranas internas da célula e membrana plasmática tem seus componentes sintetizados nessa área do REL, enquanto queas proteínas vêm do retículo endoplasmático rugoso. Esse processo é continuo uma vez que sempre há reposição de membrana devido aos processos de endocitose. O ribossomo sintetiza a proteína que entra no RER, essa proteína pronta vai exercer sua função de enzima no REL, ele vai ser encaminhado para aquela área exercendo sua função de juntar metabólicos para formar um fosfolipídio que pode parar na membrana plasmática porque uma vez sintetizada na membrana do REL esse pedaço pode ir em direção a membrana em forma de vesícula. Todo material de membrana é sintetizado nessa via (membrana interna e externa); o colesterol também é sintetizado no REL. Destino dos lipídeos sintetizados no REL Incorporados à membrana do próprio REL Integram as membranas de vesículas São transportados por proteínas específicas (membrana de mitocôndrias e peroxissomos) Transporte Vesicular Nas membranas mais afastadas do reticulo endoplasmático ocorre o brotamento, forma uma vesícula carregando material do retículo para o complexo de golgi. Essa vesícula vai ser transportada com ajuda do citoesqueleto, o complexo de golgi está próximo para receber essas vesículas. Do complexo de golgi para outro lugar também ocorre em forma de vesículas. A vesícula leva uma parte da membrana daquele compartimento (bicamada fosfolipídica). No complexo de golgi pode mandar o material de novo para o reticulo para ocorrer modificações. Quando a vesícula chega no golgi ocorre a fusão de membranas, ocorre a interação de fosfolipídios das membranas, ocorre o auto selamento e assim os componentes entram no complexo de golgi, as proteínas transmembrana do RER passam a ficar no golgi (aquelas que tiverem a sinalização para irem em direção para o golgi) assim como as proteínas solúveis e os fosfolipídios. Depois ocorre a mesma coisa quando sai do golgi para a membrana plasmática. Complexo de golgi Conjunto de cisternas (sáculos) achatadas e empilhadas, com as porções laterais dilatadas. O número e o tamanho de cisternas variam dependendo da atividade metabólica celular. Recebe vesículas do RE para a região do Golgi chamada Rede Cis (cis-Golgi “network”), que brotam para as cisternas da porção Cis, Média, Trans e saem pela Rede Trans (trans-Golgi network). As cisternas são achatadas e côncavas, suas beiradas são mais robustas porque é de onde vai brotar as vesículas. Uma coisa diferente é que no golgi a suas membranas são independentes cada vesícula achatada não possui continuidade com a outra. Existe uma área do golgi voltada para o RE, essa área é chamada de face cis do complexo de golgi, ela recebe as vesículas do RE. As vesículas vão interagir passando por todas as cisternas e depois vai sair na outra face do complexo de golgi, a face trans do complexo de golgi que está voltada para o restante do citosol, é a parte por onde as vesículas saem para chegar na superfície da célula. No meio existe as cisternas que podem ser cis, média e trans. Os tipos celulares que são muito produtores de moléculas que vão ser secretados depois, eles vão ter um reticulo muito mais avantajado do que células que não são tão produtoras assim, glândulas por exemplo. Essas cisternas possuem enzimas no seu interior, essas enzimas vão modificar o material que está passando. O complexo de golgi é uma organela de modificação de lipídios e proteínas que vieram do RER e REL. glicolipídios são formados no golgi porque o carboidrato que vai ser adicionado ao fosfolipídio vai ser adicionado ao complexo de golgi. Portanto o golgi está relacionado com as alterações pós- traducionais. A face cis com suas cisternas vão fazer modificações diferentes do que ocorrem na medial e trans. Portanto as enzimas são diferentes, então o cada vez que passa em cada etapa ocorre um tipo de modificação especifica. Glicosilação o carboidrato só é adicionado no complexo de golgi, as enzimas que fazem síntese de moléculas de carboidratos ou moléculas que tem carboidrato associado Fosforilação Sulfatação Hidrolise parcial de proteínas Essas modificações são responsáveis pela variedade de proteínas que temos, depois que essas substâncias passam pelo complexo de golgi e chegam na face trans, formarão vesículas para serem levadas para a superfície celular ou para o lisossomo, elas são as vesículas de secreção. Elas podem ficar armazenadas e depois serem lançadas por um processo de exocitose na hora que receber um sinal, isso é uma secreção regulada. Ex: hormônios, as células responsáveis por libera hormônios conseguem sintetizar e guardar esses até a hora que é necessário a liberação do mesmo por meio da exocitose. Tem outras moléculas que sintetizam e liberam continuamente (secreção continua) como um material extracelular, a célula secreta o material recompondo a matriz extracelular, esse tipo de secreção não precisa de sinal para ser exocitado. Todas as vesículas possuem marcadores para identificar qual lugar está destinado para migrar. Lisossomos É uma organela de digestão intracelular, ela é como se fosse um saco de enzimas relacionadas a degradação de material. Ela é redonda com uma membrana composta por muitos carboidratos associados a monocamada interna da membrana para proteger o interior do lisossomo e as várias enzimas ficam guardadas lá dentro responsáveis pela degradação como nucleases, proteases, lipases, etc. são todas as enzimas de quebra, de degradação de matéria, essas enzimas são chamadas de hidrolases ácidas porque fazem parte da hidrolise (quebra) sempre em pH ácido. Isso é uma característica dessa organela, ela tem um pH em torno de 5 enquanto que o citosol te pH em torno de 7. Esse pH é ácido pois existem bombas que colocam prótons no interior para manter o pH 5 uma vez que essa enzima só funciona com esse pH e por isso elas ficam concentradas em vesículas. O lisossomo recebe material do golgi a serem degradados, mas os lisossomos não recebem só material do complexo de golgi, mas também de outras vias como a via de endocitose. A célula faz endocitose o tempo todo, capitando material de fora formando uma vesícula endossomal (rota endossomal) elas podem se fundir no final com um lisossomo (a parte que não é aproveitada é encaminhada para o lisossomo). A via da fagocitose também envia material para o lisossomo (via fagocítica). Portanto possui 3 vias que enviam material para o lisossomo: via autofágica, via fagocítica e via endossomal. A autofagia degrada pedaços da própria célula podendo por exemplo envolver uma mitocôndria que não funciona, envolve a mitocôndria com um pedaço de membrana vindo do RE, faz uma vesícula em volta dessa mitocôndria, uma vesícula autofagossoma e depois envia para o lisossomo. Mitocôndria Está presente nas células eucariontes, nas células procariontes a síntese de ATP ocorre na membrana. Essa organela apresenta duas membranas independentes e completamente diferentes entre si sendo chamadas de membrana mitocondrial interna e membrana mitocondrial externa. Elas possuem composição completamente diferentes, a síntese de ATP ocorre ao longo da membrana mitocondrial interna. As mitocôndrias podem se fundir formando uma rede pelo citoplasma, como também podem se dividir em duas menores. Sua conformação muda bastante dependendo do tipo celular. As mitocôndrias usualmente possuem formato de grão de feijão, mas nem sempre é esse formato podendo adquirir formatos diferentes. Essa organela consegue interagir com os elementos do citoesqueleto, ela tem uma caraterística plástica. Os movimentos que são feitosao longo dos microtúbulos dos filamentos de actina podem levar vesículas de um lado para outro e também podem levar organelas como a mitocôndria, com esse movimento elas podem mudar sua conformação, seu formato devido a sua característica de plasticidade. Em muitos tipos celulares elas formam redes de mitocôndrias, a interação com microtúbulos é muito intima. A rede de mitocôndrias fica em cima desses microtúbulos, sendo assim, eles determinam a posição dessa organela no citoplasma e seu deslocamento. Existem alguns tipos celulares em que essas mitocôndrias não são tão moveis como é caso da célula muscular estriada esquelético, ela tem as mitocôndrias mais fixas porque elas vão estar imobilizadas na unidade do sarcômero para produzir o ATP, no momento da contração muscular seu posicionamento é entre as fibras; a mitocôndria também pode envolver o flagelo na peça intermediária do espermatozoide, o ATP é utilizado pela dineína para fazer o batimento desse flagelo, executando a movimentação desse espermatozoide. A membrana mitocondrial interna e membrana mitocondrial externa estão separadas por um espaço chamado de espaço intermembranas, ele tem uma composição que se assemelha muito com os elementos do citosol, muitos desses componentes do citosol também vão estar dissolvidos nesse espaço intermembranas. Há também uma câmara interna delimitada pela membrana mitocondrial interna, esse espaço interno da mitocôndria é chamado de matriz mitocondrial. A mitocôndria é uma organela em que dentro de sua matriz mitocondrial, encontra-se o DNA mitocondrial Membrana mitocondrial externa 50% lipídeos e 50% proteínas – alta fluidez Permeável a íons e pequenas moléculas (até 5.000 dáltons) Porinas – proteínas integrais de membrana A membrana mitocondrial externa vai ter uma composição muito mais comum as outras membranas celulares, ela é formada por fosfolipídios, tem pouco colesterol associado e com proteínas inseridas. É uma membrana “normal”, com alta fluidez o que permite muito transporte de substancias através dessa membrana. Ela é bastante permeável a passagem de íons, moléculas com baixo peso molecular e por isso que o espaço intermembranas tem uma composição bastante semelhante ao do citosol uma vez que muitas moléculas do citosol conseguem ultrapassar essa membrana externa e ficam dissolvidas no espaço no espaço intermembranas. Característica importante: a presença das proteínas porinas que são integrais de membrana que formam poros que funcionam como local de passagem de moléculas, deixam essa membrana mais solúvel a passagem de molécula. Membrana mitocondrial interna altamente especializada 20% lipídeos e 80% proteínas impermeável a íons seletivamente permeável a pequenas moléculas dobra-se formando as cristas mitocondriais Proteínas da cadeia respiratória (NADH desidrogenase, citocromos) ATP sintase Succinato desidrogenase (TCA cycle) Proteínas transportadoras que regulam o fluxo de metabólitos A membrana mitocondrial interna possui uma composição muito diferenciada. Ela não possui colesterol na sua composição e além disso possui um fosfolipídio especifico chamado de cardiolipina (recebe esse nome porque foi extraído de mitocôndrias do coração). Essa cardiolipina é um fosfolipídio duplo, um difosfatídeoglicerol (são dois fosfatos juntos), a cardiolipina não está presente em nenhuma outra membrana, apenas na membrana interna da mitocôndria. Como esse fosfolipídio é duplo, aumenta as interações entre essas caudas e se torna um pouco menos fluido e permeável, tendo uma característica diferente da membrana externa. Portanto a membrana interna é mais impermeável, é uma barreira mais efetiva da mitocôndria sendo bastante seletiva do que vai entrar na matriz mitocondrial ou não. Essa membrana mitocondrial interna vai se dobrar para formar as cristas mitocondriais que são invaginações da membrana interna. A membrana interna por extensão é maior que a externa, mas ela cabe ali dentro devido as cristas mitocondriais, portanto as cristas são parte da membrana interna invaginada, essa membrana é responsável pela síntese de ATP, quanto mais cristas mitocondriais, mais membranas e consequentemente, maior o espaço com proteínas capazes de realizar a síntese de ATP. Dentre as mitocôndrias, algumas podem apresentar muitas cristas, enquanto outras, menos. Essa membrana é altamente proteica, tem sues fosfolipídio da bicamada, mas é enriquecida de proteínas. Possui proteínas do complexo de cadeia respiratória ou transportadora de elétrons, temos proteínas responsáveis pela síntese de ATP que são as ATPs sintase e outras proteínas que fazem fluxo de várias moléculas para dentro e fora da mitocôndria. Matriz mitocondrial Enzimas que metabolizam piruvato e ácidos graxos para produzir acetil CoA e aquelas que oxidam acetil CoA no ciclo do ácido cítrico Além de várias cópias do DNA mitocondrial, RNAt, ribossomos e enzimas para expressão destes genes É a câmara interna da mitocôndria, possui enzimas dissolvidas no seu interior. Essas enzimas vão participar do metabolismo mitocondrial, elas participam do ciclo de Krebs que está associado indiretamente com a síntese de ATP e isso ocorre na matriz mitocondrial. A descarboxilação oxidativa também é uma etapa do metabolismo; do metabolismo dos lipídios temos a B oxidação de ácidos graxos, portanto a mitocôndria participa do metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios tendo enzimas para vias metabólicas diferentes. Também é nela que estão presentes as várias copias de DNA mitocondrial, com pouca informação, mas relacionada com o funcionamento da célula. Como tem o DNA mitocondrial, também possui uma maquinaria para a interpretação desse DNA tendo dentro dela DNA transportador específicos diferentes daqueles que transcrevem no núcleo, possui ribossomos que também são diferentes daqueles formados no citosol e vão ter enzimas para a expressão de todos esses genes do DNA mitocondrial. É uma organela diferente uma vez que ela própria é capaz de sintetizar as proteínas a partir da informação do DNA mitocondrial. Teoria endossimbiótica (1981) Esse DNA mitocondrial foi um dos indicativos da origem dessa organela nas células eucarióticas. Existe uma teoria bastante aceita feita pela pesquisadora Lynn Margulis sobre a origem dessa organela vindo de bactérias que conseguiram invadir células que não eram evoluídas. Tanto mitocôndria quanto cloroplastos (células vegetais) parecem ter vindo de uma associação da bactéria com a célula, o que foi benéfico para ambos os organismos e por isso é chamado de uma associação simbiótica. Essa bactéria pode ter invadido ou ter sido fagocitada por uma célula e depois com a evolução se tornou parte daquela célula, uma organela. O que indicou essa associação é o DNA mitocondrial que é semelhante ao DNA bacteriano, sendo um DNA circular pequeno, e a mitocôndria vai desenvolver todo esse mecanismo de leitura de DNA com uma maquinaria especial diferente daquela do citosol da célula. Essa maquinaria é muito semelhante aquelas desenvolvidas por bactérias. Além disso o ribossomo da mitocôndria apresenta o mesmo tamanho do ribossomo bacteriano. A mitocôndria possui uma capacidade de se dividir por fissão. Quando ocorre a divisão celular ocorre a citocinese e distribui as organelas para formar duas células, mas não é só na citocinese que tem a distribuição de mitocôndrias para uma célula e outras, as vezes a célula está na interfase e divide suas mitocôndrias por fissão pois está necessitando de mais mitocôndrias para osuprimento celular. Portanto as mitocôndrias, como as bactérias se reproduzem por fissão celular e essa divisão pode se dar independentemente da divisão celular hospedeira, quando houver necessidade de energia Evidencias da origem endossimbiótica TÊM SEU PRÓPRIO GENOMA (DNA CIRCULAR com ~ 16.500 bps ) Corresponde a 1% do DNA contido no núcleo SEUS PRÓPRIOS RIBOSSOMOS 70S SEUS PRÓPRIOS tRNAs Síntese de ptns na mitocôndria é inibida por antibióticos que inibem a síntese em bactérias O aa iniciador da síntese é a formilmetionina Membrana interna rica em cardiolipina A mitocôndria possui proteínas que vem do citosol, da informação do DNA genômico do núcleo, a proteína sintetizada possui uma marcação de que vai para a mitocôndria. As células utilizam como energia principalmente carboidratos, ele é a fonte primaria de energia, mas os lipídios também podem ser usados como fonte de energia, uma fonte secundária. Os carboidratos são quebrados até chegar na molécula de glicose no caso dos lipídios, pegamos a energia de triglicerídeos que é uma forma de estoque, quem fornece energia é um pedaço desse triglicerídeo que é o ácido graxo. Nessa quebra em moléculas menores há liberação de energia, a célula vai precisar eliminar energia em uma forma que ela consiga utilizar, que é a forma de nucleotídeos como ATP, GTP, etc. A mitocôndria faz a conversão de energia, a energia da quebra de moléculas da via de catabolismo é convertida em ATP que é utilizado em outras vias de síntese da célula. O ATP é um nucleotídeo tendo uma pentose, base nitrogenada e fosfato. Hidrolisando o ATPA ele vira um ADP, e isso gera energia para a célula. Esse processo de síntese de ATP pela mitocôndria foi descrito por um pesquisador, esse processo ocorre ao longo da membrana mitocondrial interna, é um processo quimiosmótico. Esse osmótico faz referência a um processo que ocorre ao longo da membrana, isso não quer dizer que ocorre a passam de solvente de um lado para outro. Portanto temos glicose, ácidos graxos e aminoácidos derivados da quebra de carboidratos, lipídios e proteínas (respectivamente). A glicose quando é absorvida pela célula, elas começam a captar essa glicose e as converte com auxílio de várias enzimas do metabolismo em outros intermediários. A princípio toda a célula vai converter a glicose em piruvato através da via glicolítica onde essa glicose vai ser convertida em 2 moléculas de piruvato (isso ocorre no citosol de todas as células). Se tiver oxigênio disponível esse piruvato vai ser encaminhado para dentro da mitocôndria por um transportador, dentro da mitocôndria ele vai ser convertido em outras reações de via metabólica em acetil CoA (intermediário metabólico que vem também do metabolismo de proteínas como de lipídios). No caso dos lipídios é diferente, esse acetil CoA é formado dentro da mitocôndria direto a partir de uma via de degradação de ácido graxo. Portando não acontece nada com o ácido grão no citosol quando ele entra nas células, mas quando entra na mitocôndria, enzimas vão degradar esse ácido graxo liberando moléculas de acetil CoA através da β oxidação de ácidos graxos. O acetil CoA é um iniciador do ciclo de Krebs, esse ciclo tem vários intermediários que são moléculas com carbono que se juntam com acetil CoA formando o ácido tricarboxílico. No ciclo de Krebs ocorrem varias reções com enzimas diferentes tendo a liberação de elétrons em algumas etapas, mas eles são captados por moléculas que conseguem por afinidade se combinar com eles e transportar esses elétrons para alguns grupos proteicos. Essas moléculas são NAD e FAD dois tipos de nucleotídeos que temos nas células. O NAD quando se combina com os elétrons é transformado em NADH, enquanto que o FAD combinado com elétrons é transformado em FADH2. Eles transportam esses elétrons para grupos proteicos que estão na membrana mitocondrial interna. Quem recebe esses elétrons na camada interna são proteínas imersas nessa membrana, essas proteínas fazem parte de um complexo chamado de cadeia transportadora de elétrons que permite que esses elétrons migrem de um complexo para outro até o aceptor final, o oxigênio. Por isso que a mitocôndria só funciona se tiver oxigênio disponível (em relação a síntese de ATP para ser aceptor final de elétrons formando H2O) Se não tiver oxigênio disponível a célula não faz esse metabolismo mitocondrial para síntese de ATP, só a síntese de ATP que ocorre no citosol na via glicolítica, porem essa via glicolítica só sintetiza 2 ATPs por vez, enquanto que no ciclo d Krebs sintetiza 38 ATPs a partir de uma molécula de glicose. Também ocorre a fosforilação do ADP que é a formação do ATP para a síntese de ADP, isso ocorre acoplado com a cadeia transportadora de elétrons. Toda a via metabólica ocorre em etapas porque em cada etapa libera energia, cada modificação faz com que liberamos energia gradualmente. A glicose, por meio de um transportador, é levada para dentro da célula, ela é convertida em piruvato que aí ter um transportador que vai jogar esse piruvato para dentro da mitocôndria, na matriz mitocondrial, dentro dela ele é convertido em acetil CoA. Em relação ao ácido graxo de lipídio, ele entra na célula direto na mitocôndria, lá ocorre a via metabólica da sua degradação que libera acetil CoA (localizado na matriz mitocondrial) dando início ao ciclo de Krebs. No ciclo de Krebs tem reações que ocorre a interação de CO2 e outras coisas, mas principalmente a liberação de elétrons. O NAD pega os elétrons que estão sendo liberados, se transformando em NADH ou o FAD pega esses elétrons se transformando em FADH2, eles transportam esses elétrons. O NAD e o FAD não possuem uma afinidade muito forte com esses elétrons, por isso são transportadores, eles entregam esses elétrons para proteínas da cadeia transportadora, elas são complexos proteicos de proteínas inseridas na bicamada da membrana interna (3 complexos participam da transferência de elétrons: complexo proteico do NADH desidrogenase e o complexo do citocromos BC1 e complexo do citocromos oxidase). O complexo citocromos oxidase entrega os elétrons para o oxigênio, esse só tem forte afinidade com o oxigênio para formar H2O. As 13 proteínas que são sintetizadas dentro da mitocôndria vão participar justamente da formação desses complexos proteicos. O 1° complexo NADH desidrogenase tem 7 proteínas provenientes da informação de DNA mitocondrial. O 2° complexo do citocromos BC1 tem 1 proteína que vem o DNA mitocondrial; cinato desidrogenase não tem nenhuma proteína, são todas proteínas de fora da mitocôndria e que foram para dentro; o citocromo c oxidase tem 3 proteínas. Portanto a mitocôndria conjuga para seu funcionamento proteínas que foram sintetizadas dentro dela com as que vem de fora, do citosol para formar esses complexos. Cada vez que esse elétron pula de um complexo para outro nós temos outra coisa acontecendo ao mesmo tempo que é o bombeamento de prótons para dentro desse complexo, esse próton vai parar no espaço intermembranas. Há uma transferência de elétrons que estavam livres (ficam livres depois que ocorreu o ciclo de Krebs) para não ficar livre, o NAD e o FAD pegam levando para os complexos proteicos. Gradiente químico de prótons Ao mesmo tempo que um elétron passa de um complexo para outro há uma mudança de conformação nesse complexo nucleico e vai permitir que o próton passe dentro desse complexo proteico para o espaço intermembranas. O próton que estava na matriz mitocondrial vai parar no espaço intermembranas e assim, formar um gradiente que é uma diferença de concentraçãodesses prótons no espaço intermembranas com a quantidade de prótons na matriz mitocondrial. Esse gradiente que é gerado no espaço intercostal vai ser importante para chegar na síntese de ATP, o gradiente eletroquímico de prótons vai ser responsável por dar força a mitocôndria para fazer a síntese de ATP Os prótons mexem com o pH das soluções, se tornado acidas, portanto, o espaço intermembranas é mais ácido do que a matriz mitocondrial. Além disso, esses prótons têm carga positiva (H+) o que vai gerar um gradiente elétrico e um gradiente químico devido a diferença de pH. O gradiente formado vai forçar o funcionamento da proteína que sintetiza ATP, a enzima ATP sintase. Ela precisa de movimento mecânico para conseguir fazer o ATP fosforilar o ADP (introduzir um fosfato para virar ATP). Ele se movimenta precisando de passagem de prótons por dentro dela. A ATP sintase está imersa na membrana mitocondrial interna, ela funciona quando os prótons acumulados no espaço intermembranas, passando por dentro dela, que se mexe fazendo a fosforilação do ADP que se junta com o fosfato inorgânico formando o ATP (tudo isso depende da cadeia transportadora de elétrons pois sem ela funcionando não tem gradiente eletroquímico de prótons e assim a ATP sintase não funciona). Para mitocôndria funcionar precisa de oxigênio como aceptor final e para a síntese de ATP, isso tudo tem que funcionar para ter gradiente (força protomotriz). OBS: o próton não passa só no ATP sintase, mas também por outras proteínas, mas isso não vai estar acoplado ao sitio de ATP. Pode ter outros caminhos por onde esse processo pode ser desviado. Existem alguns inibidores da cadeia transportadora de elétrons como o gás cianeto, monóxido de carbono, gás carbônico. Eles podem inibir a proteína transportadora e uma vez não funcionando, não vai conseguir sintetizar o ATP. Se os prótons passassem por dentro das proteínas termogininas, ela é a proteína responsável pelo calor, portanto não haverá síntese de ATP, mas sim a liberação de calor. O ATP formado vai estra voltado para dentro da matriz mitocondrial, fica livre na mitocôndria, ela vai ser jogada para fora dela por um transportador por meio de um antiporte (sai ATP e entra ADP). O CO2 também sai uma vez que ele é um dos produtos do ciclo de Krebs e o oxigênio entra, esses gases se difundem pela membrana. Defeitos mitocondriais O fenótipo de mutações mitocondriais reflete a extensão da dependência de um certo tecido à fosforilação oxidativa. Normalmente envolvem tecidos com alta demanda energética Mutações em DNA mitocondrial Mutações em genes nucleares que afetam a fosforilação oxidativa ou a biogênese mitocondrial Tambem ocorre na mitocôndria: Participação no ciclo da ureía – desaminação do glutamato. Produção de hormônios esteróides – colesterol é transformado em pregnenolona na membrana interna que retorna ao retículo para formar a testosterona. Expressão de termogenina (caso de recém-nascidos) torna a membrana interna permeável aos prótons, desacoplando o transporte de e- da síntese de ATP. A energia é perdida na forma de calor. Sinalização Celular As células se comunicam as células vizinhas a partir de 2 elementos: Célula sinalizadora: libera sinal, sintetiza moléculas químicas que funcionam como mensagem, secreta essa molécula sinalizadora. Ela age em cima de outra célula, a célula alvo, mudando o seu comportamento. Célula alvo: recebe o sinal das células sinalizadoras, muda seu comportamento em contato com essa molécula sinalizadora. Esse mecanismo de sinalização esta relacionado com mecanismos de trasmissao de sinal, conversão dessa informação extracelular (vem de fora, outra célula liberou na matriz extracelular ou na corrente sanguínea). O sinal extracelular tem que ser convertido em um sinal intracelular, muitas vezes a molécula sinalizadora não vai entrar, mas o recptor que temos na superfície da célula alvo que vai receber esse sinal e transduzir o mesmo (converter) para uma mensagem intracelular. Muitas vezes isso vai ocorrer com uma cascata de sinalização associada, na maioria dos casos, a célula alvo vao receber essa mensagem através de uma proteina receptora. A proteina receptora é uma proteina que interage diretamente com a molécula sinalizadora, reconhece especificamente aquela molécula. Esse receptor pode estar na superfície da célula como uma transmembrana inserida na bicamada fosfolipídica ou tambem pode estra dentro da célula (proteina intracelular) As proteinas receptoras normalmente para transduzir esse sinal elas ativam outras proteinas dentro da célula, causando uma cascata de sinalização uma vez que vários elementos (enzimas) participam desse processo ate atingir as proteinas alvo, que são aquelas que efetivamente vao causar mudança no comportamento. Uma molécula sinalizadora atinge varias moléculas intracelulares assim ocorre varias respostas associadas, uma vez que são varias vias ativadas A célula sinalizadora pode éter qualquer característica química: Proteínas; Peptídeos; Aminoácidos e derivados; Nucleotídeos; Lipídeos e derivados; Ácidos graxos; Gases dissolvidos; etc. Dependendo da característica química dela, vamos ter receptores específicos. Os receptores de superfície normalmente vão interagir com moléculas sinalizadoras que são polares e grandes, pois não conseguem atravessar a membrana. Se a molécula sinalizadora for apolar e pequena, ela consegue interagir com os receptores intracelulares. Tipos de sinalização: Sinalização endócrina Mediada por hormônios, sendo assim, sua molécula sinalizadora é um hormônio. Ele é sintetizado em uma glândula e liberado na corrente sanguínea atingindo as células alvo a grandes distancias. Esse hormônio pode ter característica proteicas como a insulina e o glucagon, ou pode ter característica lipídicas como é o caso dos esteoiudes, testosterona, progesterona, etc. Sinalização parácrina A célula sinalizadora libera sinal agindo na célula vixinha que possui receptores para essa sinalização, a ação ocorre nas células ao redor. Sinalização autócrina A própria célula sinalizadora vai responder ao sinal que ela liberou, portanto a célula possui receptores para aquele sinal assim como as células vizinhas, atuando sobre si e nas células ao redor. Sinalização dependente de contato Junções de comunicação como as junções comunicantes tipo GAP, onde temos proteínas conexinas na membrana da célula formando um conexon com a membana da célula ao lado que tambem posssui as junções comunicantes tipo GAP. As duas celylas estão em contato ema com a outras liagdas através das conexinas, esse contato permite a passagem de moléculas sinalizadoras de uma célula para outra. Sinalização sináptica Acontece exclusivamente com os neurônios para fazer conexão com outros neurônios ou com as células que ela vai enervar (músculos, galndulas, etc). pode ter distancias maiores uma vez que o axônio pode ter comprimentos maiores dependendo do neurônio, além disso remos uma proximidade da membrana pre- sinaptica com a pós-sinaptica. Os sinais liberados pelas ceulas não soa liberados por vez, mas ismvarios sinais ao mesmo tempo. As células estão em constantemente liberando sinais e as células lavo sintetizando esses sinais. Esse conjunto de sinais é que determina a mudança de comportamento, a célula responde a uma quantidade muito grande de sinais ao mesmo tempo, tendo uma variedade de receptoresdiferentes para expressar genes. Se a célula não tem sinal nenhum, ela sofre apoptose (morte celular programada), a célula só sobrevive se tem fatores tróficos com sinais sendo enviados para determinar seus funcionamentos. Mecanismo de funcionamento dos receptores: Receptores Intracelular A molécula sinalizadora é pequena e hidrofóbica, ela consegue atravessar a membrana, o envoltório nuclear interagindo com o receptor. Normalmente esses receptores podem estar no citosol ou no núcleo. Aqueles que estão no citosol acabam depois migrando para o núcleo pois o mecanismo de ação deles ocorre dentro do núcleo. Os receptores intracelulares usam um mecanismo de regulação da expressão genica, então sempre temos a ativação de um receptor intracelular no citosol ou no núcleo. Ele age em cima da molécula de DNA, ela interage com a fita de DNA mexendo na transcrição daqueles genes da sequência genica desse DNA. Sempre esses receptores são proteínas reguladoras da expressão genica. Quando ela chega no núcleo, se liga ao receptor que interage com a fita de DNA tendo a ativação ou inativação da transferência do gene, podendo também inibir sua transcrição. Quando a molécula sinalizadora se liga ao receptor ela muda sua conformação para que possa se ligar ao DNA Esses sinalizadores intracelulares interagem com essas moléculas sinalizadoras, eles possuem um pedaço comum chamado de domínio de ligação ao DNA. Toda proteína intracelular tem uma sequência de aminoácidos especificas para interagir com o DNA, que tem carga negativa, portanto seus aminoácidos possuem carga positiva para interagir com as cargas do DNA. Quando ele está no núcleo, fica inativo, portanto não interage com o DNA, e só é ativado quando a molécula sinalizadora liga nele. Para ele estar inativo, uma molécula bloqueia esta ação de interação com o DNA, quando essa proteína não está ligada com a molécula sinalizadora é um complexo inibitório grudado nele, que faz com que fique fechado para não ligar no DNA. Quando a molécula sinalizadora se liga nele, ele abre porque a molécula sinalizadora promove uma mudança de conformação naquela proteína, ela se abre liberando a molécula do complexo inibitório. O domínio de ligada ao DNA fica livre e assim essa proteína consegue se associar ao DNA. A resposta é a síntese de uma proteína tendo uma resposta da célula ou a inibição da síntese de uma proteína, também mudando a resposta. A regulação de expressão genica não é só feita por receptores intracelulares, os de superfície também podem levar a ativação ou inativação da transcrição, mas smepre que é um receptor intracelular é por esse mecanismo. Receptores de Superfície Localizados na membrana plasmática, proteínas transmembrana inseridas nessa bicamada. Ela vai interagir com moléculas sinalizadoras com o domínio voltado para o meio extracelular e depois o domínio que está dentro da célula é que vai transduzir o sinal pois a molécula sinalizadora não vai entrar na célula por ter característica polar e por ser grande, ela não consegue interagir com a membrana plasmático, apenas interage com o receptor fazendo um ativação desse receptor, uma mudança que ele próprio vai transduzir o sinal para dentro da célula através do domínio voltado para o citosol Tipos de receptores de superfície, existem 3 grandes grupos que funcionam de forma diferente, determina o tipo de resposta que a célula pode ter dependendo do receptor Ligados a Canais iônicos; Os receptores ligados a canais iônicos podem ser o próprio receptor e canal iônico ao mesmo tempo. O mecanismo é de canal (que é uma proteína transmembrana de passagem de íons do meio mais concentrado par ao menos concentrado) ele se localiza na superfície da membrana sendo uma proteína transmembrana caracterizada como canal iônico. Esses canais podem ser regulados por voltagem, mecanicamente ou por ligantes, e esse é o caso dos receptores ligados a canais iônicos, a molécula sinalizadora vai ser um ligante que vai regular esse canal. A acetil colina é uma molécula sinalizadora, ao se ligar ao canal ela promove sua abertura permitindo a passagem de íons. Não passa a molécula sinalizadora porque lea tem características que não permite que ela entre uma vez que é polar e grande, ela apenas se liga ao canal. A resposta da célula vai ser em função a entrada de íons, quando a molécula sinalizadora desgruda, o canal se fecha de novo. Esse tipo de sinalização permite respostas imediatas uma vez que muitos íons entram de uma vez, sendo uma resposta rápida. Na sinalização sináptica ocorre dessa forma, a informação tem que ser bem rápida. Na sinapse o que temos é no final do neurônio uma membrana passando informações elétricas, quando chega bem no final do axônio essa informação passa a ser química. Os neurotransmissores passam a ser exocitados assim que o impulso elétrico chega, quem responde ao neurotransmissor – sinal químico – é um outro neurotransmissor, então a molécula sinalizadora se liga neles abrindo permitindo a entrada de sódio e cálcio (carga positiva entrando causa a despolarização da membrana e o impulso químico passa a se elétrico de novo), os Estímulo nervoso Vesículas de acetilcolina Receptores de acetilcolina Célula alvo Fenda sináptica Canal de Ca2+ neurotransmissores são recaptados para dentro dos neurônios de novo por endocitose. Acoplados à proteínas G; Ocorre em várias etapas, uma cascata de sinalização. O receptor é uma molécula e a proteína G é uma outra molécula, então temos duas moléculas interagindo. O receptor é uma proteína transmembrana, passa 7 vezes pela membrana. Ele recebe o sinal pelo domínio extracelular e passa e sinal para o domínio intracelular. Na hora que a molécula sinalizadora se liga, ele vai se associar a proteína G que é uma proteína também de membrana só que não é transmembrana, ela fica ancorada na monocamada interna da membrana plasmática, a parte voltada para o citosol. A proteína G possui 3 subunidades α (alfa), β (beta) e γ (gama); a subunidade alfa possui um GDP que é um nucleotídeo associado a ela. Na hora que ocorre a associação a associação da molécula sinalizadora com o receptor ele consegue se mexer “procurando” a proteína G especifica para ele, quando interage com ela é como se começasse o processo de transdução do sinal, passando a mensagem a diante para a proteína G. ela sofre uma fosforilação na subunidade alfa onde temos o GDP passando a ser GTP (guanosina trifosfato), quando ele é fosforilado essa subunidade vai se dissociar –se separar da subunidade beta e alfa e também se separa do receptor. A subunidade alfa se torna ativa e beta e gama dissociadas também ficam ativas. Essas subunidades ativas se associam a outras proteínas as ativando também através das interações, ocorre uma cascata de ativação. Ativam enzimas que conseguem fazer suas ações enzimáticas de catalisar as reações até atingir outras proteínas e por fim atingir a célula alvo. Quando a subunidade alfa ativa outras proteínas ela perde seu fosfato e assim ela se junta com as outras subunidades beta e gama formando a proteína G de novo. Via de sinalização do AMP cíclico é a mais comum a molécula sinalizadora se liga no receptor e assim se acoplarem uma proteína G com subunidade alfa, beta e gama. Quando acopla, essa proteína G se dissocia, a sua subunidade alfa se junta com outras proteínas. No caso dessa via especifica essa proteína é umaenzima adeneliu ciclase que é uma enzima que faz conversão da molécula de ATP do citosol da célula transformando-o em AMP (perde 2 fosfatos), ela fecha esse AMP em uma molécula cíclica. O AMP cíclico funciona como segundo mensageiro dentro da célula, ela se localiza no citosol e consegue ativar alguns substratos, algumas enzimas. As enzimas inativas são chamadas de PKA (proteína quinase A). Quando o AMP cíclico se liga nelas, as ativa ocorrendo a dissociação de suas partes. A enzima PKA é responsável pela fosforilação, ela começa a fosforilar outros substratos como enzimas da via metabólica, acessórias para formar o citoesqueleto, etc. pode agir dentro do núcleo fosforilando proteínas que vão mexer na transcrição genica. Ela consegue atingir várias proteínas diferentes, portanto várias rotas de sinalização vão ocorrendo ao mesmo tempo causando muitas respostas celulares até que a PKA consegue atingir as proteínas alvo. Temos outros segundo mensageiros: Nucleotídeos cíclicos; Íons; Inositol fosfatos; Derivados lipídicos; Gases. O cálcio é um segundo mensageiro por isso não pode estar em grande quantidade no citosol pois estaria sempre ativando proteínas, portanto ele fica estocado no reticulo endoplasmático que o libera quando for necessário. Existe uma via ativada pelo receptor ligado a proteína G onde temos um fosfolipídio de membrana chamado de fosfatoinositol que fica na monocamada voltada par ao citosol. Quando tem a sinalização com sinalizador acoplado com proteina G ela se liga em uma enzima que ativa esse fosfatoinositol, a fosfolipase C. ela quebra em 2 pedaço, um fica preso na membrana e outro solto no citosol inositoltrifosfato, é o segundo mensageiro (IP3). A subunidade alfa se liga na fosfolipase C e assim quebra o fosfalipideo. O IP3 vai no RE e faz com que os canais de cálcio se abram e assim o cálcio vai para o citosol. Associados à enzimas; e receptores com atividade enzimática É uma proteína transmembrana, geralmente associado a crescimento, insulina, são aqueles que mudam o ciclo celular. Eles têm em comum uma estrutura na proteína
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