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ANESTESIOLOGIA SNC

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Marcela Maria Lopes Costa – 14° Turma de Medicina UEMA 
ANESTESIOLOGIA: Sistema Nervoso Central 
Anatomia 
1.0 Neurônio 
Unidade primordial do sistema nervoso central, são células excitáveis, que recebem, 
processam, integram e transmitem sinais elétricos. Os corpos celulares são encontrados na 
substância cinzenta e os axônios, na substância branca. Os dendritos são responsáveis pela 
recepção e processamento de sinais e corpos celulares, permitem a ligação entre a chegada 
e a saída dos impulsos neuronais. O axônio conduz impulso ao seu destino por meio do 
potencial de ação. 
Quando a membrana está em repouso, o potássio entra e sai livremente pela célula, 
gerando um potencial de repouso de cerca de -80mv, quando os dentritos recebem o 
estimulo nervoso, os canais de sódio se abrem e começa a entrar íons na célula, em um 
processo chamado despolarização. Depois disso, ocorre a repolarização para permitir à 
célula um novo estímulo, que ocorre somente quando os canais de sódio estão fechando 
gradativamente e os canais de potássio reabrem, chegando ao período refratário. 
2.0 Glia 
Macróglia: (1) Oligodendrócitos: Mielinização do SNC, em média, necessita de 3 nódulos 
de ranvier para a célula neural poder ser despolarizada; (2) Astrócitos: 20% a 50% do volume 
cerebral, isolando o cérebro. Recobrem a superfície capilar, as sinapses e os dendritos com 
seus corpos celulares, formando, então, a barreira hematoencefálica. 
Micróglia: Células monocompetentes sem função estabelecida. 
3.0 Sinapse: 
 
Ocorre na interface entre 02 neurônios, trata-se de uma troca de informações, ocorre entre 
o axônio terminal de um (componente pré-sináptico) e o dendrito de outro (o componente 
 
Marcela Maria Lopes Costa – 14° Turma de Medicina UEMA 
pós-sináptico. Pode ser uma sinapse elétrica, também chamada de junção gap, é um canal 
formado de proteínas ou uma sinapse química quando depende de neurotransmissores. 
Podemos destacar dois neurotransmissores, o GABA que faz abrir canais de cloro, 
hiperpolarizando a membrana, e o Glucamato responsável por uma transmissão excitatória. 
Dos canais do GABA, podemos destacar o GABAa e o NMDA. 
 
Anatomia Macroscópica 
1.0 Medula espinhal 
É uma massa cilindroide de tecido nervoso, tem cerca de 45cm no adulto. Possui como 
limites, cranialmente bulbo e na região caudal, a segunda vértebra lombar (L2). Termina 
afunilando-se para formar o cone medular, que origina o filamento terminal e termina com a 
cauda equina. 
Dos envoltórios da medula, temos as meninges, sendo elas, dura-máter (cranialmente, 
continua com a dura-máter craniana, e caudalmente, termina a nível da vértebra S2); pia-
máter (meninge mais interna, adere intimamente ao tecido nervoso da superfície da 
medula) e aracnoide (possui trabéculas aracnóideas). 
Existem três cavidades ou espaços: Epidural situa-se entre a dura-máter e o periósteo do 
canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o 
plexo venoso vertebral interno. Subdural, situado entre a dura-máter e a aracnoide. Fenda 
estreita que contém uma pequena quantidade de líquido. Espaço subaracnóideo que possui 
uma grande quantidade de líquor. 
2.0 Tronco encefálico 
Encontra-se entre a medula e o diencéfalo, formado por corpos de neurônios que se 
agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados 
tractos, fascículos ou lemniscos. Divide-se em: bulbo, mesencéfalo, e ponte. 
a) Bulbo: onde se encontra a decussação das pirâmides que são feixes de fibras 
nervosas descendentes e ligam áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da 
medula, possui os pares de NC: IX, X, XI e XII. Apresenta também a formação reticular 
com os centro respiratório, vasomotor e vômito 
b) Ponte: origina os V, VI, VII e VIII, forma o assoalho do IV ventrículo. A transição entre 
bulbo e ponte encontra-se o locus cereleus que corresponde ao controle do 
comportamento emocional e ciclo sono-vigilia. 
 
3.0 Cerebelo 
Contribui para a formação do teto do IV ventrículo. Atividade totalmente inconsciente e 
involuntária. Desempenha importante papel na regulação dos movimentos finos e 
complexos. Integração estímulos proprioceptivos, visuais e táteis para determinação 
temporal e espacial na ativação dos músculos durante o movimento e ajuste postural. Assim, 
está envolvido basicamente na manutenção do equilíbrio corporal, do tônus e da postura, 
bem como na coordenação motora. 
 
Marcela Maria Lopes Costa – 14° Turma de Medicina UEMA 
4.0 Cérebro : Formado pelo o diencéfalo e telencéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade 
craniana. 
 
5.0 Diencefalo 
a) Tálamo: Processamento de informações sensoriais periféricas que se dirigem ao córtex 
cerebral. Responsável também pelo comportamento emocional. Vias auditivas e ópticas 
Conexões com o hipotálamo: funções viscerais. Vias sensitivas: Lemniscos medial 
(responsável pela condução de impulsos do tato e propriocepção) e espinhal (responsável 
por conduzir impulsos de temperatura, dor, pressão e tato). 
b) Hipotálamo: Relacionado principalmente com o controle da atividade visceral, dividido em 
corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinéreo e infundíbulo. Controla a homeostasia do 
organismo através de três mecanismos: endócrino (pela regulação da hipófise); autônomo 
(origina fibras do sistema nervoso parassimpático) e motivacional (através de suas conexões 
com o sistema límbico). 
c) Epitálamo: Glândula pineal é responsável pela secreção de melatonina e possui ação 
inibitória sobre outras glândulas 
d) Subtálamo: Apresenta função motora, regulando a postura e os movimentos. Lesões 
desse núcleo provocam uma síndrome chamada hemibalismo 
 
Fisiologia 
O aporte sanguíneo para o cérebro é garantido pelas carótidas internas direita e esquerda, e 
pelas artérias vertebrais direita e esquerda. Em situações patológicas, o polígono de Willis 
pode atuar como um shunt, aumentando o fluxo colateral para a região isquêmica. 
Regulação do Fluxo Sanguíneo Cerebra: O consumo cerebral total de oxigênio é de 
aproximadamente 50 ml.min. Recebe 15% do débito cardíaco. A taxa metabólica cerebral 
(CMR) é expressa em termos de consumo de O2 (CMRO2), é 3,8mL/100g/min. Pelo alto 
consumo de O2 e pela falta de reservas significativas, a interrupção da perfusão (queda de 
PaO2 < 30mmHg) resulta em inconsciência em 10 segundos e lesão irreversível em 3 a 8 
min. 
Regulação pressórica (autorregulação): Entre PAM 50 – 150 mmHg a vasculatura cerebral se 
adapta no sentido de manter o FSC constante. 
Alterações químicas: A PaCO2 é o principal determinante extrínseco do fluxo sanguíneo 
cerebral. Toda vez que aumenta a PaCO2 também aumenta o FSC. PaO2: <50 mmHg ocorre 
vasodilatação cerebral. A Hipóxia cerebral é um risco, devido à diminuição na oferta de 
oxigênio cerebral, mas também por causa da marcante vasodilatação(edema e aumento da 
PIC). 
Viscosidade sanguínea: Hematócrito é a principal influência na viscosidade sanguínea. Em 
indivíduos saudáveis, variações no hematócrito entre 33% e 45% resultam em alterações 
modestas no fluxo sanguíneo cerebral. Em pacientes com isquemia cerebral focal, 
hematócrito de 30% a 34% resulta em uma entrega de oxigênio otimizada. 
 
Marcela Maria Lopes Costa – 14° Turma de Medicina UEMA 
Taxa metabólica cerebral: Associado a uma alteração proporcional do FSC. A maior secreção 
de glutamato, no aumento da atividade celular, favorece a síntese e a liberação de óxido 
nítrico (NO), que desempenha importante papel no acoplamento entre fluxo e metabolismo. 
Temperatura: Diminuição da temperatura reduz metabolismo cerebral. O decréscimo de 1°C 
na temperatura corporal corresponde a uma taxa metabólica cerebral 7% menor. 
Hipertermia aumenta o consumo energético e o fluxo sanguíneo em uma faixa de 
temperatura entre 37°Ce 42°C. 
 
Farmacologia 
Redução da taxa metabólica cerebral, com exceção da cetamina e do NO. Aumento 
progressivo dos níveis plasmáticos dos anestésicos suprime da atividade neuronal, chegando 
à isoeletricidade do EEG. A reatividade vascular ao CO2 está preservada com o uso de 
narcóticos, como o fentanil e o remifentanil. 
Anestésicos venosos: Causam diminuição no FSC e na taxa metabólica cerebral. 
 
Cetamina: Único fármaco que proporciona aumento em ambos, FSC e CCO2. Estudo em 
animais indica que as alterações na taxa metabólica variam de acordo com a região cerebral. 
Em humanos, o aumento maior no CCO2 parece ocorrer no córtex frontal e parietocciptal, 
áreas que podem estar relacionadas aos sonhos e alucinações. Essa elevação da PIC pode ser 
atenuada ou bloqueada por hipocapnia induzida ou pela administração de tiopental ou 
benzodiazepínico. Portanto, a cetamina não deve ser a droga de primeira escolha em 
neuroanestesia, especialmente em pacientes com PIC aumentada ou diminuição da 
complacência intracraniana. 
Anestésicos inalatórios: Possuem atividade vasodilatadora intrínseca por seu efeito direto 
no músculo liso da vasculatura cerebral. Acima de 1,5 CAM associa–se a aumento do FSC. A 
 
Marcela Maria Lopes Costa – 14° Turma de Medicina UEMA 
ordem de potência vasodiladora dos fármacos anestésicos inalatórios mais utilizada é: 
halotano > enflurano > desflurano > isoflurano > sevoflurano 
Relaxantes musculares: 
Adespolarizantes: A secreção de histamina pode reduzir a pressão de perfusão cerebral por 
aumento na PIC (causada pela vasodilatação cerebral) e diminuição na PAM. Ex: atracúrio e 
o mivacúrio. Laudanosídeo metabólito ativo do atracúrio, pode ser epileptogênico, porém, é 
evento raro, mesmo em doses elevadas. 
Succinilcolina: Leva ao aumento da pressão intracraniana, independentemente da presença 
ou não de lesões intracranianas com efeito de massa. O aumento da PIC está relacionado 
com fasciculação muscular, aumento na atividade dos tratos motores aferentes, 
superficialização do EEG e elevação do FSC.

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