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MD2-M1-PROVA NEURO RESUMO

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Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
Sumário 
 
Embriologia do Sistema Nervoso ........... 2 
Genes ................................................... 2 
Vesículas Encefálicas ......................... 2 
Diencéfalo ........................................... 2 
Origem das células .............................. 3 
Neuroepitélio ....................................... 3 
Origem das Meninges ......................... 3 
Ácido Fólico ........................................ 3 
Más formações congênitas ................. 3 
 
Células do Sistema Nervoso ................... 4 
a) Astrócitos ........................................ 4 
b) Oligodendrócito .............................. 4 
c) Células de Schwann ........................ 4 
d) Células ependimais ......................... 4 
e) Micróglia ......................................... 4 
f) Satélite ............................................. 4 
 
Neurônios e Impulso Nervoso ................ 4 
Neurônio .............................................. 4 
Transporte Axoplasmático.................. 4 
Direção do impulso nervoso ............... 5 
Potenciais de Ação e Graduado .......... 5 
Sinapse ................................................ 5 
PEPS e PIPS ........................................ 6 
Neurotransmissão................................ 6 
Neurônio Pós-sináptico....................... 6 
Neurotransmissores ............................. 6 
Sistema de Transdução Via AMPc..... 6 
Mielinização ........................................ 7 
 
SNC ......................................................... 7 
Ventrículos .......................................... 7 
Forames e Aquedutos ......................... 7 
Plexos Coróides .................................. 7 
LCR ..................................................... 7 
Meninges ............................................. 8 
Espaços ................................................ 8 
Barreira Hematoencefálica ................. 8 
Nervos ................................................. 8 
Neurocrânio ......................................... 8 
Medula ................................................. 8 
 
SNA ......................................................... 9 
Simpático............................................. 9 
Parassimpático .................................... 9 
Via autonômica simpática adrenal ... 10 
 
Vascularização ...................................... 10 
Fluxo.................................................. 10 
Artérias .............................................. 10 
Veias .................................................. 11 
AVE ................................................... 11 
Isquêmico x Hemorrágico ................ 12 
 
SAMU ................................................... 12 
Neuroplasticidade ................................. 12 
Mecanismos ...................................... 12 
Reabilitação ....................................... 12 
 
Sono e Ciclos circadianos ..................... 12 
Fases do Sono ................................... 12 
Componentes ..................................... 13 
Neurotransmissores no sono ............. 13 
Resumo do Ciclo Sono e Vigília ...... 14 
Genes ................................................. 14 
 
Reflexos ................................................. 14 
Arco Reflexo ..................................... 14 
Reflexos espinais, sinápticos e 
segmentares ....................................... 14 
a) Reflexo de estiramento/Miotático 14 
b) Reflexo Tendinoso ........................ 14 
c) Reflexo Flexor ............................... 15 
d) Reflexo Extensor 
Cruzado/Contralateral ....................... 15 
 
Receptores ............................................. 15 
a) Proprioceptores ............................. 15 
b) Exteroceptores: ............................. 15 
c) Interoceptores: ............................... 15 
d) Receptores para a DOR – 
Nociceptores ...................................... 15 
e) Receptores para a temperatura - 
Termorreceptores .............................. 15 
f) Receptores táteis ............................ 15 
 
Dor ......................................................... 16 
Regulação Descendente - Substância 
cinzenta periaquedutal....................... 16 
Regulação Ascendente - Teoria do 
Portão da Dor..................................... 16 
Termos relacionados a dor ................ 16 
 
Via da Dor e Temperatura ..................... 16 
Trato espinotalâmico 
lateral/NEOESPINOTALÂMICA .... 16 
Espino-retículo-talâmica/ 
PALEOESPINOTALÂMICA .......... 16 
Trato espinotrigeminotalâmico – Via 
de dor e temp. p/ face ........................ 17 
 
Via do Tato ............................................ 17 
Trato dorsal-lemnisco medial/Via 
EPICRÍTICA/ Propriocepção ........... 17 
Trato Espinotalâmico Anterior – Via 
do trato PROTOPÁTICA e pressão.. 17 
 
Vias Descendentes................................. 17 
Trato Corticoespinal .......................... 17 
Trato Rubroespinal ............................ 17 
Trato vestíbulo espinal ...................... 17 
Trato tectospinal ................................ 18 
Trato reticulospinal pontino (medial)
 ........................................................... 18 
Trato reticulospinal bulbar (lateral) .. 18 
 
Olfação ................................................... 18 
Transmissão dos estímulos olfatórios
 ........................................................... 18 
Via Olfatória...................................... 19 
 
Gustação ................................................ 19 
Sabores............................................... 19 
Transdução ........................................ 19 
Via Gustativa ..................................... 20 
 
Visão ...................................................... 20 
Fotorreceptores .................................. 21 
Transdução da luz ............................. 21 
Via Óptica .......................................... 21 
 
Audição .................................................. 21 
Cóclea ................................................ 22 
Órgão espiral/de Corti: ...................... 22 
Transmissão Sonora .......................... 22 
Trandução mecânica ......................... 22 
Via Auditiva ....................................... 22 
 
Equilíbrio .............................................. 23 
Equilíbrio Estático e Dinâmico ......... 23 
Orgãos Otolíticos ............................... 23 
Canais semicirculares ........................ 23 
Cerebelo ............................................. 23 
Resumo Zonas e Hemisférios............ 24 
Trasmissão ......................................... 24 
Via ...................................................... 24 
Álcool ................................................. 24 
 
Resumo das vias ................................... 24 
Espinotalâmica anterior ..................... 24 
Fascículo grácil .................................. 25 
Rubroespinhal .................................... 25 
Reticuloespinhal medial/pontino....... 25 
Vestíbulo espinhal lateral .................. 25 
 
Nervos cranianos .................................. 25 
Lesões nos nervos .............................. 25 
Enervação........................................... 25 
 
 
 
MD2 
Módulo 1 
NEURO 
 
Revisão 
Avaliativa 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
Embriologia do Sistema Nervoso 
 
Epiblasto → Linha primitiva → Nó primitivo → Sulco primitivo 
→ Fosseta primitiva → Processo notocordal → Notocorda → 
Placa Neural → Sulco Neural → Goteira Neural → Tubo neural 
(SNC) → Crista neural (SNP, se desprende e forma os gânglios) → 
Neuróporos: 
→ Caudal – Medula 
→ Rostral – Encéfalo 
 
- Crista Neural: é originada a partir da separação das pregas 
neurais; se diferencia e forma os gânglios sensitivos dos nervos 
espinhais, os nervos espinhais, os gânglios sensitivos do nervo 
craniano, os gânglios do SNA,a medula da glândula suprarrenal e 
as meninges. 
- Tubo neural: forma o SNC; se forma a partir do fechamento da 
goteira neural; o fechamento é mais lento nas extremidades, assim, 
tem-se o tubo neural no meio do embrião e as goteiras nas 
extremidades. 
- Somitos: são os primórdios dos ossos e articulações, incluindo as 
vértebras. Formam-se lateralmente ao tubo neural por pedaços da 
crista neural que se soltam. 
- Neuroporo: cranial se fecha um pouco antes do caudal. Enquanto 
os neuroporos não se fecham o tubo neural permite uma 
comunicação de tudo o que está sendo formado no sistema nervoso 
com o sistema digestório 
- Paredes do tubo neural: 
 Lâmina do teto: dá origem ao plexo e tela 
corióides; 
 Lâmina do assoalho: forma o sulco mediano 
do assoalho do IV ventrículo. 
 Lâminas alares: derivam neurônios ligados à 
sensibilidade; 
 Lâminas basais: derivam neurônios ligado a motricidade. 
Genes 
Gene Nodal: Expressão de proteínas que ocorre no nó primitivo 
para formar a notocorda. Expressa proteína nolina, proteína que 
provoca a expressão da notocorda. 
- A partir da formação da notocorda, os genes que são expressos vão 
promover a diferenciação de células do epiblasto, que vão se soltar 
e migrar para uma região entre o epiblasto e o hipoblasto, e vão 
formar o mesoderma, o terceiro folheto germinativo 
Sonic Hedgehog (Shh): faz o epiblasto começar a se proliferar para 
formar o tubo e as cristas neurais. Ele é secretado pela notocorda 
(NC) e pela placa do assoalho (PA) do tubo neural 
Proteínas morfogênicas do osso (BMPs): são secretados pela placa 
do teto (PT) do tubo neural e da epiderme sobreposta; padronização 
dorsal (lateral). 
Fgf: Quando surge a crista neural anterior e o istmo FGF-8 induz a 
expressão de genes subsequentes que regulam a diferenciação; 
Wnt: Regula o desenvolvimento regional, incluindo o cerebelo. 
BF1 (fator cerebral 1): regula o desenvolvimento do telencéfalo 
(hemisférios cerebrais) e a especificação do prosencéfalo; 
- O tubo neural quando se forma tem diferentes regiões. A região 
dorsal, ventral e laterais. Para essa diferenciação acontecer são 
expressos genes como BMP2, BMP4 e BMP7, os PAX3 e PAX7 
em uma região, o PAX6 em outra. 
Vesículas Encefálicas 
- As vesículas encefálicas dão 
origem somente às estruturas 
encefálicas, portanto, não formam 
a medula espinhal. 
- O desenvolvimento das vesículas 
encefálicas primárias ocorre após 
o fechamento do tubo neural na 
região cefálica, quando 
observamos o aparecimento de três 
estruturas denominadas encéfalo 
anterior, encéfalo médio e encéfalo 
posterior. 
 Prosencéfalo: dá origem ao cérebro; 
 Mesencéfalo: 
 Rombencéfalo: 4º ventrículo 
 - Vesículas encefálicas secundárias: 
 Telencéfalo: cérebro 
 Diencéfalo: tálamo, hipo, epi e subtálamo (3º ventrículo) 
 Mesencéfalo: aqueduto cerebral (une 3º e 4º ventrículo) 
 Metencéfalo: cerebelo e ponte 
 Mielencéfalo: bulbo 
Diencéfalo 
É constituído de: 
a) Epitálamo: Constituído por comissura posterior, trígono das 
habenulas e glândula pienal 
b) Tálamo: 
c) Subtálamo: 
d) Metatálamo: 
e) Hipotálamo: É uma região do diencéfalo, constituída pelo 
corpo mamilar, quiasma óptico, tuber cinéreo, infundíbulo da 
hipófise e hipófise. 
f) Glândula hipófise 
 
Prosen
céfalo 
Romben
céfalo 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
Origem das células 
 
- Aglomerados de neurônios dentro do SNC são chamados de 
núcleos. Aglomerados de neurônios fora do SNC são chamados de 
gânglios. As células da crista neural quando se soltam do tubo 
formam esses gânglios, os quais são importante para o 
funcionamento do sistema nervoso sensorial, autônomo e da 
glândula adrenal. 
- O neuroepitélio é responsável pela formação dos neurônios e das 
células gliais, com exceção das micróglias que tem origem na 
medula óssea. 
Os tipos celulares originados a partir da/de: 
a) Crista neural: Neurônios, astrócitos, microglia e células de 
Shwann. 
b) Tubo neural: Oligodendrócitos e células ependimárias 
c) Órgãos hematopoiéticos: Linfócitos e monócitos. 
Neuroepitélio 
 
✓ Reveste a parede do tubo neural; 
✓ É um epitélio pseudoestratificado; 
✓ Tem uma membrana limitante interna e 
uma externa; 
✓ A membrana limitante externa é 
responsável pela formação das meninges 
que revestem o tubo neural. 
✓ É dividido em 3 zonas; 
- Zona Ventricular: camada única de células colunares voltada 
para a luz do tubo; possui grande quantidade de células em 
divisão. 
- Zona Intermediária/do Manto: formará a substância 
cinzenta, rica em células; 
- Zona Marginal: mais externa do tubo neural; tem grande 
quantidade de fibras; formará a substância branca. 
Origem das Meninges 
- Origem: o mesênquima que circunda o tubo neural se condensa 
para formar uma membrana primitiva denominada de meninge 
primitiva. 
- Dura-máter: formada pela camada externa dessa membrana; 
- Pia-máter e Aracnóide: formada pela camada interna dessa 
membrana (leptomeninge), é derivada das células da crista 
neural. 
- Espaço Subaracnóideo: aparecem dentro da leptomeninge, são 
espaços preenchidos por liquido; 
 
Ácido Fólico 
- Tem papel fundamental no processo de multiplicação celular, 
sendo, portanto, imprescindível durante a gravidez. 
- Estima-se que a suplementação na dieta com ácido fólico durante 
esse período possa reduzir a incidência de defeitos no tubo neural 
em 90%. 
- O ácido fólico desempenha um papel essencial em diversas vias 
metabólicas, incluindo a da biossíntese do DNA. Para a duplicação 
do DNA acontecer precisa-se dos folatos, o ácido fólico entra como 
coadjuvante da mecanismos que vão fazer essa divisão celular. 
- Fontes de ácido fólico: folhas verdes dos vegetais (espinafre), 
fígado, leveduras, ovos, feijão e laranjas 
Más formações congênitas 
- Na região Amazônica, há muitos minerais extraídos da terra, como 
Ferro, Cobre, Bauxita, Alumínio, que necessitam da utilização de 
mercúrio e outras substâncias, que criam um ambiente propício para 
má formação do sistema nervoso 
a) Microcefalia: é o resultado de uma redução no crescimento do 
encéfalo. Ex.: Zica: dificulta o crescimento normal dos neurônios 
b) Hidrocefalia: resulta da circulação e absorção prejudicada 
do LCE e, em casos raros, da produção aumentada do LCE por 
um adenoma do plexo corióideo (tumor benigno). Causa 
dilatação dos ventrículos. As estruturas cartilaginosas no 
crânio da criança cedem a pressão e se expandem. 
c) Anencefalia: falha no fechamento do tubo neural anterior, é 
caracterizada pela degeneração do prosencéfalo e do crânio e é 
sempre fatal. 
d) Espinha Bífida: É a alteração da 
formação das estruturas ósseas; 
fechamento da porção posterior do tubo 
neural. Observe que não é uma alteração do 
sistema nervoso, mas dos somitos. 
 Oculta: não produz sintomas, a única evidência de sua 
presença pode ser uma pequena ondulação com um tufo de 
pelos 
 Cística: protrusão da medula espinhal e/ou meninges através 
dos defeitos nos arcos vertebrais: 
- Meningocele: cisto contém as meninges e LCR; 
- Meningomielocele: cisto contém medula espinhal, meninges 
e LCR; 
 Raquisquise/Mielosquise: tipo mais grave de espinha 
bífida. quando nem a vértebra nem o tubo neural se forma, e 
não se fecha 
 
e) Meroencefalia: Resulta de uma falha do fechamento do 
neuroporo rostral durante a quarta semana. O prosencéfalo, o 
mesencéfalo e a maior parte do rombencéfalo e calvária estão 
ausentes. A maior parte do encéfalo do embrião está exposta ou 
lançada para fora do crânio (exencefalia). 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
f) Encefalocele: herniação do conteúdo intracranial resultante de um 
defeito do crânio (crânio bífido). A hérnia pode conter meninges 
(meningocele), meninges e parte do encéfalo 
(meningoencefalocele), ou meninges, parte do encéfalo e do sistema 
ventricular (meningo-hidroencefalocele). 
 
g) Holoprosencefalia: Resultada separação incompleta dos 
hemisférios cerebrais 
Células do Sistema Nervoso 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
a) Astrócitos 
Os astrócitos recobrem toda a espessura do cérebro proporcionando 
um arcabouço para os neurônios. Tem a função de sustentação e 
também controlam a composição iônica e molecular do ambiente 
extracelular aos neurônios (regulação do conteúdo químico desse 
espaço extracelular), também fornecem suporte metabólico a eles. 
Possuem pés terminais (contato do neurônio com o vaso 
sanguíneo), pés vasculares (toda substancia que transita pelo sangue 
para alcançar os neurônios tem que passar pelos astrócitos), ajudam 
a formar a barreira hematoencefálica. 
Uma das funções dos astrócitos é o fornecimento de energia aos 
neurônios, em forma de lactato, derivado diretamente da glicose, que 
ingressa no encéfalo primeiramente pelos pés astrocitários. 
 Astrócitos fibrosos e se 
localizam na substância branca; 
tem prolongamentos mais 
alongados e menos ramificados 
 Astrócitos protoplasmáticos, 
se localiza mais na substancia cinzenta, 
apresentam maior número de 
prolongamentos que são curtos e muito 
ramificados. 
b) Oligodendrócito 
Produz bainha de mielina no sistema nervoso central. 
Um único oligodendrócito contribui para a formação da 
mielina de vários axônios. 
c) Células de Schwann 
Forma a bainha de mielina no SNP, camada de membrana que faz 
isolamento dos axônios. Cada célula de Schwann mieliniza apenas 
um único axônio. 
d) Células ependimais 
São células epiteliais colunares que revestem os 
ventrículos do cérebro e o canal central da 
medula espinal. 
Funciona como uma barreira hematoencefálica, 
prevenindo a contaminação do LCR. 
Em alguns locais as células ependimárias são 
ciliadas, o que facilita a movimentação do 
líquido cefalorraquidiano (LCR). 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
e) Micróglia 
Derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo 
sangue, representando o sistema mononuclear 
fagocitário no sistema nervoso central. 
f) Satélite 
Estão ao redor dos corpos dos neurônios 
nos gânglios nervosos 
Mantêm um microambiente controlado em 
torno do neurônio, permitindo isolamento 
elétrico (funcionando, nesse caso, de forma análoga as células de 
Schwann, sem produzir bainha de mielina) e uma via para trocas 
metabólicas. 
Aquelas dos gânglios autônomos do intestino podem ainda 
participar na neurotransmissão e ajudar a coordenar as atividades 
dos sistemas nervoso e imune. 
Neurônios e Impulso Nervoso 
Neurônio 
- O neurônio, ou a célula nervosa, é a unidade funcional do sistema 
nervoso. Possuem uma estrutura celular única, com longos processos 
que se estendem para longe do corpo celular 
- Soma: corpo celular, pericário. 
- Os neurônios podem ser: 
a) Motores: transmitem informações do snc para a periferia 
b) Sensoriais: transmitem recursos dos receptores, das 
extremidades, ao sistema nervoso central 
c) Interneurônios/Intercalados: formam uma rede de 
comunicação e integração entre os neurônios sensoriais e 
motores. 
- A classificação dessas células é feita de acordo com a quantidade 
de prolongamentos que se estendem a partir do corpo celular. De 
acordo com a quantidade de dendritos que saem dele, eles são 
classificados como: 
a) Multipolar: dois ou mais prolongamentos saindo do seu 
corpo celular. Ex.: neurônios motores e interneurônios 
b) Pseudounipolar/Unipolar: um prolongamento saindo do 
corpo celular Ex.: neurônios sensoriais 
c) Bipolar: dois prolongamentos saindo do corpo celular. Ex.: 
retina dos olhos e nervo vestibulococlear 
- No SNC não existem axônios não mielinizados. Axônios 
agrupados no SNC formam tratos. Axônios agrupados na periferia 
formam nervos. 
- Neurônios que se agrupam na periferia formam gânglios e no SNC 
formam núcleos. 
Transporte Axoplasmático 
- Substâncias e organelas são movidas. 
- Requer energia metabólica, e envolve íons de cálcio; O cálcio 
desencadeia o movimento das organelas ao longo dos microtúbulos. 
- Ação dos filamentos de transporte; 
- Cinesina: proteína motora que realiza o transporte anterógrado; 
- Dineina: proteína motora que realiza o transporte retrógado. 
- No transporte axoplasmático retrógrado, ocorre transporte de 
componentes celulares velhos para reciclagem, do terminal axonal 
para o corpo celular. 
- Em relação a transporte de proteínas para dentro do neurônio, 
ocorre por endocitose, pois elas são muito grandes para atravessar a 
membrana celular com transportadores (canais iônicos ou 
carreadores). Essa proteína percorre do axônio até o corpo da célula 
nervosa por transporte axonal retrógado. 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
Direção do impulso nervoso 
- Em um neurônio em repouso, a superfície 
interna da membrana plasmática é 
eletricamente negativa em relação à 
superfície externa. 
- Em um neurônio, os estímulos se 
propagam sempre no mesmo sentido: são 
recebidos pelos dendritos, seguem pelo 
corpo celular, percorrem o axônio e, da 
extremidade deste, são passados à célula 
seguinte (dendrito – corpo celular – axônio). 
- A entrada de Ca2+ou de Na+ despolariza a célula (o potencial de 
membrana se torna mais positivo). A entrada de Cl– hiperpolariza a 
célula (faz o potencial de membrana ser mais negativo). 
Potenciais de Ação e Graduado 
Potencial Graduado 
 Participam o sódio o potássio e outros íons. 
 Acontecem no dendrito e no corpo do neurônio; 
 Pode se somar, pode acontecer somação temporal ou 
espacial (potenciais acontecem em locais diferentes). 
 Não é necessário um limiar para iniciar. 
Potencial de Ação 
 Só participam o sódio e o potássio. 
 Ocorre na zona de gatilho do axônio. 
 Fenômeno de tudo ou nada. 
 Dura cerca de 2 milissegundos (ms), do início ao fim. 
 É auto-regenerativo, se propaga sem se perder. 
 A força desse potencial depende da intensidade do estímulo 
inicial; 
 É necessário um estímulo acima do limiar para iniciar; 
 Sublimiar: sinais fracos, pois quando chega, na zona de 
gatilho do axônio eles não desencadeiam um potencial de 
ação. 
 Supralimiar: quando um maior número de canais de sódio 
se abre, e uma quantidade maior de sódio entra na célula. 
 Quando esse potencial chega na zona de gatilho com um 
sinal acima do limiar, -55mv, ele gera um potencial de ação. 
 
- No ponto B o potencial elétrico 
de membrana alcançou o limiar e 
desencadeou abertura de canais 
iônicos de Na+ dependentes de 
voltagem. O influxo do Na+ 
resultante é responsável pela fase 
de despolarização rápida. 
 
B-D: Despolarização - Movimento do Na+ para dentro da célula. 
D-F: Hiperpolarização: Movimento do K+ para fora da célula e 
influxo de Cl-. Os canais de sódio dependentes de voltagem são 
inativados. Hiperpolarização pós-potencial: Ocorre até que os 
canais de potássio dependentes de voltagem completem seu 
fechamento. Por fim, há uma restauração gradual do potencial de 
repouso. 
- Sódio: entrando na célula pode levar o potencial de membrana até 
+55mv, mas isso não vai acontecer porque quando chega no +30 ele 
vai se trancar sofrendo uma inativação, ao mesmo tempo em que 
canais de potássio se abrem. Assim, o potássio sai da célula e 
ocorre a repolarização; Como o fechamento do canal de potássio é 
lento vai sair mais potássio que o necessário para voltar para o 
repouso, então a membrana hiperpolariza. Depois os canais de 
potássio se fecham e a bomba de sódio e potássio devolve o potássio 
para dentro na célula e o sódio para fora, e o equilíbrio se estabelece 
de novo em -70mv. 
- Canais iônicos de sódio tem 3 estados funcionais 
✓ Fechado Ativo 
✓ Aberto: polarização 
✓ Fechado Inativo: hiperpolarização 
- Período refratário absoluto: Momento em que os canais iônicos 
de sódio se abrem até o momento em que eles passam para o estado 
fechado ativo. Nesse período é impossível iniciar outro PA durante 
cerca de 2 ms. Ocorre devido a inativação dos canais de sódio 
dependentede voltagem. 
- Período refratário relativo: Momento em que o canal iônico de 
sódio passa para o estado fechado ativo. Após o fim do período 
refratário absoluto a quantidade de corrente necessária para 
despolarizar o neurônio até o limiar do potencial de ação é maior 
do que a normal. Durante o período refratário relativo, alguns dos 
portões dos canais de Na2+ retornaram à sua posição original, de 
volta ao repouso ativável, mas nem todos, então os estímulos 
supralimiares conseguem gerar potenciais de ação no período 
refratário relativo 
Sinapse 
- Na sinapse químicas e elétrica podem ocorrer potenciais pós-
sinápticos do tipo excitatório (PPSE) ou inibitório (PPSI), 
facilitando a condução no primeiro caso e bloqueando-a no segundo 
A) Sinapse Elétrica 
- A condução é bidirecional e ocorre em sítios especializados 
denominados junções comunicantes “gap junctions”; 
- Não possui plasticidade; 
- São mais rápidas. 
B) Sinapse Química 
- É unidirecional; A única exceção são sinapses glutamatérgicas 
(do glutamato) em que a porção pós-sináptica pode produzir 
ácido nítrico que volta reforçando a porção pré-sináptica 
- Possui plasticidade; 
Como ocorre a sinapse química? 
O potencial de ação chega no terminal axonal, abrindo canais 
iônicos de cálcio no terminal do axônio. O cálcio entra na 
célula e provoca a liberação do neurotransmissor, o qual cai 
em um espaço chamado de fenda sináptica, se difunde até 
encontrar na célula pós-sináptica um receptor. Esse receptor 
pode ser um canal iônico, que quando se abre causa na célula um 
potencial graduado. 
- A velocidade de condução do impulso nervoso depende do 
diâmetro da fibra. 
As sinapses são classificadas como: 
a) Axodendríticas: A transmissão mais frequente é o terminal 
axonal de um neurônio com os dendritos de outro neurônio 
b) Axoaxônicas; 
c) Axosomática; 
- A sinapse é composta por: 
✓ Botão pré-sináptico 
✓ Botão pós-sináptico 
 
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✓ Fenda sináptica: local efetivo da sinapse, região na qual são 
liberados os neurotransmissores contidos nas vesículas do botão 
pré-sináptico, na qual serão captados por receptores da 
membrana pós-sináptica, onde serão transportados para o outro 
lado da membrana 
PEPS e PIPS 
- Ambos são variações transitórias do potencial de membrana em 
repouso, porém, no potencial excitatório ocorre uma despolarização 
e no inibitório uma hiperpolarização. Além disso, PEPS ocorrem 
pela abertura de canais de íons como sódio e cálcio, e PIPS ocorrem 
pela abertura de canais iônicos de potássio ou cloreto. 
Neurotransmissão 
- A neurotransmissão é totalmente dependente da entrada de Cálcio 
no terminal pré-sináptico por canais de Cálcio dependentes de 
voltagem. 
- Numa sinapse, os neurotransmissores são liberados a partir de 
vesículas existentes nos terminais axonais dos neurônios pré-
sinápticos. Após sua liberação, o neurotransmissor se liga em 
receptores na membrana pós-sináptica e em seguida, em condições 
normais, é removido da fenda sináptica. 
 
❖ Reciclagem dos neurotransmissores 
✓ Difusão: difusão simples das moléculas de neurotransmissor 
através do líquido extracelular para longe das sinapses. 
✓ Endocitose: Recaptação para dentro do terminal pré-sináptico por 
ação de transportadores proteicos específicos 
✓ Células da Glia: envolvem a sinapse e auxiliam na remoção de 
neurotransmissores da fenda sináptica 
✓ Degradação enzimática na própria fenda sináptica. 
Neurônio Pós-sináptico 
1) Neurotransmissores atingem receptores na membrana dos 
dendritos 
2) Os potenciais graduados se propagam ao longo dos dendritos 
3) Os potenciais graduados atingem o cone de implantação 
4) Neurotransmissores são liberados pelos terminais axonais 
Neurotransmissores 
- Neurotransmissores são substâncias produzidas por neurônios, 
que agem na membrana de neurônios pós-sinápticos. A acetilcolina, 
noradrenalina, ácido gama amino butílirico (GABA), seratonina, 
glutamato, dopamina são exemplos de neurotransmissores. 
- Há três classes principais de neurotransmissores: aminoácidos, 
aminas e peptídeos: 
AMINOÁCIDOS 
GABA 
✓ Principal neurotransmissor inibidor no encéfalo. 
✓ Neurotransmissores inibidores hiperpolarizam as suas 
células-alvo, abrindo canais de Cl e permitindo a entrada de 
cloreto na célula. 
✓ O GABA é produzido apenas pelo neurônio que o libera. 
✓ O precursor para o GABA é glutamato, e a enzima-chave de 
síntese é a glutamato descarboxilase (GAD). 
✓ Reciclagem: A ação sináptica dos aminoácidos transmissores 
é finalizada pela captação seletiva para o interior do terminal 
pré-sináptico e para as células gliais. Dentro do terminal ou das 
células gliais, o GABA é metabolizado pela enzima GABA 
transaminase. 
 
Glutamato 
✓ É o principal neurotransmissor excitatório do SNC; 
✓ Os neurotransmissores excitatórios despolarizam as suas 
células-alvo, geralmente abrindo canais iônicos que permitem 
a entrada de íons positivos na célula 
✓ O glutamato é um aminoácido não essencial abundante na 
natureza e encontrado em muitos alimentos. É sintetizado a 
partir da glicose e de outros precursores utilizando enzimas que 
existem em todas as células. 
 
AMINAS 
Acetilcolina 
✓ Sintetizada a partir da colina e da acetil-coenzima A (acetil-
CoA) no terminal axonal. 
✓ Eliminação: Os neurônios colinérgicos também produzem a 
enzima que degrada ACh, a acetilcolinesterase (AChE); 
degrada a ACh em colina e ácido acético. 
✓ Age com um receptor colinérgico: 
 Ionotrópico: receptor nicotínico 
 Metabotrópico: receptor muscarínico 
 
Adrenalina 
✓ A tirosina é um aminoácido que é precursor 
 
❖ Receptores 
a) Receptores Iconotrópicos 
✓ Canais iônicos ativados por neurotransmissores; 
✓ Gera uma resposta rápida e passageira. 
✓ São proteínas transmembrana que possuem um poro; 
✓ Excitatórios: acetilcolina e glutamato 
Despolarização, que cria um potencial excitatório pós-
sinaptico. através da abertura de canais de sódio. 
✓ Inibitórios: GABA 
Hiperpolarização da membrana celular, cria um potencial 
inibitório pós-sináptico através de canais de potássio e cloreto. 
 
b) Receptores Metabotrópicos 
✓ É um receptor de metabolismo; 
✓ Receptor acoplado a proteína G, que ativa o metabolismo a partir 
da produção de segundos mensageiros 
✓ Geram ações pós-sinápticas mais lentas, mais duradouras 
 
Sistema de Transdução Via AMPc 
✓ Na membrana da célula alvo, tem um receptor acoplado em uma 
proteína G. 
✓ Toda vez que um mensageiro químico se ligar a um receptor vai 
haver a ativação da proteína G. 
✓ Toda proteína G, também chamada de proteínas 
heterotriméricas, é a associação de 3 subtipos de 
proteínas/subunidades: subunidades α, β, γ. 
✓ A resposta celular de excitação ou inibição é gerada por um 
substrato fosforilado (proteína, carboidrato...) e não pela proteína 
G ou pelo AMPc. 
 
a) Gs – estimula a produção de AMPc 
 A subunidade α, no plano da membrana celular, se 
desacopla da proteína G e se locomove na membrana até 
encontrar uma proteína chamada de enzima amplificadora, 
a adenilil/adenilato ciclase. 
 As enzimas amplificadoras sempre produzem segundo 
mensageiros. 
 Segundo mensageiro: transformação de moléculas de ATP 
em moléculas de AMPc através de uma desfosforilação 
com perda de dois fosfatos, formando a adenosina 
monofosfato, a qual se fecha na forma de um ciclo. Há 
 
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grande produção desse segundo mensageiro pois a enzima 
não se degrada na produção. 
 Nessa via ocorre o aumento intracelular de AMPc, o qual 
se espalha no citoplasma da célula, e encontra a proteína 
cinase A. 
 Proteína cinase A: realiza fosforilação, removendo um 
fosforo da molécula de ATP e adicionando-o a um substrato 
(proteína, carboidrato...) e gerando um ADP. 
 A proteína fosforilada é capaz de gerar uma resposta 
celular, que pode ser um aumento ou a diminuição deum 
efeito fisiológico, ou seja, estimulatória ou inibitória. 
 
b) Gi – inibe a produção de AMPc 
 Necessita inicialmente de um mensageiro químico 
extracelular, mensageiro primário, que vai se ligar a um 
receptor, formando um complexo receptor-ligante que vai 
ativar a proteína G. 
 A ação biológica ocorre com o dímero β e γ, que se solta, 
entra no citoplasma e ativa a enzima fosfodiesterase. 
 Fosfodiesterase: quebra o AMPc e o transforma em uma 
molécula linear: 5’-AMP. 
 A concentração de AMPc diminui, causando a inibição de 
uma resposta celular. 
 
c) Gq 
 O primeiro mensageiro, de fora da célula, se liga ao receptor 
da membrana celular e forma um complexo receptor ligante 
associado a proteína G. 
 A subunidade α da proteína Gq se solta e ativa a enzima 
amplificadora Fosfolipase C, uma enzima que quebra 
fosfolipídeos produzindo um segundo mensageiro 
hidrofílico feito da cabeça polar do fosfolipídio, o inositol 
trifosfato – IP3, e um segundo mensageiro hidrofóbico 
que se mantem na membrana feito através da cauda apolar 
dos fosfolipídios, o diacilglicerol –DAG. 
 IP3: polar, se difunde para o citoplasma da célula e abre os 
canais iônicos de cálcio do reticulo endoplasmático liso. 
Assim o cálcio se difunde para o citoplasma e aumenta a 
concentração intracelular de cálcio. Isso produz uma 
resposta celular 
 DAG: apolar, ativa proteína cinase C, causando reação de 
fosforilação. O substrato (proteína/carboidrato...) 
fosforilado, provoca uma resposta celular. 
Mielinização 
- O processo de mielinização é muito demorado, e se estende até os 
7 anos. Por exemplo, no início a criança não consegue controlar a 
micção, e após a mielinização das vias é possível ter esse controle. 
- Bainha de mielina é uma estrutura lipoproteica (isolante) que 
envolve os axônios dos neurônios, sendo estes chamados de 
neurônios mielínicos. 
- Não é uma estrutura continua, pois elas são separadas pelos nós de 
Ranvier. A principal função dessa estrutura é tronar a propagação 
de impulsos mais rápidos, pois funcionam como verdadeiros 
isolantes de Potenciais de ação. 
- Há diferenças nos diâmetros 
das fibras A, por serem 
mielinizadas, naturalmente 
elas conduzem o impulso 
nervoso mais rapidamente 
que a fibra C. Além disso, as 
fibras calibrosas conduzem o 
impulso muito mais rápido 
que as não calibrosas, então o impulso é mais rápido na α>β>γ>C. 
- Fibras C: relacionadas a dor e a temperatura, conduzem sinais 
elétricos em axônios não mielinizados. 
- Fibras A, conduzem estímulos de tato e propriocepção; se 
subdividem em α, β e γ; 
✓ Aα e Aβ: são aferentes ou eferentes 
✓ Aγ: são apenas eferentes 
- Os nós de Ranvier são pequenas aberturas que são intercaladas 
entre as bainhas de mielina que cobrem os axônios neuronais. Dessa 
forma os impulsos são saltatórios nessa região 
SNC 
Ventrículos 
No SNC há 4 ventrículos: 
 
✓ Ventrículo lateral esquerdo; 
✓ Ventrículo lateral direito; 
✓ Terceiro ventrículo: região do 
tálamo, hipotálamo e epitálamo. 
✓ Quarto ventrículo: região inferior, 
próximo ao cerebelo. 
 
Forames e Aquedutos 
✓ Forame interventricular: liga os ventrículos laterais e o 
terceiro ventrículo. 
✓ Aqueduto cerebral: entre terceiro e quarto ventrículo. 
✓ Canal central: entre quarto ventrículo e a medula espinhal. 
Plexos Coróides 
 
- São dobras, constituídas por tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, 
meninge mais intimamente ligada ao tecido nervoso, rica em 
capilares fenestrados e dilatados que provocam saliências para o 
interior dos ventrículos; é revestida por epitélio cubico simples ou 
colunar (células ependimárias). 
- Formam o teto do terceiro e quarto ventrículo, e parte das 
paredes dos ventrículos laterais; 
- Função principal: secreção do líquido cefalorraquidiano. 
 
 Plexo Embrionário Plexo no adulto 
LCR 
- O LCR exibe coloração clara e seu volume total é 
aproximadamente 140ml (adulto), sendo a produção de LCR é de 
aproximadamente 500ml por dia 
- Ocupa a cavidade dos ventrículos, o canal da medula espinhal e o 
espaço subaracnóideo. 
- A produção é realizada nos plexos coroides e circula dos 
ventrículos laterais para o terceiro ventrículo e pelo aqueduto 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
cerebral para o quarto ventrículo. É reabsorvido nas vilosidades 
aracnoideas. 
- Esse líquido é responsável por proteger o cérebro das lesões, 
servindo como uma almofada e é importante para o metabolismo do 
sistema nervoso central. 
- Apresenta menor concentração de K+, glicose e proteína, e maior 
concentração de Na+ e Cl- que o sangue. 
- É constituído de pequenas concentrações de proteína, glicose, 
lactato, enzimas, potássio, magnésio e concentrações relativamente 
elevadas de cloreto de sódio. 
Meninges 
 
✓ Dura-máter: camada mais externa, tem a maior espessura e 
confere a maior proteção ao sistema nervoso central; de um lado 
está em contato com o tecido ósseo; é separada do periósteo e 
das vertebras pelo espaço peridural. É ricamente vascularizada 
e, ao contrário de outras meninges, inervada. Por ser a única 
região do encéfalo que possui terminações nervosas, é 
responsável pelas dores de cabeça. 
✓ Aracnoide: camada média, apresenta trabéculas aracnoideas, 
que se assemelham com teias de aranha; é constituída de muitas 
fibras de tecido conjuntivo frouxo associadas com fibroblastos. 
 a aracnoide forma, em certos locais, expansões que 
perfuram a dura-máter e vão fazer saliências em seios 
venosos formando vilosidades, que terão como função 
transferir o LCR para os sangue 
✓ Pia-máter: está intimamente aderida com o tecido do sistema 
nervoso central, especificamente com o córtex cerebral; é 
altamente vascularizada; composta por tecido conjuntivo 
frouxo; sem ficar em contato direto com células ou fibras 
nervosas; 
Espaços 
✓ Epidural/Extradural: entre a dura-máter e o osso parietal do 
crânio. 
✓ Subdural: entre a dura-máter e a aracnoide; anatomicamente 
não é identificável, apenas quando há condições clínicas como 
edema. 
✓ Subaracnoideo: entre aracnoide e pia-máter; nele encontra-
se o líquido cefalorraquidiano, o que constitui uma proteção do 
sistema nervoso central contra traumatismos; 
Barreira Hematoencefálica 
É uma estrutura que impede e/ou dificulta a passagem de substâncias 
do sangue para o sistema nervoso central, tais como anticorpos, 
complemento e fatores de coagulação. 
É formada por células endoteliais alinhadas com os capilares, pela 
membrana basal dos capilares sanguíneos e pelos pés vasculares dos 
astrócitos, que criam uma barreira entre o sangue circulante e o 
tecido nervoso 
Atua como um amortecedor protegendo as estruturas cerebrais e 
medulares; fornece nutrientes essenciais para o cérebro e possui 
importante função na remoção dos resíduos provenientes da 
atividade cerebral e no equilíbrio da pressão intracraniana 
Nervos 
- São formados por raízes dorsais com função sensitiva, e ventrais, 
com função motora, caracterizando-o como misto, por conter fibras 
que realizam funções diferentes. 
- Endoneuro: área de tecido conjuntivo frouxo 
- Perineuro: tecido conjuntivo especializado, que circunda os 
fascículos 
- Epineuro: tecido conjuntivo denso não regular 
Neurocrânio 
 
Medula 
- São 31 pares de nervos espinhais: 
• Região cervical: 8 nervos cervicais (C1-C8); 
• Região torácica: 12 nervos torácicos (T1-T12); 
• Região lombar: 5 nervos lombares (L1-L5); 
• Região sacral: 5 nervos sacrais (S1-S5); 
• Região coccígea: 1 nervo coccígeo. 
- As raízes ventrais dos nervos espinhais são funcionalmente 
classificadas como eferentes e as raízes dorsais aferentes 
- A medula espinal do adulto, acaba em L3/L2 
- Substância cinzenta: Área similar a borboleta. Contém corpos 
celulares de neurônios distribuídos em neurônios motores e 
sensoriais: 
- Substância branca: Mais periférica; observa-se apenas os axônios 
mielinizadose não mielinizados; 
- Corno posterior/dorsal medular recebe vários tipos de 
informação sensitiva dos exteroceptores, assim como de 
interoceptores. 
- Corno anterior/ventral: 
 refere-se a neurônios motores ou tratos descendentes 
 Na região medial há neurônios que controlam músculos axiais 
 Já na lateral do corno, há neurônios que controlam músculos 
mais distais 
- Espaço subaracnóideo da cisterna termina: área de circulação do 
LCR e que é a principal área indicada para punção do líquor. 
- Líquor: é límpido e incolor, apresenta de 0-4 leucócitos/mm3 e 
água. Possui cloreto de sódio, poucas proteínas, pouca glicose. 
- Canal central da medula espinhal/Canal ependimário: Nele se 
localizam as células ependimárias. Nele há a circulação de líquido 
cefalorraquidiano. 
- Intumescências da medula espinhal: são dilatações 
macroscópicas na medula, a qual se apresenta mais larga nas regiões 
C3-T1, formando a intumescência cervical, e na L1-S3, que forma 
a intumescência lombar. Essas regiões são mais dilatadas porque 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
há uma quantidade de neurônios maior do que no restante do 
segmento torácico e medular. São relacionadas as funções sensoriais 
e motoras. 
- Cone medular: é a estrutura final da medula espinhal, esta 
estrutura termina ao nível das vertebras L1 e L2. 
- Cauda Equina: os nervos lombares e sacrais correm por alguma 
distância dentro do canal vertebral antes de emergirem, assim 
formando essa coleção de raízes nervosas. Durante o 
desenvolvimento embriológico a coluna vertebral cresce mais do 
que a medula espinal. Portanto as raízes neurais caudais precisam 
viajar uma distância maior até atingirem seus respectivos forames 
(buracos) vertebrais comparadas às raízes craniais. 
- Saco dural: preenchido por líquor, nele estão os nervos finais da 
medula espinhal. A medula espinal do adulto, acaba em L3/L2, 
enquanto o saco dural e o espaço subaracnóideo se estendem até 
S2. 
- Filamento terminal: marca o trajeto de regressão da medula, é 
uma extensão filiforme da pia-máter que se estende até a última 
vértebra coccígea. 
- Funículos/colunas: são aglomerados de fascículos nervosos 
compostos por substancia branca, onde alguns fascículos 
descendentes possuem seus corpos de neurônios ainda no encéfalo. 
Em ambas as metades da medula espinal a substância branca é 
grosseiramente dividida em três colunas funículos anterior, lateral 
e posterior: 
 Anterior: contém os tratos retículo-espinal e vestíbulo-
espinal, vias descendentes relacionadas à manutenção do 
equilíbrio e postura, além de vias ascendentes. 
 Lateral: contém os tratos córtico-espinal lateral e rubro-
espinal (vias descendentes) e o trato espino-talâmico lateral, 
relacionado a dor e temperatura (via ascendente). 
- Lesão raquimedular: é uma agressão a medula espinhal que pode 
acarretar danos neurológicos, tais como função motora, sensitiva e 
autônoma. 
- TCE: traumatismo crânio-encefálico 
SNA 
- A divisão autonômica do sistema nervoso (SNA) compreende as 
divisões simpática e parassimpática, responsáveis pelo controle 
eferente visceral. 
- Todas as vias autonômicas (simpáticas e parassimpáticas) são 
formadas por dois neurônios em série. O primeiro neurônio, 
chamado de pré-ganglionar, sai do sistema nervoso central (SNC) 
e projeta-se para um gânglio autonômico, localizado fora do SNC. 
- Muitos órgãos estão sob controle antagônico, no qual uma das 
divisões autônomas é excitatória, e a outra, inibitória. Por exemplo, 
a inervação simpática aumenta a frequência cardíaca, e a 
estimulação parassimpática a diminui. 
- Os corpos celulares dos neurônios do SNA não possuem dendritos 
 
Simpático 
- A descarga simpática maciça, que ocorre em situações de luta ou 
fuga, é mediada pelo hipotálamo e é uma reação corporal 
generalizada em resposta a um evento crítico. 
- Origem da via: 
 Tóraco-lombar: Iniciam no primeiro segmento medular 
torácico (T1) e terminam em L2/L3 (lombar). 
- Localização do Gânglio: 
 Próximo ao SNC. 
 Cadeia paravertebral. 
 Neurônio pré-ganglionar curto e neurônio pós-ganglionar 
longo. 
- Neurotransmissor da fibra: Acetilcolina 
- Receptor da fibra: Colinérgico nicotínico, do tipo canal iônico, 
resposta ionotrópica. Ocorre nos gânglios, sempre sendo uma 
resposta excitatória, com os receptores colinérgicos nicotínicos. 
- Neurotransmissor do tecido alvo: Noradrenalina/noreprinefrina. 
O sistema nervoso simpático libera como neurotransmissor na 
terminação axonal pós-ganglionar a noradrenalina (adrenérgico) ou 
acetilcolina (colinérgico) quando inerva glândulas sudoríparas e 
alguns vasos sanguíneos. 
- Receptor do tecido alvo - Proteína G: 
 Metabotrópico, de metabolismo, associados a proteína G 
 Receptores adrenérgicos: alfa e beta; 
 Podem ser de 5 tipos α1, α2, β1, β2, β3. 
 Todo receptor α2 é proteína Gi. 
 Todo receptor β1, β2, β3 é proteína Gs. 
 Todo receptor α1 é proteína Gq. 
Parassimpático 
- Se você está descansando tranquilamente após uma refeição, o 
parassimpático está no comando, assumindo o controle de atividades 
rotineiras, como a digestão. 
- Origem da via: Crânio-sacral: Os neurônios que formam as vias 
parassimpáticas estão localizados parte no tronco encefálico (origem 
cranial) e parte na região sacral (nervos raquidianos sacrais, região 
lombar da coluna vertebral). 
- Localização do Gânglio: 
 Distante do SNC (as vezes dentro do órgão alvo) 
 Neurônio pré-ganglionar longo e neurônio pós-ganglionar 
curto. 
- Neurotransmissor da fibra: Acetilcolina 
- Receptor da fibra: Colinérgico nicotínico, do tipo canal iônico, 
resposta ionotrópica. Ocorre nos gânglios, sempre sendo uma 
resposta excitatória, com os receptores colinérgicos nicotínicos. 
- Neurotransmissor do tecido alvo: Acetilcolina 
 
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- Receptor do tecido alvo - Proteína G: 
 Colinérgico muscarínico: metabotrópico; 
 Podem ser de 5 tipos M1, M2, M3, M4, M5. 
 M1, M3 e M5 proteína Gq; 
 M2 e M4 proteína Gi. 
Via autonômica simpática adrenal 
 Adrenalina promove vasoconstrição periférica, aumento da 
freqüência cardíaca, nos brônquios, a adrenalina permite a 
broncodilatação e aumento da respiração, aumento da concentração 
de glicose no plasma, degradação de triacilgliceróis armazenados no 
tecido adiposo. 
Vascularização 
Fluxo 
- A resistência cerebrovascular depende da pressão intracraniana, da 
condição da parede vascular, da viscosidade do sangue e do calibre 
dos vasos cerebrais. 
- O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o 
que requer um fluxo sanguíneo muito intenso. 
- O sistema nervoso para seu metabolismo necessita de suprimento 
permanente e elevado de oxigênio e glicose. A atividade funcional 
do encéfalo não pode, mesmo que temporariamente, ser sustentada 
por metabolismo anaeróbio. 
- O fluxo sanguíneo cerebral é proporcional à pressão arterial e 
inversamente proporcional a resistência cerebrovascular. 
- Em caso de baixa oxigenação, áreas diferentes do sistema nervoso 
são lesadas em tempos diferentes, sendo que as mais recentes 
filogeneticamente, como o córtex cerebral, são as que primeiro se 
alteram. 
- Os capilares cerebrais possuem endotélio unido por junções 
íntimas e sem fenestrações, importante para a formação da barreira 
hematoencefálica. 
Artérias 
- As artérias cerebrais têm paredes finas. A Túnica Média (camada 
intermediária) das artérias cerebrais possui menos fibras musculares 
e a Túnica Elástica Interna é mais espessa e tortuosa 
- Tortuosidade: contribui para amortecer o choque da onda sistólica 
a tortuosidade que apresentam as artérias carótidas internas e as 
artérias vertebrais ao penetrar no crânio 
 
Artéria Carótida Interna 
✓ É um ramo de bifurcação da carótida comum; 
✓ Canal carotídeo do osso temporal → seio cavernoso → sifão 
carotídeo → Dois ramos terminais: as artérias cerebrais média 
e anterior✓ Se comunicam através da artéria comunicante posterior. 
Artéria Vertebro Basilar 
✓ Artérias vertebrais direita e esquerda → forames 
transversos → forame magno → nível do sulco bulbo-pontino, 
fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar 
✓ Bifurca-se para formar as artérias cerebrais posteriores 
direita e esquerda 
Círculo/polígono de Willis 
- É uma anastomose arterial de 
forma poligonal e está situado na base 
do cérebro. 
- É formado pelas porções proximais 
das artérias cerebrais anterior, média 
e posterior, pela artéria comunicante 
anterior e pelas artérias comunicantes 
posteriores direita e esquerda. 
 o polígono de Willis rodeia os tratos ópticos, o pedúnculo da 
hipófise e base do hipotálamo; 
 
Território de Irrigação 
 
✓ Artéria cerebral média: 
 Irriga a maior parte da superfície lateral do cérebro; ramos 
nos lobos parietais e frontais e nas regiões média e anterior dos 
lobos temporais; 
 Área motora, a área somestésica, o centro da palavra falada. 
 Obstrução: paralisia e diminuição da sensibilidade do 
lado oposto do corpo (exceto no membro inferior), podendo 
haver ainda graves distúrbios da linguagem. 
 
✓ Artéria cerebral anterior: 
 Irriga a maior parte da parede medial dos hemisférios 
cerebrais, desde o lobo frontal até o sulco parietoccipital. 
Distribui-se também à parte mais alta da face dorsolateral de 
cada hemisfério 
 Partes das áreas corticais motora e sensitiva, que 
correspondem à perna e se localizam na porção alta dos giros 
pré e pós-central (lóbulo paracentral). 
 Obstrução: paralisia e diminuição da sensibilidade no 
membro inferior do lado oposto 
 
✓ Artéria cerebral posterior: 
 Irriga a parede medial do lobo occipital e a parte inferior do 
lobo temporal. 
 Área visual situada nos lábios do sulco calcarino; 
 Obstrução: cegueira em uma parte do campo visual 
(contralateral). 
 
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Veias 
✓ São maiores e mais calibrosas que as artérias. 
✓ Estrutura: as paredes das veias encefálicas são muito finas e 
praticamente desprovidas de musculatura. Sendo assim, a 
circulação venosa ocorre sob a ação de três forças: 
 aspiração da cavidade torácica; 
 força da gravidade; 
 pulsação das artérias. 
✓ Veias emissárias: Os seios comunicam-se com veias da 
superfície externa do crânio através delas, as quais percorrem 
forames ou canalículos que lhes são próprios, nos ossos do crânio. 
✓ A confluência dos seios recebe sangue venoso do seio sagital 
superior, do seio reto e do seio occipital. Em seguida, drena para 
os seios transversos, que se transformam em seios sigmóides, e em 
conjunto com seios petrosos superior e inferior, desembocam na 
Veia Jugular interna (única drenagem venosa do cérebro). 
 
Seios da dura mater 
✓ O sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo ocular é 
drenado para os seios da dura-máter e destes para as veias 
jugulares internas; 
✓ Paredes, embora finas, são mais rígidas que a das veias e 
geralmente não se colabam quando seccionadas. 
✓ Lacunas sanguíneas: expansões laterais irregulares que alguns 
seios apresentam, as mais frequentes de cada lado do seio sagital 
superior. 
✓ Confluência dos seios: formada pela confluência dos seios 
sagital superior, reto e occipital e pelo início dos seios transversos 
esquerdo e direito 
a) Seios da abóbada: 
 sagital superior - ímpar e mediano, percorre a margem de 
inserção da foice do cérebro. Termina próximo à 
protuberância occipital interna, na chamada confluência dos 
seios. 
 sagital inferior - situa-se na margem livre da foice do 
cérebro, terminando no seio reto 
 reto - localiza-se ao longo da linha de união entre a foice do 
cérebro e a tenda do cerebelo. Recebe, em sua extremidade 
anterior, o seio sagital inferior e a veia cerebral magna 
terminando na confluência dos seios; 
 occipital - muito pequeno e irregular, dispõe-se ao longo da 
margem de inserção da foice do cerebelo. 
 transverso - é par e dispõe-se de cada lado ao longo da 
inserção da tenda do cerebelo no osso occipital, desde a 
confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal, 
onde passa a ser denominado seio sigmoide 
 sigmoide - em forma de S, é uma continuação do seio 
transverso até o forame jugular, onde continua diretamente 
com a veia jugular interna. O seio sigmoide drena a quase 
totalidade do sangue venoso da cavidade craniana; 
 
 
 
Sistemas Venosos 
Dois sistemas unidos por numerosas anastomoses: 
a) Sistema venoso superficial 
✓ Veias cerebrais superficiais superiores e inferiores: 
 superiores provêm da face medial e da metade superior 
da face dorsolateral de cada hemisfério, desembocando 
no seio sagital superior 
 inferiores provêm da metade inferior da face 
dorsolateral de cada hemisfério e de sua face inferior, 
terminando nos seios da base (petroso superior e 
cavernoso) e no seio transverso 
✓ A principal veia superficial inferior é a veia cerebral média 
superficial, que percorre o sulco lateral e termina, em geral, no 
seio cavernoso. 
b) Sistema venoso profundo 
✓ Drenam o sangue de regiões situadas profundamente no 
cérebro (centro branco medular, tronco e cerebelo). 
✓ Veia cerebral magna ou veia de Galeno: É a mais 
importante veia deste sistema, para a qual converge quase todo 
o sangue do sistema venoso profundo do cérebro. 
AVE 
- Hipertensão e diabetes são fatores de risco muito importantes, tais 
como arritmais, tabagismo e sedentarismo. 
- O aneurismas geralmente causam AVE hemorrágicos, em virtude 
da ruptura da parede do vaso fragilizado. 
- Fisioterapia é importante em qualquer AVE para estimular a 
plasticidade cerebral, que pode ocorrer em qualquer idade, apesar de 
ser maior em jovens e crianças. 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
- AVE que atingiu o córtex motor primário causa deficiência na 
execução de movimentos voluntários 
- Fatores de risco: Colesterol e triglicerídeos alto, diabetes mellitus, 
tabagismo, alcoolismo, estresse, anticoncepcionais e vida sedentária 
 
✓ Artérias 
- A obstrução de uma das artérias cerebrais anteriores causa, 
entre outros sintomas, paralisia e diminuição da sensibilidade no 
membro inferior do lado oposto, decorrente da lesão das áreas 
corticais motora e sensitiva que correspondem à perna e que se 
localizam na porção alta dos giros pré e póscentral. 
- Perda visual súbita parcial, nos levaria a pensar em áreas 
irrigadas pela artéria cerebral posterior acometendo no lobo 
occipital. 
Isquêmico x Hemorrágico 
- AVE isquêmico ocorre quando um trombo ou coagulo obstrui 
alguma artéria cerebral, o AVE hemorrágico ocorre quando há o 
rompimento de algumas artérias cerebrais 
- Isquêmico: o fluxo sanguíneo é interrompido; pode ser causado por 
uma placa de gordura, um coagulo, ateromatose (inflamações dos 
vasos do corpo) 
- Hemorrágico: ocorre ruptura do vaso; o problema é originado 
porque o sangue deixou de irrigar determinada área; efeito irritativo 
do sangue; o rompimento ocorre por pressão alta, e por ruptura de 
aneurismas (alterações vasculares, vasos ficam frágeis, e no 
momento de pressão alta ele pode se romper no cérebro). 
SAMU 
Sorria, Abrace, Música e Urgente 
Neuroplasticidade 
É a capacidade dos neurônios de alterar sua função, seu perfil 
químico (quantidade e tipos de neurotransmissores produzidos) ou 
sua estrutura. 
É fundamental para a recuperação de lesão ao sistema nervoso 
central. 
Existem cinco tipos de plasticidade neural: plasticidade axônica, 
dendrítica, somática, sináptica e regeneração. 
Mecanismos 
 Habituação: É uma diminuição na resposta a um estímulo 
benigno repetido 
 Aprendizado e memória: Envolvem alterações persistentes e 
duradouras na potência das conexões sinápticas, como a síntese 
de novas proteínas e o estabelecimento de novas conexões 
sinápticas. 
Ex.: Na repetição de uma tarefa, há uma redução no número de 
regiões ativasno encéfalo. 
 Brotamento colateral: crescimento de axônios lesados. 
Ocorre mais frequentemente no sistema nervoso periférico, pela 
produção do fator de crescimento de nervos (FCN) e células de 
Schwann. Não ocorre nos axônios do sistema nervoso central 
devido ao desenvolvimento de cicatrizes gliais e a ausência de 
fator de crescimento nervoso. 
 Supersensibilidade denervatória: supersensibilidade a 
mediadores químicos liberados sobre a fibra remanescente 
provocando muito mais efeito que o habitual. 
 Reorganização Funcional do Córtex Cerebral: As áreas 
corticais se ajustam rotineiramente às alterações na estimulação 
sensorial e desenvolvem novas funções dependendo da 
estimulação motora 
 Redundância ou vias alternativas: o sistema neural possua a 
capacidade latente de mediar certas funções não habitualmente 
dentro de sua esfera de competência. Apenas quando a via 
preferencial é perdida circuitos alternativos entram em ação. 
Reabilitação 
Após uma lesão encefálica, tanto a intensidade da reabilitação como 
o tempo decorrido entre a lesão e o início da reabilitação influenciam 
a recuperação da função neuronal. 
Os terapeutas podem otimizar a recuperação iniciando a terapia 
precocemente, evitando uso vigoroso ou excessivo das extremidades 
afetadas durante os primeiros dias pós-lesão do sistema nervoso 
central, e praticando tarefas específicas para evocar 
neuroplasticidade adaptativa benéfica. 
- Em um AVE: A área isquemiada não funciona mais. Áreas 
adjacentes vão assumir a responsabilidade de áreas perdidas. Isso 
ocorre geralmente em pessoas mais jovens. Quanto mais estimulo se 
dá mais fácil recuperar, com fonoaudiologia e fisioterapia. Quanto 
mais rápido fizer essa terapia mais fácil recuperar. 
Sono e Ciclos circadianos 
- Quase todos os animais terrestres coordenam seu comportamento 
de acordo com ritmos circadianos, que são ciclos diários de claridade 
e escuridão controladores de funções fisiológicas básicas, incluindo 
o sono e a vigília. 
- Mensageiros do despertar: são fatores que mantem o estado de 
consciência durante o dia; são aferências a formação reticular 
mesocefálica, como: 
 Estímulos visuais (luz); 
 Sons; 
 Atividade muscular; 
 Dor. 
Fases do Sono 
O sono tem finalidade de repouso psicofísico. O sono REM é uma 
fase adequada para o repouso psíquico. O não REM há o descanso 
físico. 
a) REM 
✓ A atividade simpática aumenta de maneira significativa, 
fazendo com que a pressão arterial e a frequência cardíaca 
aumentem para níveis similares aos encontrados nos indivíduos 
em vigília 
✓ Sono paradoxal. 
✓ Presença de ondas sincronizadas no encefalograma; 
✓ Ritmos lentos e de grande amplitude do EEG indicam que os 
neurônios do córtex estão oscilando em sincronia relativamente 
alta. 
✓ É bem difícil acordar pessoas nesse estágio do sono 
✓ Movimentos lentos e circulares dos olhos e por decréscimos no 
tônus muscular, nos movimentos corporais, na frequência 
cardíaca e respiratória, na pressão sanguínea, na taxa metabólica 
e na temperatura; 
✓ Há a atonia muscular. 
 
b) Não REM 
- Predomina o tônus parassimpático, com redução de frequência 
cardíaca e respiratória. 
- Presença de ondas dessincronizadas no encefalograma; 
✓ Estágio I: 
✓ Muito breve ou ausente em certos indivíduos; 
✓ Limiar do despertar é baixo 
✓ É a transição entre o estado de vigília e sono, quando a 
melatonina é liberada 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
✓ Discreta hipotonia 
✓ O eletroencefalograma começa a ficar mais lento. Ainda há 
movimento dos olhos e uma discreta hipotonia. Dura alguns 
minutos. Há o predomínio das ondas alfa. 
✓ Estágio II: 
✓ Corresponde a 50% do sono 
✓ Decréscimo adicional na frequência das ondas do EEG e um 
aumento de amplitude; 
✓ Fusos do sono: grupos intermitentes de oscilações de alta 
frequência. 
✓ Complexo K: isto é, um fuso seguido de 2 ou 3 ondas mais 
lentas e de alta voltagem (promovido, em geral, por estímulos 
auditivos leves) 
✓ Sincronização da atividade elétrica cerebral, que reflete a 
redução do grau de atividade dos neurônios corticais. 
✓ Diminuem os ritmos cardíaco e respiratório (sono leve), 
relaxando-se os músculos e cai a temperatura corporal 
✓ Estágio III: 
✓ Sono profundo; 
✓ Ondas delta: ondas lentas; flutuações de muito baixa 
frequência (0,5 a 2 Hz) e alta amplitude 
✓ Indicam uma redução no processo de excitação encefálica e 
um aumento na sincronização da atividade cortical e talâmica. 
✓ Inibição do sistema ativador simpático. 
Componentes 
ESTIMULADORES DA VIGÍLIA 
A) Tronco Cerebral 
Sistema Ativador Reticular Ascendente – SARA 
B) Tálamo 
a) Hipotálamo Anterior (núcleos supraquiasmáticos) 
c) Hipotálamo lateral (sistema hipocretinas) 
 
ESTIMULADORES DO SONO 
A) Núcleo pré-óptico ventro-lateral (VLPO) 
B) Adenosina 
 
❖ Sistema Ativador Reticular Ascendente – SARA 
Ocupa a parte central do tronco encefálico. Possui grupos mais ou 
menos bem definidos de neurônios com diferentes tipos de 
neurotransmissores, destacando-se as monoaminas, que são: 
noradrenalina, serotonina, dopamina: 
a) Núcleos da rafe – Libera SEROTONINA, estimulando as 
células colinérgicas a inibirem o VLPO (núcleo pré-óptico 
ventro-lateral), levando à vigília. 
 
b) Locus ceruleus – na área de mesmo nome, no assoalho do 
IV ventrículo, este núcleo apresenta neurônios ricos em 
NORADRENALINA 
c) Núcleo Túbero-mamilar: HISTAMINÉRGICO. 
 Principal inibidor do VLPO; 
 Sintetiza o peptídeo OREXINA (também denominado 
hipocretina). A orexina promove a vigília. Anti-
histamínicos inibem a rede do núcleo túbero-mamilar, 
deixando o indivíduo sonolento. 
 HIPOCRETINAS → possuem papel central na manutenção 
do alerta durante a privação do sono, apresentando 
atividade máxima durante a vigília, e ausência durante o 
sono. Inibe o VLPO. Quando há privação de sono as 
hipocretinas começam a ser acionadas, mexendo com 
apetite e atividades locomotoras, dando vontade de comer, 
levantar se mover. É um efeito colateral do reforço para a 
vigília 
 
Núcleo pedúnculo-pontino (formação reticular da ponte) 
Possui fibra COLINÉRGICAS (acetilcolina). 
 
❖ Núcleo supra-quiasmático – NSQ 
✓ Corresponde a grupos neuronais no hipotálamo que funcionam 
como relógio biológico 
✓ Recebe informações sobre a luminosidade do meio ambiente 
através do trato retino-hipotálamico. 
✓ Depende dos genes per e clock 
✓ Células Ganglionares 
 As células ganglionares retinianas podem ser excitadas pela 
presença de luz e enviam sinais diretamente ao núcleo supra-
quiasmático (NSQ), para ajuste no ciclo circadiano. 
Expressam um tipo singular de fotopigmento, denominado 
melanopsina, e são despolarizadas, e não hiperpolarizadas pela 
luz. 
✓ Melatonina: 
A melatonina é uma substância indutora do sono. Age 
diretamente sobre os neurônios do núcleo supraquiasmático 
estimulando o sono. 
 É um hormônio secretado pela pineal. O processo de 
síntese é ativado pela noradrenalina liberada pelas fibras 
simpáticas. 
 A luz inibe a pineal e o escuro a ativa. A síntese de 
melatonina aumenta à medida que a luz ambiental diminui, 
alcançando o ponto máximo entre 2 e 4 horas da manhã. 
 
❖ Hipotálamo Lateral (Sistema de Hipocretinas) 
✓ A orexina/hipocretina estimula a liberação de ACh no 
prosencéfalo basal e tronco cerebral 
 
❖ Núcleo pré-optico ventro-lateral (VLPO) 
✓ Ativação dos neurônios VLPO contribui para o início do sono. 
✓ Age por meio dos neurotransmissores inibitórios GABA e 
galanina 
 
❖ Adenosina 
✓ Induz o sono. 
✓ É um produto de degradação do ATP. 
✓ É capaz de inibir os neurônios colinérgicos do tegmento 
mesopontino, neurônios do sistema orexina/hipocretina do 
hipotálamo e adicionalmente desinibir a área VLPO. 
✓ Ao longo do dia, fica acumulada na fenda sináptica. 
Reduzindo a atividade colinérgica do prosencéfalo basal que 
desinibe o VLPO, o qual induz o sono. Dá a sensaçãode 
cansaço ao fim do dia. 
✓ A adenosina inibe os sistemas moduladores aminérgicos de 
Ach, NA, e histamina, porotores de vigília. 
✓ Café tem uma substância chamada tri-metil-xantina, cujo 
formato é parecido com a adenosina, antagonizando e 
ocupando os receptores de adenosina. 
✓ A adenosina promove o sono ao retirar a inibição ao VLPO e 
inibir a estimulação do sistema de hipocretinas. 
Neurotransmissores no sono 
VIGÍLIA: durante a vigília, o sistema aminérgico REM-off, que está 
tonicamente ativo, inibe o sistema colinérgico REM-on, suprimindo 
o sono REM. 
✓ Atividade aminérgica alta: inibem as células gabaérgicas e 
galaninérgicas 
✓ Dopaminérgico 
✓ Hipocretinas 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
✓ Colinérgicos 
✓ Histaminérgicos 
✓ Noradrenérgicos 
 
SONO 
a) REM: Nesse sono ocorre uma suspensão da atividade aminérgica 
inibitória sobre o sistema colinérgico. A inibição gabaérgica sobre o 
núcleo dorsal da rafe e locus cerúleos seria a etapa final para a 
desativação das células REM-off, dando inicio ao sono REM. 
✓ Sem atividade aminérgica 
✓ Atividade predominante colinérgica muscarínica: A 
acetilcolina entra após o sono, ajudando a sair do NREM para 
o REM. 
✓ Gabaérgicos: 
✓ Galaninérgicos 
 
b) Não-REM: O sistema gabaérgico é responsável pelo início e 
manutenção do sono Não-REM. 
✓ Atividade aminérgica baixa 
✓ Gabaérgicos 
✓ Galaninérgicos 
Resumo do Ciclo Sono e Vigília 
Núcleo supraquiasmático 
 
Núcleo pré-óptico ventrolateral (VLPO) + Sistema de 
hipocretinas/orexina (hipotálamo lateral) 
 
Inibição do SARA e do Núcleo pedúnculo-pontino 
 
Sono 
Genes 
- O relógio biológico funciona por um ciclo molecular, com base em 
expressão de gene relógio chamado gene clock que, ao ser 
estimulado pelo cortisol, leva ao sono não- REM 
a) PER: 
✓ Ativado 6h da manhã; 
✓ Proteína per → síntese e secreção de CRH → hipófise secreta 
ACTH → adrenocortical secreta cortisol 
✓ Hipercortisolemia é capaz de ativar a formação reticular 
mesencefálica, precipitando o despertar e a vigília diurna 
 
b) PILL: 
✓ Ativado as 18h. 
✓ Proteína pill estimula a produção de melatonina pela 
glândula pineal. 
✓ A melatonina causa depressão da formação reticular 
mesencefálica, de modo que o SARA não pode manter a 
dessincronização do tálamo. 
 
c) CLOCK: 
✓ Mecanismo que ativa ambos genes acima. 
Reflexos 
Arco Reflexo 
Na atividade reflexa, para se ter uma resposta qualquer, precisa-se 
de uma série de eventos cujo conjunto denomina-se arco reflexo. 
Inicia-se em um ponto de excitação no receptor que capta o estímulo 
e, por meio de um mecanismo de transdução, transforma-o em um 
potencial de ação que é conduzido aos outros centros neurais. 
 
Receptores → Potencial de Ação → Nervo sensitivo (aferente) → 
Corno dorsal da medula → Sinapse (centro integrador) → Corno 
ventral da medula → Neurônio motor (eferente) → Órgão alvo 
Reflexos espinais, sinápticos e segmentares 
✓ Reflexos: 
 Somáticos (conscientes) x Autonômicos (inconscientes) 
 Espinais (diretos) x Cranianos (sinais integrados no encéfalo) 
 Inatos (mamar, deglutir) x Aprendidos (locomoção) 
 
✓ Reflexos espinais: a informação sensorial, ao entrar na medula 
espinal, desencadeia uma resposta sem necessidade de 
comandos do encéfalo; são tipos de mecanismos de defesa 
contra estímulos dolorosos, servem para ajustar perturbações 
inesperadas e para organizar padrões de coordenação 
 
✓ Reflexos Monossinápticos: uma única sinapse no nível da 
medula; Mais simples e veloz; É exclusivamente ipsilateral. 
Ex.: Reflexo patelar 
 
✓ Reflexo Polissináptico: Há a participação de interneurônios 
que se interpõem entre o neurônio aferente e o eferente, sendo o 
neurônio motor sempre o ultimo na cadeia dos neurônios 
centrais. 
Ex.: Reflexos de: retirada, sucção, tosse, respiratórios, 
circulatórios, digestivos e sexuais. 
 
✓ Reflexos segmentares: Respostas motoras ou neurovegetativas 
que se integram no mesmo nível medular. 
 
✓ Reflexos intersegmentares: a resposta ocorre em um segmento 
medular diferente do que foi realizado o estimulo. 
 
✓ Reflexos suprasegmentares: Abrange não só a medula, mas 
estruturas superiores do SNC como a formação reticular, 
hipotálamo, cerebelo e até o córtex cerebral. 
a) Reflexo de estiramento/Miotático 
- Provoca a contração de um músculo 
esquelético em resposta ao seu 
estiramento; 
Reflexo patelar: músculo quadríceps 
→ sofre estiramento → ativa os fusos 
musculares → potenciais de ação → 
neurônios sensoriais → sinapse com 
neurônios motores → contração do 
músculo quadríceps femoral. 
- É um reflexo monossinaptico, pois 
apenas uma sinapse separa a entrada 
sensorial primária do neurônio motor de 
saída. É ipsilateral; 
- Ponto de origem do reflexo: Proprioceptores ou fuso muscular. 
- A tensão muscular produzida por estiramento estimula o tendão, 
onde os impulsos são conduzidos por fibras nervosas Ib, que na 
medula espinal se projetam para neurônios inibitórios que inibem 
neurônios motores alfa. 
- Distonia de movimento: a inibição de interneurônios inibitórios 
pode resultar em contrações musculares disfuncionais, pois se os 
interneurônios inibitórios não estão funcionando, tanto os músculos 
agonistas quanto os antagonistas podem contrair ao mesmo tempo, 
caracterizando a distonia do movimento. 
b) Reflexo Tendinoso 
✓ Atua como um mecanismo de retroalimentação (feedback) par 
controlar a tensão do musculo, provocando um relaxamento 
muscular antes que a força muscular se torne muito grande com a 
possibilidade de rompimento do tendão. Age quando a tensão é 
muito grande, fazendo com que você deixe cair um objeto muito 
pesado. 
✓ É ipsilateral. 
 
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✓ Receptores sensitivos: órgão do tendão de Golgi, se encontram 
dentro de um tendão próximo de sua junção com um músculo 
c) Reflexo Flexor 
✓ É ipsilateral, polissináptico e intersegmentar. 
✓ Movimenta o membro para longe do estimulo doloroso inclui a 
contração de mais de um grupo muscular. Por isso, diversos 
neurônios motores precisam conduzir impulsos simultaneamente 
para músculos do membro. 
d) Reflexo Extensor Cruzado/Contralateral 
✓ O reflexo extensor cruzado tem como característica fibras 
aferentes que cruzam na comissura posterior da medula espinal, 
estabelecendo polissinapses com neurônios motores flexores e 
extensores, no entanto o efeito dessas fibras sobre os neurônios 
motores é contrário ao descrito, ipsilateralmente. 
✓ Ex.: Retirada rápida do pé direito de um estímulo doloroso (um 
prego) ocorre combinada com a extensão da perna esquerda para 
que esta perna possa suportar a repentina transferência de peso 
 
Nociceptores → interneurônios excitatórios → neurônios 
motores alfa → contração dos músculos flexores → outros 
interneurônios ativam interneurônios inibidores → relaxamento 
dos grupos de músculos antagonistas. 
Receptores 
a) Proprioceptores 
✓ Monitoram a posição dos nossos membros no espaço, os nossos 
movimentos e a força que exercemos para levantar objetos. 
1) Receptores Articulares: encontrado nas cápsulas e nos 
ligamentos ao redor das articulações; são estimulados pela 
deformação mecânica. 
2) Órgão tendinosos de Golgi: está entre o músculo e o 
tendão; são terminações nervosas sensoriais entrelaçadas 
com as fibras de colágeno. 
3) Fusos musculares: são receptores de estiramento; são 
estruturas pequenas e alongadas localizadas entre as fibras 
contráteis extrafusais, que engloba um conjunto de 
pequenas fibras as intrafusais; 
 Tônus muscular: As fibras extrafusais mantêm 
certo nível de tensão (pequeno grau de contração) no 
músculo, mesmo em repouso. Ajuda a evitar uma 
lesão ao evitar que os músculos se estiquem em 
excesso. 
b) Exteroceptores: 
Localizam-se na superfície externa do corpo, onde são ativados 
por agentes externos como calor, frio, tato, pressão, luz e som. 
c)Interoceptores: 
Localizam-se nas vísceras e nos vasos. Grande parte dos impulsos 
aferentes originados em interoceptores é inconsciente. Ex.: 
barorreceptores, quimiorreceptores. 
 
De acordo com o estímulo de ativação, os receptores podem ser 
classificados em: quimiorreceptores, osmorreceptores, 
termorreceptores, nociceptores ou mecanorreceptores. 
d) Receptores para a DOR – Nociceptores 
✓ São neurônios com terminações nervosas livres; 
✓ Localização: são encontrados na pele, nas articulações, nos 
músculos, nos ossos e em vários órgãos internos. No encéfalo, 
estão ausentes, encontrados somente nas meninges. 
✓ Os sinais aferentes dos nociceptores são levados ao SNC por 
dois tipos de fibras sensoriais primárias: fibras Aδ (A-delta) 
e fibras C. 
✓ Os nociceptores podem ficar mais sensíveis e causar 
hiperalgia em razão da liberação de substâncias que modulam 
sua excitabilidade, como a bradicinina, histamina, 
prostaglandinas e a substância P (produzida pelos 
nociceptores e causa sensibilização dos mesmos ao redor da 
lesão). 
✓ Os nociceptores das vísceras entram na medula pelo mesmo 
caminho dos exteroceptores, e as duas formas de informação 
se misturam, dando origem ao fenômeno de dor referida, na 
qual ativação de um nociceptor visceral dá origem a uma 
sensação cutânea. 
e) Receptores para a temperatura - Termorreceptores 
✓ Frio: 
 São primariamente sensíveis a temperaturas mais baixas 
do que a do corpo. 
 Estão ligados a fibras A delta e C 
✓ Calor: 
 De 37 °C até 45 °C. Acima dessa temperatura, os 
receptores de dor são ativados, gerando uma sensação de 
calor doloroso. 
 Estão ligados a fibra C 
✓ Eles utilizam uma família de canais catiônicos, chamada de 
potencial receptor transitório, ou canais TRP, para iniciar 
um potencial de ação. 
Ex.: A Proteína Receptora de Calor (exemplo: TRP1) e a 
Proteína Receptora de Frio (exemplo: TRM8). 
✓ São adaptáveis. Por este motivo, pessoas que se mudam para 
locais muito frios se adaptam ao longo do tempo. 
f) Receptores táteis 
✓ Respondem a muitas formas de contato físico, como 
estiramento, pressão sustentada, vibração (baixa frequência) 
ou toque leve, vibração (alta frequência) e textura. 
✓ São encontrados tanto na pele como em regiões mais 
profundas do corpo. 
✓ Ao encostar duas agulhas na região dorsal e na mão há 
percepções diferentes. Sentir apenas uma agulha significa 
que ambas estão dentro do mesmo campo receptivo. Isso 
acontece devido a quantidade de mecanorreceptores 
distribuídos. Na palma da mão há mais receptores do tipo 
discos de Merkell e corpúsculos de Meissner que no dorso. 
1) Receptores Livres 
São as terminações das fibras nervosas sensoriais que 
perdem a bainha de mielina, preservando o envoltório de 
células de Schwann até as proximidades da ponta de cada 
fibra. São os mais frequentes. Como os nociceptores para 
dor e termorreceptroes para tato. 
 Discos De Merkel: Detectam pressão contínua e 
textura. Localizados na camada superficial, juntos à 
epiderme; 
 Bulbos Terminais de Krause: receptores térmicos de 
frio situados nas regiões limítrofes entre a pele seca e 
a mucosa (ao redor dos lábios e das genitais, por 
exemplo) 
2) Receptores Encapsulados 
 Corpúsculo De Vater-Pacini: Respondem a 
sensibilidade vibratória. São receptores fásicos de 
adaptação rápida, respondem a um estímulo tátil, mas 
 
Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 
C 
logo o ignoram (se adaptam). Encontradas nas 
camadas subcutâneas da pele e nos músculos, nas 
articulações e nos órgãos internos. 
 Corpúsculo de Ruffini: Respondem ao estiramento 
da pele. Campos receptivos grandes e adaptação lenta; 
Encontrado em camadas profundas da pele 
 Corpúsculos De Meissner: Responde a movimentos 
de vibração (baixa frequência) e toque leve. 
Localizados nas camadas superficiais da pele nas 
papilas dérimicas, sobretudo nas da pele espessa das 
mãos e dos pés. Campos receptivos pequenos e 
adaptação rápida; 
Dor 
✓ É uma percepção subjetiva, a interpretação do encéfalo sobre a 
informação sensorial transmitida pelas vias que se iniciam nos 
nociceptores ou por comprometimento dos mecanismos 
modulatórios. 
✓ Substâncias químicas algogênicas (que aumentam a sensibilidade 
a dor): bradicinina, prostaglandina, leucotrienos, substancia P, 
tromboxanos, noradrenalina. 
✓ Dor rápida: aguda e localizada; é rapidamente transmitida ao 
SNC por fibras mielinizadas do tipo Aδ. 
✓ Dor lenta: surda e difusa; é transmitida por fibras finas não 
mielinizadas do tipo C. 
 Câimbra: contração muscular espasmódica, involuntária, 
extremamente, dolorosa e transitória. Causada pelo aumento 
da excitabilidade muscular (perda de Na+ via transpiração) e 
subsequente fadiga. Mediada por fibras aferentes primárias 
não mielinizadas do Tipo C. 
 Cólicas: dor visceral, mediada por fibras aferentes 
primárias não mielinizadas do Tipo C, 
✓ Dor referida: É uma dor mal localizada, que pode ser sentida em 
áreas distantes do local do estímulo. Tal fato pode ser explicado 
pelo dermátomo, ou seja, a área da pele na qual a dor é sentida é 
também inervada pelo mesmo segmento medular do órgão 
afetado. 
 Exemplo: angina, ocorre quando o coração não recebe 
oxigênio em quantidade suficiente. A dor é localizada 
frequentemente pelo paciente na parede superior do tórax e no 
braço esquerdo. 
✓ Dor Patológica: É uma dor crônica ou neuropática, ou seja, 
consequência de uma lesão que afeta o Sistema Somatossensorial. 
✓ Dor do Membro Fantasma: Em casos de amputação de 
extremidades. Axônios dos nervos de uma região amputadas ainda 
estão presentes. Nessa região pode formar um emaranhado de 
nervos formando neurite. Quando há a estimulação desses nervos 
pode haver a sensação de formigamento, coceira, dor. Quando 
mais rápido o paciente for protetizado, menor é essa dor fantasma. 
Regulação Descendente - Substância cinzenta periaquedutal 
✓ Região do mesencéfalo cuja estimulação elétrica gera analgesia 
✓ Os neurônios da substância cinzenta periaquidutal 
mesencefálica recebem aferências do hipotálamo e outras partes, 
sendo uma das formas de regulação descedente da dor através 
da produção de opioides endógenos (endorfinas e encefalinas) 
✓ Os neurônios da PAG enviam axônios descendentes a várias 
regiões localizadas na linha média do bulbo, especialmente para 
os núcleos da rafe (cujos neurônios usam neurotransmissor a 
serotonina). 
✓ Quando há um acidente grave, como a perda de um membro, o 
sujeito consegue superar a dor. 
Regulação Ascendente - Teoria do Portão da Dor 
✓ Afirma que a ativação de interneurônios inibitórios da 
substância gelatinosa na medula espinhal, pelas fibras de grosso 
calibre, bloqueia a transferência de informações dolorosas. 
✓ As fibras Aß que levam informação sensorial de estímulos 
mecânicos ajudam a bloquear a transmissão da dor porque elas 
fazem sinapse com os mesmos neurônio que as fibras C, os 
interneurônios inibidores, e aumentam a atividade inibidora 
dos interneurônios. 
✓ Se estímulos simultâneos de fibras C e Aß chegam ao neurônio 
inibidor, a resposta integrada é a inibição parcial da via 
ascendente da dor, de modo que a dor percebida pelo cérebro é 
menor. 
Termos relacionados a dor 
- Alodinia: uma sensação de dor é percebida diante de um estímulo 
não doloroso. 
Via da Dor e Temperatura 
 As sensações de dor e temperatura estão relacionadas e, em geral 
estão agrupadas, pois são mediadas por conjuntos de receptores que 
se sobrepõem e são transportados pelo mesmo tipo de fibra, no SNP, 
e as mesmas vias no SNC. 
 Existem duas vias principais através das quais os impulsos de dor 
e temperatura chegam ao cérebro: 
a) Neoespinotalâmica, constituída pelo trato espinotalâmico 
lateral, que vai diretamente ao tálamo; 
b) Paleoespinotalâmica, constituída pelo trato espino-reticular, e 
pelas fibras retículo-talâmicas (via espino-retículo-talâmica). 
Trato

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