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Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 Sumário Embriologia do Sistema Nervoso ........... 2 Genes ................................................... 2 Vesículas Encefálicas ......................... 2 Diencéfalo ........................................... 2 Origem das células .............................. 3 Neuroepitélio ....................................... 3 Origem das Meninges ......................... 3 Ácido Fólico ........................................ 3 Más formações congênitas ................. 3 Células do Sistema Nervoso ................... 4 a) Astrócitos ........................................ 4 b) Oligodendrócito .............................. 4 c) Células de Schwann ........................ 4 d) Células ependimais ......................... 4 e) Micróglia ......................................... 4 f) Satélite ............................................. 4 Neurônios e Impulso Nervoso ................ 4 Neurônio .............................................. 4 Transporte Axoplasmático.................. 4 Direção do impulso nervoso ............... 5 Potenciais de Ação e Graduado .......... 5 Sinapse ................................................ 5 PEPS e PIPS ........................................ 6 Neurotransmissão................................ 6 Neurônio Pós-sináptico....................... 6 Neurotransmissores ............................. 6 Sistema de Transdução Via AMPc..... 6 Mielinização ........................................ 7 SNC ......................................................... 7 Ventrículos .......................................... 7 Forames e Aquedutos ......................... 7 Plexos Coróides .................................. 7 LCR ..................................................... 7 Meninges ............................................. 8 Espaços ................................................ 8 Barreira Hematoencefálica ................. 8 Nervos ................................................. 8 Neurocrânio ......................................... 8 Medula ................................................. 8 SNA ......................................................... 9 Simpático............................................. 9 Parassimpático .................................... 9 Via autonômica simpática adrenal ... 10 Vascularização ...................................... 10 Fluxo.................................................. 10 Artérias .............................................. 10 Veias .................................................. 11 AVE ................................................... 11 Isquêmico x Hemorrágico ................ 12 SAMU ................................................... 12 Neuroplasticidade ................................. 12 Mecanismos ...................................... 12 Reabilitação ....................................... 12 Sono e Ciclos circadianos ..................... 12 Fases do Sono ................................... 12 Componentes ..................................... 13 Neurotransmissores no sono ............. 13 Resumo do Ciclo Sono e Vigília ...... 14 Genes ................................................. 14 Reflexos ................................................. 14 Arco Reflexo ..................................... 14 Reflexos espinais, sinápticos e segmentares ....................................... 14 a) Reflexo de estiramento/Miotático 14 b) Reflexo Tendinoso ........................ 14 c) Reflexo Flexor ............................... 15 d) Reflexo Extensor Cruzado/Contralateral ....................... 15 Receptores ............................................. 15 a) Proprioceptores ............................. 15 b) Exteroceptores: ............................. 15 c) Interoceptores: ............................... 15 d) Receptores para a DOR – Nociceptores ...................................... 15 e) Receptores para a temperatura - Termorreceptores .............................. 15 f) Receptores táteis ............................ 15 Dor ......................................................... 16 Regulação Descendente - Substância cinzenta periaquedutal....................... 16 Regulação Ascendente - Teoria do Portão da Dor..................................... 16 Termos relacionados a dor ................ 16 Via da Dor e Temperatura ..................... 16 Trato espinotalâmico lateral/NEOESPINOTALÂMICA .... 16 Espino-retículo-talâmica/ PALEOESPINOTALÂMICA .......... 16 Trato espinotrigeminotalâmico – Via de dor e temp. p/ face ........................ 17 Via do Tato ............................................ 17 Trato dorsal-lemnisco medial/Via EPICRÍTICA/ Propriocepção ........... 17 Trato Espinotalâmico Anterior – Via do trato PROTOPÁTICA e pressão.. 17 Vias Descendentes................................. 17 Trato Corticoespinal .......................... 17 Trato Rubroespinal ............................ 17 Trato vestíbulo espinal ...................... 17 Trato tectospinal ................................ 18 Trato reticulospinal pontino (medial) ........................................................... 18 Trato reticulospinal bulbar (lateral) .. 18 Olfação ................................................... 18 Transmissão dos estímulos olfatórios ........................................................... 18 Via Olfatória...................................... 19 Gustação ................................................ 19 Sabores............................................... 19 Transdução ........................................ 19 Via Gustativa ..................................... 20 Visão ...................................................... 20 Fotorreceptores .................................. 21 Transdução da luz ............................. 21 Via Óptica .......................................... 21 Audição .................................................. 21 Cóclea ................................................ 22 Órgão espiral/de Corti: ...................... 22 Transmissão Sonora .......................... 22 Trandução mecânica ......................... 22 Via Auditiva ....................................... 22 Equilíbrio .............................................. 23 Equilíbrio Estático e Dinâmico ......... 23 Orgãos Otolíticos ............................... 23 Canais semicirculares ........................ 23 Cerebelo ............................................. 23 Resumo Zonas e Hemisférios............ 24 Trasmissão ......................................... 24 Via ...................................................... 24 Álcool ................................................. 24 Resumo das vias ................................... 24 Espinotalâmica anterior ..................... 24 Fascículo grácil .................................. 25 Rubroespinhal .................................... 25 Reticuloespinhal medial/pontino....... 25 Vestíbulo espinhal lateral .................. 25 Nervos cranianos .................................. 25 Lesões nos nervos .............................. 25 Enervação........................................... 25 MD2 Módulo 1 NEURO Revisão Avaliativa Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 Embriologia do Sistema Nervoso Epiblasto → Linha primitiva → Nó primitivo → Sulco primitivo → Fosseta primitiva → Processo notocordal → Notocorda → Placa Neural → Sulco Neural → Goteira Neural → Tubo neural (SNC) → Crista neural (SNP, se desprende e forma os gânglios) → Neuróporos: → Caudal – Medula → Rostral – Encéfalo - Crista Neural: é originada a partir da separação das pregas neurais; se diferencia e forma os gânglios sensitivos dos nervos espinhais, os nervos espinhais, os gânglios sensitivos do nervo craniano, os gânglios do SNA,a medula da glândula suprarrenal e as meninges. - Tubo neural: forma o SNC; se forma a partir do fechamento da goteira neural; o fechamento é mais lento nas extremidades, assim, tem-se o tubo neural no meio do embrião e as goteiras nas extremidades. - Somitos: são os primórdios dos ossos e articulações, incluindo as vértebras. Formam-se lateralmente ao tubo neural por pedaços da crista neural que se soltam. - Neuroporo: cranial se fecha um pouco antes do caudal. Enquanto os neuroporos não se fecham o tubo neural permite uma comunicação de tudo o que está sendo formado no sistema nervoso com o sistema digestório - Paredes do tubo neural: Lâmina do teto: dá origem ao plexo e tela corióides; Lâmina do assoalho: forma o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo. Lâminas alares: derivam neurônios ligados à sensibilidade; Lâminas basais: derivam neurônios ligado a motricidade. Genes Gene Nodal: Expressão de proteínas que ocorre no nó primitivo para formar a notocorda. Expressa proteína nolina, proteína que provoca a expressão da notocorda. - A partir da formação da notocorda, os genes que são expressos vão promover a diferenciação de células do epiblasto, que vão se soltar e migrar para uma região entre o epiblasto e o hipoblasto, e vão formar o mesoderma, o terceiro folheto germinativo Sonic Hedgehog (Shh): faz o epiblasto começar a se proliferar para formar o tubo e as cristas neurais. Ele é secretado pela notocorda (NC) e pela placa do assoalho (PA) do tubo neural Proteínas morfogênicas do osso (BMPs): são secretados pela placa do teto (PT) do tubo neural e da epiderme sobreposta; padronização dorsal (lateral). Fgf: Quando surge a crista neural anterior e o istmo FGF-8 induz a expressão de genes subsequentes que regulam a diferenciação; Wnt: Regula o desenvolvimento regional, incluindo o cerebelo. BF1 (fator cerebral 1): regula o desenvolvimento do telencéfalo (hemisférios cerebrais) e a especificação do prosencéfalo; - O tubo neural quando se forma tem diferentes regiões. A região dorsal, ventral e laterais. Para essa diferenciação acontecer são expressos genes como BMP2, BMP4 e BMP7, os PAX3 e PAX7 em uma região, o PAX6 em outra. Vesículas Encefálicas - As vesículas encefálicas dão origem somente às estruturas encefálicas, portanto, não formam a medula espinhal. - O desenvolvimento das vesículas encefálicas primárias ocorre após o fechamento do tubo neural na região cefálica, quando observamos o aparecimento de três estruturas denominadas encéfalo anterior, encéfalo médio e encéfalo posterior. Prosencéfalo: dá origem ao cérebro; Mesencéfalo: Rombencéfalo: 4º ventrículo - Vesículas encefálicas secundárias: Telencéfalo: cérebro Diencéfalo: tálamo, hipo, epi e subtálamo (3º ventrículo) Mesencéfalo: aqueduto cerebral (une 3º e 4º ventrículo) Metencéfalo: cerebelo e ponte Mielencéfalo: bulbo Diencéfalo É constituído de: a) Epitálamo: Constituído por comissura posterior, trígono das habenulas e glândula pienal b) Tálamo: c) Subtálamo: d) Metatálamo: e) Hipotálamo: É uma região do diencéfalo, constituída pelo corpo mamilar, quiasma óptico, tuber cinéreo, infundíbulo da hipófise e hipófise. f) Glândula hipófise Prosen céfalo Romben céfalo Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 Origem das células - Aglomerados de neurônios dentro do SNC são chamados de núcleos. Aglomerados de neurônios fora do SNC são chamados de gânglios. As células da crista neural quando se soltam do tubo formam esses gânglios, os quais são importante para o funcionamento do sistema nervoso sensorial, autônomo e da glândula adrenal. - O neuroepitélio é responsável pela formação dos neurônios e das células gliais, com exceção das micróglias que tem origem na medula óssea. Os tipos celulares originados a partir da/de: a) Crista neural: Neurônios, astrócitos, microglia e células de Shwann. b) Tubo neural: Oligodendrócitos e células ependimárias c) Órgãos hematopoiéticos: Linfócitos e monócitos. Neuroepitélio ✓ Reveste a parede do tubo neural; ✓ É um epitélio pseudoestratificado; ✓ Tem uma membrana limitante interna e uma externa; ✓ A membrana limitante externa é responsável pela formação das meninges que revestem o tubo neural. ✓ É dividido em 3 zonas; - Zona Ventricular: camada única de células colunares voltada para a luz do tubo; possui grande quantidade de células em divisão. - Zona Intermediária/do Manto: formará a substância cinzenta, rica em células; - Zona Marginal: mais externa do tubo neural; tem grande quantidade de fibras; formará a substância branca. Origem das Meninges - Origem: o mesênquima que circunda o tubo neural se condensa para formar uma membrana primitiva denominada de meninge primitiva. - Dura-máter: formada pela camada externa dessa membrana; - Pia-máter e Aracnóide: formada pela camada interna dessa membrana (leptomeninge), é derivada das células da crista neural. - Espaço Subaracnóideo: aparecem dentro da leptomeninge, são espaços preenchidos por liquido; Ácido Fólico - Tem papel fundamental no processo de multiplicação celular, sendo, portanto, imprescindível durante a gravidez. - Estima-se que a suplementação na dieta com ácido fólico durante esse período possa reduzir a incidência de defeitos no tubo neural em 90%. - O ácido fólico desempenha um papel essencial em diversas vias metabólicas, incluindo a da biossíntese do DNA. Para a duplicação do DNA acontecer precisa-se dos folatos, o ácido fólico entra como coadjuvante da mecanismos que vão fazer essa divisão celular. - Fontes de ácido fólico: folhas verdes dos vegetais (espinafre), fígado, leveduras, ovos, feijão e laranjas Más formações congênitas - Na região Amazônica, há muitos minerais extraídos da terra, como Ferro, Cobre, Bauxita, Alumínio, que necessitam da utilização de mercúrio e outras substâncias, que criam um ambiente propício para má formação do sistema nervoso a) Microcefalia: é o resultado de uma redução no crescimento do encéfalo. Ex.: Zica: dificulta o crescimento normal dos neurônios b) Hidrocefalia: resulta da circulação e absorção prejudicada do LCE e, em casos raros, da produção aumentada do LCE por um adenoma do plexo corióideo (tumor benigno). Causa dilatação dos ventrículos. As estruturas cartilaginosas no crânio da criança cedem a pressão e se expandem. c) Anencefalia: falha no fechamento do tubo neural anterior, é caracterizada pela degeneração do prosencéfalo e do crânio e é sempre fatal. d) Espinha Bífida: É a alteração da formação das estruturas ósseas; fechamento da porção posterior do tubo neural. Observe que não é uma alteração do sistema nervoso, mas dos somitos. Oculta: não produz sintomas, a única evidência de sua presença pode ser uma pequena ondulação com um tufo de pelos Cística: protrusão da medula espinhal e/ou meninges através dos defeitos nos arcos vertebrais: - Meningocele: cisto contém as meninges e LCR; - Meningomielocele: cisto contém medula espinhal, meninges e LCR; Raquisquise/Mielosquise: tipo mais grave de espinha bífida. quando nem a vértebra nem o tubo neural se forma, e não se fecha e) Meroencefalia: Resulta de uma falha do fechamento do neuroporo rostral durante a quarta semana. O prosencéfalo, o mesencéfalo e a maior parte do rombencéfalo e calvária estão ausentes. A maior parte do encéfalo do embrião está exposta ou lançada para fora do crânio (exencefalia). Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 f) Encefalocele: herniação do conteúdo intracranial resultante de um defeito do crânio (crânio bífido). A hérnia pode conter meninges (meningocele), meninges e parte do encéfalo (meningoencefalocele), ou meninges, parte do encéfalo e do sistema ventricular (meningo-hidroencefalocele). g) Holoprosencefalia: Resultada separação incompleta dos hemisférios cerebrais Células do Sistema Nervoso SISTEMA NERVOSO CENTRAL a) Astrócitos Os astrócitos recobrem toda a espessura do cérebro proporcionando um arcabouço para os neurônios. Tem a função de sustentação e também controlam a composição iônica e molecular do ambiente extracelular aos neurônios (regulação do conteúdo químico desse espaço extracelular), também fornecem suporte metabólico a eles. Possuem pés terminais (contato do neurônio com o vaso sanguíneo), pés vasculares (toda substancia que transita pelo sangue para alcançar os neurônios tem que passar pelos astrócitos), ajudam a formar a barreira hematoencefálica. Uma das funções dos astrócitos é o fornecimento de energia aos neurônios, em forma de lactato, derivado diretamente da glicose, que ingressa no encéfalo primeiramente pelos pés astrocitários. Astrócitos fibrosos e se localizam na substância branca; tem prolongamentos mais alongados e menos ramificados Astrócitos protoplasmáticos, se localiza mais na substancia cinzenta, apresentam maior número de prolongamentos que são curtos e muito ramificados. b) Oligodendrócito Produz bainha de mielina no sistema nervoso central. Um único oligodendrócito contribui para a formação da mielina de vários axônios. c) Células de Schwann Forma a bainha de mielina no SNP, camada de membrana que faz isolamento dos axônios. Cada célula de Schwann mieliniza apenas um único axônio. d) Células ependimais São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. Funciona como uma barreira hematoencefálica, prevenindo a contaminação do LCR. Em alguns locais as células ependimárias são ciliadas, o que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR). SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO e) Micróglia Derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema nervoso central. f) Satélite Estão ao redor dos corpos dos neurônios nos gânglios nervosos Mantêm um microambiente controlado em torno do neurônio, permitindo isolamento elétrico (funcionando, nesse caso, de forma análoga as células de Schwann, sem produzir bainha de mielina) e uma via para trocas metabólicas. Aquelas dos gânglios autônomos do intestino podem ainda participar na neurotransmissão e ajudar a coordenar as atividades dos sistemas nervoso e imune. Neurônios e Impulso Nervoso Neurônio - O neurônio, ou a célula nervosa, é a unidade funcional do sistema nervoso. Possuem uma estrutura celular única, com longos processos que se estendem para longe do corpo celular - Soma: corpo celular, pericário. - Os neurônios podem ser: a) Motores: transmitem informações do snc para a periferia b) Sensoriais: transmitem recursos dos receptores, das extremidades, ao sistema nervoso central c) Interneurônios/Intercalados: formam uma rede de comunicação e integração entre os neurônios sensoriais e motores. - A classificação dessas células é feita de acordo com a quantidade de prolongamentos que se estendem a partir do corpo celular. De acordo com a quantidade de dendritos que saem dele, eles são classificados como: a) Multipolar: dois ou mais prolongamentos saindo do seu corpo celular. Ex.: neurônios motores e interneurônios b) Pseudounipolar/Unipolar: um prolongamento saindo do corpo celular Ex.: neurônios sensoriais c) Bipolar: dois prolongamentos saindo do corpo celular. Ex.: retina dos olhos e nervo vestibulococlear - No SNC não existem axônios não mielinizados. Axônios agrupados no SNC formam tratos. Axônios agrupados na periferia formam nervos. - Neurônios que se agrupam na periferia formam gânglios e no SNC formam núcleos. Transporte Axoplasmático - Substâncias e organelas são movidas. - Requer energia metabólica, e envolve íons de cálcio; O cálcio desencadeia o movimento das organelas ao longo dos microtúbulos. - Ação dos filamentos de transporte; - Cinesina: proteína motora que realiza o transporte anterógrado; - Dineina: proteína motora que realiza o transporte retrógado. - No transporte axoplasmático retrógrado, ocorre transporte de componentes celulares velhos para reciclagem, do terminal axonal para o corpo celular. - Em relação a transporte de proteínas para dentro do neurônio, ocorre por endocitose, pois elas são muito grandes para atravessar a membrana celular com transportadores (canais iônicos ou carreadores). Essa proteína percorre do axônio até o corpo da célula nervosa por transporte axonal retrógado. Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 Direção do impulso nervoso - Em um neurônio em repouso, a superfície interna da membrana plasmática é eletricamente negativa em relação à superfície externa. - Em um neurônio, os estímulos se propagam sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à célula seguinte (dendrito – corpo celular – axônio). - A entrada de Ca2+ou de Na+ despolariza a célula (o potencial de membrana se torna mais positivo). A entrada de Cl– hiperpolariza a célula (faz o potencial de membrana ser mais negativo). Potenciais de Ação e Graduado Potencial Graduado Participam o sódio o potássio e outros íons. Acontecem no dendrito e no corpo do neurônio; Pode se somar, pode acontecer somação temporal ou espacial (potenciais acontecem em locais diferentes). Não é necessário um limiar para iniciar. Potencial de Ação Só participam o sódio e o potássio. Ocorre na zona de gatilho do axônio. Fenômeno de tudo ou nada. Dura cerca de 2 milissegundos (ms), do início ao fim. É auto-regenerativo, se propaga sem se perder. A força desse potencial depende da intensidade do estímulo inicial; É necessário um estímulo acima do limiar para iniciar; Sublimiar: sinais fracos, pois quando chega, na zona de gatilho do axônio eles não desencadeiam um potencial de ação. Supralimiar: quando um maior número de canais de sódio se abre, e uma quantidade maior de sódio entra na célula. Quando esse potencial chega na zona de gatilho com um sinal acima do limiar, -55mv, ele gera um potencial de ação. - No ponto B o potencial elétrico de membrana alcançou o limiar e desencadeou abertura de canais iônicos de Na+ dependentes de voltagem. O influxo do Na+ resultante é responsável pela fase de despolarização rápida. B-D: Despolarização - Movimento do Na+ para dentro da célula. D-F: Hiperpolarização: Movimento do K+ para fora da célula e influxo de Cl-. Os canais de sódio dependentes de voltagem são inativados. Hiperpolarização pós-potencial: Ocorre até que os canais de potássio dependentes de voltagem completem seu fechamento. Por fim, há uma restauração gradual do potencial de repouso. - Sódio: entrando na célula pode levar o potencial de membrana até +55mv, mas isso não vai acontecer porque quando chega no +30 ele vai se trancar sofrendo uma inativação, ao mesmo tempo em que canais de potássio se abrem. Assim, o potássio sai da célula e ocorre a repolarização; Como o fechamento do canal de potássio é lento vai sair mais potássio que o necessário para voltar para o repouso, então a membrana hiperpolariza. Depois os canais de potássio se fecham e a bomba de sódio e potássio devolve o potássio para dentro na célula e o sódio para fora, e o equilíbrio se estabelece de novo em -70mv. - Canais iônicos de sódio tem 3 estados funcionais ✓ Fechado Ativo ✓ Aberto: polarização ✓ Fechado Inativo: hiperpolarização - Período refratário absoluto: Momento em que os canais iônicos de sódio se abrem até o momento em que eles passam para o estado fechado ativo. Nesse período é impossível iniciar outro PA durante cerca de 2 ms. Ocorre devido a inativação dos canais de sódio dependentede voltagem. - Período refratário relativo: Momento em que o canal iônico de sódio passa para o estado fechado ativo. Após o fim do período refratário absoluto a quantidade de corrente necessária para despolarizar o neurônio até o limiar do potencial de ação é maior do que a normal. Durante o período refratário relativo, alguns dos portões dos canais de Na2+ retornaram à sua posição original, de volta ao repouso ativável, mas nem todos, então os estímulos supralimiares conseguem gerar potenciais de ação no período refratário relativo Sinapse - Na sinapse químicas e elétrica podem ocorrer potenciais pós- sinápticos do tipo excitatório (PPSE) ou inibitório (PPSI), facilitando a condução no primeiro caso e bloqueando-a no segundo A) Sinapse Elétrica - A condução é bidirecional e ocorre em sítios especializados denominados junções comunicantes “gap junctions”; - Não possui plasticidade; - São mais rápidas. B) Sinapse Química - É unidirecional; A única exceção são sinapses glutamatérgicas (do glutamato) em que a porção pós-sináptica pode produzir ácido nítrico que volta reforçando a porção pré-sináptica - Possui plasticidade; Como ocorre a sinapse química? O potencial de ação chega no terminal axonal, abrindo canais iônicos de cálcio no terminal do axônio. O cálcio entra na célula e provoca a liberação do neurotransmissor, o qual cai em um espaço chamado de fenda sináptica, se difunde até encontrar na célula pós-sináptica um receptor. Esse receptor pode ser um canal iônico, que quando se abre causa na célula um potencial graduado. - A velocidade de condução do impulso nervoso depende do diâmetro da fibra. As sinapses são classificadas como: a) Axodendríticas: A transmissão mais frequente é o terminal axonal de um neurônio com os dendritos de outro neurônio b) Axoaxônicas; c) Axosomática; - A sinapse é composta por: ✓ Botão pré-sináptico ✓ Botão pós-sináptico Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 ✓ Fenda sináptica: local efetivo da sinapse, região na qual são liberados os neurotransmissores contidos nas vesículas do botão pré-sináptico, na qual serão captados por receptores da membrana pós-sináptica, onde serão transportados para o outro lado da membrana PEPS e PIPS - Ambos são variações transitórias do potencial de membrana em repouso, porém, no potencial excitatório ocorre uma despolarização e no inibitório uma hiperpolarização. Além disso, PEPS ocorrem pela abertura de canais de íons como sódio e cálcio, e PIPS ocorrem pela abertura de canais iônicos de potássio ou cloreto. Neurotransmissão - A neurotransmissão é totalmente dependente da entrada de Cálcio no terminal pré-sináptico por canais de Cálcio dependentes de voltagem. - Numa sinapse, os neurotransmissores são liberados a partir de vesículas existentes nos terminais axonais dos neurônios pré- sinápticos. Após sua liberação, o neurotransmissor se liga em receptores na membrana pós-sináptica e em seguida, em condições normais, é removido da fenda sináptica. ❖ Reciclagem dos neurotransmissores ✓ Difusão: difusão simples das moléculas de neurotransmissor através do líquido extracelular para longe das sinapses. ✓ Endocitose: Recaptação para dentro do terminal pré-sináptico por ação de transportadores proteicos específicos ✓ Células da Glia: envolvem a sinapse e auxiliam na remoção de neurotransmissores da fenda sináptica ✓ Degradação enzimática na própria fenda sináptica. Neurônio Pós-sináptico 1) Neurotransmissores atingem receptores na membrana dos dendritos 2) Os potenciais graduados se propagam ao longo dos dendritos 3) Os potenciais graduados atingem o cone de implantação 4) Neurotransmissores são liberados pelos terminais axonais Neurotransmissores - Neurotransmissores são substâncias produzidas por neurônios, que agem na membrana de neurônios pós-sinápticos. A acetilcolina, noradrenalina, ácido gama amino butílirico (GABA), seratonina, glutamato, dopamina são exemplos de neurotransmissores. - Há três classes principais de neurotransmissores: aminoácidos, aminas e peptídeos: AMINOÁCIDOS GABA ✓ Principal neurotransmissor inibidor no encéfalo. ✓ Neurotransmissores inibidores hiperpolarizam as suas células-alvo, abrindo canais de Cl e permitindo a entrada de cloreto na célula. ✓ O GABA é produzido apenas pelo neurônio que o libera. ✓ O precursor para o GABA é glutamato, e a enzima-chave de síntese é a glutamato descarboxilase (GAD). ✓ Reciclagem: A ação sináptica dos aminoácidos transmissores é finalizada pela captação seletiva para o interior do terminal pré-sináptico e para as células gliais. Dentro do terminal ou das células gliais, o GABA é metabolizado pela enzima GABA transaminase. Glutamato ✓ É o principal neurotransmissor excitatório do SNC; ✓ Os neurotransmissores excitatórios despolarizam as suas células-alvo, geralmente abrindo canais iônicos que permitem a entrada de íons positivos na célula ✓ O glutamato é um aminoácido não essencial abundante na natureza e encontrado em muitos alimentos. É sintetizado a partir da glicose e de outros precursores utilizando enzimas que existem em todas as células. AMINAS Acetilcolina ✓ Sintetizada a partir da colina e da acetil-coenzima A (acetil- CoA) no terminal axonal. ✓ Eliminação: Os neurônios colinérgicos também produzem a enzima que degrada ACh, a acetilcolinesterase (AChE); degrada a ACh em colina e ácido acético. ✓ Age com um receptor colinérgico: Ionotrópico: receptor nicotínico Metabotrópico: receptor muscarínico Adrenalina ✓ A tirosina é um aminoácido que é precursor ❖ Receptores a) Receptores Iconotrópicos ✓ Canais iônicos ativados por neurotransmissores; ✓ Gera uma resposta rápida e passageira. ✓ São proteínas transmembrana que possuem um poro; ✓ Excitatórios: acetilcolina e glutamato Despolarização, que cria um potencial excitatório pós- sinaptico. através da abertura de canais de sódio. ✓ Inibitórios: GABA Hiperpolarização da membrana celular, cria um potencial inibitório pós-sináptico através de canais de potássio e cloreto. b) Receptores Metabotrópicos ✓ É um receptor de metabolismo; ✓ Receptor acoplado a proteína G, que ativa o metabolismo a partir da produção de segundos mensageiros ✓ Geram ações pós-sinápticas mais lentas, mais duradouras Sistema de Transdução Via AMPc ✓ Na membrana da célula alvo, tem um receptor acoplado em uma proteína G. ✓ Toda vez que um mensageiro químico se ligar a um receptor vai haver a ativação da proteína G. ✓ Toda proteína G, também chamada de proteínas heterotriméricas, é a associação de 3 subtipos de proteínas/subunidades: subunidades α, β, γ. ✓ A resposta celular de excitação ou inibição é gerada por um substrato fosforilado (proteína, carboidrato...) e não pela proteína G ou pelo AMPc. a) Gs – estimula a produção de AMPc A subunidade α, no plano da membrana celular, se desacopla da proteína G e se locomove na membrana até encontrar uma proteína chamada de enzima amplificadora, a adenilil/adenilato ciclase. As enzimas amplificadoras sempre produzem segundo mensageiros. Segundo mensageiro: transformação de moléculas de ATP em moléculas de AMPc através de uma desfosforilação com perda de dois fosfatos, formando a adenosina monofosfato, a qual se fecha na forma de um ciclo. Há Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 grande produção desse segundo mensageiro pois a enzima não se degrada na produção. Nessa via ocorre o aumento intracelular de AMPc, o qual se espalha no citoplasma da célula, e encontra a proteína cinase A. Proteína cinase A: realiza fosforilação, removendo um fosforo da molécula de ATP e adicionando-o a um substrato (proteína, carboidrato...) e gerando um ADP. A proteína fosforilada é capaz de gerar uma resposta celular, que pode ser um aumento ou a diminuição deum efeito fisiológico, ou seja, estimulatória ou inibitória. b) Gi – inibe a produção de AMPc Necessita inicialmente de um mensageiro químico extracelular, mensageiro primário, que vai se ligar a um receptor, formando um complexo receptor-ligante que vai ativar a proteína G. A ação biológica ocorre com o dímero β e γ, que se solta, entra no citoplasma e ativa a enzima fosfodiesterase. Fosfodiesterase: quebra o AMPc e o transforma em uma molécula linear: 5’-AMP. A concentração de AMPc diminui, causando a inibição de uma resposta celular. c) Gq O primeiro mensageiro, de fora da célula, se liga ao receptor da membrana celular e forma um complexo receptor ligante associado a proteína G. A subunidade α da proteína Gq se solta e ativa a enzima amplificadora Fosfolipase C, uma enzima que quebra fosfolipídeos produzindo um segundo mensageiro hidrofílico feito da cabeça polar do fosfolipídio, o inositol trifosfato – IP3, e um segundo mensageiro hidrofóbico que se mantem na membrana feito através da cauda apolar dos fosfolipídios, o diacilglicerol –DAG. IP3: polar, se difunde para o citoplasma da célula e abre os canais iônicos de cálcio do reticulo endoplasmático liso. Assim o cálcio se difunde para o citoplasma e aumenta a concentração intracelular de cálcio. Isso produz uma resposta celular DAG: apolar, ativa proteína cinase C, causando reação de fosforilação. O substrato (proteína/carboidrato...) fosforilado, provoca uma resposta celular. Mielinização - O processo de mielinização é muito demorado, e se estende até os 7 anos. Por exemplo, no início a criança não consegue controlar a micção, e após a mielinização das vias é possível ter esse controle. - Bainha de mielina é uma estrutura lipoproteica (isolante) que envolve os axônios dos neurônios, sendo estes chamados de neurônios mielínicos. - Não é uma estrutura continua, pois elas são separadas pelos nós de Ranvier. A principal função dessa estrutura é tronar a propagação de impulsos mais rápidos, pois funcionam como verdadeiros isolantes de Potenciais de ação. - Há diferenças nos diâmetros das fibras A, por serem mielinizadas, naturalmente elas conduzem o impulso nervoso mais rapidamente que a fibra C. Além disso, as fibras calibrosas conduzem o impulso muito mais rápido que as não calibrosas, então o impulso é mais rápido na α>β>γ>C. - Fibras C: relacionadas a dor e a temperatura, conduzem sinais elétricos em axônios não mielinizados. - Fibras A, conduzem estímulos de tato e propriocepção; se subdividem em α, β e γ; ✓ Aα e Aβ: são aferentes ou eferentes ✓ Aγ: são apenas eferentes - Os nós de Ranvier são pequenas aberturas que são intercaladas entre as bainhas de mielina que cobrem os axônios neuronais. Dessa forma os impulsos são saltatórios nessa região SNC Ventrículos No SNC há 4 ventrículos: ✓ Ventrículo lateral esquerdo; ✓ Ventrículo lateral direito; ✓ Terceiro ventrículo: região do tálamo, hipotálamo e epitálamo. ✓ Quarto ventrículo: região inferior, próximo ao cerebelo. Forames e Aquedutos ✓ Forame interventricular: liga os ventrículos laterais e o terceiro ventrículo. ✓ Aqueduto cerebral: entre terceiro e quarto ventrículo. ✓ Canal central: entre quarto ventrículo e a medula espinhal. Plexos Coróides - São dobras, constituídas por tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, meninge mais intimamente ligada ao tecido nervoso, rica em capilares fenestrados e dilatados que provocam saliências para o interior dos ventrículos; é revestida por epitélio cubico simples ou colunar (células ependimárias). - Formam o teto do terceiro e quarto ventrículo, e parte das paredes dos ventrículos laterais; - Função principal: secreção do líquido cefalorraquidiano. Plexo Embrionário Plexo no adulto LCR - O LCR exibe coloração clara e seu volume total é aproximadamente 140ml (adulto), sendo a produção de LCR é de aproximadamente 500ml por dia - Ocupa a cavidade dos ventrículos, o canal da medula espinhal e o espaço subaracnóideo. - A produção é realizada nos plexos coroides e circula dos ventrículos laterais para o terceiro ventrículo e pelo aqueduto Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 cerebral para o quarto ventrículo. É reabsorvido nas vilosidades aracnoideas. - Esse líquido é responsável por proteger o cérebro das lesões, servindo como uma almofada e é importante para o metabolismo do sistema nervoso central. - Apresenta menor concentração de K+, glicose e proteína, e maior concentração de Na+ e Cl- que o sangue. - É constituído de pequenas concentrações de proteína, glicose, lactato, enzimas, potássio, magnésio e concentrações relativamente elevadas de cloreto de sódio. Meninges ✓ Dura-máter: camada mais externa, tem a maior espessura e confere a maior proteção ao sistema nervoso central; de um lado está em contato com o tecido ósseo; é separada do periósteo e das vertebras pelo espaço peridural. É ricamente vascularizada e, ao contrário de outras meninges, inervada. Por ser a única região do encéfalo que possui terminações nervosas, é responsável pelas dores de cabeça. ✓ Aracnoide: camada média, apresenta trabéculas aracnoideas, que se assemelham com teias de aranha; é constituída de muitas fibras de tecido conjuntivo frouxo associadas com fibroblastos. a aracnoide forma, em certos locais, expansões que perfuram a dura-máter e vão fazer saliências em seios venosos formando vilosidades, que terão como função transferir o LCR para os sangue ✓ Pia-máter: está intimamente aderida com o tecido do sistema nervoso central, especificamente com o córtex cerebral; é altamente vascularizada; composta por tecido conjuntivo frouxo; sem ficar em contato direto com células ou fibras nervosas; Espaços ✓ Epidural/Extradural: entre a dura-máter e o osso parietal do crânio. ✓ Subdural: entre a dura-máter e a aracnoide; anatomicamente não é identificável, apenas quando há condições clínicas como edema. ✓ Subaracnoideo: entre aracnoide e pia-máter; nele encontra- se o líquido cefalorraquidiano, o que constitui uma proteção do sistema nervoso central contra traumatismos; Barreira Hematoencefálica É uma estrutura que impede e/ou dificulta a passagem de substâncias do sangue para o sistema nervoso central, tais como anticorpos, complemento e fatores de coagulação. É formada por células endoteliais alinhadas com os capilares, pela membrana basal dos capilares sanguíneos e pelos pés vasculares dos astrócitos, que criam uma barreira entre o sangue circulante e o tecido nervoso Atua como um amortecedor protegendo as estruturas cerebrais e medulares; fornece nutrientes essenciais para o cérebro e possui importante função na remoção dos resíduos provenientes da atividade cerebral e no equilíbrio da pressão intracraniana Nervos - São formados por raízes dorsais com função sensitiva, e ventrais, com função motora, caracterizando-o como misto, por conter fibras que realizam funções diferentes. - Endoneuro: área de tecido conjuntivo frouxo - Perineuro: tecido conjuntivo especializado, que circunda os fascículos - Epineuro: tecido conjuntivo denso não regular Neurocrânio Medula - São 31 pares de nervos espinhais: • Região cervical: 8 nervos cervicais (C1-C8); • Região torácica: 12 nervos torácicos (T1-T12); • Região lombar: 5 nervos lombares (L1-L5); • Região sacral: 5 nervos sacrais (S1-S5); • Região coccígea: 1 nervo coccígeo. - As raízes ventrais dos nervos espinhais são funcionalmente classificadas como eferentes e as raízes dorsais aferentes - A medula espinal do adulto, acaba em L3/L2 - Substância cinzenta: Área similar a borboleta. Contém corpos celulares de neurônios distribuídos em neurônios motores e sensoriais: - Substância branca: Mais periférica; observa-se apenas os axônios mielinizadose não mielinizados; - Corno posterior/dorsal medular recebe vários tipos de informação sensitiva dos exteroceptores, assim como de interoceptores. - Corno anterior/ventral: refere-se a neurônios motores ou tratos descendentes Na região medial há neurônios que controlam músculos axiais Já na lateral do corno, há neurônios que controlam músculos mais distais - Espaço subaracnóideo da cisterna termina: área de circulação do LCR e que é a principal área indicada para punção do líquor. - Líquor: é límpido e incolor, apresenta de 0-4 leucócitos/mm3 e água. Possui cloreto de sódio, poucas proteínas, pouca glicose. - Canal central da medula espinhal/Canal ependimário: Nele se localizam as células ependimárias. Nele há a circulação de líquido cefalorraquidiano. - Intumescências da medula espinhal: são dilatações macroscópicas na medula, a qual se apresenta mais larga nas regiões C3-T1, formando a intumescência cervical, e na L1-S3, que forma a intumescência lombar. Essas regiões são mais dilatadas porque Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 há uma quantidade de neurônios maior do que no restante do segmento torácico e medular. São relacionadas as funções sensoriais e motoras. - Cone medular: é a estrutura final da medula espinhal, esta estrutura termina ao nível das vertebras L1 e L2. - Cauda Equina: os nervos lombares e sacrais correm por alguma distância dentro do canal vertebral antes de emergirem, assim formando essa coleção de raízes nervosas. Durante o desenvolvimento embriológico a coluna vertebral cresce mais do que a medula espinal. Portanto as raízes neurais caudais precisam viajar uma distância maior até atingirem seus respectivos forames (buracos) vertebrais comparadas às raízes craniais. - Saco dural: preenchido por líquor, nele estão os nervos finais da medula espinhal. A medula espinal do adulto, acaba em L3/L2, enquanto o saco dural e o espaço subaracnóideo se estendem até S2. - Filamento terminal: marca o trajeto de regressão da medula, é uma extensão filiforme da pia-máter que se estende até a última vértebra coccígea. - Funículos/colunas: são aglomerados de fascículos nervosos compostos por substancia branca, onde alguns fascículos descendentes possuem seus corpos de neurônios ainda no encéfalo. Em ambas as metades da medula espinal a substância branca é grosseiramente dividida em três colunas funículos anterior, lateral e posterior: Anterior: contém os tratos retículo-espinal e vestíbulo- espinal, vias descendentes relacionadas à manutenção do equilíbrio e postura, além de vias ascendentes. Lateral: contém os tratos córtico-espinal lateral e rubro- espinal (vias descendentes) e o trato espino-talâmico lateral, relacionado a dor e temperatura (via ascendente). - Lesão raquimedular: é uma agressão a medula espinhal que pode acarretar danos neurológicos, tais como função motora, sensitiva e autônoma. - TCE: traumatismo crânio-encefálico SNA - A divisão autonômica do sistema nervoso (SNA) compreende as divisões simpática e parassimpática, responsáveis pelo controle eferente visceral. - Todas as vias autonômicas (simpáticas e parassimpáticas) são formadas por dois neurônios em série. O primeiro neurônio, chamado de pré-ganglionar, sai do sistema nervoso central (SNC) e projeta-se para um gânglio autonômico, localizado fora do SNC. - Muitos órgãos estão sob controle antagônico, no qual uma das divisões autônomas é excitatória, e a outra, inibitória. Por exemplo, a inervação simpática aumenta a frequência cardíaca, e a estimulação parassimpática a diminui. - Os corpos celulares dos neurônios do SNA não possuem dendritos Simpático - A descarga simpática maciça, que ocorre em situações de luta ou fuga, é mediada pelo hipotálamo e é uma reação corporal generalizada em resposta a um evento crítico. - Origem da via: Tóraco-lombar: Iniciam no primeiro segmento medular torácico (T1) e terminam em L2/L3 (lombar). - Localização do Gânglio: Próximo ao SNC. Cadeia paravertebral. Neurônio pré-ganglionar curto e neurônio pós-ganglionar longo. - Neurotransmissor da fibra: Acetilcolina - Receptor da fibra: Colinérgico nicotínico, do tipo canal iônico, resposta ionotrópica. Ocorre nos gânglios, sempre sendo uma resposta excitatória, com os receptores colinérgicos nicotínicos. - Neurotransmissor do tecido alvo: Noradrenalina/noreprinefrina. O sistema nervoso simpático libera como neurotransmissor na terminação axonal pós-ganglionar a noradrenalina (adrenérgico) ou acetilcolina (colinérgico) quando inerva glândulas sudoríparas e alguns vasos sanguíneos. - Receptor do tecido alvo - Proteína G: Metabotrópico, de metabolismo, associados a proteína G Receptores adrenérgicos: alfa e beta; Podem ser de 5 tipos α1, α2, β1, β2, β3. Todo receptor α2 é proteína Gi. Todo receptor β1, β2, β3 é proteína Gs. Todo receptor α1 é proteína Gq. Parassimpático - Se você está descansando tranquilamente após uma refeição, o parassimpático está no comando, assumindo o controle de atividades rotineiras, como a digestão. - Origem da via: Crânio-sacral: Os neurônios que formam as vias parassimpáticas estão localizados parte no tronco encefálico (origem cranial) e parte na região sacral (nervos raquidianos sacrais, região lombar da coluna vertebral). - Localização do Gânglio: Distante do SNC (as vezes dentro do órgão alvo) Neurônio pré-ganglionar longo e neurônio pós-ganglionar curto. - Neurotransmissor da fibra: Acetilcolina - Receptor da fibra: Colinérgico nicotínico, do tipo canal iônico, resposta ionotrópica. Ocorre nos gânglios, sempre sendo uma resposta excitatória, com os receptores colinérgicos nicotínicos. - Neurotransmissor do tecido alvo: Acetilcolina Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 - Receptor do tecido alvo - Proteína G: Colinérgico muscarínico: metabotrópico; Podem ser de 5 tipos M1, M2, M3, M4, M5. M1, M3 e M5 proteína Gq; M2 e M4 proteína Gi. Via autonômica simpática adrenal Adrenalina promove vasoconstrição periférica, aumento da freqüência cardíaca, nos brônquios, a adrenalina permite a broncodilatação e aumento da respiração, aumento da concentração de glicose no plasma, degradação de triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo. Vascularização Fluxo - A resistência cerebrovascular depende da pressão intracraniana, da condição da parede vascular, da viscosidade do sangue e do calibre dos vasos cerebrais. - O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo muito intenso. - O sistema nervoso para seu metabolismo necessita de suprimento permanente e elevado de oxigênio e glicose. A atividade funcional do encéfalo não pode, mesmo que temporariamente, ser sustentada por metabolismo anaeróbio. - O fluxo sanguíneo cerebral é proporcional à pressão arterial e inversamente proporcional a resistência cerebrovascular. - Em caso de baixa oxigenação, áreas diferentes do sistema nervoso são lesadas em tempos diferentes, sendo que as mais recentes filogeneticamente, como o córtex cerebral, são as que primeiro se alteram. - Os capilares cerebrais possuem endotélio unido por junções íntimas e sem fenestrações, importante para a formação da barreira hematoencefálica. Artérias - As artérias cerebrais têm paredes finas. A Túnica Média (camada intermediária) das artérias cerebrais possui menos fibras musculares e a Túnica Elástica Interna é mais espessa e tortuosa - Tortuosidade: contribui para amortecer o choque da onda sistólica a tortuosidade que apresentam as artérias carótidas internas e as artérias vertebrais ao penetrar no crânio Artéria Carótida Interna ✓ É um ramo de bifurcação da carótida comum; ✓ Canal carotídeo do osso temporal → seio cavernoso → sifão carotídeo → Dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior✓ Se comunicam através da artéria comunicante posterior. Artéria Vertebro Basilar ✓ Artérias vertebrais direita e esquerda → forames transversos → forame magno → nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar ✓ Bifurca-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda Círculo/polígono de Willis - É uma anastomose arterial de forma poligonal e está situado na base do cérebro. - É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela artéria comunicante anterior e pelas artérias comunicantes posteriores direita e esquerda. o polígono de Willis rodeia os tratos ópticos, o pedúnculo da hipófise e base do hipotálamo; Território de Irrigação ✓ Artéria cerebral média: Irriga a maior parte da superfície lateral do cérebro; ramos nos lobos parietais e frontais e nas regiões média e anterior dos lobos temporais; Área motora, a área somestésica, o centro da palavra falada. Obstrução: paralisia e diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo (exceto no membro inferior), podendo haver ainda graves distúrbios da linguagem. ✓ Artéria cerebral anterior: Irriga a maior parte da parede medial dos hemisférios cerebrais, desde o lobo frontal até o sulco parietoccipital. Distribui-se também à parte mais alta da face dorsolateral de cada hemisfério Partes das áreas corticais motora e sensitiva, que correspondem à perna e se localizam na porção alta dos giros pré e pós-central (lóbulo paracentral). Obstrução: paralisia e diminuição da sensibilidade no membro inferior do lado oposto ✓ Artéria cerebral posterior: Irriga a parede medial do lobo occipital e a parte inferior do lobo temporal. Área visual situada nos lábios do sulco calcarino; Obstrução: cegueira em uma parte do campo visual (contralateral). Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 Veias ✓ São maiores e mais calibrosas que as artérias. ✓ Estrutura: as paredes das veias encefálicas são muito finas e praticamente desprovidas de musculatura. Sendo assim, a circulação venosa ocorre sob a ação de três forças: aspiração da cavidade torácica; força da gravidade; pulsação das artérias. ✓ Veias emissárias: Os seios comunicam-se com veias da superfície externa do crânio através delas, as quais percorrem forames ou canalículos que lhes são próprios, nos ossos do crânio. ✓ A confluência dos seios recebe sangue venoso do seio sagital superior, do seio reto e do seio occipital. Em seguida, drena para os seios transversos, que se transformam em seios sigmóides, e em conjunto com seios petrosos superior e inferior, desembocam na Veia Jugular interna (única drenagem venosa do cérebro). Seios da dura mater ✓ O sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo ocular é drenado para os seios da dura-máter e destes para as veias jugulares internas; ✓ Paredes, embora finas, são mais rígidas que a das veias e geralmente não se colabam quando seccionadas. ✓ Lacunas sanguíneas: expansões laterais irregulares que alguns seios apresentam, as mais frequentes de cada lado do seio sagital superior. ✓ Confluência dos seios: formada pela confluência dos seios sagital superior, reto e occipital e pelo início dos seios transversos esquerdo e direito a) Seios da abóbada: sagital superior - ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro. Termina próximo à protuberância occipital interna, na chamada confluência dos seios. sagital inferior - situa-se na margem livre da foice do cérebro, terminando no seio reto reto - localiza-se ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo. Recebe, em sua extremidade anterior, o seio sagital inferior e a veia cerebral magna terminando na confluência dos seios; occipital - muito pequeno e irregular, dispõe-se ao longo da margem de inserção da foice do cerebelo. transverso - é par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital, desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal, onde passa a ser denominado seio sigmoide sigmoide - em forma de S, é uma continuação do seio transverso até o forame jugular, onde continua diretamente com a veia jugular interna. O seio sigmoide drena a quase totalidade do sangue venoso da cavidade craniana; Sistemas Venosos Dois sistemas unidos por numerosas anastomoses: a) Sistema venoso superficial ✓ Veias cerebrais superficiais superiores e inferiores: superiores provêm da face medial e da metade superior da face dorsolateral de cada hemisfério, desembocando no seio sagital superior inferiores provêm da metade inferior da face dorsolateral de cada hemisfério e de sua face inferior, terminando nos seios da base (petroso superior e cavernoso) e no seio transverso ✓ A principal veia superficial inferior é a veia cerebral média superficial, que percorre o sulco lateral e termina, em geral, no seio cavernoso. b) Sistema venoso profundo ✓ Drenam o sangue de regiões situadas profundamente no cérebro (centro branco medular, tronco e cerebelo). ✓ Veia cerebral magna ou veia de Galeno: É a mais importante veia deste sistema, para a qual converge quase todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro. AVE - Hipertensão e diabetes são fatores de risco muito importantes, tais como arritmais, tabagismo e sedentarismo. - O aneurismas geralmente causam AVE hemorrágicos, em virtude da ruptura da parede do vaso fragilizado. - Fisioterapia é importante em qualquer AVE para estimular a plasticidade cerebral, que pode ocorrer em qualquer idade, apesar de ser maior em jovens e crianças. Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 - AVE que atingiu o córtex motor primário causa deficiência na execução de movimentos voluntários - Fatores de risco: Colesterol e triglicerídeos alto, diabetes mellitus, tabagismo, alcoolismo, estresse, anticoncepcionais e vida sedentária ✓ Artérias - A obstrução de uma das artérias cerebrais anteriores causa, entre outros sintomas, paralisia e diminuição da sensibilidade no membro inferior do lado oposto, decorrente da lesão das áreas corticais motora e sensitiva que correspondem à perna e que se localizam na porção alta dos giros pré e póscentral. - Perda visual súbita parcial, nos levaria a pensar em áreas irrigadas pela artéria cerebral posterior acometendo no lobo occipital. Isquêmico x Hemorrágico - AVE isquêmico ocorre quando um trombo ou coagulo obstrui alguma artéria cerebral, o AVE hemorrágico ocorre quando há o rompimento de algumas artérias cerebrais - Isquêmico: o fluxo sanguíneo é interrompido; pode ser causado por uma placa de gordura, um coagulo, ateromatose (inflamações dos vasos do corpo) - Hemorrágico: ocorre ruptura do vaso; o problema é originado porque o sangue deixou de irrigar determinada área; efeito irritativo do sangue; o rompimento ocorre por pressão alta, e por ruptura de aneurismas (alterações vasculares, vasos ficam frágeis, e no momento de pressão alta ele pode se romper no cérebro). SAMU Sorria, Abrace, Música e Urgente Neuroplasticidade É a capacidade dos neurônios de alterar sua função, seu perfil químico (quantidade e tipos de neurotransmissores produzidos) ou sua estrutura. É fundamental para a recuperação de lesão ao sistema nervoso central. Existem cinco tipos de plasticidade neural: plasticidade axônica, dendrítica, somática, sináptica e regeneração. Mecanismos Habituação: É uma diminuição na resposta a um estímulo benigno repetido Aprendizado e memória: Envolvem alterações persistentes e duradouras na potência das conexões sinápticas, como a síntese de novas proteínas e o estabelecimento de novas conexões sinápticas. Ex.: Na repetição de uma tarefa, há uma redução no número de regiões ativasno encéfalo. Brotamento colateral: crescimento de axônios lesados. Ocorre mais frequentemente no sistema nervoso periférico, pela produção do fator de crescimento de nervos (FCN) e células de Schwann. Não ocorre nos axônios do sistema nervoso central devido ao desenvolvimento de cicatrizes gliais e a ausência de fator de crescimento nervoso. Supersensibilidade denervatória: supersensibilidade a mediadores químicos liberados sobre a fibra remanescente provocando muito mais efeito que o habitual. Reorganização Funcional do Córtex Cerebral: As áreas corticais se ajustam rotineiramente às alterações na estimulação sensorial e desenvolvem novas funções dependendo da estimulação motora Redundância ou vias alternativas: o sistema neural possua a capacidade latente de mediar certas funções não habitualmente dentro de sua esfera de competência. Apenas quando a via preferencial é perdida circuitos alternativos entram em ação. Reabilitação Após uma lesão encefálica, tanto a intensidade da reabilitação como o tempo decorrido entre a lesão e o início da reabilitação influenciam a recuperação da função neuronal. Os terapeutas podem otimizar a recuperação iniciando a terapia precocemente, evitando uso vigoroso ou excessivo das extremidades afetadas durante os primeiros dias pós-lesão do sistema nervoso central, e praticando tarefas específicas para evocar neuroplasticidade adaptativa benéfica. - Em um AVE: A área isquemiada não funciona mais. Áreas adjacentes vão assumir a responsabilidade de áreas perdidas. Isso ocorre geralmente em pessoas mais jovens. Quanto mais estimulo se dá mais fácil recuperar, com fonoaudiologia e fisioterapia. Quanto mais rápido fizer essa terapia mais fácil recuperar. Sono e Ciclos circadianos - Quase todos os animais terrestres coordenam seu comportamento de acordo com ritmos circadianos, que são ciclos diários de claridade e escuridão controladores de funções fisiológicas básicas, incluindo o sono e a vigília. - Mensageiros do despertar: são fatores que mantem o estado de consciência durante o dia; são aferências a formação reticular mesocefálica, como: Estímulos visuais (luz); Sons; Atividade muscular; Dor. Fases do Sono O sono tem finalidade de repouso psicofísico. O sono REM é uma fase adequada para o repouso psíquico. O não REM há o descanso físico. a) REM ✓ A atividade simpática aumenta de maneira significativa, fazendo com que a pressão arterial e a frequência cardíaca aumentem para níveis similares aos encontrados nos indivíduos em vigília ✓ Sono paradoxal. ✓ Presença de ondas sincronizadas no encefalograma; ✓ Ritmos lentos e de grande amplitude do EEG indicam que os neurônios do córtex estão oscilando em sincronia relativamente alta. ✓ É bem difícil acordar pessoas nesse estágio do sono ✓ Movimentos lentos e circulares dos olhos e por decréscimos no tônus muscular, nos movimentos corporais, na frequência cardíaca e respiratória, na pressão sanguínea, na taxa metabólica e na temperatura; ✓ Há a atonia muscular. b) Não REM - Predomina o tônus parassimpático, com redução de frequência cardíaca e respiratória. - Presença de ondas dessincronizadas no encefalograma; ✓ Estágio I: ✓ Muito breve ou ausente em certos indivíduos; ✓ Limiar do despertar é baixo ✓ É a transição entre o estado de vigília e sono, quando a melatonina é liberada Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 ✓ Discreta hipotonia ✓ O eletroencefalograma começa a ficar mais lento. Ainda há movimento dos olhos e uma discreta hipotonia. Dura alguns minutos. Há o predomínio das ondas alfa. ✓ Estágio II: ✓ Corresponde a 50% do sono ✓ Decréscimo adicional na frequência das ondas do EEG e um aumento de amplitude; ✓ Fusos do sono: grupos intermitentes de oscilações de alta frequência. ✓ Complexo K: isto é, um fuso seguido de 2 ou 3 ondas mais lentas e de alta voltagem (promovido, em geral, por estímulos auditivos leves) ✓ Sincronização da atividade elétrica cerebral, que reflete a redução do grau de atividade dos neurônios corticais. ✓ Diminuem os ritmos cardíaco e respiratório (sono leve), relaxando-se os músculos e cai a temperatura corporal ✓ Estágio III: ✓ Sono profundo; ✓ Ondas delta: ondas lentas; flutuações de muito baixa frequência (0,5 a 2 Hz) e alta amplitude ✓ Indicam uma redução no processo de excitação encefálica e um aumento na sincronização da atividade cortical e talâmica. ✓ Inibição do sistema ativador simpático. Componentes ESTIMULADORES DA VIGÍLIA A) Tronco Cerebral Sistema Ativador Reticular Ascendente – SARA B) Tálamo a) Hipotálamo Anterior (núcleos supraquiasmáticos) c) Hipotálamo lateral (sistema hipocretinas) ESTIMULADORES DO SONO A) Núcleo pré-óptico ventro-lateral (VLPO) B) Adenosina ❖ Sistema Ativador Reticular Ascendente – SARA Ocupa a parte central do tronco encefálico. Possui grupos mais ou menos bem definidos de neurônios com diferentes tipos de neurotransmissores, destacando-se as monoaminas, que são: noradrenalina, serotonina, dopamina: a) Núcleos da rafe – Libera SEROTONINA, estimulando as células colinérgicas a inibirem o VLPO (núcleo pré-óptico ventro-lateral), levando à vigília. b) Locus ceruleus – na área de mesmo nome, no assoalho do IV ventrículo, este núcleo apresenta neurônios ricos em NORADRENALINA c) Núcleo Túbero-mamilar: HISTAMINÉRGICO. Principal inibidor do VLPO; Sintetiza o peptídeo OREXINA (também denominado hipocretina). A orexina promove a vigília. Anti- histamínicos inibem a rede do núcleo túbero-mamilar, deixando o indivíduo sonolento. HIPOCRETINAS → possuem papel central na manutenção do alerta durante a privação do sono, apresentando atividade máxima durante a vigília, e ausência durante o sono. Inibe o VLPO. Quando há privação de sono as hipocretinas começam a ser acionadas, mexendo com apetite e atividades locomotoras, dando vontade de comer, levantar se mover. É um efeito colateral do reforço para a vigília Núcleo pedúnculo-pontino (formação reticular da ponte) Possui fibra COLINÉRGICAS (acetilcolina). ❖ Núcleo supra-quiasmático – NSQ ✓ Corresponde a grupos neuronais no hipotálamo que funcionam como relógio biológico ✓ Recebe informações sobre a luminosidade do meio ambiente através do trato retino-hipotálamico. ✓ Depende dos genes per e clock ✓ Células Ganglionares As células ganglionares retinianas podem ser excitadas pela presença de luz e enviam sinais diretamente ao núcleo supra- quiasmático (NSQ), para ajuste no ciclo circadiano. Expressam um tipo singular de fotopigmento, denominado melanopsina, e são despolarizadas, e não hiperpolarizadas pela luz. ✓ Melatonina: A melatonina é uma substância indutora do sono. Age diretamente sobre os neurônios do núcleo supraquiasmático estimulando o sono. É um hormônio secretado pela pineal. O processo de síntese é ativado pela noradrenalina liberada pelas fibras simpáticas. A luz inibe a pineal e o escuro a ativa. A síntese de melatonina aumenta à medida que a luz ambiental diminui, alcançando o ponto máximo entre 2 e 4 horas da manhã. ❖ Hipotálamo Lateral (Sistema de Hipocretinas) ✓ A orexina/hipocretina estimula a liberação de ACh no prosencéfalo basal e tronco cerebral ❖ Núcleo pré-optico ventro-lateral (VLPO) ✓ Ativação dos neurônios VLPO contribui para o início do sono. ✓ Age por meio dos neurotransmissores inibitórios GABA e galanina ❖ Adenosina ✓ Induz o sono. ✓ É um produto de degradação do ATP. ✓ É capaz de inibir os neurônios colinérgicos do tegmento mesopontino, neurônios do sistema orexina/hipocretina do hipotálamo e adicionalmente desinibir a área VLPO. ✓ Ao longo do dia, fica acumulada na fenda sináptica. Reduzindo a atividade colinérgica do prosencéfalo basal que desinibe o VLPO, o qual induz o sono. Dá a sensaçãode cansaço ao fim do dia. ✓ A adenosina inibe os sistemas moduladores aminérgicos de Ach, NA, e histamina, porotores de vigília. ✓ Café tem uma substância chamada tri-metil-xantina, cujo formato é parecido com a adenosina, antagonizando e ocupando os receptores de adenosina. ✓ A adenosina promove o sono ao retirar a inibição ao VLPO e inibir a estimulação do sistema de hipocretinas. Neurotransmissores no sono VIGÍLIA: durante a vigília, o sistema aminérgico REM-off, que está tonicamente ativo, inibe o sistema colinérgico REM-on, suprimindo o sono REM. ✓ Atividade aminérgica alta: inibem as células gabaérgicas e galaninérgicas ✓ Dopaminérgico ✓ Hipocretinas Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 ✓ Colinérgicos ✓ Histaminérgicos ✓ Noradrenérgicos SONO a) REM: Nesse sono ocorre uma suspensão da atividade aminérgica inibitória sobre o sistema colinérgico. A inibição gabaérgica sobre o núcleo dorsal da rafe e locus cerúleos seria a etapa final para a desativação das células REM-off, dando inicio ao sono REM. ✓ Sem atividade aminérgica ✓ Atividade predominante colinérgica muscarínica: A acetilcolina entra após o sono, ajudando a sair do NREM para o REM. ✓ Gabaérgicos: ✓ Galaninérgicos b) Não-REM: O sistema gabaérgico é responsável pelo início e manutenção do sono Não-REM. ✓ Atividade aminérgica baixa ✓ Gabaérgicos ✓ Galaninérgicos Resumo do Ciclo Sono e Vigília Núcleo supraquiasmático Núcleo pré-óptico ventrolateral (VLPO) + Sistema de hipocretinas/orexina (hipotálamo lateral) Inibição do SARA e do Núcleo pedúnculo-pontino Sono Genes - O relógio biológico funciona por um ciclo molecular, com base em expressão de gene relógio chamado gene clock que, ao ser estimulado pelo cortisol, leva ao sono não- REM a) PER: ✓ Ativado 6h da manhã; ✓ Proteína per → síntese e secreção de CRH → hipófise secreta ACTH → adrenocortical secreta cortisol ✓ Hipercortisolemia é capaz de ativar a formação reticular mesencefálica, precipitando o despertar e a vigília diurna b) PILL: ✓ Ativado as 18h. ✓ Proteína pill estimula a produção de melatonina pela glândula pineal. ✓ A melatonina causa depressão da formação reticular mesencefálica, de modo que o SARA não pode manter a dessincronização do tálamo. c) CLOCK: ✓ Mecanismo que ativa ambos genes acima. Reflexos Arco Reflexo Na atividade reflexa, para se ter uma resposta qualquer, precisa-se de uma série de eventos cujo conjunto denomina-se arco reflexo. Inicia-se em um ponto de excitação no receptor que capta o estímulo e, por meio de um mecanismo de transdução, transforma-o em um potencial de ação que é conduzido aos outros centros neurais. Receptores → Potencial de Ação → Nervo sensitivo (aferente) → Corno dorsal da medula → Sinapse (centro integrador) → Corno ventral da medula → Neurônio motor (eferente) → Órgão alvo Reflexos espinais, sinápticos e segmentares ✓ Reflexos: Somáticos (conscientes) x Autonômicos (inconscientes) Espinais (diretos) x Cranianos (sinais integrados no encéfalo) Inatos (mamar, deglutir) x Aprendidos (locomoção) ✓ Reflexos espinais: a informação sensorial, ao entrar na medula espinal, desencadeia uma resposta sem necessidade de comandos do encéfalo; são tipos de mecanismos de defesa contra estímulos dolorosos, servem para ajustar perturbações inesperadas e para organizar padrões de coordenação ✓ Reflexos Monossinápticos: uma única sinapse no nível da medula; Mais simples e veloz; É exclusivamente ipsilateral. Ex.: Reflexo patelar ✓ Reflexo Polissináptico: Há a participação de interneurônios que se interpõem entre o neurônio aferente e o eferente, sendo o neurônio motor sempre o ultimo na cadeia dos neurônios centrais. Ex.: Reflexos de: retirada, sucção, tosse, respiratórios, circulatórios, digestivos e sexuais. ✓ Reflexos segmentares: Respostas motoras ou neurovegetativas que se integram no mesmo nível medular. ✓ Reflexos intersegmentares: a resposta ocorre em um segmento medular diferente do que foi realizado o estimulo. ✓ Reflexos suprasegmentares: Abrange não só a medula, mas estruturas superiores do SNC como a formação reticular, hipotálamo, cerebelo e até o córtex cerebral. a) Reflexo de estiramento/Miotático - Provoca a contração de um músculo esquelético em resposta ao seu estiramento; Reflexo patelar: músculo quadríceps → sofre estiramento → ativa os fusos musculares → potenciais de ação → neurônios sensoriais → sinapse com neurônios motores → contração do músculo quadríceps femoral. - É um reflexo monossinaptico, pois apenas uma sinapse separa a entrada sensorial primária do neurônio motor de saída. É ipsilateral; - Ponto de origem do reflexo: Proprioceptores ou fuso muscular. - A tensão muscular produzida por estiramento estimula o tendão, onde os impulsos são conduzidos por fibras nervosas Ib, que na medula espinal se projetam para neurônios inibitórios que inibem neurônios motores alfa. - Distonia de movimento: a inibição de interneurônios inibitórios pode resultar em contrações musculares disfuncionais, pois se os interneurônios inibitórios não estão funcionando, tanto os músculos agonistas quanto os antagonistas podem contrair ao mesmo tempo, caracterizando a distonia do movimento. b) Reflexo Tendinoso ✓ Atua como um mecanismo de retroalimentação (feedback) par controlar a tensão do musculo, provocando um relaxamento muscular antes que a força muscular se torne muito grande com a possibilidade de rompimento do tendão. Age quando a tensão é muito grande, fazendo com que você deixe cair um objeto muito pesado. ✓ É ipsilateral. Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 ✓ Receptores sensitivos: órgão do tendão de Golgi, se encontram dentro de um tendão próximo de sua junção com um músculo c) Reflexo Flexor ✓ É ipsilateral, polissináptico e intersegmentar. ✓ Movimenta o membro para longe do estimulo doloroso inclui a contração de mais de um grupo muscular. Por isso, diversos neurônios motores precisam conduzir impulsos simultaneamente para músculos do membro. d) Reflexo Extensor Cruzado/Contralateral ✓ O reflexo extensor cruzado tem como característica fibras aferentes que cruzam na comissura posterior da medula espinal, estabelecendo polissinapses com neurônios motores flexores e extensores, no entanto o efeito dessas fibras sobre os neurônios motores é contrário ao descrito, ipsilateralmente. ✓ Ex.: Retirada rápida do pé direito de um estímulo doloroso (um prego) ocorre combinada com a extensão da perna esquerda para que esta perna possa suportar a repentina transferência de peso Nociceptores → interneurônios excitatórios → neurônios motores alfa → contração dos músculos flexores → outros interneurônios ativam interneurônios inibidores → relaxamento dos grupos de músculos antagonistas. Receptores a) Proprioceptores ✓ Monitoram a posição dos nossos membros no espaço, os nossos movimentos e a força que exercemos para levantar objetos. 1) Receptores Articulares: encontrado nas cápsulas e nos ligamentos ao redor das articulações; são estimulados pela deformação mecânica. 2) Órgão tendinosos de Golgi: está entre o músculo e o tendão; são terminações nervosas sensoriais entrelaçadas com as fibras de colágeno. 3) Fusos musculares: são receptores de estiramento; são estruturas pequenas e alongadas localizadas entre as fibras contráteis extrafusais, que engloba um conjunto de pequenas fibras as intrafusais; Tônus muscular: As fibras extrafusais mantêm certo nível de tensão (pequeno grau de contração) no músculo, mesmo em repouso. Ajuda a evitar uma lesão ao evitar que os músculos se estiquem em excesso. b) Exteroceptores: Localizam-se na superfície externa do corpo, onde são ativados por agentes externos como calor, frio, tato, pressão, luz e som. c)Interoceptores: Localizam-se nas vísceras e nos vasos. Grande parte dos impulsos aferentes originados em interoceptores é inconsciente. Ex.: barorreceptores, quimiorreceptores. De acordo com o estímulo de ativação, os receptores podem ser classificados em: quimiorreceptores, osmorreceptores, termorreceptores, nociceptores ou mecanorreceptores. d) Receptores para a DOR – Nociceptores ✓ São neurônios com terminações nervosas livres; ✓ Localização: são encontrados na pele, nas articulações, nos músculos, nos ossos e em vários órgãos internos. No encéfalo, estão ausentes, encontrados somente nas meninges. ✓ Os sinais aferentes dos nociceptores são levados ao SNC por dois tipos de fibras sensoriais primárias: fibras Aδ (A-delta) e fibras C. ✓ Os nociceptores podem ficar mais sensíveis e causar hiperalgia em razão da liberação de substâncias que modulam sua excitabilidade, como a bradicinina, histamina, prostaglandinas e a substância P (produzida pelos nociceptores e causa sensibilização dos mesmos ao redor da lesão). ✓ Os nociceptores das vísceras entram na medula pelo mesmo caminho dos exteroceptores, e as duas formas de informação se misturam, dando origem ao fenômeno de dor referida, na qual ativação de um nociceptor visceral dá origem a uma sensação cutânea. e) Receptores para a temperatura - Termorreceptores ✓ Frio: São primariamente sensíveis a temperaturas mais baixas do que a do corpo. Estão ligados a fibras A delta e C ✓ Calor: De 37 °C até 45 °C. Acima dessa temperatura, os receptores de dor são ativados, gerando uma sensação de calor doloroso. Estão ligados a fibra C ✓ Eles utilizam uma família de canais catiônicos, chamada de potencial receptor transitório, ou canais TRP, para iniciar um potencial de ação. Ex.: A Proteína Receptora de Calor (exemplo: TRP1) e a Proteína Receptora de Frio (exemplo: TRM8). ✓ São adaptáveis. Por este motivo, pessoas que se mudam para locais muito frios se adaptam ao longo do tempo. f) Receptores táteis ✓ Respondem a muitas formas de contato físico, como estiramento, pressão sustentada, vibração (baixa frequência) ou toque leve, vibração (alta frequência) e textura. ✓ São encontrados tanto na pele como em regiões mais profundas do corpo. ✓ Ao encostar duas agulhas na região dorsal e na mão há percepções diferentes. Sentir apenas uma agulha significa que ambas estão dentro do mesmo campo receptivo. Isso acontece devido a quantidade de mecanorreceptores distribuídos. Na palma da mão há mais receptores do tipo discos de Merkell e corpúsculos de Meissner que no dorso. 1) Receptores Livres São as terminações das fibras nervosas sensoriais que perdem a bainha de mielina, preservando o envoltório de células de Schwann até as proximidades da ponta de cada fibra. São os mais frequentes. Como os nociceptores para dor e termorreceptroes para tato. Discos De Merkel: Detectam pressão contínua e textura. Localizados na camada superficial, juntos à epiderme; Bulbos Terminais de Krause: receptores térmicos de frio situados nas regiões limítrofes entre a pele seca e a mucosa (ao redor dos lábios e das genitais, por exemplo) 2) Receptores Encapsulados Corpúsculo De Vater-Pacini: Respondem a sensibilidade vibratória. São receptores fásicos de adaptação rápida, respondem a um estímulo tátil, mas Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 C logo o ignoram (se adaptam). Encontradas nas camadas subcutâneas da pele e nos músculos, nas articulações e nos órgãos internos. Corpúsculo de Ruffini: Respondem ao estiramento da pele. Campos receptivos grandes e adaptação lenta; Encontrado em camadas profundas da pele Corpúsculos De Meissner: Responde a movimentos de vibração (baixa frequência) e toque leve. Localizados nas camadas superficiais da pele nas papilas dérimicas, sobretudo nas da pele espessa das mãos e dos pés. Campos receptivos pequenos e adaptação rápida; Dor ✓ É uma percepção subjetiva, a interpretação do encéfalo sobre a informação sensorial transmitida pelas vias que se iniciam nos nociceptores ou por comprometimento dos mecanismos modulatórios. ✓ Substâncias químicas algogênicas (que aumentam a sensibilidade a dor): bradicinina, prostaglandina, leucotrienos, substancia P, tromboxanos, noradrenalina. ✓ Dor rápida: aguda e localizada; é rapidamente transmitida ao SNC por fibras mielinizadas do tipo Aδ. ✓ Dor lenta: surda e difusa; é transmitida por fibras finas não mielinizadas do tipo C. Câimbra: contração muscular espasmódica, involuntária, extremamente, dolorosa e transitória. Causada pelo aumento da excitabilidade muscular (perda de Na+ via transpiração) e subsequente fadiga. Mediada por fibras aferentes primárias não mielinizadas do Tipo C. Cólicas: dor visceral, mediada por fibras aferentes primárias não mielinizadas do Tipo C, ✓ Dor referida: É uma dor mal localizada, que pode ser sentida em áreas distantes do local do estímulo. Tal fato pode ser explicado pelo dermátomo, ou seja, a área da pele na qual a dor é sentida é também inervada pelo mesmo segmento medular do órgão afetado. Exemplo: angina, ocorre quando o coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente. A dor é localizada frequentemente pelo paciente na parede superior do tórax e no braço esquerdo. ✓ Dor Patológica: É uma dor crônica ou neuropática, ou seja, consequência de uma lesão que afeta o Sistema Somatossensorial. ✓ Dor do Membro Fantasma: Em casos de amputação de extremidades. Axônios dos nervos de uma região amputadas ainda estão presentes. Nessa região pode formar um emaranhado de nervos formando neurite. Quando há a estimulação desses nervos pode haver a sensação de formigamento, coceira, dor. Quando mais rápido o paciente for protetizado, menor é essa dor fantasma. Regulação Descendente - Substância cinzenta periaquedutal ✓ Região do mesencéfalo cuja estimulação elétrica gera analgesia ✓ Os neurônios da substância cinzenta periaquidutal mesencefálica recebem aferências do hipotálamo e outras partes, sendo uma das formas de regulação descedente da dor através da produção de opioides endógenos (endorfinas e encefalinas) ✓ Os neurônios da PAG enviam axônios descendentes a várias regiões localizadas na linha média do bulbo, especialmente para os núcleos da rafe (cujos neurônios usam neurotransmissor a serotonina). ✓ Quando há um acidente grave, como a perda de um membro, o sujeito consegue superar a dor. Regulação Ascendente - Teoria do Portão da Dor ✓ Afirma que a ativação de interneurônios inibitórios da substância gelatinosa na medula espinhal, pelas fibras de grosso calibre, bloqueia a transferência de informações dolorosas. ✓ As fibras Aß que levam informação sensorial de estímulos mecânicos ajudam a bloquear a transmissão da dor porque elas fazem sinapse com os mesmos neurônio que as fibras C, os interneurônios inibidores, e aumentam a atividade inibidora dos interneurônios. ✓ Se estímulos simultâneos de fibras C e Aß chegam ao neurônio inibidor, a resposta integrada é a inibição parcial da via ascendente da dor, de modo que a dor percebida pelo cérebro é menor. Termos relacionados a dor - Alodinia: uma sensação de dor é percebida diante de um estímulo não doloroso. Via da Dor e Temperatura As sensações de dor e temperatura estão relacionadas e, em geral estão agrupadas, pois são mediadas por conjuntos de receptores que se sobrepõem e são transportados pelo mesmo tipo de fibra, no SNP, e as mesmas vias no SNC. Existem duas vias principais através das quais os impulsos de dor e temperatura chegam ao cérebro: a) Neoespinotalâmica, constituída pelo trato espinotalâmico lateral, que vai diretamente ao tálamo; b) Paleoespinotalâmica, constituída pelo trato espino-reticular, e pelas fibras retículo-talâmicas (via espino-retículo-talâmica). Trato
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