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FICHAMENTO GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA ESTUDO DE CASO PGR SCHULTZ INTERNATIONAL

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AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL| PRG-Schultz International
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
ALESSANDRA DE SIQUEIRA MAYHÉ
Disciplina: Auditoria Operacional e Contábil
 Tutor: Prof. Mayra Regetz Monteiro
Vila Velha
2018
Auditoria Operacional e Contábil
PRG-Schultz International
MARSHALL, Paul W.; WEBER, James. PRG-Shultz International. [Boston]: Harvard Business School Publishing, 2008. LACC 809-P02.
O brief case apresentado pelos autores Marshall e Weber, relatar a história de Jim McCurry, CEO da PRG-Schultz International que, ao deparar-se com a situação financeira real da empresa, percebe que em dois meses a mesma já não teria condições de arcar com os pagamentos de seu pessoal ou que depois disso já não poderia mais fazer pagamentos a seus debenturistas.
O CEO, que recém havia tomado posse, precisa decidir então quais reduções de custo poderiam ser levadas a efeito e de forma que realmente fizessem diferença, assim como precisava estudar quais as formas de refinanciamento ele teria e quais outras medidas poderiam ser tomadas para evitar a falência da empresa.
O setor de auditoria, do qual a PRG fazia parte, consiste em contabilistas responsáveis por auditar as transações de uma empresa com o intuito de encontrar e recuperar recursos devidos a seus clientes. Os principais clientes deste setor consistiam em empresas grandes que transacionavam grandes volumes e que, por este motivo, estavam mais sujeitos a erros, devido à complexidade das transações.
Os sistemas utilizados eram altamente sofisticados e a mão de obra era especializada, exigindo de seus profissionais uma gama muito grande de experiência. Por conta disso, os auditores de recuperação tendem a ser mais velhos e terem mais tempo de empresa. A remuneração do setor é basicamente composta por comissões, portanto quanto mais erros eram descobertos, maiores eram as comissões recebidas. 
O problema do declínio no setor começou devido á redução dos fundos recuperados, haja vista que as empresas ao aprenderem como trabalhar corretamente, passavam a cometer menos erros. Além disso, muitas empresas passaram a fazer suas próprias auditorias internamente. Apesar de tudo isso, ainda havia pontos positivos e boas perspectivas no setor, pois a sofisticação tecnológica e o conhecimento especializado das empresas de auditoria eram um diferencial importante, sem contar com o fato de que diversos clientes eram muito pequenos para fazerem suas próprias auditorias e outros tantos preferiam deixar essa atividade para uma empresa terceirizada e focar seus esforços em suas atividades-fim.
A PRG-Schultz nasce da fusão entre duas empresas: a Howard Schultz & Associates, fundada em 1970 por Howard Schultz; e a Profit Recovery fundada por John Cook em 1990. A PRG nasce em 2002 tendo Cook como CEO e Schultz como presidente do conselho de administração. Schultz, no entanto, se aposenta no final de 2002 deixando a presidência para Cook. Dois anos depois, a PRG já tinha entre seus clientes 22 dos 25 maiores varejistas dos EUA.
No entanto, os problemas surgem logo após a criação da PRG, e em 2004 surgem os primeiros anúncios de propostas de compras. Apesar disso, em 2005 a empresa fecha um contrato com o Estado da Califórnia para dar andamento em um plano piloto de auditoria dos pagamentos de assistência médica e, apesar deste não ser o principal foco da empresa, eles acreditavam que poderia ser um segmento com tendências a aumentar nos anos seguintes. 
Em 2005, portanto, após análises estratégicas, a diretoria decide não mais vender a empresa. Nesse mesmo comunicado, Cook anuncia sua aposentadoria.
Quem assume a direção da empresa é McCurry, empreendedor e executivo com ampla experiência no varejo e consultoria, além de membro do conselho desde 2003. 
McCurry assume uma empresa cujo relatório financeiro recém-feito indica uma queda de 11% no resultado trimestral e 12% no semestral. Outra situação diagnosticada foi a incapacidade da empresa em honrar o pagamento dos juros de 3 milhões de dólares sobre sua dívida que vencia menos de 5 meses após sua posse.
O novo CEO toma as primeiras medidas de reajuste da empresa. A primeira foi a aceleração do prazo dos recebíveis. Ao perceber que os dias de vendas em aberto (DVA) eram superiores ao prazo estipulado, ele determinou que a empresa entrasse em contato com seus clientes e exigisse o pagamento pontual. Além disso, determinou também cortes e mudanças simbólicas, mas importantes, tais como o avião da empresa, os títulos do clube, as vagas marcadas, etc. Como esses cortes não eram suficientes, McCurry solicitou a Connors um benchmark das despesas de vendas, gerais e administrativas (VGA) e, frente ao relatório, determinou a redução de custos em 45 milhões de dólares para que a empresa pudesse trazer o VGA para mais perto das empresas comparáveis. Mas ainda era necessário mais um passo, e em setembro, a PRG contrata um banco de investimentos especializado em reestruturação, o Rothschild, para ajudar a explorar as opções de financiamento. 
Outros fatores importantes também foram analisados por McCurry, tal como a cultura organizacional da empresa. Mas é importante perceber o quanto a análise detalhada de todos os aspectos internos e externos da empresa, é fundamental na tomada de decisão para a sua sustentabilidade no mercado. McCurry ainda precisava decidir onde iria cortar todos os gastos necessários, mas suas primeiras medidas já haviam sido suficientes para honrar a folha de pagamento.

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