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RESUMO CONSTITUCIONAL (OS TRES PODERES)

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Poder Legislativo 
O Poder Legislativo no Brasil, em âmbito federal, é bicameral, isto é, composto por duas Casas: a 
Câmara dos Deputados (composta por representantes do povo) e o Senado Federal (representando os 
Estados-membros e o Distrito Federal). Suas duas funções são elaborar leis (desde a EC até as leis 
ordinárias) e exercer o controle político do Poder Executivo e realizar a fiscalização orçamentária (art. 70) de 
todos os que lidam com verbas públicas. 
Art. 44 da CF/88 “O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câ mara dos 
Deputados e do Senado Federal.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO (ART. 27, 29, 32 E 33, §3º) 
 Estrutura do Poder Legislativo Estadual 
Unicameralismo: o legislativo estadual é composto pela Assembleia Legislativa, pelo s Deputados Estaduais 
e representantes do povo no Estado; 
Número de Deputados Estaduais: art 27 - o nú mero de Deputados corresponde ao tri plo da representação do 
Estado na Câmara dos Deputados e atingindo o número de 36 será acrescido de tantos quantos dores os 
Deputados Federais acima de 12; 
Mandato: o mandato dos Deputados Estaduais será de 4 anos; 
Outras regras: sobre sistema eleitoral, inviolabi lidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, 
impedimentos e incorporação às Forç as Armadas serão aplicadas aos parlamentares estaduais (art. 27, § 1º). 
O mesmo regime dos parlamentares federais. 
Remuneração: art. 27, § 2º, o subsídio dos Deputados Estaduais não pode ser superior a 75% aquele 
PODER LEGISLATIVO
Congresso Nacional
É composto por Câmara dos Deputados e Senado Federal;
A Câmara é composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, no DF e nos territórios;
O número de deputados de cada Estado varia conforme o tamanho de sua população, não podendo ser menor que 8 e maior que 70;
Cada território teria (se existissem) sempre 4 deputados, ou seja, neste caso o número seria fixo;
O Senado é composto por representantes dos Estados, eleitos pelo sistema majoritário;
Cada Estado tem 3 senadores;
Essa representação é renovada de 4 em 4 anos, alternadamente, por 1/3 e 2/3 (ou seja, em uma eleição a população vota em 2 senadores, e quatro anos depois, na outra, somente em um senador);
A Câmara e o Senado podem convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, configurando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
Cada senador tem 3 suplentes, para que possam assumir quando ele se afastar do cargo.
 Atribuições do Congresso Nacional
 Competência Legislativa: é a atribuição de dispor sobre todas as matérias de competência da União, sempre com a sanção do Presidente da República. Alguns exemplos:
Plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;
Sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
Organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;
Fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
Limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União.
Competência Deliberativa: trata-se de aprovações, sustações, autorizações, ou seja, decisões que o Congresso Nacional toma de forma exclusiva, sem a necessidade de sanção do Presidente da República. Alguns exemplos:
Resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
Autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;
Autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a 15 dias;
Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
Autorizar referendo e convocar plebiscito.
Atribuições Privativas da Câmara
Autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa;
Elaborar seu regimento interno e dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração.
Atribuições Privativas do Senado
Processar e julgar nos crimes de responsabilidade:
 Presidente e Vice-Presidente (Ministros de Estado e Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica também são julgados pelo Senado nos casos de crimes conexos aos do presidente);
Ministros do STF;
Membros do CNJ;
Membros do CNMP;
PGR;
AGU.
ATENÇÃO: Nestes casos, o presidente do STF exercerá provisoriamente a presidência do Senado, limitando-se à condenação do réu, que somente será proferida por 2/3 dos votos dos senadores. Além da perda do cargo, a autoridade ficará inabilitada, por 8 anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
PGR;
Ministros do TCU;
Governador de território;
Presidente e diretores do Banco Central;
Magistrados, nos casos previstos pela CF;
Chefes de missão diplomática de caráter permanente; Outros titulares de cargos que a lei determinar.
Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF;
Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
Avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios;
Eleger membros do Conselho da República;
Dispor sobre sua organização e regimento interno.
Deputados e Senadores
São invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (imunidade material);
Desde a expedição do diploma, são submetidos a julgamento perante o STF (prerrogativa de foro);
Desde a expedição do diploma, não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável (imunidade formal quanto à prisão). Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão;
Caso o STF receba denúncia contra parlamentar, deve dar ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação (imunidade formal quanto ao processo criminal);
ATENÇÃO: Essa sustação deve ser apreciadadentro do prazo improrrogável de 45 dias.
ATENÇÃO: Processos que já estavam em andamento antes da diplomação não podem ser suspensos.
ATENÇÃO: Aos vereadores são asseguradas apenas as imunidades materiais e na circunscrição de seu município, ou seja, os mesmos não possuem imunidade formal.
As imunidades dos parlamentares subsistem durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de 2/3 dos membros da respectiva Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida;
PROCESSO LEGISLATIVO
Projeto de lei Discussão Votação Aprovação Sanção (VETO) Promulgação Publicação
Entende-se por processo legislativo o instrumento por meio do qual o Estado cria o Direito, elaborando normas jurídicas. Sob outro ângulo, pode-se afirmar que o processo legislativo corresponde a um conjunto de atos (iniciativa – introdução, emenda, votação, sanção e veto, promulgação e publicação), interdependentes e contínuos, preordenados à feitura das espécies normativas. O estudo do processo legislativo abrange o entendimento das regras formais (procedimentais) de criação (elaboração) das leis.
Espécies normativas elencadas no art. 59 da CF.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
◼ I - emendas à Constituição;
◼ II - leis complementares;
◼ III - leis ordinárias;
◼ IV - leis delegadas;
◼ V - medidas provisórias;
◼ VI - decretos legislativos;
◼ VII - resoluções.
Emendas Constitucionais – Processo Legislativo
A Constituição exige quorum especial para a sua aprovação, consistente na maioria absoluta dos membros das casas legislativas. (CF, art. 69).
Lei complementar 
Disciplina matérias especificamente a ela reservadas pela Constituição, ou seja, não cabe ao detentor da iniciativa legislativa, tampouco ao legislador decidir quais matérias serão tratadas por meio de lei complementar.
Não são superiores às leis ordinárias, uma vez que inexiste hierarquia entre elas. Pois partem da mesma fonte de fundamento a CF.
Leis Ordinárias 
É ato legislativo típico, primário e geral.
É a espécie normativa regra. Seu processo legislativo é o comum, exigindo-se, para sua aprovação, tão-somente o quorum simples de maioria relativa (CF, art. 47) assim, pode dispor sobre todas as matérias não reservadas à lei complementar.
Suas características são generalidade e abstração.
Leis Delegadas
Cuida-se de ato normativo elaborado e editado exclusivamente pelo Presidente da República, em face de autorização concedida pelo Congresso Nacional, e nos limites por estes impostos.
A autorização do Congresso para o Presidente da República elaborar lei delegada terá a forma de resolução, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
Medidas Provisórias
As medidas provisórias, criadas em substituição aos decretos-leis, nada mais são do que atos normativos, com força de lei (logo não são leis), editados exclusivamente pelo Presidente da República, em casos de relevância e urgência. Assim, não obstante tenham força de lei. 
Decretos Legislativos
São espécies legislativas por meio das quais se expressa o Congresso Nacional no desempenho de sua competência exclusiva prevista no art. 49 da Constituição.
Destinam-se a regular matéria de competência exclusiva do Congresso. Independem de sanção e via de regra são atos de efeitos externos.
Disciplina matéria de objeto de medida provisória que não foi aprovada.
Resolução
São espécies normativas por meio das quais se manifestam as casas do Congresso Nacional no exercício de suas atribuições previstas nos arts. 51 e 52 da Constituição. Também não dependem de sanção e via de regra são atos de efeitos internos.
Iniciativa popular: Pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados, com não menos de 3/10% (três décimos por cento) dos eleitores em cada um deles (art. 61, §2º da CF).
- Requisito numérico: no mínimo, 1% do eleitorado nacional;
- Requisito espacial: eleitorado distribuído por pelo menos 5 Estados;
- Requisito interno: com não menos de 3/10%(três décimos por cento) dos eleitores em cada um deles.
Fase Constitutiva
Fase Constitutiva: A Fase constitutiva é composta da deliberação parlamentar, onde o projeto de lei apresentado será discutido e votado nas duas Casas do Congresso Nacional, e da deliberação executiva, por meio da sanção ou veto, caso o projeto venha a ser aprovado nas duas Casas do Congresso Nacional. Ainda que o projeto seja aprovado pelo Legislativo e vetado pelo Executivo, tem-se, ainda na fase constitutiva, a obrigatória apreciação do veto pelo Congresso Nacional.
Deliberação Parlamentar: O projeto de lei é apreciado nas duas casas do Congresso Nacional (Casa Iniciadora e Revisora), separadamente, e em um turno de discussão e votação (no plenário). Será aprovada por maioria simples ou relativa, caso trate de lei ordinária, ou maioria absoluta, caso trate de lei complementar.
Maioria absoluta: Metade +1 dos componentes da casa.
Maioria relativa: Metade +1 dos presentes na casa.
✓ Rejeitar: O projeto estará arquivado.
✓ Se silenciar: O projeto obstará a pauta da Câmara até que decida sobre a
aprovação do projeto. - As medidas provisórias não ficam obstruídas, mas
as demais deliberações sim.
✓ Se aprovar: O projeto será encaminhado ao Senado.
Aprovado na Câmara, o projeto vai ao Senado, que também terá 45 dias para
aprovar, rejeitar ou apresentar emendas:
Função de fiscalização e controle:
Relacionada diretamente ao controle externo realizado pelo Congresso Nacional e exercido com auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), tal função, tem como intuito, apurar por meio de fiscalização direta as contas e patrimônio Público da União e das entidades da administração direta e indireta, com observância ao disposto pelo art. 70 da CF, à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas.
Nesta função fiscalizatória, o Congresso Nacional tem como modus operanrdi no exercício de suas atribuições, as comissões parlamentares, que serão exercidas a depender da discussão fomentada de fiscalização e controle, as quais de modo ilustrativo têm-se: Comissão temática ou em razão da matéria (permanente) – art. 58, § 2º da CF/88; Comissão especial ou temporária; Comissão parlamentar de inquérito – art. 58, § 3º da CF/88; Comissão mista; e Comissão representativa (que ocorre durante o recesso) – art. 58, § 4º da CF/88.
O PODER EXECUTIVO
O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo. 
O Presidente é eleito democraticamente para mandato com duração de quatro anos e possibilidade de uma reeleição consecutiva para igual período.
Ao tomar posse, o chefe do Executivo tem o dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, apresentar um plano de governo com programas prioritários, projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento. 
Cabe ao Poder Executivo executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, mas o Presidente da República também pode iniciar esse processo.
Em caso de relevância e urgência, adota medidas provisórias e propõe emendas à Constituição, projetos de leis complementares e ordinárias e leis delegadas.
O Presidente da República também tem o direito de rejeitar ou sancionar matérias e ainda, decretar intervenção federal nos Estados, o estado de defesa e o estado de sítio; manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. 
Compete ao cargo a concessão de indulto e a comutação de penas, ou seja, substituir uma pena mais grave, imposta ao réu, por outramais branda.
Para concorrer ao cargo, o candidato ou candidata deve cumprir alguns requisitos: ser brasileiro nato; ter a idade mínima de 35 anos, completos antes do pleito; ter o pleno exercício de seus direitos políticos ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil; ser filiado a uma agremiação ou partido político; não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição.
Em caso de viagem ou impossibilidade de exercer o cargo, o primeiro na linha sucessória a ocupar o cargo de Presidente é o seu vice. Em seguida vêm o presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e presidente do Supremo Tribunal Federal.
PODER JUDICIÁRIO
Supremo Tribunal Federal – STF
Conselho Nacional de Justiça – CNJ
Supremo Tribunal de Justiça – STJ
Tribunais Regionais Federais – TRF e juízes federais.
Tribunais e juízes do trabalho
Tribunais e juízes eleitorais
Tribunais e juízes milatres
Tribunais e juízes dos Estados e do DF e Territórios
OBSERVAÇÕES: STF e STJ têm sede na capita l federal e jurisdição em todo o território nacional. O CNJ também tem sua sede em Brasilia.
Funções
Típica: exercer a jurisdição ou seja julgar.
Atípica: legislar e administrar.
Garantias do Poder Judiciário 
Vitaliciedade
Inamovibilidade
Irreduditibilidade de subsídios 
Garantias institucionais
Autonomia administrativa;
Autonomia financeira
Autonomia de organizarem-se conforme desejem.
Conselho Nacional de Justiça- CNJ
A função do CNJ é administrativa, haja vista, que apesar de ser um órgão eminentemente do poder judiciário não pode exercer a jurisdição, ou seja, não tem competência para julgar litígios.
Total de 15 membros, sendo que 9 deles são do Poder Judiciário, 4 membros das funções essenciais a justiça e membros da sociedade.
Remuneração
Dos ministros dos tribunais superiores é fixado nos subsídios dos ministros do STF;
Dos magistrados será fixado em lei em nível federal e estadual.
Aposentadoria: previdência social.
Declaração de inconstitucionalidade de leis
É função por voto da maioria;
Só os Tribunais podem declarar.
Membros das funções essenciais a justiça
2 membros do Ministério Público, sendo que um membro será do Ministério Público da União indicado pelo Procurador Geral, financeiro e a atuação funcional dos juízes.
O CNJ não tem competência para fiscalizar a atuação JURISDICIONAL dos juízes, sendo que é vetado a este órgão qualquer decisão relacionada à interferência, fiscalização, reexame ou efeito suspensivo de qualquer ato de conteúdo jurisdicional.
É um órgão de controle INTERNO.
Suas decisões podem ser impugnadas pelo STF;
O serviço de fiscalização do CNJ alcança não somente os juízes como também os serviços auxiliares e até serviços notariais e de registro;
Todas as decisões do CNJ são passíveis de controle de constitucionalidade pelo STF;
Autonomia administrativa e financeira do P.J.
Elaboram suas propostas orçamentárias.
MINISTÉRIO PÚBLICO
órgão institucional autônomo, responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Sua organização não está alinhada com nenhum dos três poderes (executivo, judiciário e legislativo), e por isso mesmo, ele não pode ser extinto ou ter as atribuições repassadas a outra instituição.
Dentro de sua estrutura, o ministério público está organizado:
ministério público da União (MPU), que se divide em:
Ministério Público Federal (MPF),
Ministério Público do Trabalho (MPT),
Ministério Público Militar (MPM),
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
O Procurador-Geral da República é o chefe do ministério público da união e do ministério público federal. Além disso, ele também é o procurador-geral eleitoral. 
No nível federal, temos os procuradores da república, que atuam junto à justiça federal.
Nos estados os promotores e procuradores de justiça trabalham junto à justiça estadual.
Quando o assunto envolver matéria federal, os encarregados serão os procuradores regionais da república e o processo será responsabilidade do tribunal regional federal. 
Quando a matéria é estadual, os procuradores de justiça atuam junto aos tribunais de justiça estaduais.
ADVOCACIA PÚBLICA
1.1 Funções
Art. 182, CPC/2015. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta.
Além da atuação contenciosa, que contempla não só a representação judicial, mas também extrajudicial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os advogados públicos exercem atividades consultivas, de assessoramento e orientação aos dirigentes do Poder Executivo das respectivas unidades federadas (art. 131, parte final, da Constituição).
A representação judicial corresponde à legitimidade conferida ao advogado público para atuar como “Estado” tanto no polo ativo como no polo passivo das ações judiciais. A representação extrajudicial, por sua vez, é aquela que permite ao advogado defender os interesses públicos da Administração na via administrativa, perante órgãos e entidades públicas ou privadas.
Por fim, as funções de consultoria e de assessoramento estão relacionadas à verificação de adequação prévia dos atos que o Poder Executivo pretende praticar aos princípios e regras constantes em nosso ordenamento. O exercício dessas funções (consultoria e assessoramento) deve ter como objetivo dar segurança jurídica aos atos administrativos praticados, evitando o posterior questionamento acerca de sua eventual ilegalidade ou inconstitucionalidade.
1.2 Formas de atuação
Assessoramento e consultoria através de pareceres jurídicos;
Exame prévio de legalidade de contratos, acordos e convênios firmados por autoridades públicas;
Apuração de certeza de liquidez de créditos de natureza tributária (ou não), bem como a inscrição em dívida ativa para fins de cobrança judicial;
Representação da entidade federativa nas ações de execução de dívida ativa de caráter tributário;
Representação de entidade federativa nas ações individuais, nas ações civis públicas, nas ações de improbidade administrativa e nas ações provenientes da lei de licitações e contratos administrativos;
Representação e manifestação nas ações de controle concentrado de constitucionalidade.
Essas funções são distribuídas de acordo com a legislação específica de cada carreira (Advogado-Geral da União, Procurador da Fazenda Nacional, Procuradores Federais, Procuradores do Banco Central, Procuradores dos Estados, Procuradores do Distrito Federal e Procuradores dos Municípios), podendo ser exercidas por um ou mais órgãos, a depender da organização estrutural conferida pela lei.
Ressalte-se que todas as carreiras mencionadas integram a Advocacia Pública e, portanto, são também essenciais à manutenção da ordem jurídica justa.
1.3 Prazos e responsabilidades
O Advogado público terá, por conta desta representação, prazo em dobro para toda e qualquer manifestação processual;
O Advogado público responderá civil e regressivamente quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções (art. 184, CPC/2015). 
1.4 Honorários
Art. 85, § 19, o advogado público terá direito autônomo à execução dos honorários advocatícios de sucumbência nas hipóteses em que a vencedora da demanda for à entidade que ele represente.

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