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AULA 3 2015 2 (1)

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SANEAMENTO BÁSICO 
Aula - Poluentes das águas/ ETE’s 
Camila 
 
Introdução 
 todos os processos de tratamento interferem 
no ciclo hidrológico e geram um ciclo artificial ou 
ciclo urbano da água, como já vimos; 
 nem todas as cidades contam com ETEs, e 
mesmo os métodos convencionais usados 
promovem, apenas, uma recuperação parcial da 
qualidade da água original; 
 o crescimento da população e dos processos 
industriais e tecnológicos, e a urbanização, têm 
produzido repercussões sem precedentes sobre o 
ambiente humano e sobre o planeta. 
O Reuso da água 
 Desde a nascente os rios sofrem captação de água e devolução de 
efluentes, sucessivamente (reuso indireto da água). 
 Durante períodos com menores índices de chuvas, a manutenção da 
vazão mínima, em rios pequenos, depende do retorno de descargas de 
esgotos a montante (rio acima), para que o rio continue existindo e desta 
forma o ciclo urbano continue integrado ao ciclo hidrológico natural. 
Os Processos de Tratamento 
 Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e 
tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga 
poluidora, de forma que elas possam ser dispostas adequadamente, sem 
prejuízo ao meio ambiente. 
 
 
 
Imitando a natureza 
Em relação à matéria orgânica, a ETE reproduz a capacidade 
que os cursos d’água têm naturalmente de decompor a 
matéria orgânica, porém em menor espaço e tempo. 
Os Processos de Tratamento 
AGENTES DE 
TRATAMENTO 
 
As bactérias aeróbias 
ou anaeróbias, quando 
encontram condições 
favoráveis, se 
reproduzem em grande 
quantidade, 
degradando a matéria 
orgânica presente nos 
esgotos, por isso são 
conhecidas como 
agentes de tratamento. 
CONDIÇÕES PARA O TRATAMENTO 
 
As condições para o tratamento do 
esgoto dependem de planejamento 
prévio, dimensionamento das 
instalações, assim como de alguns 
outros fatores que são citados abaixo 
como: 
• A carga orgânica presente. 
• A classificação das águas do rio que 
receberá o efluente tratado. 
• A capacidade de autodepuração do 
rio que receberá o efluente tratado. 
• A disponibilidade de área e energia 
elétrica. 
• O tratamento do esgoto sanitário 
ocorre em um processo de vários níveis 
responsáveis por separação ou 
eliminação de diferentes substâncias. 
ECAAAA!!!! 
O QUE EXISTE NO 
NOSSO ESGOTO?? 
O que é esgoto? 
 
• Esgoto é o termo usado para caracterizar os despejos provenientes 
dos diversos usos da água, tais como doméstico, comercial, industrial, 
agrícola, estabelecimentos públicos etc. 
• Esgoto sanitário = são despejos líquidos constituídos basicamente 
de esgotos domésticos e industriais lançados na rede pública, podendo 
conter também água de infiltração, esta que penetra através de 
rachaduras na rede coletora. 
• Esgotos industriais = são os lançados na rede pública, desde que 
apresentem características de esgoto doméstico, para serem lançados 
junto a ele, caso contrário deverá passar por um tratamento 
diferenciado. 
 
• A parcela mais significativa do esgoto sanitário provém de 
resíduos domésticos (esgoto doméstico), gerados em aparelhos 
sanitários, lavanderias, cozinhas e chuveiros. 
 
• O esgoto doméstico tem características bem definidas, apesar de 
variarem em função dos costumes e condições sócio – econômicas 
da população. 
 
 
Porque tratar o esgoto? 
 
• O tratamento do esgoto sanitário, antes do seu lançamento em 
qualquer corpo hídrico, tem como OBJETIVOS: 
• prevenir e reduzir a propagação de doenças transmissíveis 
causadas por microorganismos patogênicos; 
• conservar as fontes de abastecimento de água para seu uso 
doméstico, industrial e agrícola; 
• manter as características da água necessária á piscicultura; 
• realizar a manutenção das águas para banho e outros processos 
recreativos; 
• preservar a fauna e flora aquáticas. 
 
Sistemas de Esgoto 
Água fornecida para a população 
Águas residuárias 
Utilizada nas atividades humanas 
Imprópria para o consumo e retorno ao meio ambiente 
ÁGUA RESIDUÁRIA 
É a massa líquida que apresenta 
partículas, compostos químicos ou 
microrganismos que tornam imprópria 
sua utilização ou aproveitamento, 
requisitando, portanto, 
condicionamento ou tratamento antes 
do reuso ou destinação final. 
Esgoto Sanitário 
Água residuária formada por contribuições de esgoto 
doméstico, de esgoto industrial e da água do terreno que entra 
nas tubulações coletoras 
Esgoto 
Industrial 
Esgoto 
Doméstico 
Esgoto 
Sanitário 
Águas de 
Infiltração 
Constituição do esgoto 
sanitário 
Esgoto Sanitário 
Esgoto sanitário – de acordo com a ABNT – NBR 
7229/93, esgoto sanitário VEM A SER ÁGUA 
RESIDUÁRIA COMPOSTA DE ESGOTO DOMÉSTICO, 
DESPEJO INDUSTRIAL ADMISSÍVEL AO 
TRATAMENTO CONJUNTO COM O ESGOTO 
DOMÉSTICO E A ÁGUA DE INFILTRAÇÃO. 
 
 
 
Esgoto Sanitário 
Esgoto Doméstico 
Representa o maior volume do esgoto sanitário!! 
É formado por material fecal e águas servidas provenientes 
de banheiros, cozinhas, outras instalações hidro-sanitárias de 
residências, prédios comerciais, instalações públicas, além de 
contribuições especiais de estabelecimentos de 
saúde.......HUMMMMMMM........VAMOS PENSAR....... 
Esgoto Industrial 
É formado por efluentes de processos produtivos e 
de águas de lavagem de industrias. Apresenta 
geralmente grande vazão e carga poluidora. 
Águas de Infiltração 
São aquelas que, ao escoar ou infiltrar no terreno 
penetram nos coletores de esgoto, seja por juntas 
mal executadas ou aberturas nos componentes da 
rede coletora de esgoto. 
Esgoto Sanitário 
Esgoto 
Coletados 
Destino Adequado 
Evitar a transmissão de doenças ao homem e 
minimizar os seus impactos ao meio ambiente. 
Esgoto Sanitário 
Importância Sanitária 
Controle e à prevenção de doenças 
evitar a poluição do solo e dos mananciais de 
abastecimento de água; 
 
evitar o contato de vetores com as fezes; 
 
 propiciar a promoção de novos hábitos higiênicos na 
população; 
 
promover o conforto e atender ao senso estético. 
Importância Econômica 
 aumento da vida média do homem, pela redução da mortalidade em 
conseqüência da redução dos casos de doenças; 
 diminuição das despesas com o tratamento de doenças evitáveis; 
 redução do custo do tratamento da água de abastecimento, pela 
prevenção da poluição dos mananciais; 
 controle da poluição das praias e dos locais de recreação com 
o objetivo de promover o turismo; 
 preservação da fauna aquática, especialmente os criadouros de 
peixes. 
DOENÇAS 
Doenças Causadas por Parasitas: 
Amebíase: O contágio se dá através de água contaminada com cistos provenientes de 
fezes humanas. 
Esquistossomose: O contágio se dá através do contato direto com água onde há larvas 
provenientes de caramujos. 
 
Ascaridíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Áscaris 
Lumbricoides. 
 
Giardíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Giárdia 
Lamblya. 
 
 
Doenças Causadas por Vírus 
 
 
Hepatite Viral tipo A e Poliomielite: O contágio se dá ao contato ( consumo ou 
banho) com água contendo urina ou fezes humanas. 
 
 
Doenças causadas por Bactérias 
 
Meningoencefalite: O contágio se dá pelo contato (consumo ou banho) com águas 
contaminadas. 
Cólera: O contágio se dá com o consumo de água contaminada por fezes ou vômito 
de algum indivíduo contaminado. 
 
 
Leptospirose: Aágua contaminada por urina de ratos é a principal causa da doença, 
cuja incidência aumenta com chuvas fortes e enchentes. Apresenta maior perigo em 
águas próximas a depósitos de lixo e em áreas sem esgotamento sanitário. 
 
Febre Tifóide: O contágio se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados (a 
contaminação de alimentos ocorre ao se lavar alimentos com água contaminada). 
 
Gastroenterites: A ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes causam 
muita variedade de distúrbios gástricos, geralmente associados a fortes diarréias. 
 
Desinteria Bacilar: Uma série de bactérias causam, através da ingestão de água sem 
tratamento, severas formas de diarréias, formando um quadro de febre, dores e mal 
estar geral. 
Segundo a ONU, morrem a cada dia 25 mil pessoas no 
mundo, na maioria crianças, em virtude de doenças 
provocadas pela água poluída. 
Dentre os países desenvolvidos onde há água tratada e 
sistema completo de esgoto sanitário para 100% da 
população, o Canadá tem-se destacado em um 
movimento de promoção de saúde, defendendo o 
conceito de cidade saudável, que tem o aval da OMS. 
Os Estados Unidos e maior parte dos países europeus já 
resolveram substancialmente o problema do 
esgotamento sanitário. 
O Esgoto Sanitário no Mundo 
O que dificulta a implantação do SES? 
Falta de planejamento e altos custos de 
implantação. 
Coleta 
Primeira atividade para afastar os dejetos e os 
microrganismos patogênicos presentes no esgoto 
sanitário. 
Analisada de forma integrada a um sistema, para definir 
o que coletar, como transportar e em que local tratar ou 
descartar. 
 
Composição Quantitativa 
 
A QUANTIDADE de esgoto sanitário produzido diariamente 
pode variar bastante não só de uma comunidade para outra, 
como também dentro de uma mesma comunidade devido a 
vários fatores, que vão desde o custo da água e condições 
de aparelhos sanitários até o clima. 
 
Estima-se hoje que a produção média de esgoto por pessoa 
em um dia seja de 130 a 170 litros. 
Composição Qualitativa 
 A QUALIDADE do esgoto varia em função da composição da água 
de abastecimento e seus diversos usos. 
 Não ocorrendo uma alta demanda de esgoto industrial, o esgoto 
sanitário é constituído de aproximadamente de 99,9% de água e 0,1% 
de material sólido. 
Composição Qualitativa 
 H2O = nada mais é do que um veículo para substâncias orgânicas, 
inorgânicas e microorganismos eliminados pelo homem diariamente. 
 Sólidos = são responsáveis pela deterioração da qualidade do corpo de 
água receptor, essas qualidades são medidas através de análises físico-
químicas e microbiológicas. 
 Esse esgoto contém inúmeros organismos vivos → alguns sendo 
muito importante no tratamento de águas residuárias, pois degradam a 
matéria orgânica composta (complexa) em compostos orgânicos mais 
simples e estáveis. 
Autodepuração 
Recuperação do equilíbrio no meio 
aquático por processos naturais após 
as alterações pelo lançamento de 
efluentes 
Lançamento de matéria 
orgânica 
Estabilização da 
matéria orgânica por 
bactérias 
Consumo de 
oxigênio 
dissolvido 
Esgoto 
Matéria orgânica 
Decomposição 
 Nutrientes 
(nitrato e fosfato) 
Proliferação de algas 
Ausência de 
entrada de luz 
Morte de algas e 
plantas de fundo 
Aumento da 
decomposição 
Aumento do 
consumo de O2 
Morte de animais 
 Predominância de 
processos anaeróbicos 
Diminuição da 
concentração de O2 
Eutrofização 
Aspectos Ecológicos 
Ecossistema em condições 
naturais: elevada diversidade de 
espécies, elevado número de 
espécies e baixo número de 
indivíduos em cada espécie. 
 
• A poluição é seletiva: 
somente as bem adaptadas à 
poluição sobrevivem, 
proliferam. As demais não 
resistem, podendo vir a 
desaparecer do sistema 
Ecossistema alterado: baixa 
diversidade de espécies, reduzido 
número de espécies e elevado 
número de indivíduos em cada 
espécie. 
 
 
Nível de 
poluição 
D
iv
er
si
d
ad
e 
d
e 
es
p
éc
ie
s 
Decomposição 
• A matéria orgânica é consumida por bactérias e outros microorganismos 
aeróbios que transformam compostos orgânicos de cadeias mais complexas, em 
cadeias mais simples. 
 
• Ocorre que durante a decomposição, há um decréscimo nas concentrações de 
oxigênio dissolvido na água devido à respiração dos seres que consomem a matéria 
orgânica. 
 
• O processo se completa com a reposição desse oxigênio normalmente a 
jusante....... 
Quantificação da autodepuração 
• A quantidade de oxigênio dissolvida na água para a decomposição da matéria 
orgânica é chamada Demanda Bioquímica de Oxigênio ( DBO ). 
 
• DBO é o oxigênio que vai ser respirado pelos decompositores aeróbios para a 
decomposição completa da matéria orgânica lançada na água. 
DBO5 = 
 
 quantidade de oxigênio consumida 
 _____________________________ 
 volume da amostra 
Quando cessa a decomposição, diz-se que a matéria 
orgânica foi estabilizada ou mineralizada. 
Reaeração 
 
 Durante a decomposição, há um decréscimo nas concentrações 
de oxigênio dissolvido na água devido à respiração dos seres 
que consomem a matéria orgânica. 
 
 Recuperação do oxigênio dissolvido: 
 
 Trocas atmosféricas; 
 Fotossíntese. 
 
TRATAMENTO DE ESGOTO 
NAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO REMOVEM-SE OS SÓLIDOS 
PRESENTES ATRAVÉS DE PROCESSOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS. 
 
A AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO É 
NORMALMENTE FEITA COM BASE NO POTENCIAL DE DEPLEÇÃO DE OXIGÊNIO 
CAUSADO PELA MATÉRIA ORGÂNICA PRESENTE NO ESGOTO. 
 
EMBORA SEJA UMA SIMPLIFICAÇÃO DO POTENCIAL POLUIDOR, ESSE 
MÉTODO É CONSIDERADO O MODO MAIS PRÁTICO DE SE MEDIR A 
“FORÇA” DO ESGOTO OU A CARGA ORGÂNICA QUE É LANÇADA NO 
AMBIENTE. 
 
QUALIDADE DOS CORPOS D’ÁGUA 
X 
OXIGÊNIO DISSOLVIDO(OD) 
OS CORPOS D’ÁGUA MANTÊM UMA CERTA 
QUANTIDADE DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO. 
 
ESSE OXIGÊNIO É UTILIZADO NA DEGRADAÇÃO DA 
MATÉRIA ORGÂNICA, PRESENTE NOS ESGOTOS. 
DEMANDA BIOQUÍMICA DE 
OXIGÊNIO - DBO 
 A PALAVRA DEMANDA QUER DIZER, ENTRE OUTROS 
SIGNIFICADOS, QUANTIDADE CONSUMIDA OU A CONSUMIR, A 
PALAVRA BIOQUÍMICA SIGNIFICA UM MISTO DE REAÇÕES DE 
ORIGEM BIOLÓGICA E QUÍMICA. 
 
 DESSA FORMA, PODEMOS RESUMIR QUE DBO É O CONSUMO DE 
OXIGÊNIO, ATRAVÉS DE REAÇÕES BIOLÓGICAS E QUÍMICAS. 
 
 NUM CORPO D’ÁGUA COEXISTEM BACTÉRIAS E MATÉRIA 
ORGÂNICA DE TODA A NATUREZA. 
 
 UMA BACTÉRIA SE ALIMENTA DE MATÉRIA ORGÂNICA E PARA ISSO 
PRECISA DE OXIGÊNIO. 
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - 
DBO 
 A DBO É NORMALMENTE CONSIDERADA COMO A QUANTIDADE DE OXIGÊNIO 
CONSUMIDA PELOS MICROORGANISMOS, DURANTE UM DETERMINADO 
PERÍODO DE TEMPO (5 DIAS ) E NUMA TEMPERATURA DE INCUBAÇÃO 
ESPECÍFICA (20°C), DETERMINADA COMO DBO 5,20. 
 
 O TESTE DE DBO SURGIU NA INGLATERRA E, SEGUNDO SE DIZ, 20ºC SERIA A 
TEMPERATURA MÉDIA DOS RIOS INGLESES E 5 DIAS, O TEMPO MÉDIO QUE A 
MAIORIA DOS RIOS LEVARIAM PARA IR DESDE A NASCENTE ATÉ O MAR. 
 
 UM ESGOTO A CÉU ABERTO QUE DESÁGUA EM UM RIO É UMA FONTE 
ENORME DE MATÉRIA ORGÂNICA, DIZ-SE QUE A DBO DESSE ESGOTO É ALTA 
OU, QUE AS ÁGUAS DO ESGOTO IRÃO EXIGIR UM ALTO CONSUMO DE 
OXIGÊNIO DO RIO, EXATAMENTE POR SEREM RICAS EM MATÉRIA ORGÂNICA. 
 
 
EXEMPLO DE DBO: 
O EFLUENTE DE UMA REFINARIA DE AÇÚCAR CHEGA A TER DBO DE 
6.000 mg/L, O QUE SIGNIFICA QUE A CADA LITRO DESPEJADO NUM RIO 
FARÁ COM QUE 6.000 mg OU SEJA, 6 g DO OXIGÊNIODISSOLVIDO NA 
ÁGUA DO RIO DESAPAREÇAM. 
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - 
DBO 
Zonas de Autodepuração 
1. Zona de degradação: tem início logo após o lançamento de 
esgoto no curso d’água (chamamos de: “a montante do 
lançamento”). Apresenta grande quantidade de m.o., ainda em 
estágio complexo, mas potencialmente decomponível. 
 
2. Zona de decomposição ativa: os microorganismos estão 
mais adaptados a nova condição, passando a desempenhar 
ativamente suas funções de decomposição da matéria orgânica. 
Como consequência a qualidade da água atinge seu estágio mais 
deteriorado. 
 
3. Zona de recuperação: após intenso consumo de 
matéria orgânica e degradação do ambiente, este tende a 
se recuperar gradativamente. 
 
4. Zona de águas limpas: as características iniciais 
voltam a ser atingidas no que diz respeito ao oxigênio 
dissolvido, matéria orgânica e bactérias. 
Fatores que interferem no processo 
 
 Temperatura; 
 
 Concentração de saturação do oxigênio dissolvido na 
água; 
 
 Velocidade do curso d’água; 
 
 Vazão. 
 
 Atenção: lembrando que estamos falando sobre o que 
acontecerá na ETE, logo.... Estes fatores irão influenciar 
na eficiência de uma ETE. 
 
O que é DBO? 
 • D.B.O. significa Demanda Bioquímica de Oxigênio, ou 
seja, é a quantidade de oxigênio necessária para 
estabilizar a matéria orgânica. 
Quanto menor o nível de DBO, menos poluente é o 
efluente. 
• Para efeitos comparativos: 
 
• A água “pura” tem 10ml/L de O.D.; 
 
• Peixes sensíveis precisam de 5 a 6 ml/L de O.D. para 
sobreviverem, enquanto que peixes mais resistentes, como 
o bagre, sobrevivem em 2 a 3 ml/L de O.D. na água; 
 
DBO 5,20 
 A DBO5,20 de uma amostra de água é a quantidade de oxigênio 
consumido em processos biológicos, através de microorganismos, 
para oxidar a matéria orgânica para uma forma inorgânica estável. 
 
 Normalmente é medida durante um período de 5 DIAS A UMA 
TEMPERATURA DE 20°C, sendo por esse motivo conhecida 
como DBO5,20. 
 
 A DBO acusa apenas a fração biodegradável dos compostos 
orgânicos, uma vez que o processo é de natureza bioquímica. 
 
 
DBO 5,20 
• Os aumentos da DBO5,20 são geralmente provocados por despejos 
de origem orgânica, sendo possível a total extinção do oxigênio na 
água ou efluente em vista de uma grande quantidade de matéria 
orgânica presente, uma vez que, para que haja degradação da mesma é 
necessário o consumo do oxigênio pelos microorganismos que 
necessitam da energia liberada através da quebra de compostos 
orgânicos para exercerem suas funções de síntese celular. 
 
• Atenção........UMA DBO5,20 ELEVADA ainda PODE INDICAR 
UM AUMENTO DA MICROFLORA PRESENTE e interferir no 
equilíbrio da vida aquática, além de produzir odores e sabores 
desagradáveis e, ainda, pode obstruir os filtros de areia utilizados 
nas estações de tratamento de água. 
Explicação para vcs. estudarem......... 
 
 São mostrados alguns gráficos que demonstram como um corpo 
d’água pode sofrer um processo de recuperação durante se curso. 
 
 O primeiro gráfico fala sobre o oxigênio dissolvido (OD ), o 
segundo mostra-nos sobre a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 
) e sobre a presença de substâncias como nitratos e nitrogênio 
amoniacal. 
 
 Em corpos d’água muito poluídos a DBO é alta. O terceiro gráfico 
nos mostra a concentração de organismos como bactérias e fungos a 
partir do momento que o curso d’água recebe um lançamento de 
esgoto. 
 
COMPOSIÇÃO SIMPLIFICADA DOS ESGOTOS SANITÁRIOS 
 
UNIDADES DE TRATAMENTO 
EM MÉDIA DESCRIÇÃO 
 
99,9 % DE ÁGUA 
ÁGUA DE ABASTECIMENTO UTILIZADA NA 
REMOÇÃO DO ESGOTO DAS ECONOMIAS E 
RESIDÊNCIAS 
 
 
0,1 % DE SÓLIDOS 
(*) 
SÓLIDOS 
GROSSEIROS 
 GRADES 
AREIA CAIXAS DE AREIA 
SÓLIDOS 
SEDIMENTÁVEIS 
 DECANTAÇÃO 
SÓLIDOS 
DISSOLVIDOS 
PROCESSOS BIOLÓGICOS 
(*) Após o tratamento, o efluente final das ETEs ainda contém certa percentagem de sólidos, 
e a maior ou menor quantidade de sólidos no efluente dependerá da eficiência da ETE. 
VARIAÇÃO NO VOLUME DE ESGOTO 
 O VOLUME DE ESGOTO RESULTA DA QUANTIDADE DE ÁGUA 
CONSUMIDA, EXPRESSA PELA TAXA PER CAPTA VARIÁVEL SEGUNDO 
HÁBITOS E COSTUMES (USUAL 200L/hab.dia); 
 
 CONTRIBUIÇÕES INDEVIDAS PARA AS REDES DE ESOTOS 
(INFILTRAÇÕES E ÁGUAS PLUVIAIS); 
 
 COEFICIENTE DE RETORNO (C) A RELAÇÃO MÉDIA ENTRE OS 
VOLUMES DE ESGOTO PRODUZIDO E ÁGUA EFETIVAMENTE 
CONSUMIDA. 
 
04/11/2015 50 
Níveis de tratamento de esgotos sanitários 
Tratamento preliminar 
 Neste primeiro nível são retirados 
do esgoto os sólidos grosseiros, como sacos 
e garrafas plásticas, folhas e areia. Este 
procedimento preliminar permite que a 
eficiência dos próximos seja mantida. O 
processo se faz por separação física mais 
grosseira são gradeamento, peneiramento e 
a sedimentação. 
TRATAMENTO PRIMÁRIO 
 O esgoto ainda contém sólidos em suspensão, como estes sólidos 
ainda presentes são mais pesados que a parte líquida, eles sedimentam, 
indo para o fundo dos decantadores, formando o lodo primário bruto. 
Esse lodo é retirado do fundo do decantador, através de raspadores 
mecanizados, tubulações ou bombas. O processo é anaeróbico, pois 
ocorre através da fermentação, na ausência de oxigênio. 
Sistema fossa séptica – filtro 
anaeróbio 
 ambientalmente adequado; 
 economicamente viável; 
 normatizado – SNVS e ABNT; 
 sólidos sedimentam – lodo; e 
 líquido para filtro anaeróbio. 
Sistema filtro biológico 
 é o mais comum; 
 suportes permeáveis para os 
microrganismos, para água passar; e 
 precisa ser bem dimensionado 
(tempo de passagem X atividade 
microbiana). 
TRATAMENTO SECUNDÁRIO 
 Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão através de 
processos biológicos, utilizando reações bioquímicas, realizadas por 
microorganismos – bactérias aeróbias, aeróbias facultativas, 
protozoários e fungos. 
 
 No processo aeróbio os microorganismos presentes nos 
esgotos se alimentam da matéria orgânica ali presente, 
convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta 
decomposição biológica do material orgânico requer oxigênio 
e outras condições ambientais adequadas como temperatura, 
pH, tempo de contato, etc. 
Principais métodos de tratamento secundário 
Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas variantes. 
 São lagoas construídas de forma simples, onde os esgotos entram 
em uma extremidade e saem na oposta. A matéria orgânica, na forma 
de sólidos em suspensão, fica no fundo da lagoa, formando um lodo que 
vai aos poucos sendo estabilizado. 
 O processo da lagoa de estabilização aeróbia se baseia nos 
princípios da respiração e da fotossíntese: as algas existentes no esgoto, 
na presença de luz, produzem oxigênio que é liberado através da 
fotossíntese. 
Esse oxigênio dissolvido (OD) é utilizado pelas bactérias aeróbias 
(respiração) para se alimentarem da matéria orgânica em suspensão e 
dissolvida presente no esgoto. 
O resultado é a produção de sais minerais – alimento das algas - e de gás 
carbônico (CO2). 
 
Lodos ativados e suas variantes 
 
 É composto, essencialmente, por um tanque de aeração (reator 
biológico), um tanque de decantação (decantador secundário) e uma 
bomba de recirculação do lodo. 
 
O princípio é a recirculação do lodo do fundo de uma unidade 
de decantação para uma de aeração. Em decorrência da 
recirculação contínua de lodo do decantador e da adição 
contínua da matéria orgânica, ocorre o aumento da biomassa 
de bactérias,cujo excesso é descartado periodicamente. 
Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) 
 
 Inicialmente os UASBs foram nomeados de digestor 
anaeróbio de fluxo ascendente (DAFA), quando 
desenvolvidos na Holanda, 
para clarificação de águas 
residuais industriais concentradas. 
 Neste sistema, a biomassa 
cresce dispersa no meio, e não 
aderida, como nos filtros biológicos. 
Esta biomassa, ao crescer, forma 
pequenos grânulos, que por sua vez, 
tende a servir de meio suporte para 
outras bactérias. O fluxo do líquido é 
ascendente e são formados gases – 
metano e carbônico, resultantes do 
processo de fermentação anaeróbia. 
 
 Neste sistema a água residuária segue uma trajetória ascendente 
passando primeiro pelo lodo e depois para a zona de sedimentação. Ao 
passar pelo lodo, a água residuária incorpora a ele, seus sólidos 
orgânicos, que serão biodegradados e digeridos em um processo 
anaeróbico que resultará na produção de biogás, que tem trajetória 
ascendente com o líquido e depois é eliminado, e no crescimento da 
biomassa bacteriana. 
Vantagens 
• Baixo custo de implantação e operação 
• Baixa produção de lodo 
• Baixo consumo de energia 
• Sistema compacto 
• Necessidade de pouco espaço para sua 
implantação e funcionamento 
Desvantagens 
• Possibilidade de emanação de 
maus odores 
• Baixa capacidade do sistema 
para tolerar cargas tóxicas 
• Muito tempo para a partida do 
sistema 
Tratamento aeróbio com biofilme 
 Neste sistema, o esgoto é aplicado sobre 
um leito de material grosseiro, como pedras e 
ripas ou material plástico, e percola em direção 
a drenos no fundo. 
 Este fluxo do esgoto permite o 
crescimento de bactérias na superfície do leito, 
formando uma película de microorganismos 
aeróbicos. O ar circula nos espaços vazios entre 
as pedras ou ripas, fornecendo oxigênio para os 
microorganismos decomporem a matéria 
orgânica. 
TRATAMENTO TERCIÁRIO 
 Remove poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), 
além de outros poluentes não retidos no tratamento primário e 
secundário. Este tratamento é utilizado quando se deseja obter um 
tratamento de qualidade superior para os esgotos. 
Neste tratamento se remove compostos como nitrogênio e 
fósforo, além da remoção completa da matéria orgânica. Este 
processo utiliza procedimentos como radiação ultravioleta e 
outros produtos químicos. 
Tratamento de lodo 
 Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em 
subprodutos: o material gradeado, areia, espuma, lodo primário e lodo 
secundário, que devem ser tratados para poder ser lançados 
adequadamente, sem que provoque prejuízos ao meio ambiente. 
 O tratamento do lodo é parte integrante do processo de lodo 
ativado, para isso ele deve passar por diferentes etapas; algumas das 
principais estão explicadas abaixo: 
Lodo não estabilizado: 
• Adensamento, para remoção da umidade. 
• Estabilização, para remoção da matéria orgânica. 
• Condicionamento, para preparar para a desidratação. 
• Desidratação, nesta fase o lodo perde mais umidade e há redução 
do volume, ocorre em leitos de secagem, lagoas de lodo ou com 
auxílio de equipamentos mecânicos. 
• Disposição final em aterros sanitários, aplicação no solo etc. 
Lodo estabilizado: 
• Nesta fase, o lodo já 
estabilizado pode ser disposto em 
aterros sanitários ou aplicado 
como fertilizante na agricultura, 
após tratamento adequado. 
DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 CORPO RECEPTOR - Qualquer corpo d’água, onde é lançado o esgoto sanitário. 
 
 ELEVATÓRIA – Estação do sistema de esgotamento sanitário, na qual o esgoto é levado 
por meio de bombas para tubulação ou a outra unidade do sistema em nível superior. 
 
 FILTRO BIOLÓGICO - Sistema de tratamento no qual o esgoto passa por um leito de 
material de enchimento recoberto com microorganismos e ar, acelerando o processo de 
digestão da matéria orgânica. 
 
 
DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 FOSSA SÉPTICA – A canalização das águas servidas e dos dejetos provenientes de 
sanitários é ligada a uma fossa, na qual a matéria esgotada passa por processo de tratamento 
ou decantação, sendo ou não a parte líquida conduzida em seguida para um desaguadouro 
geral da área, região ou município. 
 INTERCEPTOR – Rede de tubulação, localizada geralmente em fundos de vale ou 
nas margens de curso d’água, que recebe esgotos coletados nas redes coletoras e 
conduz até a estação de tratamento ou ao local de lançamento 
 
 LAGOA AERADA – Lagoa de tratamento de água residuária, em 
que a aeração mecânica ou por ar difuso é usada para suprir a 
maior parte do oxigênio necessário. 
 
DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 LAGOA AERÓBIA – Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da 
matéria orgânica ocorre quando existe equilíbrio entre a oxidação e a fotossíntese, 
para garantir condições aeróbias em todo o meio. 
 
 LAGOA ANAERÓBIA – Sistema de tratamento biológico em que a estabilização 
da matéria orgânica é realizada predominantemente por processos de fermentação 
anaeróbia, imediatamente abaixo da superfície, não existindo oxigênio dissolvido. 
 
DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 LAGOA DE MATURAÇÃO - Processo de tratamento biológico usado como 
refinamento do tratamento prévio por lagoas, ou outro processo biológico. Reduz 
bactérias, sólidos em suspensão, nutrientes e uma parcela negligenciável da 
demanda bioquímica de oxigênio (DBO). 
 
 LAGOA FACULTATIVA – Sistema de tratamento biológico em que a 
estabilização da matéria orgânica ocorre em duas camadas, sendo a superior aeróbia 
e a inferior anaeróbia, simultaneamente. 
 
 LAGOA MISTA - Conjunto de lagoas anaeróbias e aeróbias, dispostas em uma 
determinada ordem, com o objetivo de reduzir o tamanho do sistema. 
 
 LODO ATIVADO - Sistema de tratamento no qual os flocos de lodo 
recirculam com alta concentração de bactérias, acelerando o processo de 
digestão da matéria orgânica. 
 
 REATOR ANAERÓBIO – Sistema de tratamento fechado onde se 
processa a digestão do esgoto, sem a presença de oxigênio. 
 
 REDE GERAL DE ESGOTO – A canalização das águas servidas e dos 
dejetos provenientes de sanitário é ligada a um sistema de coleta que os 
conduzia a um desaguadouro geral da área, região ou município, mesmo que o 
sistema não disponha de estação de tratamento da matéria esgotada. 
 
 VALO DE OXIDAÇÃO – Reator biológico aeróbio de formato 
característico, que pode ser utilizado para qualquer variante do processo de 
lodos ativados ou comporte um reator em mistura completa.

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