Buscar

ARTIGO GONORREIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE GONORREIA
Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Biomedicina da Faculdade Guanambi como requisito parcial de avaliação da disciplina de Bacteriologia, referente a primeira unidade do semestre 2017.2.
Guanambi - BA
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 REFERENCIAL TEÓRICO	4
2. 1 AGENTE ETIOLÓGICO	4
2. 2 FORMAS CLÍNICAS	6
2. 3 DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO	8
2. 3. 1 Diagnóstico	8
2. 3. 2 Tratamento	9
2. 3. 3 Prevenção	10
3 OBJETIVO	11
3.1 GERAL	11
3.2 ESPECÍFICOS	11
4 JUSTIFICATIVA	11
5 METODOLOGIA	12
6 RESULTADOS	13
7 REFERÊNCIAS	15
1 INTRODUÇÃO
A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível, causada pelo diplococo gram-negativo Neisseria gonorrhoeae, esses tipos de bactéria são sensíveis entre as condições ambientais podendo sofrer processos de autólise, não possui a capacidade de sobreviver muito tempo fora do corpo humano, transmitida quase que exclusivamente pós-contato sexual ou perinatal, o contágio ocorre por contato direto, ou de forma indireta (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000)
A gonorreia, também conhecida como uretrite gonocócica ou blenorragia, acomete principalmente as membranas mucosas do trato genital inferior e com menos frequência nas mucosas do reto, orofaringe e conjuntivas neonatal, vindo a provocar infecções em diversas regiões do corpo, no qual são específicos desta doença, como infecções no reto, nos olhos, no trato genital, dentre outros locais. (ALTERTHUM, 2015)
Além disso, as manifestações clínicas após o contato e de ter pecorrido por todos os processos como barreiras e período de incubação, a fase de infecção evoluirá para a doença, em alguns casos o procedimento acontecerá sem muitas repercussões, porém em outras ocasiões ocorrerá complicações, no qual provocará alterações sistêmicas (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000)
Os sinais e sintomas variam entre homens e mulheres, podendo ser sintomática ou assintomática, sendo que em homens a percepção da infecção causada por essa doença é por meio da micção dolorosa e pela secreção de pus na uretra, sendo um processo inflamatório agudo e piogênico, no entanto, em alguns casos não tratados, a uretra é fibrosa e bloqueada parcialmente, acompanhado de disúria e algúria. Já em mulheres as manifestações clínicas mais comuns são a infecção cervicite, seguido de corrimento urinário e disúria e a salpigite, caracterizada como uma das principais consequências a infertilidade feminina, sendo que em mulheres mais jovens se tornam mais propensa as sequelas de gravidez ectópica, infertilidade tubária e dor pélvica crônica no período reprodutor. Em ambos os casos quando não-tratada ou tratada inadequadamente pode se progredir e se tornar uma infecção sistêmica (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005)
Em recém-nascidos a transmissão ocorre de mãe para filho através do parto ou ainda dentro do colo uterino, frequentemente a gonorreia acomete no recém nascido através do canal do parto ocasionando em conjuntivite grave cujo quadro é conhecido como oftalmia neonatal, podendo apresentar também infecção disseminada (ALTERTHUM, 2015). Normalmente isso corre em mulheres que são portadoras da bactéria Neisseria nos órgãos genitais, porém muitas vezes por não apresentar sinais e sintomas, não reconhecem esta condição presente (ALTERTHUM, 2015).
Ao decorrer da era antimicrobiana, a Neisseria vem sendo caracterizado como uma bactéria bastante resistente e inteligente, no qual demostra ter resistência a vários agentes, usando suas técnicas e modificações especificas para se tornar persistente a classe de antibióticos (BARRETO et al, 2003)
O que pode vir a comprometer e representar um desafio para a saúde pública, pois o controle sobre está doença tem sido uma grande dificuldade, logo que seu meio de transmissão é bastante frequente, e os tratamentos que são usados estão se tornando menos eficazes. Sendo assim, a manipulação desta doença transmissível requer um grande cuidado no tratamento tanto no indivíduo infectado como de seu parceiro sexual, servindo como medidas de saúde publica, no qual pode ajudar na diminuição desta infecção e evitar outras complicações (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
Em referências aos dados epidemiológicos, poucos países possuem notificações que são confirmadas e notificadas no qual permitem ter noção da estimativa da incidência da gonorreia, subsequente no Brasil os dados e estudos são bem escassos, entre ambos os casos referentes aos dados epidemiológicos tanto aos efeitos terapêuticos e os casos de resistência desta bactéria (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2. 1 AGENTE ETIOLÓGICO 
A Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria gram-negativos sendo diplococos, aeróbia, não flagelados e com características do gênero de Neisseria. Possuem diâmetro de 0,6 nm por 1,0 nm. Sua adesão se dá devido a presença de uma estrutura denominada pili, que é a responsável por fazer com que a bactéria se adere na superfície das células epiteliais do hospedeiro. Esta espécie é encontrada aos pares (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A identificação da N. gonorrhoeae é feita em meios de cultivo enriquecido com açucares, pois, o gênero Neisseria apresenta uma variedade de 10 espécies saprófitas ou patogênicas ao homem, sendo que a N. gonorrhoeae oxida a glicose. Essa oxidação é o que a diferencia dos outros tipos de sua mesma espécie (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000). 
O cultivo do gonococo bactéria do gênero Neisseria depende de alguns fatores para o seu cultivo, como por exemplo: atmosfera de CO (3% a 7%), teor de umidade de 90%, temperatura entre 35,5° a 36,5°C e um meio de cultura apropriado. Para o transporte da amostra o PN-DST/AIDS indica o meio de Amies, podendo-o preservar em bom estado durante até 8 horas (MARTINS et al, 1997).
O Ágar-chocolate é um meio de cultura bem eficaz nesses procedimentos, pois apresenta sua composição satisfatória quando às necessidades do gonococo, porém nem sempre é fácil o isolamento do gonococo devido o grande crescimento da flora normal, no entanto, pode ser resolvido com o uso de antimicrobianos que impedem as espécies não patogênicas da Neisseria de se proliferar aumentando assim o crescimento do gonococo. O meio de cultivo ideal nessas condições seria o meio de Thayer-Martin (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
Existem nos gonococos algumas estruturas comuns de todos os gram-negativos, como por exemplo, a camada de peptidioglicanas, que é responsável por determinadas inflamações, devido os seus fragmentos ser tóxicos às tubas uterinas. Possui envelope celular composto por três camadas distintas (membrana citoplasmática interna, camada de peptidioglicanas e membrana externa) (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A bacteria N.gonorrhoeae é transmitida principalmente por contato sexual ou perinatal, podendo acometer tanto homens como mulheres. Sendo que em mulheres a probabilidade de contrair esta infecção em uma única exposição com homem infectado é de 50%, enquanto os homens, no primeiro contato com uma mulher infectada possuem um risco aproximado de 20% de adquirir a infecção. O risco de contrair esta bactéria aumenta de acordo com o contato sexual com diversos parceiros (as) infectados (MURRAY, 2004).
Outra forma de contrair esta IST é por contato perinatal, através da mãe para o filho no concepto intraútero. Podendo ocorrer também durante o parto quando a criança entra em contato com as bactérias presentes nas partes genitais, ou no período pós-parto (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
2. 2 FORMAS CLÍNICAS 
A contração do diplococo Neisseria gonorrhoeae é mais comumente pelas vias urogenitais, no entanto, podem afetar a orofaringe e o reto, devido ações sexuais distintas. As manifestações podem ser assintomáticas ou sintomáticas, variando com o local e organismo afetado além do tempo de incubação (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
O órgão sexual masculino está diretamente ligado a uretra, dessa forma ao contrair a bactéria, pode classificá-las após o diagnóstico de uretrite aguda, no qual um dos principais sintomasserá o corrimento de uma substância purulenta depois de 1 ou 2 dias após a incubação, podendo apresentar uma fração de sangue, além de ardência ao urinar (secretaria do estado da saúde). Geralmente são assintomáticas, capaz de ser eliminada sem a presença de um tratamento, no entanto pode se tornar crônica, apresentando um edema peniano. Além deste, pode se manifestar em outros locais de acordo com evolução do quadro, como a prostatite, orquite e complicações cardíacas e neurais (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
Diferencialmente do homem, o órgão sexual feminino possui alguns patógenos competitivos com o N. gonorrhoeae, sendo eles o Chlamydia trachomatis e Trichomonas vaginalis, causando uma coinfecção, gerando algumas variações sintomáticas que irão afetar o diagnóstico clínico. Ao ser infectado, o período de incubação pode variar entre 1 a 10 dias. Após esse lapso, será presente os sintomas, sendo eles: corrimento vaginal, cervicite, sangramento intercalo entre menstruações, ardência ao urinar, entre outros (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
O diplococo em mulheres pode apresentar sintomas leves com pequenas evidências ou não apresentar nenhum sintoma. Dessa forma, quando não tratada, pode ocasionar sérios riscos ao órgão sexual feminino, podendo levar a sua disfunção reprodutiva, como alterações tubárias e ovarianas, no qual apresenta dores abdominais aguda, além da probabilidade de uma gravidez ectópica (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A gonorreia anorretal possui um maior acometimento em homossexuais, tangenciando cerca de 40% desse contingente, já em mulheres acometem aproximadamente 5%. A sintomatologia é semelhante às anteriores, porém nesta apresenta uma inflamação na mucosa retal, conhecida como proctite, ocasionando o tenesmo, no qual apresenta um espasmo no esfíncter retal, além de exsudato mucopurulento com a presença de um sangramento. Apesar desses sintomas, essa infecção pode ser assintomática (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A síndrome Fitz-Hugh e Curtis também conhecida como Perihepatite, ocorre pela disseminação bacteriana das tubas uterinas para o fígado e ao peritônio localizado na parte interna da camada abdominal, apresentando dores abdominais no quadrante superior esquerdo caracteriza como peritonite em hipocôndrio direito. Essa patogenia raramente se apresenta em homens, geralmente acomete mulheres sexualmente ativas (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A partir do ato sexual orogenital com parceiro portador do gonococo, pode desencadear um quadro de infecção faríngea, sendo essa geralmente assintomática. Além deste, ocorre contaminações oculares secundárias, na qual é caracterizada como conjuntivite bacteriana, apresentando vermelhidão e a presença de muco. Como a anterior, a infecção gonocócica cutânea, é ocasionada por uma infecção pré-existente, devido a presença de ulceras cutâneas, possibilitando a entrada desse hospedeiro. Ambos os casos apresentam a presença de uma substância purulenta (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
Após dois dias do período de infecção, a bactéria dissipa pela corrente sanguínea, infectando vários tecidos, podendo levar a sua infuncionalidade parcial ou completa, variando com o período de evolução, além de possuir resistência à ação bactericida do soro humano. Essa patogenicidade é classificada como Infecção gonocócica disseminada (ICG), ocorrendo entre 0,5 a 3% dos pacientes infectados, podendo ocasionar endocardite gonocócica, artrite gonocócica, meningite gonocócica. As formações de imunocomplexos aumentam o nível de patogenicidade, porém quando se apresenta casos repetidos de contaminação pode adquirir um quadro de deficiência de complemento, perdendo o auxílio sobre o combate das lesões ocasionadas pelo hospedeiro (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A artrite gonocócica ocasiona inflamação das articulações, acometendo punhos, joelhos, cotovelo e tornozelos, podendo levar a serias complicações e incômodo devido os sintomas. No entanto, dermatite e artropatia melhoram espontaneamente, mas a artrite requer tratamento. A endocardite apresenta a fase grave da doença, contaminando a camada interna do músculo estriado cárdico, apresentando em cerca de 1% a 3% dos casos, caracterizando como casos raros. Já a meningite gonocócica, contamina as meninges responsáveis pelo revestimento do cérebro e da medula espinhal, podendo ocasionar alterações cerebrais, entretanto é caracterizada como rara (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
Durante o período de gestação há possibilidades de contrair a N. gonorrhoeae. Classificada como Gonorreia na gravidez. Apresentam os mesmos sintomas, porém, apesar de não comumente, quando ocorre a obstrução da camada uterina, sucede a inflamação pélvica e perihepatite. Essa infecção não afeta diretamente o feto, mas deixa à gestante susceptível a contração de outras infecções, podendo ocasionar um aborto (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
Infecções neonatais e pediátricas são adquiridas durante o parto ou no pré-parto, no qual o bebê entra em contato com o sangue e a mucosa vaginal da mãe infectada pelo Neisseria gonorrhoeae. Um dos sintomas é durante o parto, oftalmia neonatorum, ou seja, conjuntivite apresentando um quadro de purulência, podendo levar a um quadro de cegueira. Comumente nos casos anteriores, tem se um corrimento vaginal ou uretral, além de uma disseminação sistema conforme a evolução da doença (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
2. 3 DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
2. 3. 1 Diagnóstico
O diagnóstico laboratorial da gonorreia consiste no reconhecimento da Neisseria gonorrhae em uma região infectada. Tem-se como método padrão para estabelecer o diagnóstico de tal patologia, o isolamento por meio de cultura, sendo por sua vez, imprescindível na pesquisa desta bactéria. Há hoje em dia outros métodos para a identificação, porém, apresentam menor efetividade. Logo, pode-se dizer que a técnica de amplificação do DNA, pela reação em cadeia da polimerase (PCR), apresenta maior sensibilidade, porém, há inconveniências em relação ao custo (BRASIL, 2006).
A semeadura para crescimento da bactéria pode ser realizada em meio de Thayer Martin, onde apresenta sensibilidade de 80 a 95% em amostras uretrais e vaginais. A eficácia da técnica vai depender do controle de qualidade estabelecido durante a realização do preparo do meio de cultura. Contudo, amostras biológicas estéreis como sangue devem ser cultivadas em meio contendo Ágar chocolate (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A coleta para diagnóstico em homens é realizado através da inserção do swab em torno de 2 a 3 cm no canal uretral ou até mesmo coletar-se o pus que é liberado nesta região, bem como o sedimento urinário de primeiro jato. Já para mulheres, deve-se inserir o swab no canal endocervical sem tocar na mucosa vaginal. Entretanto, tem-se outras vias de coleta de material, a qual devem ser utilizadas a depender do quadro clínico do paciente ou até mesmo da área em que foi exposta (BARCELOS, 2005).
Diante do que foi evidenciado, pode-se afirmar que após a realização da coleta de amostra, deve-se desempenhar a realização do cultivo, ou semeadura e efetuar a bacterioscopia – análise microbiológica do material, onde quando combinadas estabelecem um diagnóstico eficiente e preciso para a gonorreia (BRASIL, 2004).
2. 3. 2 Tratamento
Este deve ocorrer de maneira imediata, atribuindo preferência pela medicação via oral, com o menor número de doses diárias possíveis e de forma individualizada, a qual deve-se apresentar eficácia próxima de 100% (BRASIL, 2006).
Como terapia inicial contra a gonorreia, recomendam-se esquemas terapêuticos como ceftriaxona 250mg IM, cefixime 400mg VO, ciprofloxacina 500mg VO ou ofloxacina 400mg VO em dose única (BRASIL, 2006). Há contra-indicação do Ciprofloxacina e Ofloxacina em gestantes, logo, devem ser tratadas com ceftriaxona em dose única de 250mg IM e espectinomicina 2g IM em dose única quando alérgicas a penicilina ou cefalosporinas. Vale lembrar que, independentemente da escolha antibioticoterápica, deve-se realizar inicialmente o tratamento contra Chlamydia trachomatis, podendopor sua vez estar associada juntamente com uma segunda droga, como doxiciclina 100mg 12/12h VO diariamente por sete dias, para então, reduzir o potencial de seleção de gonococos resistentes (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000). Crianças e neonatos devem ser tratados com ceftriaxona de 7 a 10 dias em casos de conjuntivite e da doença disseminada (BRASIL, 2015).
2. 3. 3 Prevenção
A prevenção estratégica básica para o controle da transmissão da Gonorreia se dá pela sensibilização periódica de informação para a população geral e promoção de atividades educativas que trabalhem com prioridade a percepção de risco, às mudanças no comportamento sexual e o lançamento de adoção de medidas preventivas com ênfase na utilização adequada quanto ao uso do preservativo. Interrompendo desta forma a cadeia de transmissibilidade e precaução as novas ocorrência de casos (PASSOS, 1990).
2. 4 EPIDEMIOLOGIA
 
A gonorreia é uma doença de distribuição universal, que pode afetar tanto pessoas do sexo masculino, quanto do sexo feminino. Tendo como maiores índices jovens adultos com vidas sexualmente ativa (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A relação epidemiológica sobre gonorreia é limitada a poucos países, pois a maioria não possuem sistemas de notificações confiáveis de incidência da doença, da mesma forma acontece com as eficácias terapêuticas e de resistência (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
No Brasil, no ano de 1994 o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS, estimou a existência de 860.265 casos de gonorreia, tendo um percentual de 56 % do total de infecção sexualmente transmissíveis (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000). 
Em um bom período (até a década de 70) a penicilina se fazia eficaz à sensibilidade do gonococo, porém surgiram novas cepas resistentes à penicilina, onde nos Estados Unidos a doença já se tornou endêmica, espalhando também para o continente asiático e africano promovendo uma epidemia nessas novas regiões além de ter se tornado uma pandemia (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000). 
As primeiras cepas observadas no Brasil foram em 1984, surgindo depois a resistência à tetraciclina. No entanto, os estudos a respeito de gonorreia no Brasil se tornaram escassos negligenciando assim a situação da doença no país (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
A idade com maior índice de infecção encontra-se entre 15 e 30 anos, sendo que a maioria dos casos é diagnosticada em homens, isso devido ao processo de maior facilidade do diagnóstico, já que a infecção em grande parte das mulheres é assintomática. A proporção homem/mulher em 1981 era de 1,5 que caiu para 1,3 em 1992. Existem outros fatores que também influenciam no aumento da gonorreia, como por exemplo: baixo nível econômico, educacional e residência urbana (PENA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
Assim como outras infecções sexualmente transmissíveis a gonorreia geralmente é transmitida por pessoas que não apresentam nenhum, ou ignora os sinais e sintomas da doença, apresentando assim alta contagiosidade, sendo que o homem é o reservatório natural do gonococo (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2000).
3 OBJETIVO
3.1 GERAL
Promover a integração e o saber sobre a gonorreia a grupos distintos como jovens e gestantes.
3.2 ESPECÍFICOS
Informar como a Neisseria Gonorrhoeae pode ser transmitida; 
Apresentar suas manifestações clínicas;
Demostrar forma de prevenção; 
Descrever as possibilidades de tratamento;
4 JUSTIFICATIVA
Diante das condições a respeito da educação em saúde com as gestantes e adolescentes de Guanambi Bahia sobre gonorreia, idealizou-se o plano de compartilhar informações com esse determinado público sobre a doença.
Sendo assim, entendemos que é de grande importância ações informativas aos jovens envolvendo infecções sexualmente transmissíveis, pois, sendo a Neisseria gonorrhoeae a bactéria que provoca a Infecção é necessário que as pessoas mais susceptíveis à contrair a bactéria possa entender como se defender, prevenir e caso já tenha adquirido como procurar atendimento e realizar o tratamento contra a doença.
Dinâmicas foram utilizadas com os jovens com o intuito de chamar a atenção dos mesmos e alertá-los das condições que podem sofrer devido o mal cuidado no momento da relação sexual.
Porém além da transmissão sexual existem outras formas de contaminação da gonorreia, sendo que, durante a gravidez, pode acontecer de forma direta ou indireta, no qual, a forma direta se enquadra às gestantes que possuem a doença e transmitem para o filho no momento do parto. E a forma indireta quando o feto adquire a infecção através da troca de sangue entre mãe e filho durante o período gestacional.
Todavia, foi informado às gestantes a necessidade de estarem sempre atentas às mudanças que podem ocorrer em seus corpos durante a gestação, ressaltando que, casa surja algo de diferente procurasem imediatamente o médico para relatar o quadro clínico que as mesmas estão sujeitas. 
5 METODOLOGIA
Esse estudo trata-se de um projeto de extensão, utilizando o método de análise bibliografia, realizando aplicações dos dados de maneira informativa, caracterizando-o assim como descritivo. Dessa forma, permiti um maior domínio da literatura que envolve a bactéria Neisseria gonorrhoeae, através de inspeções que abrange a sua etiologia; transmissão; manifestações clínicas; diagnóstico e tratamento. O trabalho visa uma metodologia indutiva, a partir de informações concretas sobre o patógeno na base de dados da Scielo e Lilacs, com o termo Neisseria gonorrhoeae, no qual o referencial varia entre os anos 1990 – 2017.
Após a concretização do estudo teórico, realizou-se ações educativas e informativas sobre o patógeno, objetivando-se a propagação das características relacionadas à gonorréia, sanando as dúvidas ou a ausência de informações sobre este. Deste modo, foram realizados dois tipos de apresentações em ambientes e públicos distintos. O primeiro foi realizado no 1º centro de Saúde Deputado Gercino Coelho às 14h00min horas do dia 28 de setembro de 2017, expondo assim, de forma simples importâncias sobre a infecção da Neisseria gonorrhoeae, onde, diante de um pequeno grupo de gestantes, discutiu-se a respeito das manifestações clínicas, tratamento e prevenção que a infecção pode apresentar, tanto nas mães como nos bebês.
Às 13h30min horas do dia 06 de outubro de 2017 foi realizado uma apresentação na Escola Municipal Professora Adelice Magda R.P. De Oliveira na turma do 9º ano. Onde através de uma pequena palestra foi discutido assuntos como: o que é a gonorreia, como ocorre sua transmissão, seus sinais e sintomas, as manifestações clínicas e tipos de tratamentos. 
Além disso, realizou-se uma atividade visando esclarecimento do tema abordado, onde, um determinado aluno que estivesse com uma lâmpada que passava de pessoa para pessoa e parava a partir do término de um determinado tempo cronometrado, teria que responder a uma pergunta mediada por prêmio caso o estudante acertasse. Os participantes empolgaram-se com a atividade e responderam de acordo com o que foi perguntado, atingido assim o objetivo do trabalho.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A realização desse estudo possibilitou adquirir uma gama de conhecimentos. Ressaltando que, os compartilhamentos das informações adquiridas ao decorrer das pesquisas foram de suma importância aos ouvintes presentes nos momentos do trabalho de campo, sendo assim, importante para as gestantes a compreensão de que as mesmas estão sujeitas a todo o momento à contrair a doença podendo até transmitir aos seus filhos, e também aos jovens, que necessitam de informações básicas a respeito de Infecções sexualmente transmissíveis, não só a gonorreia, como qualquer um outro tipo de infecção.
Os resultados obtidos através desse projeto de ensino com pesquisa, mostrou-se satisfatório diante das reações apresentadas pelos ouvintes e participantes da pesquisa, sendo que, dúvidas surgiram ao decorrer das apresentações, onde a todo momento as gestantes nos indagava com perguntas sobre como prevenir, como observar os primeiros sintomas e com reagir depoisde ter contraído a Doença. Diante dessas e outras dúvidas respondidas as gestantes mostraram interesse pelo assunto e agradeceram, relatando que, conversas como a que foi feita são muito importantes para a comunidade, pois além de aprender um pouco sobre a doença aprendem também a se defender da infecção.
Em relação aos jovens, dinâmicas foram realizadas para observar se os mesmos estavam compreendendo as informações passadas obtivemos um aproveitamento de 100%, pois a dinâmica envolvia perguntas sobre o assunto abordado, no qual todos os alunos participantes responderam todas as questões com clareza, mostrando que realmente o projeto teve o objetivo alcançado.
7 REFERÊNCIAS 
PENNA, Gerson; HAJJAR, Ludhmila; BRAZ, Tatiana. Gonorreia. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2000. Disponível em: https://docgo.org/artigo-neisseria-gonorreia
MURRAY, Patrick R; ROSENTHAL, Ken; PFALLER, Michael. Microbiologia Médica. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
BARCELOS, M.R.B. Prevalência de DTS, padrão de comportamento e aspectos relacionados a saúde reprodutiva das mulheres atendidas em unidade básica de saúde em Vitória. Tese (Mestrado em doenças infecciosas) – Universidade Federal do Espírito Santo. Núcleo de Doenças Infecciosas. Vitória, p 43. 2005. 
TORTORA, Gerand; FUNKE, Berdell; CASE,Christine. Microbiologia . 8°.ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ALTERTHUM, Flávio; TRABULSI, Luiz. Microbiologia. 5°ed. São Paulo: Atheneu, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Doenças Sexualmente transmissíveis. Brasília, DF, 2006. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Norma Técnica de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes. Brasília, DF, 2004.
PASSOS, M.R.L.; MLOPES, P.C.; FILHO, G.L.A.; NUNES, C.M. Gonorreia. Revista Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Rio de Janeiro. 1990. 
BARRETO, Nero et al. Caracterização Fenotípica e Molecular de Neisseria
Gonorrhoeae Isoladas no Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.dst.uff.br/revista16-3-2004/4.pdf. Acesso em: 11 set.2017

Outros materiais