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A gonorreia é uma IST muito comum entre a população

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL – UDF
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
SAÚDE DA MULHER
DEISE DOS SANTOS XAVIER RGM 20044933
JOSEANE CRSITINA NUNES RGM 20177127
SIMONE LOPES GLORIARGM 16366420
GONORREIA
 PROFa.: ANALISE FERRAZ LOIOLA
BRASÍLIA - DF
JUNHO/2020
A gonorreia é uma IST muito comum entre a população, sendo ela uma infecção bacteriana causada pela Neisseria gonorrheae (nome escolhido em homenagem ao médico alemão Albert Neisser, responsável por descobri-la em 1879, tendo origem do grego gonórrhoia ("corrimento nos órgãos da geração"), conhecida como blenorragia e outras nomenclaturas como blenorreia, esquentamento, pingadeira, purgação, fogagem, gota matutina, gono e uretrite gonocócica que são expressões menos utilizadas em referência a infecção. 
A gonorreia pode afetar ambos os sexos (homem e mulher), que apesar do nome não é transmitida apenas por uma relação sexual com o indivíduo infectado, seja essa relação oral, vaginal ou anal, a mesma também pode ser transmitida no parto, onde a gestante com a bactéria corre o risco de infectar seus bebês. Muitas mulheres se recuperam espontaneamente de infecções gonorreias que não se estendem além do colo uterino ( mais especificamente boca do útero ). 
No entanto, em diversos casos a infecção se estende pelo útero até as trompas e ovários - uma condição conhecida como doença inflamatória pélvica. A febre apresentada geralmente acompanha essa extensão, junto da dor abdominal inferior, um sintoma proeminente. Pode ocorrer abscesso (um acúmulo de pus) pélvico ou peritonite (inflamação do peritônio, uma membrana que reveste as paredes do abdômen e os órgãos que lá se encontram). 
Mas é preciso ter atenção aos sintomas que podem ser confundidos com os da apendicite. A cura ocorre sem recorrer à cirurgia na grande maioria dos casos, geralmente com alguma incapacidade física e esterilidade. Nas meninas imaturas, a infecção geralmente se limita à vagina. Nos homens, os sintomas podem ser mais intensos. Comumente aparecem cerca de dois a sete dias após a infecção. Primeiro surge um discreto desconforto uretral, que horas depois é seguido por uma dor de intensidade leve a intensa durante a micção. Uma secreção purulenta pode sair do pênis. A necessidade frequente e urgência de urinar piora à medida que a doença se dissemina até a parte superior da uretra, podendo o membro apresentar-se inflamado e inchado. Quando a infecção atinge o reto, pode causar bastante desconforto em torno do ânus em virtude da reação inflamatória ali presente. 
Aparece uma secreção proveniente do reto e as fezes tornam-se recobertas de muco e pus. Se a doença tiver sido transmitida também por sexo oral, os sintomas e sinais são dor de garganta e desconforto durante a deglutição, porém lembrando que uma grande maioria desses casos são caracterizados pela ausência de sintomas. Os recém-nascidos que infectados pela bactéria no parto apresentam edema palpebral, uma concentração excessiva de líquido dentro das pálpebras e secreção ocular purulenta. Esses mesmos sintomas podem ocorrer nos adultos quando líquidos infectados entram em contato com os olhos. Raramente, ocorre o desenvolvimento da infecção gonocócica disseminada, que é resultado da presença do vírus na corrente sanguínea, uma vez espalhado para outras partes do corpo, especialmente para a pele e as articulações.
	
	Vaginite, uretrite e conjuntivite causadas pela gonorreia.
O intervalo de tempo entre a contaminação e o surgimento dos sintomas e o período de incubação é curto, de 5 a 10 dias, excepcionalmente podendo alcançar 10 dias, em casos extremamente raros pode chegar a 30 dias.
Conjuntivite gonocócica
	
	Em adultos ocorre por auto infecção.
Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, instala-se nos olhos originando a conjuntivite gonocócica, no recém nascido, denominada Oftalmia neonatorum. No adulto ela ocorre por auto inoculação. Para evitar esta complicação que deixa a criança cega, era utilizada nas maternidades um colírio de nitrato de prata (técnica de Crede). Hoje utiliza-se antes um antibiótico como a tetraciclina, eritromicina ou ceftriaxone, logo após o nascimento. No parto, também pode ocorrer gonorreia nos órgãos sexuais do recém nascido, no entanto, a maioria das crianças com gonorreia são infectadas através do abuso sexual.
	
	Bebês são contaminados durante o parto.
 
Abordagem às pessoas com IST
A anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico devem constituir importantes elementos diagnósticos das IST. Os profissionais de saúde necessitam conhecer a anatomia e a fisiologia do trato masculino e feminino. Durante o exame físico procede-se, quando indicado, à coleta de material biológico para exame laboratorial. Sempre que disponíveis, devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C, precedidos de uma abordagem profissional adequada. A notificação compulsória dessas infecções deve fazer parte da atenção às pessoas com IST. 
As amostras para os exames laboratoriais indicados devem ser colhidas no momento da primeira consulta; caso os resultados não estejam disponíveis imediatamente, a conduta terapêutica não deve ser postergada até a entrega destes. A consulta clínica se completa com a prescrição e orientação para tratamento, além do estabelecimento de estratégia para seguimento e atenção às parcerias sexuais e o acesso aos insumos de prevenção, como parte da rotina de atendimento. 
É necessário estabelecer uma relação de confiança entre o profissional de saúde e a pessoa com IST para garantir a qualidade do atendimento e a adesão ao tratamento. Para tanto, deve-se promover informação/educação em saúde e assegurar um ambiente de privacidade, tempo e disponibilidade do profissional para o diálogo, garantindo a confidencialidade das informações.
ACOLHIMENTO
· Situar a pessoa no serviço - apresentação 
· Reafirmar o caráter sigiloso do processo 
· Verificar histórico anterior de testagem e de medidas de prevenção
· Identificar o motivo da testagem
· Respeitar valores, crenças, gênero, práticas sexuais, uso de drogas, situação de vida de cada pessoa 
· Acolher sentimentos emergentes no processo de diagnóstico (medo, culpa, ansiedade, indiferença).
ACONSELHAMENTO
· Deve estar presente em todo o atendimento. Além de ouvir as preocupações do cliente, o profissional de saúde deve facilitar a reflexão e a superação de dificuldades, 
· Orientações ao paciente, fazendo com que observe as possíveis situações de risco presentes em suas práticas sexuais e que desenvolva a percepção quanto à importância do seu tratamento e de seus parceiros sexuais. Informações no que se refere a comportamentos preventivos.
· Prover informação, apoio emocional e auxíliar nas decisões para a adoção de medidas preventivas. 
· É necessário que o profissional tenha habilidade e sensibilidade para abordar de forma não preconceituosa questões da intimidade, sobretudo a respeito da sexualidade e do uso de drogas, de forma a identificar as práticas do usuário que o expõem a risco.
· O aconselhamento, a avaliação de situações de risco e a educação para saúde das pessoas com IST e seus parceiros são atividades nas quais vários profissionais podem atuar, além de médicos (as) e enfermeiros(as).
Sinais e Sintomas
Os sintomas de gonorreia podem surgir até 10 dias após o contato coma bactéria responsável pela doença, no entanto, na maioria dos casos em mulheres a gonorreia é assintomática, sendo identificada apenas no momento da realização de exames ginecológicos de rotina. No caso dos homens, a maioria dos casos é sintomática e os sintomas aparecem poucos dias depois do contato sexual desprotegido.
Além disso, os sinais e sintomas de infecção pela bactéria Neisseria gonorrhoeae podem variar de acordo com o tipo de relação sexual desprotegida, ou seja, se foi oral, anal ou com penetração, sendo os sintomas mais frequentemente observados:
· Dor ou ardor ao urinar;
· Incontinência urinária;
· Corrimento branco-amarelado,semelhante ao pus;
· Inflamação das glândulas de Bartholin, que ficam nas laterais da vagina e são responsáveis pela lubrificação da mulher;
· Uretrite aguda, que é mais comum de acontecer nos homens;
· Vontade frequente para urinar;
· Dor de garganta e comprometimento da voz, quando há relação íntima oral;
· Inflamação do ânus, quando há relação íntima anal.
No caso das mulheres, quando a gonorreia não é identificada e tratada corretamente, há aumento do risco de desenvolvimento de doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e esterilidade, além de também haver aumento da chance da bactéria espalhar-se através da corrente sanguínea e levar à dores na articulação, febre e aparecimento de lesões nas extremidades do corpo.
Nos homens a ocorrência de complicações é menos frequente, isso porque na grande maioria das vezes são sintomáticos, o que faz com que a identificação e início do tratamento da gonorreia seja mais rápido e fácil.
Diagnóstico
Clínico, epidemiológico e laboratorial. Esse último é feito pela coloração de Gram ou pelos métodos de cultivo. No exame bacterioscópico dos esfregaços, devem ser observados diplococos gram-negativos, arranjados aos pares. Thayer-Martin é o meio especifico para a cultura. Podem-se utilizar também métodos de amplificação de ácidos nucleicos, como a ligase chain reaction, mas tem custos mais elevados, quando comparados com o gram e a cultura.
 Coloração de Gram
A gonorreia pode ser identificada por meio de um método simples que consiste na observação de uma amostra de secreção no microscópio. Essa técnica é chamada de coloração de Gram. Apesar de ser rápido, esse método não é o mais sensível.Os exames de coloração de Gram usados para diagnosticar a gonorreia incluem: Coloração de Gram do colo do útero em mulheres , Coloração de Gram do corrimento uretral em homens, Coloração de Gram dos fluidos em geral, dependendo da região acometida, a exemplo do líquido articular.
Exames de cultura de bactérias
As amostras para culturas, isto é, para o cultivo e identificação da bactéria em laboratório, podem resultar no diagnóstico definitivo da infecção. Geralmente, as amostras para uma cultura são colhidas do colo do útero, da vagina, da uretra, do ânus ou da garganta. Os testes podem apresentar um diagnóstico preliminar em 24 horas e um diagnóstico confirmado em 72 horas. Este método é mais sensível e mais específico que os exames de coloração de Gram.
PCR
Os exames que pesquisam o DNA do gonococo são especialmente úteis para a triagem em pacientes assintomáticos, são mais rápidos do que as culturas e podem ser realizados em amostras de urina, que são muito mais fáceis de coletar do que amostras da região genital. Geralmente, são feitos pelo método de reação em cadeia da polimerase (PCR).
NAAT
Sigla para testes de amplificação de ácido nucleico, estes testes detectam, simultaneamente, gonorreia e infecção por clamídia e depois os diferencia em um teste subsequente específico. Os NAAT são bastante acurados para o diagnóstico. 
Exames para outras ISTs
Se você tem gonorreia, deve fazer exames relacionados a outras infecções sexualmente transmissíveis, incluindo clamídia, sífilis, hepatite B e HIV. Se você é mulher e tem 21 anos ou mais, certifique-se de ter feito um Papanicolau recentemente. Esta também pode ser uma boa oportunidade para vacinar contra o HPV.
Diagnóstico Diferencial
Infecção por clamídia, ureaplasma, micoplasma, tricomoníase, vaginose bacteriana e artrite séptica bacteriana
Condutas + Tratamentos
Há dois objetivos no tratamento de uma Infecção sexualmente transmissível (IST): o primeiro é curar a infecção do indivíduo, enquanto o segundo é interromper a cadeia de transmissão da doença.
Para isso, além de tratar o paciente, é importante localizar e examinar todos os seus contatos sexuais para tratá-los, se indicado. Por se tratar de uma doença bacteriana, o tratamento pode ser feito por meio de antibióticos. 
Uma visita de acompanhamento após o tratamento é importante, principalmente em caso de dor nas articulações, erupções cutâneas ou dores mais fortes na região pélvica ou abdominal. Também devem ser realizados exames para garantir que a infecção tenha sido curada.
Todos os parceiros sexuais do paciente com gonorreia devem ser contatados e examinados para evitar futuras transmissões da doença.
Em caso de bebês, rotineiramente os pediatras aplicam um medicamento imediatamente após o parto nos olhos do recém-nascido para evitar infecção. Se ainda assim o bebê desenvolver a infecção, poderá ser tratado com antibióticos 
Prognóstico
O prognóstico para gonorreia é quase sempre favorável. Uma infecção que não tenha se espalhado pela corrente sanguínea ou outras partes do corpo pode ser curada com antibióticos.
Mas até mesmo uma infecção mais grave também pode se resolver com tratamento medicamentoso. Contudo, ainda que se trate de uma doença curável, o ideal é precaver-se, optando sempre pelo sexo protegido.
Profilaxia
 Usar preservativos na relação sexual é o melhor meio para se prevenir gonorreia. Use camisinha em todo e qualquer tipo de contato sexual, seja ele vaginal, anal ou oral. 
De modo geral, evite ter relações sexuais com pessoas diagnosticadas com gonorreia até que estejam completamente tratadas. Para evitar futuras transmissões da infecção, é importante também que todos os parceiros ou parceiras sexuais sejam tratados. A doença pode voltar caso uma das partes não tenha recebido tratamento adequado
Colocação do preservativo masculino
Colocação do preservativo feminino
Cuidados de enfermagem 
A enfermagem deve ser vista como colaboradora visto que os pacientes muitas vezes não sabem como lidar com a patologia existente. A enfermagem é fundamental para obtenção de êxito no tratamento, orientando sob a medicação prescrita, realização dos exames solicitados, pois por se tratar de uma IST,aumenta o risco de outras infecções pela mesma. É papel da enfermagem fornecer informações as mulheres durante o pré-natal, referente a conjuntivite gonocócica em recém-nascidos, caso seja suspeito a gonorreia realizar o exame de cultura e o resultado sendo positivo deve ser tratada.
Bibliografia
https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v33n5/3125.pdf
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/gonorreia
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf

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