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A Radiação e o acidente de goiânia

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A Radiação e o acidente de goiânia
Ana Victória Zambonetti
Bruna Specht
Dauana Prass
HISTÓRIA DO ACIDENTE RADIOATIVO DE GOIÂNIA
Setembro de 1987
Manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia
137 Cs - concentrado em animais e planta
Violação do equipamento
fragmentos de 137 Cs
Contaminação de diversos locais
Chumbo
Fonte foi vendida para um depósito de ferro-velho
Repasse para outros dois depósitos
Parentes e amigos
Contato direto na pele (contaminação externa), inalação, ingestão, absorção por penetração através de lesões da pele (contaminação interna) e irradiação
Náuseas, vômitos, diarréia, tonturas e lesões do tipo queimadura na pele
Assistência médica em hospitais locais
Esposa do dono do depósito de ferro-velho levou a peça para a Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde
Material identificado como radioativo
Inalação de material ressuspenso, ingestão de frutas, verduras e animais domésticos e irradiação externa devido ao material depositado no ambiente
A fonte radioativa foi removida e manipulada indevidamente no dia 13 de setembro
O acidente radioativo só foi identificado como tal no dia 29
Comissão Nacional de Energia Nuclear –CNEN
Agência Internacional de Energia Atômica –AIEA
Plano de emergência
Identificar, monitorar, descontaminar e tratar a população envolvida
Áreas consideradas como focos principais de contaminação foram isoladas
Triagem de pessoas no Estádio Olímpico
Descontaminação dos focos principais foi feita removendo-se grandes quantidades de solo e de construções que foram demolidas
Monitoração para quantificar a dispersão do 137Cs no ambiente
Análise de solo, vegetais, água e ar
Foram identificados e isolados sete focos principais
Contaminação de pessoas e do ambiente e altas taxas de exposição
112.800 pessoas
249 apresentaram significativa contaminação interna e/ou externa
Em 120 delas a contaminação era apenas em roupas e calçados
Os 129 que constituíam o grupo com contaminação interna e/ou externa passaram a receber acompanhamento médico regular
79 com contaminação externa receberam tratamento ambulatorial
Dos outros 50 radioacidentados e com contaminação interna, 30 foram assistidos em albergues, em semi-isolamento, e 20 foram encaminhados ao Hospital Geral de Goiânia; destes últimos, 14 em estado grave foram transferidos para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro
Quatro deles foram a óbito, oito desenvolveram a Síndrome Aguda da Radiação - SAR -, 14 apresentaram falência da medula óssea e 01 sofreu amputação do antebraço
No total, 28 pessoas desenvolveram em maior ou menor intensidade, a Síndrome Cutânea da Radiação (as lesões cutâneas também eram ditas “radiodermites”)
3500m3 de lixo radioativo acondicionado em containeres concretados
Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste
Abadia de Goiás, a 23 km de Goiânia
Superintendência Leide das Neves Ferreira – SULEIDE
Grupos de pacientes
A tragédia ambiental foi um dos maiores acidentes radioativos da história. A radiação do césio 137 caiu pela metade, mas ainda serão precisos 275 anos para o risco de contaminação desaparecer por completo.
Em Goiânia, vítimas ainda sofrem efeitos da contaminação e da discriminação. Muitos por ficarem com membros deformados como, por exemplo rosto e mãos.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) classifica o caso de Goiânia como o maior acidente radiológico do mundo pela extensão da contaminação.
Trinta e um anos após o episódio que contabilizou 6.500 pessoas com algum grau de irradiação, 249 casos com significativa contaminação e quatro mortes quase imediatas, a memória do acidente traz incômodo e desconforto em todas as esferas que tiveram algum envolvimento com o caso.
O tratamento pós-acidente: Em 1988, foi criado um serviço de saúde especialmente para o atendimento às vítimas, a Fundação Leide das Neves. Em 2011, uma mudança na lei levou o órgão no Centro de Assistência aos Radioacidentados (CARA), apoiada pelo Governo Federal e SUS.
Ainda hoje os radioacidentados passam por uma bateria anual de exames.
Dos 92 pacientes vivos acompanhados pelo CARA desde 1988, 48 aceitaram participar de acompanhamento. A maior parte (85%) ainda se considera vítima do acidente em Goiânia, devido à discriminação que sofreram ou acreditam ainda sofrer por parte da população. "As pessoas ainda têm medo da gente", respondeu um entrevistado. "Isso não passa nunca". Ou seja, tanto quanto o trauma físico, o trauma psicológico é uma marca presente nessas vítimas. 
O impacto mais marcante, no entanto, foi nas pessoas que eram crianças e adolescentes à época. "Eles sofreram interrupções bruscas, sentiram abandono, amigos se afastaram, planos foram interrompidos", afirma a psicóloga. Muitos se envolveram com drogas ou se tornaram alcoólatras, nunca mais voltaram a estudar.
Equipamentos de quimioterapia emitem a radiação chamada “ionizante”, capaz de enfraquecer e quebrar o material genético.
As células quando expostas a esse tipo de radiação podem morrer ou sofrer mutação, que levam a doenças como câncer, por exemplo. Ironicamente, aparelhos de radioatividade usam essa ação ionizante para matar células cancerosas e no caso do acidente com o césio 137 muitas pessoas foram acometidas pelo câncer.
O ferrocianeto férrico é um medicamento que foi utilizado de imediato, sendo que efeitos colaterais foram observados em vários pacientes (dores musculares). Como, no organismo, o comportamento do 137Cs é similar ao do potássio (K), outra tentativa de removê-lo foi feita utilizando-se diuréticos. Esse procedimento não foi determinado somente pela capacidade que o diurético tem de eliminar metais alcalinos (K, Cs), mas também pelo controle que tal droga poderia dar à hipertensão verificada em vários pacientes. Concomitantemente ao uso de vários fármacos, logrou-se tentar a remoção do 137Cs mediante a hidratação forçada. Cada paciente ingeria, aproximadamente, 3.000 ml de líquido/dia.
Palavras de um entrevistado
Esquecer é triste. A humanidade só melhorou com os erros. No Brasil, não damos a menor bola para a história, não cultivamos a memória. Não construímos uma nação. Isso tem de ser uma alerta para que não aconteça novamente. Quem é que sabe como anda o índice de fiscalização? A nação é mais do que soja. É escola, é educação. E a educação gera o cidadão. Sem educação, a gente cai na barbárie.
“Por que é importante lembrar essa história?”
https://globoplay.globo.com/v/2137756/

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