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REVISÃO TRIBUTÁRIA

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Aula1 - Revisão 
Sistema Tributário Nacional 
 
Professora: Deborah Fraga L. Gismonti 
Indicações Bibliográficas: Eduardo Sabbag – Editora Saraiva; Ricardo Alexandre – Direito 
Tributário Esquematizado – Editora Juspodium. 
 
Pontos de Aula: 
 
1 – Recepção do CTN pela CF/88 
2 – Conceito de Tributo 
3 – Competência Tributária 
4 – Limitações constitucionais – Princípios 
1 - RECEPÇÃO DO CTN PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
A aplicabilidade atual do CTN, sob a égide da CF/88 decorre do fenômeno da recepção (art. 34, §5 
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). 
Assim, as normas jurídicas em vigência anteriores a um ordenamento constitucional e que não 
entrem em conflito com a nova ordem constitucional, são absorvidas pelo sistema jurídico novo, ou 
seja, são recepcionadas. 
No aspecto formal, como a Constituição Federal de 1967 exigia que a matéria tributária, em se 
tratando de ‘normas gerais, conflitos de competência e limitações ao poder tributante’ fosse de 
natureza complementar, o CTN, diploma que versava sobre tais assuntos, embora fosse lei 
ordinária – Lei 5.172/66 -, passou a ter ‘eficácia de lei complementar’ por força do princípio da 
recepção. 
 
2 – CONCEITO DE TRIBUTO - Art. 3 do CTN estabelece o Conceito legal de tributo: 
 
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
à Este talvez seja o dispositivo mais importante de todo o CTN. É impossível estudar direito 
tributário sem se ter a noção exata do que é um tributo. 
O art. 146, III, “a”, da CF/88, estabelece que cabe à lei complementar dar a definição de tributo. 
Podemos esquematizar o conceito de tributo da seguinte forma: 
 
	
 
 
 
Destaca-se que esse conceito é composto por 6 elementos: 
 
1 - Prestação pecuniária: Relação obrigacional (prestação) cujo Objeto principal é Dar dinheiro; 
 
2 – Compulsória: É irrelevante a manifestação de vontade do contribuinte em cumpri-la ou não. 
Paga-se tributo porque o contribuinte manifestou uma capacidade econômica, um poder de 
contribuir. 
 
# OBS.1: Receita originária é aquela proveniente do patrimônio do Estado. Há a predominância 
do Direito Privado. O Estado explora seu próprio patrimônio. Ex. alugueis e receitas de 
empresas públicas e sociedades de encomia mista, concessionárias. 
# OBS.2: Receita derivada é aquela proveniente do patrimônio do particular. Há a 
predominância do Direito Público. O Estado usa seu poder de império e obriga o particular a 
contribuir. Ex. tributos, multas, reparações de guerra. 
 
3 – Em moeda ou em valor que nela se possa exprimir: Como regra o tributo deve ser pago em 
moeda corrente do país. Porém o dispositivo abre a possibilidade da obrigação ser extinta por 
outros meios. A LC 104/2001 acrescentou o inciso XI ao art. 156 do CTN, permitindo a dação em 
pagamento de bens imóveis como forma de extinção do crédito tributário 
 
4 – Que não constitua sanção por ato ilícito: Este elemento diferencia tributo de multa, que são 
penalidades. Porém a tributação de atos praticados sobre circunstâncias ilícitas não afasta a 
natureza tributária da cobrança com base no princípio “pecúnia non olet”. 
 
5 – Instituída em Lei: Somente a Lei em sentido formal pode instituir tributo (P. Da Legalidade). 
CUIDADO. Medidas provisórias podem tratar de matéria tributária. Apenas quando a matéria 
for direcionada à LC que não será possível, conforme art. 62 CF/88. 
 
	
6 – Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: Deve ser exigida por 
pessoa de direito público. Não há discricionariedade do servidor. No CTN, menciona-se “atividade 
administrativa plenamente vinculada”. Com efeito, o ato de cobrança – quer do tributo, quer da 
multa – é vinculado, ou seja, balizado pela lei, não havendo espaço para a discricionariedade (art. 
142, CTN). 
 
àEntão temos: tributo é prestação: 
 a) Pecuniária; 
 b) Compulsória; 
 c) Diversa de multa; 
 d) Instituída por meio de lei; 
 e) Cobrada por lançamento – art. 142 CTN 
Art. 142, caput, CTN: Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar 
a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, 
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 
3 – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – Art. 6 CTN e Art. 145 CF/88 
 
Ø É a delimitação do Poder de tributar = Poder de instituir o Tributo por LEI própria. Dessa 
forma, a competência tributária está ligada a competência legislativa. Quem é que tem 
competência tributária? Os Entes da Federação = União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a 
competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na 
Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do 
Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. 
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a 
outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa 
daquela a que tenham sido atribuídos. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
I - impostos; 
	
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva 
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
OBS: não confundir a competência tributária (instituir o tributo) com a competência para legislar 
sobre Direito Tributário (art. 24 CF/88) 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico; 
Ø Competência tributária = Poder de tributar – Criação do tributo 
 
Ø Repartição da Receita Tributária = Dir. Financeiro – Partilha do produto da arrecadação. 
 
Regra Geral, eu reparto a receita de IMPOSTO, com apenas uma exceção: CIDE combustíveis 
(contribuição interventiva – devida na comercialização/importação de petróleo e derivados. Essa 
contribuição é repartida com Estados e Municípios – art. 159,III, §4 CF/88. 
Esse é um dos motivos pelos quais, temos muitas novas contribuições (pois não há repartição com 
outros entes) e não novos impostos (constituição exige a repartição da receitas de IMPOSTOS) 
 
Ø Competência Tributária – Criação/instituição do tributo = INDELEGÁVEL – art. 7 CTN: 
 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, 
atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma 
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 
da Constituição. 
 
Ø CAPACIDADE tributária ATIVA – Arrecadação/fiscalização/julgamento de recursos adm. 
= DELEGÁVEL – Art. 7 CTN 
• Delegação entre os entes da Federação – por meio de convênio – art. 100, IV 
CTN: 
 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 
	
• Delegação feita a autarquia ou fundação autárquica = por meio de lei ordinária. 
Ex. Conselhosprofissionais, salvo OAB. (delegação da capacidade tributária e não 
da competência) 
 
Ø Exercício da Competência Tributária – Exercício Facultativo. O ente pode ou não criar o 
tributo. Ele pode exercer no todo (em todas as hipóteses de incidência possível) ou em 
parte (somente em algumas hipóteses de incidência) essa competência. 
Ex. ISS Somente cabe quanto aos serviços que constam na lista da LC do tributo, que é 
taxativa. O município pode cobrar de todos os itens da lista ou de apenas alguns. 
 
OBS: exceção quanto a facultatividade de criação do tributo: ICMS – Os estados são 
obrigados a instituir o ICMS, uma vez que o tributo incide na operação interestadual. Seria 
impossível aplica-lo. 
 
Questão da Magistratura: Uma lei que tratava do IPTU de determinado Município ( IPTU é 
tributo Municipal) criou apenas em relação aos imóveis prediais (terrenos não) e 
comerciais (não residenciais). Essa Lei seria Constitucional? Sim. Aqui, o município está 
exercendo sua competência em parte. Temos que ter em mente que no Brasil há 
municípios muito pobres e portanto a lei pode escolher aquele sujeito que tem capacidade 
tributária de pagar o tributo. Muitos candidatos colocaram que violaria o princípio da 
isonomia, mas não é o caso. Residencial e comercial não são iguais. 
 
Ø Exercício Facultativo em criar tributo X art. 11 LRF – LC 101/01. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que “constituem requisitos essenciais da 
Responsabilidade na gestão fiscal, a instituição, previsão e efetiva arrecadação de TODOS 
os tributos da competência tributária” 
 
O dispositivo da LRF veda a transferência tributária voluntária, caso ele não institua seus 
impostos. 
 
Questão: A facultatividade de criação do tributo acabou com esse dispositivo ou ele deve 
ser interpretado conforme a CF/88? STF – A facultatividade encontra sede na CF/88, 
portanto o art. 11 LRF deve ser interpretado afim de compatibilizar-se com ela. Dessa 
forma, o ente tem a facultatividade de criação, mas caso o crie, DEVERÁ arrecadar. A 
facultatividade é somente na criação. 
 
Ø Modalidades de Competência Tributária 
 
a) PRIVATIVA – Atribuída aos entes da Federação com exclusividade. Somente aquele 
ente pode criar. 
	
• União 
Impostos do Art. 153 CF/88 = II, IE, IPI, IR, IOF, IGF, ITR; 
Empréstimo compulsório – Art. 148 (LC) CF/88; 
Contribuições Especiais Parafiscais – Art.149 CF/88 
• Estados 
Impostos do Art. 155 CF/88 = ITCDM, ICMS, IPVA; 
Contribuições Sociais para o custeio de seus servidores – Art. 149 §1 CF/88; 
• Municípios 
Impostos do Art. 156 CF/88 – ISS, IPTU, ITBI; 
Contribuição de Iluminação Pública – Art. 149-A CF/88; 
Contribuições Sociais para o custeio de seus servidores – Art. 149 §1 CF/88. 
 
Ø RESIDUAL – Atribuída a União para a instituição de IMPOSTOS e CONTRIBUIÇÕES da 
Seguridade Social que não estejam em sua competência privativa. Art. 154,I c/c 195 §4 
CF/88 (LC) 
 
Ø EXTRAORDINÁRIA – Art. 154, II CF/88 = Competência somente da União para instituir 
IMPOSTOS em caso de guerra externa. Neste caso, a União pode invadir competência 
alheia e se utilizar de fato gerador novo ou fato gerador já existente. Trata-se de imposto 
temporário – 5 anos. Art. 76 CTN. 
 
Diferença: Imposto Extraordinário X Empréstimo Compulsório 
 
Instituído por Lei Ordinária Instituído por Lei Complementar 
Não Há restituição. O que há é a saída do 
Imposto no prazo de 5 anos, contados da 
celebração da paz. 
 
HÁ restituição. 
 
 
Ø COMUM – Todos os entes podem exercer. Art. 23. É aquela atribuída ao ente da 
federação de acordo com sua competência Administrativa. (comp. Para fiscalizar, prestar 
serviço público) 
• União – Art. 21 CF/88 
• Municípios – Art. 30 CF/88 
• Estados – Art. 25 e é residual. 
 
Ex.: Taxas e contribuições de melhoria – Como cobrar se todos os entes tem competência adm.? 2 
correntes: 
	
1 – Entende que é possível a cobrança para os 3 entes, pois a própria constituição previu a 
competência para eles. Adotada pelo STF RE 602089 (fiscalização ambiental) e RE 
685213 (vigilância sanitária) 
2 – Só é possível uma única cobrança. Para essa corrente, verifica-se qual é o interesse 
público prevalente. O que prevalecer arrecada. Na dúvida prevalece o interesse maior. 
 
Ø Bitributação X Bis in idem 
Cobrança por 2 entes da federação do 
mesmo tributo sobre o mesmo fato 
gerador. 
Um único ente da federação cobrando 2 
tributos sobre o mesmo fato gerador. 
 
Súmula Vinculante n 29 = É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais 
elementos da base de cálculo do imposto, desde que não haja integral identidade entre uma 
base e outra. 
 
4 - LIMITAÇÃO CONSTITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR – Art. 145 CF 
 
A Constituição Federal reservou um capítulo para discorrer sobre o Direito Tributário, capítulo 
denominado de Sistema Tributário Nacional (do art. 145 ao art. 162). Tal capítulo tem 
informações sobre: 
• O Poder de tributar: Competência tributária. Quem tem competência de instituir tributos 
são os entes federados – União, Estados, DF e Municípios. 
• Regras de repartições de receitas tributárias: trata muito mais de regras de direito 
financeiro que de direito tributário. A repartição de receitas é imprescindível para assegurar 
a autonomia dos entes federados. Quando a CF/88 institui a repartição de receitas, não 
está apenas distribuindo a receita, mas também conferindo autonomia a esses entes. 
• Limitações ao poder de tributar: são os princípios e as imunidades tributárias, 
conforme se extrai dos arts. 150-152. Tanto os princípios quanto as imunidades restringem 
o poder de tributar, porém, de forma distinta. Importante observar, que o art. 146, I CF/88 
estabelece que tais limitações ao poder de tributar deverão ser feitas ou alteradas, por 
meio de LC ( ou seja, não cabe Medida provisória para tratar dessas limitações – Art. 62) 
 
à Princípios: art. 150 da CF/88 – mas existem outros princípios fora do art. 150. 
 
à Imunidades: art. 150, CF – mas existem outras imunidades fora do art. 150. 
- As imunidades protegem determinadas pessoas, bens ou situações da incidência tributária. 
 
OBS: Os princípios tributários servem para proteger garantias individuais do cidadão e essas 
garantias são núcleos imodificáveis da Constituição, popularmente apelidados de cláusulas 
pétreas. Para o STF, é possível a associação de princípio tributário à condição de cláusula pétrea. 
	
Isso significa que o princípio tributário não pode ser desafiado pelo legislador ordinário nem pelo 
Poder Constituinte Derivado, ou seja, não podem ser suprimidos por Emendas Constitucionais. 
 
Algumas limitações podem configurar cláusulas pétreas Ex.: imunidade tributária recíproca 
decorrente do pacto federativo, que é cláusula pétrea (art. 150, VI, a, CF); imunidade de templos 
de qualquer culto – liberdade de culto (art. 150, VI, b); imunidade dos livros, jornais, periódicos e o 
papel destinado a sua impressão- livre difusão do pensamento (todos reconhecidos no aludido 
julgamento), denominado de imunidade cultural. 
 
A ADI 939-7/1993 considerou o princípio da anterioridade tributária uma cláusula pétrea. 
 
1 – PRINCÍPIOS 
 
Ø Legalidade 
 
Surge com uma ideia de representação através de órgãos representativos. 
 
No direito brasileiro, aparece no art. 150 da CF, I, mais ligado ao aspecto formal, no sentido de que 
precisa de uma lei em sentido formal (tirando as exceções legais) para que haja instituição ou 
aumento de tributos. Tal lei seria resultado da aprovação/consentimento do cidadão (representado 
pelos deputados) com a tributação.Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias (ROL EXEMPLIFICATIVO NA CF) asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou 
aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
• Para a maioria da doutrina, “exigir” significa criar tributo; 
• Como lei é necessária para exigir ou aumentar, lei é necessária para extinguir ou 
minorar (art. 97,II CTN). Essa é a lógica do princípio do paralelismo das formas. Nas 
palavras de Ricardo Alexandre (2016), “... assim, se uma lei criou determinado tributo, 
somente outra lei – ou uma Emenda Constitucional – pode extingui-lo, sendo irracional 
imaginar a extinção de um tributo por meio, por exemplo, de um decreto. A consequência 
imediata é que, no ponto em que a Constituição exige lei para a instituição de tributos, 
também o faz, implicitamente, para a respectiva extinção. Na mesma linha, a exigência de 
lei para a majoração de tributo traz ínsito o mesmo requisito para a respectiva redução. 
 
A lei deve tratar de todos os elementos necessários para que o tributo possa incidir e ser 
cobrado (elementos ou aspectos essenciais da hipótese de incidência tributária): 
 
o Material (Objetivo); 
o Temporal (quando?); 
	
o Espacial (onde?); 
o Pessoal (subjetivo – quem?); 
o Quantitativo (quanto?); 
 
A regra geral é que basta Lei Ordinária para a criação de um tributo. Assim, podem também 
serem instituídos via Medida Provisória. 
 
o No caso dos impostos, só a MP só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se 
houver sido convertida em lei até o último dia daquele exercício em que foi editada, com 
exceção de alguns Impostos, que não estão sujeitos a anterioridade anual, quais 
sejam: II, IE, IPI, IOF e IEG (art. 62, §2º, CF). Assim, quando uma MP tratar de uma das 
exceções, produzirá efeitos imediatamente, ou seja, a partir de sua publicação e não de 
sua conversão em lei. Essa exceção existe, pois tais Impostos são considerados 
extrafiscais (veremos isso nas aulas de impostos). Servem para além de arrecadar, intervir 
em determinada atividade econômica, como forma de fomenta-la. Ex: redução do IPI nos 
carros, na eletrodomésticos brancos... 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os 
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro 
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
o Nas demais espécies tributárias, a regra da anterioridade deve ser observada 
tomando como referência a data da publicação da MP e não de sua conversão em 
lei. 
 
• A Lei Complementar só é exigida nas hipóteses expressamente previstas pela 
Constituição: 
o Empréstimos Compulsórios (art. 148); 
o Impostos sobre grandes fortunas (art. 153, VII) 
o Impostos residuais (art. 154, I e 195, §4º). 
Nestes casos, não caberia MP para tratar de tais espécies, uma vez que a CF/88 veda no 
art. 62, §1, III. 
 
Devemos ter especial atenção aos casos de não aplicação do princípio da legalidade e às 
exceções constitucionais ao referido princípio. 
	
1.1 Casos de não aplicação do princípio da legalidade: 
a) Atualização monetária da base de cálculo: 
 
Art. 97- CTN - Somente a lei pode estabelecer... : 
§ 2º - Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a 
atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
Aqui, não há majoração de tributo, apenas recomposição do valor histórico da moeda. 
 
• Súm. 160 STJ: é defeso, ao município, atualizar o IPTU mediante decreto, em percentual 
superior ao índice oficial de correção monetária. (até o índice de correção monetária pode 
ser por Decreto. Passou do índice, tem que ser por Lei) 
 
• Somente por via de lei, no sentido formal, publicada no exercício financeiro anterior, é 
permitido aumentar tributo. 
 
b) Prazo de recolhimento de tributo: 
Não é matéria reservada à lei. 
Art. 160 - Quando a legislação tributária não fixar o tempo do Pagamento, o vencimento do crédito 
ocorre 30 (trinta) dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do 
lançamento. 
Não se trata do aspecto temporal, pois este se remete ao fato gerador e não ao prazo de 
pagamento. 
• Súmula Vinculante 50: norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação 
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. 
 
c) Obrigações Acessórias: 
São deveres formais, instrumentais, no interesse da fiscalização e/ou arrecadação de tributos. 
Art. 113 - A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 2 - A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, 
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos 
tributos. 
1.2. Exceções ao princípio da legalidade 
Não se confundem com os casos de não aplicação do princípio. Em casos de não-aplicação, não 
teríamos nem a instituição ou aumento de tributo por lei. Nas exceções, há relação com majoração 
ou instituição de tributos, que deveriam ser feitos via lei, mas a CF autoriza que sejam feitos via 
ato normativo infralegal. 
 
	
 São exceções parciais ao princípio da legalidade, pois a CF, observados os limites e 
condições estabelecidos em lei, autoriza o Poder Executivo a alterar o aspecto quantitativo. 
 
a) II, IE, IPI e IOF e reduzir e restabelecer a alíquota da CIDE combustível: é possível a 
alteração da alíquota via decreto do executivo, observados os limites e condições estabelecidas 
em lei. 
• Todos esses tributos têm uma função regulatória (são tributos extrafiscais) não tendo como 
única finalidade a mera arrecadação de recursos. 
• CIDE – Alterar x Reduzir/Restabelecer. 
o Alterar significa também poder aumentar; 
o Reduzir/Restabelecer: o governo pode pegar a alíquota específica e reduzir até 
zero, ou restabelecer até o teto da alíquota específica. Não poderia “furar” o teto. 
 
b) ICMS Monofásico incidente sobre combustíveis: a EC 35/01 diz que a lei complementar irá 
prever determinados combustíveis sobre os quais incidirá o ICMS uma única vez, chamado pela 
doutrina de ICMS monofásico. 
A alíquota, nesse caso, será dada através de deliberação dos Estados federados - CONFAZ 
 
c) Resolução do Senado Federal para fixar alíquota do ICMS nas operações interestaduais. 
 
Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de 
um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, 
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação; 
 
• Não é lei em sentido formal. 
• Os senadores são representantes dos Estados e, por isso, tratam desse tema. 
 
Ø Princípio da Tipicidade – Implícito na CF/88 
 
A lei deve prever todos os elementos do FG. Aqui a preocupação é com o conteúdo, evitando 
conceito abertos, vagos e imprecisos. 
 
Ø princípio da isonomia – Art. 150, III CF/88 
 
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
	
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos oudireitos; 
 
É a vedação ao tratamento desigual entre contribuintes que estão em situação equivalente. 
• “Impõe tratamento uniforme pela entidade tributante” (Hugo de Brito Machado). 
• Já a LC 123/2006, Lei do Simples Nacional, art. 17, estabeleceu que para aderir ao 
Simples é preciso que a empresa esteja em dia com os impostos estaduais, municipais e 
nacionais e que não tenham a exigibilidade suspensa. O STF, pelo informativo nº 726, 
entendeu que o dispositivo é constitucional. 
• É constitucional a lei que veda o Simples Nacional para empresas em débito com a 
Fazenda Pública 
• O Simples Nacional é um regime unificado de arrecadação, cobrança e fiscalização de 
tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte. O art. 17, V, da LC 
123/2006 afirma que a microempresa ou empresa de pequeno porte que possua débito 
com o INSS, ou com a Fazenda Pública (cuja exigibilidade não esteja suspensa), não 
poderá recolher os tributos na forma do Simples. O Plenário do STF decidiu que essa 
vedação é CONSTITUCIONAL. 
• O que é o Simples Nacional? O Simples Nacional é um regime unificado de arrecadação, 
cobrança e fiscalização de tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno 
porte, estando previsto na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006. A 
empresa que aderir ao Simples desfruta da vantagem de recolher quase todos os tributos 
mediante um único pagamento, calculado sobre um percentual de sua receita bruta. O 
objetivo do Simples é fazer com que as microempresas e empresas de pequeno porte 
tenham um regime jurídico simplificado e favorecido, com menos burocracia e menor carga 
tributária. 
• Todas as microempresas e empresas de pequeno porte poderão recolher seus 
tributos na forma do Simples? NÃO. O art. 17 da LC 123/2006 traz uma lista de 
situações nas quais a microempresa ou a empresa de pequeno porte não poderá recolher 
os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional. 
• O Plenário do STF decidiu que é CONSTITUCIONAL a exigência contida no art. 17, V, 
da LC 123/2006. 
• O STF afirmou que é possível que sejam estabelecidas exclusões do regime simplificado 
com base em critérios subjetivos. Dessa forma, não há óbice para que o legislador crie 
restrições de ordem subjetiva para a adesão ao Simples. Afirmou-se que não seria 
razoável favorecer aqueles em débito com o Fisco, que participariam do mercado com 
vantagem competitiva em relação aos adimplentes. Ponderou-se que admitir o ingresso no 
programa daquele que não possui regularidade fiscal, e que sequer pretende parcelar o 
débito ou suspender seu pagamento, significaria comunicar ao adimplente que o dever de 
	
pagar seus tributos seria inconveniente, pois receberia o mesmo tratamento dado ao 
inadimplente. Assim, o art. 17, V, não viola o princípio da isonomia, mas ao contrário, 
confirma-o, pois o adimplente e o inadimplente não estão na mesma situação jurídica. 
(Processo STF. Plenário. RE 627543/RS, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 30/10/2013). 
 
Jurisprudência 
• “Concessão de isenção à operação de aquisição de automóveis por oficiais de justiça 
estaduais. (...) A isonomia tributária (CF, art. 150, II) torna inválidas as distinções entre 
contribuintes ‘em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida’, máxime nas 
hipóteses nas quais, sem qualquer base axiológica no postulado da razoabilidade, 
engendra-se tratamento discriminatório em benefício da categoria dos oficiais de justiça 
estaduais.” (ADI 4.276, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 20-8-2014, Plenário, DJE de 
18-9-2014.) 
• "A lei complementar estadual que isenta os membros do Ministério Público do pagamento 
de custas judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos fere o disposto 
no art. 150, II, da Constituição do Brasil. O texto constitucional consagra o princípio da 
igualdade de tratamento aos contribuintes. Precedentes. Ação direta julgada procedente 
para declarar a inconstitucionalidade do art. 271 da Lei Orgânica e Estatuto do Ministério 
Público do Estado do Rio Grande do Norte – LC 141/1996." (ADI 3.260, Rel. Min. Eros 
Grau, julgamento em 29-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007.) No mesmo sentido: ADI 
3.334, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2011, Plenário, DJE de 5-
4-2011. 
• "Lei que restringe os contribuintes da Cosip aos consumidores de energia elétrica do 
município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e 
tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública. A progressividade da 
alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os consumidores de 
energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva. Tributo de caráter sui 
generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade 
específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação individualizada de um 
serviço ao contribuinte. Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e 
da proporcionalidade." (RE 573.675, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 
25-3-2009, Plenário, DJE de 22-5- 2009, com repercussão geral.) No mesmo sentido: 
RE 642.938-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 29-5-2012, Primeira Turma, DJE 
de 21-6-2012; AC 3.087-MC-QO, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 27-3-2012, 
Segunda Turma, DJE de 21-6-2012; RE 635.001, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão 
monocrática, julgamento em 23-3-2012, DJE de 3-4-2012. 
 
 
 
 
	
è Princípios que decorrem do Princípio da Isonomia. 
 
A) Princípio da não-discriminação tributária em razão da procedência ou do destino dos 
bens (art. 152, CF: “É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou 
destino”). Procurar evitar a “guerra fiscal”. 
 
B) Princípio da uniformidade da tributação da renda (inciso II do art. 151 da CF: “tributar a 
renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem 
como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos 
que fixar para suas obrigações e para seus agentes”). Perceba-se que não se está a tributar o 
rendimento do ente federado que emitiu o título da dívida pública (o que é vedado pelo art. 150, VI, 
a, da CF), mas sim a renda gerada pela operação (juros), que é rendimento do particular 
adquirente do título. 
 
C) Princípio da liberdade de tráfego (inciso V do art. 150 da CF: “estabelecer limitações ao 
tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a 
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”). O trânsito de 
pessoas e mercadorias não pode ser restringido por meio da imposição de tributos. A regra possui 
exceções: a) ICMS interestadual; b) pedágio. 
 
D) Princípio do não-confisco (TRIBUTOS e MULTAS): Também chamado de princípio da 
razoabilidade ou proporcionalidade da carga tributária. Veda a exigência de tributos que 
tenham caráter confiscatório, sendo tal termo de difícil definição. Porém, pode-se adotar a 
definição de confisco como sendo a exigência tributária que inviabiliza a existência ou o 
desenvolvimento das pessoas jurídicas, ou que priva as pessoas físicas de suas necessidades 
básicas. STF: (todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma 
pessoa política que os houver instituído) ADC 8 – MC (“Resulta configurado o caráter confiscatório 
de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo – resultante das múltiplas incidências 
tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal – afetar substancialmente, de maneira 
irrazoável,o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte”). 
 
Ø Princípio da Capacidade contributiva – Art. 145 §1 CF 
 
Sempre que possível os IMPOSTOS terão caráter pessoal e serão regulados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte. Cada contribuinte deve contribuir na proporção de sua 
renda. 
Esse princípio está ligado com o patrimônio objetivo, ou seja, você precisa saber se o 
contribuinte tem condições de suportar o ônus tributário. Isso porque existe uma diferença entre 
	
capacidade contributiva (análise dos bens de forma objetiva) e disponibilidade econômica (analisa 
o patrimônio de forma líquida – subjetiva – analisa o contribuinte e não os seus Bens. 
 
OBS: A CF/88 estabelece que o referido princípio deve ser aplicado aos IMPOSTOS. E ai, aplica-
se a outros tributos? STF – SIM. Aplica-se a outras espécies, pois o princípio está relacionado a 
justiça fiscal. 
 
A capacidade contributiva deve ser analisada no seu aspecto objetivo e subjetivo. 
• Objetivo/absoluto: é a capacidade identificada pelo legislador, que elege o evento ou 
fato-manifestação da riqueza. Quanto maior a capacidade econômica, mais a pessoa 
deve pagar. Deve-se analisar o fato que comprove essa capacidade econômica como, por 
exemplo, ser proprietário de um imóvel ou veículo. Deve-se usar um critério que comprove 
a capacidade de contribuir. 
• Subjetiva/Relativa: é a capacidade identificada pelo legislador, que elege o sujeito 
individualmente considerado, levando em consideração a progressividade, mínimo 
existencial, dentre outros fatores. 
 
Art. 145 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
os seguintes tributos: 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 
• Sempre que possível: o melhor entendimento é que a capacidade contributiva será 
adequada à natureza do imposto e à técnica de sua incidência, além de servir para 
compatibilizar esse princípio com a extrafiscalidade. 
 
 
• ITR seria imposto extrafiscal, cobrando-se menos das propriedades mais produtivas e mais 
das propriedades menos produtivas. Exemplo claro de se cobrar menos de quem tem 
mais capacidade. 
Subprincípios da capacidade contributiva: proporcionalidade e progressividade. 
 a) Proporcionalidade: observar certa proporção para fixar uma tributação. As pessoas 
pagarão mais ou menos conforme a capacidade econômica. Na prática, a proporcionalidade se dá 
com a dimensão da base de cálculo. Assim, quanto maior a base de cálculo, maior será o tributo a 
se pagar, em virtude da aplicação da alíquota. 
	
 b) Progressividade: entende-se que cobrar o mesmo percentual de todos não é o mais 
justo. Sendo certo que quanto mais se afasta da margem existencial para o indivíduo, mais se 
cobrará do contribuinte, assim, aumenta-se o percentual do tributo. Na prática, a progressividade 
se dá tanto com a modificação da alíquota quanto com a modificação da base de cálculo. 
 
o A progressividade no Brasil pode se dar em dois critérios: extrafiscalidade 
ou capacidade contributiva. 
 
1 - Capacidade Contributiva: alíquotas maiores conforme a maior 
capacidade contributiva. Ex.: IR. IPTU também pode ser progressivo de 
acordo com o valor venal do imóvel. 
Dos Impostos da União 
Art. 153 - Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 2º - O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, da 
universalidade e da progressividade, na forma da lei. 
 
2 - Extrafiscalidade: ITR. As alíquotas vão variar de acordo com o 
grau de utilização da propriedade rural. Maior utilização, menor 
alíquota. IPTU, quanto maior o tempo em que o imóvel não está cumprindo 
a função social, maior será a sua alíquota no tempo. (O IPTU pode ser 
progressivo tanto pela capacidade contributiva quanto pela 
extrafiscalidade) 
 
Art. 153 - Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 4º - O imposto previsto no inciso VI do caput (ITR) 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de 
forma a desestimular a manutenção de propriedades 
improdutivas; 
(...) 
Da Política Urbana 
Art. 182 - A política de desenvolvimento urbano, 
executada pelo Poder Público municipal, conforme 
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes. 
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei 
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos 
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não 
	
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu 
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo; 
 
Ø Princípio da Irretroatividade – Art. 150,III “a” CF/88 
 
A lei que cria ou majora não pode retroagir para atingir FG ocorrido antes do início da sua 
vigência. Isso porque quando o FG gerador ocorre ele passa a ser um ato jurídico perfeito. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado - irretroatividade; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) – anterioridade anual 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que 
os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b – anterioridade 
nonagesimal 
 
O marco temporal significativo é a entrada em vigor da lei que majora ou cria um tributo. A nova 
lei não pode alcançar fatos ocorridos no passado, antes da sua entrada em vigor. 
O princípio da irretroatividade se aplica: 
• Instituição ou majoração de tributos, não havendo exceção. 
• Decorrência da própria legalidade. 
 
Art. 106 do CTN: hipóteses de retroatividade da legislação tributária. Ex.: aplicação 
retroativa da lei que deixa de considerar ato não definitivamente julgado como infração. 
 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a 
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação 
ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado 
em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
	
 
No direito tributário, existe uma separação entre fatos geradores passados (consumados), fatos 
geradores futuros e também fatos geradores pendentes. 
• A lei não se aplica aos fatos passados. 
• A lei aplica-se aos fatos futuros. 
• Fatos geradores pendentes: são aqueles cujo início já ocorreu, mas ainda não foram 
consumados em sua totalidade à data da entrada em vigor da nova lei. Quanto aos fatos 
pendentes, existe dúvida sobre a retroatividade da lei, formando-se correntes. 
o 1ª corrente: fato gerador pendente seria igual ao fato gerador futuro. Ex.: negócio 
jurídico sujeito à condição suspensiva. Assim, o fato gerador pendentesó vai se 
concretizar quando algo acontecer no futuro, não tendo problema em se aplicar a 
nova lei tributária. 
o 2ª corrente: há problemas quando temos o fato gerador complexivo, representando 
os tributos para os quais se deve considerar um certo período de tempo. 
Fato gerador 
complexivo ou 
periódico 
Leva em consideração uma série de acontecimentos em dado espaço de 
tempo. Ex.: CSLL e IRPF. Ao contrário da circulação da mercadoria ou 
transferência de bem imóvel, não é possível apurar com exatidão, auferir se 
há lucro ou não em determinado período de tempo. É necessário fazer um 
recorte no tempo e espaço para realizar um cálculo. 
Fato gerador 
instantâneo 
É possível verificar no tempo e no espaço o momento da ocorrência do fato 
gerador. Incide sobre compras e vendas, doações, etc. 
Fato gerador 
continuado 
Como a propriedade não é uma ocorrência, mas um status, não há um 
momento crucial para sua identificação, tal como ocorre nos fatos 
instantâneos. É algo que se protrai no tempo. 
 
Atenção IR: 
Ex. Ano Base 2010 (sujeito aufere renda). Em 2011 o sujeito declara e paga. 
Pergunta: Lei que muda no último mês do ano base (2010), vale para ele? Posições: 
1 – Doutrina – Essa lei é inconstitucional, pois está retroagindo para atingir todo o ano base de 
2010. 
2 – STF – Essa lei é válida, pois o FG o IR só fica perfeito e acabado no último minuto de 31/12 e 
portanto a lei não estaria retroagindo para atingir atos jurídicos perfeitos. Quanto a anterioridade, o 
STF entende que o princípio veda a cobrança no mesmo exercício financeiro e neste caso, o IR 
somente seria pago no ano seguinte. Súmula 584 STF. (RE 553508) 
 
Ø princípio da Anterioridade – Art. 150, III “b” e “c” CF/88 
 
É um princípio que se fundamenta no valor segurança jurídica. 
• Princípio da não surpresa: representa uma forma do contribuinte não ser surpreendido 
com uma nova lei tributária que majore ou crie tributos em seu desfavor. 
	
• Existe anterioridade do exercício financeiro e anterioridade nonagesimal / noventena / 
anterioridade mitigada. 
• De acordo com Ricardo Alexandre (2016), “é importante ressaltar que o princípio existe 
para proteger o contribuinte, não impedindo, portanto, a imediata aplicação das mudanças 
que diminuam a carga tributária a que o contribuinte está sujeito (casos de extinção ou 
redução de tributos) ou que não tenham qualquer impacto sobre essa carga tributária.” 
 
Aqui, o marco inicial é a data da publicação da lei (e não da vigência). 
Enquanto o princípio da irretroatividade representa uma proteção a fatos ocorridos antes da 
vigência da lei (passado), o princípio da anterioridade protege fatos futuros. 
• Reitere-se: O marco temporal no princípio da irretroatividade é a vigência da lei, ao passo 
que no princípio da anterioridade é a publicação da lei. É importante evidenciar esta 
diferença pois os conceitos são absolutamente distintos. 
• Irretroatividade: garantia aos fatos geradores ocorridos no passado. 
• Anterioridade: garantia aos fatos geradores a ocorrerem no futuro. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou; 
 
• Exercício financeiro equivale a ano civil. 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que 
os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
 
à Contribuições Sociais 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
à Aplicação da anterioridade – art. 150, III, b e c. 
• ITR. Art. 153, VI. 
• IGF. Art. 153, VIII. 
• Imposto residual. Art. 154, I. 
• ITD. Art. 155, I. 
• ICMS. Art. 155, II, com exceção do art. 155, §4º, IV. 
	
• IPVA e IPTU. Arts. 155, III e 156. Exceto nos casos de majoração decorrente de alteração 
da base de cálculo. 
• ITBI. Art. 156, II. 
• ISS. Art. 156, III. 
• Taxas. Art. 145, II. 
• Contribuição de Melhoria. Art. 145, III. 
 
à Aplicação somente da anterioridade anual: 
• IR. 
• IPVA e IPTU (alteração da base de cálculo). 
A base de cálculo do IPVA e IPTU é o valor de mercado/venal do imóvel ou veículo considerado. 
Assim, se uma lei modificar a base de cálculo destes impostos, apenas a anterioridade de 
exercício deverá ser observada. 
 
Por outro lado, se a alteração se referir à majoração de alíquota, deverá observar também a 
anterioridade nonagesimal. 
 
à Aplicação somente da anterioridade nonagesimal – 150, III, C: 
• IPI: a anterioridade nonagesimal do IPI deve ser observada tanto nas alterações 
materializadas por lei, quanto nas alterações de alíquotas materializadas por decreto do 
Poder Executivo. 
• ICMS e CIDE: restabelecimento de alíquotas. 
 
à Anterioridade aplicável às contribuições da seguridade social. 
• As modificações de que trata o art. 195 CF/88 só observarão quando tornar mais gravoso 
a contribuição. 
• O princípio da anterioridade não pode ser usado em desfavor do contribuinte. 
à Exceções à anterioridade 
• II. Art. 153, I. 
• IE. Art. 153, II. 
• IOF. Art. 153, V. 
• IEG. Art. 154, II. 
• EC. Art. 148, I. 
O empréstimo compulsório previsto no art. 148, II se sujeita a anterioridade nonagesimal e de 
exercício. 
 
No II, IE e IOF, a anterioridade não é observada em virtude do caráter extrafiscal das exações. No 
IEG e EC, a anterioridade não é observada em virtude da urgência/calamidade pública que 
circunda a instituição/majoração destes tributos. 
 
	
 
 
 
Exigência imediata 
 
 
 
 
Observar só 90 dias – 
Anterioridade Nonagesimal 
 
Podem, portanto, ser cobrados 
no mesmo ano. 
Observa apenas o ano 
financeiro seguinte (não 
precisam observar 90 dias). 
São cobrados no 1º de janeiro 
necessariamente. 
Empréstimo compulsório decorrentes de 
guerra ou calamidade pública. 
 
Atenção: Não se aplica a exceção do para o 
empréstimo compulsório instituído no caso de 
investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional. A exceção aos 
princípios da Anterioridade Anul e nonagésimal é 
apenas para os casos de guerra e calamidade 
pública. Art. 150, §1 c/c 148, I CF/88 
Imposto sobre Produtos 
Industrializados 
 
A observância de 90 dias se 
justifica pelo simples fato da 
indústria brasileira se adequar as 
novas regras. 
Imposto de Renda 
Imposto de Importação Contribuições destinadas à 
seguridade social (art. 195, §6º, 
CF). 
Base de cálculo do IPTU e 
IPVA. CUIDADO: Essa 
exceção apenas se refere à 
BC. Não se refere à alíquota. 
Imposto de Exportação Redução e restabelecimento da 
CIDE Combustível. CUIDADO: A 
majoração deve observar a 
anterioridade de exercício 
também. 
- 
IOF Redução e restabelecimento do 
ICMS Combustível. CUIDADO: A 
majoração deve observar a 
anterioridade de exercício 
também. 
- 
Imposto Extraordinário de Guerra - - 
 
 
JURISPRUDÊNCIA: Princípio da anterioridade tributária e revogação de benefício fiscal. A 
revogação de benefício fiscal deverá obedecer ao princípio da anterioridade tributária? 
 • SIM. O ato normativo querevoga um benefício fiscal anteriormente concedido configura aumento 
indireto do tributo e, portanto, está sujeito ao princípio da anterioridade tributária. Precedente da 1ª 
Turma do STF. STF. 1ª Turma. RE 564225 AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/9/2014 
(Info 757). 
	
• NÃO. A revisão ou revogação de benefício fiscal, por se tratar de questão vinculada à política 
econômica, que pode ser revista pelo Estado a qualquer momento, não está adstrita à observância 
das regras de anterioridade tributária. 
Precedente da 2ª Turma. RE 617389 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 
08/05/2012. 
 
Ø Princípio da Vedação ao Confisco – Art. 150, IV CF/88 
 
No ordenamento jurídico brasileiro, confisco representa a perda da propriedade sem a 
correspondente indenização. Assim, “utilizar tributo com efeito de confisco” seria usar a 
tributação para se apropriar do patrimônio do particular sem a respectiva indenização. 
 
O confisco é permitido pela legislação brasileira em algumas hipóteses. Todavia, em todos os 
casos, são sanções por atos ilícitos. 
• Ex.: perda da propriedade em caso de cultura de drogas ou exploração de trabalho 
escravo. 
• Ex.2: perda do produto do crime. 
 
O problema é que vedação ao confisco representa um conceito jurídico indeterminado. No Brasil, 
há ausência de parâmetros objetivos fixados pela Constituição ou legislação. A aferição será feita 
em cada caso concreto. 
Súmula 69 STF: A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos 
municipais. 
 
à Multa tributária: A multa é consequência da prática de uma conduta contrária ao direito. 
Embora tributo e multa não se confundam, o STF entende que o princípio da vedação ao confisco 
aplica-se também às multas tributárias. A sanção deve ser razoável, ou seja, proporcional à 
infração, sob pena de ter um efeito confiscatório. 
 
Emenda Constitucional pode alterar a norma magna que prevê tributação com efeito de 
confisco? 
O STF já reconheceu expressamente o caráter de garantia individual a diversas limitações 
constitucionais ao poder de tributar, a exemplo do Princípio da Anterioridade Tributária, previsto no 
artigo 150, III, “b”, CF/88 (STF, Tribunal Pleno, ADI 939-2/DF, Rel. Min. Sidney Sanches, j. 
15.12.1993, DJ 18.03.1994, p. 5.165). Sobre referido princípio, aponta Eduardo Sabbag: (...) o 
princípio da anterioridade da lei tributária representa um dos direitos fundamentais mais relevantes 
outorgados ao universo dos contribuintes pelo texto constitucional, além de traduzir, na concreção 
de seu alcance, uma expressiva limitação ao poder impositivo do Estado. 
	
Vale ressaltar que o comando constitucional que enuncia as cláusulas pétreas (Art. 60, § 4º, 
CF) não veda de modo absoluto a edição de emendas sobre tais matérias, proibindo apenas 
as modificações tendentes a abolir (restringir, limitar) o que ali está disposto. 
 
Ø Princípio da não limitação ao tráfico de pessoas – Art. 150,V CF/88 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
 
O objeto é coibir tributos que contenham como hipótese de incidência a transposição de fronteira 
interestadual ou intermunicipal. Em que pese esta regra, não há óbice à cobrança dos tributos 
que incidam sobre a circulação, como é o caso do ICMS. 
Ainda de acordo com a doutrina, o referido princípio protegeria a liberdade de locomoção prevista 
no art. 5º, XV da CR. 
 
PEDÁGIO - POLÊMICA 
A polêmica do dispositivo se concentra na questão do pedágio. Há varias posições a respeito da 
natureza jurídica do pedágio. 
• Corrente 1: Pedágio é tributo. Há uma vertente que acredita que teria natureza de taxa, 
outros consideram uma espécie tributária autônoma. 
• Corrente 2: Pedágio é preço público. 
• Corrente 3: Pode ser taxa ou preço público. Parte desta corrente entende que se for 
cobrada pelo Poder Público, será taxa, mas se a cobrança for feita por um particular, será 
preço público. Outra vertente deste mesmo entendimento considera que, se houver uma 
via alternativa para ser usada pelo cidadão, será preço público, caso não haja, será taxa. 
 
“O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder público, cuja 
cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, não tem 
natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua instituição, 
consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita.” (ADI 800, rel. min. Teori Zavascki, 
julgamento em 11-6-2014, Plenário, DJE de 1º-7-2014.) 
 
No STF, há um RE (645.181), no qual foi reconhecida a repercussão geral da questão 
constitucional alusiva à possibilidade ou não de cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo Poder Público no caso em que não há estradas alternativas. 
PENDENTEDEJULGAMENTO 
 
	
RESUMO 
 
Todos os entes Somente União Somente Estados, DF e Mun. 
- Legalidade (art. 150, I); 
- Isonomia (art. 150, II); 
- Capacidade Contributiva (art. 
150, II); 
- Anterioridade anual (art. 150, 
III, a); 
- Anterioridade nonagesimal 
(art. 150, III, c); 
- Vedação ao confisco (art. 
150, IV); 
- Não limitação ao tráfego de 
pessoas e bens (art. 150, V); 
- Imunidades (art. 150, VI) 
- Uniformidade Geográfica (art. 
151, I); 
- Isonomia na tributação da 
renda (151, II); 
- Vedação a isenção 
heterônoma (151, III). 
- Não discriminação baseada 
em procedência ou destino 
(art. 152).

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