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AULA 2: PLANO DE TRATAMENTO E ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL É necessário fazer a anamnese e o exame clínico para realizar o plano de tratamento. O plano de tratamento em dentística é sempre dividido em fases. Primeira atitude do cirurgião dentista quando chega um novo paciente em seu consultório é conversar com o paciente com intuito de coletar informações sobre as razões de sua condição bucal. Isso porque é essencial, além de tratar a doença, instruir o paciente sobre como cuidar de sua higiene oral para que não haja acúmulo de biofilme e a doença volte a se instalar. A intervenção do CD não deve ser apenas mecânica, mas também intervenções no estilo de vida do paciente. Fazer apenas restaurações não trata a doença cárie!!! É importante orientar o paciente. É importante criar uma lista de problemas trazidos pelo paciente e uma outra com possíveis soluções para que o paciente tenha escolha (ex: tratamento mais caro ou mais barato). SITUAÇÕES QUE PODEM APARECER NA CLÍNICA: 1)Paciente com lesão de cárie. Possibilidades de tratamento: adequar, ou seja, se a lesão estiver ativa não podemos intervir diretamente com restaurações. Se a lesão de carie é apenas em esmalte a intervenção é com fluorterapia 2)Pacientes com lesão cervical não cariosa Nem toda lesão cervical não cariosa precisa ser restaurada. Possibilidades de tratamento: necessário saber a etiologia. Ex: paciente com erosão nos dentes devido a dieta. Necessário fazer intervenção na dieta. o que define que será feita restauração é: 1) se interferir na estética; 2) se há interferência na saúde da polpa (exposição pulpar) 3)Paciente com doenças pulpares possibilidades de tratamento: será definido pela extensão da lesão pulpar. O tratamento deve ser conservador-endodontia Se for uma inflamação pulpar no nível de reversibilidade pode fazer tratamento conservador expectante, capeamento direto, curetagem pulpar, pulpotomia tratam dor sem tirar vitalidade do dente. Obs: paciente sente dor quando come doce devido a osmose. Os túbulos dentinários são preenchidos por líquido e, quando em presença do doce o líquido do túbulo dentirário se movimenta em direção ao doce. Essa movimentação causa a dor, mas só quando há dentina exposta. 4)Traumatismos possibilidades de tratamento: urgências estéticas-ações multidisciplinares ex: traumatismo em região anterior: urgência estética intervenção imediata ex: em caso de traumatismos com trauma envolvendo polpa tratamento multidisciplinar (dentística e endodontia). Em muitos casos de traumatismos o tratamento é multidisciplinar. 5)Anomalias de cor, forma e posição Possibilidade de tratamento: clareamento; reanatomização-ações multidisciplinares 6)Restaurações existentes Possibilidades de tratamento: acompanhamento, recontorno, reparo-substituição A decisão pela troca da restauração é um processo desafiador. A substituição desnecessária resulta em desgaste adicional de estrutura, sempre existindo o risco de exposições pulpares acidentais. A substituição deve ser muito bem pensada! Ex: restaurações que possuem lesão de cárie associada devem ser trocadas para evitar que processo continuem a se desenvolver por baixo do dente. PLANO DE TRATAMENTO: Objetivos: -Erradicar doença cárie -Manter equilíbrio biológico dar condições de se manter saudável sozinho -Restaurar forma, função e estética -Assegurar condição futura de saúde -Individualizado não existe diferentes pacientes com o mesmo plano. Princípios básicos para plano de tratamento: *Conversar com paciente para que ele esteja ciente das possibilidades de plano. -Conhecer riscos e benefícios dos tratamentos -Informar possíveis alternativas/custo -Acatar decisão final do paciente FASES DO PLANO DE TRATAMENTO *Urgências: em caso de dor, infecção e estética dos dentes anteriores, esses casos fogem das fases do plano de tratamento. 1ª fase: Adequação do meio bucalTratar doença cárie. 2ª fase: Restauradora 3ª fase: manutenção ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL Conjunto de ações realizadas e coordenadas pelo dentista visando o controle dos fatores etiológicos das doenças bucais, numa prática de tratamento voltada para promoção de saúde. Ações da adequação: -Controlar da infecção bacteriana -Fornecer subsídios para o auto cuidado. Ex: paciente com aparelho precisa de orientações para evitar acúmulo de biofilme ao redor do aparelho, assim evitando o surgimento de manchas brancas, cárie. Educação e motivação para a saúde Controle químico e mecânico (intervenção profissional) -Desorganização do biofilme- mecânico -Controle da microbiota- químico- clorexidina -Remineralização Uso racional do flúor- uso do flúor dosado pela necessidade do paciente. Uso das fontes de fluoreto devem ser dosados de acordo com a situação clínica, visando a remineralização das lesões de cárie. -Creme dental- uso contínuo -Solução a 0,05% de NAF- uso caseiro- bochecho diário. -Solução a 0.2% de NAF- uso caseiro- bochecho semanal. -Fluorfosfato acidulado a 1,23%, NAF a 2% vernizes -Fluoretados- aplicação tópica profissional (ATP) Remoção de nichos retentivos- Multidisciplinar -Facilitar higienização- remoção de cálculos, restos radiculares -Evitar progressão de lesões -Proteção da polpa Avaliação da secreção salivar -Hipo: fluxo estimulado<0,7ml/min -Investigar fatores de risco -Estimular secreção (mastigação de gomas) ou uso de simuladores de umidade (controle químico) Aconselhamento dietético -Microflora cariogênica (naturalmente cariogênica) - Açúcar “oculto”- açúcar no café, barra de cereal -Frequência de ingestão 2ª fase: Restauradora -Após adequação é que se pensa nas restaurações. -É necessário organizar sessões por prioridade de importância para a saúde. -Fazer ações por quadrante. 3ª: fase de Manutenção Visa manter resultados e impedir recidiva Paciente com alto risco de cárie: retornar de 3 a 4 meses. 12 meses- RX eletivos. Paciente com baixo risco de cárie: retornar com 12 meses. 24 a 36 meses- RX eletivos.
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