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Teoria de Princípios Prof. Dra. Laura Vicedo Jacociunas DAS ORIGENS DA BIOÉTICA À BIOÉTICA PRINCIPIALISTA Jansen Ribeiro Pires José Geraldo Campos Trindade E-Revista Facitec, v.1 n.1, Art.6, março. 2007. Principialismo Código de Nuremberg e Declaração dos direitos humanos Primeiros passos Relatório Belmont Três bases: Respeito as pessoas, Beneficiência e Justiça Abordagem clássica e comum da bioética Uma abordagem que muitas vezes se confunde com a definição da reflexão bioética 1971: Van R. Potter, biólogo e pesquisador em oncologia, pela primeira vez utiliza o termo Bioética. Publicação de seu livro Bioethics- Bridge to the Future. Afirmava que através desta nova disciplina a espécie humana passaria a ter melhor qualidade de vida em decorrência do avanço tecnológico. Assim, a Bioética seria a ciência que garantiria a sobrevivência da humanidade. Publicação da Teoria Principalismo Bioética uma resposta da ética às questões apresentadas pelo desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas das ciências, em especial nas ciências biomédicas, tratando de questões tais como: Clonagem Aborto Eutanásia Transplantes Biossegurança Principalismo Bioético Há 4 princípios fundamentais: Beneficiência Não Maleficiência Justiça Autonomia Objetividade e clareza auxilio a divulgação da teoria Fácil assimilação Hegemonica A bioética tem como paradigma antropológico-moral o valor supremo da pessoa: sua dignidade, vida, liberdade, autonomia. Beneficiência Beneficência significa fazer o bem (bonnum facere), visando o maior benefício para o paciente. Sua finalidade é a de promover a saúde e prevenir as doenças (não causar dano), pesando os bens e os males, priorizando sempre os primeiros (maximizar possíveis benefícios, minimizando prejuízos). Não Maleficiência "prevenir danos, retirar os danos causados". Associa-se à omissão (não fazer), enquanto a beneficência é ação (fazer). Autonomia “...todo ser humano deve ser livre para decidir sobre o que é melhor para si, não podendo, de forma alguma, ser coagido a tomar decisões que firam seus interesses.” O que é necessário para que isso ocorra? Ex: PESQUISA! Antes de participar deve ser informado sobre as vantagens, desvantagens e riscos dos procedimentos ao qual será submetido. INFORMAÇÃO Justiça Entende-se, dessa forma, que os seres humanos são iguais desde seu nascimento, não lhes podendo ser negado qualquer tratamento ou assistência em função de discriminação oriunda de seu status social, raça ou qualquer outro fator subjacente a sua identidade. Todos os que participarem de experimentos biomédicos devem ser tratados com a imparcialidade por parte do pesquisador, pois os eventuais benefícios devem ser obrigatoriamente distribuídos de forma equânime entre os sujeitos participantes. Problemas Considera um ser universal e ideal Princípios universais? Inexistência das particularidades A diversidade moral é real de fato e em princípio. (...) as políticas de assistência moral ainda não levaram essa diversidade a sério. (...) os que ensinam bioética, os que se envolvem em consultas bioéticas e os que produzem livros didáticos (...) tendem a atribuir a diversidade de interpretações em relação à moralidade a escolhas particulares de assistência médica (...) ou à natureza da moralidade. Engelhardt Supervalorização da Autonomia? [...] o perigo na utilização maximalista da autonomia está em cairmos no extremo do individualismo exacerbado, que pode sufocar qualquer direcionamento no sentido da visão inversa, coletiva, indispensável para o enfrentamento das tremendas injustiças sociais relacionadas com a exclusão social [...]. Principialismo privilegia os interesses individuais em detrimento dos coletivos Se torna prático e produtivo (normativo) Trata-se de uma espécie de check list, na qual uma vez atendida as condições estabelecidas pelos quatro princípios, os profissionais estariam aptos a tomar sua decisão. Principalismo Primeiro referencial teórico capaz de colocar de forma sistemática discussões acadêmicas e para o público em geral: a necessidade de se proteger as pessoas vulneráveis. Possibilitou a inserção do reconhecimento das diferenças, abrindo, dessa forma, o diálogo que pode ser travado pelas diversas correntes Bioéticas da atualidade, além de ter servido como âncora de embasamento dos pesquisadores para suportar as profundas mudanças ocorridas nos cuidados clínicos assistenciais e nas pesquisas em seres humanos.
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