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Aula Sepsis (UTI - 6º ano)

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SEPSIS
Medicina Intensiva
Profª Dra Silene
6º Ano de Medicina
Guilherme Costa Munhoz
Sarah Berbare
Victor Augusto Leite Giorgenon
Introdução
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
SIRS, 2 ou mais critérios:
T> 38,3ºC ou < 36ºC
FC > 90bpm
FR > 20ipm, ou PaCO2 < 32mmHg
Leucocitose > 12000/mm³ ou leucopenia < 4000/mm³ ou
> 10% bastonetes
Introdução
Sepse
SIRS de causa infecciosa ou fortemente suspeita.
Sepse Grave
Sepse associada a hipoperfusão tecidual ou disfunção orgânica.
(PAS < 90mmHg ou PAM < 70mmHg ou ↓PAS > 40mmHg)
			 * PAM = PAD + [(PAS-PAD) / 3]
Choque Séptico
Necessidade de uso de vasopressores após uma reposição
volêmica adequada.
Introdução
Qualquer microorganismo pode causar
Freqüentemente Letal - Mortalidade 20-50%
↑ Tendência a sepse nos próximos anos
“Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008”
R. Phillip Dellinger, MD; Mitchell M. Levy, MD; Jean M. Carlet, MD; Julian Bion, MD; Margaret M. Parker, MD; Roman Jaeschke, MD; Konrad Reinhart, MD; Derek C. Angus, MD, MPH; Christian Brun-Buisson, MD; Richard Beale, MD; Thierry Calandra, MD, PhD; Jean-Francois Dhainaut, MD; Herwig Gerlach, MD; Maurene Harvey, RN; John J. Marini, MD; John Marshall, MD; Marco Ranieri, MD; Graham Ramsay, MD; Jonathan Sevransky, MD; B. Taylor Thompson, MD; Sean Townsend, MD; Jeffrey S. Vender, MD; Janice L. Zimmerman, MD; Jean-Louis Vincent, MD, PhD; for the International Surviving Sepsis Campaign Guidelines Committee
Critical Care Medicine 2008 Vol. 36, No. 1
Objetivo
Atualização do último Guideline realizado em 2004.
design
Conferência de 55 peritos internationais, incluindo
encontros com subgrupos, teleconferências e 
discussões entre os subgrupos e toda comissão
(Método Delphi).
Processo conduzido independente de qualquer 
financiamento industrial.
métodos
(GRADE) Grades of Recommendation, Assessment, Development and Evaluation
Qualidade da evidência:
(A) alta
(B) moderada
(C) baixa
(D) muito baixa.
Recomendável:
(1) Efeitos desejados são maiores que os indesejáveis.
(2) Relação entre efeitos desejados e indesejados pouco clara. 
Manejo inicial
Manejo inicial
1) RESSUSCITAÇÃO INICIAL
2) DIAGNÓSTICO
3) ANTIBIOTICOTERAPIA
4) CONTROLE DO FOCO
1) ressuscitação inicial
 Deve ser iniciada dentro das primeiras 6 h após a identificação do quadro de sepse grave ou choque séptico. As 6h iniciais diferem-se das 6h subseqüentes, sendo necessário novas avaliações e novas condutas.
METAS: - PVC entre 8-12 mmHg; ou entre 12-15 mmHg para pacientes em IOT ou com complacência pulmonar diminuída por doença prévia.
 - PAM > = 65 mmHg.
 - SatO2 venosa central > = 70% ou venosa mista > = 65%.	 	 
 - Débito urinário > = 0,5 ml/kg/h.
CONDUTAS:
A - Terapia com fluidos (ressuscitação volêmica):
Uso de colóides ou cristalóides (estes requerem maior volume, pois possuem maior distribuição, mas são mais baratos).
Deve ser realizada continuamente enquanto continuar a melhora dos parâmetros de PA, FC, perfusão e débito urinário.
Inicio: Cristalóides 1000 ml ou colóides 300-500 ml nos primeiros 30 minutos, podendo ser necessário volume adicional, dependendo da resposta clínica.
Recomenda-se diminuir a infusão de líquidos quando houver aumento da PVC sem melhora simultânea no DC e estado hemodinâmico.
Albumina EV não possui resultados mais efetivos quando comparada ao uso de cristalóides.
A razão entre entrada/saída de líquidos corpóreos não deve sem um parâmetro crucial na avaliação da conduta.
B - Vasopressores: Objetivo principal: PAM > = 65mmHg.
Devem ser utilizados no caso de resposta inadequada ou parcial à ressuscitação volêmica, sendo uma medida adicional.
Após introduzidas, as drogas vasoativas já devem ser monitorizadas incessavelmente, no intuito de serem desmamadas o mais rápido possível.
Drogas de escolha: 
 - Noradrenalina: Aumenta a PAM devido a efeitos vasoconstritores e, em menor escala, ao aumento da FC e do volume sistólico. É considerada mais potente. 
 - Dopamina: Aumenta a PAM devido ao aumento do DC, aumento do volume sistólico e da FC. Deve ser particularmente usado em pacientes com comprometimento da função sistólica. Atenta-se para efeitos como taquicardia e efeitos endócrinos imunossupressores. Verificou-se que dopamina em doses baixas não deve ser usada no objetivo de nefroproteção. 
 - Vasopressina: É usada no caso de resposta insuficiente as drogas iniciais. Em baixas doses, auxilia no aumento da PAM trazendo outros benefícios fisiológicos. Pode ainda ser usada na dose de 0,03 unidades/min associada a doses < 15 mcg/kg/min de noradrenalina, para o tempo de resposta terapêutica. Em doses maiores de noradrenalina, pode causar isquemia cardíaca, esplênica e periférica.
C - Terapia inotrópica: Deve ser realizada junto a vasopressores.
Dobutamina deve ser administrada em casos de disfunção miocárdica sugerida pelo aumento das pressões de enchimento cardíaco e débito cardíaco diminuído, ou quando tais dados não são mensurados e a falha no protocolo inicial sugere tal circunstância.
Na possibilidade de mensuração da PAM e do débito cardíaco, o uso de vasopressores e inotrópicos deve ser realizada com direcionamento respectivo.
A função cardíaca não deve ser estimulada a níveis suprafisiológicos.
D - Corticosteróides:
Recomenda-se o uso em adultos de Hidrocortisona EV < 300 mg/dia em pacientes com choque refratário a ressuscitação volêmica e ao uso de DVA.
O teste de resposta do cortisol ao ACTH não deve ser realizado para avaliar a provável eficácia terapêutica do corticosteróide.
A Dexametasona não deve ser usada, a não ser em indisponibilidade de outros corticosteróides, pois atua de forma mais aguda e prolongada no feedback negativo hipotalâmico e na imunossupressão. 
No caso da opção por outro corticosteróide, avaliar sua função mineralocorticóide e, se necessário, associar fármacos.
No caso de síndrome não-infecciosa, o corticóide não deve ser usado. Sua retirada deve ser baseada em desmame. Para doenças prévias ou condições associadas, não há contra-indicação do seu uso.
E - Proteína C recombinante humana ativada (rhAPC): possui propriedades anti-inflamatórias e anticoagulantes.
É recomendado o uso em pacientes com APACHE II (Acute Physiology and Chronic Health disease Classification System II) > = 25 associado a disfunção de múltiplos órgãos.
No caso de APACHE II < 25 com falência de um ou nenhum órgão, os riscos adversos, principalmente de sangramentos, superaram os benefícios. 
F - Administração de produtos sanguíneos: Favorece aumento na SatO2.
Recomenda-se a transfusão de hemoconcentrados quando Hb < = 7 g/dL em adultos, uma vez que a hipoperfusão já tenha sido solucionada, além da ausência de condições extenuantes, como isquemia miocárdica, hipoxemia severa, hemorragia ou acidose lática.
Recomenda-se o não uso de eritropoetina, a não ser que existam outras condições senão sepse que justificam seu uso, como anemia por IRC.
O uso de antitrombina deve ser evitado, pois aumenta o risco de sangramento na sepse.
A administração de plasma fresco deve ser realizada em pacientes com distúrbio de coagulação documentados laboratorialmente associado a sinais de sangramento ativo ou na possibilidade de procedimentos invasivos.
A administração de plaquetas está recomendada mandatoriamente na contagem < = 5000/mm³, indicada na contagem entre 5000 – 30000/mm³ associado a sangramento ativo e em casos de contagem > 50000/mm³ para pacientes que se submeterão a procedimentos invasivos.
2) diagnóstico
 Necessariamente deve ser realizada a pesquisa do agente ou agentes etiológicos e avaliação da respectiva sensibilidade a antimicrobianos.
As culturas devem ser colhidas antes da administração da primeira dose da antibioticoterapia empírica, desde que tal conduta não atrase o início daterapia.
Devem ser colhidas ao menos 2 amostras de hemocultura, sendo uma percutânea e uma de cada acesso vascular ou dispositivo invasivo, ao menos que tais acessos foram instalados < 48h. Culturas de secreções, feridas, urina, dentre outras, devem ser colhidas caso o foco seja suspeito.
Todas as culturas devem ser coletadas com instrumentos estéreis e adequada esterilização local, além de obtidas em quantidade adequada e analisadas de forma qualitativa e quantitativa.
O crescimento de um mesmo patógeno em amostras diferentes reitera o agente etiológico como causa. Um crescimento na cultura de cateter precoce em relação a amostra percutânea (> 2h) sugere o dispositivo como fonte da infecção.
O Dx de sítios infecciosos com o uso de exames de imagem deve ser realizado, desde que não prejudique a estabilidade do paciente, podendo ajudar na avaliação de abscesso, infartos e necroses, corpo-estranho, dentre outros, além de estabelecer condutas terapêuticas.
3) antibioticoterapia
 Deve ser iniciada de forma empírica o mais rápido possível, preferencialmente na primeira hora.
A via de administração é a endovenosa, sendo avaliado a melhor forma de infusão (contínuo ou em bolus).
Os fármacos escolhidos devem abranger um amplo espectro, sendo empírico para os prováveis patógenos (bactérias e fungos), além de concentrarem-se em doses efetivas no provável foco. Dados relevantes nesse contexto incluem história do paciente, intolerância e alergia a drogas, doenças subjacentes, prevalência clínica, medicamentos em uso, ATB de uso recente e sensibilidade dos patógenos comunitários ou hospitalaras.
A duração do tratamento deve ser inicialmente programada para 7-10 dias, podendo ou não ser estendida, como no caso de demora na resposta terapêutica, pacientes neutropênicos, imunocomprometidos e dificuldade de acesso ao foco.
Orienta-se que a terapia combinada empírica não se estenda por mais de 3-5 dias, sendo readequada ou descalonada segundo o antibiograma, preferencialmente visando monoterapia eficaz.
Primariamente, a preocupação de evitar resistência e poupar gastos não deve nortear a escolha. Na evolução, a reavaliação do tratamento deve ser contínua, no sentido de melhorar a resposta terapêutica e, conforme possível, prevenir superinfecção, desenvolvimento de resistência e diminuir gastos.
Cabe ressaltar que em mais de 50% das hemoculturas o resultado é negativo, sendo que em muitos deles existe infecção. Sendo assim, a opção de manter, estreitar, descalonar e até mesmo suspender ATB deve ser realizado com avaliações globais do paciente.
No caso do Dx preciso de uma síndrome não-infecciosa, a retirada do ATB deve ser imediata.
4) Controle de foco
O Dx anatômico do foco provável deve ser realizado o mais breve possível, principalmente se o foco necessitar de controle emergencial, como fasceíte necrotizante, colangite, isquemia mesentérica, peritonite difusa, dentre outros. Na suspeita de necessidade de controle emergencial, o Dx deve ser minimamente excluído.
Todos os focos de uma infecção em andamento passíveis de intervenção devem ser controlados, como a drenagem de um abscesso, desbridamento de tecidos necróticos, remoção de corpo-estranho, retirada de cateteres (assim que um novo acesso estiver disponível), dentre outros.
A abordagem intervencionista deve ser feita com o menor estresse fisiológico possível, como por exemplo a drenagem percutânea em detrimento da cirurgia aberta.
Terapia Suporte
Suporte mecânico
Volume Corrente de 6ml/Kg
Pressão Platô < 30 cm de H²O
Hipercapnia é permitido em pacientes que precisam diminuir a pressão platô e o volume corrente
PEEP suficiente para evitar extenso colapso pulmonar.
Decúbito pronado
Extubação mecânica: paciente acordado, s/DVA- estavel hemodinamicamente, PEEP próximo de 5, FiO² proximo do fisilógico. E nebulização em tubo T.
Usar cateter na artéria pulmonar
Estratégias de reposição volêmica conservadoras diminuem os dias de VM
analgesia
Pacientes com sedação contínua permanecem mais tempo na VM
Evitar o uso de bloqueadores neuromusculares, e se fizer uso, descontinuar o uso, fazer pausas
Controle glicêmico
Baixar a taxas de glicemia para < 150 mg/ dL
Monitorar glicemia de 1/1h até estabilização e continuar de 4/4h
Reposição renal
Terapia de reposição renal continua e hemodiálise intermitente são equivalentes
O uso de terapia continua facilita o manejo de fluidos
Terapia com bicarbonato
O uso de bicarbonato para resolver hipoperfusão induzida por acidemia láctica não é indicado para pacientes com Ph < 7,15.
Profilaxia de TVP
Inibidores de bomba de prótons
Inibidores H2
Profilaxia úlcera de estresse
Uso de heparina não fracionada 2 a 3 x por dia
Uso de heparina de baixo peso molecular
Profilaxia mecânica
Descontaminação do trato digestivo seletiva
Uso de ABT não orais reduz as taxas de infecção, pneumonia e mortalidade. 
Conclusão	
Grande acordo entre os grupos de especialistas em
relação à nível 1 de recomendação para o melhor
atendimento atual de pacientes com sepse grave.
O primeiro passo em direção a melhores resultados
para esse importante grupo de pacientes criticamente
enfermos.
bibliografia
Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008 (Critical Care Medicine 2008 Vol. 36, No. 1)
Emergências Clínicas Abordagem Prática 6ª Edição (Disciplina de Emergências Clínicas Hospital das Clínicas da FMUSP)

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