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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Proteção Contra Incêndio e Explosões Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência Responsável pelo Conteúdo: Profa. Esp. Erika Gambeti Viana de Santana Revisão Textual: Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Introdução ao tema • Leitura Obrigatória • Material Complementar Fonte: iStock/Getty Im ages Objetivos • Conhecer a importância dos processos que envolvem o fogo na vida das pessoas; • Reconhecer as principais medidas de prevenção e proteção contra incêndio de uma edificação; • Distinguir os elementos que compõem o sistema global de segurança contra incêndio; • Conhecer o papel das normas e regulamentações de segurança contra incêndio na atuação profissional. Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência Introdução ao tema Quando mencionamos proteção de uma coletividade, trata-se de um dos tópicos abordados para a prevenção de incêndio. Esse termo trata tanto das medidas de proteção que podem ser tomadas contra incêndios em um edifício, como também da educação pública que se faz necessária para a conscientização de todos. Para que a implantação da prevenção aconteça, é necessário que sejam tomadas providências para evitar que existam sinistros, possibilitando, assim, a extinção de efeitos do incêndio antes que o Corpo de Bombeiros chegue. Preparar a população com atividades relacionadas ao assunto, por meio da difusão de ideias, para prevenir novos incêndios, é educar as pessoas para a segurança. É necessário também que as pessoas estejam cientes dos procedimentos existentes e quais medidas e cuidados devem ser tomados quando manuseiam produtos perigosos ou quando exercem práticas que possuam riscos de incêndio, portanto, necessitam de treinamentos, esclarecimentos e preparação. Podemos agrupar as atividades para proteção contra incêndio da seguinte maneira: • Desenvolver e promover atividades que possam treinar e ensinar as pessoas a lidar com as medidas que podem ser tomadas para evitar os incêndios; • Treinar as pessoas para que possam tratar da perícia, possam coletar dados que ajudem na extinção de incêndios, para que tendo conhecimentos técnicos possam desempenhar melhor as medidas contra os riscos de incêndio e ajudar os órgãos específicos a controlar a quantidade de incêndios que existem hoje na cidade. Quando discorremos sobre proteção contra incêndio, trata-se de como medir e controlar os focos de incêndio e como combatê-los depois de seu início. Podemos dividir essas medidas da seguinte forma: ativas de proteção, alarme e extinção de fogo, passivas e proteção da estrutura do prédio. Temos alguns objetivos de prevenção, que são: garantir a segurança das vidas das pessoas que se encontram no local do incêndio; prevenir que não aconteça a propagação e conflagração do incêndio; proteger a estrutura e conteúdo do edifício; minimizar os danos que o incêndio pode causar. Conseguimos alcançar esses objetivos através de compartimentação interna do edifício, considerando o distanciamento entre os edifícios e também sua resistência em relação ao fogo; controle da quantidade de combustíveis existentes no edifício; dimensionamento de sistemas de combate e alarme de incêndio, com detectores, acionadores e chuveiros automáticos; uso de equipamentos manuais; treinamento para que haja pessoas habilitadas que possam combater o princípio do incêndio; manutenção e gerenciamento dos sistemas de combate a incêndio; controle dos problemas ocorridos no meio ambiente causados por um incêndio, entre outros recursos. 6 7 Podemos definir o fogo como um fenômeno que precisa dos elementos corretos para que ocorra; um dos mais importantes é o oxigênio, que fará com que haja uma oxidação após receber uma emissão de fonte de calor, seja qual for. Assim, para que ocorra o fenômeno fogo é necessário que existam quatro componentes: comburente – oxigênio –, calor, combustível e reação em cadeia. São usados como meios de extinção a inibição de um dos componentes, para que assim não ocorra o fogo, causando incêndios. Combustível é qualquer substância que seja capaz de produção de calor, quando sofre uma reação química. Para que um incêndio aconteça, é necessário que se tenha os elementos necessários. Pensando em como evitar que isso ocorra, é bom se ter o conhecimento de quais são: temos o comburente; como exemplo fácil, temos o oxigênio, que pode ser encontrado em todos os ambientes em quantidades maiores ou menores, alimentando a reação química. O calor é outro dos elementos, que pode ser transferido por meio de uma fonte, seja qual for, fazendo com que ocorra a diferença de temperatura. Esse calor se difere de outras formas de energia, pois se manifesta por um processo de transformação. Portanto, podemos entender que a propagação de fogo em um ambiente que não seja desejável é o que chamamos de incêndio. 7 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência Leitura Obrigatória Uma Visão Histórica do Fogo Em tempos remotos, nos primórdios da humanidade, convivemos com o fogo e suas consequências. Isso influenciou o modo de como vivíamos na Era Pré-Histórica até os dias de hoje, com suas implicações, negativas ou positivas. O primeiro encontro do ho- mem com o fogo pode ter sido há aproximadamente 7000 a.C., de forma natural como, por exemplo, na queda de um raio durante uma tempestade, o qual poderia ter atingido uma floresta, especificamente uma árvore ou um reservatório de petróleo, ou mesmo o calor proveniente de um vulcão em erupção. A partir desse momento histórico, o homem observou muitas propriedades do fogo que podiam lhe servir, entre as quais o calor e a luz. Poderia ser utilizado de diversas maneiras, como fogueiras para afastar os animais perigosos durante a noite, para aquecer, dar claridade à noite e também para cozinhar, passando a se alimentar de variedades enormes de alimentos – e não somente de alimentos crus. A produção intencional do fogo começou com o ancestral direto do homem, o Homo Erectus, no período neolítico. O Homo Erectus descobriu uma forma de reproduzir o fenômeno a partir do atrito de pedras ou pedaços de madeira e para isso tentou diferentes tipos de pedras até se decidir pelas piritas e o sílex. Desde então, começou a criar vários utensílios. O primeiro era um pequeno disco de madeira, que era girado rapidamente entre as palmas das mãos, enquanto era pressionado em uma soleira plana de madeira. Mais tarde, descobriu-se que uma faísca poderia ser criada esfregando piritas de ferro em uma pedra. A compreensão do processo para a produção do fogo assegurou que a humanidade viesse desenvolvervárias outras técnicas produtivas, como a fabricação de vidros e a fundição de metais, cerca de 1 a 3 séculos a.C. Isso possibilitou a produção de uma imensidão de utensílios, ferramentas e armas. Ao longo de várias épocas, o fogo foi associado à mitologia, diferentes manifestações artísticas, culturas e religiões. Foi retratado de várias maneiras em pinturas e na literatura, que antagonizam a sua essência, como “fogo da purificação” ou “ fogo dos infernos”, “chama eterna” ou “ fogo das paixões”. Sempre fascinou e ainda fascina os seres humanos, basta acompanhar o olhar de uma criança que está atenta a uma lareira ou fogueira. Na mitologia grega, a criação do fogo é relatada pela história de Prometeu, que conta a domesticação do fogo. Quando da criação dos homens e animais, eram responsáveis pelas obras, Prometeu e Epimeteu. Enquanto Epimeteu trabalhava, Prometeu supervisionava e dava características próprias a cada animal. Chegando a vez do homem, faltaram força e coragem, elementos necessários para que o homem fosse superior aos outros animais. Com o objetivo de ajudar seu irmão, Prometeu roubou o fogo dos deuses e o entregou à humanidade, assegurando a superioridade da raça humana. 8 9 Com a chegada da Revolução Industrial aconteceu uma evolução na relação do homem com o fogo e surgiram as máquinas a vapor, onde a fonte de energia era o carvão e logo depois, o petróleo. Isso provocou grande mudança na sociedade e contribuiu para o modo como ainda utilizamos o fogo. Quando o fogo está sob controle, é evidente que nos traz conforto, segurança e também a transformação e destruição de elementos. Usamos no cotidiano e está no lar de praticamente todas as pessoas, na iluminação pública, no desenvolvimento dos meios de transporte e equipamentos produtivos e até mesmo na simples tarefa de cozinhar, que já é um exemplo de transformação de substâncias pelo fogo. A destruição causada pelo fogo se refere desde à modificação das substâncias combustíveis, até a aplicação de técnicas modernas de incineração. Certas substâncias podem queimar em condições específicas, não emitindo chamas visíveis como, por exemplo, o hidrogênio, o álcool metílico e o carvão. Quando o fogo está fora de controle, o meio e seus elementos aquecem ao ponto de serem deformados e então o incêndio começa e ocorrem as perdas. Entenda-se por perdas: materiais, ambientais, pessoais e/ou sociais, em que as perdas materiais são referentes aos produtos que foram queimados pelo fogo e utilizados para sua detenção; as perdas ambientais referem-se aos seus efeitos ao meio ambiente, tanto pelo fogo, quanto pelos processos para eliminá-lo; as perdas pessoais se referem aos ferimentos e vidas das pessoas que estão nas instalações, onde o fogo está fora de controle e também as vidas das equipes de combate ao fogo; e as perdas sociais são aquelas referentes aos efeitos do fogo ao entorno da edificação, às residências vizinhas, instalações comerciais ou até mesmo partes inteiras de uma cidade. Podemos mencionar o efeito da detonação, quando a velocidade de alastramento da chama é tão elevada que se torna instantânea. Em nosso dia a dia encontramos as detonações dentro dos cilindros dos motores, a combustão interna. O aumento e a instabilidade dos fluidos, líquidos ou gases, que podem estar em tanques, cilindros, mangueiras ou dutos, tem grande potencial para se tornarem explosões. Podemos observar que essas explosões são capazes de acontecer em qualquer sistema pressurizado, sejam os materiais inflamáveis ou não. Basta imaginar os efeitos do rompimento de um cilindro que tenha nitrogênio – pressão interna entre 150 e 200 Kgf/cm² – ou oxigênio – 185 kgf/cm² –, visto que a relação entre pressão e volume se mantém, ou seja, em caso de dilatação descontrolada, o volume de gás poderá se expandir entre 150 e 200 vezes nos exemplos acima. Os fatores mais comuns para esse tipo de acontecimento estão relacionados ao rompimento devido a choques ou colisões em tanques, cilindros ou reservatórios ou então relacionados a seus acessórios, por exemplo, válvulas ou reguladores de pressão, que são fatores externos; ou devido ao enfraquecimento estrutural, por exemplo, decorrente de corrosão, excesso de pressão e de temperatura, como no caso de tambores que contêm materiais que se dilatam quando expostos ao calor ou a chamas abertas ou faíscas, que seriam fatores internos. 9 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência É preciso que haja o correto manuseio, armazenamento e manutenção desses sistemas e que sejam afastados de fontes de calor para que não se transformem em acidentes, podendo atingir consequências desastrosas. Combustível Ox igê nio CalorReação Química Fonte: Wikimedia Commons Tipos de Incêndio Os incêndios podem ser divididos em duas categorias, que são relativos à sua natureza: natural ou acidental. Os naturais geralmente são resultantes do aumento da temperatura em ambientes demasiadamente secos, queda de raio ou erupção vulcânica. Temos como incêndios acidentais – os quais não propositais –, onde existem fatores imprevistos. Ocorrem em empresas – indústrias, comércios, instalações de uso comercial em geral – e também em residências. Podem também acontecer em virtude dos meios de transportes – veículos rodoviários, ferroviários, embarcações e aeronaves. Pode também acontecer de o incêndio acidental ter sua origem em um evento natural como, por exemplo, um raio que atinja um depósito não apropriadamente protegido por um sistema de proteção contra descargas atmosféricas ou a queda de um balão sobre comércios ou residências. A exposição à fumaça também é uma ocorrência de incêndio. Se houver existência de fumaça, casos relacionados à fumaça podem ocorrer, tais como irritação dos olhos, em caso de inalação, irritação das vias aéreas, levando à tosse e vômitos, além de intoxicações e asfixia, que podem ser fatais, dependendo do tipo de material que é queimado, dos gases que são expelidos durante a queima, da condensação de fumaça no ambiente e do tempo de exposição. Algumas substâncias tóxicas podem ser geradas durante os incêndios, tais como Monóxido de Carbono (CO), gases cianídricos, clorados, sulfurosos e/ou nitrogenados. O sentido da visão é afetado pela presença de fumaça, reduzindo a visibilidade de forma radical, gerando, além da desorientação e do pânico, o tumulto, atropelamento e esmagamento de pessoas e à ocorrência de quedas e batidas, com eventuais lesões e fraturas. Isso tudo pode ser agravado por possíveis desabamentos de materiais ou estruturas 10 11 resultantes da evolução do próprio incêndio. Esta última situação pode ser agravada pela queda e desabamento de materiais decorrentes da evolução do próprio incêndio. Asfixia É quando o organismo deixa de receber o abastecimento de oxigênio necessário para desenvolver as funções vitais do organismo e, na maioria das vezes, é fatal. O ar tem, aproximadamente, 21% de oxigênio e as concentrações podem variar de 19% a 22%, onde ainda são limites adequados ao funcionamento da respiração. Quando inalado, o ar é levado até os pulmões, onde ocorre a troca gasosa no sangue circulante, através dos alvéolos. O oxigênio se liga à hemoglobina e é carregado pelo sangue aos diferentes receptores celulares. Nas células, o oxigênio é metabolizado em gás carbônico, ligando-se à hemoglobina, formando a carboxiemoglobina. Como essa molécula é muito instável, isso explica a “facilidade“ da troca gasosa, novamente nos alvéolos, assim o gás carbônico é então exalado. A asfixia pode ser de origem mecânica, quando algo obstrui ou impede a passagem de ar em direção aos pulmões. Engasgamentos com ossos, dentaduras ou outros materiais, enforcamentos e estrangulamentos são exemplos desse tipo de ocorrência. Pode ser asfixia simples,quando o gás toma o lugar do oxigênio no espaço ao qual a pessoa esteja respirando. É o que acontece, por exemplo, em ambientes com atmosfera rica em gás carbônico, nitrogênio ou metano. Esses gases, que já fazem parte do nosso ar respirável, tomam o lugar do oxigênio, de modo que a concentração de oxigênio passa a ser indetectável – e sua inalação, impossível. Há outras situações que também consomem oxigênio e tornam, assim, as condições do ambiente hostis para a manutenção da vida humana, como as de evaporação de solventes provenientes de pintura em ambientes fechados e a oxidação de chapas quando da limpeza de tanques fechados. Ademais, a asfixia pode ocorrer por: • Substâncias irritantes, que se inaladas reagem de alguma forma com o organismo, impedindo a absorção de oxigênio. A irritação do sistema respiratório pode causar edema da glote, asfixia e, por fim, óbito. Amônia e cloro são exemplos de substâncias de podem causar essa situação; • Asfixiantes químicos, que são as substâncias que se ligam de forma estável à hemoglobina, não possibilitando a troca gasosa. Gás cianídrico e monóxido de carbono são exemplos desse tipo de substância. O monóxido de carbono forma, com a hemoglobina, a carboxiemoglobina, altamente estável. O monóxido de carbono é inodoro, insípido e incolor. Isso ocorre, geralmente, em ambientes fechados; • Inalação de substâncias narcóticas, que podem ocasionar enorme depressão do sistema nervoso, onde o sistema respiratório deixa de funcionar por estar “lento” – quanto ao ritmo respiratório. Um exemplo é a inalação de clorofórmio, éter ou cloreto de metila. É extremamente importante perceber que, qualquer que seja a natureza, qualquer uma dessas ocorrências relatadas pode ser fatal. Existem vários fatores que auxiliam na piora das 11 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência condições da vítima no caso de asfixia como, por exemplo, idade; condição física; alguma limitação física que prejudique a sua movimentação; utilização de medicamentos que afetam o raciocínio; drogas; problemas prévios cardiorrespiratórios; problemas emocionais. Quando os incêndios acontecem em instalações industriais, ocorrem geralmente, por duas causas mais frequentes. A primeira causa diz respeito às situações que resultam de descontroles de processo como, por exemplo, vazamentos, transbordamentos, explosões de reatores, recipientes ou linhas pressurizadas, superaquecimento ou subrresfriamento e contato entre substâncias que reagem entre si, liberando calor no ambiente. A segunda causa corresponde às situações em que substâncias inflamáveis entram em contato com fontes de calor, propiciando a ignição dos materiais. As fontes nesse caso podem se dar ao utilizar uma lixadeira ou equipamento de solda, até mesmo ao bater um martelo e prego; no acender de fósforos ou isqueiros; ao descartar incorretamente cigarros e fósforos acesos; quando ocorre a descarga de eletricidade estática; faíscas oriundas de condutores ou equipamentos elétricos. É importante lembrar que além das causas acima, as descargas atmosféricas e as quedas de balões podem ser causas de incêndios industriais, além da colisão de veículos, descarrilamento de trens ou queda de aeronaves. Limite de Explosividade É a faixa de concentração em que um combustível entrará em combustão ou então inflamação/explosão. A faixa de explosividade é definida para cada combustível por dois limites: • O Limite Inferior de Inflamabilidade/Explosividade (LII/LIE), que fica abaixo do qual a combustão/explosão não ocorre pelo fato de a mistura ser pobre – há muito oxigênio para pouco combustível; • O Limite Superior de Inflamabilidade/Explosividade (LSI/LSE), que fica acima do qual a combustão/explosão não ocorre pelo fato de a mistura ser excessivamente rica – há muito combustível para pouco oxigênio. O armazenamento de grãos nos silos, materiais metálicos cujas partículas sejam finamente divididas, que têm grandes áreas de contato em relação ao volume armazenado, explodem facilmente na existência de uma fonte de calor próxima. Uma das principais origens de explosão é a poeira que, acumulada e em presença de uma fonte de calor ou ignição, ocasiona a explosão. Por isso é fundamental a limpeza das instalações. O curto-circuito é um exemplo de fonte de ignição, como também o acúmulo e a descarga de eletricidade estática ou do atrito mecânico. 12 13 Introdução à Prevenção Contra Incêndios Foram criados conceitos básicos de segurança na prevenção contra incêndios, a fim de garantir a segurança da vida humana e minimizar as perdas materiais, reduzir os prejuízos ambientais. Um incêndio não controlado em uma instalação, edificação ou ambiente que tenha construções no entorno pode evoluir até o ponto de tomar suas estruturas e se tornar uma catástrofe urbana. O sistema global de segurança contra incêndio se refere ao conjunto de ações coerentes que se originam do perfeito entendimento dos objetivos da segurança contra incêndio que norteiam soluções definitivas e funcionais (BERTO, 1991). Estabelecer essas ações para cada edifício é o compromisso de todos os técnicos envolvidos na etapa de elaboração do projeto de construção e também na manutenção. As medidas de segurança são agrupadas de acordo com as ações a serem tomadas contra incêndio: medidas de prevenção e de proteção. As medidas de prevenção referem-se aos três principais elementos que constituem a formação do fogo: ar, combustível e calor. São as medidas utilizadas para prevenir o início do incêndio, que supervisionam e controlam o risco de haver um incêndio. Já as medidas de proteção são aquelas que evitam que o fogo aumente, mantendo-o sob controle e em níveis aceitáveis. São medidas utilizadas para proteger a vida humana e os bens materiais quando o incêndio já está em percurso. Somente sabendo previamente dos objetivos de segurança da organização e das exigências que devem ser atendidas, a segurança contra incêndios é aplicada em níveis satisfatórios. É considerado um edifício seguro contra incêndio aquele em que há alta possibilidade de que seus ocupantes sobrevivam a um incêndio sem sofrer nenhum ferimento e nos quais os danos à propriedade são limitados às vizinhanças ou ao local em que o fogo se iniciou (HARMATHY, 1984). Os requisitos funcionais a serem seguidos por um edifício seguro estão relacionados à sequência das fases de um incêndio, que podem se desenvolver da seguinte forma: • Prevenção contra o início do incêndio; • Limitação do avanço do incêndio; • Desocupação segura do edifício; • Prevenção contra o avanço do incêndio nos edifícios vizinhos; • Precaução contra o abalo estrutural; • Eficiência e rapidez para efetuar as operações de combate e resgate. 13 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência Estipulada a sequência de etapas de um incêndio, podemos ver que o propósito dos requisitos funcionais seguidos pelo edifício resume-se em: • Dificultar a ocorrência do princípio de incêndio, ou então dificultar a ocorrência da inflamação globalizada dos elementos combustíveis que estão no ambiente; • Viabilizar a extinção do incêndio na instalação de origem antes que haja a propagação, ou então dificultar a propagação do mesmo para os outros ambientes; • Permitir a desocupação dos usuários do edifício; • Manter a integridade do edifício, para que não haja danos estruturais; • Permitir as operações de combate ao fogo e de resgate ou salvamento de vítimas (BERTO, 1988). Medidas de Proteção Passiva e Ativa As medidas de proteção contra o incêndio são relativas ao processo construtivo da edificação. Medidas passivas são as que contribuem para conter a evolução do incêndio e para isso devem ser inclusas no processo de construção do edifício. Estão vinculadas:• Ao controle de materiais, como da quantidade de materiais combustíveis inseridos à matéria-prima da construção. E também das características de reação ao fogo desses materiais; • À compartimentação, que pode ser vertical como, por exemplo, pisos resistentes ao fogo, selagem corta-fogo de shafts – aberturas entre pisos e paredes onde são instaladas as saídas de água e eletricidade. E horizontal, relativa às paredes resistentes ao fogo, portas corta-fogo; • Resistência ao fogo da envoltória do edifício, bem como de seus elementos estruturais; • Meios de escape, como o fácil acesso às rotas de fuga segura e sinalização adequada. E também o fácil acesso aos equipamentos de combate a incêndio e sinalização adequada e distância segura entre edifícios – conforme a Instrução Técnica n.º 9 do Corpo de Bombeiros. Essas medidas de proteção passiva têm capacidade de influenciar: os insumos para a finalização da construção do edifício, como os materiais de acabamento e revestimento que serão utilizados nos espaços; na medição simétrica e na composição da fachada; no espaço das vias de circulação interna, em suas dimensões verticais e horizontais; na forma de inserção do edifício no lote; nas condições dos acessos imediatos. O projeto de arquitetura pode, com base em amplo conhecimento dessas questões, prever a integração de fatores pertinentes à segurança contra incêndio. As medidas de proteção ativa, no entanto, são aquelas reativas já na ocorrência de incêndio e que entram em ação quando de forma automática ou manualmente. São elementos do sistema global de segurança, vinculadas às medidas de proteção ativa: por extintores de incêndio; hidrantes e mangotinhos; chuveiros automáticos; detecção 14 15 e alarme de incêndio; iluminação de emergência; controle do movimento da fumaça e sistema de comunicação de emergência. Verificando que é preciso manter a segurança da população fixa e transitória de uma edificação, o principal quesito a ser abordado é relativo ao tempo em que essa condição deve ser mantida. O combate ao fogo pode ser orientado pelos três critérios relacionados a seguir: assegurar a integridade das pessoas, proporcionar a proteção dos bens e permitir a recuperação da edificação. “Incolumidade significa salvaguarda das vidas humanas contra o efeito fatal de todos os riscos decorrentes de um incêndio” (ROSSO, 1975, p. 9). Compartimentação Horizontal e Vertical dos Edifícios A compartimentação da edificação tem como propósito a separação em várias partes para que suportem a queima dos elementos que são inflamáveis, bloqueando a propagação do fogo para outros ambientes. A retenção do incêndio em seu ambiente de origem faz com que as operações de combate ao fogo fiquem mais fáceis. A separação em partes reduz a livre circulação da fumaça no interior do edifício. Com isso, os objetivos que são atingidos com a compartimentação são: contenção do incêndio em seu espaço de origem; conservação das rotas de fuga protegidas contra os impactos do incêndio; facilitação das ações de combate ao incêndio. A compartimentação é definida como uma medida de proteção passiva, separada em dois tipos: horizontal e vertical. A compartimentação horizontal é utilizada para deter o alastramento do incêndio entre áreas do mesmo pavimento, a fim de que uma grande parte do pavimento não seja afetada. De acordo com a NBR 11742, a compartimentação horizontal pode ser obtida pelos seguintes meios: através de paredes, de portas e aberturas corta-fogo, destinadas à circulação de pessoas e de equipamentos. Igualmente de registros corta-fogo nos dutos de ventilação – dampers –, dutos de exaustão e vedação corta-fogo – selos – nas passagens de cabos elétricos e tubulações – shafts. Todas essas medidas têm o objetivo de bloquear a propagação horizontal do incêndio por meio de aberturas adjacentes. A compartimentação vertical, por outro lado, tem o objetivo de deter a propagação do incêndio entre os pavimentos. Para que isso ocorra, na sua elaboração, deve-se ter certeza de que o incêndio não se espalhe pelas aberturas em que se comunicam os pavimentos, seja pelo interior do edifício, seja pela sua entrada. Para isso são necessários os entrepisos corta-fogo e isolar as escadas através de paredes e portas corta-fogo, já que a caixa da escada intercomunica pavimentos – conforme a NBR 13768. 15 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência É importante salientar que a resistência das vedações e da estrutura ao fogo deverá ser igualmente forte quanto ao incêndio a que possa vir enfrentar. O efeito geral das alterações resultantes de altas temperaturas atingidas nos incêndios sobre os elementos de vedações, como paredes, coberturas, lajes, portas e janelas, e da estrutura das instalações pode ser percebido pela diminuição gradual de sua capacidade de manter suas funções. As estruturas e vedações dos edifícios devem ser projetadas de modo que tenham resistência ao fogo. Para isso, deve-se pesquisar e averiguar as matérias-primas com que serão construídos. Uma das piores consequências que se pode esperar na evolução de um incêndio é a conflagração. Acontece quando várias edificações são gradualmente envolvidas no incêndio. O distanciamento seguro entre edificações depende de inserção do edifício no terreno e da composição das fachadas e da cobertura. Quando essas questões são definidas, é verificada a distância horizontal de suas fachadas, em relação às fachadas das edificações no entorno e se é suficiente para evitar o alastramento do incêndio entre prédios. Logo, se a distância entre as fachadas não for aceitável, pode-se reformular a composição da fachada. Se isso não puder ser feito e essa distância não conseguir ser medida, a inserção do edifício pode ser feita considerando a distância mínima à divisa do terreno, seguramente calculado, dividido por dois. Mas essas decisões baseadas em documentos técnicos reconhecidos pelas autoridades competentes devem considerar as regulamentações edilícias de construções de natureza vertical e de zoneamento do local. A disseminação do incêndio entre edifícios isolados pode ocorrer através da radiação de calor, de uma edificação para a outra, por meio de aberturas existentes na fachada; a saída de chamas pelas aberturas na fachada ou então pela cobertura; ou ainda chamas que são criadas pela própria fachada, se esta for composta de materiais combustíveis ou inflamáveis. A propagação pela convecção acontece através da emissão de gases quentes pelas aberturas existentes na fachada ou pela cobertura do edifício que está incendiado e que possam alcançar a fachada do edifício ao lado – conforme a Instrução Técnica n.º 2 do Corpo de Bombeiros. Normas e Regulamentações de Segurança Contra Incêndio Para que sejam tomadas medidas para a segurança contra incêndio das pessoas e dos bens materiais, existem normas e regulamentações tanto de âmbito público, como privado. Mesmo em dias atuais, muitas não são compatíveis entre si, contudo, todas têm sua legitimidade e devem ser respeitadas. Relativo às regulamentações públicas, podemos destacar, basicamente, dois grandes tipos de exigências: aquelas instituídas por Lei ou Decreto – regulamentações – de diferentes jurisdições – federal, estadual ou municipal – e as normas técnicas, tais como as normas da Organization for International Standardization (ISO) e European Norm (EN), de caráter internacional, ou as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de caráter nacional. 16 17 No setor privado, temos as normas internas de grandes empresas de risco como, por exemplo, a Petrobras, que institui normas de segurança para diminuir as implicações das falhas em seu sistema. Há também aquelas relacionadas às empresas seguradoras que, para realizarem o seguro deum empreendimento ou de uma edificação, impõem que certos padrões de construção e/ou de manutenção sejam garantidos. Em 1961 foi criada a primeira especificação para instalações de proteção contra incêndio, com referência às normas da ABNT, que é o fórum nacional para debate dos princípios técnicos em relação a quase todos os campos de atividade humana no Brasil, até mesmo o campo da construção civil, incluindo as medidas de segurança contra incêndio. Além disso, as condições do funcionamento ideal dos sistemas construtivos e materiais de acabamento devem ser verificadas segundo métodos de ensaio como, por exemplo: • NBR 5628, que trata dos componentes construtivos estruturais, como a verificação da resistência dos materiais utilizados na construção ao fogo; • NBR 6479, que é relativa a portas e vedadores, como a determinação da resistência ao fogo em método de ensaio não destrutivo; • NBR 9442, que trata dos materiais de construção, quanto ao índice de propagação da chama pela superfície dos materiais, no método do painel radiante; • NBR 10636, relativa a paredes divisórias sem função estrutural, quanto à determinação da resistência ao fogo. • Leis, decretos e normas no âmbito governamental: atualmente, não existe nenhuma regulamentação ou norma que tenha a função de um código nacional de segurança contra incêndio no Brasil. À vista disso, além das normas brasileiras que se referem a temas específicos, algumas regulamentações estabelecem o atendimento às exigências de segurança contra incêndio. • No âmbito federal: a Norma Regulamentadora (NR) 23 do Ministério do Trabalho (MT), publicada como Portaria GM n.º 3.214, em 8 de junho de 1978, e conhecida como NR-23 – proteção contra incêndios, trata da segurança contra incêndio em ambientes de trabalho. O conteúdo dessa portaria foi substituído em 2011 (Portaria SIT n.º 221), com uma nova redação, conforme apresentado no quadro a seguir, uma vez que o texto anterior era antigo e abordava conceitos antigos e incompatíveis com outras normas e regulamentações em vigor. • No âmbito estadual: as normas regulamentadas no âmbito estadual estabelecem as condições mínimas para que seja garantida a segurança contra incêndios nas edificações, que são verificadas através da aprovação das plantas e/ou de fiscalização/vistorias pelo Corpo de Bombeiros estadual. Atualmente, a maioria dos Estados brasileiros possui uma regulamentação estadual dessa natureza no País como, por exemplo: • Em São Paulo, no Decreto Estadual n.º 56.819, de 10 de março de 2011 – regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco; • No Rio de Janeiro, no Decreto Estadual n.º 897, de 21 de setembro de 1976 – código de segurança contra incêndio e pânico; 17 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência • Em Goiás, na Lei n.º 15.802, de 11 de setembro de 2006 – código estadual de proteção contra incêndio, explosão, pânico e desastres; • No Distrito Federal, no Decreto n.º 21.361, de 21 de julho de 2000 – regulamento de segurança contra incêndio e pânico. • No âmbito municipal: certos municípios brasileiros têm sua própria regulamentação contra incêndios específica, que pode estar ou não incorporada ao código de obras do município, tendo uma compreensão completa ou parcial da questão, muitas vezes complementada pela regulamentação estadual. Como é o caso do Município de São Paulo, que prioriza as medidas construtivas para garantir a segurança das pessoas na evacuação do edifício no seu código de obras e edificações, que são medidas de proteção passiva, deixando a cargo da regulamentação estadual as questões relativas às instalações para combate ao fogo as medidas de proteção ativa. No Estado de São Paulo, a regulamentação vigente é o Decreto estadual n.º 56.819/2011, que faz referência e é complementado pelas Instruções Técnicas (IT), que estabelecem critérios para que haja o padrão desejado de segurança contra incêndio. O Decreto Estadual n.º 56.819/2011 A Tabela a seguir foi retratada parcialmente tendo como fonte a tabela 1 do Anexo do Decreto Estadual n.º 56.819/2011, com a função de apresentar a especificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação. Na Tabela a seguir, pode-se observar a classificação do uso residencial. Para a classificação dos demais tipos de uso, é necessário consultar o referido documento técnico em sua íntegra. Tabela 1 – Classifi cação do uso residencial Grupo Ocupação/uso Divisão Descrição Exemplos A Residencial A - 1 Habitação unifamiliar Casas térreas ou assobradadas (isoladas e não isoladas) e condomínios horizontais A - 2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamentos em geral A - 3 Habitação coletiva Pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros, conventos, residências geriátricas. Capacidade máxima de 16 leitos. Fonte: adaptada da tabela 1 do Anexo do Decreto Estadual n.º 56.819/2011 A tabela 2 do Anexo do mencionado Decreto relaciona as edificações quanto à sua altura e a tabela 3 do referido Anexo quanto à carga de incêndio, que é a quantidade de material combustível na sua estrutura. O Anexo do Decreto também apresenta, em tabelas subsequentes, suas exigências – medidas de segurança contra incêndio – para edifícios com área superior a 750 m² ou altura superior a 12 m, por tipo de ocupação, que devem ser consultadas caso a caso. 18 19 Saídas de Emergência É obrigatório que sejam planejadas saídas de emergência, de modo que assegure a eva- cuação dos ocupantes do edifício quando esse estiver em situações de emergência. Rápida e independentemente da área em que os ocupantes estejam no edifício, para um local seguro que, geralmente, é representado por uma área livre e longe do edifício em chamas. Um plano somente é tido como adequado quando possibilita que todos os ocupantes abandonem as áreas de risco em pequeno período de tempo, através das saídas de emergência e saídas normais no caso de uma emergência. As saídas de emergência avulsas evitam que ocupantes sejam atingidos pelo fogo ou asfixiados por fumaça quando forem bloqueados de utilizarem as rotas de saída. Para evitar esse transtorno, as portas de emergência independentes são extremamente importantes, apenas com exceção de edifícios ou ambientes que sejam muito pequenos ou não projetados de maneira que uma segunda saída não aumentaria a segurança dos ocupantes. Portanto, quanto maior o risco, mais fácil e rápido deve ser o acesso até uma saída. O projeto de saídas de emergência requer, entre outros, o conhecimento do comportamento das pessoas em uma situação de emergência, pois a reação humana varia significativamente em função da capacidade física e mental dos ocupantes, do treinamento para essas situações, assim como da familiaridade com o edifício em questão. As saídas de emergência têm o objetivo de servir como meio de acesso a equipes de resgate e salvamento, que deve ser uma ação rápida e segura. O projeto competente de saídas de emergência é aquele que viabiliza com que as equipes de salvamento e combate a incêndio adentrem rapidamente e tenham sucesso também em deixar que os ocupantes saiam da edificação de forma segura. O sucesso das ações dessas equipes no quesito de salvar vidas e reduzir perdas resulta desses fatores. Rotas de Fuga Uma rota de fuga é um caminho sem obstáculos, livre e distante, de qualquer ponto do edifício, até um local seguro e resume-se essencialmente em três partes: o acesso à saída, a saída em si e a descarga. A rota de fuga é parte da saída do edifício que é separada do restante da área da edificação por paredes, portas, piso e outros elementos que resguardam os ocupantes dos efeitos do incêndio. Essa saída é formada por percursos horizontais e verticais seguros, podendo ser corredores, antecâmaras, escadas e rampas. Tamanha proteçãoé definida pelas características de comportamento ao fogo diante dos elementos estruturais e construtivos de vedação e acabamento interno que compõem a saída, além de sistemas ativos de sinalização instalados. Todas essas saídas devem terminar diretamente em uma via pública ou em uma descarga que dá passagem à via pública, de modo que a descarga é a porção da rota de fuga entre o término da saída da edificação e a via pública e que pode ser representada por jardins internos ou externos, corredores e acessos através de áreas abertas ou outros tipos de ambientes no interior do edifício, e necessariamente tem que apresentar largura e tamanhos suficientes para a passagem dos ocupantes à via pública. Entretanto, uma 19 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência saída fora da edificação não é obrigatoriamente uma saída para um local seguro se esta não apresentar meios e elementos de proteção para que os ocupantes não fiquem expostos ao calor e às chamas, ou a quedas de objetos vindos do próprio edifício, ou de uma explosão decorrente do incêndio ou de seu combate. As portas devem abrir sempre em direção ao fluxo de saída dos ocupantes. Barras antipânico devem ser instaladas caso as saídas de tal edificação comportarem grande concentração de público, assim como outras normas devem ser definidas. As portas que dão passagem para saídas protegidas devem estar constantemente fechadas para evitar sua contaminação pelo calor e a fumaça, segurando a compartimentação horizontal e vertical. O dimensionamento das saídas de emergência é determinado de acordo com a variedade e número de ocupantes do local, relacionado ao seu risco, por normas e legislações. Existindo essencialmente dois principais métodos para calcular as larguras das saídas, com base em duas características básicas pré-estabelecidas: a lotação e o tipo de ocupação da edificação. Existe um método de cálculo pelo fluxo, que tem como conceito básico o limite de um período máximo de tempo para evacuação de um edifício, dentro do qual todo mundo deve chegar a um local protegido – tendo como cálculo, por exemplo, o fluxo convencional de 60 pessoas/minuto através de uma largura de 560 mm. A previsão do número de pessoas que usarão as escadas e rotas de fuga horizontais é baseada na lotação da edificação, que é calculada em função das áreas dos pavimentos e do tipo de ocupação. As larguras das escadas de segurança e outras rotas de proteção devem permitir desocupar todos os andares em um tempo satisfatório. Isso indica a necessidade de padronizar a largura das rotas horizontais e das portas de acordo com a lotação dos pavimentos e adotar escadas com largura suficiente para acomodar com segurança toda a população do edifício. Para que todos os ocupantes sejam abrigados e deslocados por escadas protegidas, existe um método de cálculo, relativo à capacidade, e é fundamentado na estimativa de que as escadas protegidas devem ser providas, em número e dimensões suficientes, sem que haja movimento ou fluxo para fora da escada, no piso de descarga. Ambos os métodos, do número de pessoas que se deslocam pelas saídas e rotas de fuga, quanto às dimensões de espaço dessas saídas, podem ser aplicados em um plano de saídas eficiente e seguro. Nos ambientes onde um grande número de pessoas pode apresentar possibilidade de limitação física ou mental, temporária ou permanente, o método do fluxo, referente ao número de pessoas, não é recomendado. Nesses casos, o método da capacidade proporciona uma área de refúgio para todos no interior de uma área segura, que também pode ser uma escada protegida. Assim, o dimensionamento das saídas se baseia em dois fatores: larguras mínimas e larguras de projeto obtidas pelo cálculo do tipo de público em casos específicos. Esses dois métodos são determinados por normas e regulamentações. 20 21 A largura mínima das escadas de segurança varia conforme os códigos e normas técnicas e uma medida padronizada é amplamente utilizada para o cálculo de saídas, que são determinadas em estudos internacionais, correspondendo à largura aproximada de ombro a ombro de um adulto. A NBR 9077 utiliza o termo “unidade de passagem” para definir uma largura padrão, com o valor de 55 cm para acessos e descargas. Geralmente são duas unidades de largura-padrão, ou seja, 1,10 a 1,20 m, correspondentes à largura mínima de saídas em geral. Sendo uma exceção para tipos de ocupações diferenciadas, como as de hospitais, onde a largura mínima é de 2,20 m. As portas instaladas ao longo dos corredores, ou então no acesso das escadas, devem atender às dimensões mínimas exigidas por normas. A NBR 9077 estabelece as seguintes condições de vão livre ou “luz” para as portas: 80 cm para uma unidade de passagem; 100 cm para duas unidades de passagem, 150 cm, em duas folhas, para três unidades de passagem; acima de 220 cm, em instalação de folhas de porta com coluna central (ABNT, NBR 9077). A NBR 9077 determina que para o dimensionamento das saídas de emergência seja obtida a lotação estimada da edificação por pavimento. Alguns dos valores para o cálculo da lotação da norma são apresentados na Tabela a seguir: Tabela 2 – Exemplos de classificação de ocupação e sua densidade correspondente Ocupação m² por pessoa Habitação residencial 2 pessoas por dormitório Comércio 3,0 Serviços 7,0 Bares e restaurantes 1,0 Prestação de serviços de educação 1,5 Fonte: Reprodução parcial da tabela 5 da NBR 9077 Rotas Horizontais e Verticais As rotas horizontais são compostas por corredores e passagens e as rotas verticais, de escadas e rampas. Na NBR 9077 os espaços de circulação são estabelecidos em função do tipo de ocupação/lotação dos pavimentos da edificação e da largura mínima de duas unidades de passagem – condição já discutida. A NBR 9077 prevê a seguinte formula para o projeto de largura das saídas de emer- gência: N = P / C, onde N é o Número de unidades de passagem de 0,55 m, P é Popula- ção e C é a Capacidade da unidade de passagem, conforme a tabela 5 da norma brasileira. A capacidade da unidade de passagem modifica-se com o tipo de saída, que se divide em acessos/descargas, escadas/rampas e portas. Os valores de “acessos/descargas” são utilizados para o cálculo do tamanho das rotas horizontais e os de “escadas/rampas” para rotas verticais. Considera-se a População (P) de cada pavimento e se divide a mesma pela capacidade de unidade de passagem (C) de “acessos/descargas” para a respectiva ocupação. Por conseguinte, tem-se o Número de unidades de passagem (N), que é a quantidade de 21 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência unidades de passagem necessária para a evacuação. O N deve ser sempre um valor arredondado para número inteiro superior do valor fracionado que possa ser obtido. Se, por exemplo, a lotação for de 255 pessoas (P) e a capacidade de saída de um corredor for de 100 (C), pela fórmula, o número de unidades de saída será 255 / 100, ou seja, 2,55. Dessa forma, o N deve ser arredondado para 3,0, o que significa que o corredor necessitará ter uma largura total de 3 unidades de saída – de 0,55 m, cada –, ou seja, 3 x 0,55, logo, 1,65 m. Na maior parte dos casos, a largura da via de escoamento vertical – escada ou rampa – deve ser calculada em razão do pavimento de maior lotação entre todos os pavimentos do edifício, considerado aquele que se utiliza dessa via de escoamento, nunca podendo diminuir a sua largura ao longo de seu sentido descendente. Durante a ocorrência de um incêndio, o calor vindo dos gases dos materiais combustíveis que podem integrar a estrutura dos ambientes, é decorrente da variação de temperatura interna e externa à edificação, que pode ser mais ou menos denso que o ar. A diferença na temperatura permite que aconteçauma elevação dos gases que são gradualmente substituídos pelo ar que entra nas edificações através das janelas e portas. Dessa forma, ocorre uma contínua troca entre o ambiente interno e externo, fazendo com que haja a entrada de ar e a saída dos gases quentes e fumaça oriunda do incêndio. Podem ocorrer duas situações específicas, as quais relacionadas à ventilação do ambiente e à quantidade de combustível que queima. Na primeira situação, no caso da ventilação, no qual a saída de ar que entra na edificação é maior que a necessidade da combustão dos materiais, ocorrerá o fogo aberto, que é a queima de combustível ao ar livre. No segundo momento, no qual a entrada de ar é deficiente em decorrência de aberturas pequenas, teremos um incêndio de longa duração, cuja queima será controlada pela quantidade de combustível, ou seja, pela carga-incêndio. A edificação e sua estrutura estarão submetidas a temperaturas muito elevadas, ficando expostas a essas temperaturas por um longo período até que todo o interior do edifício seja queimado. Assim, a taxa de combustão de um incêndio é estabelecida pela velocidade do abastecimento de ar, estando latente e com a quantidade de combustível e sua situação do ambiente que está em chamas e os tamanhos das aberturas. Em relação aos degraus e patamares, temos a saber que esses espaços devem apresentar condições adequadas de circulação, mesmo que existam desníveis, os quais podem ser solucionados através do dimensionamento apropriado de altura e largura de degraus, patamares, números de degraus por lance, características do piso. É feita a utilização de rampas, quando para ultrapassar desníveis de estrutura, especialmente para o acesso e a circulação interna, por pessoas com alguma deficiência física, temporária ou permanente. Quando bem projetadas, podem ser extremamente satisfatórias para esse fim. Isso implica adequação das especificações exigidas como, por exemplo, a inclinação e colocação de patamares intermediários. Tais especificações são determinadas pelas NBR 9077 e 9050. 22 23 Corrimãos e guarda-corpos devem ser integrados à instalação ao longo das rotas de fuga toda vez que houver algum desnível no piso de circulação coletiva vertical ou horizontal, seja suplantado por rampa ou por degraus de escada, proporcionando pontos de apoio para os usuários. Os corrimãos devem ser planejados e instalados de modo que permitam que sejam de fácil utilização e confortáveis ao toque. Devem ser construídos com materiais incombustíveis e permitir o deslocamento contínuo da mão ao longo de toda sua extensão, prolongando-se por 30 cm do seu início e término – conforme as NBR 9077 e 9050. As saídas devem ser distribuídas de forma que a população do edifício possa alcançá- las rapidamente, de qualquer ponto da edificação e na hipótese de que uma das quais seja, porventura, inutilizada pela fumaça ou fogo, as demais saídas devem se manter intactas, disponíveis e acessíveis aos ocupantes. A quantidade de saídas em um edifício é definida por fatores como, por exemplo, a distância do percurso até uma saída do andar, a proteção da área por chuveiros automáticos ou não, o tipo de ocupação e o número de pavimentos do edifício – altura. Por exemplo, o número de saídas está relacionado, na NBR 9077, ao nível de risco da edificação, às distâncias máximas que podem ser percorridas até uma saída e à existência de sistemas de chuveiros automáticos, conforme a Tabela a seguir: Tabela 3 – Distâncias máximas a serem percorridas Tipo de edificação Grupo de ocupação Sem chuveiros automáticos Com chuveiros automáticos Saída única + de 1 saída Saída única + de 1 saída X Qualquer 10 m 20 m 25 m 35 m Y Qualquer 20 m 20 m 35 m 45 m Z C, D, E, F, G-3, G-5, H, I 30 m 40 m 45 m 55 m A, B, G-1, G-2, J 40 m 50 m 55 m 65 m Fonte: Reprodução parcial da tabela 6 da NBR 9077 Áreas de Refúgio A NBR 9077, em seu item 4.10, pressupõe a área de refúgio e determina os requisitos construtivos e a aplicação desses. Segundo o item 4.10.1.1 dessa norma, a área de refúgio é definida como a “[...] parte de um pavimento separada do restante por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas, a uma escada de emergência”. É recomendado, como um sistema de escadas à prova de fumaça, aquele que contém uma antecâmara em forma de balcão ou terraço, a fim de que se garanta maior ventilação através do contato com o exterior. A sinalização de segurança contra incêndio tem o objetivo de fornecer informações aos ocupantes do edifício para que se diminua o risco de ocorrência de incêndios, alertando para os riscos em potencial e também para ações que devem ser adotadas em caso de emergência, na hipótese da ocorrência do incêndio. 23 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros NBR 14880 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14880 – saídas de emer- gência em edifícios – escadas de segurança – controle de fumaça por pressurização. 2014. NBR 5410 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 – instalações elé- tricas de baixa tensão. 2004. NBR 9077 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077 – saídas de emer- gência em edifícios. 2001. Leitura Norma técnica n.º 20 – sinalização de emergência GOIÁS. Secretaria da Segurança Pública. Corpo de Bombeiros Militar. Norma técnica n.º 20 – sinalização de emergência. 2014. https://goo.gl/vtm5ND Instrução técnica n.º 20 – sinalização de emergência SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado de Negócios da Segurança Pública. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Corpo de Bombeiros. Instrução técnica n.º 20 – sinalização de emergência. 2015. https://goo.gl/zO2jmq Conceitos Básicos de Proteção contra Incêndios UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”. FEB. Conceitos básicos de proteção contra incêndios. [20--]. https://goo.gl/L5Rm5j Ademais, conheça a seguinte lista de normas técnicas de interesse, atentando-se ao fato de que estão sujeitas a revisões periódicas. Assim, a lista a seguir apresenta as principais normas relacionadas à segurança contra incêndio e foi atualizada em março de 2014: • Procedimentos de projeto e instalação – as normas abaixo relacionadas são aquelas que estabelecem condições mínimas para projeto e instalação de sistemas de proteção contra incêndio em edificações: • NBR 5410/2004 – instalações elétricas de baixa tensão; • NBR 5419/2005 – proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; 24 25 • NBR 9050/2004 – acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipa- mentos urbanos; • NBR 9077/2001 – saídas de emergência em edifícios; • NBR 10897/2007 – sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos; • NBR 10898/2013 – sistema de iluminação de emergência; • NBR 12693/2013 – sistemas de proteção por extintores de incêndio; • NBR 13103/2013 – instalação de aparelhos a gás para uso residencial – requisitos dos ambientes; • NBR 13434-1/2004 – sinalização de segurança contra incêndio e pânico – parte 1: princípios de projeto; • NBR 13434-2/2004 – sinalização de segurança contra incêndio e pânico – parte 2: símbolos e suas formas, dimensões e cores; • NBR 13434-3/2005 – sinalização de segurança contra incêndio e pânico – parte 3: requisitos e métodos de ensaio; • NBR 13523/2008 – central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP); • NBR 13714/2000 – sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio; • NBR 14323/2013 – dimensionamento de estruturas de aço de edifício em situação de incêndio – procedimento; • NBR 14432/2001 – exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – procedimento; • NBR 14880/2014 – saídas de emergênciaem edifícios – escadas de segurança – controle de fumaça por pressurização; • NBR 15200/2012 – projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio; • NBR 15358/2014 – rede de distribuição interna para gás combustível em instalação de uso não residencial de até 400 kPa – projeto e execução; • NBR 15526/2012 – redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais – projeto e execução; • NBR 15575/2013 – edifícios habitacionais – desempenho (partes 1 a 6); • NBR 15923/2011 – inspeção de rede de distribuição de gases combustíveis em instalações residenciais e instalações de aparelhos a gás para uso residencial – procedimento; • NBR 17240/2010 – sistemas de detecção e alarme de incêndio – projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – requisitos. 25 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência • Métodos de ensaios – a seguir são apresentados alguns exemplos de métodos de ensaios laboratoriais para avaliação de desempenho de produtos, componentes e sistemas de proteção contra incêndio: • NBR 5628/2001 – componentes construtivos estruturais – determinação da resistência ao fogo; • NBR 6125/1992 – chuveiro automático para extinção de incêndio; • NBR 6479/1992 – portas e vedadores – determinação da resistência ao fogo – método de ensaio; • NBR 9442/1986 – materiais de construção – determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante – método de ensaio; • NBR 10636/1989 – paredes divisórias sem função estrutural – determinação da resistência ao fogo – método de ensaio; • NBR 11861/1998 – mangueira de incêndio – requisitos e métodos de ensaio; • NBR 15808/2013 – extintores de incêndio portáteis; • NBR 14349/1999 – união para mangueira de incêndio – requisitos e métodos de ensaio; • NBR 15247/2004 – unidades de armazenagem segura – salas-cofre e cofres para hardware – classificação e métodos de ensaio de resistência ao fogo; • ASTME 662/2009 – standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials; • ISO 1182/2010 – reaction to fire tests for products – non-combustibility test; • ISO 3008/2007 – fire-resistance tests – door and shutter assemblies; • NFPA 80 A/2012 – recommended practice for protection of buildings from exterior fire exposures. 26 27 Referências APOSTILA. São Paulo: Pece/ Usp, 2015. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15219 – plano de emergência contra incêndio – requisitos. 2005. ______. NBR 14880 – saídas de emergência em edifícios – escada de segurança – controle de fumaça por pressurização. 2002. ______. NBR 14608 – bombeiro profissional civil. 2000. ______. NBR 14277 – campo para treinamento de combate a incêndio. 1999a. ______. NBR 14276 – programa de brigada de incêndio. 1999b. ______. NBR 9050 – acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. [20--a]. ______. NBR 5628 – componentes construtivos estruturais – determinação da resistência ao fogo. [20--b]. ______. NBR 6479 – portas e vedadores – determinação da resistência ao fogo – método de ensaio. [20--c]. ______. NBR 9442 – materiais de construção – determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante – método de ensaio. [20--d]. ______. NBR 10636 – paredes divisórias sem função estrutural – determinação da resistência ao fogo – método de ensaio. [20--e]. ______. NBR 9050 – acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos – procedimento. [20--f]. BERTO, A. F. Gestão da segurança contra incêndio em edificações. In: Questões atuais de segurança contra incêndio [apostila]. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, 1998. ______. Medidas de proteção contra incêndio: aspectos fundamentais a serem considerados no projeto arquitetônico dos edifícios. 1991. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991. BOMBEIROS EMERGÊNCIA. O que é fogo? [20--]. Disponível em: <http://www. bombeirosemergencia.com.br/fogodefinicao.html>. Acesso: 11 abr. 2016. HARMATHY, T. Z. Fundamentals of designing building for safety. Ottawa: NRCC, 1984. IT 17 – Brigada de incêndio. 2004. NR 23 – proteção contra incêndios. [20--]. 27 UNIDADE Introdução à Segurança, Normas e Legislações e Saídas de Emergência ROSSO, T. Incêndios e arquitetura. São Paulo: FAU/USP, 1975. SÃO PAULO (Estado). Decreto n.º 56.819. São Paulo, 2011. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”. FEB. Conceitos básicos de proteção contra incêndios. [20--]. Disponível em: <http:// wwwp.feb.unesp.br/jcandido/higiene/artigos/instrucao_cbsp.htm>. Acesso em: 11 abr. 2016. 28
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