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Biofísica Lista de Exercícios 1 1) Coloque os seguintes valores em unidades do Sistema Internacional de medidas, utilizando prefixos para os valores que demandem potências de 10: a) 0,001 minuto 1 min ‐‐‐‐‐‐‐60 s 0,001 min ‐‐ x s x = 0,06 s = 60 ms b) 1.470.000 cm 1 m ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100 cm x m ‐‐‐‐‐‐‐‐ 1.470.000 cm x = 14.700 m = 14,7 km c) 0,001 mol 1 mol ‐‐‐‐‐‐‐‐ 1.000 mmol 0,001 mol ‐‐‐ x mmol x = 1 mmol d) 397°C T(K) = t(°C) + 273 x = 397 + 273 = 670 K e) 0,000081 A 1 A = 1.000 mA = 1.000.000 µA 0,000081 A ‐‐‐‐‐‐ x µA X = 81 µA 2) Em 1971, a 14ª Conferência Geral de Pesos e Medidas escolheu sete grandezas como fundamentais, formando assim a base do Sistema Internacional de Unidades, abreviado como SI e popularmente conhecido como sistema métrico. As unidades foram escolhidas de modo que os valores dessas grandezas numa “escala humana” não fossem excessivamente grandes ou excessivamente pequenos. Muitas unidades secundárias (ou derivadas) são definidas em termos das unidades das grandezas fundamentais. Com base na afirmação acima, expresse as unidades secundárias a seguir em termos de grandezas fundamentais: a) Força (F, expressa em newton), sabendo que F = massa vezes aceleração. Se F = m.a, e m = kg e a = m/s2, logo: 1 N = 1 kg.m/s2 b) Trabalho (τ ou w, expressa em joule), sabendo que w = força vezes deslocamento. Se w = F.s, e F = N (ou kg.m/s2) e s = m, logo: 1 J = 1 N.m = 1 kg.m2/s2 c) Potência (P, expressa em watt), sabendo que P = trabalho sobre tempo. Se P = w/t, e w = J (ou kg.m2/s2) e t = s, logo: 1 W = 1 J/s = 1 kg.m2/s3 d) Pressão (p, expressa em pascal), sabendo que p = força sobre área. Se p = F/A, e F = N (ou kg.m/s2) e A = base vezes altura = m.m = m2, logo: 1 Pa = 1 N/m2 = 1 kg.m/s2/m2 = 1 kg/m.s2 3) A Lei Zero da Termodinâmica postula que se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, logo estarão em equilíbrio térmico entre si. Esta lei justifica o conceito de temperatura e permite construir uma escala universal de temperatura. Do ponto de vista molecular demonstra‐se que a temperatura absoluta (T) do sistema é diretamente proporcional à energia cinética média (EC) das moléculas que o constituem, isto é: ܶ ൌ 23 . 1 ݇ . ܧܥ Onde k é a constante de Boltzmann (aproximadamente 1,38.10‐23 J/K). Visto que toda matéria é constituída por átomos e moléculas que se encontram em constante movimento e em constante colisão entre si, determine a energia cinética média das moléculas de um sistema nas seguintes situações: a) 0°C 0°C = 273 K ࢀ ൌ . . ࡱ ࡱ ൌ . . ࢀ ࡱ ൌ . , ૡ. ି . ࢀ ࡱ ൌ . , ૡ. ି . ૠ ࡱ ൌ , . ି . ૠ ࡱ ൌ ૠ. , ૠ. ି ࡱ ൌ , . ି J ou ࡱ ൌ , . ି J b) 100°C 100°C = 373 K ࢀ ൌ . . ࡱ ࡱ ൌ . . ࢀ ࡱ ൌ . , ૡ. ି . ࢀ ࡱ ൌ . , ૡ. ି . ૠ ࡱ ൌ , . ି . ૠ ࡱ ൌ ૠ. , ૠ. ି ࡱ ൌ ૠૠ, . ି J ou ࡱ ൌ ૠ, ૠ. ି J c) 2.500°C 2500°C = 2.773 K ࢀ ൌ . . ࡱ ࡱ ൌ . . ࢀ ࡱ ൌ . , ૡ. ି . ࢀ ࡱ ൌ . , ૡ. ି . ૠૠ ࡱ ൌ , . ି . ૠૠ ࡱ ൌ ૠૠ. , ૠ. ି ࡱ ൌ ૠ, . ି J ou ࡱ ൌ , ૠ. ି J 4) Classifique as seguintes reações químicas como exotérmicas (calor é perdido pelo sistema / a variação de entalpia é negativa) ou endotérmicas (calor é absorvido pelo sistema / a variação de entalpia é positiva): a) Sn(s) + O2(g) SnO2(s) ΔH = ‐580 kJ/mol (25°C, 1 atm) Exotérmica b) H2(g) + ½ O2(g) H2O(l) ΔH = ‐286,6 kJ/mol (25°C, 1 atm) Exotérmica c) NH3(g) + HBr(g) NH4Br(s) + 188,6 kJ Exotérmica d) Cl2(g) + 202 kJ 2Cl(g) Endotérmica e) H2(g) 2H(g) ΔH = 435,5 kJ/mol (25°C, 1 atm) Endotérmica 5) A variação de energia livre (ΔG) representa o máximo de trabalho que se pode obter de um dado processo isotérmico e isobárico e guarda a seguinte relação com entalpia (ΔH) e entropia (ΔS): ΔG = ΔH – T.ΔS O valor de ΔG nos permite determinar a espontaneidade de um processo (ΔG<0, processo exergônico ou espontâneo; ΔG>0, processo endergônico ou não espontâneo). Com base nisso, avalie a espontaneidade das seguintes reações: a) NH4NO3(s) NH4+(aq) + NO3‐(aq) Dados: Composto ΔHo ΔSo NH4NO3(s) -365,56 kJ 151,08 J/K NH4+(aq) -132,51 kJ 113,4 J/K NO3-(aq) -205,0 kJ 146,4 J/K Primeiro, vamos calcular o valor de ΔH. Observe que na reação acima, um mol de NH4NO3 se dissocia na água dando origem a 1 mol de NH4+ e 1 mol de NO3‐: Assim, o ΔH da reação será o somatório da entalpia dos produtos menos a entalpia do reagente: ΔH = Entalpiaprodutos – Entalpiareagentes ΔH = [‐132,51 + (‐205,00)] ‐ (‐365,56) ΔH = (‐337,51) + 363,56 = 28,05 kJ Agora, vamos calcular o valor de ΔS: ΔS = Entropiaprodutos – Entropiareagentes ΔS = (113,4 + 146,4) ‐ 151,08 ΔS = 259,8 – 151,08 = 108,72 J/K Agora, observemos que tanto entalpia quanto entropia precisam estar em na base da mesma unidade (kJ ou J). Como entropia está expressa em J/K e entalpia está expressa em kJ, precisamos usar uma unidade comum para ambas. Por exemplo, vamos transformar a entropia de J/K para kJ/K, dividindo o valor por 1000 (1 kJ = 1000 J, logo 1 J = 1/1000 = 0,001 kJ). ΔS = 108,72 J/K = 0,10872 kJ/K Como os valores fornecidos na tabela se referem ao estado padrão (25°C e 1 atm), já sabemos a que temperatura se dá essa reação, mas precisamos expressá‐la em termos de temperatura termodinâmica, assim: T = 25°C + 273 = 298 K Substituindo os valores na equação, tem‐se: ΔG = ΔH – T.ΔS ΔG = 28,05 – 298.0,10872 ΔG = 28,05 – 32,39856 ΔG = 28,05 – 32,40 ΔG = ‐4,35 kJ Como o sinal de ΔG é negativo, temos que o processo é exergônico ou espontâneo. b) N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g) Dados: Composto ΔHo ΔSo N2(g) 0 kJ 191,61 J/K H2(g) 0 kJ 130,68 J/K NH3(g) -46,11 kJ 192,45 J/K Primeiro, vamos calcular o valor de ΔH. Observe que na reação acima, dois mol de NH3 são formados a partir de 1 mol de N2 e 3 mol de H2: Assim, o ΔH da reação será o somatório da entalpia dos produtos menos a entalpia do reagente: ΔH = Entalpiaprodutos – Entalpiareagentes ΔH = [2.(‐46,11)] – [(1.0) + (3.0)] ΔH = ‐92,22 ‐ 0 = 92,22 kJ Agora, vamos calcular o valor de ΔS: ΔS = Entropiaprodutos – Entropiareagentes ΔS = 2.(192,45) – [1.(191,61) + 3.(130,68)] ΔS = 384,9 – (191,61 + 392,04) = 384,9 – (583,65) = ‐ 198,75 J/K Agora, observemos que tanto entalpia quanto entropia precisam estar em na base da mesma unidade (kJ ou J). Como entropia está expressa em J/K e entalpia está expressa em kJ, precisamos usar uma unidade comum para ambas. Por exemplo, vamos transformar a entropia de J/K para kJ/K, dividindo o valor por 1000 (1 kJ = 1000 J, logo 1 J = 1/1000 = 0,001 kJ). ΔS = ‐ 198,75 J/K = ‐ 0,19875 kJ/K Como os valores fornecidos na tabela se referem ao estado padrão (25°C e 1 atm), já sabemos a que temperatura se dá essa reação, mas precisamos expressá‐la em termos de temperatura termodinâmica, assim: T = 25°C + 273 = 298 K Substituindo os valores na equação, tem‐se: ΔG = ΔH – T.ΔS ΔG = ‐92,22 – 298.(‐0,19875) ΔG = ‐92,22 + 59,2275 ΔG = ‐92,22 + 59,23 ΔG = ‐32,99 kJ Como o sinal de ΔG é negativo, temos que o processo é exergônico ou espontâneo. c) Suponha que a reação da letra b fosse efetuada a 500°C. Esse processo seria espontâneo? T = 500 + 273 = 773 K ΔG = ΔH – T.ΔS ΔG = ‐92,22 – 773.(‐0,19875) ΔG = ‐92,22 + 153,63375 ΔG = ‐92,22 + 153,63 ΔG = 61,41 kJ Como o sinal de ΔG é positivo, temos que o processoé endergônico ou não espontâneo.
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