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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES ANA CAROLINA SILVA PINTO KEILLA MAIANA DE JESUS SANTOS RAUL OLIVEIRA REIS LIVIO DE ABRE PAULA NUNES CORDEIRO TURMA A Cruz das Almas – BA 04 de novembro de 2015 2 ANA CAROLINA SILVA PINTO KEILLA MAIANA DE JESUS SANTOS RAUL OLIVEIRA REIS LIVIO DE ABRE PAULA NUNES CORDEIRO PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES Relatório apresentado à Área de Física da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, como avaliação parcial da disciplina Física Geral e Experimental II. Professor: Manassés Almeida Gomes Cruz das Almas – BA 04 de novembro de 2015 3 Sumário PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES ........................................................................................... 2 1. Introdução ..................................................................................................................... 4 2. Fundamentação Teórica ............................................................................................... 4 3. Objetivo Geral e específico ........................................................................................... 5 4. Materiais utilizados ........................................................................................................ 5 5. Procedimento experimental ........................................................................................... 6 6. Resultados e Discussão ................................................................................................ 7 Outros cálculos utilizados .................................................................................................. 13 7. Conclusão ................................................................................................................... 13 8. Bibliografia .................................................................................................................. 14 9. Anexo..............................................................................................................................14 4 1. Introdução No período antes de Cristo o físico Arquimedes (282-212 a. C), estava durante um banho de banheira tentando resolver um problema proposto pelo rei de Sarcosa, quando percebeu que um corpo imerso em água, o dinamômetro apresenta um valor menor devido a uma força que seria exercida pela água sobre o corpo, para cima no sentido vertical. Esta força é chamada de empuxo. O princípio de Arquimedes afirma que todo corpo em um fluído sofre a ação de uma força, aplicada pelo fluido, no sentido vertical para cima. Pode-se perceber a existência dessa força quando uma pessoa em uma piscina, onde ela tem a sensação de leveza causada pelo empuxo exercida pela água sobre o corpo, no sentido vertical para cima. Também se percebe a sua existência ao observar os barcos e os navios que também sofrem a força de empuxo. 2. Fundamentação Teórica Um corpo que se encontra imerso em um líquido sofre a ação de duas forças: A força peso (Fp), devido à ação da força gravitacional, e a força de empuxo (Fe), devido à ação do líquido sobre o corpo. Pelo princípio de Arquimedes temos as condições: • Se o corpo não se move com o decorrer do tempo, a intensidade das forças são iguais, ou seja, o módulo do empuxo é igual ao módulo da força peso (|Fe| = |Fp|). • Caso haja uma alteração nas propriedades do corpo (ex: aumento de massa) haverá um consequente aumento na força de empuxo para que se mantenha a situação inicial (corpo parado). • Caso haja uma alteração nas propriedades do líquido em que o corpo se encontra, ocorrerá uma consequente alteração na força de empuxo. Segundo o princípio de Arquimedes: “Todo corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás) sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo”. Seja Vf o volume de um fluído qualquer deslocado pelo corpo, então temos que a massa do fluido deslocado é dada pela seguinte equação: Mf =ρf V f (1) Onde, 5 Mf=MassadoFluído ρf =DensidadedoFluído V f =VolumedoFluído A força do empuxo é igual ao peso do fluido deslocado, dessa forma temos o valor do empuxo pela equação (2): Fe=mc g(2) g=Aceleraçãodagravidade mc=Massadocorpo Um corpo que está imerso em um fluido, tem o valor do volume deslocado igual ao próprio volume do corpo. Logo, o peso do corpo é dado pela equação (3): P=ρcV c g(3) Onde, ρc=Densidadedocorpo V c=Volumedocorpo 3. Objetivo Geral e específico 3.1. Objetivo Geral Os experimentos têm como objetivo observar e identificar a presença da força de empuxo mediante a alteração nas propriedades do corpo de prova e do fluido, e assim reconhecer o princípio de Arquimedes. 3.2. Objetivos específicos • Identificar a força de empuxo como a causadora da diminuição da força peso de um corpo imerso em um líquido. • Reconhecer o princípio de Arquimedes. • Observar e reconhecer a dependência da força de empuxo mediante a densidade do líquido deslocado. • Definir por meio da força de empuxo a densidade de um sólido sofrido ao ser submerso no fluído. 4. Materiais utilizados 01 sistema de sustentação principal Arete, com tripé, haste e sapatas niveladoras (marca: cidepe); 6 01 cilindro de Arquimedes com recipiente e êmbolo (duplo cilindro de Arquimedes); 01 dinamômetro de 2 N e precisão de 0,02 N; 03 corpos de prova de plástico, alumínio e aço; 01 béquer de 250 ml; Água e álcool; Paquímetro (marca: LEE tools); 5. Procedimento experimental O procedimento foi realizado em quatro partes diferentes com o objetivo de se estudar o fenômeno relacionado ao Princípio de Arquimedes. Figura 1: Arranjo experimental utilizado para o princípio de Arquimedes. Parte 01: Ajusta-se o zero do dinamômetro, logo após monta-se o equipamento. Na parte inferior do recipiente pendura-se o êmbolo onde o pendura no dinamômetro. Realizado isso, anota-se o peso do duplo cilindro de Arquimedes indicado no dinamômetro. Posteriormente, mergulha somente o êmbolo no interior do béquer contendo água. Anotase o novo valor do peso indicado no dinamômetro. Parte 02: Enche-se o recipiente superior com água e anota o valor indicado no dinamômetro. Parte 03: Esvazia-se o recipiente superior e o completa com álcool. Feito isso, determina-se o empuxo sofrido pelo êmbolo quando ele tiver completamente submerso em álcool. 7 Parte 04: Descarta-se o álcool do béquer e completa-se com água, realizando a mesma montagem da parte anterior substituindo o duplo cilindro de Arquimedes pelo corpo de prova. Logo após, meça o peso do corpo de prova fora do líquido e encontra o empuxo sofrido pelo corpo de prova dentro do líquido. 6. Resultados e Discussão Parte 01 Com a utilização do dinamômetro, obteve-se os valores para o peso do duplo cilindro de Arquimedes, apresentados na tabela abaixo, no qual o peso do duplo cilindro de Arquimedes é o peso real (Pr) e o peso do êmbolo submerso na água é o peso aparente. Tabela 1 Erro do dinamômetro: 0,02 N Peso do cilindro de Arquimedes fora da água Peso com êmbolo submerso (peso aparente) 1 0,8 N 0,35 N 2 0,8 N 0,38 N 3 0,8 N 0,38 N 4 0,8 N 0,38 N 5 0,8 N 0,38 N Média 0,8 N 0,37 N Desvio padrão 0,0 N 0,01 N A aparente diminuição do peso, é obtido a uma força que ocorre de baixo para cima, ou seja, o empuxo (E), que é definida pela seguinte fórmula: E = Pr – Pa Atravésdos cálculos realizados, obtém-se que o resultado do empuxo é 0,43 ± 0,01𝑁(Erro Propagado). 8 Parte 02 Tabela 2 Erro do dinamômetro: 0,02 N Peso do cilindro de Arquimedes com água Peso do cilindro duplo de Arquimedes com êmbolo submerso em água 1 0,87 N 0,80 N 2 0,87 N 0,80 N 3 0,87 N 0,80 N 4 0,87 N 0,80 N 5 0,87 N 0,80 N Média 0,87 N 0,80 N Desvio Padrão 0,00 N 0,00 N Com os dados obtidos nota-se que o volume de água dentro do recipiente é igual ao volume de água deslocado pelo êmbolo submerso, isso é devido ao valor do peso da água ter a mesma intensidade da força de empuxo, sendo assim o valor obtido no dinamômetro é bem próximo daquele primeiro obtido sem água no béquer. Através disso, se chega a comparação do peso do volume deslocado com o empuxo (E), determinado pela equação: E = PH2O Dessa maneira, afirma-se que é a válida a afirmação: “Todo corpo submerso em um fluido sofre a ação de uma força vertical, orientada de baixo para cima, denominada empuxo, de módulo igual ao peso do volume do líquido deslocado pelo corpo”, pois como já foi declarado, o empuxo é igual ao módulo da força do peso e do volume do líquido deslocado. A expressão matemática que envolve empuxo (E), densidade (ρf), aceleração da gravidade (g) e volume deslocado (Vd) é: E = PH2O Logo, como PH2O é igual à densidade multiplicado pela gravidade e pelo volume, temos: E = ρf.g.Vd 9 Parte 3 Tabela 3 Erro do dinamômetro: 0,02 N Peso do cilindro duplo de Arquimedes submerso em álcool 1 0,45 N 2 0,45 N 3 0,45 N 4 0,45 N 5 0,45 N Média 0,45 N Desvio padrão 0,00 N Com o esvaziamento do recipiente superior e colocar o álcool no lugar, obteve-se os resultados da tabela 3. Isso se explica devido ao álcool ter uma densidade menor que a da água como pode ser comprovado a seguir. Sabendo que se a densidade da água é igual a 1 e sabendo também que o único fator que mudou foi a densidade podemos fazer: 1 --------- 0,80 x--------- 0,45 x = 0,45 / 0,80 ρalcool=0,56 g/cm3 É de conhecimento que o valor pré-definido para a densidade do álcool é de 0,79 g/cm3. O erro percentual relativo à diferença entre os valores encontrados e o tabelado é dado pela equação: 𝐸% = | 𝑉𝑟 − 𝑉𝑖 𝑉𝑖 | × 100 10 Assim encontrado um erro de 29,1%. Portanto, é um erro superior a 20%, logo pode se dizer que o valor não é aceitável. Parte 4 Finalmente no quarto experimento, retorna a colocar água no béquer, com a diferença de que dessa vez foi substituído o duplo cilindro de Arquimedes por corpos de prova de aço, alumínio e plástico. Repetindo os mesmos procedimentos realizados com o duplo cilindro de Arquimedes, obteve-se os valores abaixo: Tabela 4 Erro do dinamômetro: 0,02 N Peso do corpo de alumínio Peso do corpo de alumínio submerso em água 1 0,34 N 0,22 N 2 0,34 N 0,22 N 3 0,34 N 0,22 N 4 0,34 N 0,22 N 5 0,34 N 0,22 N Média 0,34 N 0,22 N Desvio padrão 0,00 N 0,22 N Tabela 5 Erro do dinamômetro: 0,02 N Peso do corpo de Ferro Peso do corpo de ferro submerso em água 1 0,98 N 0,87 N 2 0,98 N 0,87 N 3 0,98 N 0,87 N 4 0,98 N 0,87 N 5 0,98 N 0,87 N Média 0,98 N 0,87 N Desvio Padrão 0,00 N 0,00 N Tabela 6 11 Erro do dinamômetro: 0,02 N Peso do corpo de plástico Peso do corpo de plástico submerso em água 1 0,18 N 0,05 N 2 0,17 N 0,05 N 3 0,17 N 0,05 N 4 0,17 N 0,05 N 5 0,17 N 0,05 N Médio 0,172 N 0,05 N Desvio Padrão 0,01 0,00 N Sabendo que o volume do corpo de prova equivale ao volume do fluído deslocado e como a densidade de um corpo (ρc) é definida como: Ρc= Massa/volume Isolando o volume e substituindo na expressão, teremos: E = ρf.g.(massa/ Ρc) Sabendo que E = Pr – Pa A partir das equações acima, encontramos os seguintes volumes deslocados: Corpo de prova Volume(cm3) Ferro 11,22 Alumínio 12,24 Plástico 12,45 Tabela 7 Volumes dos corpos calculados com os dados das tabelas abaixo: Tabela 8 Medidas do Corpo de plástico Erro do Paquímetro: 0,01 N 12 Diâmetro Altura 1 1,93 cm 4,04 cm 2 1,93 cm 4,04 cm 3 1,93 cm 4,04 cm 4 1,93 cm 4,04 cm 5 1,93 cm 4,04 cm Média 1,93 cm 4,04 cm Volume: 11,8 cm3 Tabela 9 Medidas do corpo de ferro Erro do paquímetro: 0,01 N Diâmetro Altura 1 1,932 cm 4,00 cm 2 1,932 cm 4,00 cm 3 1,932 cm 4,00 cm 4 1,932 cm 4,00 cm 5 1,932 cm 4,00 cm Média 1,932 cm 4,00 cm Volume: 11,7 cm3 Tabela 10 Medidas do corpo de alumínio Erro do paquímetro: 0,01 N Diâmetro Altura 1 1,91 cm 4,01 cm 2 1,91 cm 4,01 cm 3 1,91 cm 4,01 cm 4 1,91 cm 4,01 cm 5 1,91 cm 4,01 cm Média 1,91 cm 4,01 cm Volume: 11,5 cm3 13 Outros cálculos utilizados Média: �¯� = 1 𝑛 ∑𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 Desvio padrão: 𝑠 = √ ∑(𝑥𝑖 − �¯�)2 𝑛 − 1 Erro propagado: Calculamos o erropropagado da equação: E = Pr – Pa Calculamos as derivadas parciais da equação: 𝜕𝐸 𝜕𝑃𝑟 = 1 𝜕𝐸 𝜕𝑃𝑎 = 1 𝐸𝑟𝑟𝑜𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑔𝑎𝑑𝑜 = √ 𝜕𝐸 𝜕𝑃𝑟 ⋅ 𝑆𝑝𝑟2 + 𝜕𝐸 𝜕𝑃𝑎 ⋅ 𝑆𝑝𝑎2 Onde Spr é o erro de medida do Peso real; Spa é o erro de medida do Peso aparente; 7. Conclusão Considerando os resultados obtidos, se tratando dos volumes dos corpos de prova, determinou-se que esses foram de boa precisão, considerando que a diferença dos volumes reais com tais corpos submersos em água foi pequena, então se pode dizer que o volume do corpo é igual ao volume do fluido deslocado pelo corpo totalmente submerso. Dessa forma os resultados atingidos foram satisfatórios. 14 Concluiu-se também através deste experimento que todo corpo quando submerso em um fluido fica sujeito à ação de uma força vertical para cima denominada empuxo. Esse empuxo pôde ser obtido através da variação do peso real e o peso aparente, detectados através do uso do dinamômetro. Foi possível reconhecer que o empuxo é proporcional a densidade do fluido, ao volume do fluido deslocado e a gravidade. 8. Bibliografia HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: Ltc - Livros Técnicos e Científicos, 2013. 296 p. TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc - Livros Técnicos e Científicos, 2009. 759 p. 9. Anexo Folhas de rascunho: 15 Corpos de prova: 16
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