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02_Gastro_Motilidade

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Trato Gastrointestinal 
 
Tópicos: 
1. Controle Nervoso 
2. Motilidade Gastrointestinal 
3. Fluxo Sangüíneo 
 
Principais estruturas: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, 
jejuno, íleo), intestino grosso, reto e o ânus. Órgãos glandulares associados (produção de 
secreções): glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas. 
Principais funções fisiológicas consistem em: 
• digerir as substâncias alimentares 
• absorver as moléculas de nutrientes para a corrente sangüínea 
Realiza estas funções através da motilidade, secreção, digestão e absorção. 
Motilidade: refere-se aos movimentos que misturam e movimentam o conteúdo 
gastrointestinal e o impulsionam ao longo de toda a extensão do tubo (trato). 
Secreção: refere-se aos processos pelos quais as glândulas associadas ao tubo 
gastrointestinal lançam água e substâncias para dentro do tubo. 
Digestão: definida como processos pelos quais o alimento e as grandes moléculas 
são degradadas quimicamente, para produzir moléculas menores, que podem ser absorvidas 
através da parede do tubo. 
Absorção processos pelos quais as moléculas de nutrientes são absorvidas pelas 
células que revestem o tubo gastrointestinal e penetram na corrente sangüínea. 
 
Estrutura do Tubo Gastrointestinal 
 
 Em um corte típico da parede intestinal, da superfície interna para a externa temos 
as seguintes camadas: 
Š Mucosa: - Epitélio 
 - Lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo, colágeno e elastina; rica em vários 
tipos de glândulas e contém vasos linfáticos e capilares 
 - Muscular da mucosa: camada fina de músculo liso 
Š Submucosa: tecido conjuntivo frouxo com fibrilas de colágeno e de elastina. Em 
algumas regiões existem glândulas na submucosa. 
Os troncos nervosos (plexo submucoso de Meissner) e os vasos mais 
calibrosos da parede intestinal ficam localizados na submucosa. 
Š Camada muscular circular 
Plexo Mioentérico de Auerbach: fica localizado entre as camadas musculares circulares 
e longitudinais. 
Š Camada muscular longitudinal 
Š Serosa ou adventícia: camada mais externa do tubo gastrointestinal e consiste 
principalmente em tecido conjuntivo coberto por camada de células mesoteliais 
escamosas 
 
 
 
 
Regulação do Funcionamento do Tubo Gastrointestinal 
 
O funcionamento do Tubo gastrointestinal é regulado e coordenado por: hormônios 
(endócrina), agonistas parácrinos (parácrina) e neurônios (neurócrina). 
Os hormônios são produzidos por células endócrinas e são lançados no sangue para 
alcançarem suas células-alvo, por meio da circulação. 
Os agonistas parácrinos são liberados por células na vizinhança das células-alvo e 
alcançam estas últimas células por difusão 
 
Hormônios Gastrointestinais 
 
As células endócrinas estão localizadas na mucosa ou submucosa do estômago e do 
intestino, assim como no pâncreas, produzem vários hormônios, que agem sobre células 
secretoras (da parede do tubo, pâncreas ou fígado), alterando a velocidade ou a composição 
de suas secreções. 
Outros hormônios agem sobre as células musculares lisas em segmentos específicos 
do tubo gastrointestinal, sobre os esfíncteres gastrointestinais, ou sobre a musculatura da 
vesícula biliar. 
 
Š Estômago 
„ Gastrina 
„ Somatostatina 
 
Š Duodeno ou Jejuno 
„ Secretina 
„ Colecistocinina (CCK) 
„ Motilina 
„ Peptídeo Inibitório Gástrico (GIP) 
„ Somatostatina 
 
Š Pâncreas 
„ Insulina 
„ Glucagon 
„ Somatostatina 
„ Polipeptídeo Pancreático 
 
Š Íleo ou Cólon 
„ Enteroglucagon 
„ Peptídeo YY 
„ Neurotensina 
„ Somatostatina 
 
Sistema Imune Gastrointestinal 
 
Esse sistema imune secreta anticorpos, em resposta a antígenos alimentares 
específicos, e elabora a defesa imunológica contra muitos microorganismos patogênicos. 
Os componentes do sistema imune gastrointestinal incluem: 
„ células nos gânglios linfáticos mesentéricos 
„ as placas de Peyer nas paredes do intestino 
„ imunócitos, existentes na mucosa e submucosa (linfócitos intra-epiteliais, linfócitos T 
e B, plasmócitos, mastócitos, macrófagos e eosinófilos) 
 
Inervação do Tubo Gastrointestinal 
 
Inervação Simpática: 
„ Fibras se originam na medula espinhal entre os segmentos T5 e L3 (fibras 
adrenérgicas pós-ganglionares) 
„ Inibe a atividade do trato gastrointestinal, causando efeitos opostos ao sistema 
nervoso parassimpático 
 
Inervação Parassimpática: 
„ Quase todas as fibras parassimpáticas fazem parte dos nervos vagos (até nível do 
cólon transverso) 
„ O restante do cólon, reto e ânus recebe fibras parassimpáticas dos nervos pélvicos 
„ Aumenta a atividade de todo o sistema nervoso entérico 
 
Sistema Nervoso Entérico 
 
Sistema nervoso próprio do trato gastrointestinal que se localiza integralmente na 
parede do intestino, começando no esôfago e se estendendo até o ânus. Este sistema 
controla a secreção e a motilidade intestinal. 
O sistema entérico é composto de dois plexos: 
Š Plexo externo (plexo mioentérico ou plexo de Auerbach): entre as camadas musculares 
longitudinais e circulares; controla os movimentos gastrointestinais (peristaltismo e 
esfíncter) 
Š Plexo interno (plexo submucoso ou Meissner): controla a secreção epitelial e o fluxo 
sangüíneo local 
 
Neurônios do sistema nervoso entérico 
 
Neurônios motores 
Para o músculo 
„ excitatórios entéricos 
„ inibitórios entéricos 
Para as arteríolas 
„ vasodilatadores entéricos 
Para os epitélios 
„ secretomotores entéricos 
„ células parietais gástricas 
„ células endócrinas gastrointestinais 
Neurônios sensoriais 
„ sensíveis a distensão 
„ quimioceptivos 
Neurônios associativos 
 
Neurotransmissores entéricos 
Acetilcolina 
„ Excita a atividade gastrointestinal 
Norepinefrina 
„ Inibe a atividade gastrointestinal 
 
„ Peptídeo Intestinal Vasoativo (VIP) 
„ Colecistocinina (CCK) 
„ Óxido Nítrico 
„ ATP 
„ Serotonina 
„ Dopamina 
„ Substância P 
„ Somatostatina 
„ Bombesina 
 
Músculo Liso Gastrointestinal 
 
O músculo liso do trato gastrointestinal apresenta atividade elétrica quase contínua, 
embora lenta (-80 a - 40 mV). 
As células musculares são unitárias unidas por “gap junction”. Apresentam dois 
tipos básicos de ondas elétricas: 
a) Ondas lentas 
b) Ondas em ponta 
Ondas lentas: 
„ Originam-se das Células intersticiais de Cajal, abundantes no plexo mioentérico 
(marcapasso do sistema entérico) 
„ Freqüência: 3 (estômago) - 12 (duodeno) / minuto 
z Despolarização por entrada de sódio 
z Platô por entrada de cálcio 
z Repolarização por saída de potássio 
Ondas em ponta: 
„ Potenciais de ação desencadeados por abertura de canais lentos de cálcio-sódio 
 
Tipos Funcionais de Movimentos 
 
No trato gastrointestinal ocorrem dois tipos básicos de movimentos: 
1. Movimentos propulsivos (peristaltismo): fazem o alimento se mover adiante ao longo 
do TGI em uma velocidade de forma adequada à digestão e absorção. 
Causa um relaxamento no segmento intestinal seguinte => “lei do intestino”. 
2. Movimentos de Mistura: mantém o conteúdo intestinal misturado por completo. 
 
Ingestão do alimento 
Fome: desejo intrínseco de comer 
Apetite: tipo de alimento mais desejado pela pessoa 
Mastigação 
 
Os dentes são órgãos projetados para a mastigação, os incisivos proporcionam forte 
ação de corte (força até 25Kg) e os molares exercem ação trituradora (força até 90Kg). 
A mastigação auxilia na digestão do alimento, as enzimas digestivas atuam apenas 
nas superfícies das partículas alimentares. 
 
Reflexo da mastigação: 
 
z bolo alimentar na boca 
z inibição dos músculos da mastigação 
z queda da mandíbula 
z estiramentos dos músculos da mandíbula 
z contração de rebote 
z elevação da mandíbula 
z compressão do bolo alimentar contra as paredes da boca 
 
Deglutição: 
 
1)Etapa voluntária da pressão da língua para cima e para trás contra o palato 
2) Etapa involuntária da passagem do alimento da faringe para o esôfago 
z fechamento das narinas pelo palato mole 
z fechamento da laringe 
z abertura do esfíncter faringoesofágico e inicio de uma onda de contração 
3) Etapa involuntária da passagem do alimento do esôfago para o estômago 
Š peristaltismo primário: seqüência da onda de contração iniciada na faringe até o 
estômago 
Š peristaltismo secundário: dilatação do esôfago levando ao surgimento de uma segunda 
onda de contração 
Š gastroesofágico se relaxa quando uma onda de contração se propaga pelo esôfago, 
permitindo a passagem dos alimentos para o estômago 
 
Esôfago 
 
A principal função do esôfago é a de conduzir o alimento da faringe ao estômago, e 
seus movimentos são organizados para esta função. 
O esfíncter esofágico inferior (cerca de 2 a 5 cm da junção com o estômago temos o 
músculo circular esofágico) permanece tonicamente contraído. Quando uma onda 
peristáltica de deglutição se propaga pelo e esôfago, ocorre relaxamento do esfíncter 
esofágico inferior permitindo a fácil propulsão do alimento deglutido para o estômago 
(diminui o tônus parassimpático - VIP). Ajuda a evitar o refluxo gastroesofágico, já que a 
mucosa esofágica, exceto na sua oitava parte inferior, não é capaz de resistir por muito 
tempo à ação digestiva das secreções gástricas. 
 
 
 
 
Estômago 
 
Š Divisão anatômica: 
„ Fundo 
„ Corpo 
„ Antro 
Š Fisiologicamente dividido em: 
„ Porção oral 
„ Porção caudal 
 
Funções Motoras do Estômago 
 
Armazenamento de grandes quantidades de alimento (porção oral) - relaxamento 
receptivo (reflexo vago-vagal), consegue armazenar cerca de 1,0 - 1,5 litros. 
Mistura do alimento com as secreções gástricas até a formação do quimo (aspecto 
de um semilíquido ou de uma pasta). 
A lenta passagem do alimento do estômago para o intestino delgado (velocidade 
adequada para a digestão e absorção). 
 
Esvaziamento do Estômago 
Š Contrações peristálticas antrais 
Š Controle do esfíncter pilórico: presença de constrição tônica 
 
Fatores que promovem o esvaziamento : 
„ Volume de alimento levando ao estiramento da parede do estômago (fraca atuação) 
„ Liberação de gastrina (secreção de suco gástrico altamente ácido, aumento da 
motilidade do estômago, estimula a atividade da bomba pilórica) 
 
Inibição do Esvaziamento do Estômago 
 
Quando o alimento chega ao duodeno são desencadeados reflexos nervosos que se 
dirigem ao estômago e tornam mais lentos ou mesmo interrompem o esvaziamento gástrico 
à medida que o volume de quimo se torna excessivo. 
 
Exercem dois efeitos sobre o esvaziamento gástrico: 
1) Inibem as contrações propulsivas do antro 
2) Aumentam o tônus do esfíncter pilórico. 
 
Inibição do Esvaziamento do Estômago: 
Š Fatores que podem dar início aos reflexos enterogástricos: 
„ Grau de distensão do duodeno 
„ Irritação mucosa duodenal 
„ Grau de acidez do quimo duodenal (pH < 3,5 - 4,0) 
„ Grau de osmolaridade do quimo (liquido hiper ou hipotônico) 
„ Produtos de degradação de proteínas e em menor extensão gorduras. 
 
 
Hormônios liberados após o quimo chegar ao intestino delgado podem inibir os 
movimentos do estômago: 
„ Colecistocinina (CCK): liberado pelo jejuno em respostas a presença de substâncias 
gordurosas no quimo 
z Inibição competitiva com a gastrina 
„ Secretina: liberada pelo duodeno em resposta acidez do quimo 
„ Peptídeo inibidor gástrico (GIP): liberado pelo intestino delgado em presença de 
gordura e carboidrato no quimo 
 
Vômito 
Comportamento reflexo, controlado pelo centro do vômito localizado no bulbo 
Fases: 
„ Peristaltismo inverso a partir da porção média do intestino delgado 
„ Esfíncter pilórico e estômago relaxam 
„ Inspiração forçada contra a glote fechada 
„ Contração vigorosa dos músculos abdominais, forçando o conteúdo gástrico para 
dentro do esôfago 
„ Relaxamento do esfíncter esofagiano inferior 
„ Relaxamento reflexo do esfíncter esofagiano superior 
Na ânsia de vômito o esfíncter esofágico inferior permanece contraído e impede o 
vômito 
 
Motilidade do Intestino Delgado 
 
Contrações de mistura (contrações segmentares). 
Movimentos propulsivos: movimentos fracos com velocidade média do 
deslocamento do quimo de apenas 1 cm/min. A onda propulsiva que ocorre do estômago ao 
íleo terminal, geralmente ocorre em períodos de jejum, e se repete a cada 75 - 90 minutos. 
Mantêm limpo o intestino delgado. 
 
Válvula Ileocecal: 
 
Š Evita o refluxo do conteúdo fecal do cólon para o intestino delgado 
Š Lentifica o esvaziamento do conteúdo ileal para o ceco 
Š O alimento pode ficar armazenado antes da válvula por horas, geralmente até uma nova 
refeição 
 
Motilidade do Cólon 
 
Movimentos de mistura: protusões saculares denominadas haustrações. 
Movimentos propulsivos de massa: ocorrem no colo transverso e no sigmóide, 
geralmente 1-3 vezes por dia, mais freqüente após a alimentação com a formação de um 
anel constritivo com forte contração subsequente por cerca de 30 segundos, ocorrendo um 
relaxamento de 2 -3 minutos e após nova contração, persistindo este ciclo por cerca de 10a 
30 minutos. 
 
 
Função do cólon 
 
Armazenamento de material fecal e absorção de água e eletrólitos. 
 
Defecação 
 
Geralmente o reto não contém fezes. A onda peristáltica do cólon leva a abertura do 
esfíncter anal interno. 
O reflexo da distensão da parede do reto leva a ondas peristálticas fracas que 
impulsionam as fezes em direção ao ânus. A presença de reflexo parassimpático de 
defecção proveniente dos segmentos sacros da medula espinhal. Controle voluntário do 
esfíncter anal externo, composto de músculo voluntário estriado. 
 
Fluxo Sangüíneo Gastrointestinal 
 
A irrigação do tubo alimentar, baço, pâncreas e fígado. Todo sangue que passa pelo 
intestino, pâncreas e baço flui pela veia porta para o fígado. No fígado passa pelos 
sinusóides hepáticos antes de atingir as veias hepáticas e destas para a veia cava inferior. 
 
Vascularização gastrointestinal 
Š Artérias: 
„ Celíaca => estômago 
„ Mesentérica superior e inferior => intestino 
Š Fluxo aumenta com atividade local: 
„ Hormônios peptídeos: colecistocinina, peptídeo intestinal vasoativo, gastrina e 
secretina 
„ Calidina e bradicinina 
„ Redução de Oxigênio

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