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O Bitcoin e suas Aplicações Financeiras

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O BITCOIN E SUAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS: UMA ANÁLISE DE RISCO
RESUMO
No ano de 2008, surgiu uma nova moeda com características diferentes das moedas habituais: o bitcoin - que tem como principal atributo ser uma moeda completamente digitalizada e descentralizada. Suas nuances e implicações, tanto na esfera normativa, quanto na óptica do risco de quem investe neste ativo, ainda não foram completamente avaliadas. Dado este contexto, esta pesquisa tem como escopo analisar as propriedades desta moeda, observar os pareceres emitidos pelos Bancos Centrais de diversos países no que tange as lacunas normativas e o avanço exponencial de transações com bitcoin, além de mensurar a volatilidade desta moeda em face de outras como dólar, euro e real, através de modelagem econométrica.
Palavras-chave: Bitcoin, normas Bancos Centrais, Volatilidade. 
ABSTRACT
Keywords: Bitcoin, 
INTRODUÇÃO
MOEDA
Para introduzir o assunto moeda, é preciso entender como se deu sua origem e evolução ao longo do tempo. A moeda nem sempre se fez presente na humanidade e sua origem, segundo Lopes e Rossetti (2009), se deu para permitir o desenvolvimento das trocas que eram fundamentais para o progresso, fazendo com que o escambo desse lugar, gradativamente, a processos indiretos de pagamento. A generalizada aceitação de determinados produtos, recebidos em pagamento das transações econômicas que dia a dia se tornam mais intensas, configurando a origem da moeda. 
Para Marinho (2007) a origem da moeda está relacionada com a divisão do trabalho, porque retirou de qualquer indivíduo da sociedade a possibilidade de autossuficiência econômica e, quanto mais um país se desenvolve, mais se especializam os indivíduos e maior passa a ser a interdependência entre eles.
A evolução das trocas, historicamente, apresenta duas etapas: as trocas diretas e indiretas. As trocas diretas só poderiam acontecer em economias primitivas, onde os indivíduos e/ou grupos familiares fossem basicamente autossuficientes, isto é, onde a divisão do trabalho praticamente inexistisse (CARDIM et al, 2004). Dessa forma, os excedentes de produção eram trocados por outras mercadorias de acordo com as necessidades das sociedades. Porém, com o passar do tempo, foram surgindo dificuldades de efetuar trocas de mercadorias que lhes interessavam. A partir disso, juntamente com a necessidade de desenvolvimento, as trocas diretas foram dando espaço às trocas indiretas. Essas, por sua vez, se caracterizavam pela grande aceitação que um bem tinha sobre outro já que todos precisavam dele. Assim, a mercadoria servia como um intermediário de trocas e nessa fase denominava-se como “moeda mercadoria”, tendo como exemplos o sal, o trigo, o gado e outros. (MARINHO, 2007).	Comment by Thiago: Cortei porque a ideia estava repetitiva no que tange o assunto “trocas”. OK	Comment by Thiago: Não seriam essas? Afinal está se referindo as trocas. SIM
Diante da necessidade de bens com características comuns, surgiu à moeda metálica, que era representada por metais como ouro, prata e bronze e possuía características essenciais, como: ampla aceitação, durabilidade e divisibilidade. Contudo, devido à dificuldade de transporte desses metais, criou-se a moeda-papel, com certificados ou recibos de depósitos de papel que eram emitidos pelas casas de custódia. Em seguida, surgiu o papel-moeda, que é baseado na confiança e na credibilidade e são emitidas pelo Banco Central até os dias atuais.	Comment by Thiago: De onde tirou esta informação? Deve sempre citar o autor da ideia. Se retirou de vários artigos que leu, deve colocar quais são os autores deles, de acordo com as normas de citação. Resposta: Essa informação foi da aula e fundamentos (disciplina do primeiro período) de algumas anotações que fiz no caderno. Nesse caso como faço a citação?
A partir de então, podemos dizer que a moeda é uma unidade representativa de valor e instrumento de troca que apresenta três funções fundamentais: intermediária de troca, unidade de valor e reserva de valor. A primeira função mencionada, segundo Lopes e Rossetti (2009), é o que permite a superação da economia de escambo e a passagem à economia monetária. Fundamentalmente, consiste em aumento generalizado da eficiência econômica e em sensível acréscimo da quantidade de bens e serviços que passam a serem postos à disposição da sociedade para o atendimento de suas necessidades. Marinho (2007) complementa que quanto mais aceita como intermediaria de troca, maior a possibilidade de se alcançar o objetivo final das transações econômicas, ou seja, mais universal se torna sua aceitação perante a sociedade. 
A moeda também funciona como unidade de valor, isto é, serve como critério para medir o valor das transações feitas. Por meio da moeda é possível comparar os valores de diferentes mercadorias. Tudo em nossa sociedade, que é objeto de compra e venda, tem o seu valor quantificado em unidades monetárias. Até mesmo o PIB, que mensura a produção total de bens e serviços ao longo de um ano, é quantificado em unidades monetárias. (AS FUNÇÕES DA MOEDA, 2013)
O terceiro atributo, designado reserva de valor, proporciona ao usuário a opção de transferir o poder de compra do presente para o futuro. Embora ela não cumpra essa função de maneira ideal. Quanto maior for à inflação de um país, mais rapidamente a moeda perde valor, conseqüentemente, pior será a sua capacidade de reserva de valor. Porém, mesmo assim, pelo fato de ter liquidez imediata, ou seja, por sua capacidade de ser universalmente aceita e trocada por outro produto, as pessoas decidem manter parte de sua renda na forma de moeda. (AS FUNÇÕES DA MOEDA, 2013)
Todavia, para desempenhar suas funções, a moeda precisa também apresentar características físicas necessárias. A divisibilidade é essencial para que possa ser fracionada em múltiplos e submúltiplos, para permitir todos os tipos de transações. A durabilidade preconiza que ela deve resistir a inúmeras relações de trocas, deve ser também impressa em material de qualidade para que não perca suas características, de forma que seu último detentor não seja prejudicado e nem se possa alterá-las, a dificuldade de falsificação deve existir para não prejudicar a confiança que nela é colocada. Ser manuseável e transportável é para que não haja custos de transação para seus detentores, e, por fim, deve ser rara e de difícil acesso, pois grande disponibilidade de moeda pode fazer com que a mesma perca seu valor. (Tirei do meu caderno, vou ter que verificar de qual livro o Christian tirou).	Comment by Thiago: Não ficar repetindo somente porém, outras alternativas como contudo, todavia, mas, no entanto, entretanto, etc... devem ser utilizadas. OK
Apesar das funções e das características apresentadas acima, serem essenciais para o funcionamento da moeda, nem sempre é o que acontece. No Brasil, por exemplo, nas décadas de 1980 a 90, um período de inflação alta e crônica, a moeda não conseguia desempenhar bem suas funções. Durante esse período foram criadas várias moedas, dentre as principais reformas estão o Plano Cruzado (1986), o Plano Bresser (1987), o Plano Verão (1989), o Plano Collor (1990) e, por fim, o Plano Real (1994). Destarte, ela não era utilizada como unidade de conta do sistema de contratos e a reserva de valor durava apenas alguns dias, então ela apenas funcionava como meio de troca. Com a instituição do Real, em 1994, e o fim do processo inflacionário, a moeda oficial recuperou todas as suas funções. (CARDIM et al, 2004).
Devido ao acelerado desenvolvimento tecnológico, particularmente nos campos da informática e das telecomunicações, e com a disseminação do comércio na internet e das transferências eletrônicas de fundos, as características necessárias ao bom desempenho das funções típicas da moeda podem existir em outros tipos de moeda, como no chamado dinheiro eletrônico. Além disso, já é possível identificar moedas digitais como, por exemplo, o bitcoin que é o tema principaldessa pesquisa. Outra manifestação da ascensão da moeda digital é a tendência que se observa na direção de um sistema de pagamentos totalmente automatizado, com uma importante redução no uso de cheques e de moeda manual, potencializando o fenômeno de desmaterialização da moeda. Nesse contexto, vale apregoar que o cartão magnético de débito automático em conta corrente é hoje o meio mais utilizado para efetuar pagamentos e que há certa tendência mundial de redução de operações com recursos monetários físicos em favor de operações eletrônicas. (UFRGS, 2008)
Após apresentar a evolução da moeda, suas funções e características, é necessário entender o funcionamento do sistema monetário. Nesse contexto, serão apresentadas a criação de meios de pagamentos, conceitos monetários e sua formação.
De início é importante saber que o Banco Central é o órgão que tem o poder instituído legalmente para emitir moeda. Contudo, dentre o total emitido, apenas o valor que vai para o caixa dos bancos e para a mão do público é que se constitui em emissão monetária. Uma relação fundamental entre o Banco Central e o total dos bancos comerciais é a necessidade de manter reservas para poderem honrar seus compromissos com o público e, consequentemente, gerar confiança na conversibilidade dos seus depósitos. A moeda de uma economia, isto é, o conjunto dos meios de pagamentos consiste na totalidade de ativos possuídos pelo público que pode ser utilizado a qualquer momento para liquidação de qualquer compromisso futuro ou à vista. Vale lembrar que saldos de cartões de crédito não são meios de pagamento é uma forma de obter crédito que deverá ser honrado com moeda em uma data futura. (CARDIM et al, 2004).	Comment by Thiago: Excesso de Cardim, citar outros autores. Resposta: Modifiquei em cima, agora está intercalado. Acredito que ficou melhor agora.
A Moeda escritural é um tipo de dinheiro não-físico usado como meio de pagamento, ou seja, o saldo em conta-corrente. Ela é movimentada principalmente por depósitos e transferências eletrônicas entre contas bancárias. Esse tipo de moeda surgiu por acaso, quando as transferências entre contas dos depositantes e os serviços de compensação começaram a serem disponibilizados pelos bancos. Com isso, esses depósitos e transferências passaram a ser aceitas como meio de pagamento. O banco depositário pode realizar empréstimos com parte do dinheiro do correntista, que dificilmente irá sacar todo o seu dinheiro de uma só vez. Por lei, o banco precisa guardar apenas uma pequena fração do dinheiro depositado, podendo emprestar o restante para criar crédito. A isso se chama Sistema Bancário de Reservas Fracionárias. O dinheiro real não existe, é só um valor no sistema eletrônico do banco. Quando o cliente saca alguma quantia, na verdade ele está pegando o dinheiro existente da reserva que o banco mantém dos vários clientes. O problema é que se todos os clientes, de repente, exigissem o seu dinheiro de volta o banco não teria como fazer isso, pois só tem uma porção desse dinheiro. Esse é um dos problemas, muito criticado, do sistema bancário mundial. A multiplicação descontrolada de dinheiro pode causar muitas falências de bancos, empresas, pessoas e até países quando há uma crise financeira. Um instrumento de contenção da multiplicação de moeda escritural é o depósito compulsório, empregado pelos Bancos Centrais de todo o mundo para limitar a sua criação. (MOEDA ESCRITURAL, 2013)
O sistema formado pelas instituições que podem criar moeda é chamado de sistema monetário (Banco Central e bancos comerciais). Já os bancos de desenvolvimento, investimento e sociedades de poupança formam o sistema financeiro não monetário.	Comment by Thiago: Não valeria a pena representar por fórmulas? As equações, para economistas, simplificam o entendimento. Resposta: Achei um pouco complicado inserir as fórmulas no texto, mas podemos analisar alguma forma.
Outro conceito fundamental é o conceito de liquidez, que será posteriormente utilizado. A obra Critical Essays in Monetary Theory (1967) do economista John R. Hicks, classifica os ativos da economia, segundo os seus graus de liquidez:	Comment by Thiago: Por que não procurar o Original? Foi do artigo do Hycks que foi formulado o modelo ISLM baseado na Teoria do Emprego, do Juro e da Moeda de Keynes, é um texto fundamental de ler.Resposta: encontrei apenas textos baseados nas idéias do Hicks, não encontrei o original.
Ativos plenamente líquidos – Incluem a moeda e quaisquer outros ativos que possam, eventualmente, ser convertidos em moeda sem perda de tempo e uma taxa de conversão fixa e conhecida. Assim ativos plenamente líquidos são todos aqueles objetos que são reserva de valor e podem ser utilizados para cumprir obrigações contratuais e realizar transações à vista. Ativos líquidos – Incluem, entre outros, títulos públicos ouro e obras de arte. Estes objetos são transacionados em mercados bem organizados, isto é, mercados cujo local e horário de funcionamento são conhecidos e possuem uma quantidade bastante ampla de potenciais demandantes. Quando um indivíduo adquire um ativo líquido, é porque possui planos de revenda. Sabe que incorrerá em algum custo de manutenção e/ou carregamento do ativo, mas espera obter ganhos na venda do ativo que sejam superiores a esses custos. Ativos ilíquidos – Os mais importantes são as máquinas (ativos de capital) adquiridas pelas empresas e os bens duráveis demandados por consumidores. As empresas demandam tais objetos porque esperam obter lucros compensadores com a venda das mercadorias que suas máquinas produzem. Os consumidores adquirem bens duráveis porque objetivam aumentar a sua satisfação com o fluxo de serviços que tais objetos podem gerar durante períodos mais longos. Quando um ativo ilíquido é adquirido, seu possuidor não possui planos de revenda. Tais ativos são transacionados em mercados pobremente organizados. Em geral quando se consegue revendê-los, seus preços estão muito aquém dos preços de aquisição. 
Contudo, John Maynard Keynes no capítulo 17 de sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, desenvolve características e atributos especiais em sociedades modernas para a moeda se distinguir de outros ativos. Primeiramente, ele afirma que a moeda não pode ser produzida ou ter sua produção aumentada por empresários privados e que é impossível empregar mais mão de obra na produção de moeda quando o seu preço sobe em relação à mão de obra. Em segundo lugar, ele afirma que a moeda constitui um poço sem fundo para o poder de compra, qualquer acréscimo na demanda por liquidez que induza a um acréscimo nos preços dos ativos líquidos não desviará a demanda por liquidez para uma demanda por bens e serviços. Essas características são responsáveis pela liquidez da moeda, ela tem máxima liquidez porque está sempre sendo demanda. Há sempre alguém disposto a dar algo em troca dela. Se as quantidades de moeda pudessem variar livremente, sua oferta poderia saturar a economia, reduzindo sempre sua demanda e, por tanto, sua liquidez. Algo que pudesse ser produzido sem limites, poderia também ter seu valor reduzido, sempre que houvesse excesso de produção. Se isso acontecesse com a moeda, ninguém confiaria nela, não haveria contratos em dinheiro e modernas economias de mercado entrariam em colapso.
Já Friedrich A. Hayek apresenta em seu livro Denationalisation of Money, publicado em 1976, uma curiosa proposta ao considerar que os grandes males do capitalismo, tais como inflação e as instabilidades macroeconômicas, são provocados por governos indisciplinados em relação à emissão de moeda que é exclusiva do governo. Sua proposta é que o monopólio governamental de emissão de moeda seja substituído pela livre emissão, que seria realizada por bancos privados. Hayek considera que é impossível se construir um governo responsável e disciplinado em relação à emissão de moeda porque os interesses políticos individuaisdos dirigentes se sobrepõem ao interesse público. O autor avalia também que a moeda em nada difere de outros produtos, assim seu abastecimento seria mais bem efetuado por meio da competição entre bancos que têm interesse em preservar a boa qualidade de seu produto, ou seja, o valor da moeda que emitem. Dessa maneira, seriam vitoriosas nas competições aquelas moedas cujo valor se mantivesse estável ao longo do tempo.	Comment by Thiago: Deve utilizar conectores para concatenar as ideias do texto. Muitas vezes, vejo que as frases não estão interligadas , o que deixa a leitura menos fluída. OK
	São notáveis as diferenças entre os pensamentos de Keynes e Hayek, ambos apresentam pontos de vista completamente diferentes e as correntes econômicas mais opostas observadas. De um lado Keynes acreditava que o governo deveria ser intervencionista onde através de uma política monetária e fiscal controlaria os efeitos negativos da recessão e depressões. Ele também acreditava que o governo deveria controlar um grupo de empresas estratégicas. (BARBIERE, 2014). Para ele, deveria expandir a demanda agregada, pois um ciclo de recessão só pode ser quebrado, pelo reajustamento no consumo induzido pela terceira grande entidade econômica – o Estado – que aumenta os seus gastos, induzindo o consumo e o crescimento econômico, até que o reequilíbrio se restabeleça. Assim, a crise pode ser explicada pela inexistência de consumo face à capacidade produtiva instalada. (ALBUQUERQUE, 2012).
	 Por outro lado, Hayek achava que a economia se ajusta a si mesma e não deve sofrer intervenção ou "regulamentação" governamental. Considerava a economia algo muito complexo para se submeter a um planejamento central. Para ele, qualquer tentativa artificial de dirigir variáveis macroeconômicas é contraproducente, pois não se conseguem prever todos os seus desdobramentos, muitos deles indesejados. (KEYNES X HAYEK, 2011). Sobre o controle da emissão da moeda, Keynes defende que a emissão monetária dever seguir as determinações governamentais e Hayek defende que a emissão deve ser determinada pelos bancos privados, sem qualquer intervenção estatal.	Comment by Thiago: É essencial ler mais sobre os dois, afinal são as correntes econômicas mais opostas observadas, dois opositores (veja e leia Keynes versus Hayek).Resposta: Li sobre a teoria dos dois, mas tive dificuldade para inserir no contexto moeda, uma vez que elas tratam da economia em geral e pouco tratam da moeda em específico. Procurei então, abordá-las de maneira geral.
	Enfim, foram apresentadas a evolução da moeda, suas funções, características e o funcionamento do sistema monetário, tudo com o intuito de introduzir a importância da moeda nas economias atuais e discutir posteriormente suas formas e mais precisamente o funcionamento da moeda digital.
BITCOIN
Neste capítulo, será apresentado o funcionamento da moeda digital, o sistema Bitcoin, suas concepções tecnológicas e suas vantagens e desvantagens. O objetivo é mostrar suas liberdades e alertar sobre suas limitações, contribuindo para uma formação de opinião esclarecida e no uso consciente dessa nova tecnologia.
	Sendo assim, vale aprofundar melhor sobre a moeda digital, ou dinheiro eletrônico, como são geralmente chamados. Podemos então dizer que é um dos instrumentos utilizados em transações que não utilizam papel-moeda, ao invés disso, um valor monetário é eletronicamente creditado ou debitado. Muitas vezes o Dinheiro Eletrônico é a forma de pagamento utilizado para transações de e-commerce, facilitando o comércio entre diferentes países. A moeda digital é, na maioria dos casos, equivalente ao papel-moeda e é trocado pelos bens e serviços que o indivíduo deseja adquirir e permite criar correntes de comércio entre indivíduos e empresas de todos os cantos do globo. (O DINHEIRO, 2015).
Diante da consolidação da Internet em companhia da criptografia criou-se a base tecnológica para o desenvolvimento de um novo conceito de moeda, a cripto-moeda, que está ganhando popularidade e se mostrando como uma possibilidade ao dinheiro convencional. Enviar e receber cripto-moedas é uma operação análoga a enviar ou receber emails. E suas características marcantes e inovadoras incluem a ausência de um controle central através de um governo ou entidade centralizadora, a manutenção da privacidade e o fato de serem objetos completamente digitais. (AVELAR et al, 2012). 
Uma cripto-moeda chamada bitcoin conseguiu alcançar níveis de liquidez e popularidade para ser considerada por muitos como uma moeda global. Segundo, Alves (2013) inicialmente o bitcoin foi criado para facilitar pagamentos on-line, dispensando as comissões cobradas pelo banco. No entanto, a estabilidade que foi registrando levou muita gente a trocar dólares por bitcoins, iniciando uma procura que o valorizou enormemente. O autor acredita que “é possível que estejamos a assistir a uma bolha e que algumas pessoas venham a perder quantidades de dinheiro. Também é possível que o bitcoin esteja a ser procurado como refúgio perante as ameaças de inflação do dólar”.
O bitcoin foi criado em 2008, por um programador não identificado, conhecido apenas pelo nome de SatoshiNakamoto, sua identidade nunca foi desvendada, não se sabe ao certo se SatoshiNakamoto é apenas um indivíduo ou se trata de um grupo de pessoas que teve ou tiveram a iniciativa de reinventar a moeda na forma de código de computador. O resultado foi o Bitcoin, introduzido ao mundo na forma menos promissora possível. (ULRICH, 2014, p. 17).
Segundo o mesmo autor, é possível definir o bitcoin assim:
O Bitcoin é uma forma de dinheiro, assim como o real, o dólar ou o euro, com a diferença de ser puramente digital e não ser emitido por nenhum governo. O seu valor é determinado livremente pelos indivíduos no mercado. Para transações online, é a forma ideal de pagamento, pois é rápido, barato e seguro. O Bitcoin tem todas as melhores características da melhor moeda, sendo escasso, divisível, portátil, mas vai, inclusive, além na direção do ideal monetário, por ser ao mesmo tempo “sem peso e sem espaço” – é incorpóreo. Isso possibilita a transferência de propriedade a despeito da geografia a um custo virtualmente nulo e sem depender de um terceiro intermediário, contornando, dessa forma, todo o sistema bancário completamente subvertido pela intervenção governamental. (ULRICH, 2014, p. 15-13).
 Oliveira, Totti e Ney (2014) complementam que a ausência de um controle central mediado por um governo ou instituição financeira agregando seus impostos e taxas administrativas, bem como a manutenção da privacidade durante seu uso e o fato de serem objetos totalmente digitais, confere o crescente aumento de popularidade ao bitcoin, se mostrando como uma alternativa as moedas convencionais e mais adequado as novas tecnologias da informação e comunicação. Podemos observar assim, que o bitcoin por ser descentralizado acompanha uma linha de funcionamento paralelo a proposta que Hayek apresenta em sua obra Denational isation of Money, publicada em 1976.
Para um melhor entendimento, é necessário explicar como funcionam minuciosamente as transações online. Estas transações sempre requereram um terceiro intermediário, por exemplo, se um indivíduo A desejar transferir qualquer valor para o indivíduo B eles dependeriam de um terceiro intermediário como Paypal, Cartão de crédito (Mastercard ou outros) ou um exemplo nacional o PagSeguro, ambos mantém registros do saldo das contas, deduzindo na conta de A e adicionando-o na conta de B, e este intermediário seria responsável por garantir que este mesmo valor transferido de A para B não fosse posteriormente transferido para outro indivíduo C. Sem o intermediário uma moeda digital poderia ser duplamente gasta. Para Ulrich (2014) “é importante notar que as transações na rede Bitcoin não são denominadas em dólares, euros ou reais, como são no PayPal ou Cartão de crédito; em vez disso, são denominadas em bitcoins. Isso torna o sistema Bitcoin não apenasuma rede de pagamentos descentralizada, mas também uma moeda virtual. O valor da moeda não deriva do ouro ou de algum decreto governamental, mas do valor que as pessoas lhe atribuem. O valor em reais de um bitcoin é determinado em um mercado aberto, da mesma forma que são estabelecidas as taxas de câmbio entre diferentes moedas mundiais”.(ULRICH, 2014, p.17-18). 
As redes ponto-a-ponto fundamentam as bases tecnológicas para o desenvolvimento desse novo conceito de moeda, ou seja, obedece a um rígido e ao mesmo tempo simples protocolo de funcionamento, que expressa à forma como deve ser emitida, armazenada e transmitida. Outra característica marcante está no uso de tecnologias de fonte aberta, mais conhecidas como open source que sustentam essa moeda. (OLIVEIRA, TOTTI e NEY, 2014).
Dourado e Brito (2014) explicam que assim como o PayPal, o sistema Bitcoin emprega um livro, que é chamado de “cadeia de bloco”, que é um grande banco de dados público, que contém o histórico de todas as transações realizadas. Todas as transações na economia Bitcoin são registrados e reconciliada na cadeia de bloco. No entanto, ao contrário da contabilidade do PayPal, a cadeia de bloco não é mantida por uma autoridade central. Em vez disso, a cadeia de bloco é um documento público que é distribuído de forma peer-to-peer (ponto-a-ponto) através de milhares de nós na rede Bitcoin. Novas transações são verificadas em relação a cadeia de bloco para garantir que as mesmas bitcoins não tenham sido previamente passado, mas sem o trabalho de verificação de novas transações ser feito por qualquer um terceiro de confiança. Em vez disso, o trabalho é distribuído entre milhares de usuários que contribuem com sua capacidade de computação para conciliar e manter a contabilidade da cadeia de bloco. Essencialmente, toda a rede ponto-a-ponto toma o lugar de um terceiro confiável. 
No entanto, através da solução do problema de “duplos gastos”, o Bitcoin pela primeira vez torna possíveis transações on-line que vão de pessoa para pessoa, sem a necessidade de um intermediário entre eles. Este avanço técnico apresenta ambos os potenciais benefícios para os consumidores e para a economia e desafios à aplicação da lei. Por exemplo, porque não há nenhum intermediário central em transações Bitcoin, há pouco ou nenhuma taxa associadas a essas transações, que beneficia especialmente as pequenas empresas e os consumidores sensíveis ao preço. E porque o Bitcoin não é uma plataforma proprietária executado por uma única empresa, mas uma rede aberta, os empresários não precisam de permissão para experimentar e inovar novos produtos e serviços. (BRITO, 2013).
No entanto, para que a transação ocorra de forma segura, são necessárias duas chaves, uma pública e uma privada. A chave privada é chamada de assinatura e é como uma senha que valida à transação. A chave privada só deve ser conhecida pelo criador do endereço público, já que somente este tem o direito de "gastar" seus bitcoins. Uma vez que isto ocorra, é matematicamente impossível gastar bitcoins alheios. A criptografia utilizada no processo de geração das chaves é forte e seriam necessários milhões de anos, utilizando os melhores supercomputadores que existem hoje, para conseguir encontrar uma chave privada de um endereço público. Por isso é importante ressaltar que, caso a chave privada de um endereço seja perdida, seus Bitcoins estarão perdidos de forma irrecuperável. (AVELAR e outros, 2012). 
 Já chave pública é criptografada e garante que todos os computadores da rede tenham um registro constante e atualizado das transações na rede e também para verificar as assinaturas (Dávila, 2014). Esta chave pública é representada por uma sequência de 35 caracteres, começando com 1. A título de exemplo, este é o endereço público utilizado pelo site wikileaks.org para o recebimento de donativos: 
1HB5XMLmzFVj8ALj6mfBsbifRoD4miY36v
 Quando o indivíduo A decide transferir bitcoins ao indivíduo B, ela cria uma mensagem, chamada de “transação”, que contém a chave pública do indivíduo B, assinando com sua chave privada. Olhando a chave pública do indivíduo A, qualquer um pode verificar que a transação foi de fato assinada com sua chave privada, sendo assim, uma troca autêntica, e que o indivíduo B é o novo proprietário dos fundos. A transação, – portanto uma transferência de propriedade dos bitcoins – é registrada, carimbada com data e hora e exposta em um “bloco” da corrente de blocos. (ULRICH, 2014, p.18-19). 
 Brito e Castillo (2013), explicam que esta rede depende dos usuários que fornecem seu poder de computação para realizar os registros e as reconciliações das transações. Esses usuários são chamados de “Mineradores” porque eles são recompensados ​​por seu trabalho com bitcoins recém-criados. Bitcoins são criados, ou “minerados”, por milhares de computadores dispersos que resolvem complexos problemas matemáticos que verificam as transações na corrente de bloco, ou seja, cada minerador contribui com o processamento de seu computador para a sustentação da infra-estrutura da rede e verifica as transações na corrente de blocos. 
Assim, as transações são transparentes e o anonimato e a privacidade são garantidos, uma vez que não é possível saber quem é o detentor de cada chave pública. Além disso, as transações são irreversíveis, a partir do momento em que é incluída na lista não é possível desfazê-la.
Em seu artigo que define o protocolo de funcionamento do Bitcoin, Nakamoto (2008) explica que a geração de bitcoins não é infinita e que foi projetado para produzir um número previamente determinado, sendo 21 milhões de bitcoins. Estima-se que em 2140 atinja seu máximo.
Apesar de muitos benefícios, o bitcoin apresenta também alguns problemas. Como explicado anteriormente, os indivíduos que atuam na rede são conhecidos apenas por sua chave de segurança pública e o anonimato pode ser visto como bom ou ruim, de acordo com a situação. Nakamoto (2008) explica que no modelo bancário tradicional existe um nível de privacidade, limitando o acesso à informação para as partes envolvidas e a terceira parte confiável. A necessidade de anunciar publicamente todas as transacções opõe-se a este método, mas a privacidade ainda pode ser mantida, preservando as chaves públicas anônimas. O público pode ver que alguém está enviando uma quantia para outra pessoa, mas sem informações que liga a transação a pessoa de fato, ou seja, não é possível associar a nemhum nome, CPF ou conta bancária. Isto é similar ao nível de informação divulgada pela bolsas de valores. Algumas ligações continuam a ser inevitáveis e revelam que as suas entradas eram de propriedade do mesmo proprietário. O risco é que, se o proprietário de uma chave é revelada, ligando poderia revelar outras operações que pertenciam ao mesmo proprietário.
Por outro lado, é necessária a aplicação da lei para detectar, prevenir e investigar as transações ilegais. Como as transações bitcoin são feitas sem intermediários e por que as transações não são necessariamente vinculadas às identidades, não é de se estranhar que estejam sendo associada ao uso ilegal, como para a venda de drogas e também a lavagem de dinheiro. Brito (2013), em sua obra Beyond silk road: potential risks, threats, and promises of virtual currencies, cita exemplos e busca explicar os ricos do mau uso do Bitcoin:
	
Tecnologias emergentes apresentam muitas vezes, ambos, os grandes benefícios potenciais, bem como riscos reais. Por exemplo, a impressão 3D pode ser usada para fazer mais baratas próteses e dispositivos médicos que salvam vidas, mas também armas de fogo, indetectáveis. Drones comerciais nacionais têm o potencial de revolucionar a agricultura e transporte, mas também poderia ser usado para perseguições. O desafio para os responsáveis ​​políticos é enfrentar os riscos colocados por tecnologias emergentes ao fazer nenhum dano para o potencial de inovação dessa tecnologia. Em muitos casos em que as tecnologias emergentes apresentam riscos, já haverá leis e regulamentos de aplicabilidadegeral que abordam muitos desses riscos, sem a necessidade de novas leis voltadas à tecnologia específica. Este é o caso com Bitcoin. Enquanto transações Bitcoin não requerem intermediários, ainda é preciso adquirir bitcoins por troca de dólares, e os estabelecimentos que aceitam bitcoins vai muito freqüentemente usar Bitcoin processadores de pagamento. Na verdade, existe um ecossistema de rápido crescimento dos intercâmbios de start-up, processadores de pagamento e carteira e garantia de serviços que compõem a infra-estrutura crescente de Bitcoin. Cada uma delas já estão sujeitas a regulamentação como o dinheiro transmissor, incluindo licenciamento estadual e registro FinCEN, bem como "conheça o seu cliente" e "relatório de atividades suspeitas" requisitos. Mais ao ponto, os criminosos sérios que olham para esconder suas trilhas são mais propensos a escolher uma moeda virtual centralizada gerida por um intermediário disposto a mentir para os reguladores por uma taxa, em vez de uma moeda descentralizada como bitcoin que, como uma questão técnica, deve fazer um registro de todas as transações, mesmo que sob pseudônimo. Enquanto o mercado negro on-line Silk Road, que usou bitcoins, se estima ter gerado menos de US $ 200 milhões em vendas de drogas, a moeda digital centralizada Liberty Reserve, acredita-se que lavaram mais de US $ 6 bilhões referentes à fraude de cartão de crédito, roubo de identidade, pirataria informática, e pornografia infantil. A razão do uso da Liberty Reserve, e não do Bitcoin, foi o sistema de pagamento de escolha para os criminosos on-line é que ele foi projetado e gerenciado por seus criadores para evitar "conheça o seu cliente" e as regras de apresentação de relatórios e para fugir intimação. Como resultado, o caminho a seguir que melhor pode enfrentar riscos, assegurando que podemos colher potencial benéfico do Bitcoin é permitir que a rede Bitcoin e sua infra-estrutura em torno de desenvolver, certificando-se que os inovadores empresariais podem facilmente cumprir com a regulamentação existente. A alternativa, promulgando leis e regulamentos especiais para as moedas virtuais ou não torná-lo mais caro para operar legitimamente no espaço, pode ter duas conseqüências não intencionais. Em primeiro lugar, isso pode significar ceder à rede para uso exclusivamente ilegal e renunciando qualquer visibilidade que a aplicação da lei poderia ganhar nas atividades das empresas aderentes. Em segundo lugar, os Estados Unidos poderiam perder sua vantagem, no que pode ser a próxima indústria perturbadora, se estabelecer um regime regulatório que dificulta o Bitcoin, enquanto outros países como a China e o Canadá, podem procurar formas de desenvolver marcos regulatórios viáveis para Bitcoin.
Outro problema, que o Bitcoin pode apresentar, está relacionado ao risco de exposição a hackers. Alguns ataques já aconteceram e existe a preocupação de este ser um problema que possa vir a afetar toda a economia Bitcoin. Além disso, a volatilidade apresentada pelo Bitcoin é outra preocupação, pois desde 2011 pelo menos cinco alterações de preço significativas podem ser notadas e podem comprometer uma característica fundamental da moeda, tornando arriscado para armazenar valor. Daniel Novy (2015) explica que como se trata de um ativo de volatilidade extrema e de um risco muito elevado esta atua nos dois sentidos, ou seja, tanto pode provocar uma alta muito grande quanto uma queda muito acentuada no seu valor. A cotação do Bitcoin é imprevisível, como qualquer outro ativo. Uma maior adoção pelas pessoas e empresas, aumentando assim seu volume de negócios diários, acabaria por diminuir sua volatilidade. Mas mesmo com volatilidade baixa, sua cotação vai continuar imprevisível. E a verdade é que a variação no valor é causada por um emaranhado de fatores, sendo o principal deles as expectativas dos participantes ativos do mercado, mas o conjunto de fatores que influenciam as expectativas é tão grande e variado que torna impossível qualquer grau de previsibilidade. 
Foram apresentadas até agora, a importância da moeda na economia, a moeda digital, o funcionamento do bitcoin suas vantagens e seus riscos. A partir de então, serão apresentados o uso do bitcoin no mundo, as posições de alguns países e as principais preocupações que o cercam. 
BITCOIN: USO NO MUNDO
Neste capítulo, serão apresentados os pareceres dos bancos centrais e dos governos e o impacto do uso do bitcoin na economia mundial. Buscando um melhor entendimento para esse fenômeno que se tornou o bitcoin.
Desde seu surgimento, o bitcoin tem gerado especulações em todo o mundo. E desde então os bancos centrais tem analisado a melhor forma para lidar com uso da moeda digital e os governos têm analisado a necessidade da criação de novas leis que preserve as moedas físicas. Os impactos causados pelo uso do bitcoin são também fontes de pesquisas e debates. 
Apesar de tantos riscos, o bitcoin ainda pode representar uma saída a economias que apresentam problemas políticos, alta inflação e depreciação da moeda. A Argentina, por exemplo, que vivia um momento de crise financeira, com inflação crescendo a quase 25% ao ano em 2013, com o controle do comércio local, controle de preços e restrições monetárias aumentando, o uso do bitcoin se torna uma alternativa livre as moedas instáveis, como o peso argentino. A procura por bitcoins neste país é grande e está aumentando cada vez mais (MATONIS, 2013). O Banco Central da República Argentina (BCRA) divulgou um comunicado no qual alerta a população sobre os riscos envolvidos na utilização de moedas virtuais. No mesmo sentido, o Banco Central disse que na arena internacional, “ainda não há um consenso sobre a natureza desses ativos (a moeda virtual)" e sublinhou que "várias autoridades têm alertado para eventual uso em operações de lavagem de dinheiro e vários tipos de fraude". Finalmente, ele disse que "os riscos associados a operações de compra ou uso de moedas virtuais como forma de pagamento, são suportados pelos seus utilizadores". (EL BANCO CENTRAL, 2015)
Em todo o mundo há uma crescente procura por bitcoins, e os governos tem se manifestado sobre a necessidade ou não de regular as moedas digitais, até como resposta aos riscos implícitos relativos à lavagem de dinheiro e à segurança de seus usuários. Na Rússia, autoridades já se posicionaram sobre a ilegalidade de tratar bitcoin se assemelhados como moeda paralela ao rublo. Decorre que pessoas físicas ou jurídicas não podem usar sistemas de pagamentos anônimos, em concorrência (ilegal) à moeda doméstica oficial. O banco central da Rússia também disse que o comércio de bitcoins foi altamente especulativo e que a unidade tem um grande risco de perder valor. “Os cidadãos e pessoas jurídicas correm o risco de ser arrastado - mesmo sem querer - em atividades ilegais, incluindo o branqueamento de dinheiro obtido por meio de crime, bem como o financiamento do terrorismo”, ele advertiu. (RÚSSIA, 2014)
Ainda, segundo Van Der Laan(2014), nos EUA, há a preocupação precípua com sua ligação com o terrorismo, diante da descoberta do uso de bitcoins para liquidar operações de tráfico internacional de armamentos pesados. Também o Fisco estadunidense determinou que a moeda virtual é um ativo, que deve ser declarado e está sujeito a imposto. Por sua vez, o Tesouro determinou que transações significativas em bitcoins fossem reportadas às autoridades, como moedas comuns. Com isso, toda transação usando o bitcoin nos EUA deve ser apresentada na declaração de renda, como pagamento de salários; contratos com empresas; compra de produtos e serviços; a venda e perda de moedas nos sites de corretagem – neste último caso, os proprietários de bitcoins são caracterizados como proprietários de um capital, como ações ou títulos do governo. (RECEITA FEDERAL, 2014)
Ainda, segundo Van Der Lan C. (2014), o Brasil deve seguir caminho semelhante, mas somente em caso de maior disseminação desse novo ativo financeiro. Diante de seu restritoalcance atual, sobretudo no Brasil, não se vislumbra risco sistêmico para o funcionamento da economia doméstica ou mesmo para a poupança popular. O autor ainda explica que a Receita Federal entende que bitcoin é um ativo como qualquer outro e, portanto, ganhos decorrentes da variação da sua cotação seriam tributáveis. A moeda virtual também seria declarada no Imposto de Renda, como ouro e dinheiro. Nesse caso, a ideia original de um sistema monetário livre de regulação estatal – e de impostos sobre operações financeiras – e a privacidade financeira, não é concretizável. 
O Banco Central do Brasil advertiu em nota explicativa em seu site sobre os riscos do uso do bitcoin, principalmente sobre sua ausência do poder centralizado e de garantias: “Essas chamadas moedas virtuais não têm garantia de conversão para a moeda oficial, tampouco são garantidos por ativo real de qualquer espécie. O valor de conversão de um ativo conhecido como moeda virtual para moedas emitidas por autoridades monetárias depende da credibilidade e da confiança que os agentes de mercado possuam na aceitação da chamada moeda virtual como meio de troca e das expectativas de sua valorização. Não há, portanto, nenhum mecanismo governamental que garanta o valor em moeda oficial dos instrumentos conhecidos como moedas virtuais, ficando todo o risco de sua aceitação nas mãos dos usuários”. Alertou ainda sobre o uso para atividades ilícitas e sobre sua alta volatilidade. E afirmou que no Brasil as moedas virtuais, não são capazes de oferecer riscos ao Sistema Financeiro Nacional e disse estar acompanhando a evolução da utilização de tais instrumentos, para posteriormente, caso se faça necessário, adotar medidas na esfera de sua competência legal. (BANCO CENTRAL, 2014)
Além do Brasil e da Argentina, outros países da América Latina tem se posicionado quanto ao uso do bitcoin. O Equador, por exemplo, proibiu o uso do bitcoin para criar sua própria moeda virtual, que será emitida e distribuída pelo Banco Central. Em contraste, na República Dominicana o uso das moedas digitais é incentivado, almeja-se a popularização da moeda. Para eles, o país deve realizar campanhas de informação e criar escolas para explicar ao povo o funcionamento da nova moeda. (DINERO DIGITAL, 2014).
Na China, o uso do bitcoin pelos bancos foi proibido em dezembro de 2013, as autoridades do banco central do país baniram todo e qualquer sistema de pagamento que utilize algum tipo de moeda virtual. Mas isso vale apenas para os bancos; os usuários que utilizam os bitcoins rotineiramente podem continuar efetuando transações com a moeda. Uma declaração do banco central chinês sugeriu que os bitcoins são “bens virtuais, e não têm status legal ou dinheiro monetário equivalente e não devem ser utilizados como uma moeda. As pessoas físicas continuam livres para participar dessas transações por sua própria conta e risco”, afirmou a entidade em declaração. (MICALI, 2013)
No início de 2014, o Banco Popular da China (PBoC) também tomou medidas para prevenir que empresas obtenham acesso a processadores de pagamento bitcoin. Mas ainda sim, de acordo com reportagem de Nyshka Chandran divulgada pela CNBC, “cerca de 80 por cento do volume bitcoin agora é impulsionado pelas Yuan Chinesas, de acordo com dados do  Goldman Sachs. O dólar dos EUA é a segunda moeda mais utilizada para transações, seguido pelo euro, o banco disse em um novo relatório”, então apesar de todas as medidas adotadas pela China, ela ainda lidera o volume de trocas de bitcoins.
 Já no Japão, o governo adotou uma medida um pouco diferente, ele classificou o bitcoin como uma mercadoria. De acordo com reportagem publicada pela Exame, a medida aprovada em sete de março de 2014, deve dar início a criação de um marco legal em torno do comércio desta moeda, “Entre as disposições aprovadas, o gabinete do primeiro-ministro, Shinzo Abe, estabeleceu que os lucros derivados do mercado online de bitcoins, os processos de compra realizados com a moeda criptografada e as rentabilidades obtidas por empresas nessa moeda estarão submissas a impostos no Japão. O bitcoin também foi definido como uma mercadoria similar aos metais preciosos que não podem ser manuseados pelos bancos japoneses e nem pelas casas de câmbio do país asiático. Perante o temor de que o bitcoin seja usado para atividades de lavagem de dinheiro, o governo também ratificou que ações deste tipo serão tipificadas como um delito de acordo à lei japonesa”,explicava ainda. (JAPÃO, 2014).
Contudo, a Alemanha também se diferenciou dos demais países, segundo site PC World em publicação de reportagem, o Ministério Federal das Finanças alemão disse que o Bitcoin não é uma moeda de pleno direito, mas que é permitido usá-lo em operações privadas no país. Mas se as empresas querem usar Bitcoin para transações comerciais, eles precisam da permissão da Autoridade de Supervisão Financeira Federal (BaFin), disse Martin Chaudhuri, porta-voz do ministério. Assim como outras moedas virtuais, não tem o apoio de uma entidade governamental ou de um banco central. Na Alemanha, o Bitcoin não é visto como uma moeda real pelo Ministério das Finanças, disse Chaudhuri. O controvertido meio de pagamento cai sob a classificação “Rechnungseinheitenals Finanzinstrument”, que é uma unidade de conta, disse ele. Enquanto o Bitcoin pode ser legalmente utilizado para transações privadas na Alemanha, o Ministério também tem a posição de que a moeda virtual tem muitas desvantagens, de acordo com Chaudhuri, observando acima de tudo a instabilidade do Bitcoin. Mas por não ter impacto grande no mercado devido ao seu uso limitado, seus riscos também são limitados, acrescentou. (GOVERNO ALEMÃO, 2013)
De acordo com o site CoinDesk, o Banco Central Europeu, em outubro de 2012, em um discurso proferido na no BCE / Banca d'Italia Workshop sobre Interchange Fees, Yves Mersch, membro do Conselho Executivo do BCE, disse que moedas digitais ainda são pequenos demais para ter um impacto sobre os pagamentos de varejo e bancos centrais. Enquanto isso moedas digitais ganharam muitos seguidores e estão ganhando cada vez mais popularidade e como resultado os reguladores ao redor do mundo estão começando a tomar conhecimento. Em dezembro de 2013, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) emitiu um alerta sobre os riscos potenciais relacionados com moedas virtuais, com foco na fraude e roubo. No entanto, desta vez Mersch salientou que as moedas correntes digitais não devem ser ignoradas apesar de seu impacto relativamente pequeno sobre a economia. Ele conclui que cripto-moedas não representam um risco grave para a estabilidade ou a estabilidade financeira de preços na Europa, mas eles representam um risco para os usuários. (HAJDARBEGOVIC, 2014). 
O Banco Central da Inglaterra, por sua vez, publicou no seu boletim do terceiro trimestre de 2014 sobre as moedas digitais em geral e sobre o bitcoin em específico. De acordo com publicação de Fernando Ulrich (2014) o banco deteve-se primeiramente em explicar o funcionamento das moedas digitais contrastando a centralização dos sistemas de pagamento com a descentralização dos sistemas de pagamentos das cripto-moedas, em conclusão afirma que diferentemente das moedas tradicionais o bitcoin é ao mesmo tempo uma moeda e um sistema de pagamentos. O banco também reconhece a grande inovação tecnológica por detrás do Bitcoin que poderá ser aplicada não somente ao dinheiro, mas também aos mais diversos instrumentos financeiros. Posteriormente são exploradas as propriedades das moedas digitais de acordo com as funções do dinheiro como reserva de valor, meio de troca e unidade de conta comparando com as moedas fiduciárias. O autor afirma ainda que a publicação do Banco Central da Inglaterra é louvável, uma vez que, nenhum outro Banco Central com relevância mundial se esforçou tanto para compreender o intrigante fenômeno das cripto-moedas.(ULRICH, 2014)
Ainda, em seu boletim o Banco Central da Inglaterra aborda as implicações das moedas digitais para estabilidade monetária e financeira nomundo de hoje, em suma, esclarece que não existem riscos relevantes no momento, porque o bitcoin e as demais criptomoedas constituem uma porção ínfima do sistema financeiro mundial, podendo ser negligenciado até então sob a perspectiva de política monetária. No entanto, Ulrich explica que o maior risco hipotético à estabilidade monetária apontado pelo banco é o caso de uma economia em que a maior parte das pessoas adota uma moeda alternativa para realizar suas transações do cotidiano. Assim ele afirma que “já considera o fenômeno das moedas digitais um enorme sucesso, porque, indiretamente, trouxe de volta ao centro do debate econômico o ideal de um dinheiro apolítico e os malefícios da política de inflação e do planejamento central da moeda”. (ULRICH, 2014).
No entanto, estudos sobre possíveis impactos que o bitcoin poderia causar as economias mundiais têm sido feitos com freqüência. Preocupações sobre a estabilidade monetária e financeira do mundo como as apresentadas anteriormente pelo Banco Central da Inglaterra e outros são recorrentes. Nos Estados Unidos, um estudo realizado por Craig Elwell, especialista em política macroeconômica, mostra que se o uso de bitcoins continuar crescendo no país, fazendo o interesse por dólares cair, poderia ter um impacto na condução política monetária, uma vez que, isso afetaria substancialmente a quantidade de dinheiro em circulação e até mesmo as reservas mantidas pelo banco, ou seja, afetaria diretamente o Banco Central dos Estados Unidos. Em analogia, caso ocorra esse crescimento que podemos chamar de exponencial, em mais países poderia afetar diretamente os seus Bancos Centrais. (GOMES, 2014).
Além disso, de acordo Almeida (2013) a partir de informações do Banco Central Europeu, observa outra preocupação com a ampliação do uso das moedas virtuais, principalmente quando as moedas virtuais forem utilizadas para o consumo de bens reais da economia, o PIB do país será afetado diretamente por este meio de pagamento eletrônico. Desse modo, os dados referentes às moedas virtuais deveriam ser incorporados ao cálculo do PIB e demais estatísticas econômicas do banco central, a fim de monitorar o grau em que essas moedas afetam na economia do país. (ALMEIDA, 2013, p.60).
Segundo o mesmo autor “por mais que as moedas virtuais e a Bitcoin em si não atinjam uma larga escala de utilização, é necessário pressupor que mesmo a sua pequena utilização já estará colaborando para o desenvolvimento econômico em alguns setores. Pelo fato de ser moeda, algum impacto econômico estará sempre envolvido em seu uso. Desse modo, por operar em um ambiente global – onde qualquer indivíduo ao redor do mundo pode utilizá-las – as moedas virtuais podem fornecer o aparato necessário para servirem como moedas globais, desempenhando estímulo econômico em diversas regiões ao atuar globalmente” (ALMEIDA, 2013, p.62), a partir disso podemos ver o bitcoin como uma inovação que muito tem a agregar a economia mundial, mesmo que não se torne uma moeda oficial ou atinja todas as expectativas que são colocadas nela, ela pode ser considerada como a porta de entrada para um novo mundo, onde a tecnologia esta cada vez mais avançada e mesmo que o bitcoin venha a ser extinto, novas moedas com tecnologias até mesmo mais avançadas surgirão para atender as demandas desse mundo moderno.
METODOLOGIA
Para alcançar o objetivo desta pesquisa de analisar aspectos normativos dos bancos centrais acerca do bitcoin e a volatilidade desta moeda em face de outras, realizar-se-á um estudo que, no tocante a sua tipologia, conforme Martins (1994), é de cunho “teórico metodológico”, uma vez que se inicia na formulação de quadros de referência e estudos de teorias, dedicado a indagar ou produzir técnicas de tratamento da realidade. Por isso, dada essa ligação com a realidade, possui um cariz “empírico analítico”, uma vez que, ocupado com a codificação da face mensurável da realidade social, utiliza-se de técnicas de coleta, tratamento e análise de dados marcadamente quantitativas.
Conforme Fachin (2003) o método quantitativo de análise tem como objetivos empíricos exibir e tratar os dados, empregando conceitos numéricos com intuito de avaliar hipóteses e utiliza-se de análises estatísticas via o processo de amostragem. Não obstante, a pesquisa terá caráter exploratório, no sentido de obter maiores informações sobre determinado assunto, com a finalidade de também formular problemas e hipóteses para estudos posteriores. 
Por isso, os instrumentos de coleta de dados secundários utilizados nesta pesquisa serão, basicamente, os relatórios e pareceres emitidos pelos Bancos Centrais e Reservas Federais; informações publicadas em livros, jornais, revistas e sites da internet no que concerne as questões de cotações de moeda, as teorias monetárias que abarcam esta questão e as bases dados para as análises econométricas.
Nota-se, em face dos argumentos supracitados, que a pesquisa ora em apreço basear-se-á em extensa pesquisa bibliográfica sobre as temáticas abordadas em seu bojo, procurando por relações e indicações de caminhos a serem percorridos para a aproximação que busca entre diferentes áreas do conhecimento. 
Destarte, a presente pesquisa apresenta como base de dados as séries de cotações da moeda bitcoine de outras moedas, a saber: dólar, real, euro e libra. O período escolhido foi de 2008 à 2014, adotando 2008 como início da série temporal em virtude da criação do bitcoin neste ano. A série compreende os preços médios diários disponibilizados pela Quandl – uma plataforma de dados gratuita e de livre acesso, que contém as cotações das principais moedas do mundo –, além do próprio site do bitcoinque disponibiliza informações de cotações e os sites de investidores com livre acesso ADVFN e Investing. 
De acordo com Morettin e Toloi (2006) os principais objetivos de se analisar uma série temporal são: i) a descrição: que corresponde às propriedades da série como, por exemplo, o padrão de tendência, a existência de alterações estruturais, entre outras; ii) a explicação: que compreende a construção de modelos que permitam explicar o comportamento da série no período observado; iii) o controle de processos: como, por exemplo, controle estatístico de qualidade; e, por fim, iv) a previsão: que entende-se como a possibilidade de prever valores futuros com base em valores passados.
Ademais, uma das suposições mais recorrentes no que tange uma série temporal é de que ela é estacionária, pois ela se desenvolve no tempo aleatoriamente ao redor de uma média constante, refletindo, portanto, alguma forma de equilíbrio estável. Enveredando nesta senda, Stock e Watson (2004) propalam que para uma série de dados ser estacionária duas condições sinequa non devem ser respeitadas: suas variáveis não podem apresentar tendências e devem permanecer estáveis ao longo do tempo. Esta pedra angular das séries temporais – que as variáveis sejam estacionárias – é essencial para a previsão do futuro com base na regressão de séries temporais, corroborando com a premissa elementar de que o futuro se comportará de acordo com os eventos passados.
Com efeito, Morettin (2002) explica que as técnicas e modelos de previsão partem desse pressuposto e fundamentam-se na exploração da correlação temporal que pode existir entre os valores exibidos pela série. Há que sublinhar que quando há o envolvimento de apenas uma série de tempo, essas técnicas são classificadas como modelos paramétricos lineares univariados.
	Esta premissa elementar assumida serve de base então para os principais modelos de previsão de volatilidade e, conforme Gabe e Portugal (2004, p48), uma série de modelos podem ser utilizados para este fim e “muitas pesquisas têm sido publicadas na tentativa de determinar qual o estimador que prediz com maior eficiência a volatilidade dos mercados financeiros”. Apesar de quê os resultados não se mostram conclusivos, tendo em vista que os resultados finais dependem, basicamente, do modelo utilizado.
A rigor, compreende-se como volatilidade uma medidade dispersão do preço ao redor de seu valor esperado em um determinado período de tempo. Assim sendo, segundo Silveira (2008, p35), “é de extrema importância que os participantes do mercado consigam estimar a volatilidade para diferentes prazos – sejam eles diários, semanais, anuais, ou outros – para que o apreçamento de uma opção possa ser realizado de maneira acurada”. 
Por esses amplos a latos motivos supracitados, esta pesquisa tenciona analisar a volatilidade da moeda bitcoin, entre 2008 e 2014, utilizando de um modelo ARMA (1,2) e um modelo Heteroscedástico GARCH (1,1), pois através desta metodologia poder-se-á tecer considerações relevantes a respeito do comportamento de cotações desta nova moeda criptografada e fazer outras inferências gerais capazes de reforçar o quão importante se faz o uso da modelagem econométricacom relação as informações no tocante a possível oscilações de valorização ou desvalorização da moeda e como esta ferramenta pode auxiliar no processo de tomadas de decisões financeiras de investimento e atenuação do risco. 
4.1 Modelos Box-Jenkins (BJ)
Feitas tais considerações preliminares, pode-se transcender tais definições e observar que a metodologia de Box-Jenkins compreende um método sistemático de identificação, ajuste, checagem e uso de modelos ARMA (Auto RegressiveIntegretedMoving), e a utilização desses modelos ARMA é uma abordagem poderosa na solução de muitos problemas de previsão, porque é capaz de proporcionar previsões, exatas e acuradas de determinadas séries temporais.
Avançando nesta seara teórica, é possível esmiuçar o método desenvolvido por Box e Jenkins (1976) que consiste, basicamente, conforme Peixoto (2005, p.36) em quatro etapas:
Identificação: descobrir os valores apropriados de p e q. Para isso, utiliza-se o correlograma e o correlograma parcial para perceber em que períodos de defasagem existe mais correlação com a variável dependente ou de correlação entre as observações com k períodos de defasagem, ou seja, correlação entre Yt eYt−k e dos componentes de média móvel ut e ut−k.
Estimativa: superada a etapa de identificação pode-se estimar os parâmetros dos termos auto-regressivo e de média móvel incluídos no modelo, utilizando o método adequado. 
Checagem de diagnóstico: desse modo, após determinar um modelo ARMA em particular e estimar seus parâmetros, verifica-se se o modelo escolhido se ajusta aos dados. Por isso, alguns autores defendem que a modelagem ARMA de Box-Jenkins é mais “uma arte do que uma ciência”, devido ao fato de ser necessário ter considerável habilidade para escolher o modelo ARMA correto. Um teste simples do modelo escolhido é ver se os resíduos estimados desse modelo são ruídos brancos; se são, pode-se aceitar o ajuste específico; caso contrário, deve-se reiniciar o processo. Dessa maneira, a metodologia de BJ demonstra ser um processo iterativo.
Previsão: Em muitos casos, as previsões obtidas com esse método são mais confiáveis do que as obtidas com a modelagem econométrica tradicional, especialmente para previsões a curto prazo. Naturalmente, é preciso checar cada caso em particular.
Uma intervenção pertinente sustentada por Sáfadi (2004) é que para a aplicação dos modelos de Box e Jenkins a série temporal pesquisada deve ser estacionária, ou seja, não apresentar tendência ou sazonalidade. Ademais, impende registrar neste ponto que dentre as mais variadas classes de modelos propostos por Box e Jenkins (1976), este artigo focalizará somente o método ARMA. 
4.2 Modelo ARMA (p,q)
De acordo com Nelson (1973) , o modelo ARMA pode ser denotado por:
Geralmente, este tipo de modelo é usado para poucos parâmetros, onde até mesmo um AR ou MA puro atenda os requisitos das séries. Para entendimento deste modelo, tomemos como exemplo um modelo geral ARMA(1,1). De acordo com as premissas matemáticas de Nelson (1973), tem-se:
que pode ser reformulado por um processo puro de média móvel expresso por:
Se o modelo for estacionário, a soma dos coeficientes deve convergir, então exige-se que , como no caso do modelo AR(1).
A função de autocorrelação do modelo ARMA(1,1) poderá ser dada por:
para j > 1.
Finalmente, a função de autocorrelaçãodo ARMA(p,q) apresenta aspectos da função MA(q) para as defasagens j < q, em decorrência da memória do componente de médias móveis durar apenas q períodos. Já, se as defasagens forem maiores que j + 1, os aspectos são idênticos aos de um modelo AR(p).
Portanto, o ARMA(1,1) é um modelo de média móvel com ordem infinita, Nelson (1973) recomenda que se deva aproximá-lo com um processo MA de ordem finita, acrescentando coeficientes pontuais onde o termo , torna-se menor que algumas porções arbitradas. 
4.3 Modelagem para os resíduos - GARCH
Como o modelo ARMA, desenvolvido por Box e Jenkins (1976) não consegue manter a variância do erro constante ao longo do tempo, Engle (1982), desenvolveu o modelo AutoregressiveConditionalHeterocedasticity (ARCH), que introduz a variância condicional do erro determinada pela defasagem dos erros quadrados. 
Em seguida, de acordo com Alexander (2002) e Brooks (2000), Bollerslev (1986) generalizou o tratamento da variância condicional por meio do modelo designado GeneralizedAutoregressiveConditionalHeteroskedasticity (GARCH), no qual a variância condicional em um determinado tempo “t” depende não apenas dos erros de previsão observados no passado, mas também das variâncias condicionadas observadas no passado. Nos anos que se seguiram, várias variantes dos modelos ARCH e GARCH foram desenvolvidas e aplicadas a fim de explicar o comportamento de diversos ativos, apresentando, em alguns casos, complexidades matemáticas e, em outras situações, simplificações. 
Tendo em conta que o modelo ARCH (q), precisa de muitos parâmetros para ajustamentos, Bollerslev (1986), com o intuito de reduzir esse problema, sugeriu um modelo mais parcimonioso, denominado modelo GARCH (GeneralizedAutoregressiveConditionalHetoreskedasticity). Desta forma no modelo GARCH (p, q), em que p representa a ordem ARCH e que q a ordem GARCH, a equação da variância passa a ser:
em que é a variância condicional, o termo de intercepto, o erro aleatório e a variância. Swaray (2002) mostra que, ao incluir variâncias condicionais defasadas no modelo pode-se conseguir capturar a aprendizagem adaptativa. A soma dos parâmetros e mede a persistência do choque que quando mais próximo de um mais teve um choque leva para se dissipar.
A presente pesquisa apresenta-se como um estudo exploratório de cunho quantitativo e com abordagem econométrica. A base de dados escolhida foi as séries de preços dos principais estados produtores de trigo no Brasil. Os dados foram selecionados em virtude do destaque de períodos de safras e entressafras dos anos de 2004 a 2013. A série é composta pelos preços médios mensais do trigo dos estados do RS e do PR disponibilizados pelo CEPEA/ESALQ/USP.
Teste da raiz unitária
O teste de Dickey-Fuller (ADF) é aplicado através da realização da estimação da seguinte equação por mínimos quadrados ordinários (MQO):
, onde: e 
A hipótese nula é a de que existe uma raiz unitária, ou seja, que p= 1. Entretanto, a representação mais comum é dada pela subtração de em ambos os lados da equação expressa em função do MQO. Logo:
		
em que: , e ruído branco. Com a hipótese nula, a equação, é apresenta por: e .
Todavia, não se pode usar os tradicionais testes t e F para avaliar a hipótese de existência de raiz unitária. Deste modo, Dickey e Fuller (1979), por meio de experimentos de Monte Carlo, obtiveram os valores críticos que permitiram testar esta hipótese. Dessa forma, o procedimento adequado é comparar a estatística t referente a sob a hipótese nula com os valores críticos tabulados por Dickey e Fuller. A não-rejeição da hipótese nula indica a presença de uma raiz unitária, ou seja, a série é integrada de ordem 1 {I (1)}.
É importante salientar que, através de um p elevado, pode reduzir de modo drástico o poder do teste ADF, dado o fato de que dois graus de liberdadesão perdidos a cada defasagem adicional introduzida no modelo (um grau de liberdade para o novo elemento estimado e outro para a perda de observações iniciais). Por toda a argumentação exposta anteriormente, recomenda-se este procedimento em conjunto com o teste de Phillips-Perron (1988). Para maior detalhamento de tais testes são recomendados os estudos de Dickey e Fuller (1979) e Campbell e Perron (1991).
Análise de Cointegração (Equilíbrio de Longo Prazo)
De acordo com Engle e Granger (1987):
Se as variáveis de um conjunto de séries temporais não são estacionárias de ordem um, I(1), mas se uma série temporal que é estacionária de ordem zero, I(0), pode ser gerada através de combinações lineares daquelas variáveis, as variáveis serão consideradas cointegradas. Engle e Granger interpretam esta combinação linear como um equilíbrio de longo prazo e revelaram que a cointegração implica que este equilíbrio de longo prazo se sustente, apesar das séries temporais apresentarem componentes de curto prazo com especificações dinâmicas e flexíveis. (ENGLE; GRANGER, 1987)
As séries financeiras apresentam características de não estacionariedade, como a grande maioria das variáveis econômicas, exigindo a diferenciação de pelo menos a primeira ordem, de modo a induzir à estacionariedade, tornando-as integradas de ordem zero, ou seja, I(0).
Durante o processo de transformação das variáveis, para a estacionariedade, perdem-se consequentemente, todas as relações de longo prazo sugeridas pela teoria econômica. Uma possível solução para referido problema é a utilização do modelo de mecanismo de correção de erro desenvolvido por Engle e Granger (1987) e aprimorado por Johansen (1988), que compensa as relações perdidas com diferenciação.
O teste de cointegração é um procedimento bastante utilizado e difundido para analisar relações de longo prazo entre variáveis. O requisito básico para a realização do teste de cointegração é que as variáveis sejam estacionárias e integradas de mesma ordem. Deste modo, se faz necessária a realização de testes de raiz unitária nas séries de preços para definir a ordem de integração entre as variáveis (diferença do tipo , onde é o valor da variável x percebido no instante t e é o valor percebido no tempo t-1).
Para previsões e estudo de cointegração, utilizam-se diversos modelos, mas para Wooldridge (2010), tem mais sentido fazer previsões utilizando um modelo que dependa somente de valores defasados de y e z, pois isto economizará uma etapa extra de ter de fazer a previsão de uma variável do lado direito da equação ante da previsão de y. Para tal raciocínio, o autor apresenta o VAR como:
eE(, em que contenha y e z datadas no instante t-1e em instantes anteriores. 
Deste modo, a previsão de no instante t é , mas se os parâmetros forem conhecidos, pode-se utilizar simplesmente os valores de e . É natural que no modelo, possam ser incorporadas mais defasagens de y ou z e outras defasagens de outras variáveis, principalmente em se tratando de previsão com metodologia de um passo à frente. 
Importante lembrar que alguns requisitos são necessários antes de se manipular e estimar o VAR. Dentre os principais, destacam-se a checagem das condições de estabilidade do sistema (com a realização de testes de estacionariedade) e dos testes de estabilidade estrutural.
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS
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