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Prof (a) Luciana Debortoli de Carvalho FISIOLOGIA CICLO SONO E VIGÍLIA Cronobiologia: disciplina que estuda os ritmos biológicos Ritmos a) Circadianos: vigília-sono (periodicidade em torno de 24h) b) Infradianos: batimento cardíaco (periodicidade < 24h) c) Ultradianos: ciclo menstrual, ciclo das marés (periodicidade > 24h) Marcapassos: osciladores primários, que exibem ritmicidade geneticamente determinada, auto-sustentada, endógena, mesmo na ausência de pistas temporais externas (= relógio biológico). EX: pessoas mantidas em cavernas por períodos de várias semanas ou meses continuam dormindo e acordando com uma periodicidade de aproximadamente 25h! Ritmos Biológicos Vias eferentes Vias aferentes Temporizador externo Claro-escuro Duração do fotoperíodo Temporizador interno Relógio biológico SNC Relógio Biológico Trato retino- hipotalâmico Núcleo- supraquiasmático (HIPOTÁLAMO) Outras áreas do SNC Órgãos efetuadores Ritmos circadianos Órgão fotossensível Glândula Pineal Ritmos infradianos ZEITGEBERS (do alemao zeit "tempo" e geber "doador") é um termo científico para se referir a elementos chave ambiental capazes de regular um ciclo de relógio biológico AFERÊNCIAS Retina (Trato retino-hipotalamico) EFERÊNCIAS Outros núcleos do hipotálamo Tálamo Mecanismos neurais da ritmicidade Núcleo supraquiasmatico (NSQ) : Relógio biológico O NSQ cicla mesmo quando as conexões neurais são eliminadas ou quando os núcleos são mantidos em cultura e possui um ritmo próprio. Porem pode se sincronizar aos ritmos ambientais externos como as oscilações fotoperiodicas. Lesão no NSQ: abole o ciclo vigília-sono e vários outros ritmos Glândula pineal: sintetiza e libera a melatonina Durante o dia, a retina estimula o NSQ cujos neurônios são inibitórios. Como conseqüência, os neurônios do núcleo paraventricular deixam de estimular os neurônios pré-ganglionares simpáticos da medula e a produção de melatonina é baixa durante o dia (ou quando o fotoperiodo é longo). A noite, acontece o contrário e a concentração de melatonina aumenta. O seu aumento induz o sono. GÂNGLIO CERVICAL SUPERIOR (neurônio pós-ganglionar) MEDULA TORACICA Coluna intermédio lateral (neurônio pre-ganglionar) HIPOTÁLAMO NSQ N. paraventricular RETINA Trato retinohipotlamico EPITÁLAMO Melatonina pré-ganglionar N. paraventricular Gl. pineal SNA simpático NSQ RETINA HIPOTÁLAMO pós-ganglionar - - + + Indução do sono Diminuição do efeito inibitório do NSQ Diminuição da luz Liberação do SNA simpático + + Por que dormimos? - Não sabemos direito mas a sua privação causa muitos transtornos. O que é sono? - Perda reversível do estado de consciência - Estado de limiar reduzido aos estímulos ambientais, postura estenotipada (deitado e de olhos fechados) e período de reduzida atividade motora - Experiências oníricas = sonho Caracterização do sono 1) Comportamento 2) Atividade cerebral (Eletroencefalograma – EEG) 3) Atividade muscular (Eletromiograma – EMG) 4) Movimentos oculares (eletro-oculograma – EOG) 5) Atividades viscerais (FC, Pa, FR, etc) Ciclo vigília-sono Não dormir ou dormir mal: dificuldades para realizar atividades cognitivas Medicina do trabalho Características dos neurônios - Origem no tronco encefálico; - Cada neurônio influencia uma grande quantidade de células pós-sinápticas em diferentes regiões do SNC - Os NT são liberados no fluido extracelular ao invés de numa fenda sináptica; - Os receptores dos NT são metabotrópicos - A velocidade de transmissão nervosa é muito baixa. Sistema de modulação difuso Quando dormimos somos “desligados” de uma vez. E quando acordamos também. Haverá um sistema geral atenuador/ativador do córtex? Projeção: Cortez cerebral, tálamo, hipotálamo; bulbo olfatório; cerebelo, mesencefalo e medula espinhal Envolvido com: Atenção seletiva Ciclo sono-vigília Memória Estados emocionais Projeção: Bulbo e medula (analgesia endógena) Córtex cerebral, tálamo, hipotálamo, núcleos basais e cerebelo Envolvido com: Atenção seletiva Induz o sono e está envolvido com os sonhos Estados emocionais LESÃO: insônia permanente SISTEMA DE MODULAÇÃO DIFUSO Área septal para o Hipocampo Atenção Seletiva; Memória e Aprendizagem Núcleos de Meynert para o Neocórtex Alzheimer: degeneração Área tegmentar lateral para o Tálamo Dorsal Regulação da excitabilidade talâmica Substancia Negra para o Corpo Estriado Facilitação na iniciação dos movimentos voluntários Área Tegmentar Ventral (FOR) para o Sistema Límbico e Córtex pré-frontal Circuitos de reforço comportamental Esquizofrenia: hiperatividade dopaminérgica Parkinson: degeneração substância negra SISTEMA DE MODULAÇÃO DIFUSO NEUROTRANSMISSORES QUE INFLUENCIARÃO O SONO QUER ESTIMULANDO OU INIBINDO ESSE PROCESSO. Serotonina (5HT) A serotonina é reguladadora do SL(sono de ondas lentas ou sono lento) e os núcleos que a contém são os núcleos da rafe e sua lesão induz a insônia. A atividade nesse núcleo diminui conforme o sono se instala sendo reduzida a 50% no SL e 10% no sono REM. Entendendo como a serotonina funciona podemos obter medicamentos que irão interferir no seu mecanismo como o PCPA( paraclorofenilalanina) que impede a síntese de 5HT. A administração de PCPA causa uma insônia que regride totalmente após o décimo dia de tratamento .Essa observação nos leva a concluir que a serotonina atua indiretamente na regulação do sono. Serotonina (5HT) Duas hipóteses surgiram para explicar essa regulação indireta, a primeira seria que e serotonina facilita a síntese e liberação de fatores indutores do sono, a segunda seria a participação desse neurotransmissor na regulação do sistema sensorial e motor. A 5HT diminuiria a reatividade aos estímulos externos permitindo que o cérebro seja mais facilmente modulado por fatores indutores do sono. Noradrenalina(NA) A noradrenalina estimula o sono REM, logo a destruição do locus ceruleus (local de maior produção dessa substância) ou a administração de drogas supressores de NA levam ao aumento do SP (REM).) Acetilcolina ( ACh) A acetilcolina tem papel modulador do sono REM. Acredita-se que a região que comanda a liberação de Ach é a formação reticular (FRP) em especial o campo tegmental gigantocelular (FRG) que apresenta aumento na liberação de acetilcolina durante o Sono REM, esse incremento também ocorre no estriato e no córtex. Glutamato: Administrado na área pontina dorsal reduz o sono REM e libera ACh nessa região. Àcido gama- aminobutiírico(GABA): É um neurotransmissor inibitório liberado em maior quantidade no sono REM na região mesopontínea. Altas doses de um fármaco GABAérgico levam a redução do Sono Lento sem alterar o sono REM e aumento da vigília. Quando administrado na região pré- ótica produz insônia e na região do hipotálamo posterior aumenta o sono REM. Alterações do estado de consciência CONSCIÊNCIA: capacidade de reconhecimento da realidade externa e interna e a capacidade de responder aos estímulos: refere-se ao grau de vigília que se encontra uma pessoa. ALTERAÇÕES DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA •Coma: estado em que não épossível despertar uma pessoa mesmo com fortes estímulos. •Estupor: estado em que apenas estímulos externos vigorosos e diretos são capazes de despertar o paciente. •Confusão/Obnubilação: compreensão inadequada das impressões exteriores, com perplexidade e prejuízos de atenção e orientação; é estar "sonolento". •Hiperalerta: estado de hiperatividade autonômica e respostas exageradas (causadas por uso de drogas (anfetaminas, cocaína), abstinência (benzodiazepínicos), ou estresse pós-traumático. ELETROENCEFALOGRAFIA (EEG) O EEG revela a atividade elétrica cerebral resultante de populações de neurônios corticais em atividade em função do tempo. Dois eletrodos pareados na superfície do couro cabeludo captam essa atividade elétrica. ELETROENCEFALOGRAFIA (EEG) Tipos de ondas EEG Durante a vigília o EEG apresenta ritmos de ondas dessincronizadas e bastante rápidas. Ritmo : Ondas de baixa amplitude e freqüência entre 8-13Hz. Rítmo : Ondas de amplitude mais baixa de maior freqüência (14Hz) Quando começamos adormecer os ritmos EEG alteram-se profundamente, apresentando 4 estágios distintos. Acordado de olhos fechados Olhos abertos O sono tem dois estados: a) SONO ondas lentas ou não REM b) SONO REM O sono Não-REM apresenta 4 estágios, durante os quais as ondas se tornam cada vez mais lentas e aumentam a amplitude. O EEG se torna sincronizado e a profundidade do sono aumenta. O sono REM é um tipo de sono onde EEG fica dessicronizado e ocorre movimentos rápidos dos olhos (rapid eyes movements). Tipos e estágios do Sono Numa noite de sono (8horas), passamos por ciclos de sono que se repetem umas 5 vezes. Entre a fase IV e a I ocorre o sono REM. A medida que o sono chega ao fim, a profundidade diminui e a duração do sono REM aumenta. Total de Sono Estagio I: 4 a 5% Estagio II: 45 a 55% Estagio III: 4 a 6 % Estagio IV: 12 a 15% Além das alterações cíclicas do EEG ocorrem oscilações viscerais e somáticas, particularmente durante os episódios de sono REM. Aumento dos movimentos oculares a) Atonia muscular b) Aumento da freqüência cardíaca c) Aumento na freqüência respiratória d) Ereção peniana VIGILIA: Predominam as ondas ESTÁGIO 1 (5 min) Predomina as ondas ; Responde a perguntas mas não se lembra do que disse ou ouviu; quando estimulado, desperta com sobressalto ESTÁGIO 2 (10 a 20min) Surgem os fusos e os complexos K ESTÁGIO 3: Fusos interrompidos por ondas d ESTÁGIO 4: Sono profundo Predominam as ondas δ; redução do tônus cervical Ambos somam 20 a 40 min) SONO REM (5 a 15 min) Sono com sonhos O EEG e o EOG se assemelham da vigília FERNANDES RMF. O Sono Normal. Medicina (Ribeirão Preto) 2006; 39(2): 157-168. FERNANDES RMF. O Sono Normal. Medicina (Ribeirão Preto) 2006; 39(2): 157-168. Resumo dos mecanismos celulares que governam o sono e vigília. Neurônios talâmicos 1. VIGÍLIA - altamente excitáveis (Glu) - modo de transmissão continuo - EEG: ondas dessincronizadas 2. SONO - inexcitáveis (GABA) mas os canais de Ca++ sensíveis à hiperpolarizaçâo se abrem - modo em salvas de PA - EEG: ondas sincronizadas 1 2 O sono envolve uma interação de padrões entre o tálamo e o córtex. O tálamo A atividade talâmica é regulada pelo sistema de modulação difuso A estimulação glutamatérgica nos neurônios talâmicos geram PA em modo continuo, conforme a atividade da via aferente. os neurônios corticais estão em franca atividade arrítmica; EEG desssincronizado NGL Córtex Glu + Vias aferentes Núcleo Geniculado lateral= NGL A estimulação gabaergica do núcleo reticular do tálamo causam salvas de PA. Os neurônios corticais passam a exibir ritmos sincronizadas. EEG sincronizado NGL Córtex Gaba - Núcleo reticular Núcleo Geniculado lateral= NGL Sono não REM O que causa o sono REM? • Atividades do núcleo da formação reticular pontina (N. reticular pontino oral e caudal), pois sua destruição abole o sono REM e estão em atividade durante o sono REM • Dispara em salvas e quando isso acontece os núcleos tálamo- corticais disparam em modo de transmissão dessincronizando o EEG (ondas PGO ou ponto-geniculo-occipitais). • São controladas por aferências colinérgicas e aminérgicas (5-HT e Dopamina) que se silenciam durante os estágios do sono. No sono REM predomina um aferencias colinergicas. Mecanismos neurais do Sono REM Lócus ceruleus (Nor) REM off Núcleos da Rafe (5HT) REM off Núcleo reticular pontino ACh REM On Tálamo Córtex Cerebral PA em salvas Modo de transmissão Sono REM EEG de ondas rápidas Ach Nor 5HT REM REM REM REM REM Como despertamos? • Estimulação das vias sensoriais aferentes com maior intensidade, ativando o SARA Sistema ativador reticular ascendente (SARA). Localizado principalmente no mesencéfalo, está envolvido em processos como o ciclo sono-vigília e a filtragem de estímulos sensoriais para discriminar entre estímulos relevantes e estímulos irrelevantes. Atividade aumentada do locus ceruleus durante a transição sono REM e a vigília, dessincronizando ainda mais o EEG. (Sono REM) Sistema Límbico Controle Emocional e Emoções primárias relacionadas com as necessidades imediatas como alimentação (fome/saciedade), obtenção de água (sede), sexo (libido), fugir do predador ou outra ameaça (medo), defender os filhotes (ira/agressão),etc. Geram comportamentos motivados Emoções secundárias. estados mais discriminativos e complexos como ansiedade, satisfação, prazer, amor, familiaridade e uma miríade de sentimentos mais subjetivos. Comportamento emocional: conjunto de reações frente a uma sensação Envolve Cognição (a percepção consciente das sensações) Afeto (percepção de si e dos outros) Motivação (o desejo de agir) Alterações somáticas e viscerais (expressão) IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e no extremo, o ódio e a violência patológicos. TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e quando patológico, a depressão profunda, MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e como psicopatologia, a fobia e o pânico. PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e no extremo a mania. AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão. SURPRESA: choque, espanto, pasmo, maravilha NOJO: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa VERGONHA: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, arrependimento, mortificação e constrição Classificação dos estados emocionais Expressões somáticas e viscerais Quando trememos, suamos, aumentamos a FC, etc, sentimos medo Sensações que experimentamos “Nós sentimos medo e por isso trememos, a FC aumenta, suamos diante da serpente, etc Estou com hipoglicemia e muita fomeEstou nervoso. É meu primeiro encontro.. Estou com medo. Nunca viajei de avião.. O que são as emoções? Ficar ansioso, tremer e suar por vários motivos Órgãos efetuadores das expressões emocionais Órgãos viscerais Musculatura esquelética Núcleos motores viscerais - lacrimejamento, - vocalização, - sudorese, - mudanças hemodinâmicas , - mudanças no ritmo respiratório, - salivação, deglutição, vômito, mastigação, etc. Núcleos motores somáticos - Expressão verbal - Expressão facial - Expressão gestual Sistema endócrino Sistema imune Lutar ou Fugir ???? Medo Agressão Piloereçâo Taquipnéia Taquicardia Pressâo arterial Midríase Defecaçâo TGI Vocalização Cauda abaixada Tronco curvado Síntese e secreção de hormônios Piloereçâo Taquipnéia Taquicardia Pressão arterial Midríase Vocalização Cauda elevada Tronco ereto Respostas Viscerais Respostas Somáticas Respostas Endócrinas Os comportamentos de sobrevivência são motivados. Há vantagem nisso? Neuroanatomia das emoções Sistema nervoso periférico SNA Sistema motor somático Sistema nervoso central Áreas corticais Estruturas subcorticais Hipotálamo Amígdala Réptil Mamífero primitivo Primata humano Teoria de Paul Maclean Teoria do cérebro trino Discute o fato de que nós, humanos/primatas, temos o cérebro dividido em três unidades funcionais diferentes. Cada uma dessas unidades representa um extrato evolutivo do sistema nervoso dos vertebrados. REPTIL Estímulos ambientais Comportamento de sobrevivência Hipotálamo + Tronco encefálico Estímulos ambientais Sistema Límbico Comportamento de sobrevivência MAMIFERO PRIMITIVO EMOÇÕES: aumentou a eficiência dos mecanismos de sobrevivência Medo ou prazer Estímulos sensoriais específicos Comportamento de sobrevivência Estímulos ambientais PRIMATAS (humano) RACIONALIZACAO (Cultura) + emoções Neocórtex Sistema Límbico Medo ou prazer Livre arbítrio Planejamento Decisão, etc Fronteira das regiões basais do cérebro, Circuito neuronal que controla o comportamento emotivo e motivacional, Hipotálamo grande importância, Temperatura corporal, osmolalidade de fluídos, comer, beber, e controle de peso – funções vegetativas. Sistema Límbico Estruturas relacionadas com sensações afetivas Agradável e desagradável Qualidade afetivas – recompensa ou punição (satisfação ou aversão) Núcleos Lateral e ventromedial do hipotálamo – centro de recompensa Sistema Límbico Papez demonstrou que diferentes porções do sistema límbico estavam unidas e coordenadas entre si, formando um circuito, o qual incluía o córtex cingulado, o hipocampo, o hipotálamo e os núcleos anteriores do tálamo. CIRCUITO DE PAPEZ Primeiro modelo sobre o circuito neural das EMOÇÕES Regiões corticais e subcorticais Hipotálamo Giro do Cíngulo HIPOCAMPO Tálamo Anterior Neocórtex Riqueza Emocional Experiência Emocional Expressão visceral da emoção Aferências sensoriais CIRCUITO BÁSICO DAS EMOÇÕES Ampliação do Circuito de Papez Botão de disparo das experiências emocionais Consolidação da memória (emocional) Experiência subjetiva Expressão visceral das emoções SNA e sistema endócrino Experiência objetiva Controla funções vegetativas: Pressão arterial Sede e conservação de água Apetite e gasto de energia Regulação da temperatura Controle endócrino Hipotálamo Hipotálamo Hipotálamo •“Janela” do sistema límbico, •Recebe inervação do neocortex dos lobos temporal, occipital e parietal (grupo basolateral). •Transmite sinais para essas áreas e hipocampo (grupo central). •Ligada a emoções negativas (como medo) ou positivas. Amígdala •Conexões com estruturas basais do sistema límbico (amígdala, hipotálamo, área septal e corpos mamilares). •Experiências sensoriais o ativam e enviam informação para tálamo e hipotálamo (fórnix). •Transformação da memória a curto prazo em memória a longo prazo. Hipocampo Regulação dos processos emocionais e motivacionais Corpo amigdalóide -Agressividade, medo -Fome, sexo -Manifestações viscerais: midríase, taquicardia Área septal Raiva (“raiva septal”), prazer Sede Manifestações viscerais: PA, ritmo respiratório Regulação dos processos emocionais e motivacionais Giro do cíngulo Domesticação Hipocampo Agressividade Medo: tem causas objetivas e definidas Ansiedade: tem causas subjetivas MEDO e ANSIEDADE: tem raízes nas reações de defesa dos animais. Quando o seu bem estar ou a integridade física ou a própria sobrevivência são ameaçados, o organismo reage comportamental e neurovegetativamente expressando a reação de medo. Estímulos: predador natural, agressor da mesma espécie ou estímulos condicionados. Se a ameaça é apenas potencial (incerto) e não real, então causa ansiedade. O ser humano experimenta essas sensações, mas com um colorido diferente: depende da experiência cognitiva do que é o perigo real e potencial . Medo e Ansiedade AMIGDALA discrimina estímulos associados ao medo e alerta o organismo; disparador do medo e ansiedade LESAO BILATERAL DA AMIGADALA MUDANÇAS EMOCIONAIS - Ignora as expressões de medo e de ira nas outras pessoas - Diminui a agressividade - Não sente medo ou ansiedade - Mas preserva o reconhecimento de sentimentos como alegria, prazer Percepção consciente Percepção subconsciente A amigdala recebe aferências de todo o neocortex, do giro do cíngulo e do hipocampo. :: INTEGRAÇAO :: AMIGDALA Núcleos Centrais Estímulos nocivos primários (inatos) Estímulos nocivos condicionados (aprendidos) Destino Estimulação da amigdala Expressões somáticas e viscerais Hipotálamo lateral Ativação simpática Taquicardia, dilatação pupilar, piloereçao, aumento da pressão sanguínea, etc N. motor dorsal do vago N. ambíguo Ativação parassimpática Micção, defecação, bradicardia N. parabraquial Ativação parassimpática Ofegar, respiração agonizante Área tegmentar ventral Lócus coeruleus N. tegmentar lateral dorsal Dopamina Noradrenalina acetilcolina Vigília e atenção aumentadas Aumento da freqüência do EEG N. reticulares pontinos Reflexos segmentares facilitados Limiar reduzido PAG Freenzing Congelamento, respostas emocionais condicionadas N. motores facial N. motores do trigêmeo Abertura da boca Movimentos mandibulares Expressão facial de medo N. Paraventriculares do hipotálamo Liberação de ACTH Liberação de cortisol A amigdala possui várias eferências Condicionamento Som + choque Som + choque O rato exibe reação de medo e ansiedade O rato exibe reação de medo e ansiedade Som sem choque O rato exibe reação de medo e ansiedade As reações emocionais de medo (e de ira) pode ser condicionado (aprendido) porque a amigdala responde pela aprendizagem afetiva. O Sistema Límbico tem a função psíquica de avaliação da situação, dos fatos e eventos de vida e realizar a integração do sistemas nervoso,endócrino e imunológico. A avaliação afetiva das coisas depende da experiência vivida, as circunstâncias atuais e as normas culturais. Mecanismo neural da aprendizagem afetiva Conclusão: a amigdala regula a expressão do medo e agressão diante dos estímulos ambientais. Funciona como um botão de disparo das emoções. N. córtico medial Comportamento de medo condicionado som Síndrome de Kluver-Bucy LESAO DO LOBO TEMPORAL, incluindo a remoção da amigdala, giro-parahipocampal e hipocampo - AGONOSIA VISUAL: incapacidade de reconhecer objetos familiares. - HIPERORALIDADE E PERVERSÃO DO APETITE: levar à boca qualquer objeto indiscriminadamente e ingerí-lo. - COMPORTAMENTO SEXUAL ALTERADO: masturbação e hiperatividade sexual - MUDANÇAS EMOCIONAIS: não tinham medo de mais nada, mesmo aos predadores naturais e inexpressividade emocional tanto facial como vocal. Formas de agressão Agressão predatória Ataques dirigidos a membros de outras espécies com o propósito de obter alimento. EXPRESSAO VISCERAL pouco evidente EXPRESSAO SOMATICA golpes rápidos e mortais precisamente dirigidos. Agressão interespecifica Ataques dirigidos a membros da própria espécie em contextos de competição por recursos. EXPRESSAO VISCERAL ativação simpática generalizada EXPRESSAO SOMATICA expressão somática cheia de mensagens (abaixamento de orelha, vocalizações, expressões faciais, etc) Ira e Agressão; Hipotálamo e Agressão Agressão afetiva Agressão predatória Agressão predatória Agressão afetiva Tegmento ventral Hipotálamo lateral núcleo Cortico medial PAG Hipotálamo ventromedial núcleo basolateral - Córtex pre- frontal O rato que se auto-estimulava até a exaustão, deixando de comer e dormir... Hipotálamo lateral Área septal Área tegmentar ventral Ponte dorsal Feixe prosencefálico medial Olds e Milner PRAZER • Recompensa e reforço Circuito de recompensa cerebral Prazer = Recompensa Motiva a repetição do ato que causa o prazer Área tegmentar Ventral (PAG) N. acumbens Córtex pré-frontal DA DA Locais onde o rato realiza auto-estimulaçao • BERNE RME, LEVY MN. Fisiologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 6ª ed.,2009. • GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2011. • Bear M. F ; Barry Connors W; Paradiso M. A. Neurociências: desvendando o sistema nervoso; 3.ed. - Porto Alegre, Artmed, 2008 Bibliografia
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