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PORT PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO ARIANE 1

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ARIANE SOARES ROBERTI 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE PORTIFÓLIO
 
 
 
 
 
 
 
ARIANE SOARES ROBERTI - RA: 8059209 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE PORTIFÓLIO 
 
 
 
Centro Universitário Claretiano 
Licenciatura em Geografia 
Psicologia da Educação 
Eliane Aparecida Piza Candido
VITÓRIA-ES 
2018 
 
 
Centro Universitário Claretiano 
 
Eliane Aparecida Piza Candido 
A Teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget e suas implicações para o ensino e 
aprendizagem. 
Ariane Roberti* 
INTRODUÇÃO 
Jean Piaget (1896-1980) psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho 
pioneiro no campo da inteligência infantil passou grande parte de sua carreira 
profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio. Piaget 
combinou a psicologia experimental, que é um estudo formal e sistemático, com 
métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes, e notou 
que crianças da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu 
que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente, assim revolucionou as 
concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo. Sua pesquisa não foi 
direcionada para educação e o ensino, mas em como as crianças adquirem 
conhecimento e se desenvolve intelectualmente, dando assim, informações relevantes 
para a educação das mesmas. 
DESENVOLVIMENTO 
As pesquisas de Piaget tinham o objetivo de entender como o conhecimento 
evolui. Ele desenvolveu diversos campos de estudos científicos: A psicologia do 
desenvolvimento, área de conhecimento da psicologia que estuda o desenvolvimento do 
ser humano em todos os seus aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e 
social – desde o nascimento até a idade adulta. A teoria cognitiva e ou teoria piagetiana, 
que considera a inteligência como resultado de uma adaptação biológica, aonde o 
organismo procura o equilíbrio entre assimilação e acomodação para organizar o 
pensamento. O que determina o que o sujeito é capaz de fazer em cada fase do seu 
desenvolvimento é o equilíbrio correspondente a cada nível mental atingido, dando 
origem à epistemologia genética. A epistemologia genética defende que o indivíduo 
passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida e que o 
desenvolvimento é observado pela sobreposição do equilíbrio entre a assimilação e a 
acomodação, resultando em adaptação. Assim, nesta formulação, o ser humano assimila 
os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não 
está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. O processo de 
modificação de si próprio é chamado de acomodação. 
Nenhum conhecimento chega do exterior sem que sofra alguma alteração pelo 
indivíduo, sendo que tudo o que se aprende é influenciado por aquilo que já havia sido 
aprendido. A assimilação ocorre quando a informação é incorporada às estruturas já pré-
existentes nessa dinâmica estrutura cognitiva, enquanto que a adaptação ocorre quando 
o organismo se modifica de alguma maneira de modo a incorporar dinamicamente a 
nova informação. 
A teoria de Piaget não é uma teoria de aprendizagem e sim uma teoria de 
desenvolvimento mental. Suas propostas configuram uma teoria construtivista do 
desenvolvimento cognitivo humano. O núcleo, conceito chave da teoria cognitiva está 
no mecanismo da assimilação, da acomodação e da equilibração. 
“A mente, sendo uma estrutura “cognitiva” que processa por percepção, e tende 
a funcionar em equilíbrio, o que aumenta seu grau de organização interna e de 
adaptação ao meio. Entretanto, quando este equilíbrio é afetado por experiências não-
assimiláveis, a mente tende a se reestruturar, criando novos esquemas de assimilação a 
fim de acomodá-los, atingindo assim novamente o equilíbrio, a este processo 
reequilibrador, Piaget chama de equilibração majorante, que é o fator preponderante na 
evolução, no desenvolvimento mental e na aprendizagem, pois gera o aumento de 
conhecimento da criança.” 
Seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e 
Pedagogia. Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não 
raciocinam como os adultos. Esta descoberta levou Piaget a recomendar aos adultos que 
adotassem uma abordagem educacional diferente ao lidar com crianças. Ele modificou a 
teoria pedagógica tradicional que, até então, afirmava que a mente de uma criança é 
vazia, esperando ser preenchida por conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são 
as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas 
teorias sobre o mundo. Ele forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como 
base de muitas linhas educacionais atuais. 
CONCLUSÃO 
Piaget não enfatiza o conceito de aprendizagem, mas menciona o termo 
"aumento do conhecimento" e que a aprendizagem o só ocorre quando há o aumento de 
conhecimento, ou seja, quando o esquema de assimilação sofre acomodação. E que o 
mecanismo de aprender é sua capacidade de reestruturar-se mentalmente em busca de 
um novo equilíbrio. O ensino deve ativar tal mecanismo, criando desafios para que o 
aluno se “des”construa (não assimilação), e possa se reconstruir, adquirindo o aumento 
do conhecimento. Não podemos apenas reduzir sua teoria há um conjunto de 
procedimentos operacionais, pois ela é uma é uma perspectiva sobre a qual devemos 
refletir, a fim de que nós docentes possamos utilizá-la como instrumento auxiliar na 
compreensão dos alunos. O professor deixa de ser um mero transmissor de 
conhecimentos e passa a proporcionar ambiente de aprendizagem que conduza o aluno 
ao processo de conhecimento de forma autônoma, partindo de situações da realidade do 
educando, daquilo que eles já conhecem para o desconhecido. A contribuição de Piaget 
para a Educação é um convite a observar os alunos e o fato de que nem todos assimilam 
os conteúdos ao mesmo tempo e da mesma maneira. O docente instiga o aluno a buscar 
respostas, realizando seu planejamento baseado nos conhecimentos prévios de cada um, 
organizando as situações para os alunos aprenderem, intervindo quando necessário, pois 
o que serve para uma criança não necessariamente serve para outra. Essas intervenções 
são essenciais para que os alunos justifiquem o que fazem, reflitam sobre os caminhos 
trilhados e aprendam cada vez mais. O professor construtivista entende que o aprendiz 
sempre sabe alguma coisa e pode usar esse conhecimento para seguir aprendendo, 
assim, ele compreende melhor seu aluno e planeja aulas melhores. 
REFERÊNCIAS: 
PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. 4ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 
2012. 
MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995. 
GOULART, Iris Barbosa. Piaget Experiências básicas para a utilização pelo 
professor. Petrópolis: Vozes, 1983. 
GADOTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. 8ª ed. Ática, 2004 . 
https://www.infoescola.com/pedagogia/teoria-de-aprendizagem-de-piaget/ Por André 
Luis Silva da Silva – acessado em 08/05/2018. 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeyGsAD/implicacoes-teoria-piaget-educacao - 
acessado em 10/05/18. 
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/psicologia-do-desenvolvimento.htm 
https://pedagogiaaopedaletra.com/como-trabalhar-com-a-teoria-de-piaget-2/ - acessado 
em12/05/18. 
https://novaescola.org.br/conteudo/3428/construtivismo-na-pratica - acessado 
em12/05/2018.

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