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Membrana Plasmática Em 1970, S. J. Singer e G. L. Nicolson propuseram um modelo segundo o qual a membrana plasmática é uma estrutura dinâmica, fluida, cuja constituição base é uma bicamada de fosfolípidos (bicamada lipídica), sobre a qual se encontram distribuídas moléculas proteicas nela inseridas. Na face externa da membrana encontram-se hidratos de carbono ligados, quer à cabeça hidrofílica dos fosfolípidos (glicolípidos), quer às proteínas (glicoproteínas), que se pensa serem importantes no reconhecimento de substâncias Como já foi dito, a membrana plasmática é a estrutura que isola o meio interno (citosol ou meio intracelular) do meio externo (ou fluido extracelular), definindo assim a individualidade de cada célula. Mas esta é a apenas a sua principal função. Além disso ela desempenha outras funções, tais como: Isolamento Físico: atuando como barreira fisica separando o interior da célula do exterior. Regulação das trocas com o meio: controlando a entrada e saída de substancias. Suporte estrutural: através das proteínas inseridas na bicamada fosfolipídica, que ancoram as proteínas do citoesqueleto a fim de manter o formato celular. Além disso, as proteínas da membrana criam junções especializadas entre células próximas e entre as células e a matriz extracelular. Ela é formada basicamente por uma bicamada fosfolipídica com moléculas de proteínas inseridas nela. A bicamada fosfolipídica é uma estrutura semelhante a uma lâmina com duas camadas de fosfolipídeos arranjados de modoque suas caudas hidrofóbicas ficam entre duas camadas da molécula que são hidrofílicas (cabeças). Embora os fosfolipídeos sejam o principal componente da membrana, o colesterol também compõe uma parte significativa de muitas membranas celulares, e por não possuírem uma parte hidrofílica como os fosfolipídeos, as móleculas de colesterol se inserem dentr da porção central da bicamada. O colesterol ajuda a manter a membrana impermeável a pequenas moléculas solúveis em àgua e torna a membrana flexível em uma ampla variedade de temperaturas. Como já falamos, a membrana não é composta apenas de fosfolipídeos. Cada célula possui entre 10 e 50 tipos diferentes de proteínas inseridas na bicamada fosfolipídica. Essas proteínas são anatomicamente classificadas como proteínas associadas ou integrais. Proteínas associadas: também chamadas periféricas, ligam-se fracamente a proteínas transmembrana ou a regiões polares de fosfolipídeos, e podem ser removidas sem que a integridade da membrana seja quebrada. Proteínas Integrais: também denominadas porteínas intrínsecas ou integradas, estão intimamente ligadas à bicamada fosfolipídica e não podem ser removidas dela, exceto através da degradação da bicamada fosfolipídica com detergentes ou através de métodos agrassivos que rompam a integridade da membrana plasmática. Algumas dessas proteínas extendem-se somente até o centro lipídico da membrana, enquanto que muitas atravessam a membrana inteira. Quando uma proteína integral atravessa a membrana toda ela passa a ser chamada de proteína transmembrana. As Proteínas Transmembrana podem atravessar a membrana uma única vez (proteína transmembrana de passagem única) ou então atravessar várias vezes a membrana (proteína transmembrana multipassagem. Podem ainda ser classificadas quanto à forma que tomam, em hélice ou arranjadas como barris (figura abaixo). Podem ter a função de transportar íons, funcionar como receptores ou como enzimas. De acordo com o modelo do mosaico fluido, as proteínas podem mover-se lateralmente de uma localização do citoesqueleto para outra, direcionadas por fibras do citoesqueleto que ficam bem próximas à superfície da membrana, enquanto que alguimas outras proteínas transmembrana são imóveis, e auxiliam a posicionar as proteínas do citoesqueleto. As proteínas de membrana desempenham diversas funções, segundo as quais podem ser classificadas em: Proteínas Estruturais: Cuja função é concentrar a membrana e o citoesqueleto para manter a forma da célula e criar junções celulares que fazem com que os tecidos permaneçam unidos. São exemplos desse grupo as microvilosidades, junções de oclusão e junções comunicantes. Proteínas Enzimas: Catalisam reações químicas que ocorrem na superfície externa ou na região próxima ao lado interno do citoplasma. A Angiotensina é um exemplo de proteína enzima. Proteínas Receptores: Fazem parte do sistema químico de sinalização do corpo, sendo específicos para uma mólécula ou família de moléculas relacionadas, assim como as enzimas reconhecem e ligam-se apenas a substratos específicos. A molécula que se liga ao receptor é denominada ligante, e geralmente esta ligação aciona outro evento na membrana. Um bom exemplo de ligante é o hormônio insulina, que se combina ao receptor da insulina para exercer seus efeitos. Proteínas Transpotadores: Este grupo de proteína pode ser subdivido em: Proteínas de canais: Realizam um transporte transmembrana mais rápido e pouco seletivo, apenas de moléculas menores. Proteínas Carreadoras: Realizam um transporte mais lento, porém mais seletivo, e transportam moléculas maiores. Desse modo, se dissecáassemos a membrana plasmática, teríamos uma imagem semelhante à imagem abaixo. posted under Fisiologia Humana |
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