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O Behaviorismo de Skinner

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O BEHAVIORISMO DE SKINNER
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 
“Um ambiente físico e cultural diferente fará um homem diferente e melhor”.
Raízes filosóficas do Behaviorismo: 
EMPIRISMO: a experiência é o único caminho para o conhecimento; ao nascer, a mente humana é uma folha em branco e tudo que aí se escreve resulta da experiência, assim, a personalidade e o comportamento são determinados por experiências sensoriais. 
HEDONISMO: as pessoas são motivadas pelo auto-interesse e pelo desejo de evitar a dor e obter o máximo prazer.
“Dêem-me uma dúzia de bebes sadios, bem formados e meu próprio mundo específico no qual eu possa criá-los e garanto que tomo qualquer um deles ao acaso e treino-o para tornar-se qualquer tipo de especialista que eu possa escolher – médico, advogado, artista, comerciante e, por que não, até mesmo mendigo e ladrão, independentemente de seus talentos, pendores, tendências, aptidões, vocações e raça de seus antepassados”. (WATSON, 1934)
Suposições básicas do behaviorismo: 
• Os indivíduos nascem destituídos de características sociais ou psicológicas; 
• O comportamento, exceto os instintos, resulta da experiência; 
• O comportamento é motivado para obter o máximo prazer e evitar a dor.
“Poderíamos solucionar muitos dos problemas de delinquência e criminalidade, se pudéssemos mudar o meio em que foram criados os transgressores.” (SKINNER)
• Estímulo e resposta são as unidades básicas da descrição e o ponto de partida para uma ciência do comportamento. 
• A aprendizagem é o foco central da estruturação da personalidade. 
• O behaviorismo não trabalha com o inconsciente e descarta qualquer explicação mental para o comportamento. 
• Sem estímulo não há comportamento. 
• A repetição de um comportamento é fundamental para torná-lo automático, ou seja condicionado. 
SKINNER ≠ WATSON porque: 
Não rejeita a experiência imediata, o mundo dos sentimentos, pelo contrário, tenta compreendê-lo, buscar sua origem. 
A origem dos nossos sentimentos está no ambiente passado e presente. 
O que sentimos são contradições corporais que nós aprendemos a reconhecer e nomear em função do que os outros nos dizem.
• Choramos e sentimos tristeza porque alguma coisa aconteceu no ambiente e aprendemos a reagir dessa maneira a tal acontecimento. 
Este pressuposto não nos ajudaria, por exemplo, a compreender as diferentes formas pelas quais culturas diferentes lidam com a morte?
• O mundo privado é uma construção social: sentimentos, lembranças, desejos, pensamentos dependem do modo como a sociedade me ensinou a falar e a prestar atenção aos estados do meu organismo. 
• Nossas ações não são causadas por um eu, ou, por motivos internos: aquilo que, aparentemente, mais nos pertence é apenas um produto social. Com Skinner, cai por terra a noção moderna de sujeito como aquilo que subjaz a tudo e é livre para determinar seu destino.
O CONDICIONAMENTO OPERANTE:
• Refere-se ao comportamento voluntário o qual abrange uma quantidade muito maior da atividade humana, desde os comportamentos do bebê de balbuciar, agarrar objetos , etc., até os comportamentos mais sofisticados do adulto. 
• Inclui todos os movimentos de um organismo que, em algum momento, têm um efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor, por isso, é também chamado de comportamento operante, pois, opera sobre o mundo quer direta, quer indiretamente.
Comportamento Operante: 
• É emitido (posto para fora) para depois ser influenciado pelas consequências que produziu no ambiente. 
• Não é controlado pelo estímulo que o precede e sim, pelas consequências que provoca. 
• Pode ser condicionado (aprendido) desde que se utilize o reforço adequado.
“O condicionamento operante modela o comportamento como o escultor modela a argila.” (SKINNER)
Premissa básica para o Behaviorismo de Skinner:
A consequência (reforço) que se segue a um comportamento é indispensável para o controle, manipulação e manutenção desse comportamento.
Seja inato ou adquirido, o comportamento é selecionado por suas consequências.
REFORÇO: qualquer evento ou consequência do comportamento que aumente a força ou probabilidade desse mesmo comportamento.
REFORÇO POSITIVO: Fortalece o comportamento que o precede. PODE SER: PRIMÁRIO (atende necessidades físicas ou fisiológicas) ou SECUNDÁRIO (atende necessidades psicológicas).
Atenção para: 
• O indivíduo precisa manifestar o comportamento para receber o reforço. 
• O reforço deve ser dado imediatamente após o comportamento desejável, quando isto não é possível, é necessário descrever detalhadamente o comportamento que está sendo reforçado. 
• Verificar o que é reforçador para aquela pessoa. 
• Usar vários reforçadores. 
• O uso em excesso de um mesmo reforçador pode fazer com que perca sua eficácia. 
• Reforço positivo e recompensa não tem, necessariamente, o mesmo significado.
REFORÇO NEGATIVO: Fortalece a resposta que o remove.
O que reforça é ficar livre da estimulação, é livrar-se de algo indesejável. O reforço negativo mostra que não somos motivados apenas pelo prazer, mas, também, para evitar a dor, o desprazer.
EXTINÇÃO DE UM COMPORTAMENTO (descondicionamento): ATRAVÉS DE Ausência de reforço OU Punição.
Segundo Skinner, para condicionar comportamentos, é preferível usar reforço positivo ao invés de reforço negativo ou punição. 
O controle do comportamento humano:
• Conceitos como liberdade, iniciativa e responsabilidade pessoal não são facilmente aplicáveis ao indivíduo. 
• O sujeito se comporta em função de variáveis que não controla e que estão fora dele, ligadas ao ambiente social, à cultura, ou, à sua própria herança genética.
“Não importa que o indivíduo possa tomar a si o controle das variáveis das quais seu comportamento é função, ou, em um sentido mais amplo, a empenhar-se no planejamento de sua própria cultura. Faz isso apenas porque é o produto de uma cultura que gera autocontrole ou planejamento cultural como um modo de comportamento. O ambiente determina o indivíduo mesmo quando este altera o ambiente.” (Skinner, 1978, p.419)
Se o comportamento é, inexoravelmente, controlado pelas contingências de reforço, por que não manipular tais contingências de modo a criar pessoas mais felizes, úteis e produtivas? (WALDEN II (1948): a utopia skinneriana)
“Antes de construir um mundo em que todos possamos viver bem, precisamos parar de construir um no qual será totalmente impossível viver. Precisamos construir consequências relativamente imediatas para o comportamento humano e já dispomos de uma ciência e de uma tecnologia que nos orientam nesse sentido.” (SKINNER, 1991)

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