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Aula 06 Inflamação Processos resolutivos Inflamacao cronica Tipos de inflamacao

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INFLAMAÇÃO: PROCESSOS RESOLUTIVOS, TIPOS DE INFLAMAÇÃO E FORMAS DE CURA.
Prof: Caroline Junqueira
Curso de Nutrição
Disciplina: Processos Patológicos
Fenômenos Resolutivos na Inflamação
Começam nas fases iniciais da inflamação, ocorrem mecanismos anti-inflamatórios locais.
Desse evento dependem a progressão da inflamação. Em média as inflamações agudas duram cerca de 12 semanas.
Após esse período a inflamação pode tornar-se crônica, quando esses mecanismos resolutivos não são efetivos.
Inflamação Crônica
Mecanismos da inflamação crônica.
- Agentes pró-inflamatórios parcialmente inibidos pelos mecanismos anti-inflamatórios. Agente infeccioso consegue se manter.
-Aumento da agressão autoimunitária, pela exarcebação do mecanismos pró-inflamatórios, estando os mecanismos anti-inflamatórios atuando de maneira ineficiente. Acontece a autoagressão.
Resoluções Locais
Atuação dos ácidos graxos como mediadores anti e pró-inflamatórios.
Ácidos graxos ômega 6 mais consumidos na fase inicial da inflamações, por produzirem prostaglandinas e leucotrienos das classes pró-inflamatórias.
Os ácidos graxos ômega 3(EPA, eicosapentanoíco e DHA, Docosa-hexaenoico. Geram resolvinas e neuroproteinas, produzidas nas fases finais da inflamação.
Lipoxinas: são derivados do ácido araquidônico com caracteríitica de atuação transcelular.
Transcelular: quando a síntese de uma substância ocorrida em uma célula só ocorre a partir de um precursor produzido em outra célula distinta.
Ex: Plaquetas presentes no vaso produzindo lipoxinas a partir de leucotrienos produzidos em neutrófilos.
Resolvinas: são derivados do EPA e DHA, também tem a característica de ter sua produçãoi transcelular.
São poderosos inibidores da adesão e captura de leucócitos. Tem efeito citoprotetor, evitando a apoptose celular
Protetinas e neuroprotetinas: produzidas no sistema nervoso, tem ação neuroprotetora, produzidas a partir do DHA. Tem ação antiinflamatória, semelhante as resolvinas.
Anexinas: armazenadas em neutrófilos e macrófagos, inibe a migração de neutrófilos. Liberada após o processo de exsudação, induz a apoptose.
Metaloproteases: presentes no exsudato inflamatório, liberado, clivam quimiocinas. Assim ocorre a inibição quimiotáxia de neutrófilos e monócitos.
Modificações de macrófagos e linfócitos
Fase inicial macrófagos estimulados por citocinas(IL-1, TNF-, IFN-. Originando macrófagos do tipo M1.
Após o primeiro momento da inflamação, por ação de prostaglandinas, lipoxinas e resolvinas há a modulação desses macrófagos.
A partir desse momento esse macrófagos continuam com a capacidade de fagocitar mas principalmente células do exsudato que sofreram apoptose.
São chamados macrófagos M2, com atividade anti-inflamatória
Modificações de macrófagos e linfócitos
ROS, TNF-, IL-1, IL-6, IL-2, quimiocinas
IL-10,baixa capacidade de apresentação de antígenos
Mecanismos sistêmicos da inflamação e sua resolução
Citocinas IL-1, IL-6, TNF- e TNF- . Ação local pró-inflamatória.
Essas citocinas induzem repostas sistêmicas com ação anti-inflamatória.
Atuam no SNC e depois no fígado. Fígado produz proteíonas de fase aguda.
Ex: dessas ptns( ptn C reativa, atua inibindo a ativação de linfócitos). Ceruloplasminas, atuando com antioxidante reduzindo os efeitos dos radicais livres.
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Citocinas
Resposta eferente: nervosa e humoral.
Humoral via ACTH
Estímulo do cértex da suprarenal a produzir glicocorticóides.
Diminuição da permeabilidade vascular.
Diminuição da quimiotaxia e ativação de fagócitos
Resposta Inflamatória Sistêmica
A disseminação do agente inflamatório ou das moléculas de sinalização a partir do local agredido podem gerar uma inflamação sistêmica.
A agressão inicial liberará alarminas(substâncias que ativação, serão sinalizadores para que se liguem a receptores celulares e ativem mediadores inflamatórios).
Há um aumento da adesividade das células endoteliais e de sua capacidade e capturar leucócitos. Ainda não há exsudato, se ocorre a progressão aparecem neutrófilos e macrófagos. Ocorre o aumento da permeabilidade vascular e tendência de edema generalizado.
A vasodilatação arteriolar causa diminuição da perfusão tecidual levando a hipóxia.
Há produção de radicais livres e com lesões degenerativa e necróticas.
Há liberação maciça de mediadores inflamatórios e anti-inflamatórios, na tentativa de reduzir os efeitos da inflamação sistêmica.
A SIRS depende não só do agente agressor, mas tb da capacidade de resposta do organismo.
Resposta Inflamatória Sistêmica Crônica
Precedidas por um estado inflamatório crônico. Com elevados níveis de ptn C reativa, citocinas pro-inflamatórias(IL-1, IL-6 e TNF-.
Essa resposta inflamatória crônica deve-se a:
1-aumento de moléculas hiperglicadas que atuam como receptores para a sinalização da inflamação e de radicais livres.
2-Dislipidemias que favores a alteração na proporçãode ácidos graxos o que favorece a mecanismos mais pró-inflamatórios.
3-Alteração do eixo hipotálamo-hipófise e do sistema nervoso após agressões.
Modulação da resposta inflamatória.
Fatores que interferem na modulação: quantidade e qualidade do agente, sistema imunitário, os mediadores liberados.
Influência genética, dos genes que codificam e regulam os mediadores inflamatórios. Ex: polimorfismo no promotor do gene de TNF- associado ao aumento da produção dessa citocina. Colite ulcerativa, doença de Crohn.
Influência da dieta: hipercalórica. Levando a obesidade visceral com aumento de citocinas pro-inflamatórias no tecido adiposo e diminuição de adiponectinas, hormônio produzido em adipócitos com função anti-inflamatória.
Dietas ricas em ácidos graxos saturados e linoleico, este precursor de ômega 6 , são considerados pró inflamatórios.
Dietas ricas em ácidos graxos ômega 3 ( EPA e DHA) tem efeito anti-inflamatório.
Inflamações Agudas
Inflamações exsudativas: predomínio de exsudato fluido. Por ter exsudato fluido e aspecto de soro: inflamações serosas.
Se há depósito de fibrina: inflamação serofibrinosa.
Inflamações catarrais: ocorre em mucosas (exsudato de leucócitos com descamação do epitélio e secreção de muco.
Inflamação pseudomembranosa. Agente infeccioso com inflamação aguda da mucosa de origem bacteriana, levando a necrose e presença de fibrina no exsudato a, de aparência esbranquiçada.
Inflamação necrosante: acompanha a necrose da área inflamada. Parece estar ligada a isquemia e perfusão.
Inflamação purulenta: podem ser agudas ou crônicas. Ocorre a formação de pus. Há necrose lítica dos tecidos, pois as bactérias presentes no local produzem toxinas que destroem os fagócitos 
Inflamações Crônicas
Caracterizada por um período maior (mais de 6 meses). Há a persistência do agente inflamatório, a exposição é prolongada aos agentes tóxicos
 Sinais típicos de inflamação: eritema e edema, podem não estar presentes.
As áreas do exsudato têm predominância de células mononucleares (macrófagos e linfócitos), juntamente com áreas de regeneração e reparação.

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