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INFLAMAÇÃO: PROCESSOS RESOLUTIVOS, TIPOS DE INFLAMAÇÃO E FORMAS DE CURA. Prof: Caroline Junqueira Curso de Nutrição Disciplina: Processos Patológicos Fenômenos Resolutivos na Inflamação Começam nas fases iniciais da inflamação, ocorrem mecanismos anti-inflamatórios locais. Desse evento dependem a progressão da inflamação. Em média as inflamações agudas duram cerca de 12 semanas. Após esse período a inflamação pode tornar-se crônica, quando esses mecanismos resolutivos não são efetivos. Inflamação Crônica Mecanismos da inflamação crônica. - Agentes pró-inflamatórios parcialmente inibidos pelos mecanismos anti-inflamatórios. Agente infeccioso consegue se manter. -Aumento da agressão autoimunitária, pela exarcebação do mecanismos pró-inflamatórios, estando os mecanismos anti-inflamatórios atuando de maneira ineficiente. Acontece a autoagressão. Resoluções Locais Atuação dos ácidos graxos como mediadores anti e pró-inflamatórios. Ácidos graxos ômega 6 mais consumidos na fase inicial da inflamações, por produzirem prostaglandinas e leucotrienos das classes pró-inflamatórias. Os ácidos graxos ômega 3(EPA, eicosapentanoíco e DHA, Docosa-hexaenoico. Geram resolvinas e neuroproteinas, produzidas nas fases finais da inflamação. Lipoxinas: são derivados do ácido araquidônico com caracteríitica de atuação transcelular. Transcelular: quando a síntese de uma substância ocorrida em uma célula só ocorre a partir de um precursor produzido em outra célula distinta. Ex: Plaquetas presentes no vaso produzindo lipoxinas a partir de leucotrienos produzidos em neutrófilos. Resolvinas: são derivados do EPA e DHA, também tem a característica de ter sua produçãoi transcelular. São poderosos inibidores da adesão e captura de leucócitos. Tem efeito citoprotetor, evitando a apoptose celular Protetinas e neuroprotetinas: produzidas no sistema nervoso, tem ação neuroprotetora, produzidas a partir do DHA. Tem ação antiinflamatória, semelhante as resolvinas. Anexinas: armazenadas em neutrófilos e macrófagos, inibe a migração de neutrófilos. Liberada após o processo de exsudação, induz a apoptose. Metaloproteases: presentes no exsudato inflamatório, liberado, clivam quimiocinas. Assim ocorre a inibição quimiotáxia de neutrófilos e monócitos. Modificações de macrófagos e linfócitos Fase inicial macrófagos estimulados por citocinas(IL-1, TNF-, IFN-. Originando macrófagos do tipo M1. Após o primeiro momento da inflamação, por ação de prostaglandinas, lipoxinas e resolvinas há a modulação desses macrófagos. A partir desse momento esse macrófagos continuam com a capacidade de fagocitar mas principalmente células do exsudato que sofreram apoptose. São chamados macrófagos M2, com atividade anti-inflamatória Modificações de macrófagos e linfócitos ROS, TNF-, IL-1, IL-6, IL-2, quimiocinas IL-10,baixa capacidade de apresentação de antígenos Mecanismos sistêmicos da inflamação e sua resolução Citocinas IL-1, IL-6, TNF- e TNF- . Ação local pró-inflamatória. Essas citocinas induzem repostas sistêmicas com ação anti-inflamatória. Atuam no SNC e depois no fígado. Fígado produz proteíonas de fase aguda. Ex: dessas ptns( ptn C reativa, atua inibindo a ativação de linfócitos). Ceruloplasminas, atuando com antioxidante reduzindo os efeitos dos radicais livres. 11 Citocinas Resposta eferente: nervosa e humoral. Humoral via ACTH Estímulo do cértex da suprarenal a produzir glicocorticóides. Diminuição da permeabilidade vascular. Diminuição da quimiotaxia e ativação de fagócitos Resposta Inflamatória Sistêmica A disseminação do agente inflamatório ou das moléculas de sinalização a partir do local agredido podem gerar uma inflamação sistêmica. A agressão inicial liberará alarminas(substâncias que ativação, serão sinalizadores para que se liguem a receptores celulares e ativem mediadores inflamatórios). Há um aumento da adesividade das células endoteliais e de sua capacidade e capturar leucócitos. Ainda não há exsudato, se ocorre a progressão aparecem neutrófilos e macrófagos. Ocorre o aumento da permeabilidade vascular e tendência de edema generalizado. A vasodilatação arteriolar causa diminuição da perfusão tecidual levando a hipóxia. Há produção de radicais livres e com lesões degenerativa e necróticas. Há liberação maciça de mediadores inflamatórios e anti-inflamatórios, na tentativa de reduzir os efeitos da inflamação sistêmica. A SIRS depende não só do agente agressor, mas tb da capacidade de resposta do organismo. Resposta Inflamatória Sistêmica Crônica Precedidas por um estado inflamatório crônico. Com elevados níveis de ptn C reativa, citocinas pro-inflamatórias(IL-1, IL-6 e TNF-. Essa resposta inflamatória crônica deve-se a: 1-aumento de moléculas hiperglicadas que atuam como receptores para a sinalização da inflamação e de radicais livres. 2-Dislipidemias que favores a alteração na proporçãode ácidos graxos o que favorece a mecanismos mais pró-inflamatórios. 3-Alteração do eixo hipotálamo-hipófise e do sistema nervoso após agressões. Modulação da resposta inflamatória. Fatores que interferem na modulação: quantidade e qualidade do agente, sistema imunitário, os mediadores liberados. Influência genética, dos genes que codificam e regulam os mediadores inflamatórios. Ex: polimorfismo no promotor do gene de TNF- associado ao aumento da produção dessa citocina. Colite ulcerativa, doença de Crohn. Influência da dieta: hipercalórica. Levando a obesidade visceral com aumento de citocinas pro-inflamatórias no tecido adiposo e diminuição de adiponectinas, hormônio produzido em adipócitos com função anti-inflamatória. Dietas ricas em ácidos graxos saturados e linoleico, este precursor de ômega 6 , são considerados pró inflamatórios. Dietas ricas em ácidos graxos ômega 3 ( EPA e DHA) tem efeito anti-inflamatório. Inflamações Agudas Inflamações exsudativas: predomínio de exsudato fluido. Por ter exsudato fluido e aspecto de soro: inflamações serosas. Se há depósito de fibrina: inflamação serofibrinosa. Inflamações catarrais: ocorre em mucosas (exsudato de leucócitos com descamação do epitélio e secreção de muco. Inflamação pseudomembranosa. Agente infeccioso com inflamação aguda da mucosa de origem bacteriana, levando a necrose e presença de fibrina no exsudato a, de aparência esbranquiçada. Inflamação necrosante: acompanha a necrose da área inflamada. Parece estar ligada a isquemia e perfusão. Inflamação purulenta: podem ser agudas ou crônicas. Ocorre a formação de pus. Há necrose lítica dos tecidos, pois as bactérias presentes no local produzem toxinas que destroem os fagócitos Inflamações Crônicas Caracterizada por um período maior (mais de 6 meses). Há a persistência do agente inflamatório, a exposição é prolongada aos agentes tóxicos Sinais típicos de inflamação: eritema e edema, podem não estar presentes. As áreas do exsudato têm predominância de células mononucleares (macrófagos e linfócitos), juntamente com áreas de regeneração e reparação.
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