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6 Os Grandes Sistemas Jurídicos Contemporâneos

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Os grandes sistemas jurídicos 
contemporâneos 
Prof. Dr. Doglas Cesar Lucas
O que é um sistema jurídico?
Existem vários tipos de direito no mundo. Cada país tem seu
próprio direito. Contudo existem elementos comuns entre os
direitos de diferentes lugares que permitem identificá-los como
integrantes de uma mesma família, de um mesmo sistema.
Ordenamentos jurídicos de um mesmo sistema partem
dos mesmos pressupostos filosóficos e sociais, dos
mesmos conceitos e técnicas, embora com adaptações às
situações que lhe são particulares.
Os países colonizados 
geralmente deram 
continuidade aos modelos de 
direito dos países 
colonizadores. 
Quais os grandes sistemas jurídicos contemporâneos ?
Sistema romano-germânico
O direito brasileiro se filia a este sistema. Nasceu na Europa e 
irradiou para as colônias e outras regiões como o Japão. Fala-se 
de um direito romano recuperado por volta do século XIII, pois 
até esta época o direito feudal era pouco sistematizado.
O período do renascimento contribui muito para se voltar às 
origens romanas. O direito romano era razoavelmente 
ordenado, compilado, classificado, sistematizado e por isso 
muito afeito às necessidades de uma realidade que aos poucos 
se afastava da Igreja e exigia um direito capaz de unificar e ser 
concebido racionalmente.
As universidades cumpriram um importante papel ao estudar 
este direito a partir do século XII. O direito local era ensinado 
mas de modo secundário até o século XVIII. 
O direito romano teve a virtude de unir os povos da Europa 
em praticamente um único modelo de direito.
Com a necessidade de construir um novo direito, começa um 
movimento de adaptação dos costumes ao direito romano. O 
direito escrito, nessa fase, ainda não é um protagonista. 
É um direito fundado na razão. O direito natural moderno reforça essa 
ideia de um direito racional e o direito romano, como expressão máxima 
disso, assume um papel de destaque nas codificações de direitos privados 
do século XIX. Com isso entramos, no século XIX, na era da codificação. 
A partir daí, nesse modelo, a lei escrita, o direito positivo, 
tem um papel de destaque. A lei passa a ser a mais 
importante fonte do direito. 
Sistema Common Law
Foi elaborado com base no direito costumeiro e hoje 
é sustentado por uma cultura de decisões judiciais, 
por precedentes. Inglaterra e EUA são os países mais 
caracterizados por esse modelo de direito, mas 
apresentam diferenças contundentes entre si.
O nascimento desse direito deve-se à necessidade de unificar, na Inglaterra,
um modelo de direito contra os costumes locais. Especialmente com a
dinastia dos Tudors, em 1485, um direito de precedentes criado pela realeza
vida unificar o direito na Inglaterra. Os Tribunais reais desempenham esse
papel. A partir daí são as decisões judiciais que criam direito.
Na Inglaterra
Não existem códigos e nem Constituição escrita, mas há um número
substancial de leis escritas. A lei, no entanto, deve ser encarada de modo
diferente: só interessa e é eficaz no momento que é aplicada a um caso
concreto. O estudo do direito é realizado predominantemente com base nos
precedentes e a importância dos Juízes nesse sistema é muito grande. É um
direito mais prático e menos teórico. Aprende-se o direito em casos e decisões
concretas. O jurista é um prático.
Nos EUA
A partir do século XIX se confirmou esta tradição nos EUA, com
exceção da Louisiana, convertido em Estado em 1812 e que
manteve traços da tradição francesa. As diferenças com a
Inglaterra são muitas. É importe lembrar que os EUA foram
colônia da Inglaterra e por isso algumas categorias jurídicas
baseadas no direito real nunca foram aceitas. Como nos EUA
existe um federalismo de tipo praticamente puro, convivem
conjuntamente um direito dos Estados e o direito federal. Cada
estado conta com sua própria estrutura judiciária.
O Tribunal do Júri, mesmo em matérias civis, é mais presente nesse
país que na Inglaterra. Existem códigos escritos, mas sua importância
sempre se dá na decisão de um caso prático. Existe Constituição
escrita tem hierarquia superior e o papel da Corte suprema é realizar
sua proteção. É nesse país que nasce, em 1803, o controle difuso de
constitucionalidade no famoso caso Marbury vs. Madison. O estudo
do direito é concentrado nos casos práticos, nos precedentes, nas
decisões judiciais. Para garantir a unidade da Common Law em
matérias constitucionais, tidas como fundamentais, as decisões da
Corte Suprema tem caráter vinculante. Um exemplo é a
inconstitucionalidade da lei de segregação racial, no caso. Brown vs.
Board of Education, de 1954.
Praticamente inexistente após a queda dos regimes comunistas
(fim da União Soviética e a queda do muro de Berlim). O direito
soviético teve início com a revolução russa de 1917 e se espalhou
para outros ambientes e países com o mesmo perfil. Ocorre uma
reformulação radical da ideia de propriedade, herança, lucros,
tidas como instituições eminentemente capitalistas. O direito
capitalista era visto como uma forma de opressão, por isso a sua
alteração profunda era entendida como necessária para a
consolidação do socialismo.
Direito socialista
Sistemas religiosos e filosóficos
Com a crise no oriente médio e o aumento da imigração dos
povos muçulmanos, o ocidente tem vivido mais de perto a
cultura e a religiosidade desses povos, o que tem causado um
conjunto de conflitos bem significativos. A Europa e os EUA, por
exemplo, dizem não quererem mais multiculturalismo e estarem
fartos da “loteria da diversidade”.
O direito se confunde com a religião. Pecado e crime são 
praticamente a mesma coisa, e pena e penitência também 
não são instituições distintas. O Corão, a Sunnah e a Sharia 
são tidas como documentos fundamentais. 
Do mesmo modo que o direito islâmico, o direito hindu também
tem uma relação forte com a religião. Na índia, contudo, ocorre
uma substituição desse direito por um direito leigo, especialmente
em razão da longa ocupação inglesa naquele país.
O direito chinês tem uma caraterística existencial e filosófica bem 
distinta do direito ocidental. A necessidade de legislar é vista, 
tradicionalmente, com um mal em si mesmo, como a fraqueza das 
formas morais de organizar a sociedade. 
O sentimento de comunidade chinês tende a manter uma
dimensão de hierárquica na família e entre as gerações. Litigar
com pessoas desses grupos no judiciário é um sinal de fraqueza,
de desonra, demonstração de fracasso, o reconhecimento de que
os laços sociais e morais de respeito e autoridade não estão
funcionando.

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