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2 Direito e Justiça na Grécia e Roma Antigas

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Direito e Justiça na 
Grécia e Roma Antigas
Prof. Dr. Doglas Cesar Lucas
Retomando [...]
1. Dissemos nas aulas anteriores que o Direito Antigo teve uma 
relação bastante próxima com os eventos religiosos.
2. Direito, justiça e a ideia de virtude caminham juntas.
3. Direito como uma representação dos costumes e da tradição.
4. Inexistência de direitos individuais. O direito é a manifestação da 
comunidade e serve para manter a coesão social. 
5. A ideia de igualdade, apesar de presente em alguns casos, é ainda 
pouco representativa na vida prática.
6. Um direito baseado em deveres, em punições e em temores. 
O Direito na Grécia Antiga como ponto de partida 
para a civilização Ocidental  VI a.C. - II d.C.
As muitas cidades gregas possuíam sistemas políticos e 
costumeiros distintos, os quais se alteram no decorrer do 
tempo. Não se pode falar de uma unidade e nem de um direito 
grego propriamente dito. Seguiram uma tradição cuneiforme 
que mais tarde é repassada aos romanos.
É importante demarcar que o mundo antigo é um mundo 
predominante RURAL e as diferenças entre as cidades o 
campo são enormes, inclusive na aplicação das regras. 
Thémis vs. Diké  No período arcaico (séc. VIII, a.C.), os conceitos de 
Thémis e Diké aparecem reforçando as diferenças entre uma justiça 
dos deuses e justiça humana. 
Iustitia - Roma
Não chegaram a elaborar um sistema orgânico de normas jurídicas, 
como os romanos inauguraram, mas obediência às leis é considerada 
muito importante para a coesão social. É um dever cívico. Liberdade 
entendida como obediência às leis da Cidade e não do clã ou da 
família. Leis entendidas aqui de modo amplo, também como 
COSTUME.
Diké - Grega
As fontes escritas são raras. O direito 
deriva mais de uma noção de justiça que 
estaria difusa na consciência coletiva. O 
que se conhece do direito nos chegou por 
discursos de oradores e obras da 
literatura. Os processos eram decididos 
em assembleias e não existia um ritual 
sofisticado. Inerente à democracia, o 
excesso de processos foi registrado como 
um problema (Aristófanes).
Algumas descobertas recentes (Lei de 
Gortina e Lei de Dura) .
Leis de Drácon
( 621 a.C.)
Tornam obrigatória a 
utilização dos 
Tribunais para 
resolução de conflitos 
entre Clãs. A cidade é 
quem deve decidir. 
Leis de Sólon
( 594-593)
Instala a igualdade 
civil, acaba com a 
propriedade coletiva 
dos clãs e a servidão 
por dívidas. Implanta 
certa democracia 
moderada que leva 
Atenas a seu auge. 
Grécia vs. barbárie  Cresce em importância a ideia de lei 
escrita como algo que separa a Grécia dos povos bárbaros. 
Apesar de não existir um direito privado 
sistematizado, escrito, os estudos que nos chegaram 
demostram a existência de elementos de um direito 
privado em Atenas. 
Por iniciativa dos sofistas, depois reforçada por Platão e sobretudo Aristóteles, 
verifica-se uma separação entre nómos e physis, entre lei, pacto, norma humana e 
direito natural, direito dos deuses. Permitiu discutir a convencionalidade das leis. 
Lei como invenção humana dos dominantes. Isso questionou o dever de lealdade 
total à lei dos gregos. Por isso as críticas de Sócrates, Platão e Aristóteles. 
A reflexão sobre a lei e a justiça de modo racional, ético, é um 
componente novo. A ideia de lei como vontade humana e não como 
vontade divina é importante para o que chamaremos de direito na 
modernidade. Isso não significa, no entanto, o afastamento dos 
contornos religiosos e sagrados dessa comunidade. 
A importância da filosofia dos gregos, no entanto, inaugurou 
uma nova fase para a formação do pensamento político do 
ocidente. Preocuparam-se de modo particular com as formas de 
um governo ideal para a cidade. Ética, justiça, a ideia de bem 
têm uma contribuição significativa do pensamento grego 
(Platão, Aristóteles, Heródoto, Hesíodo etc.). 
No final do século IV a.C., Alexandre unifica a Grécia, parte da 
Ásia e o Egito sob sua autoridade. Este Império dura pouco e os 
territórios são divididos em múltiplas monarquias, as quais, a 
partir do séc. III, são governadas por reis absolutos. Com a 
conquista romana inicia-se um novo momento histórico. 
Em Roma se desenvolveu pela primeira vez, no Ocidente, uma 
cultura jurídica elaborada, na legislação, jurisdição e profissões 
jurídicas. Isso se deu bem depois das experiências egípcias e 
gregas, por volta do sec. II a.C., quando Roma se torna centro 
de um vasto Império. Até século IV a.C. é praticamente uma 
região insignificante. 
A importância das contribuições de Roma para 
o Direito Medieval e Moderno (II a.C. - II d.C.)
O direito romano, como veremos, tem uma história longa. Dos 
séculos VII a.C. até século VI, com Justiniano. Manteve-se vivo 
no Império XV, no Império bizantino. No Ocidente, renasce no 
séc. XII, nas universidades e pela recepção nos Estados 
germânicos que nasciam no século XIII. Também foi fonte 
determinante do direito no Império bizantino até o século XV. 
Reaparece no direito civil do século XIX. 
Roma viveu momentos políticos bem distintos que 
influenciaram a formação de suas instituições jurídicas. Realeza 
(até 509 a.C.), República (509-27) e Império (até o séc. VI) foram 
as três formas de governo em Roma. Na época da República, 
instituições como Senado e diversas assembleias tiveram um 
papel determinante na construção do direito e na condução da 
cidade. Na época do Império, o poder se concentra nas mãos do 
imperador. Nessa época, o direito romano clássico atinge seu 
apogeu. No baixo Império, o poder se concentra ainda mais e o 
cristianismo é reconhecido como religião oficial.  O poder é 
divinizado. 
Do ponto de vista jurídico, podemos perceber 3 momentos de 
evolução do Direito: Época Antiga, Época Clássica e Época do 
Baixo Império.
Época Antiga
Até o séc. II a.C.
Direito arcaico, primitivo e rural baseado na solidariedade dos clãs. As 
questões divinas aqui são muito evidentes, inclusive na escolha do rei. É um 
direito essencialmente costumeiro, do qual pouco se conhece. Na época da 
realeza e inicio da república parece não ter havido atividade legislativa. Com 
a República a lei começa entrar em concorrência com o costume. A lex é um 
ato emanado das autoridades públicas e formulando regras obrigatórias. 
Senado e assembleias com importância na produção de leis. Mas a República 
legislou pouco. Entre as leis da época republicana encontram-se as Leis das 
XII Tábuas (441-449 a.C.). Interpretada pelos pontífices, era a redução por 
escrito dos costumes, para resolver conflitos entre patrícios e plebeus. 
Época Clássica
150 a.C. - 284 d.C.
Direito de uma sociedade evoluída, individualista e fixado por juristas a 
partir de uma lógica razoavelmente coerente e racional. Roma cresce e se 
abre para o mundo. A submissão ao imperador é absoluta. Maior 
separação entre o direito privado e público. Os juristas criam um sistema 
jurídico bem completo no âmbito dos direito das coisas e das obrigações. 
O direito escrito adquire importância e muitas obras dedicadas ao estudo 
do direito aparecem. O costume ficou vivo em algumas regiões 
colonizadas e sobretudo nas zonas rurais mais distantes. Mas a lei passa 
a ter uma força determinante como fonte do direito, conjuntamente do 
escritos dos jurisconsultos e das decisões das assembleias. Com o avanço 
do império o senado é abolido e o único legislador se torna o imperador. 
Importância dos éditos dos magistrados. 
Época do Baixo Império
Séc. III d.C.
O direito é dominado pelo absolutismo imperial e pelo início da influência 
do cristianismo. Reformulações no direito privado e instituiçõesque 
preparam o feudalismo. A legislação dos imperadores é a fonte principal. 
No Império Romano do Oriente, o Código Teodosiano (438) e sobretudo o 
Código de Justiniano (Corpus Juris Civilis, 533) mantiveram vivas a tradição 
jurídica romana. No Império bizantino, este código contínuo a ser a base do 
direito. 
“O povo romano usa parcialmente seu direito especial e 
parcialmente o direito comum a todos os povos”.
A ideia de direito natural em Cícero 
foi muito forte no campo da 
filosofia, mas não chegou a ter 
potência, entre os juristas, para 
invalidar as leis humanas. Mas um 
direito natural prático, encontrando 
na natureza das coisas e 
especialmente em percepções 
instintivas era compartilhada por 
todos e frequentemente suscitado. 
 Ver Digesta de Justiniano (p. 97 -
Gilissen). Gaio, no séc. II d.C., dizia:

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