Ensaio, informação e tomada de decisão

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A INFORMAÇÃO é reconhecida 
como elemento essencial na 
atividade econômica, pelo papel 
que desempenha em todos os 
níveis do processo de tomada de 
decisão. 
O que 
fazer? 
Com o 
que 
fazer? 
Como ser 
eficiente ? 
Que decisão 
devo tomar? 
Ensaiar máquinas agrícolas é obter informações visando uma 
tomada de decisão em mecanização, que é uma tarefa cada 
vez mais complexa, especializada e altamente exigente em 
dados e informações técnico-econômicas. 
 
O estudo do ensaio de máquinas agrícolas possibilita a 
discussão sobre o papel das informações, nele obtidas, tanto à 
gestão da qualidade na fabricação, como à seleção racional e 
uso otimizado das máquinas no setor agrícola. 
 
 Evolução da demanda de informação em máquinas 
agrícolas 
 
◦ Primórdios – procedimentos de tentativa e erros. Poucos 
dados exigidos para decisão 
 
◦ Atualmente – Organizações econômicas complexas, 
estruturadas e interdependentes, necessitando grande 
quantidade de informações 
 
 Fatores implementadores da demanda de 
informações 
◦ Mudanças ocorrem rapidamente 
◦ Acelerado avanço tecnológico 
◦ Informática 
 Comunicação da informação 
 
◦ Além de gerar informação é preciso transferi-la 
◦ Falta de pessoal especializado nos meios de comunicação 
◦ Baixo conteúdo dos manuais 
◦ Analfabetismo dos usuários 
 
 Dependências das informações 
◦ Complexidade tecnológica, tende a tornar as decisões mais difíceis 
◦ Altos custos de investimentos envolvidos 
◦ As necessidades de informações concentram-se na forma de medidas, 
isto é dados que são obtidos por mensurações. 
◦ Informações são repassadas aos agricultores pelos fabricantes, 
distribuidores e revendedores 
◦ A pesquisa é deficitária, principalmente se comparada com outras 
áreas tais como: melhoramento, defesa sanitária, fertilidade, 
conservação do solo etc. 
 
 Informação, informatização e conhecimento 
◦ Flexibilidade da informação - tem que ser de fácil assimilação e 
aplicabilidade 
 
◦ Informação tem que gerar conhecimento 
 
◦ Informática auxilia a análise dos dados, contudo só alcançará 
êxito quando estes estiverem disponíveis 
 
 DADOS: representam mensagens (literais, numéricas, 
factuais, etc.) que podem estar disponíveis, porém sem 
terem sofrido qualquer tipo de avaliação 
 
 
 INFORMAÇÕES: significam dados avaliados para uma 
situação específica, ou seja, dados processados de forma 
contextualizada. 
 
 MEDIDAS E MENSURAÇÕES 
◦ Medida é o resultado da comparação de uma grandeza de 
qualquer ordem com outra fixa, de mesma natureza, 
tomada como padrão de unidade. A crescente necessidade 
de informações na forma de medida, junto com o 
desenvolvimento da informática para processamento e 
análise de dados, tem feito crescer o interesse pela 
MENSURAÇÃO, aquisição de dados e instrumentação. 
 
 Características dos usuários das medidas 
◦ Os segmentos envolvidos com a Mecanização Agrícola 
tendem a aumentar a demanda por informações na forma 
de medidas. São eles, entre outros: 
 Fabricantes de máquinas 
 Usuários de máquinas agrícolas 
 Segmentos intermediários 
 Distribuidores e revendedores de máquinas. 
 
 Fabricantes de máquinas 
◦ Os principais fatores que levam os fabricantes à tomada de 
decisão são: 
 Tendência da industria de máquinas à produção de espécimes 
com desempenho cada vez mais avançado, porém de crescente 
complexidade; 
 
 Dinâmica da tecnologia utilizada nos sistemas de produção 
agrícolas o nos processos de fabricação; 
 
 Grande competitividade entre industrias, acirrando a 
concorrência no mercado de máquinas agrícolas 
 Usuários de máquinas 
 
◦ As decisões estão relacionados com exigências e disponibilidade 
de máquinas, seleção e aquisição, operação e manutenção, etc. 
 
 
◦ Critérios para tomada de decisão 
 
Desempenho mecânico – Através de informações obtidas de 
experiências passadas ou conversas com amigos, embora sem 
qualquer dado técnico adicional que permitisse análise 
comparativa. 
 
Assistência técnica – Considerado fator positivo na seleção, apesar 
da maioria reclamar da baixa qualidade no atendimento, de 
estarem muito distantes, resultando em elevadas despesas de 
transporte das máquinas à oficina e do revendedor; dar 
orientações e oferecer treinamento apenas durante um curto 
período pós-venda. 
 
 Segmentos intermediários 
◦ São os mais ávidos por esse tipo de informação. 
Constituem as Universidades e Institutos Tecnológicos 
capazes de contribuir com fabricantes e usuários à medida 
que detém mais informações. 
 Distribuidores e revendedores de máquinas 
◦ Representam importe papel na relação com os usuário, 
mas, na maioria das vezes, não apresentam assistência 
pós-venda. 
 
 Quantidade e variedade das medidas 
◦ Apresentam duas categorias (estática e dinâmica); 
◦ As medidas devem ser relevantes para o contexto específico que 
está sendo considerado; 
◦ As medidas podem ser agrupadas: 
 Especificações físicas – Abrange dimensões gerais, distribuição de 
massa, torque, exigência tratória, capacidade de reservatórios, etc. 
 Características dinâmicas ou tempo-dependentes – inclui potência, 
capacidade operacional, vida útil, durabilidade, consumo de 
combustível, etc. 
 Características econômicas – diz respeito às medidas de custos de 
manutenção, reparações, abastecimentos, etc. 
 
 Condições de obtenção das medidas 
◦ Procedimentos normalizados 
◦ Medidas estimativas e prognósticos por 
simulação 
◦ Objetividade das medidas 
◦ Política de interesses 
 
 Fontes supridoras de dados 
ENSAIOS 
LEVANTAMENTOS 
REGISTROS 
MEDIDAS 
 
 Estudos de casos 
 Avaliação de campo 
 Controles operacionais 
 Assistências técnica 
 Programa de garantia 
 
 Ensaio de laboratório 
 Ensaios simulados 
 Ensaios de campo 
 
 Modelo de uso e utilidade dos dados 
◦ Serventia e qualificação das informações tanto 
para fabricantes quanto para usuários. 
 
◦ Definir quais medidas são mais úteis na cadeia 
PRODUÇÃO => DISTRIBUIÇÃO => UTILIZAÇÃO 
 
 Características de produção versus 
características operacionais 
 
 
CARACTERÍSTICAS DE 
PRODUÇÃO DA 
MÁQUINA 
+ 
MEIO 
OPERÁTORIO = 
CARACTERÍSTICAS 
OPERACIONAIS DA 
MÁQUINA 
 Características de produção versus características 
operacionais 
As características de produção podem ser divididos em cinco grupo: 
◦ 1 - Desempenho: abrangendo dados sobre as características e 
funcionalidade operacional, quantificadas por parâmetros 
definidos em metrologia normalizada; 
◦ 2 - Serviço: envolve informações sobre manutenção, reparações, 
ajustes, peças de reposição, etc. 
◦ 3 - Especificações: Todas as medidas físicas não dependentes do 
tempo, que caracterizam o espécime tais como: dimensões, 
distribuição de massas, volume de reservatórios, relações de 
transmissão, etc; 
 
 
◦ 4 - Garantia: abrange todas as características relacionadas 
ao compromisso do fabricante em assegurar ao comprador 
perfeito funcionamento, durante um determinado período; 
 
 
◦ 5 - Qualidade: características relativas ao “design”, 
funcionalidade mecânica e níveis de aceitação/tolerância do 
controle de qualidade na fabrica. 
 
Características de produção versus características operacionais 
As características operacionais podem ser divididos em cinco grupo: 
◦ Capacidade: abrange as características relacionadas com a 
intensidade operacional ou taxa de realização detrabalho; 
◦ Eficiência: abrange as características relacionadas com as perdas ou 
desperdícios de tempo, combustível, potencial operacional etc; 
◦ Confiabilidade: Inclui características associadas com resistência a 
falha mecânica ou defeitos de funcionamento, durante operação 
normal; 
◦ Adequação: Conjunto de características definidoras da efetividade ou 
qualificação da operação realizada sob condições específicas; 
◦ Segurança: abrange todas as características relativas à qualificação da 
máquina em termos de bem estar do operador ou tratorista 
 O ensaio visa avaliar o desempenho da 
maquinaria utilizada nos processos de 
produção agropecuário. 
 
 Avaliar o desempenho de máquinas pode 
ter vários propósitos: 
◦ Pesquisa & Desenvolvimento: Universidades e 
Centros tecnológicos 
◦ Projetos de engenharia: Engenheiros de fábricas 
◦ Usuários: obter informações de manejo, seleção e 
garantia 
 Os ensaios realizados com objetivos de caracterização do 
comportamento de uma máquina devem possibilitar 3 tipos de 
comparações: 
◦ a)Comparação de desempenho em diferentes condições de 
ajustagem/regulagem; 
◦ b)Comparação de desempenho entre máquinas similares para fins de 
seleção racional; 
◦ c)Especificação de qualidade para fins de certificação de conformidade 
ou homologação da maquinaria. 
◦ Os resultados dos ensaios deverão ser apresentados em Relatórios 
Oficiais 
 METODOLOGIA NORMALIZADA 
 O ensaio só poderá existir se houver disponibilidade de 
uma metodologia de reconhecida coerência e 
consensualmente aceita para avaliação dos parâmetros de 
desempenho de cada classe de máquina ou implemento 
agrícola. Há dois meios para isso: 
 
 Utilizar uma metodologia normalizada, disponível no 
exterior 
 
- Criar uma metodologia, apresenta-lá à ABNT, discutir na 
“Comissão de estudo”, submete-lá à votação e aceitação 
como MB (método brasileiro), transformando-o em NBR 
(norma brasileira). 
 Reorientação de objetivos 
Que os ensaios e a disponibilidade de informações sejam mais 
voltado ao interesse do usuário 
 
 Limitações atuais e perspectivas futuras 
As limitações ao usuário são: 
a) a informação produzida não é compreendida e de difícil acesso; 
b) a informação não permite comparações confiáveis; 
No futuro, a reformulação do ensaio deve ser realizado visando 
informação de interesse do usuário. 
 
 Programa de ensaio voltado ao consumidor 
Programa do tipo “responde - consumidor”, com resultado de ensaio 
de forma a facilitar a compreensão do consumidor. O desafio é 
adotar padrões para ensaio de campo. 
 
 
 
 
 O ENSAIO DE MÁQUINA AGRÍCOLA faz parte 
do universo da assim chamada TECNOLOGIA 
INDUSTRIAL, cujos fundamentos encontram-
se na normalização, na metrologia e na 
qualidade industrial. 
 
 NORMA 
 É uma referência, resultante de uma escolha coletiva, visando servir de base a 
entendimentos repetitivos. 
 
 NORMA TÉCNICA 
É a especificação ou outro documento técnico disponível ao público, elaborado 
com a cooperação, consenso ou aprovação geral de todas as partes afetadas 
por ela, baseada em resultados consolidados da ciência, tecnologia e 
experiência, visando a promoção de benefícios comunitários otimizados, e 
aprovada por órgão reconhecido a nível regional, nacional e internacional. 
 
 NORMALIZAÇÃO 
É a elaboração e aplicação de normas e pode ocorre em três níveis: 
- Empresa  regulariza especificações, materiais etc. 
- Nacional  ABNT 
- Internacional  ISO