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Anatomia aparelho reprodutor masculino

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Descrever a anatomia, histologia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino:
PÊNIS
O pênis o órgão erétil e copulador masculino. Ele é representado por uma formação cilindroide que se prende à região mais anterior do períneo, e cuja extremidade livre é arredondada.
Seu tecido que tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue forma três cilindros, dos quais dois são pares (direito e esquerdo) e se situam paralelamente, por cima (considerando-se o pênis em posição horizontal ou semi-ereto) e o terceiro é ímpar e mediano, e situa-se
longitudinalmente, por baixo dos dois precedentes. Os dois cilindros superiores recebem o nome de Corpos Cavernosos do pênis e o inferior, de Corpo Esponjoso do pênis. Os corpos cavernosos do pênis iniciam-se posteriormente, por extremidades afiladas que se acolam medialmente, aos ramos inferiores da pube, recebendo o nome de ramos dos corpos cavernosos. Cada ramo do corpo cavernoso é envolto longitudinalmente pelas fibras do músculo isquiocavernoso do mesmo lado, que o fixa ao respectivo ramo inferior da pube, constituindo a raiz do pênis. Dirigindo-se para frente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital que é o septo do pênis. Se examinarmos os dois corpos cavernosos por baixo verificaremos que na linha antero-posterior de união, forma-se um ângulo diedro, que para diante, gradativamente vai se transformando em goteira, onde se aloja o corpo esponjoso. Anteriormente, os corpos cavernosos terminam abruptamente por trás de uma expansão do corpo esponjoso, conhecido como glande. O corpo esponjoso inicia-se posteriormente por uma expansão mediana situada logo a baixo do diafragma urogenital, que recebe o nome de bulbo do pênis. Para frente, o bulbo continua com o corpo esponjoso, o qual vai se afinando paulatinamente e se aloja no sulco mediano formado e inferiormente pelos dois corpos cavernosos. No plano frontal em que os corpos cavernosos terminam anteriormente, o corpo esponjoso apresenta uma dilatação cônica, cujo nome é descentrado, isto é, o centro do mesmo não corresponde ao grande eixo do corpo esponjoso; dilatação essa denominada glande. O rebordo que contorna a base da glande recebe o nome de coroa da glande. No ápice da glande encontramos um orifício, que é o óstio externo da uretra. Nesse óstio vem se abrir a uretra esponjosa, que percorre longitudinalmente o centro do corpo esponjoso, desde a face superior do bulbo do pênis, onde a mesma penetra. Na união da glande com o restante do corpo do pênis, forma-se um estrangulamento denominado colo. O pênis, portanto, poderia ser subdividido em Raiz, Corpo e Glande. Envolvendo a parte livre do pênis encontramos uma cútis fina e deslizante, conhecida por prepúcio. Medianamente, por baixo da glande, a mucosa que envolve esta e depois se reflete para forrar a cútis da expansão anterior do prepúcio, apresenta uma prega sagital denominada frênulo do prepúcio. Estruturalmente, profundamente a cútis, situa-se a tela subcutânea, que recebe o nome especial de fáscia superficial do pênis e onde se distribuem fibras musculares lisas que fazem continuação ao dartos do escroto. Num plano mais profundo, dispõe-se uma membrana fibrosa que envolve conjuntamente os corpos cavernosos e o corpo esponjoso que é a fáscia profunda do pênis. Tanto os corpos cavernosos como o corpo esponjoso são envoltos, cada um deles, por uma membrana conjuntiva denominada, respectivamente, de túnica albugínea do corpo cavernoso e do corpo esponjoso. O interior destes três elementos tem um aspecto esponjoso que decorre da existência de inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam desordenadamente. Entre essas trabéculas permanecem espaços que podem admitir maior quantidade de sangue, tornando o pênis um órgão erétil. As artérias e veias do pênis penetram ou saem ao nível do bulbo e ramos do pênis, ocorrem longitudinalmente em seu dorso fornecendo ramos colaterais em todo o percurso. O pênis e o escroto constituem as partes genitais externas masculinas, enquanto o restante forma as partes genitais internas.
TESTÍCULOS
Anatomia: O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. Cada testículo tem forma ovoide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no sentido lateromedial, do que decorre apresentar duas faces, duas bordas e duas extremidades. As faces são lateral e medial, as bordas anterior e posterior e a extremidades superior e inferior. A borda posterior é ocupada de cima a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que o epidídimo. A metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do mesmo, recebendo a denominação especial de mediastino do testículo. É através do mediastino que o testículo se comunica propriamente com o epidídimo. O testículo é envolto por uma cápsula de natureza conjuntiva, branco-nacarada que se chama túnica albugínea. A túnica albugínea envia para o interior do testículo delgado septos conhecidos como séptulos dos testículos, os quais subdividem-nos em lóbulos. Nos lóbulos dos testículos encontramos grande quantidade de finos longos e sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados túbulos seminíferos contorcidos. E nesses túbulos seminíferos contorcidos que se formam os espermatozoides. Os túbulos seminíferos convergem para o mediastino do testículos e vão se anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se entrecruzam formando uma verdadeira rede (de Haller) ao nível do mediastino. No mediastino, os túbulos seminíferos retos desembocam em dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículo vão à cabeça do epidídimo. São os órgãos produtores de espermatozoides e que na puberdade produzem a testosterona.
EPIDÍDIMO
Anatomia: O epidídimo, estende-se longitudinalmente na borda posterior do testículo. Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o pólo superior do testículo, que é denominada cabeça; um seguimento intermediário que é o corpo e inferiormente, uma porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo. Na cabeça do epidídimo, os dúctulos eferentes do testículos continuam por dúctulos novamente muito tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo. Este ducto é tão sinuoso que ocupa um espaço de aproximadamente dois centímetros de comprimento, quando na realidade ele tem seis metros de extensão. Inferiormente, a cauda do epidídimo, tendo no interior o ducto do epidídimo, encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nessa curva constituída pela cauda do epidídimo e inicio do ducto deferente que ficam armazenados os espermatozoides até o momento do ato sexual, em que são levados para o exterior. A primeira porção do ducto deferente é mais ou menos sinuosa e ascende imediatamente por trás do epidídimo. Tanto o testículo como o epidídimo e a primeira porção do ducto deferente são diretamente envoltos por uma membrana serosa que é a túnica vaginal. Assim como a pleura ou o pericárdio,a túnica vaginal apresenta um folheto que envolve diretamente aqueles órgãos, sendo denominado lâmina visceral. Posteriormente aos órgãos supracitados, a lâmina visceral da túnica vaginal se reflete de cada lado, para se continuar com a lâmina vaginal. Entre a lâmina visceral e a lâmina parietal da túnica vaginal, permanece um espaço virtual denominado cavidade vaginal. A cavidade vaginal contém uma pequena quantidade de líquido que facilita o deslizamento entre as duas lâminas. Local de armazenamento dos espermatozoides até o momento da ejaculação.
DUCTO DEFERENTE
Anatomia: O ducto deferente é um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identifica-lo facilmente pela palpação, por se apresentar como um cordão uniforme, liso e duro, o que o distingue dos elementos que o cercam, que são de consistência muito branca.Próximoà sua terminação o ducto deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de ampola do ducto deferente. O Funículo Espermático: estende-se da extremidade superior da borda do testículo ao ânulo inguinal profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes. O funículo espermático esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito. Além do ducto deferente, ele é constituído por artérias, veias, linfáticos e nervos. As Artérias são em número de três: Artéria Testicular, Artéria do Ducto Deferente, Artéria Cremastérica. As veias formam dois plexos um anterior e outro posterior em relação ao ducto deferente. O plexo venoso anterior é o mais volumoso. A artéria testicular caminha entre as malha do plexo anterior.
DUCTO EJACULATÓRIO
Anatomia: É um fino tubo, par, que penetra pela face posterior da próstata atravessando seu parênquima para ir se abrir, por um pequeno orifício, no colículo seminal da uretra prostática, ao lado do forame do utrículo prostático. Estruturalmente o ducto ejaculatório assim como a vesícula seminal, tem a mesma constituição do ducto deferente, apresentando três túnicas concêntricas: adventícia, muscular e mucosa. Recebem a secreção da glândula seminal para ejetar espermatozoides com seus aditivos na uretra, para se misturar com liquido prostático.
VESÍCULA SEMINAIS
Anatomia: As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata, que elaboram um líquido para ser adicionado na secreção dos testículos. Tem cerca de 7,5 cm de comprimento. A face ventral está em contato com o fundo da bexiga, estendendo-se do ureter à base da próstata.
As vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inativos e mataria os espermatozoides. O líquido secretado pelas vesículas seminais normalmente constitui 60% do volume de sêmen.
PRÓSTATA
A próstata é mais uma glândula, cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal. Sua base está encostada no colo da bexiga e a primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmente pelo seu centro, da base ao ápice.
Próstata de Jovem: Sendo ligeiramente achatada no sentido antero-posterior, ela apresenta uma face anterior e outra posterior, e de cada lado, faces inferolaterais. Estruturalmente, a próstata é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas e da qual partem finas trabéculas que se dirigem para a profundidade do parênquima. Participando de seu arcabouço, encontramos fibras musculares estriadas que parecem derivar do músculo esfíncter da uretra. O restante do parênquima é ocupado por células glandulares distribuídas em tubos ramificados, cuja secreção é drenada pelos ductos prostáticos, os quais em número que gira em torno de vinte, se abrem na superfície posterior do interior da uretra, de cada lado do colículo seminal.
GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
As glândulas bulbouretrais são duas formações pequenas, arredondadas e algo lobuladas, de coloração amarela e tamanho de uma ervilha. Estão próximas do bulbo e envolvidas por fibras transversas do esfíncter uretral. Localizam-se inferiormente a próstata e drenam suas secreções (Mucosa) para a parte esponjosa da uretra. Sua secreção é semelhante ao muco, entra na uretra durante a excitação sexual. Constituem 5% do líquido seminal. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina que protege os espermatozoides e também secretam muco, que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação.
ESCROTO
O escroto é uma bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, epidídimo e primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) ocupa compartimento completamente separados, uma vez que o escroto é subdividido em duas lojas por um tabique sagital mediano denominado septo do escroto. Superficialmente esse septo corresponde a uma rafe cutânea (linha rugosa mediana), bem evidente. O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade, nos sete planos seguintes.
Cútis: é a pele, fina enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto.
Túnica dartos: a túnica dartos constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas.
Tela subcutânea: é constituída por tecido conetivo frouxo.
Fáscia espermática externa: é uma lâmina conjuntiva que provem das duas fáscias de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome, que desce do ânulo inguinal superficial para entrar na constituição do escroto.
Fáscia cremastérica: este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical.
No conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do abdome.
Fáscia espermática interna: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal.
Túnica vaginal: serosa cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e inicio do ducto deferente.
HISTOLOGIA
Os testículos são em número de dois e localizam-se fora da cavidade abdominal, pois precisam ser mantidos a uma temperatura inferior (aproximadamente 2oC) à temperatura corporal. Alojam-se dentro da bolsa escrotal, que é uma estrutura revestida por pele com uma camada rica de músculo liso. Os testículos são envolvidos por uma cápsula chamada albugínea, de tecido conjuntivo, rico em fibras colágenas. Cada testículo se divide em 250 lóbulos testiculares. Cada um destes apresenta de um a quatro túbulos seminíferos imersos em tecido conjuntivo frouxo, contendo vasos sangüíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais, também conhecidas como células de Leydig. Os testículos têm a importantíssima função de produzir espermatozóides e hormônio sexual masculino.
Os ductos genitais e as glândulas acessórias fabricam secreções que, juntamente com a contração da musculatura lisa, impelem os espermatozóides para o exterior. Além disso, essas secreções auxiliam na nutrição dos espermatozóides. Em conjunto, essas secreções e os espermatozóides compõe o sêmen ou esperma.
Os túbulos seminíferos consistem em uma túnica de tecido conjuntivo, uma lâmina basal e uma camada interna, constituída pelo epitélio seminífero ou germinativo, que é onde ocorre a espermatogênese e a espermiogênese. Neste epitélio germinativo é que se encontram as células de Sertoli e as células da linhagem espermatogênica. 
As células de Sertoli têm forma piramidal; são alongadas; apóiam-se sobre a membrana basal do túbulo seminífero; possuem citoplasma claro, pouco delineado, e muito irregular; apresentam núcleo alongado, com cromatina finamente dispersa e nucléolo bem distinto. Essas células têm a função de produzir um fluido que, através de sua correnteza, leva os espermatozóides; de dar suporte e coordenar a nutrição dos espermatozóides em formação, por meio da regulação da passagem dos nutrientes trazidos pelo sangue; e de fagocitar e digerir os restos de citoplasma que se desprendem das espermátides. 
Durante a puberdade, no testículo, as células de Leydig ou células intersticiais, que estavam quiescentes, tornam-se arredondadas ou poligonais, com núcleo central e citoplasma com gotículas de lipídios. Essas células são responsáveis pela produção da testosterona, o hormônio sexual masculino. 
Os espermatozóides produzidos nos testículos são transportados pelos ductos epididimário e deferente. Internamente, o ducto epididimário é revestido por epitélio pseudo-estratificado,formado por células basais arredondadas e por células prismáticas. Tal epitélio é apoiado numa lâmina basal envolvida por tecido conjuntivo frouxo e fibras musculares lisas. Essa musculatura lisa, através de contrações peristálticas, ajuda no transporte dos espermatozóides em direção ao canal deferente, e também auxilia no processo da ejaculação. 
O ducto deferente é um túbulo reto que liga o epidídimo à uretra prostática. Possui uma mucosa pregueada e revestida por epitélio pseudo-estratificado prismático com estereocílios; uma lâmina própria de tecido conjuntivo, com muitas fibras elásticas; uma camada muscular bastante desenvolvida, formada por uma camada média circular e duas camadas longitudinais (interna e externa); e uma camada adventícia de tecido conjuntivo. Em sua porção terminal, o ducto deferente apresenta uma dilatação, a ampola, onde o epitélio fica mais espesso e onde desemboca a vesícula seminal. Na porção intra-prostática esse ducto denomina-se ducto ejaculatório e apresenta mucosa igual à da ampola sem, no entanto, a camada muscular. 
As vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais constituem as glândulas acessórias do aparelho reprodutor masculino. 
A função das vesículas seminais é de secretar substâncias ativadoras dos espermatozóides, como diversas proteínas, prostaglandinas, frutose, inositol e citrato. Elas são em número de dois e apresentam uma mucosa pregueada, com um epitélio simples ou pseudo-estratificado prismático, com células cheias de grânulos de secreção. Possui uma lâmina própria abundante em fibras elásticas e é circundada por uma camada muscular lisa, que apresenta uma lâmina interna de fibras circulares e outra externa de fibras longitudinais. As secreções das vesículas seminais são acumuladas dentro da glândula e expelidas na ejaculação, graças à contração da musculatura lisa. A quantidade de secreção dessas glândulas varia conforme a testosterona.
A próstata produz e armazena o líquido prostático, que é expelido na ejaculação. Ela é formada por 30 a 50 glândulas túbulo alveolares ramificadas, cujos ductos desembocam na uretra prostática. Envolvendo a próstata, existe uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso, que envia septos que entram na glândula. Na próstata identificamos três zonas distintas. A zona mais interna apresenta um epitélio pseudo-estratificado e é formada pelas glândulas da mucosa. Na zona intermediária ou de transição encontram-se as glândulas da submucosa, onde freqüentemente ocorre a maioria dos processos de hiperplasia benigna, causando dificuldades na micção. E, a zona periférica é a mais volumosa e é formada pelas glândulas principais, apresentando um epitélio mais regular. Esta zona, no entanto, destaca-se por ser o maior local de origem dos tumores malignos (câncer) de próstata. Sem significado conhecido, muitas vezes encontram-se dentro da luz prostática diversos pequenos corpos esféricos de menos de ¼ de milímetro de diâmetro que, em geral, se calcificam. A testosterona influencia também nas secreções da próstata. A falta desse hormônio causa a regressão da glândula. 
As glândulas bulbouretrais são formações pares, situadas atrás da uretra membranosa, onde desembocam. Elas têm o tamanho de uma ervilha e são glândulas túbuloalveolares com células do tipo mucoso. Entre os septos que separam seus lóbulos, há músculo liso e esquelético. Sua secreção é clara e funciona como lubrificante.
O pênis é formado principalmente por três massas cilíndricas de tecido eréctil e pela uretra, envolvidas externamente por pele. Dorsalmente localizam-se duas dessas massas, que são os corpos cavernosos do pênis. A outra massa envolve a uretra peniana e, por isso, chama-se corpo cavernoso da uretra. Em sua porção terminal, ele dilata-se para formar a glande. A túnica albugínea do pênis, uma resistente membrana de tecido conjuntivo denso, envolve os três corpos cavernosos. Estes são formados por espaços venosos revestidos por endotélio. O prepúcio é uma prega retrátil da pele do pênis que contém tecido conjuntivo e, em seu interior, músculo liso. Glândulas sebáceas podem ser encontradas na pele que reveste a glande e na dobra interna do prepúcio. As glândulas mucosas de Littré são encontradas ao longo da uretra peniana.
2- Explicar a Espermatogêse:
Ocorre nos túbulos seminíferos onde as células germinativas primordiais migram para os testículos, e tornam-se células germinativas imaturas: AS ESPERMATOGÔNIAS.
Acontecem durante a vida sexual ativa, que começa aproximadamente aos 13 anos e reduz na velhice. Ela é resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da glândula hipófise anterior. As espermatogônia iniciam a divisão mitótica na puberdade, entrando nos vários estágios da espermatogênese.
1º Estágio: A espermatogonioa migra entre as células de Sertoliem direção ao lúmen central do túbulo seminífero.
As células de Sertoli: são muito grandes como envoltórios citoplasmáticos que envolve a espermatogonia em desenvolvimento desse trajeto.
MEIOSE(2 estagio): A espermatogônia que chega até as células de Sertoli modificam-se e alargam-se para formar os grandes espermatócitos primários, eles formam por meiose 2 espermatócitos secundário. Dias depois os secundários também se dividem por meiose formando espermátides que são diferenciadas em espermatozóides. O período da esprmatogênese dura aproximadamente 74 dias
Formação do espermatozoide: 
Cabeça do SPTZ: encontra-se núcleo da célula. Na parte externa tem o acrossomo que foi formado pelo complexo de golgi e contém enzimas como HIALURONIDASE e proteolíticas: pode degradar a membra do ovócito.
Flagelo: é dividido em 3 partes: 
1- AXONEMA, cuja estrutura é semelhante a do cílios e têm esqueleto central formado por 11 microtúbulos.
2-Uma membrana que recobre o axonema ; 3- Conjunto de mitocôndrias que envolve o axonema.
Fatores Hormonais que estimulam a espermatogênese:
1-Testosterona: é secretada pelas céulas de Leydig, localizadas no testículo que é essencial para o crescimento e divisão(maturação) das células germinativas.
2-Hormonio luteinizante: é secretado pela hipófise anterior e estimula a secreção de testosterona pelas células de leydig.
3-FSH: secretado pela hipófise anterior e estimula a conversão de espermátides em SPTZ;
4-Estrógeno: são formados a partir da testosterona pelas célula de Sertoli e são essenciais para espermiogênese
5-Hormônio do crescimento (GH): é necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos.
4- Citar as principais causas de infertilidade masculina:
Varicocele, dilatação anormal das veias dentro da bolsa escrotal, é a causa mais comum, são varizes que aparecem no cordão espermático – estruturas que acompanham os testículos, da cavidade abdominal até a bolsa escrotal. Essas varizes fazem com que a temperatura testicular aumente, o que pode afetar a produção dos espermatozoides. Porém, apenas 20% dos homens que possuem varicocele são inférteis. Ela é diagnosticada por exame físico, já que geralmente não causa nenhum sintoma e pode ser tratada com cirurgia.
  Criptorquidia unilateral ou bilateral, ou seja, a falta do testículo dentro da bolsa escrotal. 
  Torção testicular, que pode resultar em isquemia do testículo afetado e afetar a produção de espermatozoides
  História prévia de trauma testicular
  Infecções do trato genital masculino, tais como prostatite e epididimite, pois podem levar à obstrução do trato reprodutivo e subsequente infertilidade
  Orquite (inflamação no testículo) pós-caxumba. O acometimento testicular ocorre em 40 – 70% dos casos de caxumba pós-puberal
  Pacientes com câncer testicular que foram tratados com quimioterapia, radioterapia, cirurgia retroperitoneal, ou uma combinação destas técnicas. Após o tratamento, pode demorar até 5 anos para que o paciente volte a apresentar espermatozoides no seu ejaculado
  Febre, viremia ou bacteremia podem causar uma disfunção testicular temporária
  O tempo em que o paciente atingiu a puberdade, já que a puberdade precoce pode indicara presença de uma síndrome adreno-genital, enquanto a puberdade atrasada pode indicar um hipogonadismo ou Síndrome de Klinefelter
  História familiar de diabetes mellitus, uma vez que a diabete pode levar à ejaculação retrógrada ou à ausência da emissão seminal
  Cirurgias vesicais, pélvicas, retroperitoneais e transuretrais
  Alterações genéticas: Como fatores genéticos para a infertilidade, temos algumas anormalidades cromossômicas que são encontradas com frequência em pacientes com azoospermia (em que nenhum espermatozoide é detectado no sêmen ejaculado) ou oligozoospermia (em que a contagem de espermatozoides é inferior a 20 milhões por mililitro de sêmen).Pesquisas conduzidas pelo médico dinamarquês OjvindLidegaard indicam que 10% a 15% dos pacientes azoospérmicos possuem alterações cromossômicas, como a síndrome de Klinenfelter e Deleções no cromossomo Y. Em homens com oligozoospermia, as anormalidades atingem cerca de 3% a 8% (segundo estudos de H.U. Prauer conduzidos em Oxford).Algumas destas alterações podem resultar em riscos para a gravidez ou para o bebê se a fertilização acontecer. Por isso, cada caso deve ser analisado cuidadosamente por um especialista antes de qualquer indicação de tratamento.
O corpo cria anticorpos contra os espermatozoides: É quando o sistema imunológico do próprio homem ou da parceira detecta que o espermatozoide é um corpo estranho e o ataca e destrói. Isso pode ser contornado por uma inseminação artificial ou pela injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).
Alterações hormonais:Os níveis hormonais masculinos afetam diretamente a produção dos espermatozoides e devem ser avaliados sempre que houver alteração no espermograma. Os principais hormônios são o FSH (Hormônio Folículo Estimulante), que estimula a produção dos espermatozoides, e o LH (Hormônio Luteinizante), que incita a produção de testosterona e, assim, preserva a libido e a ereção. Ambos podem ser repostos, porém com muito cuidado e acompanhamento médico para não agravar o quadro.
Obstrução dos ductos de transporte:Caracteriza-se pelo bloqueio ou inexistência dos ductos ejaculatórios, que levam os espermatozoides produzidos nos testículos ao esperma que será ejaculado – é o que acontece com o homem vasectomizado. As causas da alteração podem ser um defeito congênito, infecção ou ferimento, além da própria vasectomia.O quadro pode ser revertido por cirurgia ou pela retirada dos espermatozoides direto dos testículos para uma fertilização in vitro (FIV). Antes da fertilização, é recomendado verificar se o homem é portador do gene para fibrose cística, uma das causas da azoospermia e que pode levar a complicações de saúde no bebê.
Infertilidade idiopática:É quando a causa da infertilidade não pode ser diagnosticada – o homem simplesmente não consegue engravidar a mulher. Nestes casos, é indicada a reprodução assistida por inseminação ou FIV.Cabe lembrar que a infertilidade não é um atestado definitivo de que o homem não pode ter filhos. Hoje, um diagnóstico profissional bem feito pode indicar um dos vários métodos que possibilitam a realização do sonho da paternidade.
Fatores de risco
  Tabagismo
  Alcoolismo
  Uso de drogas, como maconha, cocaína, heroína, crack e haxixe
  Estilo de vida
  Poluição ambiental
  Condições sistêmicas, como diabetes e câncer e seus tratamentos, também podem prejudicar a produção de espermatozoides pelo testículo
  Exposição ocupacional a gonodotoxinas, um tipo de pesticida
  Exposição ao cádmio, chumbo e manganês
  Trabalhadores expostos ao calor intenso
  Uso frequente de saunas e banheiras com água quente.
5 – Aspectos psicossociais da infertilidade
Afirmam que os problemas de fertilidade podem significar uma ofensa à autoestima, imagem corporal e autoavaliação para homens e mulheres que a vivenciam. sem obtenção de sucesso, pode desencadear um desgaste para a qualidade do relacionamento conjugal e sexual. Assim, o casal percebe os mecanismos utilizados na busca de resolução de seu problema como insuficientes e a ansiedade e a frustração podem ser inevitáveis.Tais procedimentos, associados à pressão social da família, amigos e conhecidos, podem gerar consequências psicológicas negativas, tais como aumento da ansiedade, depressão, conflitos matrimoniais, sentimentos de isolamento, raiva, fracasso pessoal, pessimismo, irritabilidade e deterioração do relacionamento sexual. 
1- Choque
Essa fase é marcada por uma dificuldade de compreensão do problema, negando, diminuindo ou duvidando das informações recebidas. O estado emocional provoca uma paralização e é muito comum a mulher “dar um tempo” para ver se alguma coisa acontece naturalmente.
Quando ainda sob o impacto emocional das informações recebidas, as pacientes tendem a olhar os médicos e os tratamentos em reprodução assistida como antídotos mágicos contra esse “mal” que recai sobre suas vidas e interrompe seus planos. É importante que o médico tenha uma escuta cuidadosa nesse momento, porque a idealização do sucesso do tratamento pode dificultar o manejo do vínculo com as pacientes quando os resultados não forem satisfatórios. A raiva, a revolta e a frustração facilmente podem ser projetadas no médico ou na equipe de saúde que assessora o tratamento reprodutivo. O impacto emocional e a fragilidade que essa realidade impõe desencadeiam quase que inevitavelmente um movimento psíquico de dependência do casal para com o médico. Muitos criam uma ilusão de que este profissional, assim como um messias, irá ter a solução para todos os problemas.
É importante que o ginecologista esteja atento a essa defesa emocional de negação do problema característica dessa fase, pois dados já demonstraram a sua correlação direta com quadros depressivos posteriores. O sentimento de insegurança com que os casais chegam às instituições provoca tais projeções, e é muito importante que o profissional esteja atento, pois nesse momento a escuta do paciente fica comprometida e também porque é nessa fase emocional que ocorrem mais distorções com relação à informação recebida.
2- Raiva e revolta
Os casais experimentam quase que inevitavelmente sentimentos profundos de inferioridade, vergonha e culpa. A sensação de inadequação e o desespero abrem espaço para o medo e a raiva. As mulheres inférteis apresentam quase 25% a mais de sintomas depressivos quando comparadas com um grupo sem tal dificuldade. Em um estudo realizado com casais após o insucesso do tratamento reprodutivo, foi observado um aumento de 50% nas alterações psicológicas que repercutiam no seu dia a dia e no seu bem-estar. As reações mais comuns foram: a sensação de serem incompletos sem o filho, a projeção da culpa em um dos parceiros, tornando a conversa sobre o tema um conflito ainda maior; a diminuição ou ausência do prazer sexual; o afastamento do convívio social. A ferida narcísica que a infertilidade provoca pode facilmente se transformar em um luto silencioso, e os momentos de angústia e desespero geram mudanças na forma de o casal se relacionar entre si e com o mundo. Esse desequilíbrio emocional aumenta a incidência de transtornos psicossomáticos e a negação ou dificuldade para lidar com os tratamentos médicos. A procura pelo culpado é muito comum nesse momento. Existe a necessidade emocional de imprimir a responsabilidade em um cônjuge, um médico, ou até mesmo a visão de que a infertilidade esteja vindo como um castigo por algum comportamento do passado. Quando o sentimento de raiva e revolta é direcionado a um dos cônjuges, atribuindo a este a culpa pelo problema, uma crise ainda maior se instala no casamento. Sentimentos de hostilidade também podem ser dirigidos à equipe de saúde que assessora o casal no tratamento reprodutivo. Essas reações demonstram a dor e o sofrimento da passagem da fase de ilusão (de que uma solução simples e mágica iria acontecer) para a fase da desilusão. O profissional da equipe de saúde precisa estar atento ao “clima” tenso e, às vezes, desconfiado que a paciente imprime na consulta – muitas vezes as pacientessabatinam o médico com um check-list de dúvidas e perguntas. Geralmente o profissional percebe um tom mais hostil na fala e no clima da consulta, o que pode ser facilmente dissolvido com uma postura firme, mas ao mesmo tempo acolhedora.
3- Desorganização e sentimentos depressivos
Os sentimentos mais comuns nesta fase são a falta de esperança, a sensação de impotência e o isolamento. Características depressivas começam a aparecer também nesse período.
Muitas vezes o sofrimento psíquico em lidar com a infertilidade é manifestado pelo caminho dos sintomas físicos, das somatizações. As pacientes relatam com muito mais facilidade os efeitos que as medicações utilizadas nos tratamentos causam em seus corpos, porém se esquecem de cuidar dos efeitos psíquicos do diagnóstico e das tentativas realizadas na Reprodução Assistida, o que significa lidar com o ciclo “esperança-fracasso.”
A infertilidade do ponto de vista emocional é vivida como uma perda, e toda perda pressupõe um luto. Esta perda pode ser vivida em diferentes momentos: quando se descobre que a gravidez muito provavelmente não acontecerá sem tratamento; quando há insucessos nos tratamentos; e quando a gravidez é seguida pelo aborto. Os sentimentos depressivos, típicos deste momento, indicam o fim da fase de raiva e revolta e o início de uma nova fase na qual há a possibilidade de suportar as frustrações sem ressentimentos e com menos hostilidade, e as projeções da raiva no mundo externo diminuem. Apesar de ser uma fase necessária ao processo de elaboração emocional, é extremamente importante que o médico esteja atento para a intensidade e a permanência da paciente neste quadro. Caso os sintomas depressivos se intensifiquem, um quadro mais severo de depressão pode se configurar. A indicação fármica e psicoterápica é extremamente benéfica e se faz necessária em tais situações.
4- Reorganização
Nessa fase começa a ser possível uma aceitação real do problema e uma reorganização da vida pessoal de forma a aliviar a ansiedade e conseguir um manejo consciente e seguro sobre os passos a serem seguidos para alcançar o filho desejado. Apesar de as respostas emocionais com relação ao problema serem diferentes entre homens e mulheres, o apoio entre os cônjuges é fundamental para o bem-estar e o equilíbrio mental de ambos. Quando o casal não consegue oferecer um apoio mútuo, isto é, quando o impacto da infertilidade recai negativamente sobre o vínculo conjugal, observa-se uma sobrecarga no psiquismo feminino, e consequentemente os riscos de uma nova crise emocional aumentam. Dados da literatura já comprovaram que as mulheres inférteis apresentam uma tendência maior a sintomas psiquiátricos dos que os homens. Estas também buscam muitas vezes o alívio dessas angústias em sites de internet nada confiáveis ou com amigos e parentes que não lidam com o tema com a delicadeza e compreensão necessária. É fundamental que o médico atente-se para a qualidade do vínculo conjugal de seus pacientes e o seu efeito positivo ou negativo no alívio das ansiedades e nas tomadas de decisão. Sabendo da importância do vínculo médico-paciente, do impacto positivo que a escuta e o acolhimento médico podem oferecer, é vital que o ginecologista esteja capacitado para lidar com esses conteúdos emocionais que inevitavelmente irão aparecer em sua prática clínica. A escuta acolhedora, o respeito pelo tempo de espera da paciente em aceitar uma recomendação e a indicação de um profissional da área de saúde mental indicam o cuidado e a atenção necessária quando o sofrimento fica difícil de ser tolerado pelo casal. O que faz um casal trocar de médico ou clínica especializada quase sempre é uma quebra de confiança e segurança na relação médico-paciente, e não necessariamente o número de tentativas e falhas que já enfrentaram juntos. Por isso, é necessário investir no vínculo que se estabelece desde o primeiro contato médico, lembrando que a qualidade deste já é um fator motivador para o sucesso do tratamento. A qualidade positiva deste relacionamento médico-paciente tem um impacto altamente positivo na esperança e no alívio das ansiedades extremamente intensas dessa fase da vida.

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