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APS FINALIZAR NA SEXTA

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INTRODUÇÃO
Este presente trabalho tem por objetivo expor uma simulação de um julgamento no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB. Através de cinco peças, acusação, defesa e três decisões dos juízes, será mostrado uma infração relacionada à publicidade do advogado, que infringe artigos do Código de Ética e Disciplina, seu provimento 94/2000 e o Estatuto da Advocacia da OAB.
A publicidade advocatícia é algo permitido, desde que seja realizada com moderação e discrição. O advogado deve estar atento aos seus atos em relação à publicidade, o que é permitido e vedado. 
Neste trabalho trazemos a história de um advogado, que após um ganho de uma causa midiática, resolveu fazer uma publicação em uma rede social e não se preocupou com as limitações impostas pelo CED, violando assim, alguns artigos do referido Código. Será apresentado a acusação, sua defesa e a decisão dos juízes.
Para o desenvolvimento do presente trabalho foram realizados estudos aprofundados sobre o Código de Ética e Disciplina, além do provimento 94/2000 e o Estatuto da Advocacia da OAB.
A atividade proposta estrutura-se em quatro capítulos, apresenta-se no primeiro a peça de acusação. No segundo capítulo a defesa. No terceiro é exposto as três decisões dos juízes, após analisarem o caso e por fim, conclusão da decisão, sendo este o quarto capítulo. 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil - Estado de São Paulo.
A advogada vem mui respeitosamente à presença de Vossa Senhoria oferecer acusação.
As advogadas foram constituídas para executar a acusação de xxxxxxx xxxxxxx, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB/SP sob o nº 13.159.
I - DOS ACONTECIMENTOS 
O presente processo, após denúncia à ouvidoria da OAB, foi instaurado à fim de que se apurasse a prática da infração prevista no artigo do Código de Ética, Estatuto da OAB (lei 8.096/94), além do provimento 94/2000 da OAB em virtude da inadimplência do acusado em relação ao aclamado código de ética vigente.
Para que possamos relatar, de forma clara e transparente aos senhores, o ocorrido, necessitamos expor outro caso, que atualmente transita em julgado, decisão provinda do Tribunal Regional Federal de São Paulo;
Anexamos, portanto, o caso de maneira simplória e integral, retirado de um noticiário local com as informações que haviam sido publicadas, para ciência dos senhores:
“O ator XXXX foi flagrado dirigindo bêbado após se envolver em um acidente na cidade de Sorocaba/SP
O ator XXXX estava sozinho em seu carro quando colidiu com o veículo de WWWW que com a força do impacto atingiu a bicicleta conduzida por ZZZZ, ocasionando a morte deste.
De acordo com o delegado YYYY, os motoristas dos automóveis foram presos em flagrante. Isto porque, após o acidente o ator XXXX concordou em realizar o exame com o equipamento conhecido como “bafômetro” que acusou que o mesmo tinha ingerido bebidas alcóolicas em um patamar três vezes superior ao limite permitido por lei.
Já o vendedor WWWW, motorista do segundo automóvel (que atingiu a bicicleta) vendedor, WW anos, também foi preso em flagrante, pois segundo testemunhas participava de um racha e segundo o ator XXXX foi ele o responsável pelo acidente. Os motoristas foram encaminhados à audiência de custódia, oportunidade em que o Juiz arbitrou fiança para o ator XXXX, que após o recolhimento da mesma, foi liberado para responder o processo em liberdade. Já, com relação ao motorista WWWW (vendedor), o juiz optou por converter o flagrante em Prisão Preventiva, pois segundo alegou estavam presentes os requisitos para a prisão cautelar.
Este fato causou inquietação na população nacional, já que o ator poderá responder ao processo em liberdade. É certo ainda que, na manhã seguinte ao acidente, surgiram vários vídeos gravados por populares que indicam que o veículo conduzido pelo ator XXXX seria o responsável pelo acidente que ocasionou a morte do ciclista ZZZZ, pai de família que estava voltando do trabalho
A batida aconteceu no cruzamento entre as ruas Hermelino Matarazzo e Joaquim José de Lacerda, às 22h40, do dia 07 de abril (sábado), e conforme mencionado envolveu o carro de luxo, conduzido por XXXX, o carro popular conduzido por WWWW e a bicicleta do garçom ZZZZ.
O garçom ZZZZ retornava do seu trabalho, após uma jornada de 12 horas, em uma lanchonete que fica próxima ao local do acidente. A vítima estava conduzindo sua bicicleta, que era seu único meio de transporte para trabalho e estudos, este que estava no 1º semestre do curso técnico em radiologia.
Após o acidente, ZZZZ foi levado ao hospital, mas já estava sem vida. Os motoristas também receberam atendimento médico no local e apresentaram apenas escoriações.
ZZZZ foi velado no município de Piedade, SP, na tarde de domingo (8) e enterrado no cemitério municipal da cidade. Segundo a Policia Civil informou na manhã desta segunda feira (09), as investigações do caso estão a cargo do delegado YYYY, mencionado na reportagem.
Notícia retirada do Jornal da Tarde, do dia 10 de abril de 2018. 
II – DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Em vista da matéria previamente apresentada, podemos então, dar início aos fatos que nos trazem até o presente conflito.
Posto, o processo que havia sido instaurado, como parte a família da vítima, e em posição de réu, o ator xxxxxx xxxxxx, citado na matéria, e havendo cessado o mesmo, como inocente, entramos no âmbito.
O advogado requerido até o vigente tribunal, sendo ele também quem atuou na defesa de wwwww , cometeu atos infracionais em relação ao proclamado código de ética da OAB.
Vamos exteriorizá-los:
No dia xx/xx/xxxx, o representado, após decisão publicada, tendo vitória sobre a causa ora apresentada, decidiu ostentar seu êxito.
Acessou então, sua rede social, um perfil no facebook, e fez a seguinte publicação (em anexo no doc. 1)
“Vocês se lembram do caso “álcool do horário nobre”, ocorrido em abril? Aquele que teve grande repercussão na mídia de todo país?
Caso este, que um vendedor, teve ganho de causa, sendo a outra parte, um ator famoso das telinhas, ambos envolvidos em um acidente automobilístico.
E sabem como isso foi possível? –Sim, com meu trabalho e dedicação. Por isso, venho através desde post, mostrar minha alegria por tal resultado e também deixar meu contato, caso passem por algo semelhante e necessitem de alguém capacitado para sua defesa. Estarei à disposição. Garanto deferimento do processo. Valores In Box.
Escritório de Advocacia e Imobiliária SSSSS e PPPPP
Telefone 99999-00000
OAB XXXXX”
Em indispensável conhecimento ao vigente código de ética, podemos facilmente fazer a menção da Lei n° 8.906/94 de 04 de Julho, que nos apresenta o seguinte, prontamente nos Art. 39 e Art. 40, dos conhecimentos:
 
			“CAPÍTULO VIII / DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL”
			Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem 					caráter meramente informativo e deve primar pela 					discrição e sobriedade, não podendo configurar 					captação de clientela ou mercantilização da 						profissão.
Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela.
(grifo das advogadas)
Com esses artigos, podemos nitidamente encontrar a infração. O advogado, no trecho “caso passem por algo semelhante e necessitem de alguém capacitado para sua defesa. Estarei à disposição. Garanto deferimento do processo” visa captar clientes, de forma totalmente indevida. Pois, ao oferecer seu trabalho com a certeza de que “consegue êxito”, atinge à leigos que, na situação de necessidade, acreditam que podem ter o seu caso ganho também.
Prossigamos; 
Ainda, em questão dos atos infracionais, podemos com facilidade apontar uma segunda violação.
Vejamos, portanto, um segundo artigo que nos relata:
“Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com adiretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:”
“V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;”
De fato, não há como nos evadirmos de provas como estas. 
O advogado, até mesmo se fossemos olhar a grosso modo, da mesma forma estaria infringindo um outro artigo: 
“Art. 42. É vedado ao advogado:”
“V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas”
Ao afirmar em sua publicação: “E sabem como isso foi possível? –Sim, com meu trabalho e dedicação”, o advogado demonstra outra vez sua postura muito incoerente e errônea ao Tribunal.
Ainda;
Quando utilizados os meios de contato, para com o advogado referido, nota-se outra transgressão. O nome do seu escritório de advocacia, em conjunto com uma imobiliária, que, após breve pesquisa, dá-se como propriedade de seu irmão. Sendo assim, outro artigo deve ser apreciado: 
"Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:"
"IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras;"
Com a apresentação do fato acima, ansiamos que fique claro aos Excelentíssimos Senhores Juizes, cientes do artigo referido, que o réu não apenas age com inconsequência e descaso àos artigos de ética na internet, podendo esta se tornar matéria para outro processo.
Também;
O representado se enaltece com seu êxito na causa citada em matéria, e se utiliza de apelação em seu texto para induzir à população, novamente, que com a prestação de seus serviços, os êxitos em processos serão assegurados. Estende – se o fato da ausência de preocupação e zelo para com o seu cliente, já que mesmo de uma forma indireta, ele foi exposto. Tal exposição é dada no momento em que, faz uso do nome do caso: “álcool do horário nobre” dado pela mídia, à época da ocorrência. Viola – se o artigo 5º, parágrafo único do Provimento 94/2000 que delega: 
Artigo 5º [...] Parágrafo único. As páginas mantidas nos meios eletrônicos de comunicação podem fornecer informações a respeito de eventos, de conferências e outras de conteúdo jurídico, úteis à orientação geral, contanto que estas últimas não envolvam casos concretos nem mencionem clientes.
Dentre as irregularidades, está o uso de imagens indevidas, onde na publicação, faz uso de gifs e imagens de animações, da própria rede social, fugindo completamente da seriedade, moderação regulamentada pelo Código de Ética em vigor. É notável o desdém por parte do advogado ao publicar tal postagem, uma vez, que sabe - se as normas atribuídas à publicidade do advogado. Surpresa neste tribunal, por ser sabido que o representado já possui alguns anos de trabalho jurídico.
Neste momento, e com busca de clareza ante os Senhores, expusêmos, todos atestados e com artigos em vigência.
III - SÍNTESE
Desde a vigência do Código de Ética da OAB, a regra geral, na perspectiva da publicação, é a permissão da publicidade desde que realizada com discrição e moderação. Importante ressaltar que a publicidade informativa é permitida, enquanto a propaganda indutiva é vedada, sendo ela, toda aquela que visa a captação de clientela, indução de contratação, e entre em conceitos mercantis.
Apresentados os fatos com verdade e visando a justiça, declaramos a exposição de fatos por encerrada.
PEDIDO
Devido ao estudo aprofundado da lei, e cabíveis medidas à serem adotadas, requeremos a que se adapta perfeitamente ao caso, a concessão do pedido de censura do advogado. Ansiamos deferimento.
São Paulo, 23 de maio de 2018.
Advogada 1
OAB/SP 157.137 
Advogada 2 
OAB/SP 168.148
Documento 1 (printscreen da publicação feita pelo advogado)
 
*foto*
Das sentenças:
Primeiro Juiz
I – Relatório
O advogado XXXX regulamentado na instituição OAB pelo número XXX foi denunciado para a ouvidoria da OAB por infringir o Código de ética e disciplina dos advogados do Brasil e a lei (8.096/94). O réu expôs em uma publicação na rede social facebook, um caso bastante repercutido, no qual trabalhou e ganhou a causa. As acusadoras alegam que o réu expôs seu trabalho de maneira inadequada e antiética com intuito de captação de clientela, indo contra a doutrina, solicitam então a Sansão Disciplinar, Censura.
II – Fundamentação 
A fundamentação baseada no capítulo VIII DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL mostra que o réu agiu dolosamente ao publicar em sua rede social, visto que ele expôs dados como telefone e utilizou de métodos para capitalizar clientela indo contra o que prescreve os artigos 39. 40. E 49. Do Código de Ética e Disciplina dos Advogados do Brasil.
Após análise na publicação da rede social e prestado o depoimento da defesa procede que o réu não foi convincente com seus argumentos, deste modo a tese da acusação é procedente.
III – DISPOSITIVO
Tendo em vista os fundamentos expostos, julgo totalmente procedente o pedido da acusação, para fim de declarar Censura ao réu.
Condeno cumulativamente com a Censura uma multa no valor R997,30 (novecentos e noventa e sete reais e trinta centavos) o equivalente a uma anuidade da OAB, tendo em consideração a não gravidade do caso e o peso do bom trabalho da acusação. Julgo conforme o artigo 36 §II, e art. 39. Do capítulo IX das Infrações e Sanções Disciplinares.
Segundo Juiz
O advogado regularmente inscrito na OAB/SP sob o n. 111.111 foi representado para a ouvidoria da OAB por, supostamente, infringir o Código de Ética e Disciplina dos Advogados do Brasil bem como a lei (8.096/94). O advogado, em uma publicação na rede social FACEBOOK, buscou a captação de clientes quando divulgou dados referentes a um processo de grande repercussão na mídia nacional.
As denunciantes BBBB e CCCC alegam que o profissional não observou os limites do Código de Ética e Disciplina vigente, pois alegam que a propaganda foi descarada (não observou os limites impostos aos advogados) além de também garantir o resultado positivo quando da referida publicação, o que é vedado ao advogado já que viola o art. XX, da Lei n. 8888/94.
Juntaram documentos
Regularmente notificado, o advogado AAAA ofertou defesa escrita, oportunidade em que declarou ter observado as limitações impostas pelo Estatuto da OAB, Código de Ética e Disciplina, e o Provimento 94/2000.
Juntou documentos.
As partes arrolaram testemunhas que foram ouvidas conforme demonstram os autos.
É O SUCINTO RELATÓRIO
FUNDAMENTO E DECIDO
A representação é procedente.
O conjunto probatório carreado aos autos é uníssono e harmônico, demonstrando que o advogado representado, de fato, infringiu dispositivos legais, em especial o art. 4º, alínea “a” do Provimento 94/2000 pois a publicação no FACEBOOK fez menção direta a uma causa sobre seu patrocínio, sendo certo ainda que o representado mencionou que teve sucesso na demanda. Neste sentido é a cópia da publicação juntada à fl. ## dos autos.
Já com relação ao disposto no art. 4º, alínea ‘f’ do provimento anteriormente mencionado bem como a parte final do art. 28 do Código de Ética e Disciplina, verifico que o advogado representando também infringiu as normas destes dispositivos pois quando mencionou o número de telefone de seu escritório, destacou que o mesmo é de advocacia e de imobiliária.
Referida situação não é condizente com a profissão de advogado, e expressamente vedada conforme se verifica dos dispositivos mencionados no parágrafo anterior, portanto é de rigor a procedênciada representação no tocante à propaganda em conjunto com outra atividade.
Melhor sorte não assiste ao advogado representado com relação a alegação que não fez promessas de resultado. Isto porque, de forma perigosa e enganosa, o mesmo ao efetuar a postagem no FACEBOOK expressamente declarou, in verbis que “garanto deferimento do processo”. 
A alegação da defesa de que a garantia era de que o processo seria recebido pelo judiciário não procede. Conforme se verifica do teor da postagem e dos depoimentos das testemunhas CCCC e DDDD, o representado lhes garantiu que, caso fosse contratado, o processo seria procedente e as contratantes CCCC e DDDD receberiam indenização. 
Vale mencionar ainda que, ao declarar que garante deferimento do processo, o advogado está atuando além de suas atribuições, deixando a impressão que poderia influenciar na instrução do processo e no convencimento do magistrado, além de desembargadores no caso de eventual recurso.
Incumbe ao patrono a cautela e necessário cuidado. O mesmo deve avaliar os elementos de informação em cada caso concreto e sempre ser claro com seus clientes, cientificando-lhes que o resultado do processo não pode ser garantido e depende da verificação pelo julgador dos elementos de prova carreados a cada processo. E também por estas razões o representado infringiu o disposto no art. 31, §1º do Código de Ética e Disciplina e ao art. 4º, alínea ‘i’ do Provimento 94/2000.
Aqui, importante ressaltar que a oferta dos serviços foi defeituosa, e não se desconhecendo a aplicação do Estatuto da OAB, verifico a incidência e aplicação também do Código de Defesa do Consumidor, já que o advogado é um prestador de serviços e seu cliente é um consumidor.
Destaco que o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor dispõe que o fornecedor de serviços (neste caso advogado representado) responde, por defeitos relativos à informações inadequadas sobre sua fruição e riscos, tal como ocorrido na postagem do representado que garantiu o resultado do processo.
Necessário consignar também que o advogado infringiu o art. 31 do Código de Ética e Disciplina bem como o art. 34, inciso XXV do Estatuto da OAB já que em sua postagem não observou a sobriedade da advocacia ao usar imagens e figuras que induzem àqueles que visualizem a postagem ao conhecimento da causa em que advogou, utilizando-se de expressões (call me) que não condizem com o comportamento que a sociedade espera de um operador do direito.
Vale lembrar que o art. 34, XXV do Estatuto da OAB menciona de forma clara e expressa que o advogado não deve manter conduta incompatível com a advocacia. E conforme amplamente explanado e verificado pelos elementos de prova constantes neste caderno processual, o representado agiu de forma perigosa, enganosa e incompatível com a conduta esperada de um advogado.
Por fim, necessário mencionar que o representado agiu de forma dolosa, pois é o único responsável pelas postagens em suas redes sociais, tanto que para cessá-las é necessário identificar-se com login e senha, criados exclusivamente para o usuário e portanto, o mesmo infringiu o art. 32 do Estatuto da OAB (Lei no 8.906/1994).
Ante o exposto, com fulcro na legislação vigente JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na representação para declarar que a postagem do advogado representado infringiu os dispositivos do Código de Ética e Disciplina, Estatuto da OAB e Provimento no 94/2000 e em consequência CONDENO o advogado representado, em atenção à gravidade de sua conduta e diversas infrações à penas de:
Multa no patamar de R$ 997,30 (novecentos e noventa e sete reais e trinta centavos) o equivalente a uma anuidade da OAB e;
Suspensão dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil pelo prazo de 12 (doze) meses.
Intimem-se as partes e oportunamente, cumpra-se o determinado nesta sentença.
Com o trânsito em julgado da presente, proceda-se às anotações necessárias e ao arquivo com as cautelas de praxe.
Terceiro Juiz
l - Dos fatos/Relatório
O advogado xxx regulamente inscrita na instituição sob o número xxxx, foi acusado por infringir o artigo 39 do CED (Código de Ética e Discplina, Estatuto da OAB), fazendo publicidade em sua rede social pessoal Facebook.
Tendo em vista as evidências que a ré trouxe pra sua defesa e também as provas que a acusação usou com excelência, tomarei lado sobre o trabalho executado.
ll - Do pedido.
 A ré em sua posição alega não ser a responsável pela postagem, relata ter sido hackeada, mas não trouxe nenhuma prova que comprove o ato citado acima.
A acusação solicita censura, pois a ré infringiu os artigos 39, 40 e 46 do CED. 
lll - Da decisão 
Visto que, o advogado sendo conhecedor das normas do que se pode e não fazer, que se está explícito no CED(art 39-47), não poderia tomar decisão diferente, dado que a conduta da ré desvaloriza a imagem ética da profissão. 
lV - Da sentença
 l - Indefiro a solicitação da ré, uma vez que sua postura não foi coerente com sua profissão.
ll - Defiro a solicitação da acusação e dou causa ganha. 
A ré recebe censura
“Recebe censura e deixo claro que, a ré deixa de ser primária, sendo assim, deverá ter mais atenção em seus atos advocatícios. 
À visto disso, a acusação encaminhou indícios que agravou o caso citado.
l - Infringiu o CED (art 40), uso do nome de seu escritório junto a uma imobiliária. 
ll - Irregularidade ao uso de imagens e gifs impróprios.
Acrescento em conjunto a censura uma multa com o valor de uma anuidade de R$: 997,30 (novecentos e noventa e sete reais e trinta centavos), representativos, equivalente a uma anuidade da Ordem dos Advogados.
Conclusão das decisões
Após debate e análise dos artigos citados nos autos, os juízes intitulados DEFEREM o pedido de CENSURA.
Ainda, prezam por adicionar uma multa, no valor respectivo às anuidades da OAB, valor consensual DEFERIDO de R$: 3.989,20 (três mil, novecentos e oitenta e nove reais e vinte centavos), que corresponde ao total de 4 (quatro) anuidades.
Nada mais, intime-se o advogado.

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