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RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO Profa. Dra. Aline P Pansani SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO (RE) • Mais da metade das membranas totais de uma célula animal típica • Luz do RE: ocupa 10% do volume total da célula • Contínuo com a membrana externa do envoltório nuclear • Emaranhado de tubos e sacos ramificados FUNÇÕES DO RE • Biossíntese de proteínas e lipídeos • Todas proteínas transmembranas e proteínas para exportação • Lipídeos da maioria das organelas celulares • Reservatório de Ca+2 intracelular • Utilizado processos sinalização celular • Detoxificação Celular • Enzimas da família P450: catalisação de reações de solubilização de compostos ESTUDOS COM RE MICROSSOMOS COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO RE: MEMBRANA • 30% Lipídeos e 70% proteínas Proteínas Oxidativas: Preferencialmente na Face citoplasmática Glicoproteínas, prot para modificação de produtos, hidrolases, peptidases Face Luminal Citocromo P450: detoxificação celular e síntese de hormônios esteróides Citocromo b5: dessaturação de ácidos graxos • Composição aquosa • Produtos de secreção de cada tipo celular • Proteínas residentes do RE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO RE: LUZ DIVERSIDADE ESTRUTURAL DO RE: RE RUGOSO (RER) Proteínas: • RE • Exportação • Membrana Translocação co-traducional Translocação Pós-traducional Células secretoras: RER bastante desenvolvido DIVERSIDADE ESTRUTURAL DO RE: RE LISO (REL) • Metabolismo de Lipídeos que compõem as membranas • Reservatório de cálcio • Armazena Glicogênio • Desintoxicação DIVERSIDADE ESTRUTURAL DO RE: RE LISO (REL) Fibras Musculares: Retículo Sarcoplasmático (armazenamento Ca+2) Células do fígado e células produtoras de hormônios esteroides são ricas em RE liso Santos et al. Arq. Bras. Cardiol. vol.98 no.1, 2012 DIVERSIDADE ESTRUTURAL DO RE RER e REL: São estágios funcionais diferentes de uma mesma organela HIPÓTESE DO SINAL Como são selecionadas e capturadas as proteínas que devem ser translocadas para o RE? Uma sequência líder N- terminal direciona a proteína nascente para o RE Posteriormente essa sequência é clivada da proteína final Sequência Sinalizadora HIPÓTESE DO SINAL Como a sequência sinal é reconhecida? Partícula Reconhecedora de Sinal (SRP) A SRP possui um sítio que se liga ao sinal assim que esse emerge do Ribossomo interrupção da síntese Outro sítio se liga às subunidades maior e menor impedindo sua ligação com os fatores de elongação Como a sequência sinal é reconhecida? Sequência sinal + SRP – SRP+receptor SRP – Ribossomo acoplado ao translocador – dissociação SRP e seu receptor Poliribossomos e RE TRANSLOCAÇÃO CO-TRADUCIONAL E PÓS-TRADUCIONAL BiP: Biding protein (Hsp 70) - chaperona Clivagem da Sequência Sinal Proteínas solúveis no lúmen do RE Quando a proteína atinge um certo tamanho a sequencia sinal é clivada A sequência de clivagem determina o local da clivagem O translocador abre-se lateralmente Proteases da membrana do RE degradam o peptídio sinal Clivagem da Sequência Sinal Proteínas de Membrana UNIPASSO Translocação termina quando sequência hidrofóbica secundária alcança o translocador Clivagem da Sequência Sinal Proteínas de Membrana UNIPASSO Sequência de início no meio da cadeia peptídica – não é clivada A distribuição de cargas dos aminoácidos vizinhos à sequência sinal determinam qual extremidade da proteína será Translocada Resíduos carregados positivamente – localizados em uma posição N-terminal em relação à sequência sinal: C-terminal interno (A) Resíduos carregados positivamente – localizados em uma posição C-terminal em relação à sequência sinal : C-terminal externo (B) + + + + + + + + + + + + + + + + + + Não é clivada Clivagem da Sequência Sinal Proteínas de Membrana MULTIPASSO DUAS passagens Não é clivada Clivagem da Sequência Sinal Proteínas de Membrana MULTIPASSO MÚLTIPLAS passagens Proteínas Residentes do RE Um sinal de retenção com 4 aminoácidos na extremidade C terminal Algumas proteínas são residentes do RE e não estão “em trânsito” para nenhuma outra organela PDI – Proteína Dissulfeto Isomerase Catalisa formação de pontes dissulfeto (S-S) entre cisteínas (Proteínas domínios não-citoplasmáticos) BiP – Binding Protein (Proteína Chaperona) - Translocação pós-traducional - Reconhece prot. Dobradas incorretamente (domínios hidrofóbicos) - Reconhece subunidades que ainda não se juntaram - Impede que proteínas defeituosas deixem o RE KDEL – lisina, asparagina, ácido glutâmico e leucina GLICOSILAÇÃO A maioria das proteínas que passam pelo RE são Glicoproteínas Oligossacarídeo (14 açúcares) – transferido em bloco- à cadeia lateral asparagina Catalisação enzimática Ainda no RE 3 glicoses e 1 manose são retiradas Oligossacarídeo Precursor Asn--‐-X--‐-Ser ou Asn--‐-X--‐-Thr X= qualquer aa exceto prolina Glicosilação ligada ao N GLICOSILAÇÃO Antes de sair do retículo endoplasmático a árvore de açúcares vai ser podada: - as três glicoses terminais são cortadas - uma das manoses também será retirada Motivo: controle de qualidade da síntese de proteínas e da própria montagem da árvore de açúcares GLICOSILAÇÃO • Glicosilação parece ser importante para que as proteínas se dobrem corretamente • Calnexina e Calreticulina ‣ Chaperonas de ligação a carboidratos (Lectinas); ‣ Ligam-se aos oligossacarídeos e mantém as proteínas no RE; ‣ - Impedem que proteínas não dobradas corretamente se agreguem; • Ligam-se apenas a oligossacarídeos que contém apenas uma glicose • Glicosilação de proteínas: limita a proximação de outras proteínas - torna a glicoproteína mais resistente à digestão; proteção contra patógenos Glicosidase: remove glicose Glicosil-transferase: insere glicose ‣ Impedem que proteínas não dobradas corretamente se agreguem ‣ Ligam-se apenas a oligossacarídeos que contém apenas uma glicose EXPORTAÇÃO E DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS DO RE MAL ENOVELADAS E3 ubiquitina - ligase Lectina Dissulfeto isomerase: quebra S-S Chaperonas Proteína Linear PROTEÍNAS LIGADAS AO GLICOSILFOSFATIDILINOSITOL (GPI) A sequência C- terminal sinaliza para a ligação com o GPI As proteínas ligadas ao GPI podem ser rapidamente removidas e liberadas da membrana plasmática (enz. fosfatases) GPI: âncora para adição de proteínas – proteínas de membrana (exportação Membrana Plasmática) SÍNTESE DE LIPÍDEOS DE MEMBRANA A maioria dos lipídeos de membrana são produzidos no RE Principal fosfolipídeo: fosfatidilcolina (lecitina) Fosfatidilcolina: 3 etapas, catalisadas por enzimas da membrana do RE (face citosólica) Síntese a partir de colina, 2 ac. Graxos e glicerol fosfato Síntese exclusiva no folheto citosólico da membrana do RE CDP-colina: citidina difosfocolina Primeira etapa para aumento da bicamada (etapas subsequentes determinam o tipo de fosfolipídeo – serina, etanolamina, inositol). DISTRIBUIÇÃO DE LIPÍDEOS NO RE E MP Simétrica Translocador de fosfolipídeo: Misturador/ Embaralhador (scramblase) – não seletivo Assimétrica Flipases SÍNTESE DE COLESTEROL Ocorre no RE a partir do acetil Co-A, formando o Ciclopentanoperidrofenantreno Produção de ácidos biliares e hormônios esteroides DETOXIFICAÇÃO catabólica Anabólica Produto Inativo Mais reativo ou inativo Solúvel DETOXIFICAÇÃO REL REL do Hepatócito – maior quantidade
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