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Duração do trabalho

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Jornada Legal e Convencional:
A principal obrigação do empregado no contrato de trabalho é prestar o trabalho (obrigação de fazer). A Jornada mede o tempo de prestação de trabalho do empregado ou de disponibilidade perante o empregador.
A Jornada ao mesmo tempo é a medida da principal obrigação do empregado (prestar serviços) e a medida da principal vantagem empresarial (apropriação dos serviços pactuados), segundo Maurício Godinho Delgado.
É importante fazer a distinção entre horário de trabalho e jornada de trabalho.
- O horário de trabalho é o lapso temporal entre o início e o fim de certa jornada de trabalho. Assim, a hora de entrada e de saída no emprego é que
determinará o horário de trabalho do empregado.
- Jornada de trabalho é a quantidade de labor diário do empregado, ou seja, é o tempo diário em que o empregado tem que se colocar em disponibilidade perante seu empregador.
Exemplificando: Teobaldo inicia o seu trabalho às 9 horas da manhã, interrompe para almoçar às 13 horas, retorna às 14 horas e termina de trabalhar às 18 horas. O horário de trabalho dele será de 9 às 18 horas e a jornada de trabalho dele será de 8 horas diárias.
A duração do trabalho abrange o lapso temporal de labor ou disponibilidade do empregado, perante o seu empregador, em virtude do contrato, considerados: o dia, a semana, o mês e até mesmo o ano.
A duração normal do trabalho foi fixada pela CRFB/88 em função do dia (jornada) ou da semana, observem:
Art. 7º XIII da CF/88 duração normal do trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Observem que a jornada ordinária ou normal prevista constitucionalmente é de 8 horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, sendo assim podemos afirmar que o tempo máximo previsto para a prestação de trabalho é de 8 horas diárias.
Mas poderá este tempo ser ampliado ou reduzido?
Como o próprio artigo 7º da CF/88 estabelece, este tempo poderá ser reduzido por negociação coletiva, mas ampliado não poderá.
Há algumas categorias profissionais que possuem jornadas especiais, menores do que a jornada normal de oito horas diárias.
Caso um empregado trabalhe além da jornada mínima prevista para ele, seja a jornada normal de oito horas diárias ou jornada especial, estaremos diante da jornada extraordinária que acarretará em alguns casos o pagamento do adicional de horas extras.
Cumpre esclarecer que quando o art. 7º fala em compensação, estaremos diante de uma hipótese de trabalho além da jornada normal que não ensejará o pagamento de adicional de horas extraordinárias, porque o empregado irá compensá-las, ou seja, o acréscimo de um dia será diminuído em outro dia.
A doutrina estabelece três critérios básicos de fixação da jornada:
A) Tempo efetivamente trabalhado: Por este critério considera-se jornada apenas o tempo efetivamente trabalhado pelo obreiro. Este critério foi rejeitado pela CLT, pois no art. 4º ela considera como tempo de serviço o período que o empregado estiver simplesmente à disposição do empregador.
Art. 4º CLT O tempo computado como de jornada de trabalho é o tempo em que o empregado permanece à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens.
O art. 4º da CLT demonstra rejeição pelo ordenamento jurídico pátrio à teoria do tempo efetivamente trabalhado. Contudo, esta rejeição não é absoluta porque a CF (art. 7º, VII) e o art. 78 da CLT permitem o sistema de cálculo salarial estritamente por peça, nesse caso será computado o valor do salário segundo a produção do trabalhador.
B) Tempo à disposição do empregador: Considera como jornada o tempo que o empregado ficou à disposição do empregador, independentemente de ocorrer ou não a efetiva prestação de serviços. Este foi o critério adotado pela CLT (art. 4º CLT).
Exemplificando: Durante o trajeto da boca da mina ao local de trabalho o empregado que trabalha em minas e subsolo tem este período computado dentro da jornada de trabalho, apesar do fato de não estar trabalhando neste período, mas está à disposição do empregador (art.294 CLT).
Como exemplo de dispositivos legais e jurisprudenciais, que adotem o critério do tempo à disposição do empregador: a) o art. 294 da CLT; b) s súmula 429 do TST; c) O art. 58, parágrafo 1º da CLT e a súmula 366 do TST.
Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa será computado para o efeito de pagamento do salário. 
A Súmula 429 considera tempo à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalho entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de dez minutos diários.
Súmula 366 do TST CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal.
Art. 58 da CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
C) Tempo de deslocamento residência – trabalho – residência (Horas In Itinere): Considera como componente da jornada também o tempo despendido pelo obreiro no deslocamento residência - trabalhoresidência, período em que efetivamente não há efetiva prestação de serviços.
Art. 58 da CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
§ 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração.
As horas itinerantes possuem dois requisitos: a) que o trabalhador seja transportado por condução fornecida pelo empregador. b) que o local de trabalho seja de difícil acesso ou não esteja servido por transporte público regular.
Importante o teor da súmula 90 do TST.
Súmula 90 TST I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador até o local de difícil acesso ou não servido por transporte público regular e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera direito às horas “in itinere”.
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de “horas in itinere”.
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas “in itinere” remuneradas limitam-se ao trecho não servido por transporte público.
V - Considerando que as “horas in itinere” são computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário.
Não obstante o tempo de deslocamento seja a ampliação do tempo à disposição, a doutrina e a jurisprudência entendiam de modo pacífico que ele não está acobertado pelo art. 4º CLT.
Acontece que agora, o TST editou a Súmula 429 que estabeleceo contrário, observem:
Atenção: No dia 24 de Maio de 2011, o TST editou a Súmula 429 que considera tempo à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalho entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de dez minutos diários.
Embora este critério não fosse adotado como regra geral no nosso ordenamento jurídico, antes da edição da Súmula 429 do TST, havia exceções no direito do Trabalho em que o tempo de deslocamento é acolhido, vejamos:
Exceção 01: Categoria dos ferroviários, turmas de conservação de ferrovias (art.238 § 3º da CLT).
Art. 238 da CLT Será computado como de trabalho efetivo todo o tempo em que o empregado estiver à disposição da Estrada.
§ 1º - Nos serviços efetuados pelo pessoal da categoria c, não será considerado como de trabalho efetivo o tempo gasto em viagens do local ou para o local de terminação e início dos mesmos serviços.
§ 2º - Ao pessoal removido ou comissionado fora da sede será contado como de trabalho normal e efetivo o tempo gasto em viagens, sem direito à percepção de horas extraordinárias.
§ 3º - No caso das turmas de conservação da via permanente, o tempo efetivo do trabalho será contado desde a hora da saída da casa da turma até a hora em que cessar o serviço em qualquer ponto compreendido dentro dos limites da respectiva turma. Quando o empregado trabalhar fora dos limites da sua turma, ser-lhe-á também computado como de trabalho efetivo o tempo gasto no percurso da volta a esses limites.
§ 4º - Para o pessoal da equipagem de trens, só será considerado esse trabalho efetivo, depois de chegado ao destino, o tempo em que o ferroviário estiver ocupado ou retido à disposição da Estrada. Quando, entre dois períodos de trabalho, não mediar intervalo superior a 1 (uma) hora, será esse intervalo computado como de trabalho efetivo.
§ 5º - O tempo concedido para refeição não se computa como de trabalho efetivo, senão para o pessoal da categoria c, quando as refeições forem tomadas em viagem ou nas estações durante as paradas. Esse tempo não será inferior a 1 (uma) hora, exceto para o pessoal da referida categoria em serviço de trens.
§ 6º No trabalho das turmas encarregadas da conservação de obras-de-arte, linhas telegráficas ou telefônicas e edifícios, não será contado como de trabalho efetivo o tempo de viagem para o local do serviço, sempre que não exceder de 1 (uma) hora, seja para ida ou para volta, e a Estrada fornecer os meios de locomoção, computando-se sempre o tempo excedente a esse limite.
Exceção 02: Trabalhador em minas e subsolo (art. 294 da CLT)
Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa será computado para o efeito de pagamento do salário.
Exceção 03: Jornada In Itinere: Considera-se jornada in itinere o período em que o empregado leva para chegar até o local de trabalho em algumas situações específicas. A jornada in itinere está regulamentada pelas Súmulas 90 e 320 do TST e pelo art. 58, parágrafo 2º da CLT, será estudada nesta aula.
Art. 58 § 2º CLT O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público o empregador fornecer a condução. 
Critérios especiais de fixação de jornada:
A) Tempo de prontidão (art. 244 § 3º CLT): Por tempo de prontidão compreende-se o período tido como integrante do contrato e do tempo de serviço do empregado em que ele fica aguardando ordens. Ex: ferroviário.
B) Tempo de sobreaviso (art.244 § 2º CLT): Por tempo de sobreaviso é aquele em que o empregado permanece em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Exs. Médico, eletricitários, ferroviários.
Atenção: Bip e celular: A OJ 49 TST foi cancelada
em razão da sua conversão na Súmula 428 do TST, que assim dispõe: O uso de aparelho de intercomunicação a exemplo de BIP, “Pager” ou aparelho celular, pelo empregado, por si só não caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a qualquer momento convocação para o serviço.
C) Tempo Residual à disposição: A jurisprudência considera os períodos pequenos e residuais de disponibilidade do empregado em face do empregador, nos momentos anteriores à prestação do serviço. Já falamos nesta aula das súmulas 366 e 429 do TST.
Súmula 366 do TST CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal.
Art. 58 da CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
A norma constitucional refere-se ao limite máximo da duração normal do trabalho. A lei, a convenção coletiva e o acordo coletivo poderão adotar limites inferiores para atividades profissionais que justifiquem o tratamento diferenciado.
Também poderão ajustar duração normal do trabalho abaixo do parâmetro constitucional, o contrato individual de trabalho e o regulamento da empresa.
Art.7º XIII da CF/88 duração normal do trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
A Jornada Legal é aquela que é estabelecida em lei e não poderá ser superior ao limite constitucional de 8 horas diárias e 44 horas semanais.
A Jornada Convencional é aquela adotada por convenção coletiva, que é celebrada entre o Sindicato da categoria profissional e o Sindicato da categoria econômica (art. 611 da CLT).
Conforme já mencionado anteriormente, algumas categorias possuem jornadas semanais e diárias diferenciadas da regra geral imposta na CRFB/88 de 8 horas diárias e 44 semanais, observem:
Cabineiro de elevadores: 6 horas diárias - vedada prorrogação.
Bancários: 6 horas diárias - 30 semanais ou 8 horas diárias e 44 semanais, para o gerente exercente de cargo de chefia e que ganhe 1/3 a mais.
Empregados no serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radio telegrafia ou radio telefonia: 6 horas diárias/ 30 semanais.
Operadores cinematográficos: 6 horas diárias de trabalho (5 horas consecutivas na cabine e 1 hora para limpeza e lubrificação).
Jornalista Profissional: 5 horas diárias/ não podendo ser excedida seja durante o dia ou à noite.
Músicos: A duração normal do trabalho dos músicos não poderá exceder cinco horas. A duração normal poderá ser elevada a 6 horas nos estabelecimentos de diversões públicas ou a sete horas nos casos de força maior ou festejos populares e serviço reclamado pelo interesse nacional.
Dos Intervalos:
“Os intervalos ou períodos de descanso são lapsos temporais, remunerados ou não, dentro ou fora da jornada, que tem a finalidade de permitir a reposição das energias gastas durante o trabalho” (Vólia Bonfim).
Os intervalos dividem-se em: Intervalos Interjornada e Intervalos Intrajornada, observem a seguir:
⇒Intervalo Interjornada: É a pausa concedida ao empregado entre o final de uma jornada diária de trabalho e o início de outra no dia seguinte.
Podem ser de:
Regra geral: 11 horas consecutivas (art. 66 da CLT)
Jornalista: 10 horas (art. 308 da CLT)
Operadores cinematográficos: 12 horas (art. 235, parágrafo 2º da CLT)
Ferroviários: 14 horas (art. 245 da CLT)
Telefonistas: 17 horas(art. 229 da CLT)
Aeronautas: 12 horas (após jornada de até 12 horas),16 horas(após jornada de mais de 12 horas e até 15 horas) ou 24 horas (após jornada de mais de 15 horas) de descanso (Arts. 34 e 37 da Lei 7.183/84).
OJ-SDI1-407. JORNALISTA. EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. JORNADA DE TRABALHO REDUZIDA. ARTS. 302 E 303 DA CLT. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) O jornalista que exerce funções típicas de sua profissão, independentemente do ramo de atividade do empregador, tem direito à jornada reduzida prevista no artigo 303 da CLT. Art. 4o O art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 5o: OJ 355 da SDI-1 do TST O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
Explicando: Quando for desrespeitado o intervalo entre duas jornadas de trabalho, o empregador deverá remunerar como serviço extraordinário a totalidade do período que foi desrespeitado. Ex: José trabalhou até às 18 horas de um dia e no dia seguinte iniciou a seu trabalho às 2 horas da manhã.
Sendo assim, entre uma jornada e outra decorreram oito horas, Portanto ele deverá receber como horas extraordinárias 3 horas (11 horas - 8 horas).
Súmula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.
⇒Intervalo Intrajornada: São as pausas que ocorrem dentro da jornada diária de trabalho com a finalidade de permitir o repouso e a alimentação do trabalhador.
O primeiro deles ocorrerá quando a jornada diária de trabalho exceder de 6 horas, porque será obrigatória a concessão de um intervalo para repouso e alimentação, de no mínimo 1 hora e salvo acordo ou convenção coletiva não poderá exceder de 2 horas, não sendo computado o intervalo
na duração da jornada (art. 71 da CLT).
Quando a jornada diária de trabalho exceder de 4 horas, mas não ultrapassar 6 horas, o intervalo intrajornada será de 15 minutos, não sendo computado o intervalo na duração da jornada.
Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Novo parágrafo do art. 71 da CLT, acrescentado em 2012.
“Art. 71. § 5o Os intervalos expressos no caput e no § 1o poderão ser fracionados quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais do trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados da jornada.” (NR)
OJ 342 da SDI – 1 do TST I – É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1998), infenso à negociação coletiva.
II – Ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os condutores e cobradores de veículos rodoviários, empregados em empresas de transporte público coletivo urbano, é valida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a redução do intervalo, deste que garantida a redução da jornada para, no mínimo, sete horas diárias ou quarenta e duas semanais, não prorrogada, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionários ao final de cada viagem, não descontados da jornada.
Outras Orientações Jurisprudenciais do TST:
OJ 307 da SDI – 1 do TST Após a edição da Lei nº 8.923/94, a nãoconcessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT).
OJ 354 da SDI-1 do TST Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
Outros exemplos de intervalos intrajornada:
A) Nos serviços permanentes de mecanografia, datilografia, escrituração ou cálculo, a cada período de 90 minutos de trabalho será concedido um intervalo de 10 minutos para repouso, não deduzidos da duração normal do trabalho.
Súmula 346 do TST Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.
B) Empregados que trabalhem no interior de câmaras frigoríficas: a cada 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo, 20 minutos de repouso computado como de trabalho efetivo este intervalo.
C) trabalho em minas e subsolo: a cada 3 horas consecutivas para o trabalho é obrigatório parar 15 minutos, para repouso.
D) a mulher para amamentar o próprio filho até que este complete seis meses de idade terá direito durante a jornada de trabalho a dois descansos especiais de 30 minutos cada um, não deduzidos da jornada normal de trabalho.
2.4. Jornada In Itinere (art. 58, parágrafo segundo da CLT,
súmulas 90 e320 do TST):
Considera-se jornada in itinere o tempo de deslocamento do
empregado de sua residência para o trabalho e o seu retorno do seu
trabalho para a sua residência.
Pela leitura do art. 58 da CLT chegaremos à conclusão de que dois
requisitos são necessários para que este tempo de deslocamento seja
computado na jornada de trabalho do empregado:
a) O local de trabalho deverá ser de difícil acesso ou não servido por
transporte publico regular.
b) O empregador deverá fornecer a condução. Assim, quando o
empregado for trabalhar em seu próprio carro, o tempo de
deslocamento mesmo que o localde trabalho seja de difícil acesso não
será considerada jornada in itinere o tempo gasto no trajeto.
Art. 58 § 2º CLT O tempo despendido pelo empregado até o
local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo
quando tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por
transporte público o empregador fornecer a condução”.	Exemplificando: Sérgio é empregado da empresa XXX que vende
água de coco e está localizada em uma ilha no nordeste de onde extrai o
côco e o engarrafa. Para chegar até o seu local de trabalho Sérgio utiliza
uma embarcação da empresa, uma vez que o acesso até a ilha é difícil e
não há transporte público regular. Neste caso, o tempo despendido por
ele até o local de trabalho (ida e volta) será computado na sua jornada
de trabalho.
A seguir, transcrevo as Súmulas 90 e 320 do TST que são muito
importantes no estudo da Jornada In Itinere, destacarei em azul as
palavras chaves que são abordadas em prova.
⇒Súmula 90 TST
I- O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida
pelo empregador até o local de difícil acesso ou não servido por
transporte público regular e para o seu retorno é computável na
jornada de trabalho.
II- A incompatibilidade entre os horários de início e término da
jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância
que também gera direito às horas “in itinere”.
III- A mera insuficiência de transporte público não enseja o
pagamento de “horas in itinere”.
IV- Se houver transporte público regular em parte do trajeto
percorrido em condução da empresa, as horas “in itinere” remuneradas
limitam-se ao trecho não servido por transporte público.
V- Considerando que as “horas in itinere” são computadas na
jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é
considerado como extraordinário.
⇒Súmula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente
ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil
acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o
direito á percepção das horas in itinere.
2.5. Jornada Extraordinária: Limitação e formas de prorrogação
Jornada extraordinária é o lapso temporal do trabalho ou
disponibilidade do empregado perante o empregador que ultrapasse a
jornada padrão, fixada em lei ou por cláusula contratual.
Os empregados que exercem atividade externa incompatível com
a fixação do horário de trabalho, o gerente e os diretores que exercem
cargo de confiança, de mando, comando e gestão, dentro da empresa
são excluídos do controle de jornada de trabalho.
Exemplificando: vendedores viajantes ou pracistas, motoristas
de caminhão que fazem viagens para outro município ou Estado.
Em relação aos trabalhadores que realizam atividades externas
incompatível com a fixação da jornada, tal situação deve ser anotada na
CTPS e no livro ou ficha de registro de empregados. Porém, o simples
fato de realizar serviço externo não significa que o empregado não
possua horário de trabalho. Se houver possibilidade de controlar os
horários de entrada e saída, mesmo que o empregado realize atividade
externa estará sujeito à jornada normal de trabalho, bem como ao
pagamento das horas extras eventualmente laboradas.
Os trabalhadores que exercem cargos de gerência com poderes de
mando, desde que percebam padrão mais elevado de vencimento (40%
a mais), que os demais estarão excluídos do controle de jornada, não
sendo devida hora extra, eventualmente prestada.
A Jornada constitucionalmente assegurada aos obreiros é a de 8
horas diárias/44 horas semanais, assim qualquer trabalho que exceda
este limite importará em prorrogação de jornada e deverá ser pago
adicional de horas extras do que exceder a estes limites, salvo se
ocorrer a compensação.
Art. 62 da CLT Não são abrangidos pelo regime previsto
neste capítulo:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível
com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser
anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no
registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de
gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste
artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável
aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o
salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de
função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário
efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
As principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre o
trabalho extraordinário seguem abaixo transcritas:
⇒Súmula 264 do TST A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
Atenção: (REDAÇÃO ANTERIOR) Súmula 291 do TST A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
REDAÇÃO ATUAL: HORAS EXTRAS. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
⇒Súmula 90, V do TST Considerando que as “horas in itinere” são computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário.
⇒Súmula 347 do TST O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele aplica-se o valor do salário-hora da época do pagamento daquelas verbas.
Do sistema de compensação:
Através do sistema de compensação o excesso de horas em um dia será compensado pela diminuição em outro dia, portanto não será devido o adicional de 50% sobre a hora normal e o limite máximo será de duas horas diárias.
Em relação a este tema o que as bancas de concurso abordam muito é a questão do denominado “banco de horas”, observem as explicações abaixo:
Banco de Horas: (Art. 59 § 2º da CLT) Banco de Horas é uma forma de compensação de jornada celebrada por convenção ou acordo coletivo de trabalho, na qual as horas extras laboradas não serão remuneradas. Por este sistema de compensação de horas o acréscimo de salário pelo labor realizado extraordinariamente poderá ser dispensado, através de Convenção ou Acordo Coletivo, quando ocorrer a compensação do excesso de horas em um dia pela correspondente diminuição em outro dia, porém não poderá exceder em um período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais previstas e nem ultrapassar o limite máximo de 10 horas diárias.
Art. 59 do CLT A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limitemáximo de dez horas diárias.
Atenção: Inserido o inciso V em 25 de maio de 2011
A Súmula 85 do TST trata do regime de compensação de horas extras:
Súmula 85 do TST I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.
III. O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
V – As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
Repouso Semanal Remunerado, domingos e feriados: (Lei
605/49 e Decreto 27.048/49).
O repouso semanal remunerado é um direto de um descanso de 24 horas consecutivas, previsto constitucionalmente (art. 7º, XV da CF/88) e deverá ser preferencialmente aos domingos.
A doutrina utiliza como expressões sinônimas ao repouso semanal remunerado os termos: descanso semanal remunerado, folga semanal ou descanso hebdomadário.
Os empregados, os trabalhadores avulsos e os trabalhadores temporários terão direito ao repouso semanal remunerado.
A lei 605/49 trata do repouso semanal remunerado estabelece o direito ao repouso semanal remunerado e feriados, dispondo que todo empregado terá direito ao repouso semanal remunerado de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e nos limites das exigências técnicas das empresas nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.
Os trabalhos nos feriados somente serão permitidos quando for indispensável segundo as exigências técnicas da empresa para a execução dos serviços.
Para que o empregado tenha direito à remuneração do repouso semanal e aos feriados ele deverá ter assiduidade e pontualidade na semana, sendo assim não será devida a remuneração do repouso semanal e dos feriados quando sem motivo justificado o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, ou seja, não tiver cumprido integralmente o seu horário de trabalho.
A remuneração do repouso semanal e dos feriados que recaírem no mesmo dia não serão acumuladas. Os empregados que recebem o seu salário por mês ou quinzena já tem remunerados os dias de repouso semanal remunerado.
De acordo com o art. 7º da Lei 605/49 a remuneração do repouso semanal remunerado será:
a) para os empregados que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas;
b) para os que trabalham por hora, à de sua jornada normal de trabalho, computadas as horas extraordinárias, habitualmente prestadas;
c) para o empregado que recebe por peça ou tarefa, o equivalente ao salário correspondente às peças ou tarefas feitas durante a semana, no horário de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente prestados ao empregador;
d) Para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da divisão por 6 da importância total da sua produção na semana.
É importante frisar que a Súmula 146 do TST estabelece que o trabalho em domingos e feriados não compensados deverão ser pagos em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal remunerado.
Ressalvados os casos de empresas que trabalham em domingos e feriados, excepcionalmente admite-se o trabalho nestes dias para as outras empresas quando:
a) Ocorrer força maior, devendo a empresa justificar tal fato à delegacia regional do Trabalho em 10 dias e pagar a remuneração em dobro.
b) para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou que possa acarretar prejuízo pela inexecução. Neste caso a empresa necessitará da autorização da DRT, que poderá conceder pelo prazo máximo de 60 dias.
É importante esclarecer que a Lei 605/49 estabelece que o empregado perderá o direito à remuneração do repouso, mas não ao descanso quando na semana que antecedeu o repouso faltar ou atrasar (art. 6º da Lei 605/49).
Sumula 113 TST bancário horas extra.
Férias individuais e Coletivas, Período Aquisitivo e Concessivo:
O direito às férias anuais remuneradas com o acréscimo de pelo menos 1/3 a mais do que o salário normal é assegurado constitucionalmente aos trabalhadores urbanos e rurais.
Vejam o que diz o a Constituição Federal sobre as férias:
Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.
Período aquisitivo de férias são os doze meses de vigência do contrato de trabalho, no qual o empregado adquirirá o direito às férias.
As férias poderão ser integrais quando o empregado trabalhar os doze meses ou proporcionais, que ocorrerá a cada período incompleto de férias na proporção 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias, conforme estabelece o art. 146 da CLT.
As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
É importante destacar:
⇒As férias, em regra, deverão ser concedidas de uma só vez.
Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
⇒Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.
⇒Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.
⇒A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
⇒O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.
O empregador será quem decidirá a época da concessão das férias a seu empregado. Há apenas a ressalva quanto ao empregado menor de 18 anos e estudante, que terá o direito de gozar as suas férias no mesmo período de suas férias escolares.
Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.
Quando as férias não forem concedidas nos doze meses a contar do término do período aquisitivo elas deverão ser concedidas em dobro, ou seja, quando elas não forem concedidas no período concessivo, elas deverão ser concedidas em dobro.
Art. 137 da CLT Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas.
§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida.

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