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COLETA A coleta de material biológico é a primeira etapa no processo de identificação dos fungos. Quando realizada incorretamente, dificulta a observação, isolamento e identificação do agente causal da doença. PRIMEIROS PASSOS: Dados do paciente: nome, idade, RG, procedência, endereço, telefone para contato, entre outros; Dados epidemiológicos: profissão, contato com animais, doença associada, estado imunológico, etc; Informações clínicas: local anatômico acometido, aspecto da lesão, suspeita clínica, antibioticoterapia prévia, evolução e dados do médico responsável. COLETA O procedimento de coleta varia segundo: Região acometida; Suspeita clínica; Tipo de material biológico. A quantidade de amostra coletada deve ser suficiente para permitir o procedimento de identificação laboratorial do fungo: Exame microscópico direto; Cultivos em vários meios, com eventuais repetições desses exames para confirmação dos achados laboratoriais. COLETA PELE No dia da coleta, o paciente pode e deve fazer a higiene corporal normal; Não é permitido o uso de cremes, loções, pomadas, ou outras substâncias gordurosas, pois além de formarem artefatos dificultando a detecção de estruturas fúngicas, impede o isolamento dos fungos; Após assepsia local com álcool a 70%, as amostras de lesões de pele como escamas ou crostas, devem ser colhidas preferencialmente com uma lâmina de bisturi descartável ou com a borda da lâmina de vidro de microscopia, muito limpa (flambada); Deve-se colher, raspando em vários pontos da lesão, procurando as bordas das lesões mais recentes onde o fungo se encontra em crescimento ativo. COLETA Não é necessário fazer raspagem profunda porque o fungo se encontra na camada mais superficial da pele chamada córnea, e uma amostra úmida, favorece o desenvolvimento de bactérias e fungos contaminantes; Nos casos em que não há escamas aparentes, procura-se raspar bem o local e apelar para a técnica da fita adesiva; Nas lesões cutâneas com vesículas (bolhas pequenas) e pústulas (bolhas pequenas inflamadas com pus) faz-se punção com seringa e agulha ou pressiona-se com o swab, dispondo a amostra em tubo contendo salina. O teto das vesículas (pele que cobre as vesículas) deve ser retirado com pinça de depilação. COLETA COLETA Se o paciente tiver “frieira” (lesão úmida) entre os dedos das mãos ou pés, colher a amostra com swab acondicionando em tubo com salina; Se a lesão for seca, descamativa fazer duas lâminas com durex e tentar obter por raspagem, em placa as escamas, usando lâmina de microscopia ou bisturi; Nas lesões inguinais, inguino-crurais ou axilares, como são regiões de dobras, geralmente encontram-se úmidas, fazendo-se necessária a assepsia com álcool a 70%; Deixar a região secar um pouco e tentar raspar a pele; COLETA COLETA Colher também em salina, e fazer duas lâminas com durex tentando obter pêlos (raros) presos na fita; Na lesão anal e perianal, além de colher a amostra na salina, fazer duas lâminas com “durex”. COLETA Quando o raspado da lesão não pode ser realizado, pode-se optar por métodos tais como o de Porto (só para pitiríase versicolor); Que consiste em utilizar uma fita adesiva transparente (Durex) que é pressionada sobre a lesão, removida e fixada sobre uma lâmina ou a utilização de um tapetinho estéril de aproximadamente 4 cm que e pressionado sobre a lesão, embrulhado e transportado ao laboratório. As desvantagens são a falta do cultivo ao empregar a técnica de Porto e do exame direto, quando se usa o tapetinho. COLETA As amostras de lesões no couro cabeludo devem ser obtidas através da raspagem do local; Raspam-se as escamas com bisturi cego ou lâmina de microscopia; A amostra deve conter tocos de cabelo, o conteúdo dos folículos tapados e as escamas de pele; Os cabelos da área também podem ser puxados com pinça (os cabelos infectados são facilmente removíveis); Para o exame do couro cabeludo ou dos cabelos, os mesmos devem estar limpos e secos. COURO CABELUDO COLETA CABELOS E PÊLOS Se a lesão for ao longo do cabelo ou pelo, como nódulos, por exemplo, esses devem ser cortados com tesoura e acondicionados em placas de Petri. COLETA Para exame de escamas ungueais, deve-se retirar totalmente o esmalte pelo menos 2 (dois) dias antes da coleta; As regiões de onde vão ser coletadas as amostras devem ser limpas com gaze ou algodão com álcool a 70%, para eliminar contaminantes bacterianos superficiais; Os fragmentos de unhas alteradas podem ser colhidos, raspando-os com o bisturi ou com o auxílio de uma tesoura limpa; O material que se deposita embaixo da unha pode ser retirado cuidadosamente com o bisturi, com um palito (tipo de manicure), previamente esterilizado, ou outro objeto pontiagudo estéril; Procurar penetrar bem e colher sempre na região limite entre a parte saudável e a afetada pelo fungo. UNHAS COLETA Desprezar sempre as escamas mais externas ou o material mais superficial, pois se encontram contaminados com a poeira; Em casos de paroníquia (lesões na região da cutícula), colhem-se as escamas e, se possível, o pus, com um swab; Se as lesões são manchas esbranquiçadas na superfície da unha, raspar por cima com bisturi, removendo as escamas em placa de Petri; Unhas extraídas por processos cirúrgicos não são adequadas ao exame micológico ou com resíduos medicamentosos ou de esmalte são consideradas amostras inadequadas. COLETA
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