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Fichamento FRAUDE CONTABIL NA WORLDCOM

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA
Fichamento de Estudo de Caso Fraude Contábil na WorldCom
Trabalho da disciplina: Governança Corporativa e excelência profissional
Tutor: Ricardo Barbosa da Silveira
RECIFE
2018
Estudo de Caso:
Governança Corporativa e excelência profissional 
Fraude Contábil na WorldCom
Referência: ROBERT S. KAPLAN, DAVID KIRON, Harvard Business School, 110-P02, 14 de setembro de 2007
No artigo, os autores Kaplan e Kiron apresentam ponto de vista sobre um dos maiores casos de fraude que ocorreu nos Estados Unidos. Eles relatam a história da WorldCom, uma grande empresa do ramo de telecomunicações e como se deu a sua falência. 
Logo no inicio nos foi apresentado alguns dados a certa da WorldCom como: faturamento superior a $30 bilhões, $104 bilhões de ativos e 60.000 funcionários e que em julho de 2002 ela requereu proteção contra falência de acordo com o capítulo 11 do código americano de falência. Ocorreu que entre os anos de 1999 e 2002 foi superestimado um lucro antes dos impostos de 	pelo menos $7 bilhões, um erro de cálculo que para aquela época foi o maior da história, os eventos que vieram depois foi a baixa em cerca de $82 bilhões de seus ativos, o estoque que valia cerca de $180 bilhões tornou-se praticamente sem valor e 17 mil funcionários perderam seus empregos. A falência prejudicou os serviços a 20 milhões de clientes de varejo, a contratos governamentais que afetaram 80 milhões de beneficiários da seguridade social, ao controle de trafego aéreo para a associação federal de aviação, ao gerenciamento de redes para o departamento de defesa e os serviços de longa distância para ambas as casas do congresso e para o escritório geral de contabilidade. Para contextualizar foi passado pelo autor que origem da WorldCom remonta à divisão da AT&T, em 1983. Uma empresa pequena, regionais poderiam agora ter acesso ás linhas de longa distância da AT&T com grandes taxas de desconto. A LDDS começou a operar oferecendo serviços a consumidores locais de varejo e comerciais nos estados do Sul, ela começou com cerca de $650.000 em capital, mas logo acumulou $1,5 milhões em débitos, já que não tinha o conhecimento técnico para lidar com contas de grandes empresas que tinham sistemas de comutação complexos.
O crescimento da WorldCom com aquisições conduziu uma mistura de pessoas e culturas. O departamento de finanças perdeu o controle. As informações dos sistemas de contabilidade tornam-se incompatíveis herdados de mais de 60 companhias adquiridas.
As condições começaram a se decompor no ano 2000, devido a maior competição, ao excesso de capacidade e à demanda reduzida para serviços de telecomunicações no início da recessão econômica após o estouro da bolha das empresas ponto.com. Com as operações comerciais em declínio, o CFO Sullivan decidiu usar dados contábeis para conseguir o desempenho desejado. As táticas utilizadas foram: reversão de provisionamentos e a capitalização das despesas com linhas.
Reversão de provisionamentos, a WorldCom estimava seus custos em linhas mensalmente mesmo o recebimento efetivo não ocorrendo por até vários meses depois que os custos haviam incorridos. Sullivan orientou a equipe de funcionários a reverter provisionamentos que ele considerava altos demais em relação aos pagamentos futuros. Durante sete trimestres foram revertidos $3.3 bilhões do valor de provisionamentos.
Capitalização de despesas, Sullivan decidiu parar de reconhecer como despesas a capacidade de rede não utilizada, ele ordenou a capitalizar $771 milhões de despesas com linhas não geradoras de receita numa conta do ativo, a seguir foi dito aos gerentes para estornar $227 milhões do montante capitalizado e reverter $ 227 milhões de provisionamentos de passivos.
Auditoria interna, os investidores da SEC enviaram a WorldCom um pedido de informações surpresa, pois não entendiam como a empresa estava sendo rentável quando outras empresas de telecomunicações reportavam grandes perdas; Cooper, chefe do departamento de auditoria interna da WorldCom, decidiu expandir o espoco de auditoria para a área financeira.
Auditoria externa, originalmente o auditor externo Andersen, da empresa Arthur Andersen, fazia a auditoria testando milhares de detalhes das transações individuais, revisando e confirmando os saldos de contas do livro razão; posteriormente ele adotou procedimentos de auditoria mais eficientes e mais sofisticados revisando de forma analítica e fazendo avaliação de riscos. A partir dessa nova avaliação ele considerou a WorldCom como um cliente de alto risco de cometer fraude.
O concelho de administração, os membros não executivos compunham mais de 50% do conselho de administração da WorldCom, a interação desse conselho ocorria em reuniões regulares programadas, de quatro a seis vezes por ano; Sullivan manipulava as informações relativas aos gastos de capital e aos custos de linhas apresentados ao conselho, de acordo com o comitê de investigação, o conselho estava distante e alheio ao funcionamento da companhia.
A equipe de auditoria de Cooper descobriu $3 bilhões em despesas questionáveis, incluindo $500 milhões em despesas com computadores não documentadas, ela e sua equipe de auditoria encontraram-se em Washington com o comitê e divulgaram seus resultados sobre gastos de capital impróprios, Sullivan não conseguiu explicar de forma adequada essas transações e o conselho pediu que ele renunciasse ou seria demitido, ele não aceitou e foi demitido; posteriormente a WorldCom anunciou que seus lucros tinham sido inflados em $3,8 bilhões durante os últimos quatros trimestres.
Em 26 de junho de 2002, a SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a WorldCom, advogados do departamento de justiça dos EUA iniciaram investigações criminais; a Arthur Andersen nunca foi chamada a responsabilidade sobre sua auditoria porem foi condenada por obstrução a justiça e pela destruição de documentos. Sullivan se declarou culpado por fraude federal e acusações de conspiração que enganou o público e Cooper permaneceu como executiva de auditoria interna e nunca recebeu um agradecimento 	dos executivos da companhia, em 2004 deixou a WorldCom para torna-se consultora e palestrante sobre liderança ética e moral.
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