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Análise das Demonstrações Contábeis

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UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
1 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
Análise das 
Demonstrações 
Contábeis. 
SEMESTRE 6 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
2 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Créditos e Copyright 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS, Creusa Maria Alves. 
Análise das Demonstrações Contábeis. Creuza Maria Alves 
dos Santos. Santos: Núcleo de Educação a Distância da 
UNIMES. (Material didático. Curso de Ciências Contábeis). 
 
Modo de acesso: www.unimes.br 
1. Ensino a distância. 2. Contabilidade. 3. Análise das 
Demonstrações Contábeis. 
CDD 657 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
3 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS 
PLANO DE ENSINO 
 
CURSO: Bacharelado em Ciências Contábeis 
COMPONENTE CURRICULAR: Análise das Demonstrações Contábeis I 
SEMESTRE: 6º 
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas 
 
EMENTA 
Estrutura das demonstrações contábeis. Análise comparativa dos balanços: em 
percentual, em moeda constante e em números índices. Análise horizontal e vertical 
e através de indicadores. 
 
OBJETIVO GERAL 
O objetivo é a reflexão sobre a finalidade da Análise das Demonstrações Contábeis, 
bem como, aperfeiçoar o conhecimento dos relatórios contábeis tendo em vista a 
análise financeira nas Demonstrações Contábeis. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
UNIDADE I - Demonstrações Contábeis 
O objetivo principal desta unidade é a reflexão sobre a finalidade da Análise das 
Demonstrações Contábeis, bem como, aperfeiçoar o conhecimento dos relatórios 
contábeis, tendo em vista serem estes os instrumentos principais da análise. 
 
UNIDADE II – Análise por Quocientes 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
4 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Parte I - Nesta unidade – continuação da anterior – serão feitas referências ao índice 
de Endividamento, de Rentabilidade, e a análise de Quocientes de Rotação de 
Atividades. 
 
UNIDADE III - Análise por Quocientes 
Parte II - Nesta unidade – continuação da anterior – serão feitas referências ao 
índice de Endividamento, de Rentabilidade, e a análise de Quocientes de Rotação 
de Atividade. 
 
UNIDADE IV - Análise Vertical/Horizontal 
Relatório de Análise - Esta unidade aborda as análises vertical e horizontal, bem 
como apresenta um exemplo da construção de um relatório de análise. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. 4ª Ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. 2ª Ed. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learning, 2006. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
HORNGREN, Charles T; FOSTER, George; DATAR, Srikan M. Contabilidade de 
Custos. São Paulo: Ed. Atlas, 2004. 
HORNGREN, Charles T; FOSTER, George; DATAR, Srikan M. EBOOK – PEARSON 
– Contabilidade de Custos. Vol. 1 e 2. 
RIBEIRO, Osni Moura, Contabilidade de Custos. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
5 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
VANDERBECK, Edward J, Charles F. Nagy. Contabilidade de Custos. 11ª Ed. São 
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. 
WERNKE, Rodney, Análise de Custos e Preços de Venda, São Paulo, Saraiva, 
2005. 
 
METODOLOGIA 
As aulas serão desenvolvidas por meio de recursos como: videoaulas, fóruns, 
atividades individuais, atividades em grupo. O desenvolvimento do conteúdo 
programático se dará por leitura de textos, indicação e exploração de sites, 
atividades individuais, colaborativas e reflexivas entre os alunos e os professores. 
 
 AVALIAÇÃO 
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e 
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como 
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte 
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos 
específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações à distância e Presencial, de 
acordo com a Portaria da Reitoria UNIMES 04/2014. 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
6 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Sumário 
Aula Inaugural .......................................................................................................................................... 8 
Aula 01_Conceito e finalidade da Análise das Demonstrações Contábeis .............................................. 9 
Aula 02_Balanço Patrimonial ................................................................................................................. 13 
Aula 03_Ativo ......................................................................................................................................... 19 
Aula 04_Passivo e Patrimônio Líquido ................................................................................................... 21 
Aula 05_Origens e Aplicações de Recursos ............................................................................................ 24 
Aula 06_Demonstração do Resultado do Exercício ............................................................................... 27 
Aula 07_Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) .................................................... 31 
Aula 08_Demonstração dos Fluxos de Caixa ......................................................................................... 33 
Resumo_Unidade I ................................................................................................................................. 38 
Aula 09_Índice de Liquidez: Liquidez Imediata ...................................................................................... 39 
Aula 10_Índice de Liquidez: Liquidez Corrente ...................................................................................... 42 
Aula 11_Índice de Liquidez: Liquidez Seca ............................................................................................. 44 
Aula 12_Índice de Liquidez: Liquidez Geral ........................................................................................... 46 
Aula 13_Índices de Endividamento: introdução .................................................................................... 48 
Aula 14_Índices de Endividamento: participação de capitais de terceiros ........................................... 51 
Aula 15_Índices de Endividamento: composição de endividamento .................................................... 53 
Aula 16_Índices de Endividamento: imobilização do Patrimônio líquido.............................................. 55 
Aula 17_Índices de Endividamento: imobilização dos recursos não-correntes .................................... 58 
Aula 18_Índices de Endividamento: nível de desconto de duplicatas ................................................... 60 
Aula 19_Índices de Endividamento: endividamento financeiro sobre Ativo total ................................ 63 
Aula 20_Índice de Endividamento: índices relacionados à dívida onerosa ........................................... 66 
Aula 21_Índice de Rentabilidade – Parte I ............................................................................................. 67 
Aula 22_Índice de Rentabilidade – Parte II ............................................................................................ 70 
Aula 23_Quocientes de Rotação de Atividades – Parte I....................................................................... 73 
Resumo_Unidade II ................................................................................................................................ 75 
Aula 24_Quocientes de Rotação de Atividades – Parte II ...................................................................... 77 
Aula 25_Análise Vertical ........................................................................................................................ 81 
Resumo - Unidade III .............................................................................................................................. 83 
Aula 26_Análise Horizontal .................................................................................................................... 86 
Aula 27_Relatório de Análise: introdução ............................................................................................. 88 
Aula 28_Relatório de Análise: primeira e segunda etapas .................................................................... 92 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
7 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 29_Relatórios de Análise: terceira e quarta etapas ....................................................................... 95 
Aula 30_Relatório de Análise: continuação da quarta etapa ................................................................ 99 
Aula 31_Relatórios de Análise: quinta etapa ....................................................................................... 104 
Aula 32_Relatório de Análise: sexta e sétima etapa ............................................................................ 110 
Resumo_Unidade IV ............................................................................................................................. 114 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
8 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula Inaugural 
 
Seja bem-vindo! 
 
Considerando que o conteúdo possa contribuir como um relevante recurso didático 
no desenvolvimento do teor programático da disciplina Análise das Demonstrações 
Contábeis, procurou-se observar os fundamentais assuntos deste processo contábil, 
tais como: conceitos, importância, objetivos, finalidades, funções, tipos, processos, 
metodologias, condições e adequações essenciais das demonstrações contábeis. 
Evidencia-se o estudo dessas demonstrações e de outros indicadores financeiros, 
além de disponibilizar algumas funções dos afazeres do analista contábil, adotando, 
sempre que possível, o desenvolvimento de um amplo exercício prático com base 
nas informações contábeis de exemplos de empresa, com atuação no mercado. 
 
A averiguação da situação econômico-financeiro de uma empresa é realizada por 
meio de indicadores que representam a liquidez (situação financeira), a rentabilidade 
(situação econômica) e a posição de endividamento (estrutura de capital) da 
empresa em determinado momento. Para se ter uma visão geral dessa situação 
deve ser apurado os índices de liquidez corrente, seca e geral, os índices de 
rentabilidade (da empresa e do empresário) e os índices de endividamento da 
entidade, em termos de quantidade e qualidade. Estes, dentre outros índices, serão 
vistos com mais detalhes ao decorrer de nosso curso, porém, a critério do contador, 
uma série de outros indicadores, projeções e modelos também podem ser utilizados 
para melhor discernimento da situação econômico-financeiro das empresas. 
 
Por fim, coloca-se à disposição do estudante debater, receber sugestões e críticas, e 
esclarecer eventuais dúvidas, com o objetivo de aprimorar nosso curso. 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
9 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 01_Conceito e finalidade da Análise das Demonstrações 
Contábeis 
 
A análise das demonstrações financeiras é um conjunto de métodos e pormenores 
práticos que consiste em raciocínio analítico dedutivo sobre a composição dos 
elementos contidos nas demonstrações contábeis. Ou seja, procura, por meio de um 
processo meditativo sobre os números encontrados nas Demonstrações Contábeis, 
obter informações sobre a situação da empresa e suas possibilidades futuras. 
As demonstrações sob análise podem ser: o balanço patrimonial, a demonstração 
dos lucros ou prejuízos acumulados (ou a das mutações do patrimônio líquido), a 
demonstração do resultado do exercício e a de fluxo de caixa. 
Nesse sentido, tendo o objetivo de maiores e melhores informações, a análise 
contábil pode também ter aplicação para valores não evidenciados nas 
demonstrações, mas que possam ser decompostos, comparados e interpretados. 
Exemplificando, os salários, aluguéis, juros etc. podem ser relacionados, por mês de 
competência, para análise das variações mensais. 
 A análise das demonstrações, inclusive para fins de concessão de crédito, engloba 
a interpretação das demonstrações em seu conjunto, ou seja, as interpretações 
sobre as possibilidades futuras da empresa devem considerar as informações 
tomadas abrangentemente contida em todos os relatórios contábeis. 
Tendo em vista a importância das Demonstrações Contábeis como fonte para a 
análise da situação da empresa, a seguir, será abordada breve revisão sobre a 
contabilidade e suas demonstrações. 
 
Contabilidade Aplicada 
 A Contabilidade, segundo Miranda (2008), enquanto ciência que estuda o 
patrimônio das entidades, identifica seu campo de aplicação, independente do ramo 
de atividade e segmento econômico, através da definição do patrimônio, como o 
conjunto de bens, direitos e obrigações relacionadas a uma pessoa física ou jurídica, 
de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos. 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
10 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Nesse sentido, Miranda (2008) aborda que não obstante a especificidade de cada 
entidade infere-se que independentemente do tipo de atividade, do setor, da 
entidade etc., a Contabilidade tem a mesma finalidade, o mesmo objetivo e utiliza-se 
das mesmas técnicas e métodos para registrar e controlar os patrimônios das 
entidades. 
 
Cada empresa, ou seja, cada entidade econômico-administrativa é o patrimônio de 
propriedade pública ou privada, que tem como elementos indispensáveis: o trabalho, 
a administração e o patrimônio, e tem finalidades: sociais, econômicas e 
socioeconômicas. 
 Sociais: que possuem a riqueza como meio para atingir seus fins. Ex: 
associações beneficentes, educacionais, esportivas, culturais e religiosas. 
 Econômicas: são as que têm a riqueza como meio e fim e possuem como 
objetivo aumentar seu patrimônio, obtendo lucro. Ex: empresas mercantis. 
 Socioeconômicas: que possuem a riqueza como meio e fim, porém o aumento 
do patrimônio que possuem serve para beneficiar toda a comunidade. Ex: 
instituto de aposentadorias e pensões, e fundações. 
 
A Contabilidade distingue-se em duas grandes ramificações: a pública e a privada. 
Contabilidade Pública: ocupa-se com o estudo e registro dos fatos administrativos 
das pessoas de direito público e da representação gráfica de seus patrimônios, 
visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e patrimonial, para alcançar 
os seus objetivos, ramificando-se conforme a sua área de abrangência em federal, 
estadual, municipal e autarquias. 
Contabilidade Privada: ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das 
pessoas de direito privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da 
representação gráfica de seus patrimônios,dividindo-se em civil e comercial. 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
11 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
 
 
 Contabilidade Civil: é exercida pelas pessoas que não têm como objetivo final o 
lucro, mas sim o instituto da sobrevivência ou bem-estar social. Divide-se em: 
 Contabilidade Doméstica: exercida pelas pessoas físicas em geral, 
individualmente ou em grupo. 
 Contabilidade Social: usada pelas pessoas que têm como objetivo final o bem-
estar social da comunidade, tais como: clubes, associações de caridade, 
sindicatos, igrejas etc. 
 Contabilidade Comercial: é exercida pelas pessoas que exploram atividades 
que objetivam o lucro. Divide-se em: 
 Contabilidade Mercantil: usada por pessoas com objetivo social de compra e 
venda direta de mercadorias. Ex: supermercados, sapataria e açougues. 
 Contabilidade Industrial: exercida por pessoas que têm como objetivo social a 
produção de bens de capitais ou de consumo, através do beneficiamento ou da 
 
 
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12 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
transformação de matérias-primas, do plantio, da criação ou extração de 
riquezas. Ex: indústria de móveis, pecuária, agricultura. 
 Contabilidade de Serviços: é usada pelas pessoas que têm como objetivo social 
a prestação de serviços. Ex: estabelecimento de ensino, telecomunicações e 
clínicas médicas. 
 
 Por fim, consideram-se como principais demonstrações contábeis: 
 O Balanço Patrimonial; 
 A Demonstração do Resultado do Exercício; 
 A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; 
 A Demonstração dos Fluxos de Caixa; 
 A Demonstração do Valor Adicionado; 
 Notas explicativas. 
 
 
 
 
 
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13 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 02_Balanço Patrimonial 
 
Essa demonstração aponta o saldo acumulado, em determinada data, ou momento, 
das movimentações ocorridas no patrimônio da entidade (conjunto de bens, direitos 
e obrigações vinculadas a uma pessoa física ou jurídica), com finalidade definida e 
mensurável economicamente. 
O Balanço Patrimonial, como o próprio nome diz, é composto por Contas 
Patrimoniais que considera conjuntos: do lado esquerdo o conjunto de bens e 
direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigações 
a serem pagas por essa pessoa ou essa empresa, conforme figura a seguir: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Patrimônio de Pessoa Física ou Jurídica 
Bens Obrigações (a serem pagas) 
Direitos (a receber) 
 
O conjunto de bens e direitos compõe o Ativo, e o conjunto de obrigações compõe o 
Passivo. O excesso do Ativo sobre o Passivo é o capital, conhecido como 
Patrimônio Líquido que aparece no Passivo, para completar a igualdade entre o total 
do Ativo e o do Passivo, resultando na equação patrimonial. 
O exemplo a seguir demonstra o gráfico do patrimônio representado pelo Balanço 
Patrimonial, no qual do lado esquerdo encontram-se os valores do Ativo e do lado 
direito os valores do Passivo e do Patrimônio Líquido. 
 BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Bens Obrigações 
Edifícios Fornecedores 
Móveis e Utensílios Empréstimo Bancário 
Marcas e Patentes Salários a Pagar 
 
 
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14 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Banco c/Movimento Impostos a Recolher 
Direitos 
Aluguéis a Receber PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 
 
Nesse sentido, Ribeiro (2001) expõe: considerando que o patrimônio compõe-se do 
conjunto de bens, direitos, obrigações para com terceiros e capital próprio, é 
possível apontar a equação fundamental do patrimônio assim definida: 
 
CAPITAL PRÓPRIO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS 
 
Substituindo os termos bens e direitos por Ativo (A), obrigações com terceiros por 
Passivo (P), e capital próprio por Patrimônio Líquido (PL), pode-se afirmar que: 
PL = A – P 
 
 A partir da equação fundamental do patrimônio, pode-se deduzir que, em dado 
momento, o patrimônio assume, invariavelmente, um dos cinco estados a saber: 
1) Quando o Ativo é maior que o Passivo, o Patrimônio Líquido é maior que zero, o 
que revela a existência de riqueza patrimonial. 
A = P + PL PL > 0 
 
 2) Quando o Ativo é maior que o Passivo, e o Passivo é igual a zero, o Patrimônio 
Líquido é maior que zero, revelando inexistência de dívidas. 
A = PL PL > 0 
3) Quando o Ativo é igual ao Passivo, o Patrimônio Líquido é igual a zero, revelando 
inexistência de riqueza própria. 
Duplicatas a Receber Capital Integralizado 
 Lucros Acumulados 
 
 
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Núcleo de Educação a Distância 
15 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
A = P PL = 0 
 
 4) Quando o Passivo é maior do que o Ativo, o Patrimônio Líquido é menor que 
zero, revelando má situação financeira e existência de Passivo a descoberto. 
A + PL = P PL < 0 
 
5) Quando o Passivo é maior do que o Ativo, e o Ativo é igual a zero, o Patrimônio 
Líquido é menor que zero, revelando péssima situação financeira, inexistência de 
bens e direitos e somente obrigações. 
PL = P PL < 0 
 
 Exemplo de Balanço Patrimonial 
Considerando o disposto na nova legislação das S.A. Lei 11.638/07, é possível a 
criação do seguinte exemplo de Balanço Patrimonial: 
BALANÇO PATRIMONIAL - EMPRESA “X” DATA: 31/12/XX 
 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE CIRCULANTE 
 
Disponível Títulos a Pagar 
 
Caixa Fornecedores 
Banco conta movimento Duplicatas a pagar 
 
ICMS a recuperar Fretes a pagar 
Duplicatas a receber PIS a recolher 
 
(–) Duplicatas descontadas COFINS a Recolher 
(–) Provisão p/devedores duvidosos Provisão para Contribuição Social 
estoques Provisão para Imposto de Renda 
 
 
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16 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
Mercadorias Salários a pagar 
 
Produtos em elaboração Provisão para 13º salário 
despesas do exercício seguinte FGTS a recolher 
 
Prêmio seguros a apropriar INSS a recolher 
 Financiamentos bancários 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Alugueis a pagar 
 
Duplicatas a receber 
 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
PERMANENTE Financiamentos bancários 
investimentos Duplicatas a pagar 
 
Ações de outras cias 
Obras de arte... 
 
 RESULTADO DO EXERC. FUTURO 
 
Imobilizado Receitas antecipadas 
 
Veículos receita de exercícios futuros 
Moveis (–) custos 
Imóveis 
 
Máquinas 
(–) depreciação acumulada 
(–) exaustão acumulada 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
intangível Capital social 
 
 
 
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Núcleo de Educação a Distância 
17 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
 Exemplo prático 
Com base nas informações a seguir, elabore o Balanço Patrimonial: 
Caixa 20.000 Duplicatas a pagar 100.000 
Bancos conta 
movimento 40.000 Salários a pagar 35.000 
 
Mercadorias 20.000 Títulos a pagar 15.000 
Veículos 30.000 Capital social 200.000 
 
Móveis e utensílios 55.000 
Lucros 
acumulados 50.000 
 
Imóveis 50.000 
Duplicatas a 
receber 35.000 
Instalações 25.000 Títulos a receber 125.000 
 
 
 Resposta 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE CIRCULANTE 
 
Caixa 20.000 Duplicatas a pagar 100.000 
 
Banco conta 40.000 Salários a pagar 35.000 
movimento 
Mercadorias 20.000 Títulos a Pagar 15.000 
 
 
 
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18 CIÊNCIAS CONTABÉISDuplicatas a receber 35.000 
Títulos a receber 125.000 
 
 
PERMANENTE PATRIMONIO LÍQUIDO 
 
Instalações 25.000 Capital Social 200.000 
 
Móveis e Utensílios 55.000 Lucros acumulados 50.000 
Veículos 30.000 
 
Imóveis 50.000 
 
Total do Ativo 400.000 Total do Passivo + PL 400.000 
 
 
 
 
 
 
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19 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 03_Ativo 
 
Os elementos que compõem o Ativo, segundo Iudicibus (1997), são revestidos de 
algumas características especiais, tais como: devem apresentar a potencialidade de 
gerar benefícios econômicos para a entidade, ser um recurso econômico e de 
propriedade, ou estar na posse de alguma entidade contábil, e devem ser 
mensuráveis monetariamente. 
 Assim, para Miranda (2008), todo o elemento Ativo que não seja mais útil à entidade 
e, portanto, tenha perdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa não deve ser 
classificado como um elemento Ativo. 
 
 Segundo o artº. 178 da Lei da 11.638/07, as contas que representam os bens e os 
direitos devem ser dispostas na ordem decrescente do grau de liquidez dos 
elementos nelas registrados e classificadas em três grupos: 
 Ativo Circulante; 
 Ativo Realizável a Longo Prazo; 
 Ativo permanente, dividido em Investimento, Imobilizado, Intangível e Diferido. 
 
O artº 179 estabelece que as contas do Ativo sejam classificadas do seguinte modo: 
I – no Ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício 
seguinte; 
II – no Ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou 
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, 
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios 
usuais na exploração do objeto da companhia; 
 
 
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20 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
IV – no Ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 
11.638,de 2007) 
V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que 
contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício 
social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na 
eficiência operacional; (Redação dada pela Lei nº11.638,de 2007) 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de 
comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº11.638,de 2007). 
 
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver 
duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo 
terá por base o prazo desse ciclo. 
 
Na próxima aula veremos como é feita a composição do Passivo e do Patrimônio 
Líquido. 
 
 
 
 
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21 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 04_Passivo e Patrimônio Líquido 
 
 
Nesta aula, explicaremos o significado das contas do Passivo e Patrimônio Líquido. 
Acompanhe: 
 
Passivo 
O Passivo é composto por todas as obrigações financeiras que uma empresa 
adquiriu com terceiros, resultante de transações passadas, efetuadas a prazo, com 
data de vencimento e beneficiário certo e conhecido. 
 
Dentre as contas de obrigações, destaca-se: 
 • Passivo Circulante: que abrange os compromissos de custo prazo; 
 Passivo Exigível a Longo Prazo: representativo das contas de obrigações 
cujos vencimentos ocorrem após o término do exercício social seguinte ao do 
Balanço. 
 Resultado de Exercícios Futuros: 
 
Segundo o artº. 180 da Lei 11638/07, as obrigações da companhia, inclusive 
financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Permanente, serão classificadas 
no Passivo Circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no Passivo 
Exigível a Longo Prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o 
disposto no parágrafo único do artigo 179. 
O artº. 181, da mesma lei, estabelece que sejam classificadas como resultados de 
exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas 
a elas correspondentes. 
 
 
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22 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Patrimônio Líquido 
O Patrimônio Líquido consiste na diferença entre os valores do Ativo (bens e 
direitos) e os valores do Passivo (obrigações) de uma sociedade em um momento 
específico. É a parte do balanço que corresponde ao capital investido pelos sócios e 
está graficamente localizado no seu lado direito. 
 
O Patrimônio Líquido, segundo a Lei 11638/07, pode ter suas contas classificadas 
da seguinte maneira: 
a) Capital Social 
b) Reservas de Capital 
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
d) Reservas de Lucros 
e) Ações em Tesouraria 
f) Prejuízos Acumulados 
 
O art. 182, da Lei 11638/07, estabelece que a conta do capital social discriminará o 
montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. 
 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: 
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte 
do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações 
de debêntures ou partes beneficiárias; 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
 § 2º Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção 
monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado. 
 
 
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23 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 § 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não 
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, 
as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do 
Ativo (§ 5º do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3º do art. 226 desta Lei) e 
do Passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. (Redação 
dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 § 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela 
apropriação de lucros da companhia. 
 § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução 
da conta do Patrimônio Líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na 
sua aquisição. 
 
 Na próxima aula estudaremos as origens e aplicações de recursos. 
 
 
 
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24 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 05_Origens e Aplicações de Recursos 
 
O enfoque de origens e aplicações de recursos tem grande importância na Análise 
das Demonstrações Contábeis, visto que, ao analisar um Balanço, é necessário 
visualizar o montante de recursos a disposição da entidade. 
No desempenho de suas atividades, as entidades contam com recursos 
provenientesde duas fontes: 
1) Recursos próprios: que se constitui nos recursos fornecidos pelos sócios para a 
formação do patrimônio da pessoa jurídica. Trata-se do capital social inicial, que 
representa recursos próprios. Igualmente, são recursos próprios os originários dos 
aumentos de capital mediante o ingresso de novos recursos. Os resultados positivos 
apurados nas atividades empresariais também representam recursos próprios, uma 
vez que não correspondem a obrigações. 
2) Recursos de terceiros: são representados pelo passivo. A soma dos recursos 
de terceiros com os recursos próprios forma o capital total à disposição, 
considerando a equação patrimonial, onde , infere-se que o Ativo representa o 
Capital Total à disposição. 
 
Assim, a representação gráfica do patrimônio pode ser como a seguir: 
 
 
Desta forma, conclui-se que a pessoa jurídica obtém capital próprio e capital de 
terceiros e os aplica nos bens e direitos que constituem o ativo. Os recursos podem 
estar aplicados em estoques de mercadorias, bens de uso, disponibilidades 
financeiras, contas a receber etc. 
 
 
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25 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
Logo, a representação gráfica do Balanço Patrimonial pode ser assim apresentada: 
 
 Exemplo 
Com base nas informações a seguir, elabore o Balanço Patrimonial e informe os 
valores de capital de terceiros e capital próprio: 
 
Resposta 
 
 Capital de Terceiros = 150.000; ou seja: 
 
 
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26 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
 
Capital próprio = 250.000; ou seja: 
 
 
 
 
 
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27 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 06_Demonstração do Resultado do Exercício 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício consiste, segundo o art.187 da lei 
6404/76 conjugada com a Lei 11638/07, em um relatório cujo objetivo principal é 
apresentar, resumidamente, e de forma vertical o resultado apurado em relação ao 
conjunto de operações realizadas num determinado período e deve discriminar: 
 A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos 
e os impostos; 
 A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços 
vendidos e o lucro bruto; 
 As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, 
as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
 O lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; 
(Redação dada pela Lei nº 9.249, de 1995); 
 O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o 
imposto; 
 As participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na 
forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou 
previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação 
dada pela Lei nº 11.638,de 2007); 
 O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social. 
 
Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
 As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua 
realização em moeda; e 
 
 
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28 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes 
a essas receitas e rendimentos. 
Diante disso, veja o seguinte modelo de Demonstração do Resultado do Exercício1: 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Vendas de Produtos 
Vendas de Mercadorias 
Prestação de Serviços 
 
(–) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Abatimentos 
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 
 
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
(–) CUSTOS DAS VENDAS 
Custo dos Produtos Vendidos 
Custo das Mercadorias 
Custo dos Serviços Prestados 
 
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
(–) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Com Vendas 
Despesas Administrativas 
 
 
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29 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
(–) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 
Despesas Financeiras 
(–) Receitas Financeiras 
Variações Monetárias e Cambiais Passivas 
(–) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 
 
(–) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS 
= RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 
Receitas Não Operacionais 
Despesas Não Operacionais 
 
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO 
SOCIAL E SOBRE O LUCRO 
(–) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social 
Sobre o Lucro 
 
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 
(–) Participações de Administradores, Empregados, 
Debêntures e Partes Beneficiárias 
 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 
 Exemplo 
 
 
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30 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Com base nas informações a seguir, elabore a demonstração de resultado: 
 
 
Resposta 
Demonstração do Resultado dos Exercícios: 
 
 
 
 
 ___ 
 1Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresulta-
do.htm, acesso em: 09 setembro 2008. 
 
 
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31 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 07_Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) 
 
A DLPA expõe minuciosamente as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros 
ou prejuízos acumulados, e, segundo o artº 186 da Lei 6404/76, deverá discriminar: 
 
1) O saldo do início do período; 
2) Os ajustes de exercícios anteriores: serão considerados apenas os decorrentes 
de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a 
determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos 
subsequentes. 
3) As reversões de reservas: alterações ocorridas nas contas que registram as 
reservas, mediante a reversão de valores para a conta Lucros Acumulados, em 
virtude daqueles valores não serem mais utilizados; 
4) O lucro líquido do exercício: resultado líquido do ano apurado na Demonstração 
do Resultado do Exercício, cujo valor é transferido para a conta de Lucros 
Acumulados; 
5) As transferências para reservas: são as apropriações do lucro feitas para a 
constituição das reservas patrimoniais, tais como: reserva legal, reserva estatutária, 
reserva de lucros a realizar, reserva para contingências; 
6) Saldo ao fim do período. 
 
O artº 274 do RIR/99 estabelece que a DLPA é obrigatória para as sociedades 
limitadas e outros tipos de empresas. 
 
Modelo de Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
 
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32 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
 
 
 
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33 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 08_Demonstração dos Fluxos de Caixa 
 
Recentemente obrigatória pela Lei 11638/07, sua composição e apresentação 
encontram-se mencionadas na NPC 20, conforme segue: 
A função primordial de uma demonstração dos fluxos de caixa é a de propiciar 
informações relevantes sobre as movimentações de entradas e saídas de caixa de 
uma entidade num determinado período ou exercício. As informações contidas numa 
demonstração dos fluxos de caixa, quando utilizadas com os dados e informações 
divulgados nas demonstrações contábeis, destinam-se a ajudar seus usuários a 
avaliar a geração de fluxos de caixa para o pagamento de obrigações e lucros e 
dividendos a seus acionistas ou cotistas, ou aidentificar as necessidades de 
financiamento, as razões para as diferenças entre o resultado e o fluxo de caixa 
líquido originado das atividades operacionais e, finalmente, revelar o efeito das 
transações de investimentos e financiamentos, com a utilização ou não de 
numerário, sobre a posição financeira. 
 
 A “Demonstração dos Fluxos de Caixa” refletirá as transações de caixa oriundas: 
 Das atividades operacionais: compreendem as transações que envolvem a 
consecução do objeto social da Entidade. Elas podem ser exemplificadas pelo 
recebimento de uma venda, pagamento de fornecedores por compra de 
materiais, pagamento dos funcionários etc. 
 Das atividades de investimentos: compreendem as transações com os ativos 
financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras entidades e de 
ativos utilizados na produção de bens ou prestação de serviços ligados ao objeto 
social da Entidade. As atividades de investimentos não compreendem a 
aquisição de ativos com o objetivo de revenda. 
 Das atividades de financiamentos: incluem a captação de recursos dos 
acionistas ou cotistas e seu retorno em forma de lucros ou dividendos, a 
captação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração. 
 
 
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34 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Na preparação da demonstração dos fluxos de caixa, poderá ser utilizado o método 
direto ou indireto. O método direto caracteriza-se por apresentar os componentes 
dos fluxos por seus valores brutos, ao menos para os itens mais significativos dos 
recebimentos e dos pagamentos. O método indireto caracteriza-se por apresentar o 
fluxo de caixa líquido oriundo da: 
 Movimentação líquida das contas que influenciam na determinação dos fluxos de 
caixa das atividades operacionais, tais como estoques, contas a receber e contas 
a pagar. 
 Movimentação líquida das contas que influenciam na determinação dos fluxos de 
caixa das atividades de investimentos e de financiamentos, a partir das 
disponibilidades geradas pelas atividades operacionais, ajustadas pelas 
movimentações dos itens que não geram caixa, tais como: depreciação, 
amortização, baixas de itens do ativo permanente, etc. 
 
Modelo de Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Direto 
Demonstração dos Fluxos de Caixa - Companhia ABC. Exercício findo em 31 de 
dezembro de 19XX. 
 
 
 
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Divulgações Adicionais 
A Entidade deverá divulgar, ainda, informações sobre a demonstração dos fluxos de 
caixa referentes à conciliação do resultado do exercício com o valor das 
disponibilidades líquidas geradas ou utilizadas nas atividades operacionais, como 
exemplificados a seguir: 
 
 
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Modelo de Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Indireto 
Demonstração dos Fluxos de Caixa - Companhia ABC. Exercício findo em 31 de 
dezembro de 19XX. 
 
 
 
 
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38 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Resumo_Unidade I 
 
Nesta unidade foram abordados os aspectos gerais da contabilidade e do conjunto 
de demonstrações por ela oferecido, como instrumento e peça principal de nossas 
aulas de análise das demonstrações contábeis. 
 
 
 Referências Bibliográficas 
PADOVESE, Clóvis L.; BENEDICTO, Gideon C. Análise das 
Demonstrações Financeiras. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 
BLATT, Adriano. Análise de Balanços: estrutura e avaliação das demonstrações 
financeiras e contábeis. São Paulo: Makron Books, 2001. 
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
Sites 
Alterações da lei 6.404 – pela lei 11638 modelo balanço patrimonial e DRE -
 http://www.facape.br/waldenir/cf/Demonstracoes_Financeiras_Alteaco-
es_Lei_6404.pdf Acessado em 04 de junho de 2008. 
LEI Nº 11.638 - de 28 dezembro de 2007 - DOU de 28/12/2007 - edição extra -
 http://www3.dataprev.gov.br/SISLEX/paginas/42/2007/11638.htm. Acessado em 04 
de junho de 2008. 
Seminário Mudanças Contábeis com a Lei 11.638 - http://www.balcao-
deeventos.info/seminarios-mudancas-contabeis-com-a-lei-11638.html. Acessado em 
02 de junho de 2008. 
 
 
 
 
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39 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 09_Índice de Liquidez: Liquidez Imediata 
 
Os índices de liquidez permitem avaliar a capacidade de pagamento das 
exigibilidades. Esses índices interessam aos credores na avaliação dos riscos, na 
concessão de novos créditos e na análise das perspectivas de recebimento dos 
créditos já concedidos. 
Nota-se, porém, que nem sempre um elevado índice de liquidez traduz boa gerência 
financeira. Em alguns casos, um índice alto de liquidez pode implicar em excesso de 
disponibilidades, com a consequente perda financeira pela não aplicação dos 
recursos; excesso de estoques; prazo excessivamente dilatado de contas a receber 
etc. 
 
Abordaremos, nesta unidade, os seguintes índices de liquidez: 
 Liquidez Imediata (LI) 
 Liquidez Corrente (LC) 
 Liquidez Seca (LS) 
 Liquidez Geral (LG) 
 
Liquidez Imediata 
É utilizado na verificação do nível de recursos que são mantidos para cumprimento 
dos compromissos mais imediatos e também dos eventuais. Observe que as 
empresas não precisam manter como disponibilidade valores correspondentes a 
todas as suas dívidas de curto prazo (Passivo circulante), possibilitando que o índice 
de liquidez imediata, na grande maioria das vezes, seja bem menor que 1. 
 
 
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40 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 Esse índice torna-se muito importante para o caso de instituições financeiras e de 
empresas que desenvolvem um grande número de operações à vista, uma vez que 
elas devem manter um volume mais elevado de disponibilidades. 
 Assim, 
 
 
Onde: LI = Liquidez Imediata 
 Disp = Disponibilidade 
 PC = Passivo Circulante 
 
Exemplo 
 
No exemplo acima, as disponibilidades são correspondentes aos saldos das contas 
Caixa e Bancos c/ Movimento. Assim, a liquidez imediata seria calculada da seguinte 
forma: 
 Ou seja, Liquidez Imediata 
 
 
 
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41 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
O índice 0,35 indica que as disponibilidades correspondem a 35% do valor das 
dívidas de curto prazo. Para cada $ 1,00 de dívidas, a companhia dispõe de $ 0,35 
de disponibilidades. 
 
 
 
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42 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 10_Índice de Liquidez: Liquidez Corrente 
 
 
Continuando o assunto da aula anterior vamos elucidar como é empregado a: 
 
• Liquidez Corrente 
É utilizado para reconhecer a capacidade de pagamento das obrigações de curto 
prazo (Passivo circulante) utilizando-se dos bens e créditos circulantes. Observe-se, 
entretanto, ser fundamental a análise do ciclo operacional da empresa para o 
estabelecimento de um quociente ideal de liquidez corrente, pois uma empresa 
industrial irá apresentar um quociente de liquidez corrente maior do que de uma 
empresa comercial, em razão de naquela os recursos aplicados na atividade terem 
um retorno mais lento. Na indústria, os recursos permanecem mais tempo dentrodo 
ativo circulante, na forma de estoques de matéria-prima, produtos em elaboração 
etc. 
 Assim, 
 
 
 
Exemplo 
 
 
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43 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
Com base nas informações acima, a liquidez corrente seria calculada da seguinte 
forma: 
 
 
Ou seja, Liquidez Corrente = 2,2 ou 220% 
O índice 2,2 indica que os créditos e bens do Ativo circulante correspondem a duas 
vezes o valor das dívidas de curto prazo. Para cada $ 1,00 de dívida, a companhia 
dispõe de $ 2,20 no Ativo circulante. 
A liquidez corrente com índice superior a 1 indica que o capital circulante líquido (AC 
– PC) é positivo. O índice de liquidez corrente menor que 1 normalmente traduz 
dificuldades no pagamento das dívidas de curto prazo. 
 
 
 
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44 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 11_Índice de Liquidez: Liquidez Seca 
 
Nesta aula, dando seguimento aos índices de liquidez, vamos exemplificar: 
 
• Liquidez Seca 
O índice de Liquidez Seca é utilizado para reconhecer a capacidade de pagamento 
das obrigações de curto prazo sem considerar os estoques. É um índice apropriado 
para a análise de empresas que trabalham com estoques de difícil realização 
financeira, como, por exemplo, as empresas imobiliárias, cuja realização dos 
estoques é mais lenta. 
Assim, esse índice pode ser obtido aplicando a seguinte fórmula: 
 
Onde: LS = Liquidez Seca 
 AC = Ativo Circulante 
 PC = Passivo Circulante 
 
Exemplo 
 
 
 
 
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45 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Com base nas informações acima, a liquidez seca seria calculada da seguinte 
forma: 
 
Ou seja, Liquidez Seca = 1,2 ou 120% 
O índice igual a 1,2 indica que, sem considerar os recursos provenientes da 
realização dos estoques, a companhia tem créditos e bens de valor igual às suas 
dívidas de curto prazo. 
 
 
 
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46 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 12_Índice de Liquidez: Liquidez Geral 
 
Finalizando o assunto índice de liquidez, vamos entender como se aplica: 
 
• Liquidez Geral 
O índice de Liquidez Geral ou Total é utilizado para reconhecer a capacidade de 
pagamento de todas as obrigações, tanto de curto quanto de longo prazo, através de 
recursos não permanentes (Ativo Circulante e Ativo Realizável a Longo Prazo). 
Considera-se adequado que este índice não seja inferior a 1, uma vez que, sendo o 
índice menor que 1, a companhia estará financiando, pelo menos em parte, as 
aplicações no permanente com recursos de terceiros, o que geralmente provoca 
grandes dificuldades de pagamento das obrigações. 
As aplicações no permanente têm retorno demorado e devem ser financiadas com 
recursos próprios, ou com recursos de terceiros amortizáveis a longo prazo. 
Assim, esse índice pode ser obtido aplicando a seguinte fórmula: 
 
Onde: LG = Liquidez Geral 
 AC = Ativo Circulante 
 ARLP = Ativo Realizável a Longo Prazo 
 PC = Passivo Circulante 
 PELP = Passivo Exigível a Longo Prazo 
 
 Exemplo 
 
 
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47 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 
Com base nessas informações, a liquidez geral seria calculada da seguinte forma: 
 
Ou seja, Liquidez Geral = 1,26 ou 126% 
Este índice indica que a companhia tem bens e direitos no Ativo Circulante e 
Realizável a Longo Prazo correspondente a 1,26 o valor de suas dívidas e pode 
saldá-las sem ter que recorrer aos bens do permanente. 
 
 
 
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48 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 13_Índices de Endividamento: introdução 
 
Este índice demonstra o grau de endividamento da empresa. Ao se analisar esse 
indicador por diversos exercícios pode-se verificar a política de obtenção de 
recursos da empresa, isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com 
Recursos Próprios ou de Terceiros e em que proporção. 
Sabe-se que o Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de Terceiros 
(Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patrimônio 
Líquido). Portanto, Capitais de Terceiros e Capitais Próprios são fontes (origens) de 
recursos. Também, são os indicadores de endividamento que informam se a 
empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários. 
Esse indicador, ainda, possibilita saber se os recursos de terceiros têm seu 
vencimento alocado em Curto Prazo (Circulante) ou em Longo Prazo (Exigível a 
Longo Prazo). 
 
Segundo Teles (2003, p. 5), na Análise do Endividamento há necessidade de 
detectar as características do seguinte indicador: 
1. Empresas que recorrem a dívidas como um complemento de Capitais Próprios 
para realizar aplicações produtivas no seu Ativo (ampliação, expansão, 
modernização etc.). Este endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto 
elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o 
compromisso assumido. 
2. Empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão 
vencendo. Por não gerarem recursos para saldar os seus compromissos, elas 
recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo este círculo vicioso, a 
empresa será uma séria candidata à insolvência e, consequentemente, à 
falência. 
 
 
 
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49 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
A composição do endividamento promove muitas informações significativas sobre os 
compromissos assumidos revelando se são a Curto Prazo (normalmente utilizados 
para financiar o Ativo Circulante) ou a Longo Prazo (normalmente utilizado para 
financiar o Ativo Permanente). 
Em geral, considera-se que a proporção favorável seria aquela que contasse nas 
dívidas a Longo Prazo, propiciando à empresa tempo maior para gerar recursos que 
possibilite a quitação de seus compromissos. Nesse sentido, a expansão e 
modernização das empresas devem ser financiadas com recursos a Longo Prazo, 
obtendo, assim, maior prazo para quitação e para a geração dos retornos 
planejados. 
A composição do endividamento com concentração significativa no Passivo 
Circulante (Curto Prazo) indicará que a empresa tem possibilidades reais de 
dificuldades num momento de reversão de mercado (o que não aconteceria se as 
dívidas estivessem concentradas no Longo Prazo). No caso contrário, em um 
momento de revés, se a concentração fosse a Longo Prazo, a empresa teria tempo 
hábil para replanejar a sua situação financeira. 
 
No entanto, apenas um estudo minucioso desses índices poderá desvendar a real 
situação financeira do empreendimento. Assim, para esta unidade serão estudados 
os seguintes Índices: 
 de Participação de Capitais de Terceiros (PCT) 
 de Composição de Endividamento 
 de Imobilização do Patrimônio Líquido 
 
E posteriormente, na unidade III, estudaremos os Índices: 
 de Imobilização dos Recursos Não Correntes 
 
 
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50 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 de Nível de Desconto de Duplicatas 
 de Endividamento Financeiro Sobre o Ativo Total 
 
 
 
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51 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 14_Índices de Endividamento: participação de capitais de 
terceiros 
 
O percentual obtido neste indicador aponta a relação existente entre o Capital de 
Terceiros e o Patrimônio Líquido, retratando a dependência daempresa em relação 
aos recursos externos. A interpretação deste, isoladamente, tem por objetivo avaliar 
o risco da empresa, no sentido de que “quanto maior, pior”, sendo mantidos 
constantes os demais fatores. Entretanto, para a empresa, pode ocorrer que o 
endividamento lhe permita melhor ganho, porém, associado ao maior ganho estará 
um maior risco. 
O Índice de Participação de Capitais de Terceiros confronta duas grandes fontes de 
recursos da empresa: Capitais Próprios e Capitais de Terceiros, permitindo, do 
ponto de vista estritamente financeiro, observar que quanto maior a relação Capitais 
de Terceiros/Patrimônio Líquido menor a liberdade de decisões financeiras da 
empresa ou maior a dependência a esses terceiros. 
Sob a visão da obtenção de lucro, considera-se vantajoso para a empresa trabalhar 
com Capitais de Terceiros se a remuneração paga a esses capitais for menor do que 
o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. 
Portanto, ao se interpretar o índice de Participação de Capitais de Terceiros, deve-
se observar com cautela, uma vez que, fazendo-se análise exclusivamente do ponto 
de vista financeiro, apura-se o risco de insolvência e não a sua relação com lucro ou 
prejuízo. 
Assim, esse índice pode ser apurado por meio da seguinte fórmula: 
 
Onde: PCT = Participação de Capitais de Terceiros 
 PC = Passivo Circulante 
 ELP = Exigível a Longo Prazo 
 
 
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52 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 PL = Patrimônio Líquido 
 
Exemplo 
Considerando os dados a seguir, podemos visualizar sua participação de Capitais de 
Terceiros conforme segue: 
 
 
O Capital de Terceiros é formado por: 
 
 
O que significa que para cada $100,00 de Capital Próprio, a empresa utiliza $124,14 
de Recursos de Terceiros. 
 
 
 
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53 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 15_Índices de Endividamento: composição de endividamento 
 
Os índices financeiros são a forma mais resumida de se analisar as demonstrações 
financeiras de uma empresa. Nesta aula veremos a interpretação do índice 
composição de endividamento. 
 
Composição de Endividamento (CE) 
Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser paga a Curto Prazo, isto é, as 
Obrigações a Curto Prazo comparadas com as obrigações totais. 
A interpretação deste índice é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos 
constantes os demais fatores, observando que, quanto mais dívidas para pagar a 
Curto Prazo, maior será a pressão para a empresa gerar recursos para honrar seus 
compromissos. 
Convém lembrar que, uma vez observada a proporção dessas obrigações, o passo 
seguinte é analisar a composição dessas obrigações. É necessário verificar se para 
a quitação das dívidas de curto prazo existe em contrapartida recursos, também, de 
curto prazo. A comparação do montante de dívidas no Curto Prazo com o 
endividamento total, além de mostrar as características da empresa quanto ao 
vencimento das dívidas, reconhece sua capacidade de geração de recursos e 
mesmo sua condição de renovar a dívida de Curto Prazo junto aos credores. 
Esse índice é obtido pela seguinte fórmula: 
 
Onde: CE = Composição de Endividamento 
 PC = Passivo Circulante 
 ELP = Exigível a Longo Prazo 
 
 
 
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54 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Exemplo 
Considerando os dados, a seguir, podemos visualizar a composição de seus 
Capitais de Terceiros, quanto ao vencimento a Curto ou a Longo Prazo, conforme 
segue: 
 
 O Capital de Terceiros, ou seja, a dívida total é: 
 
Desse modo, para cada $100,00 de dívida que a empresa tem $75,00 vence a Curto 
Prazo, ou seja, num período inferior a um ano. 
 
 
 
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55 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 16_Índices de Endividamento: imobilização do Patrimônio 
líquido 
 
O Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) indica quanto do Patrimônio 
Líquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo 
Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, 
dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para 
manutenção dos negócios. A característica deste índice é no sentido de que “quanto 
maior, pior”, mantidos constantes os demais fatores. 
As aplicações dos recursos do Patrimônio Líquido são dirigidas para o Ativo 
Permanente e para o Ativo Circulante, isso significa que, quanto mais recursos 
próprios a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos sobrarão para o 
Ativo Circulante e, por consequência, maior serão os recursos de terceiros utilizados 
para o financiamento do Ativo Circulante. Diante disso, a melhor conformidade em 
termos financeiros seria a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para 
cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela suficiente para financiar o 
Ativo Circulante. Para tanto, a administração adequada dos recursos disponíveis de 
uma empresa pressupõe um apropriado enquadramento dos prazos das aplicações 
dos recursos com os prazos das fontes. 
 
Segundo Ribeiro (2001, p.137) alguns pontos, a seguir, devem ser considerados na 
análise: 
 Os detalhes de variação do Patrimônio Líquido no período; 
 A relação e a composição de cada recurso no Ativo Permanente; 
 A capacidade de contribuição do diferido na geração de receitas futuras; 
 A razão e a finalidade de cada investimento; 
 O tempo de vida útil, o grau de modernização, além do critério de depreciação 
utilizado nos itens que contemplam o ativo imobilizado. 
 
 
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56 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
O índice de imobilização do patrimônio líquido é obtido por meio da seguinte 
fórmula: 
 
Onde: IPL = Imobilização do Patrimônio Líquido 
 AP = Ativo Permanente 
 PL = Patrimônio Líquido 
 
 Exemplo 
Considerando os valores a seguir, seu nível de imobilização pode ser representado 
conforme segue: 
 
 
 
 
 
 
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57 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
O que significa que para $100,00 de Capital Próprio a empresa tem aplicado 
no AP $74,14. 
 
 
 
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58 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 17_Índices de Endividamento: imobilização dos recursos não-
correntes 
 
O Índice Imobilização dos Recursos Não-Correntes (IRNC) indica a que percentuais 
de Recursos Não-Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente. O significado 
desse índice é no sentido de que “quanto menor, melhor”. 
Os recursos não-correntes caracterizam-se pela composição das contas do grupo 
Patrimônio Líquido e do Passivo Exigível de Longo Prazo, que representa o Capital 
Próprio e uma parcela dos Capitais de Terceiros. 
Os elementos do Ativo Permanente possuem vida útil que variam de 2 a 50 anos, 
portanto a geração de receita, desses recursos, possui longo prazo de realização. 
Assim, embora seja aconselhável que tais recursos sejam adquiridos com Capitais 
Próprios, isso não se faz necessário, pois, desde que o prazo seja compatível com o 
de duração do Imobilizado, ou desde que o prazo seja suficiente para gerar recursos 
capazes de resgatar as dívidas obtidas, é possível utilizar-se de recursos de Longo 
Prazo (Capitais de Terceiros). 
 
Nesse sentido, observa-se a coerência em comparar aplicações fixas (Ativo 
Permanente) com os RecursosNão-Correntes (Patrimônio Líquido + Exigível a 
Longo Prazo), que pode ser obtido pela aplicação da seguinte fórmula: 
 
Onde: IRNC = Imobilização dos Recursos Não-Correntes 
 AP = Ativo Permanente 
 PL = Patrimônio Líquido 
 ELP = Exigível a Longo Prazo 
 
Exemplo 
 
 
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59 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Com base nos dados a seguir, a Imobilização dos Recursos Não-Correntes pode ser 
identificada conforme segue: 
 
 
Significa que, para cada $ 100,00 de Recursos Não-Correntes (PL+ELP), a empresa 
tem aplicado no Ativo Permanente $ 56,58. 
 
 
 
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60 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 18_Índices de Endividamento: nível de desconto de duplicatas 
 
O Nível de Desconto de Duplicatas (NDD) indica o percentual de duplicatas 
descontadas em relação ao total de duplicatas a receber. Considerando que as 
empresas só devem descontar duplicatas quando estiverem precisando de dinheiro, 
a interpretação desse índice é no sentido de que “quanto maior, pior”. 
Segundo Iudicibus et al (2000, p.93), é comum que as empresas, para obter capital 
de giro, efetuem o desconto de duplicatas a receber em estabelecimentos bancários. 
Nesse processo, os bancos ficam com os títulos e antecipam os valores às 
empresas, mediante a cobrança de despesas bancárias e juros a que têm direito 
pelo período a transcorrer entre a data do desconto e a data do vencimento das 
duplicatas. 
Contudo, a responsabilidade da empresa que efetuou o desconto irá cessar apenas 
quando o devedor (cliente) efetuar o pagamento, caso contrário, se o devedor 
(cliente) não efetuar o pagamento do título, a empresa que emitiu a Duplicata (o 
cedente) deverá efetuar seu pagamento junto ao banco. 
 
Segundo Teles (2003, p.6), alguns pontos a serem observados nesse índice são: 
 Normalmente, quanto maior a necessidade de Recursos Financeiros, maior será 
o nível de Desconto de Duplicatas. O extremo é quando a empresa chega a 
emitir títulos que não correspondem à venda efetuada, a chamada “duplicata 
fria”; 
 Muitas vezes as Duplicatas da empresa estão comprometidas como garantia de 
outras operações e não há duplicatas para descontar; 
 Na data do encerramento do Balanço, os bancos com que a empresa trabalhava 
podiam não estar operando com a carteira de Desconto de Duplicatas, ou os 
bancos poderiam não estar aceitando as duplicatas da empresa para desconto. 
Nessa condição, um baixo nível de endividamento não quer dizer coisa boa. 
 
 
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61 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Assim, esse índice pode ser obtido aplicando a seguinte fórmula: 
 
Onde: NDD = Nível de Desconto de Duplicatas 
 DD = Duplicatas Descontadas 
 DR = Duplicatas a Receber 
 
Exemplo 
Considerando os dados a seguir, é possível identificar o Nível de Desconto de 
Duplicatas como segue: 
 
Aplicando a fórmula: 
 
 
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O que significa que, para cada $100,00 de Duplicatas a Receber a empresa tem 
$13,04 de Duplicatas Descontadas. 
 
 
 
 
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63 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 19_Índices de Endividamento: endividamento financeiro sobre 
Ativo total 
 
O Índice de Endividamento Financeiro Sobre Ativo Total (EFSAT) indica a 
participação do Passivo Financeiro (PF) no financiamento do Ativo da empresa, 
mostrando a dependência da empresa junto a instituições financeiras. Esse índice é 
analisado no sentido de que “quanto maior, pior”, identificando que quanto menos a 
empresa depender de recursos remunerados para financiar seu Ativo, melhor será a 
qualidade de sua estrutura de Capitais. 
 
Segundo Blatt (2001, p. 73), o índice poderá ser desvirtuado ou valorizado em 
função dos seguintes fatores: 
→ O custo da dívida, ou seja, deve-se considerar se o custo de captação dos Ativos 
da empresa está proporcional ao seu retorno; 
→ A falta de recursos próprios para “fazer frente” a necessidade de capital de giro, 
provoca um endividamento junto aos bancos, que, como consequência envolve 
pagamento de juros elevados pelo dinheiro que tomam emprestado. 
Este índice pode ser obtido por meio da seguinte fórmula: 
 
 
Onde: EFSAT = Endividamento Financeiro Sobre o Ativo Total 
 DD = Duplicatas Descontadas 
 IF = Instituições Financeiras 
 TLP = Transferências de Longo Prazo 
 ONC = Outros Não Cíclicos como: dividendos, imposto de renda e outros 
 
 
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64 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 ELP = Exigível a Longo Prazo 
 AT = Ativo Total 
 
Exemplo: 
Com base nos dados a seguir, o índice de EFSAT pode ser apurado como segue: 
 
 
 
 
 
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65 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
O que significa que, para cada $ 100,00 de aplicação no Ativo, a empresa estava 
utilizando $ 35,38 de recursos provenientes de instituições financeiras, ou de outras 
fontes consideradas financeiras. 
 
 
 
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66 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 20_Índice de Endividamento: índices relacionados à dívida 
onerosa 
 
Para BLATT (2001, p.71-72), também são utilizados pelos analistas financeiros 
outros índices, a seguir explanados, diretamente relacionados ao exigível bancário: 
 
 
 
 
 
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67 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 21_Índice de Rentabilidade – Parte I 
 
O índice de rentabilidade será melhor utilizado na medida em que se relacionar o 
lucro de uma empresa com algum valor que expresse a dimensão relativa do 
mesmo, para analisar o desempenho da empresa em determinado período. 
O relacionamento das variáveis de composição deste índice depende do objetivo ou 
da decisão para a qual é preciso informação. Nesse sentido, BLATT (2001, p.82) 
considera que as empresas visam à obtenção de lucros, mantendo relações 
adequadas de custo em relação à receita, ou margens. Mudanças nos níveis de 
receita conduzem a tendência, para cima ou para baixo, dos níveis de despesa nas 
áreas de custos mais variáveis. 
A apuração do índice de rentabilidade, considerado pela dimensão do lucro, leva em 
conta volume de vendas, valor do ativo total, valor do patrimônio líquido, ou valor do 
ativo operacional, dependendo do resultado que pretende obter. O importante é 
utilizar o conceito no numerador compatível com o empregado no denominador, para 
que o resultado possa oferecer inferência apropriada das informações obtidas. 
 
Segundo PADOVEZE et al (2004, p.102 e 103), a análise de rentabilidade pode ser 
estudada em três abordagens: 
1ª) Tem como referência os donos da empresa: considera a relação do lucro líquido 
após os impostos com o valor do Patrimônio Líquido, mensurando a rentabilidade à 
luz do interessado mais importante do investimento na empresa, que é o dono do 
capital; 
2ª) Objetiva mensurar a rentabilidade da empresa como um todo, ou seja, do ativo; 
3ª) Busca identificar o impacto do financiamento que a empresa obteve do capital de 
terceiros, para verificar se houve vantagens na utilização desses capitais. 
 
Assim, em seguida serão estudados os seguintes índices: 
 
 
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68CIÊNCIAS CONTABÉIS 
 Giro do Ativo 
 Margem Líquida 
 Rentabilidade do Ativo 
 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
 
Giro do Ativo 
O giro do ativo demonstra quantas vezes o ativo girou como resultado ou efeito das 
vendas, ou quanto a empresa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total. 
Portanto, quanto maior, melhor. 
O desempenho e o sucesso de uma empresa dependem de uma série de fatores, 
entretanto, o volume de vendas é um elemento fundamental para diagnosticar o 
êxito das atividades empresariais. Assim, a relação do volume de vendas com outros 
elementos das contas patrimoniais permite conhecer se o rendimento foi satisfatório 
ou não, e incrementa as informações para a tomada de decisão, com finalidade de 
corrigir os rumos da empresa. 
Este índice, apurado conforme a fórmula a seguir, tem muita importância para as 
empresas, visto que toda empresa investe capitais esperando retorno, que 
normalmente começa a surgir a partir do bom desempenho da área comercial. 
 
 
Exemplo 
Se a empresa consegue um índice de Giro do Ativo de 1,10, pode-se dizer que para 
cada $ 1,00 investido no Ativo a empresa conseguiu vender $ 1,10, ou seja, o 
volume de vendas atingiu 1,10 vezes o volume de investimentos. Entretanto, outros 
 
 
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69 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
aspectos precisam ser considerados, pois mesmo conseguindo girar 1,10 o valor do 
Capital Total investido, a empresa poderia não ter lucratividade. 
 
 
 
 
 
 
 
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70 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 22_Índice de Rentabilidade – Parte II 
 
Nesta aula vamos analisar como os índices de Margem Líquida, Rentabilidade do 
Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido devem ser aplicados. 
 
Margem Líquida 
Esse quociente evidencia qual foi a lucratividade que a empresa obteve frente à 
geração de receitas. Em outras palavras: quanto a empresa obteve de lucro em 
relação ao volume faturado. 
 
BLATT (2001, p.83) afirma que o coeficiente de margem líquida mede a eficiência 
total da empresa em gastar dinheiro para fazer dinheiro, ou melhor, mostra o 
desempenho da empresa em controlar custos em relação aos níveis de vendas. 
Dessa forma, a análise é feita sob a forma de quanto a empresa obtém de lucro para 
cada $ 100,00 vendidos, por isso, quanto maior, melhor. 
 
O quociente de margem líquida pode ser obtido por meio da seguinte fórmula: 
 
 
Rentabilidade do Ativo 
A Rentabilidade do Ativo mensura a lucratividade, o quanto a empresa obteve de 
lucro líquido diante das aplicações realizadas, ou seja, mede quanto a empresa 
obtém de lucro para cada $100,00 de investimento total. Para Matarazzo (1995, 
p.185), este quociente representa “... uma medida da capacidade da empresa em 
gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. É ainda uma medida do 
desempenho comparativo da empresa ano a ano”. 
 
 
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71 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Esse índice pode ser obtido por meio da seguinte fórmula: 
 
 
Exemplo: 
Uma empresa, após apurados o Lucro Líquido e o valor do Ativo, verifica que sua 
Rentabilidade tenha sido de 30,5, pode-se dizer que para cada $100,00 investidos a 
empresa ganhou $ 30,50, ou 30%. 
 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
Esse quociente retrata qual foi a taxa de retorno obtida pelo Capital Próprio 
(Patrimônio Líquido), ou seja, revela o quanto o acionista obteve de lucro gerado 
pela aplicação nos Ativos da empresa. 
Ressalta-se que esse índice demonstra o desempenho da administração da 
empresa, visto que o uso estratégico dos Ativos da empresa gera receitas que, bem 
administrada, promove retorno satisfatório. Dessa forma, ao comprar este quociente 
com as taxas oferecidas pelo mercado, será possível avaliar se a vantagem 
financeira da rentabilidade obtida pela empresa é superior ou inferior a essas 
opções. 
O quociente de rentabilidade do Patrimônio Líquido pode ser calculado mediante a 
seguinte fórmula: 
 
 Exemplo: 
 
 
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72 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Considerando que uma empresa tenha obtido, para cada $ 100,00 de Capital 
Próprio investido, uma taxa de 15,02, então, significa que para cada $ 100,00 de 
Capital Próprio investido se obteve um retorno de $15,02, ou 15,02%. 
 
 
 
 
 
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73 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Aula 23_Quocientes de Rotação de Atividades – Parte I 
 
Os quocientes de rotação obtidos por meio do confronto dos elementos contidos no 
Balanço Patrimonial com os contidos na demonstração de Resultado do Exercício 
destacam o tempo necessário para renovação dos elementos do Ativo. 
 
Assim, na sequência serão estudados os seguintes quocientes: 
 Rotação dos Estoques (RE) 
 Prazo Médio de Recebimento de Contas a Receber (PMRCR) 
 Prazo Médio de pagamento de Contas a pagar (PMPCP) 
 Posicionamento Relativo (PR) 
 
Rotação dos Estoques 
Esse quociente mensura o período compreendido entre o tempo em que o estoque 
permanece armazenado até o momento da venda, evidenciando quantas vezes 
ocorreu renovação dos estoques em função das vendas. 
O quociente de rotação será calculado por meio da seguinte fórmula: 
 
 
 Onde: RE = Rotação de Estoques 
 CMV = Custo de Mercadorias Vendidas 
 EM = Estoque Mercadorias 
 
 
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74 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
E o tempo de estoque, ou seja, o Prazo Médio de Estocagem (PME) será calculado 
por meio da seguinte equação: 
 
Onde: PME = Prazo Médio de Estoque 
 EM = Estoque de Mercadorias 
 
Exemplo 
Considerando os dados, a seguir, poderemos identificar a Rotação do Estoque e o 
Prazo Médio de Estocagem: 
 
Esses indicadores revelam que o estoque de mercadorias gira 5,61 vezes no ano e 
que, em média, o estoque permanece estocado por 64 dias antes da venda ou do 
consumo. 
 
 
 
 
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75 CIÊNCIAS CONTABÉIS 
Resumo_Unidade II 
 
Nesta unidade foi abordada a avaliação da empresa através de índices com a 
finalidade de obter um bom diagnóstico quanto à situação econômico-financeira. 
 
O quadro a seguir apresenta resumidamente os quocientes estudados: 
 
Quadro Resumo dos Índices 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas 
PADOVESE, Clóvis L.; BENEDICTO, Gideon C. Análise das 
Demonstrações Financeiras. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 
BLATT, Adriano. Análise de Balanços: estrutura e avaliação das demonstrações 
financeiras e contábeis. São Paulo: Makron Books, 2001. 
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. São Paulo: Atlas, 2000. 
RIBEIRO, Osni M. Estrutura e Análise de Balanços. São Paulo: Saraiva, 2001. 
IUDICIBUS, Sérgio; et al. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 
São Paulo: Atlas, 2000. 
SILVA, José P. Análise financeira das empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 
Sites 
TELES, Cristhiane Carvalho. Análise dos Demonstrativos 
Contábeis. www. peritocontador.com.br/artigos/colaboradores/Artigo_-
__ndices_de_Endi-vidamento.pdf - Acessado em 03 de maio de 2008. 
Análise de Rentabilidade (Retorno sobre o 
investimento). http://br.geocities. com/rfulan23/analise1.htm. Acessado em 8 de maio 
de 2008.

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