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Prof.ª Bruna Batista T e o ria s d a É tic a Contexto histórico: Antiga Grécia - As teorias éticas nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como resposta aos problemas resultantes das relações entre os homens. A Ética da Virtude vai buscar a sua inspiração à Grécia antiga e procura deste modo formar pessoas que ajam de boa vontade espontaneamente, que possam servir de inspiração a terceiros e que se foquem numa vida cujo intuito será viver bem e atingir a excelência. Ética clássica, focada no que pode conduzir à felicidade natural (Platão e Aristóteles). T e o ria s d a É tic a A Ética da Virtude pensa sobre o gênero de pessoa que deveremos ser, que ações deveremos tomar, quais as qualidades que tornam a vida boa e quais os vícios e qualidades negativas que devemos evitar. O núcleo deste gênero de ética é o “Eudaimonia”, que se poderá traduzir como “Felicidade”. Tarefa da ética = como alcançar esse fim. Para Aristóteles toda ação humana = alcançar Felicidade. O homem virtuoso seria capaz de refletir sobre os melhores hábitos e/ou conduta para si e para a sociedade com quem convive. Sabedoria para encontrar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a deficiência. Platão defende o valor supremo do Bem, onde o ideal é que todos os homens livres buscassem atingir: 1. os homens deviam seguir apenas a razão; 2. A sociedade devia ser reorganizada, sendo o poder confiado aos sábios. Divide a ética em 2 vertentes: Éticas (morais) – Se alcança pelo exercício contínuo do hábito. Exemplos: lealdade, honestidade, justiça, fidelidade. Dianéticas (não morais/intelectuais) – São obtidas pelo ensinamento. Exemplos: Coragem, prudência e sapiência. T e o ria s d a É tic a Contexto histórico: Idade Média - O longo período que se estende entre o século IV e o século XV, é marcado pelo predomínio absoluto da moral cristã. Deus é identificado com o Bem, Justiça e Verdade. É o modelo que todos os homens deviam procurar seguir. Neste contexto dificilmente se concebe a existência de teorias éticas autônomas da doutrina da Igreja Cristã, dado que todas elas de uma forma ou outra teriam que estar de concordo com os seus princípios. Ética cristã (das bem-aventuranças) – constitui uma elevação da ética natural, pelas exigências maiores que traz, em face do bem mais elevado para o qual aponta: a felicidade eterna (S. Agostinho e S. Tomás de Aquino). T e o ria s d a É tic a É uma ética delimitada por parâmetros (princípios, regras) religiosos. Para Santo Agostinho, como o homem é inconstante e sujeito ao erro, uma verdade imutável não pode provir dele mesmo, mas de Deus, que é a própria perfeição. Assim, o ser humano tem pensamento autônomo e acesso à verdade eterna, mas depende, para isso, de iluminação divina. Se o bem vem de Deus, o mal se origina da ausência do bem e só pode ser atribuído ao homem, por conduzir erroneamente as próprias vontades. Se o fizesse de modo correto, chegaria à iluminação. A ausência do bem se deve também a uma quase irresistível inclinação do ser humano para o pecado ao fazer prevalecer os impulsos do corpo, e não a alma. Tomás considera a filosofia como uma disciplina essencialmente teorética, para resolver o problema do mundo. Considera também a filosofia como absolutamente distinta da teologia, - não oposta - visto ser o conteúdo da teologia arcano e revelado, o da filosofia evidente e racional. As conclusões da fé não podem contradizer as da filosofia, mas não são derivadas da argumentação filosófica, nem constituem a base necessária da mesma. A fé é, contudo, um estado de espírito razoável e virtuoso porque a razão pode demonstrar a justeza da aceitação da revelação divina, ainda que não possa demonstrar a verdade daquilo que é revelado. T e o ria s d a É tic a Contexto histórico: Idade Moderna - Entre os séculos XVI e XVIII, a sociedade Européia é varrida por profundas mudanças que alteram completamente as concepções anteriores. Renascimento. Descobertas Geográficas. Divisões na Igreja. Ciência Moderna. Desenvolvimento do Individualismo e a afirmação da razão humana. Ética legalista (dos deveres) – é a ética moderna, com o foco nas obrigações e proibições, onde o motor do agir não seria a felicidade, mas o puro dever, que, assim, nos tornaria dignos da felicidade (Descartes e Kant). T e o ria s d a É tic a Ética do Dever Na formulação de Kant, a religião não se torna necessária. Quem age pensando em recompensas ou castigos divinos (o paraíso ou o inferno) não estaria agindo moralmente segundo Kant. Para Kant, a ação moral deveria ser totalmente descompromissada. O único sentimento que deveria guiar o agente moral seria o sentimento de dever. Pode o mundo ruir, mas se a sua ação foi guiada por propósitos morais, então você fez o certo. Na filosofia kantiana, Deus é substituído pela razão: a dignidade do homem consiste na sua capacidade de pensar por si próprio e de tomar as decisões que afetam a sua vida (autonomia da vontade). A razão, que é compartilhada igualmente por todos os seres humanos, é o principal ingrediente da ética kantiana: “ouse pensar”, sugeria o filósofo alemão, criticando aqueles que preferem seguir como carneirinhos e sem questionamentos a orientação ética de outras pessoas. T e o ria s d a É tic a Contexto histórico: Idade Contemporânea - Revoluções. A Revolução Francesa. Guerras Mundiais. Progresso científico e tecnológico. O século XIX e XX foi por tudo isto marcado pelo aparecimento de um enorme número de teorias éticas, mas também pela própria crítica dos fundamentos da moral. Esta pluralidade revela igualmente a enorme dificuldade que os homens têm sentido em estabelecer consensos sobre as normas em que devem de assentar as suas relações. Ética Utilitarista (dos prazeres) – quase não poderia ser chamada de ética, por sua visão pragmática em que os fins pessoais justificam os meios, tendo como fator de ponderação a renúncia a prazeres inferiores e imediatos em vista de prazeres futuros e superiores (Stuart Mill e Bentham) T e o ria s d a É tic a A ética utilitarista denominada "consequencialista" assenta na ideia que cada pessoa deve articular os seus interesses particulares com os interesses mais comuns, de maneira que a sua ação seja boa, isto é, proporcione a máxima utilidade a todas as pessoas envolvidas nos resultados da ação. O princípio do utilitarismo denominado Utilidade ou Maior Felicidade, sustenta que as ações são justas (corretas) na proporção com que tendem a promover a felicidade, e injustas enquanto tendem a produzir o contrário da felicidade. A aplicação deste princípio implica um calculo, uma espécie de aritmética do bem-estar, no qual se avaliam as vantagens e desvantagens das diferentes alternativas de uma dada ação, tendo em conta o grau de satisfação ou insatisfação que delas se pode esperar. Neste calculo devem ser considerados um conjunto de parâmetros para avaliar a satisfação/insatisfação esperada, tais como: a sua intensidade, duração, certeza ou incerteza, a sua tendência, probabilidade da mesma dar origem algo da mesma espécie, etc. Este calculo utilitarista visa selecionar a ação que seja boa (útil) e moralmente correta, isto é, que permita obter o máximo de felicidade (prazer ) no maior número de pessoas. T e o ria s d a É tic a Éticas deontológicas - não se preocupa com as conseqüências da ação, mas apenas com o seu fundamento. (Ex.: Ética religiosa, ética do dever e ética religiosa.) Éticas teleológicas - tem relação com a finalidade, se é útil é porque é bom. (Ex.: Ética utilitaristaÉticas deontológicas quando seguidas cegamente podem trazer efeitos colaterais desastrosos. (fanatismo) Éticas teleológicas podem flexibilizar demais os meios para se atingir os fins desejados. Na busca do bem para a maioria, uma minoria é sacrificada. T e o ria s d a É tic a T e o ria s d a É tic a T e o ria s d a É tic a Baseado no Livro Ética Empresarial Na Prática, de Mario Sérgio Cunha Alencastro. Ed. IBPEX, Curitiba 2010
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