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Aula 01 Negócios Eletrônicos

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NEGÓCIOS DIGITAIS 1 
Prezado aluno, 
 
Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém 
todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do 
conteúdo. 
Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da 
apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você 
encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a 
respeito de cada item. 
Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. 
A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um 
momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados 
devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. 
A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você 
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma 
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na 
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções 
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. 
Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais 
complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, 
artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. 
Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e 
organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu 
aprendizado! 
Bons estudos! 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 2 
 ....................................................................................................................................................... 0 
Apresentação ................................................................................................................................ 3 
Aula 1: O que são negócios digitais? ............................................................................................. 4 
Introdução ............................................................................................................................. 4 
Conteúdo ................................................................................................................................ 5 
Como se chegou até aqui? .............................................................................................. 5 
Surgimento das primeiras editoras ................................................................................ 5 
Meio físico e meio digital ................................................................................................. 6 
Das editoras tradicionais à difusão de conteúdo na Web ......................................... 8 
Cultura da convergência .................................................................................................. 8 
Mudanças nas relações de produção e consumo ..................................................... 10 
Mercado brasileiro ........................................................................................................... 12 
Mudança nos modelos de negócios ............................................................................ 14 
Atividade proposta .......................................................................................................... 15 
Aprenda Mais ............................................................................Erro! Indicador não definido. 
Referências........................................................................................................................... 16 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 17 
Notas ........................................................................................................................................... 22 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 22 
Aula 1 ..................................................................................................................................... 22 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 22 
Conteudista ................................................................................................................................. 26 
 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 3 
Atualmente, o componente digital nos negócios é um ponto extremamente 
importante. É difícil imaginar alguma área do mercado, nas últimas décadas, que 
não tenha sido afetada pelo uso da internet e pela web. 
Empresas que, hoje, possuem grande valor de mercado, como Google e 
Facebook, sequer existiam no início dos anos 1990, enquanto outras, outrora 
sólidas, como Kodak, desapareceram do cenário global, por causa das imensas 
transformações no mundo. 
Para entendermos a lógica dessas mudanças no mercado, é importante estudar 
as bases da nova Economia da Informação, organizada em redes, e sua diferença 
da Economia Industrial clássica. 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
1. Descrever os principais conceitos relacionados à Economia da Informação; 
2. Examinar os principais termos de negócio aplicados ao mundo digital, 
entendendo suas especificidades em relação às contrapartes da Economia 
Industrial; 
3. Apontar o processo de planejamento de iniciativas digitais; 
4. Identificar bases analíticas para o comportamento do consumidor em 
ambientes digitais; 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 4 
Introdução 
O desenvolvimento da internet e da Web, processo que se estende há 50 anos, 
deixou marcas profundas na maneira como as pessoas se comunicam, como os 
produtos e serviços são vendidos e na própria lógica de negócios. 
Falamos em negócios digitais como se fossem muito distintos dos negócios "pré-
digitais"; ou seja, os que existiam antes da internet. Mas será que há essa 
diferença tão grande em relação aos modelos de negócio dessas duas fases? 
A resposta é sim, e ao mesmo tempo, não. 
 
Evidentemente as alterações nos fluxos de informação, a automação de 
processos, o trabalho com dados em tempo real, entre outras características 
definidoras do atual estágio econômico, foram significativas e reconfiguraram, 
muitas vezes, setores inteiros. 
 
Alguns simplesmente desapareceram (como as máquinas de escrever) enquanto 
outros surgiram (como os motores de busca). Entretanto, algumas bases 
econômicas, gerenciais e sociológicas dos negócios se mantiveram praticamente 
inalteradas. 
 
Nosso primeiro papel, aqui, será compreender o que exatamente significa a 
chamada Economia Digital, e o que a difere (ou não) dos modelos que existiam 
antes da mesma. 
 
Objetivo: 
1. Descrever um panorama da formação da Economia Digital; 
2. Examinar as alterações de produção e consumo de conteúdo como ponto de 
partida para a análise de Negócios Digitais. 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 5 
Conteúdo 
Como se chegou até aqui? 
Em um cenário no qual as informações nos parecem cada vez mais rápidas, e 
que existe uma necessidade cada vez maior de consumo de informações de todo 
o tipo, ainda que não saibamos direito se as mesmas serão úteis de alguma 
maneira (ou se estão corretas), parece que o mundo inteiro está em uma corrida. 
E realmente está. 
 
Entretanto, para que seja possível a análise de negócios, é necessário que 
tenhamos uma visão menos precipitada acerca dessas mudanças. Fala-se que o 
comportamento do consumidor com a internet se alterou de modo radical. Será? 
É claro que essas alterações aconteceram, e muitas foram significativas, mas é 
nosso papel identificar quais são ospontos de contato e as causas de mudanças 
nessas maneiras de se estruturar um negócio. 
 
Praticamente todos os mercados sofreram impactos das mudanças tecnológicas 
– e vamos procurar entender como aconteceram. Que condições culturais 
existiam para que determinada tecnologia (e não outra) se mostrasse vitoriosa? 
Como é o processo de evolução nos mercados e como podemos compreender 
suas mudanças? 
A nossa principal função no estudo de modelos de negócio (independentemente 
de serem digitais ou não) é justamente a compreensão dos processos de 
mudança – históricos, culturais, políticos, tecnológicos, econômicos etc. – que 
foram responsáveis pelo atual formato do mercado. Isso ficará mais claro através 
do exemplo que veremos a seguir! 
 
Surgimento das primeiras editoras 
Vamos voltar um pouco no tempo, retomando um período histórico marcante 
para a comunicação: a invenção da prensa de tipos móveis, por Johannes 
Gutenberg, no século XV. 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 6 
A invenção da prensa de tipos móveis possibilitou a reprodução de textos em 
uma escala até então inédita, aumentando a disponibilidade de livros e criando 
um mercado para produção, intermediação e difusão do conhecimento. Surgiram 
as primeiras editoras (à época ainda exercendo o papel de impressoras), e o 
mercado leitor na Europa foi se expandindo lentamente ao longo dos séculos 
seguintes. 
 
Sua estrutura se manteve praticamente inalterada até o século XX: uma editora 
era a responsável pela preparação do livro (negociação com autores, ordem de 
impressão, distribuição etc.), enquanto livrarias o vendiam para consumidores 
que desejavam ler aquele conteúdo. Entretanto, após a Web, na década de 1990, 
esse modelo começou a mudar. 
 
 
Atenção 
 Antes de Gutenberg, os livros na Europa eram manuscritos – ou 
seja, para se reproduzir algum texto era necessário copiá-lo a 
mão. O principal livro à época – a Bíblia – era considerado uma 
preciosidade, não apenas pela sua relevância religiosa, mas 
também pelo elevado esforço dispendido em sua cópia. Somente 
a realeza e a Igreja possuíam bibliotecas e saber ler era privilégio 
de poucos. 
 
Meio físico e meio digital 
Manuel Castells, professor da Universidade de Berkeley, afirma que a nossa 
sociedade vem passando por um processo multidimensional de transformação 
estrutural há cerca de duas décadas. Assim como Marshall McLuhan cunhou o 
termo A Galáxia de Gutemberg, ingressamos em um novo mundo da 
comunicação que, nas palavras de Castells é a Galáxia de internet, formando uma 
economia em rede que gera novas formas de organização da produção, 
distribuição e gestão. 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 7 
 
A internet é um meio de comunicação que permite, pela primeira vez, a 
comunicação de muitos com muitos, em um momento escolhido, em escala 
global. 
 
Como bem nota Nicholas Negroponte, a diferença mais marcante se torna 
entre bits e átomos (entre o digital e o físico). Conteúdo que até determinado 
momento estava apenas na sua modalidade impressa (nos livros) começa a ser 
disponibilizado de diferentes maneiras na internet. 
Especialmente com as reproduções não autorizadas de conteúdo (chamadas de 
"piratas"), as editoras começam a ver problemas em seus modelos de negócio. 
Por que isso aconteceu? 
 
Primeiramente, devemos entender uma característica da informação. Imagine o 
conteúdo que você está lendo nesse momento. Ele poderia estar impresso em 
um livro ou apostila, contido em um podcast ou em um blog, ou mesmo 
manuscrito. Poderia, também, ser proferido em uma palestra. 
Embora tenhamos diferença de prazer de leitura (e usabilidade) entre as 
diferentes formas de aplicação desse conteúdo, o mesmo independe, até certo 
ponto, do meio que usamos para sua transmissão. O fato de você estar 
consumindo esse conteúdo nesse momento em uma tela reflete uma 
característica muito importante: ele é, de certa forma, intangível. 
 
Para deixar ainda mais claro, vamos voltar ao exemplo clássico da Bíblia. 
Poderíamos ler a Bíblia de Gutenberg da mesma forma que se lê uma edição 
impressa da Bíblia hoje em dia. Mas também seria possível ler a Bíblia em um 
site. 
E o conteúdo seria tão diferente assim da sua versão impressa? A princípio, não. 
 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 8 
 
Atenção 
 Hoje o consumo do conteúdo pode ser feito de diferentes 
maneiras. Antes da formação do mercado editorial, o principal 
consumo de conteúdo era feito de maneira oral (ONG, 1984), por 
meio de sermões, declamações em praça pública, debates, etc. – 
até porque poucos sabiam ler ou escrever. 
Após o desenvolvimento do mercado editorial, e do aumento do 
número de leitores no mundo, tem-se um momento no qual a 
transmissão de conteúdo em sua forma escrita se mostrou cada 
vez mais importante. São duas maneiras de se consumir. 
 
Das editoras tradicionais à difusão de conteúdo na Web 
E como se estruturavam as editoras tradicionais? Dentro da lógica do livro 
impresso, o mesmo servia como um meio para que determinado conteúdo 
chegasse (impresso, daí o nome) até alguém. As editoras eram parte 
fundamental dessa dinâmica, pois tinham acesso tanto aos potenciais autores – 
os que produziriam o conteúdo – quanto aos potenciais leitores – os que 
consumiriam o conteúdo. 
 
Com a difusão da Web, o papel das editoras como intermediadoras do conteúdo 
entre seus produtores e consumidores se tornou cada vez mais frágil, dadas as 
novas possibilidades de acesso aos mesmos. 
Dessa maneira, com a internet, passamos a ter a possibilidade de consumo de 
conteúdo pelos de meios digitais, o que mudou radicalmente as estruturas de 
competição do mercado. 
 
Cultura da convergência 
O conceito de cultura da convergência foi desenvolvido por Henry Jenkins, que 
afirma vivermos em um cenário em que as velhas e novas mídias colidem, se 
cruzam no dia a dia das pessoas por meio da conexão entre múltiplas 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 9 
plataformas. Jenkins fundamenta seu argumento em um tripé composto por três 
conceitos básicos. Vamos entender melhor dois desses conceitos. 
 
Inteligência coletiva 
Refere-se à nova forma de consumo, que se tornou um processo conjunto e pode 
ser considerada uma nova fonte de poder. 
 
Cultura participativa 
Serve para caracterizar o comportamento do consumidor midiático 
contemporâneo, cada vez mais distante da condição receptor passivo. São 
pessoas que interagem com um sistema complexo de regras, criado para ser 
dominado de forma coletiva. 
 
Os consumidores estão aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias para ter 
controle mais completo sobre o fluxo da mídia e para interagir com outros 
consumidores. Eles ocupam espaços e exigem o direito de participar da produção 
do conteúdo. 
Dessa maneira, a circulação de conteúdos – por meio de diferentes sistemas de 
mídia – depende fortemente da participação ativa dos consumidores. É a 
denominada cultura participativa que eleva a inteligência coletiva como fonte 
primordial na geração de conteúdo. 
 
 
Atenção 
 Veja o que Castells afirma em seu livro A Galáxia da Internet: 
“O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a 
centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação 
desses conhecimentos e dessa informação para a geração de 
conhecimentos e de dispositivos de processamento/comunicação 
da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a 
inovação e seu uso.” 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 10 
Vamos ver um exemplo! Um grande sucesso atrelado aos conceitos estudados é 
o aplicativo Waze, que hoje pertence à Google. Ele só existe e é eficiente porque 
as pessoascolaboram enviando informações, neste caso, sobre o trânsito. É 
possível sinalizar para os outros usuários se existem acontecimentos nas rotas, 
como um acidente, trânsito lento ou dar dicas de novos caminhos. 
 
Segundo Daren C. Brabham (2013), o aplicativo Waze pode ser classificado como 
uma ação de crowdsourcing do tipo “Knowledge discovery and management” 
caracterizado quando uma organização estabelece uma tarefa para a 
coletividade, com o objetivo de buscar e coletar as informações, partindo de um 
formato específico. 
 
No caso do Waze, é um aplicativo de georreferenciamento. O Brasil está entre os 
países mais populares do mundo para o aplicativo gratuito de navegação GPS 
Waze. Há versões do Waze para Android, iOS e Windows Phone. 
 
Até outubro de 2014, a cidade de São Paulo já contabilizava 1,5 milhão de 
usuários ativos mensalmente. O Rio de Janeiro está entre as cidades com mais 
usuários, somando mais de 500 mil e é pioneira em um projeto de colaboração 
do Waze com a prefeitura. 
 
Os profissionais do serviço público recebem dados em tempo real sobre o 
trânsito, enquanto o Waze recebe informações que podem ser agregadas aos 
seus mapas, como, por exemplo, bloqueios de ruas durante obras ou grandes 
eventos. 
 
Mudanças nas relações de produção e consumo 
Embora o exemplo do mercado editorial seja mais evidente, praticamente todos 
os mercados passaram por alterações com a difusão da Web nas últimas duas 
décadas. No caso do mercado editorial, vemos principalmente a mudança no 
consumo do conteúdo, que agora pode ser feito de vários modos. Contudo, é 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 11 
importante que notemos que essa alteração também alcançou os produtores de 
conteúdo. 
 
Atualmente, qualquer pessoa com uma conexão de internet ativa e uma câmera 
(ou celular) pode gravar um vídeo e realizar seu upload em uma plataforma de 
compartilhamento de vídeos como o YouTube ou o Vimeo. 
 
Mesmo que muitos desses vídeos jamais alcancem mais do que 100 visualizações, 
é exatamente essa lógica de produção multifacetada e descentralizada que 
caracteriza a Economia Digital. Vamos entender um pouco a razão olhando 
novamente para a História. 
 
Na década de 1960, início da Guerra Fria, Paul Baran sugeriu que a melhor forma 
de um sistema de comunicação resistir a um ataque (preocupação bastante 
razoável naquele momento) era não ter pontos que centralizassem a 
comunicação – ou seja, reduzir ao máximo a dependência da comunicação do 
sistema como um todo a alguns pontos específicos. 
 
 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 12 
Segundo a sugestão de Paul Baran, essa rede de comunicação deveria se 
configurar como distribuída: cada informação produzida por um ponto poderia 
chegar de várias maneiras a outros dentro da rede. Mesmo com a destruição de 
uma parcela significativa dos pontos, a comunicação ainda seria possível. 
 
Essa ideia foi bastante influente nas décadas seguintes e acabou por ser 
basicamente o modelo de comunicação da internet. Por meio da distribuição da 
comunicação na rede, muitos puderam agora ocupar a função de produtores e 
consumidores de conteúdo. 
 
A figura do prosumer apareceu como um desafio às estruturas tradicionais do 
mercado, que separavam de modo claro ambas as funções – e colocavam 
algumas empresas como intermediárias desse processo. Essa alteração nas 
relações de produção e consumo de informação foi o principal motor de 
mudanças nos mercados, e em seus modelos de negócio. 
 
Fonte: extraída do livro On Distributed Communication Networks de Paul Baran, 
disponível em: http://goo.gl/PHVNz7. 
 
Mercado brasileiro 
Hoje, com cerca de 80 milhões de usuários, a internet tem ganhado massa crítica 
no Brasil. O número de celulares já supera o número de habitantes, e a 
propaganda digital e mobile ganha relevância nos modelos de negócios digitais. 
Um cenário prolífico para grandes ideias, com sólidos conceitos e modelos de 
negócios, configurando uma oportunidade única de criar grandes 
empreendimentos digitais em nosso país. 
 
Alguns fatores macroambientais vêm contribuindo de forma decisiva para o 
crescimento significativo das redes sociais e do próprio uso da internet no cenário 
nacional: 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 13 
A popularização e acessibilidade econômica aos aparelhos denominados 
smartphones e tablets; 
 
A disponibilidade do sistema wireless – sem fio – em ambientes públicos e 
privados; 
 
A interação do público brasileiro, em especial os jovens, a essas redes virtuais. 
 
Dados de março de 2013 da consultoria ComScore apontam que, no Brasil, 
90,8% dos usuários de internet acessa redes sociais e passa aproximadamente 
18% do seu tempo online navegando nesses sites. Os usuários passam 4,7 horas 
em redes sociais por mês. Mas o interesse dos brasileiros não é apenas pelas 
redes sociais. O e-commerce, ou comércio via internet, apresenta dados 
superlativos. 
 
Segundo a consultoria especializada em dados de internet, e-bit, no primeiro 
semestre de 2014, o setor ganhou 5,06 milhões de novos consumidores. Eles 
inauguraram suas compras online, marcando um crescimento de 27% em relação 
ao primeiro semestre de 2013. 
 
Houve um extraordinário aumento em participação de vendas por dispositivo 
móvel nos primeiros seis meses de 2014, subindo de 3,8% (junho/2013) para 
7% (junho/2014), o que representou um crescimento de 84% em um ano. Tudo 
isso mostra que não somente o uso de dispositivos móveis tem crescido, mas 
também as lojas estão se aproveitando deste movimento e oferecendo melhor 
experiência de navegação aos seus consumidores. 
 
O comércio eletrônico brasileiro fechou o primeiro semestre de 2014 com um 
faturamento de R$ 16,06 bilhões, superando o mesmo período em 2013 (quando 
vendeu R$ 12,74 bilhões), e registrando crescimento nominal de 26% no setor. 
Observe, a seguir, a evolução do número de novos e-consumidores. 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 14 
 
 
Mudança nos modelos de negócios 
Um fator macroambiental que deve ser destacado é a confluência de 3 indústrias 
– Tecnologia, Telecom e Mídia e Entretenimento (Comunicações) – que vem 
modificando radicalmente os modelos de negócios em vários segmentos. 
 
Se voltarmos alguns anos, para se criar um jornal ou uma revista, os padrões da 
categoria exigiam uma redação, um parque gráfico, uma rede de distribuição e 
ainda uma longa trajetória para construir credibilidade. 
 
Hoje, sem abrir mão do critério credibilidade, a parte de custos fixos de gráfica e 
distribuição são irrelevantes para se lançar um jornal virtual. 
 
Em suma: a barreira de entrada para publicações digitais hoje é muito reduzida, 
de forma que o grande diferencial fica ligado à geração de grandes ideias e 
conteúdos e como será sua apresentação digital e interface com o usuário. 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 15 
 
 
Examine o recente portal Gshow lançado pela Rede Globo. Através dele os 
usuários podem assistir, sob demanda, a hora que quiserem, conteúdos de 
novelas, jornais, entre várias produções da emissora. O acesso é pago, o que 
demonstra a disposição da Rede Globo em consolidar seus domínios para os 
usuários de internet e dispositivos móveis para um grande público. 
 
Concluindo, existe uma vasta gama de oportunidades para empreendedores 
nesse novo ecossistema de Tecnologia, Telecom, Mídia e Entretenimento. As 
oportunidades vão desde a criação de aplicativos e games para smartphones e 
tablets, soluções corporativas para os mesmos Mobile Internet Devices (MIDs), 
meios de pagamento, novas revistas, jornais digitais segmentados, entrega de 
conteúdo digital, entretantos outros. 
 
Atividade proposta 
Vamos fazer uma atividade! 
O aplicativo Waze é um grande sucesso de público, ganhando novos usuários a 
cada dia. Acesse a página do Waze e navegue pelo conteúdo. 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 16 
Logo na página inicial você lerá a frase: WAZE. DERROTANDO O TRÂNSITO, 
JUNTOS. A seguir podemos ler: “Nada pode superar as pessoas trabalhando 
juntas. Imagine milhões de motoristas nas vias trabalhando juntos em um 
objetivo comum: escapar do trânsito e fazer com que todos peguem a melhor 
rota, para ir e voltar do trabalho, todos os dias.” 
Identifique pontos de sucesso do aplicativo. 
 
Chave de resposta 
O sucesso do Waze é justamente baseado no conceito de cultura participativa 
que você aprendeu anteriormente. 
É possível verificar a questão da externalidade da rede, ou seja, quanto mais 
pessoas aderirem ao aplicativo, mais interessante e útil ele será. 
No site do Waze podemos identificar outras formas de interação com o usuário 
que a ferramenta oferece. A conjunção de dados que são gerados a partir do 
conceito de cultura participativa permite que outras empresas possam utilizar o 
Waze como ferramenta de negócios, levando em consideração que é um mapa 
modificado em tempo real e que permite que os usuários postem dicas e 
marquem locais. 
 
Referências 
BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma História Social da Mídia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. 
BURKE, P. Uma História Social do Conhecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 
2003. 
CASTELLS, M. A Galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. 
JENKINS, H. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2008. 
LI, C.; BERNOFF, J. Groundswell. Boston: Harvard Business Review Press, 
2011. 
NEGROPONTE, N. Being digital. New York: Alfred Knopf, 1995. 
ONG, W.J. Orality, Literacy, and Medieval Textualization. New Literary 
History, v.16, n.1, p.1-12, 1984. 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 17 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Voltando ao exemplo do mercado editorial, podemos entender melhor algumas 
das alterações no sentido de produção e consumo de conteúdo ocorridas com a 
Web. Em relação ao mesmo, podemos dizer que: 
a) Antigamente ninguém poderia produzir conteúdo sem passar por uma 
editora, enquanto agora todos podem. 
b) A pirataria foi a grande causa do declínio do mercado editorial. 
c) A importância das editoras se alterou com a possibilidade de publicar 
conteúdo diretamente para o consumidor. 
d) Hoje podemos consumir conteúdo de várias formas, e isso faz com que o 
conteúdo seja mais raso. 
 
Questão 2 
A invenção da prensa de tipos móveis revolucionou a Europa, ao permitir que 
livros fossem produzidos com uma escala jamais vista anteriormente, acabando 
com a necessidade de se copiá-los a mão. Esse novo mercado que surgiu (o 
editorial) se tornou cada vez mais importante no contexto cultural do Ocidente. 
Em relação ao mercado editorial, assinale a alternativa que está incorreta. 
a) O impacto do novo mercado editorial se deu principalmente por possibilitar 
o acesso a informações, algo que não ocorria anteriormente. 
b) Não bastava apenas ter o livro físico, mas também era necessário que 
houvesse uma quantidade de consumidores aptos a sua leitura. 
c) As editoras que surgiram nesse período foram se consolidando como as 
intermediárias entre os autores dos livros e os leitores. 
d) O processo de impressão através da prensa de tipos móveis permitiu que 
houvesse mais títulos disponíveis aos leitores da época. 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 18 
 
Questão 3 
O Conceito de Cultura da Convergência propõe que vivemos um cenário em que 
as velhas e novas mídias colidem, se cruzam no dia a dia das pessoas por meio 
da conexão entre múltiplas plataformas. É correto afirmar que: 
a) As mídias tradicionais não têm mais espaço dentro da cultura da 
convergência. 
b) É possível, hoje, utilizar o conteúdo de meios considerados antigos – TV, 
rádio, jornal – que podem acessados através de suportes/plataformas 
diferentes digitais e mobile. 
c) A cultura da convergência resume o fato de podermos utilizar diferentes 
ferramentas em um mesmo dispositivo. 
d) Os dispositivos móveis não são peça central na cultura da convergência. 
 
Questão 4 
Por que o autor Manuel Castells, fazendo uma alusão ao termo Galáxia de 
Gutemberg, denomina a era que vivemos hoje de Galáxia da internet formando 
uma economia em rede que gera novas formas de organização da produção, 
distribuição e gestão? 
a) O advento da internet criou um novo mundo da comunicação. 
b) A internet possibilita a comunicação de um para um, criando um novo 
sistema. 
c) A internet não modificou a forma como as pessoas se comunicam. 
d) Porque a internet é um novo meio de comunicação 
 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 19 
Questão 5 
A cultura participativa – termo cunhado por Henry Jenkins – é um conceito 
presente em nosso dia a dia que caracteriza o comportamento do consumidor 
midiático contemporâneo, cada vez mais distante da condição receptor passivo. 
Qual a alternativa que melhor sintetiza essa afirmação: 
a) Hoje os velhos meios coabitam com os novos dentro de um cenário de 
cultura da convergência. 
b) A circulação de conteúdos – por meio de diferentes sistemas de mídia – 
não depende fortemente da participação ativa dos consumidores. 
c) Os consumidores estão aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias, 
ocupando espaços e exigindo o direito de participar da produção do 
conteúdo. 
d) Qualquer pessoa pode interagir com os outros. 
 
Questão 6 
Na década de 1960, início da Guerra Fria, Paul Baran havia sugerido que a melhor 
forma de um sistema de comunicação resistir a um ataque era essa rede de 
comunicação se configurar como distribuída. O que significa esse conceito? 
a) A distribuição da rede acontece em todo o mundo. 
b) É a mesma coisa que uma rede descentralizada. 
c) Cada informação produzida por um ponto poderia chegar somente através 
dele a outros pontos dentro da rede. 
d) Não ter pontos que centralizassem a comunicação. 
 
 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 20 
Questão 7 
Que fatores são macroambientais e vêm contribuindo de forma decisiva para a 
expansão do universo digital e mobile no Brasil? 
a) A popularização dos smartphones e tablets; a disponibilidade do sistema 
wireless – sem fio e a interação do público brasileiro em redes sociais. 
b) Inflação controlada e dólar em baixa. 
c) Aumento do número de sites e blogs e expansão do e-mail. 
d) Crescimento da classe média e maior acesso ao wifi. 
 
Questão 8 
Por que pode se dizer que a confluência de três indústrias – Telecom, Mídia e 
Entretenimento (Comunicações) e Tecnologia – vem modificando radicalmente 
os modelos de negócios em vários segmentos? 
a) São as indústrias preferidas do grande público. 
b) Hoje temos mais aparelhos celulares do que o número de habitantes no 
Brasil. 
c) Através dela novos negócios surgem mesclando meios antigos a novas 
formas de acessá-los. 
d) Devido à variedade de programação e conteúdo. 
 
Questão 9 
Qual é a alternativa que melhor explica o conceito de prosumer? 
a) Os consumidores hoje estão assumindo um duplo papel de "produtores" 
de conteúdo e ao mesmo tempo “consumidores". 
b) Consumidores estão mais proativos. 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 21 
c) Consumidores que utilizam o e-commerce. 
d) Pessoas que só produzem conteúdo para ser consumido na internet. 
 
Questão 10 
Qual dado você não escolheria para demonstrar o crescimento do e-commerce 
no Brasil? 
a) O Facebook no Brasil possui cerca de 68 milhões de usuários. 
b) O comércio eletrônico brasileiro fechou o primeiro semestre de 2014 comum faturamento de R$ 16,06 bilhões. 
c) Houve um aumento em participação de vendas por dispositivo móvel nos 
primeiros seis meses deste ano, subindo de 3,8% (junho/2013) para 7% 
(junho/2014). 
d) No primeiro semestre de 2014, o setor ganhou 5,06 milhões de novos 
consumidores. 
 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 22 
Henry Jenkins: Professor e Diretor do Programa de Estudos de Mídia 
Comparada do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts. 
 
Nicholas Negroponte: Teórico sobre o impacto da internet em nossa 
sociedade, autor de vários livros e professor do MIT. 
 
Prosumer: Termo em inglês, mistura de producer e consumer, 
respectivamente produtor e consumidor. 
 
 
 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: As editoras não desapareceram, e não necessariamente o conteúdo 
publicado de outras maneiras (que não a impressa) é raso. A terceira alternativa 
coloca de modo correto o problema, pois ressalta a alteração da dinâmica de 
intermediação outrora realizada pelas editoras em caráter de quase exclusividade 
para se chegar ao mercado. Na primeira alternativa existe uma inverdade ao 
afirmar que ninguém poderia produzir conteúdo sem passar por uma editora, 
pois o conceito de produção de conteúdo vai muito além de algo somente 
distribuído por uma editora. A segunda alternativa está incorreta, pois com a 
difusão da Web, o papel necessário das editoras como intermediadoras do 
conteúdo entre seus produtores e consumidores se torna cada vez mais frágil, 
dadas as novas possibilidades de acesso aos mesmos. E não somente pela 
pirataria. 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 23 
Já sobre a quarta alternativa, podemos dizer que a nova característica do 
consumo do conteúdo é que pode ser feito de diferentes maneiras sem que isso 
necessariamente resulte em um conteúdo mais raso. Você pode ler um livro 
denso, teórico em um tablet, por exemplo. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: O erro na primeira alternativa encontra-se em seu final, "algo que 
não ocorria anteriormente". O acesso às informações não necessariamente 
depende de sua modalidade escrita, e a oralidade era (e ainda é) uma forma 
importante de comunicação. Assim, estaria errado dizer que não havia acesso às 
informações antes da prensa de Gutenberg. A segunda alternativa está correta 
devido ao fato de a produção precisar de uma audiência. De que adianta ter um 
livro se não há público para ler? A terceira alternativa está correta ao afirmar que 
as editoras assumiram o papel de intermediárias entre os autores dos livros e os 
leitores. A quarta alternativa relaciona a introdução da tecnologia da prensa de 
tipos móveis com a maior oferta de títulos, o que está correto, pois permitiu a 
produção mais rápida e menos onerosa. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: A 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: A <em>Galáxia da internet</em> pode ser comparada em termos 
de impacto na sociedade a <em>Galáxia de Gutemberg</em> gerando novas 
formas de organização da produção, distribuição e gestão. Na segunda 
alternativa, o conceito errado se refere ao fato de a internet possibilitar a 
comunicação de um para muitos e não de um para um. A terceira alternativa está 
errada porque é um consenso afirmar que a internet modificou definitivamente a 
forma como as pessoas se comunicam. A quarta alternativa é sobre o fato de a 
internet ser um novo meio de comunicação, porém isso não explica a abrangência 
do conceito de Galáxia de Gutemberg. 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 24 
Questão 5 - C 
Justificativa: Na cultura participativa as pessoas assumem o papel de 
protagonistas, gerando conteúdo e auxiliando no processo de circulação das 
informações em diferentes sistemas de mídia. Na primeira alternativa, a sentença 
está correta, mas não é associada diretamente ao conceito de cultura da 
convergência. Já na segunda na alternativa, o correto seria afirmar que a 
circulação de conteúdos – por meio de diferentes sistemas de mídia – depende 
fortemente da participação ativa dos consumidores. E na quarta alternativa, o 
fato de que qualquer pessoa pode interagir com os outros não caracteriza o 
conceito de cultura participativa. 
 
Questão 6 - D 
Justificativa: Ao configurar a rede como distribuída, a ideia é reduzir ao máximo 
a dependência da comunicação do sistema como um todo a alguns pontos 
específicos. Na primeira alternativa, a sentença vai contra o conceito de rede 
distribuída, não pelo mundo todo, mas em pontos específicos. Na segunda 
alternativa, o erro é que rede descentralizada não é a mesma coisa que rede 
distribuída, pois na descentralizada não se pode acessar os pontos de todos os 
lugares. E, finalmente, na terceira alternativa, o erro está em afirmar que cada 
informação produzida por um ponto poderia chegar somente através dele a 
outros pontos dentro da rede. Na rede distribuída todos os pontos podem acessar 
os outros. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: A primeira alternativa aponta os fatores primordiais que 
alavancaram a expansão do universo digital e mobile no Brasil. Na segunda 
alternativa, os dois fatores não são decisivos para expansão do universo digital e 
mobile no Brasil. Na terceira alternativa, os fatores apontados são consequência 
e não causas. E na quarta alternativa, o crescimento da classe média e maior 
acesso ao wifi também não são, em conjunto, fatores decisivos. 
 
 
 
 
NEGÓCIOS DIGITAIS 25 
Questão 8 - C 
Justificativa: A terceira alternativa mostra como a confluência dessas três 
indústrias está gerando um leque de novos negócios e oportunidade de negócios, 
tais como, jornais e emissoras de rádios somente em plataformas digitais. Na 
segunda alternativa, o fato de termos mais aparelhos celulares do que o número 
de habitantes no Brasil não vem modificando radicalmente os modelos de 
negócios em vários segmentos. A primeira alternativa fala sobre a preferência de 
público, o que não é suficiente para gerar novos modelos de negócios. E a quarta 
alternativa também não associa o fato de existir variedade de programação e 
conteúdo ao que fala a questão. 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: A primeira alternativa está correta, pois o termo prosumer conceitua 
um novo consumidor híbrido que, ao mesmo tempo, produz conteúdo e também 
consome, subvertendo paradigmas antigos do mercado. Na segunda alternativa, 
o fato de estarem mais proativos não os caracteriza como prosumers. Na terceira 
alternativa, a utilização do e-commerce não tem relação direta com os 
prosumers. E na quarta alternativa, os prosumers não apenas produzem o 
conteúdo como também consomem, por isso está incorreta. 
 
Questão 10 - A 
Justificativa: Todas as outras alternativas trazem números diretamente ligados 
ao e-commerce. O número de usuários do Facebook não quer dizer que os 
mesmos sejam consumidores pela internet. 
 
 
 
 
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Pedro Ivo Rogedo Costa Dias é Advogado, Mestre e Doutor em Administração 
de Empresas pelo Instituto Coppead de Administração, da Universidade Federal 
do Rio de Janeiro. Atualmente é líder de estratégia da Movimento Comunicação, 
agência de publicidade do grupo FLAG/Interpublic, atendendo os seguintes 
clientes: Lojas Americanas, OLX, Coca-Cola, Oi, Bodytech, Formula e Purina. 
Possui artigos científicos publicados em revistas e congressos nacionais na área 
de Marketing Digital e Estratégia. Foi professor da graduação da UFRJ. 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7871436371217249

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