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TCC Ciências Contábeis

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A CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO EMPRESARIAL 
 
Aluna: Cláudia Márcia Maciel Rangel Tudesco 
Professora: Cláudia Horbilon Alves Vasconcelos 
 
 
RESUMO 
Este Estudo tem como objetivo demonstrar a importância da contabilidade financeira 
e gerencial como instrumentos que permitem aos gestores tomar as decisões, nas 
diversas áreas, baseadas em informações mais aprofundadas sobre a verdadeira 
situação da empresa em determinado período, visto que a sobrevivência de uma 
empresa está baseada na capacidade de antever os cenários e atuar com 
mudanças rápidas para se adaptar à nova realidade. Foi observada a importância 
do papel do profissional da contabilidade na elaboração de relatórios, que não só 
visem à legislação, mas principalmente que contenham as informações relevantes 
para as decisões de gestão empresarial, financeira e gerencial. Tem como 
metodologia a pesquisa bibliográfica, que serviu como suporte teórico para o estudo 
em questão. 
Palavras-chave: Relatórios Contábeis, Contabilidade Gerencial e Gestão 
Empresarial 
 
1- INTRODUÇÃO 
A contabilidade passou a ter um papel importante dentro das organizações, 
deixando de ser apenas o fornecedor de informações para simples cálculo de 
impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias, legais e 
informação de demonstrações para o fisco. Ela vem atendendo de maneira a 
proporcionar informações estratégicas para as tomadas de decisões nas mais 
diversas áreas institucionais, com o objetivo de melhorar seus processos internos, 
reduzir custos e maximizar os lucros, que é a finalidade das empresas para se 
manterem no mercado de forma competitiva e com crescimento estável. 
 Atualmente é grande a competitividade entre as empresas, daí a necessidade de 
que as organizações estejam atentas às demandas e serem proativas em relação às 
expectativas do mercado, que podem ser adversas ou favoráveis, realizando assim 
mudanças rápidas em sua gestão para se adaptar á nova realidade. Ter o 
conhecimento do próprio negócio será um fator determinante para sua 
sobrevivência. 
Este artigo tem como objetivo demonstrar a importância da contabilidade como 
ferramenta de gestão, por permitir aos operadores, gerentes e executivos, 
informações mais abrangentes sobre a situação da organização, no momento 
oportuno, para a tomada de decisão em diversos contextos, seja ele, econômico, 
financeiro, operacional ou social e demonstrar o papel dos contadores no exercício 
de sua função. Neste contexto cria-se o enfoque central do trabalho: Qual a 
importância da Informação Contábil no processo de tomada de decisão? Serão 
apresentadas as demonstrações contábeis exigidas pela Legislação e a importância 
de saber analisá-las de acordo com a situação apresentada. 
Apresenta como metodologia a pesquisa bibliográfica em livros, revistas e artigos 
contábeis e pretende fornecer aos leitores uma visão da importância da 
contabilidade, contribuindo com dados que evidenciem sua importância nos 
processos de tomada de decisão dos diretores, administradores e gestores dos mais 
diversos tipos de empresas. 
 
2- CONTABILIDADE GERENCIAL E SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
CONTÁBIL 
 
A contabilidade é a ferramenta mais precisa para as gestões econômica, financeira, 
administrativa, social e ambiental. Segundo Iudícibus (2009, p. 10), a Contabilidade 
“pode ser conceituada como o método de identificar, mensurar e comunicar 
informação econômica, financeira, física e social, a fim de permitir decisões e 
julgamentos adequados por parte dos usuários da informação”. Entende-se que a 
contabilidade estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das organizações, por 
meio do registro, classificação, demonstração, análise e interpretação desses fatos e 
oferece as informações necessárias para a administração de uma organização. 
De acordo com Horngren (2004, p.4) geralmente, os usuários da contabilidade 
enquadram-se em três categorias: 
1. Gestores Internos que usam a informação para o planejamento e 
controle a curto prazo, de operações rotineiras. 
2. Gestores internos que usam a informação para tomar decisões não-
rotineiras (por exemplo, investir em equipamentos, determinar o preço 
de produtos e serviços, decidir a que produtos dar relevo ou não) e 
formular as políticas gerais e planos de longo prazo. 
3. Usuários externos, tais como, investidores e autoridades 
governamentais, que usam a informação para tomar decisões a respeito 
da empresa. 
Segundo Marion (2009, p.29), não só os gestores fazem uso da contabilidade, um 
grupo de usuários externos, como, por exemplo, os investidores, com preocupação 
na lucratividade de seus investimentos, os fornecedores, para saberem se a 
empresa tem condições de pagar as dívidas, os bancos, para saber se a empresa 
terá condições de pagar os financiamentos solicitados e também o governo para 
saber o que foi gerado de impostos através das movimentações financeiras . 
Os contadores são os principais usuários da contabilidade que utilizam as 
informações para a tomada de decisão, com isso possuem grande importância na 
definição de acessos aos Sistemas de Informações Contábeis, que forem geradas 
para a tomada de decisão. As informações geradas devem contribuir no processo 
de produção da informação de tais sistemas, adequando às necessidades da 
organização em prazos satisfatórios. Ainda segundo Padoveze (2010, p.4): 
“Sistema de Informação Contábil é gerencial quando o sistema possui 
características de operacionalidade de tal forma que preencha todas as 
necessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento de 
uma entidade, no tocante ao seu controle operacional, patrimonial, 
econômico e financeiro 
Como afirma Horngren (2004, p.4) a Contabilidade Gerencial identifica, mensura, 
acumula, analisa, prepara, interpreta e comunica aos gestores as informações para 
que sejam atingidos os objetivos organizacionais. Isso reforça a importância das 
informações contábeis na gestão empresarial. 
Através de ferramentas como planilhas, relatórios e outros, a contabilidade gerencial 
fornece dados para comparações, elaboração de orçamentos, definição do ponto de 
equilíbrio, uma correta definição do preço dos produtos ou serviços e até mesmo na 
definição de metas e objetivos. É também possível comparar a empresa com outras 
concorrentes, utilizando, desta forma, dados do mercado para entender melhor o 
contexto que se está atuando. 
O contador tem um papel importante no planejamento estratégico da empresa, já 
que os dados são oriundos dos relatórios contábeis, que são elaborados por este 
profissional. Informações como custos, receitas, ativos e passivos são essenciais e 
só o contador pode detalhar como ocorrem as movimentações que poderão impactar 
no futuro do negócio. 
O contador pode providenciar dados para geração de resultado, além de diversas 
alternativas para aumentá-lo ou para garantir que a empresa permaneça em 
destaque no mercado. 
Para os gestores hoje é um grande desafio gerenciar as informações de forma 
efetiva, principalmente as que irão apoiar as tomadas de decisão. Diariamente os 
gestores vivem em torno de muitas informações tanto relevantes como não 
relevantes, devendo assim compreender este volume para uma correta tomada de 
decisão gerencial. Gordon e Gordon (2013, p.4) define o processo de gestão da 
informação, para uma melhor compreensão: 
Definimos dados como fatos, valores, observações e medidas que não 
estão contextualizadas ou organizadas. Definimos informação como dados 
processados - dados que foram organizados e interpretados e 
possivelmente formatados, filtrados, analisados e resumidos. Os gestores 
podem usarinformações para obter conhecimento, que é um entendimento 
ou modelo, sobre pessoas, objetos ou eventos, derivados de informações 
sobre eles. 
Os usuários internos e externos utilizam a contabilidade, mas de maneira diferente. 
E os tipos de informação também poderão ser diferentes. A contabilidade gerencial é 
voltada para os usuários internos, principalmente, os gestores, que a utilizam para a 
tomada de decisão. A contabilidade financeira é desenvolvida para os usuários 
externos, como os acionistas, fornecedores, bancos e governo. Sendo que os 
usuários internos também utilizam a contabilidade financeira. 
A Contabilidade Gerencial se difere da Contabilidade Financeira por estar 
diretamente ligada ao planejamento e controle de uma organização. Ambas são 
instrumentos de administração para os gestores, seja de empresas de pequeno, 
médio ou grande porte. Apesar de atenderem a expectativas diferentes, ambas 
convergem para um mesmo motivo maior, que é a informação para o processo 
decisório empresarial em todos os aspectos. 
Conforme Horngren (2004) a contabilidade gerencial e financeira se diferem em 
vários aspectos, além dos usuários específicos de cada uma, como, por exemplo: 
- Liberdade de escolha – na contabilidade gerencial não há restrições, enquanto que 
a contabilidade financeira deve ser baseada nos princípios da contabilidade. 
- Enfoque de tempo – a contabilidade gerencial é voltada para o futuro. Através dos 
registros históricos, por exemplo, trabalha-se o orçamento (futuro). Enquanto a 
contabilidade financeira a orientação é para o passado; é uma avaliação histórica. 
- Relatórios – na contabilidade gerencial o relatório é detalhado, preocupando-se 
com cada parte da entidade. E enquanto na contabilidade financeira é resumido, 
visando à entidade como um todo. 
Apesar dessas e outras diferenças, a maioria das empresas prefere um sistema 
contábil que sirva a todos usuários, por questões de custos ou mesmo 
desconhecimento dos benefícios de um sistema de informação gerencial para a 
efetiva tomada de decisão, para um melhor desempenho e lucratividade da empresa 
ao longo do tempo. 
Usar um mesmo sistema para a contabilidade financeira e gerencial pode criar 
problemas para a empresa. Segundo Horngren et al (2004 p. 6): 
Forças externas (por exemplo, autoridades de imposto de renda e agências 
regulatórias como a Comissão de Valores Mobiliários e a Comissão de 
Fiscalização de Assistência Médica) frequentemente limitam a gestão na 
escolha dos métodos contábeis para relatórios externos. 
Os gestores podem desenvolver qualquer tipo de sistema de contabilidade interna, 
desde que estejam dispostos a pagar o custo como desenvolvimento e operação. 
Pelo alto custo de se ter dois sistemas paralelos de contabilidade, Horngren et al 
(2004 p. 6) complementa “Os gestores são, então, forçados a utilizar informação 
projetada para satisfazer as necessidades dos usuários externos, em vez de usar 
uma informação projetada para suas decisões específicas”. 
Assim, a contabilidade gerencial vem trazendo o conhecimento e o 
suporte necessário para que a gestão possa manter os controles internos e externos 
das empresas em pleno funcionamento e com o mínimo de falhas possíveis. 
 
3- PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE PARA A 
GESTÃO EMPRESARIAL 
 
 A contabilidade é o instrumento efetivo que auxilia a administração a tomar 
decisões e o faz através de relatórios que expõem resumida e em ordem os dados 
colhidos (MARION, 2009 b, p. 41). 
Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as demonstrações financeiras 
(conforme denominação da Lei 11638 – Lei das Sociedades por Ações) ou 
simplesmente demonstrações contábeis. Esta lei relaciona as seguintes 
demonstrações financeiras como obrigatórias: 
Balanço Patrimonial (BP), Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc), Demonstração do 
Fluxo de Caixa (DFC), Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e a Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). As duas últimas são obrigatórias 
quando se tratar de companhias abertas (que negociam suas ações nas bolsas de 
valores), sendo que a DMPL deverá substituir a DLPAc nesses casos. 
Segundo Marion (2009, p.9), devemos dar maior ênfase às duas primeiras 
demonstrações: BP e DRE, pois nelas estão contidas as informações sobre a 
situação financeira (pelo BP) e a situação econômica (pelo DRE). Marion afirma 
ainda que todas as demonstrações contábeis ajudam no entendimento do Balanço 
Patrimonial. Por exemplo, a Demonstração de Fluxo de Caixa explica a variação do 
Ativo Circulante Líquido de um ano para o outro. A variação de todas as contas do 
Patrimônio Líquido é explicada pela Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido. Do mesmo modo, a variação do Patrimônio Líquido, onde a principal 
variável que o aumenta é o lucro, é identificada na Demonstração do Resultado do 
Exercício. 
Existem também outras demonstrações financeiras que não são obrigatórias, como 
a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), Orçamentos e o 
Balanço Social. Segundo Martins (2010 p. 305), “controlar significa conhecer a 
realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das 
divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção”. Neste arquivo 
serão comentadas as demonstrações financeiras obrigatórias. 
Conforme Iudícibus e Marion (2000, p.21) “Os Relatórios Contábeis não obrigatórios, 
evidentemente, são aqueles que não exigidos por lei, o que não significa que sejam 
menos importantes. Há relatórios não obrigatórios imprescindíveis para a 
administração.” A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) 
tornou-se não obrigatória, à exemplo dos EUA, a partir da Lei 11.638/07, sendo 
substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), que demonstra as 
alterações que ocorreram nos saldos de caixa e seus equivalentes. Através da 
análise da DOAR podemos identificar os tipos de fontes de recursos que alimentam 
a empresa, qual delas tem maior importância, qual o destino destes recursos, o 
montante de imobilizado e o nível de investimentos em outras atividades (não 
operacional). A DOAR também explica alguns índices extraídos do Balanço 
Patrimonial. Daí, a importância do demonstrativo dentro do contexto da empresa, 
mesmo não sendo obrigatória pela legislação. 
Uma forma de analisar os dados dos demonstrativos são as análises horizontal e 
vertical. A análise horizontal evidencia a evolução dos valores dos elementos dos 
demonstrativos em vários períodos. Por exemplo, a evolução de vendas e dos 
lucros brutos são conhecidos plenamente em períodos subsequentes, 
proporcionando uma análise sobre a evolução da empresa. A análise vertical é 
utilizada para se determinar a participação de cada conta ou grupo de contas nos 
resultados, sabendo-se qual a importância de cada uma no contexto geral. 
Outra técnica utilizada para a análise das demonstrações contábeis são os 
indicadores ou quocientes. Segundo Diniz (2015, p.109) “A utilização de índices 
(quocientes) tem como principal objetivo permitir ao analista extrair tendências e 
comparar os índices com padrões preestabelecidos”. Esta análise demonstra o 
passado, fornecendo dados para que se possa tomar decisões dobre o futuro. 
Esta análise pode ter a periodicidade conforme a necessidade ou a urgência da 
informação. Para usuários externos pode ser anual, mas para a análise gerencial 
interna poderá ser semestral, trimestral, mensal ou até em um período menor. A 
administração irá definir a periodicidade das informações de acordo com a situação 
que se pretendeanalisar. 
Conforme Marion (2009) índices significam o resultado obtido através da divisão de 
duas grandezas. É uma técnica muito usada pelos analistas por facilitar o 
entendimento. É mais eficiente analisar certas relações ou percentuais do que os 
montantes. 
Para uma análise econômico-financeira de uma organização são usados dados que 
evidenciam aspectos da situação econômica e da situação financeira da empresa. 
A situação financeira é evidenciada pelos grupos de índices de liquidez e de 
estrutura de capital e a situação econômica por meio dos grupos de índices de 
rentabilidade. Além destes, existem outros grupos que podem ser usados no 
processo de análise das demonstrações. Diniz (2015) 
Depois de calcular e interpretar o índice, o analista deve conceituá-lo e comentar se 
é bom ou ruim. Para isso fará comparação do índice da empresa com outras do 
mesmo setor. 
Os índices devem ser calculados de acordo com a necessidade da organização. 
Não necessariamente quantidade significa qualidade. 
Segundo Diniz (2015, p.27) a Análise das Demonstrações financeiras é a avaliação 
do desempenho econômico e financeiro em período passado, para diagnosticar sua 
posição atual e desta forma prever as tendências futuras. Através do estudo das 
demonstrações é possível identificar os resultados das decisões tomadas. Ainda 
segundo Diniz (2015, p.31): 
 “Uma boa análise de balanços ou análise das demonstrações financeiras 
ou análise das demonstrações contábeis, terá como objetivo entender 
como estes recursos da empresa estão aplicados e se estão gerando 
remuneração apropriada tanto para os recursos próprios como para o 
recurso de terceiros da empresa”. 
A análise das demonstrações financeiras proporciona uma comparação de 
desempenho da empresa com outras do mesmo setor e uma avaliação da posição 
da empresa ao longo do tempo. 
 
3.1- BALANÇO PATRIMONIAL (BP) 
 
Segundo Iudícibus e Marion (2000, p.21) “O Balanço Patrimonial reflete a posição 
financeira em determinado momento (normalmente no fim do ano) de uma 
empresa.” 
O BP demonstra os bens e direitos da organização, as obrigações com terceiros e 
os recursos investidos pelos sócios. 
A expressão Balanço Patrimonial decorre do equilíbrio patrimonial, da igualdade de 
aplicações e origem: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido. Um lado sempre será 
igual ao outro. Se isso não ocorrer é porque existem erros na contabilidade da 
empresa. 
O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas: a do lado direito é denominada 
Passivo e Patrimônio Líquido. A coluna do lado esquerdo é denomina Ativo. 
Conforme Marion (2009, p. 49) Ativo “são todos os bens e direitos de propriedade 
da empresa, mensuráveis monetariamente, que representam benefícios presentes 
ou benefícios futuros para a empresa.” 
As contas do Ativo são discriminadas por ordem decrescente de acordo com o grau 
de liquidez. Os itens de maior liquidez ficam no início do ativo e os de menor liquidez 
no final do Ativo. 
O Ativo se divide em Circulante e Não Circulante. No Ativo Circulante ficam todas as 
contas realizáveis no exercício social subsequente, como: Caixa, Bancos, Estoque, 
Duplicatas a Receber. No Ativo não Circulante ficam os direitos que serão 
realizáveis após o final do exercício seguinte. Se divide em: Ativo Realizável a 
Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e intangível. 
O Passivo são as obrigações que a empresa tem com terceiros, como contas a 
pagar, fornecedores, impostos a pagar, financiamentos, empréstimos, etc. 
Conforme Iudícibus e Marion (2000, p. 34) o Patrimônio Líquido: 
“Evidencia recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. O 
investimento inicial dos proprietários (a primeira aplicação) é denominado, 
contabilmente, Capital. Se houver outras aplicações por parte dos 
proprietários (Acionistas – S.A., ou sócios – LTDA), teremos acréscimo ao 
Capital”. 
O Passivo também se subdivide em Circulante e não Circulante. No Passivo 
Circulante ficam as contas que vencem no exercício posterior à data do Balanço 
Patrimonial, como: Obrigações com funcionários, Obrigações tributárias, 
Fornecedores. No Passível não Circulante ficam as obrigações após o exercício 
subsequente, como: créditos de acionistas e sócios, obrigações tributárias de Longo 
Prazo, Debêntures. 
O patrimônio Líquido não cresce apenas com os novos investimentos dos sócios 
proprietários, mas também, o que é mais comum, com os rendimentos resultantes 
do capital aplicado. Do lucro obtido uma parte é distribuída aos sócios e outra parte 
é reinvestida no negócio, sendo acrescido ao Patrimônio Líquido. 
Através da análise do Balanço Patrimonial, o gestor pode, pelos dados do Passivo 
(origem de recursos) avaliar a estrutura do Capital (de terceiros e próprio). Quanto 
maior for o capital de terceiros, maior é o endividamento. Iudícibus e Marion (2000, 
p. 52) acrescentam “ao analisar-se o Capital de Terceiros detecta-se o prazo, o 
custo da dívida, para quem se deve, etc. (qualidade da dívida)”. Dívidas a longo 
prazo, normalmente, são melhores, pois, além de ter-se mais tempo para pagar, ela 
é menos dispendiosa, tem os juros mais baratos do que as dividas de curto prazo. 
Do mesmo modo, é possível, através do Ativo Circulante saber sobre a saúde 
financeira da empresa. O Ativo Circulante, ou Capital de Giro, é formado por: Caixa, 
Bancos, duplicadas a receber e Estoques. Através do Capital Circulante Líquido, 
que é calculado pela diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, o 
gestor saberá qual a parte do Capital de Giro que não está comprometida com o 
Passivo Circulante. 
 
3.2- DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) 
 
Segundo Iudícibus e Marion (2000, p.63): 
 
“A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das 
receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É 
apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se 
as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).” 
 
A apresentação deste demonstrativo é de obrigatoriedade anual, conforme 
determina a lei, mas a empresa pode elaborá-la mensalmente, como subsídios para 
suas tomadas de decisão gerenciais e estratégicas. 
A Demonstração de Resultado do Exercício apresenta com exatidão as informações 
necessárias para se avaliar o desempenho da empresa e medir o alcance de cada 
uma de suas áreas. 
A elaboração deste demonstrativo é feita com muita riqueza de detalhes, com 
informações diversas, como resultado bruto, resultados antes dos impostos, lucro 
bruto e outros, até o resultado final. Este Demonstrativo, além da exigência fiscal, 
pode ser utilizado, por exemplo, para se comparar um período com o outro e investir 
em marketing e aumentar as vendas. 
O resultado final é o que demonstra a situação financeira da empresa, gerando lucro 
ou prejuízo, que será transferido para a conta Patrimônio Líquido. Como descrito por 
Iudícibus e Marion (2000, p.75) “Os proprietários decidem a parcela do lucro que 
ficará retida na empresa e a parte que será distribuída aos donos do capital 
(dividendos)”. 
 
3.3- DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPAc) 
E A DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL) 
 
Se a empresa obteve lucro líquido, este deve ser transferido para a Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos acumulados, que relata o lucro ou prejuízo líquido 
disponível para ser distribuído aos proprietários, como dividendos e reinvestidos na 
empresa. O lucro de uma empresa pode ser dividido entre os sócios, utilizado para 
aumentar o capital da empresa ou para criar reservas. O lucro que nãotiver estes 
destinos, e continuar no caixa da empresa, permanecerá na conta Lucros 
Acumulados, no Patrimônio Líquido. 
Como descrito por Marion (2009. P.421) a DLPAc “é obrigatória para as empresas, 
todavia, poderá ser substituída pelas Demonstrações das Mutações do Patrimônio 
Líquido (DMPL), obrigatórias para as companhias abertas”. 
No ponto de vista de Marion (2009, p.54) “Por apresentar maior riqueza de 
informações, o ideal seria a substituição da Demonstração dos Lucros / Prejuízos 
Acumulados pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido”. 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é uma demonstração mais 
abrangente, pois evidencia a movimentação de todas as contas do Patrimônio 
Líquido durante o exercício. Em Iudícibus e Marion (2000, p.93) vamos encontrar o 
seguinte esclarecimento: 
Ao contrário do DLPA (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados), 
que fornece a movimentação, basicamente, de uma única conta do 
patrimônio Líquido (Lucros Acumulados), a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL) evidencia a movimentação de diversas (todas 
as) contas do PL ocorrida durante o exercício. Assim, todo acréscimo e 
toda diminuição do Patrimônio Líquido são evidenciados por essa 
demonstração, bem como a formação e utilização das reservas (inclusive 
aquelas originadas por lucro) 
 
Podemos concluir que o DMPL evidencia as mudanças, em natureza e valor, 
ocorridas no Patrimônio Líquido da empresa, num determinado período de tempo, 
enquanto a DLPAc apresenta as destinações específicas que ocorreram com o 
lucro ou prejuízo apurados no exercício. 
É importante acompanhar todas as movimentações ocorridas nas contas de 
Patrimônio Líquido, pois as variações podem ou não modificar o patrimônio Líquido 
da empresa. Elementos como subscrição e integralização de capital altera o 
patrimônio da empresa, mas transferências das Reservas Patrimoniais para a conta 
Lucros e / ou Prejuízos Acumulados não altera o Patrimônio Líquido. Assim todas 
as movimentações devem ser detalhadamente estudadas e informadas ou não no 
DMPL; desta forma pode-se analisar o impacto que as movimentações tiveram em 
relação ao patrimônio. 
Para a elaboração do DMPL são necessárias as informações: acréscimo ou redução 
das reservas, integralização de capital, destinação de resultados do período, 
compensação de prejuízos, ajustes realizados nos períodos passados, saldos 
existentes no início do período, acréscimo de capital, destinação do lucro líquido do 
exercício, reavaliação de ativos, saldos no final do exercício. 
Através do DMPL o gestor pode avaliar se as contas estão equilibradas ou se 
possuem algum problema que precisa ser resolvido com prioridade no próximo 
período para garantir um bom andamento nos negócios da empresa. 
 
3.4- DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA 
 
De forma condensada, a Desmonstração de Fluxo de Caixa (DFC) indica a 
origem de todo dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de todo 
o dinheiro que saiu do caixa em determinado período e, ainda, o Resultado 
do Fluxo Financeiro. (IUDÍCIBUS E MARION, 2000, P.123) 
 
A Demonstração do Fluxo de Caixa é uma demonstração dinâmica e está contida no 
Balanço Patrimonial. Este demonstrativo evidencia a posição financeira da empresa 
em um determinado período. A elaboração deste demonstrativo é muito importante 
para a gestão do negócio, por refletir o passado, demonstrar o presente e auxiliar no 
planejamento empresarial. 
Para a companhia fechada não é obrigatória a elaboração e publicação do 
Demonstrativo de Fluxo de Caixa se na data do balanço estiver com o Patrimônio 
Líquido inferior a dois milhões de reais (MARION, 2009). 
A DFC é uma valiosa ferramenta para analisar os efeitos das atividades 
operacionais, de investimento e de financiamento do fluxo de caixa em um 
determinado período. As atividades operacionais são as receitas e gastos ligados à 
produção e entrega de bens, estas atividades são ligadas ao capital circulante 
líquido. As atividades de investimento são os aumento ou diminuição de bens do 
ativo não circulante ligados a produção de bens ou serviços. As atividades de 
financiamento são os empréstimos e financiamentos de credores e investidores à 
empresa no curto prazo, que estão no Passivo não Circulante e Patrimônio Líquido. 
De acordo com Marion (2009, p.55) a DFC pode ser elaborada no modelo direto, 
que é a partir da movimentação do caixa e seus equivalentes ou de forma indireta, 
com base no lucro ou prejuízo do exercício. Caixa são os saldos em moeda no 
caixa, depósitos bancários e outros tipos de contas que possuam liquidez imediata. 
Equivalentes de caixa são as aplicações financeiras com liquidez imediata. 
A DFC informa onde os recursos da empresa foram aplicados e qual é a origem 
destes recursos, possibilitando uma melhor gestão das entradas e saída de dinheiro. 
Do mesmo modo, serve para o gestor analisar e avaliar a capacidade financeira, 
elaborando assim um planejamento de acordo com sua realidade. 
A DFC vem esclarecer situações controvertidas na empresa, por exemplo, 
através da comparação com a DRE, o porquê de a empresa ter um lucro 
considerável e estar com o caixa baixo, não conseguindo liquidar todos os 
seus compromissos. Ou, ainda, embora seja menos comum, o porquê de a 
empresa este ano não ter dado lucro, embora o caixa tenha pago todas as 
contas. (IUDÍCIBUS E MARION, 2000, P.123) 
O BP e a DRE são utilizadas para analisar a evolução do patrimônio e para 
conhecer a rentabilidade. O Demonstrativo de Fluxo de Caixa é mais utilizado para 
análise de curto prazo, com informações sobre a liquidez da empresa. 
 
3.5 - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
 
Através da Lei 11.638/07 se tornou obrigatória a elaboração e divulgação da 
Demonstração do Valor Adicionado para as companhias abertas. “A Demonstração 
do Valor Adicionado evidenciará os componentes geradores do valor adicionado a 
sua distribuição entre empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem 
como a parcela retida para investimento.” (MARION, 2009, p.59). 
 
Assim faz-se uma análise da priorização da distribuição das empresas dos 
recursos por ela gerados, evidenciando sua contribuição da comunidade 
local, aos acionistas, à remuneração ao capital de terceiros, a toda 
sociedade por meio dos impostos, etc. (MARION, 2009, P.60). 
 
Como podemos perceber, embora as demonstrações contábeis tenham objetivos 
diferentes elas se complementam. 
 
4- CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO 
EMPRESARIAL 
 
Frequentemente os responsáveis pela administração e funcionários precisam tomar 
decisões. Decisões que vão desde o trivial até escolhas que poderão afetar o 
andamento da empresa, seu papel no mercado global, sua sobrevivência e sua 
expansão. 
A organização é um sistema de decisões em que cada pessoa participa 
consciente e racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais 
ou menos racionais que se lhes apresentam de acordo com sua 
personalidade, motivações e atitudes. (CHIAVENATO, 2000, p.269). 
 
Indo de encontro ao conceito de tomada de decisão de Chiavenato, Iudícibus e 
Marion (2000, p.20) esclarecem que “A experiência e o feeling do administrador não 
são mais fatores decisivos no quadro atual; exige-se um elenco de informações 
reais, que norteiam tais decisões. E muitas dessas informações estão contidas nos 
relatórios elaborados pela Contabilidade.” 
A necessidade da tomada de decisão surge quando existe um problema, que possui 
mais de uma alternativa para a solução. E mesmo que haja somente uma solução, 
a alternativa será de tomar ou não a ação. 
O tomador dedecisões quando está envolvido em uma situação pretende alcançar 
objetivos através de suas ações, usa critérios para fazer suas escolhas, segue 
estratégias, através de caminhos escolhidos ou de acordo com os recursos 
disponíveis para alcançar resultados. Esse processo depende também da situação 
em que o tomador está inserido. Este processo funciona racionalmente quando a 
pessoa consegue perceber e tomar conhecimento de todos os aspectos da situação. 
 
A esse fenômeno dá-se o nome de racionalidade limitada: as pessoas 
tomam decisões racionais (adequação de meios-fins) apenas em relação 
aos aspectos da situação que conseguem perceber e interpretar. 
(CHIAVENATO, 2000, p.145). 
 
O pensamento linear é a forma mais simplista de se pensar sobre o processo de 
decisão. Este pensamento supõe que cada problema só tem um tipo de solução, 
que esta ação só afetará a área em que está inserida e que uma vez implantada, 
permanecerá constantemente inalterada. 
As decisões tomadas de acordo com o pensamento linear podem ser comparadas 
às decisões que os gestores tomam no dia-a-dia, que são previsíveis e fazem parte 
da rotina; são tomadas de maneira repetitivas e programadas, através de normas, 
procedimentos e padrões. Apesar destas normas nem sempre serem cumpridas, as 
decisões são mais fáceis de serem tomadas, por serem previsíveis pela 
organização. Podendo, neste caso, seguir um pensamento linear. 
Apesar de as pessoas terem uma tendência a preferirem a simplicidade das 
soluções do pensamento linear, na maioria das vezes esta não é a maneira mais 
eficaz para tratar os problemas organizacionais em ambientes de negócios 
modernos, onde são constantes as mudanças. 
O pensamento sistêmico é a abordagem mais eficaz para a solução de problemas, 
pois analisa a solução não só na parte envolvida, mas nos reflexos que podem 
afetar toda a organização. Esta solução é avaliada com base em todos os 
resultados produzidos. Os relatórios elaborados pela contabilidade são as principais 
informações para uma tomada de decisão em diversos níveis da organização. 
A qualidade da decisão é indicada pelo impacto que tem sobre toda a organização. 
Assim, será uma boa decisão se tornar uma organização eficiente e eficaz a curto e 
longo prazo. 
A contabilidade, sendo responsável por registrar todas as transações da 
corporação, constitui um grande banco de dados. Esses dados são a base para a 
informação. Por isso não basta possuí-los, é necessário que eles sejam tratados de 
forma estruturada para que gerem informações úteis e representem um instrumento 
gerencial no processo decisório da Organização. 
Após a elaboração dos relatórios contábeis, o profissional da contabilidade gerencial 
analisa esses documentos de maneira a extrair dessas informações contábeis, 
dados necessários para esclarecer e orientar seus gestores nas tomadas 
de decisão. 
Um bom contador gerencial se diferencia de outros profissionais por saber tratar, 
refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional os dados contidos nos 
registros da Contabilidade. De acordo com Iudícibus (1998, p.23) “Um contador 
gerencial, pelo visto, deve ser elemento com formação bastante ampla, inclusive 
com conhecimento, senão das técnicas, pelo menos dos objetivos ou resultados que 
podem ser alcançados com métodos quantitativos.” 
Segundo Horngren (2004, p.18) de acordo com pesquisas, grande número de 
executivos teve sua carreira iniciada em departamento contábil para depois 
passarem para outras áreas. Como a contabilidade abrange diversas áreas, o 
profissional poderá obter conhecimentos de gestão, compras, produção, vendas no 
atacado, vendas no varejo e muitas outras atividades. Em um mundo globalizado 
onde as mudanças são imprevisíveis e constantes o contador não pode ser um mero 
preparador de relatórios, mas sim um profissional atualizado e atuante, com pleno 
conhecimento da empresa para que possa atuar junto à administração, agindo como 
um consultor interno. Segundo Hurngren (2004,p.18) três fatores principais estão 
causando mudanças na contabilidade gerencial de hoje: Mudança da economia 
baseada em manufatura para uma economia baseada em serviços, aumento da 
competição global e avanços em tecnologia, incluindo o e-commerce. 
Em um mercado cada vez mais competitivo, dinâmico e em constante mudança, é 
indispensável que a gestão empresarial seja assertiva para que as diretrizes e 
decisões gerem o impacto positivo, necessário para a sustentação do negócio. 
Hoje não se trabalha apenas com os dados de um balanço ou de um demonstrativo 
do resultado do exercício, é necessário ir além, é preciso buscar através dessas 
informações uma forma de adiantar-se ao acontecimento, ser proativo, pensar 
aonde quer chegar, com que tempo e custo, sabendo ao certo que decisão deve 
tomar e qual o momento oportuno para fazê-la. 
A sustentação do negócio é alcançada a partir do comprometimento da gestão com 
os desafios do seu negócio, fazendo uso dos instrumentos que dispõe. Superar as 
oscilações do mercado traz como consequência qualidade aos bens ou serviços 
oferecidos aos seus clientes. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Identificou-se ao longo deste artigo a grande aliada que a Contabilidade Gerencial 
pode ser para o processo de tomada de decisão. Pode ser considerada uma fonte 
valiosa de informações para uma empresa, com os dados gerados por todos os 
centros de custos que a compõem. Os dados lançados pela contabilidade são 
transformados em informações, através dos Demonstrativos Contábeis, e são 
capazes de dar suporte às mais diversas decisões tomadas pelos administradores. 
Observou-se também a dificuldade que as empresas têm em manter um Sistema de 
Informação Contábil que seja compatível com a exigência legal e que também 
atenda às necessidades internas. Pelo alto custo para a implementação de outro 
sistema paralelo, as empresas são obrigadas a se adequar ao que já existe e cabe 
ao profissional da contabilidade estudar formas de evidenciar as informações 
contidas nos relatórios contábeis para apoio ao processo decisório. 
Para análise de indicadores que possibilitará a noção da situação atual da empresa, 
em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros, detectando 
seus pontos fortes e fracos e também a percepção da sua provável situação futura, 
ficou clara a importância dos demonstrativos contábeis: Balanço Patrimonial e 
Demonstração do Resultado do Exercício. Do mesmo modo foi observada a 
importância da: Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, demonstração 
das Mutações do patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e 
Demonstração do Valor Adicionado. 
Desta forma cabe aos profissionais de contabilidade se manterem atualizados, seja 
pela legislação contábil, seja por assuntos voltados a gestão, para que, assim, junto 
aos gestores, viabilizem relatórios contábeis gerencias das mais diversas áreas da 
empresa, para as devidas tomadas de decisão, sejam elas, estratégicas, táticas ou 
operacionais. 
Daí, a importância de o profissional da contabilidade ter pleno conhecimento das 
informações contidas nos relatórios e, através da análise e interpretação ter 
elementos suficientes para agir preventivamente e ajudar o empresário a escolher o 
melhor caminho a ser seguido, rumo a uma gestão com plena eficácia. 
Este trabalho de pesquisa não tem a intenção de esgotar o assunto, sendo de 
fundamental importância que o estudo tenha continuidade para o aprimoramento dos 
relatórios contábeis gerenciais, que visa à informação para as tomadas de decisão 
da empresa. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à TeoriaGeral da Administração. 2 ed. RJ: 
Campus, 2000. 
DINIZ, Natalia. Análise das Demonstrações Financeiras. RJ: SESES, 2015 
HORNGREN, Charles T. [et al.]. Contabilidade Gerencial. Tradução e Revisão 
Técnica Elias Pereira. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hal, 2004. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009 
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de Contabilidade para Não 
Contadores. Para as áreas de Administração, Economia, Direito e Engenharia. 
São Paulo: Atlas, 2000. 
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. 5 ed. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2009 a. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial - Um Enfoque em Sistema de 
Informação Contábil. 7 ed. São Paulo, 2010.

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