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Cabeamento Estruturado_Unid_III

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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Unidade III
5 NOÇÕES DE CABEAMENTO ESTRUTURADO
5.1 Histórico e introdução do cabeamento estruturado
5.1.1 Histórico e conceitos de cabeamento estruturado
Os modelos mais antigos de cabeamento de dados utilizados nos anos de 
1960 em conexões ponto a ponto de computadores host para terminais de 
dados consistiam principalmente em transmissão de sinal desbalanceado 
através de cabeamento de pares trançados de baixa capacidade. Em meados 
de 1970, foram introduzidos computadores de grande porte, mainframes, 
que usavam cabos coaxiais. Mais tarde, a introdução do BALUN (termo 
derivado de balanceado/desbalanceado) permitiu que equipamentos 
baseados em cabos coaxiais fossem atendidos pelo mesmo cabeamento de 
pares trançados usados para voz. O BALUN permitiu a conversão de um 
sinal balanceado em desbalanceado para sua transmissão por cabos de pares 
trançados. Na década de 1980, com a evolução da tecnologia ethernet, 
a então 10BaseT que operava a 10 Mbps passou a ser implementada em 
cabeamento Categoria 3/Classe C. Em 1985, a EIA, agora extinta, e a TIA 
organizaram comitês técnicos para desenvolver um conjunto uniforme de 
padrões para cabeamento estruturado em edifícios comerciais (MARIN, 
2013, p. 23).
A estruturação de um padrão de cabeamento começou após 1985, impulsionada pelo 
desenvolvimento das redes de computadores. A partir de todo um trabalho de instituições 
padronizadoras, como a TIA e a ECA (Electronic Components Association), sucessora da EIA, muitas 
normas têm sido criadas.
Também incentivada pela ISSO, foi desenvolvida uma norma padrão para cabeamento estruturado, 
conhecida como 14565, que logo foi traduzida para o português e padronizada pela NBR, chamando-se 
NBR-14565:2013.
O ano de 1991 foi um marco para o cabeamento estruturado. Nesse ano, foi lançado um documento 
inicial com as normas de cabeamento geral para clientes, atualizado a partir de mudanças sofridas pela 
indústria de telecomunicações, revisado em 1995 e lançado como norma TIA/EIA-568-A.
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Unidade III
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre o histórico do cabeamento de 
redes, leia:
LIMA FILHO, E. C. Fundamentos de redes e cabeamento estruturado. São 
Paulo: Pearson, 2014.
Houve mais duas atualizações: a primeira em 2000, quando a norma recebeu o nome de 
 TIA/EIA-568-B, e a segunda em 2006, com um relançamento da norma sob o nome de TIA/EIA-568-C.
O cabeamento estruturado, que antes era conhecido como cabeamento de rede local de 
computadores, ou cabeamento predial, é um conjunto de recursos e tecnologias que envolve cabos 
e hardwares de conexão para voz e dados, definido por normas, em vista do atendimento das 
necessidades dos usuários de telecomunicações e TI.
A ideia de estruturar o sistema de cabeamento totalmente baseado em normas é criar um padrão 
não específico de uma indústria, favorecendo a interoperabilidade no processo de comunicação da 
informação.
 Observação
O projeto de cabeamento estruturado deve propiciar tomadas de 
telecomunicações (também conhecidas como pontos de rede) disponíveis 
para qualquer tipo de aplicação: voz, dados ou imagens.
As principais vantagens ao se adotar um sistema de cabeamento estruturado são:
• aumento da confiabilidade no cabeamento de redes a partir da garantia do desempenho projetado;
• perceptível redução nos custos com a implementação do cabeamento (incluindo a mão de obra);
• escalabilidade e flexibilidade para implementação de diferentes aplicações;
• imediato atendimento das necessidades apresentadas pelos usuários;
• possibilidade de integrar diferentes aplicações em uma única solução de cabeamento;
• padrão de cabeamento interoperável, independentemente do fornecedor utilizado;
• maior vida útil para o sistema de cabeamento.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Para fundamentar ainda mais a necessidade de estruturar o cabeamento, o quadro a seguir 
apresenta uma comparação de situações que envolvem o cabeamento convencional (não estruturado) 
e o cabeamento estruturado:
Quadro 8 
Situação Cabeamento convencional Cabeamento estruturado
Chegada de novos 
equipamentos e/ou 
funcionários, e novos ramais 
telefônicos são necessários.
Deve-se providenciar a 
passagem de cabos para 
interligar esses computadores 
à rede da empresa ou aos 
ramais de PABX.
Todas as tomadas de 
acesso estão pré-instaladas 
com base na densidade 
de ocupação de áreas 
de trabalho. Ativam-se 
os pontos desejados no 
quadro de administração 
determinando se serão 
computadores ou telefones.
Um setor que possui 1 ramal 
e 4 computadores se muda 
para uma sala onde havia 3 
ramais e 21 computadores.
As instalações de 
computadores e telefones são 
tratadas separadamente, sendo 
necessário instalar novos cabos 
para computadores, e os 
cabos de ramal telefônico 
ficarão inativos.
As tomadas que antes 
eram utilizadas para ramais 
poderão ser utilizadas para 
computadores em rede, 
bastando mudar a conexão 
no quadro de administração.
Uma equipe é montada 
temporariamente e precisa 
de computadores em rede e 
ramais telefônicos.
Toda infraestrutura provisória 
deve ser construída. Se a rede 
for de alta velocidade, a equipe 
interna não tem recursos para 
construir.
Os pontos pré-instalados 
poderão ser ativados 
temporariamente e depois 
desativados. Tudo através do 
quadro de administração.
Rede de computadores com 
excesso de carga provocado 
por problemas de conexão 
física em algum dos pontos.
O ponto de rede que está 
com problemas deve ser 
identificado e o cabo 
substituído. Normalmente, a 
identificação do cabo é difícil 
porque não há documentação.
Todos os cabos e tomadas 
são identificados. A estação 
com problemas poderá 
utilizar outro ponto de 
conexão disponível até a 
solução do problema.
Necessidade de acesso 
a computadores em um 
sistema que necessita 
de maior velocidade por 
manipular grandes volumes 
de informações.
Novos cabos que permitam 
tráfego em alta velocidade 
devem ser instalados. A equipe 
interna não tem recursos 
para isso.
Todos os pontos instalados 
são testados e certificados, 
suportando todas as redes 
de alta velocidade. Qualquer 
computador poderá operar 
em alta velocidade.
Mudança de salas.
Novos cabos devem ser 
passados para as novas salas e, 
assim, sucessivamente.
Os pontos pré-instalados nas 
novas salas são ativados 
na rede através do quadro 
de administração.
Toda a rede da empresa é 
ligada à internet. Algumas 
pessoas passam a utilizar 
aplicações multimídia.
Todo o cabeamento existente 
deve ser substituído.
O cabeamento está 
preparado para se conectar 
aos equipamentos instalados 
nessas redes.
O sistema de PABX da 
empresa é todo convertido 
para digital.
Todo o cabeamento de 
telefonia deve 
ser substituído.
O sistema está preparado 
para suportar sistemas de 
telefonia digital.
Fonte: Pinheiro (2015, p. 12).
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Unidade III
5.1.2 Categorias e classes de desempenho
Conforme visto anteriormente, a TIA (antigamente respondendo como EIA) criou o padrão de 
cabeamento estruturado adotado em praticamente todo o mundo, determinando características e 
propriedades em categorias.
Com o aval da ANSI, a TIA estabeleceu as categorias 3 (hoje obsoleta), 5, 6 e 7, complementadaspelas categorias 1 e 2, criadas pela Anixter (não reconhecida pela TIA). A categoria 1, mencionada 
pela Anixter como nível 1, provia o cabeamento para telefonia fixa em transmissões de até 1 MHz. 
A categoria 2, mencionada pela Anixter como nível 2, provia o cabeamento para redes IBM, que utilizavam 
a tecnologia Token Ring em taxas de transferência de até 4 Mbps.
A categoria 3, padronizada pela ISO como Classe C, destinou-se às primeiras redes ethernet que 
utilizavam cabos UTP, com transmissão em banda base, taxa de transferência de 10 Mbps e uma largura 
de banda de frequência igual a 16 MHz. A categoria 3 (também chamada de cat.3) ainda é utilizada em 
sistemas de telefonia fixa.
A categoria 5, não mais reconhecida como um padrão de cabeamento estruturado, provia uma 
comunicação com velocidade de até 1 Gbps e uma frequência de 100 MHz. Os cabos cat.5 foram 
substituídos pelos cabos de categoria 5e, conhecidos como cabos cat.5e.
A categoria 5e recebeu o nome de Classe D pela ISO e tem muitas semelhanças com a cat.5, 
com exceção das especificações de paradiafonia, melhoradas graças ao aumento do trançamento 
dos pares de fios. Assim, os cabos cat.5e conseguem prover transmissões com taxa de transferência 
de 1 Gbps.
A categoria 6 (chamada também de cat.6), 6A (também chamada de cat.6A) e 7 (chamada 
também de cat.7) propiciaram um vertiginoso aumento na qualidade das comunicações via 
cabo em uma rede local de computadores. Essas categorias podem prover comunicações de até 
10 Gbps, utilizando cabos de pares trançados blindados e garantindo o mínimo nível de ruído e 
interferências no sinal.
 Lembrete
A partir da categoria 6, utilizam-se quatro pares de fios de 24 AWG.
O quadro a seguir apresenta um resumo das categorias de desempenho especificadas para 
cabeamento estruturado:
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Quadro 9 
Categoria/Classe Normas aplicáveis
Tipos de cabos 
conhecidos
Largura de banda
Categoria 3 / Classe C TIA/EIA, ISO/IEC, NBR, CENELEC U/UTP e F/UTP 16 MHz
Categoria 5e / Classe D TIA/EIA, ISO/IEC, NBR, CENELEC U/UTP e F/UTP 100 MHz
Categoria 6 / Classe E TIA/EIA, ISO/IEC, NBR, CENELEC U/UTP e F/UTP 250 MHz
Categoria 6A / Classe EA TIA/EIA e ISO/IEC U/UTP e F/UTP 500 MHz
Categoria 7 / Classe F ISO/IEC e NBR S/UTP e F/FTP 600 MHz
Categoria 7A / Classe FA ISO/IEC S/FTP e F/FTP 1 GHz
Fonte: Marin (2013, p. 13).
5.1.3 Subsistemas de cabeamento estruturado e seus espaços relacionados
O cabeamento estruturado é compreendido como um sistema dividido em dois subsistemas: 
subsistema de cabeamento horizontal e subsistema de cabeamento de backbone. A figura a seguir 
mostra esses subsistemas:
Subsistema de 
cabeamento 
de backbone 
de campus
Subsistema de 
cabeamento 
de backbone 
de edifício
Cordão da 
área de 
trabalho
Subsistema de cabeamento 
horizontal
Subsistema de cabeamento genérico
CD BD FD CP TO
TE
Figura 49 
Conforme descrito na figura anterior, existem alguns elementos funcionais no sistema de 
cabeamento estruturado. São eles: distribuidor de campus (CD); distribuidor de edifício (BD); 
distribuidor de piso (FD); ponto de consolidação (CP); tomada de telecomunicações (TO); backbone 
de campus; backbone de edifício. 
Além desses elementos e os subsistemas, as normas também especificam os espaços (locais) de 
telecomunicações relacionados ao cabeamento estruturado. São eles: área de trabalho (WA); sala de 
telecomunicações (TR); sala de equipamentos (ER); infraestrutura de entrada (EF).
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 Observação
Para cada elemento funcional e espaço relacionados ao cabeamento 
estruturado, há uma sigla entre parênteses que representa o nome do 
elemento, ou espaço, em inglês. 
A figura a seguir apresenta uma topologia básica de um sistema de cabeamento estruturado:
4
3
3
3
4
2
5
6
7
1
7
Figura 50 
A tabela a seguir mostra cada um dos componentes e a numeração descrita na figura anterior:
Tabela 7 
Numeração Componente
1 Cabeamento horizontal
2 Cabeamento vertical (backbone)
3 Área de trabalho
4 Sala de telecomunicações
5 Sala de equipamentos
6. Infraestrutura de entrada
7 Distribuidores
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Para facilitar o entendimento, a figura a seguir mostra uma visão de uma estrutura hierárquica 
dos subsistemas de cabeamento:
TD TDTD TDTD TDTD TDTD TD
Sistema de 
cabeamento 
de backbone 
de campus
Sistema de 
cabeamento 
de backbone 
de edifício
Sistema de 
cabeamento 
horizontalCP CP
FD FD
BD BD
CD
FD FD
CP CP
Figura 51 
5.2 Normas de cabeamento estruturado
5.2.1 Organizações padronizadoras
Como já mencionado anteriormente, durante um bom tempo, os padrões e as normas relacionadas 
às telecomunicações e à tecnologia da informação eram praticamente fechadas e sob monopólio de 
cada um dos fabricantes. Isso acabava por gerar uma total falta de interoperabilidade, dificultando as 
ações de planejar, organizar, implementar e monitorar as tecnologias.
Aos poucos, a partir de trabalhos realizados por organizações padronizadoras, os padrões 
tornaram-se cada vez mais abertos, favorecendo a compatibilidade entre sistemas, principalmente 
os de cabeamento estruturado.
Esses padrões podem ser classificados em: padrões de facto e padrões de jure. 
Os padrões de facto são aqueles que não foram reconhecidos por uma organização ou comitê ao 
serem lançados por uma pessoa ou comunidade. O termo de facto quer dizer “existente de fato”. A 
tecnologia ethernet “original” surgida em 1972 é um bom exemplo de um padrão de facto.
Os padrões de jure são protocolos reconhecidos legalmente ou por organizações. O termo de jure 
significa “de acordo com a lei”. Essas normas são controladas por uma instituição padronizadora. 
Um produto sem padronização recebe o nome de facto e, ao ser padronizado por uma organização, 
altera seu status para de jure. Os padrões de jure têm as suas especificações submetidas a um corpo 
avaliador no formato RFC (Request for Change) até a sua versão final aprovada.
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Os principais órgãos padronizadores são: Institute of Electrical and Eletronics Engineers – IEEE; 
American National Standars Organization – ANSI; International Organization for Standardization – ISO; 
International Telecomunication Union – ITU-T; International Eletrotechnical Commission – IEC; Eletronic 
Industries Alliance – EIA; Telecommunications Industry Association – TIA.
O IEEE é a maior organização do mundo sem fins lucrativos. É formada por engenheiros elétricos e 
eletrônicos que promovem criação, desenvolvimento, integração, compartilhamento e conhecimento 
aplicado à ciência e às tecnologias da eletricidade e da informação. Para cada padrão IEEE, existe um 
grupo de trabalho que desenvolve e aprimora os padrões e inovações.
Outra organização é a ANSI. Criada em 1918, é um órgão americano sem fins lucrativos de 
padronização com mil membros associados entre empresas, organizações, agências do governo e 
instituições internacionais. A padronização da rede FDDI, feita pela ANSI, pode ser considerada como 
uma das maiores contribuições para a indústria de redes. Atua nas especificações de padrões eletrônicos 
em parceria com a IEC e representa os Estados Unidos da América junto à organização ISO.
A ISO é uma das maiores organizações internacionais de padronização, atuando em inúmerasáreas 
de desenvolvimento tecnológico. É constituída por diversas organizações de diferentes países. Na área 
de comunicação e redes de computadores, sua maior contribuição foi à padronização do Modelo de 
Referência OSI (Open System Interconnection) no ano de 1984.
A TIA é uma organização norte-americana, surgida a partir da desregulamentação da indústria das 
telecomunicações ocorrida na década 1980 nos EUA. A TIA desenvolveu uma série de normas e padrões 
envolvendo cabeamento de par trançado, fibras ópticas, equipamentos prediais, dentre outros.
A ITU-T é uma organização criada em 1993 que sucedeu a CCITT. Foi fundada em 1865 e é responsável 
pelos padrões internacionais de telegrafia e telefonia. As normas criadas pela ITU-T abrangem questões 
voltadas para a comunicação de dados e de telefonia.
5.2.2 Normas ANSI/TIA para cabeamento estruturado
A principal norma internacional para o cabeamento estruturado em edifícios comerciais é a ANSI/
TIA-568-C (atualização da norma ANSI/TIA-568-B), que está em cinco componentes: ANSI/TIA-568-C.0; 
ANSI/TIA-568-C.1; ANSI/TIA-568-C.2; ANSI/TIA-568-C.3; ANSI/TIA-568-C.4.
A norma ANSI/TIA-568-C.0 foi criada em 2009, atualizada em 2012 e está destinada ao cabeamento 
de telecomunicações em dependências do cliente. Essa norma define o cabeamento de uso geral, 
incluindo estrutura do sistema de cabeamento, opção de meio físico, distâncias permitidas, requisitos 
de instalação e todos os testes.
A norma ANSI/TIA-568-C.1 foi criada em 2009, atualizada em 2011 e está destinada a 
especificidades do cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais. Ela abrange as 
definições do cabeamento de backbone e horizontal, do próprio cabeamento utilizado, bem como 
topologias e práticas de instalação.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A norma ANSI/TIA-568-C.2 foi criada em 2009 e está destinada ao cabeamento de pares trançados, 
incluindo os seus componentes.
A norma ANSI/TIA-568-C.3 foi criada em 2008, atualizada em 2011 e está destinada ao cabeamento 
que utiliza fibras ópticas, incluindo todas as suas especificidades.
A norma ANSI/TIA-568-C.4 foi criada em 2011 e está destinada ao cabeamento coaxial e aos 
componentes de banda larga, bem como as suas especificações físicas, mecânicas e de interferência.
Existem outras normas, definidas pela ANSI/TIA, que estão relacionadas ao sistema de cabeamento 
estruturado. São elas:
• ANSI/TIA-569-C: destinada à infraestrutura predial para cabeamento.
• ANSI/TIA-606-B: destinada ao gerenciamento do cabeamento estruturado.
• TIA-607-B: destinada ao aterramento para cabeamento de telecomunicações.
• ANSI/TIA-862-A: destinada à automação predial. 
• ANSI/TIA-570-C: destinada ao cabeamento residencial.
• ANSI/TIA-758-B: destinada ao cabeamento de planta externa.
• ANSI/TIA-942-A: destinada à infraestrutura de telecomunicações para data centers.
• TIA-1005-1: destinada ao cabeamento industrial.
• TIA-1158: destinada ao teste de campo de cabeamento balanceado.
5.2.3 Normas ISO/ABNT para cabeamento estruturado
Além daquelas criadas pela ANSI/TIA, a ISO também desenvolveu algumas normas que foram 
adaptadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT para uso no Brasil.
As principais normas relacionadas ao cabeamento estruturado são:
• Norma NBR16264: desatinada ao cabeamento estruturado residencial; sua edição mais atualizada 
está em vigor desde 2016.
• Norma NBR16521: destinada ao cabeamento estruturado industrial; sua edição está em vigor 
desde 2016.
• Norma NBR14565: destinada ao cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers; 
sua edição mais atualizada está em vigor desde 2013.
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• Norma NBR14076: destinada a cabos ópticos – determinação do comprimento de onda de corte; 
sua edição mais atualizada está em vigor desde 2017.
• Norma NBR16415: destinada a caminhos e espaços para cabeamento estruturado; sua edição 
mais atualizada está em vigor desde 2015.
 Observação
A principal norma voltada para o cabeamento estruturado é a 
NBR14565, que, juntamente com a norma ANSI/TIA-568.C, será a base 
para a construção dos conceitos e das especificações utilizados neste 
livro-texto.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre as normas de cabeamento 
estruturado, acesse:
<www.abnt.org.br>
6 SUBSISTEMAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO
6.1 Subsistema de cabeamento horizontal
6.1.1 Introdução
Para entender bem o subsistema de cabeamento horizontal, é necessário conhecer alguns 
elementos relacionados a ele. O primeiro elemento é a tomada de telecomunicações, conhecida 
pelo seu nome em inglês: Telecommunication Outlet (TO). A TO é também conhecida como ponto 
de rede e, segundo a ABNT (2013), é o hardware de conexão no qual o cabo horizontal é terminado 
na área de trabalho.
O segundo elemento importante é o distribuidor de piso, também conhecido como Floor 
Distributor (FD). Segundo a ABNT (2013), é o hardware de conexão a partir do qual se origina o 
cabeamento horizontal.
Compreendidos esses dois elementos, é possível definir o subsistema de cabeamento horizontal 
como aquele que interliga um distribuidor de piso até a tomada de telecomunicações. A figura a seguir 
apresenta a ideia do cabeamento horizontal:
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Distribuidor de peso
(FD)
Patch panel
Cabo horizontal
Tomada de 
telecomunicações (TO)
Figura 52 
O termo horizontal advém do fato de os lançamentos dos cabos ocorrerem de forma horizontal 
entre as áreas de trabalho e as salas de telecomunicações.
Até que avancemos, é importante saber que a área de trabalho é o espaço onde o usuário 
que acessa serviços de telecomunicações está situado. Também é importante saber que a sala de 
telecomunicações é um espaço onde está situado o distribuidor de piso, podendo abrigar alguns 
equipamentos de redes.
Esses cabos podem ser lançados em tubulações embutidas em pisos, eletrocalhas ou badejas 
suspensas. As normas ISO/IEC 18010:2002 e ANSI/TIA-569-C apresentam as técnicas e os métodos 
aplicados no encaminhamento de cabeamento horizontal, contendo especificações e recomendações 
importantes que garantem os padrões aceitáveis de mercado.
A figura a seguir apresenta a passagem de um cabeamento horizontal:
Figura 53 
6.1.2 Componentes do cabeamento horizontal
A norma NBR 14565 apresenta os seguintes componentes do subsistema de cabeamento horizontal 
(ABNT, 2013):
• cabos horizontais;
• jumpers e patch cords no distribuidor de piso;
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• terminações mecânicas dos cabos horizontais nas tomadas de telecomunicações;
• terminações mecânicas dos cabos horizontais nos distribuidores de piso, incluindo o hardware de 
conexão, por exemplo, as interconexões ou conexões cruzadas;
• ponto de consolidação;
• tomadas de telecomunicações.
A figura a seguir apresenta um subsistema de cabeamento horizontal que contém grande parte 
desses componentes:
Patch cord
Cordão de equipamento
A
B
Sala de telecomunicações (TR)
Distribuidor de piso
Cabeamento horizontal 
(90 m, máximo)
A + B + D = 10 m (máximo)
A + B + C + D = 100 m (máximo)
C
D
TO
Cordão de 
usuário
Área de trabalho (WA)
Figura 54 
A topologia física verificada na figura anterior é estrela, que possui um lance (segmento) de cabo 
reservado interligando cada porta do distribuidor de piso a sua respectiva tomada detelecomunicações 
na área de trabalho.
Duas outras importantes informações contidas na figura anterior referem-se ao comprimento dos 
cabos. Para o segmento de cabos horizontais, especifica-se um comprimento máximo de 90 metros para 
o lance de cabos horizontais. Também o somatório do comprimento dos cordões de equipamento, patch 
cords do distribuidor de piso e patch cords da área de trabalho não pode ser superior a 10 metros. Assim, 
o comprimento total de cabos e cordões de manobra não superará 100 metros (limite máximo para que 
não haja atenuação significativa em cabos de pares metálicos).
 Lembrete
Os patch cords, ou cordões de manobra, são os cabos que interligam 
computadores e as tomadas de telecomunicações. Também podem 
interligar concentradores de cabos e dispositivos de rede.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A figura a seguir apresenta uma distribuição real de cabos, incluindo o distribuidor de piso (patch 
panels) e um switch (concentrador de rede):
Patch panels
Switchs ethernet
Figura 55 
Além dos cabos de pares trançados metálicos blindados ou não blindados, as principais normas 
de cabeamento estruturado também permitem o uso de alguns cabos ópticos. Não obstante, convém 
afirmar que devido à relação custo/benefício, não é comum o uso de cabos de fibra óptica em segmentos 
de cabos horizontais.
Os cabos de fibra óptica utilizados são:
• cabo óptico multimodo de 50/125 micrômetros (OM-3 e OM-4);
• cabo óptico multimodo de 62,5/125 micrômetros (OM-1 e OM-2).
6.1.3 Métodos de interconexão
Existem duas formas básicas autorizadas pelas normas para a interconexão dos equipamentos ativos 
de rede, como switches e hubs, aos cabos horizontais. Essas formas são: interconexão ou cruzada.
No método de interconexão, os equipamentos ativos de rede são diretamente ligados 
ao distribuidor (patch panel) por meio de cordões de manobra (patch cords), dispensando o 
espalhamento utilizado no método anteriormente explicado. Devido à relação de custo-benefício, 
esse método é amplamente utilizado.
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Unidade III
A figura a seguir apresenta o método de interconexão:
Patch panels
Área de trabalho 
(WA)
Área de trabalho 
(WA)
Patch cords de 
interconexão
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal TO
TO
TO
TO
Equipamentos ativos
Figura 56 
No método de conexão cruzada, constrói-se um espelhamento entre saídas do switch e do patch 
panel. A grande vantagem desse método é a separação entre distribuidores e equipamentos ativos de 
rede, favorecendo a segurança para equipamentos de rede, que, livres de qualquer ligação diretamente 
do cabeamento, podem ficar isolados em seus racks, impedindo o acesso de terceiros não autorizados.
A figura a seguir apresenta o método de conexão cruzada:
Patch cords
Área de trabalho 
(WA)
Conexão cruzada
Cordões de 
equipamentos
TO
TO
Equipamentos ativos
Cabeamento horizontal
Figura 57 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
O método de conexão cruzada pode também ser utilizado para interligar o cabeamento de backbone 
ao cabeamento horizontal. A figura a seguir mostra essa configuração:
Patch panels associados 
ao backbone
Patch panels associados 
ao backbone
Patch panels associados 
às áreas de trabalho
Patch panels associados 
às áreas de trabalho
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
horizontal
TO
TO
TO
TO
TO
TO
TO
Patch cords
Patch cords
Backbone
Área de trabalho 
(WA)
Área de trabalho 
(WA)
Conexão cruzada
Conexão cruzada
Figura 58 
6.1.4 Ponto de consolidação e tomadas de telecomunicações multiusuários 
Segundo a ABNT (2013), a norma NBR 14565 define ponto de consolidação como: ponto de 
conexão no subsistema de cabeamento horizontal situado entre o distribuidor de piso e a tomada de 
telecomunicações.
A figura a seguir ilustra um bloco de conexão do tipo 110 utilizado como ponto de consolidação:
Figura 59 
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Unidade III
A utilização de pontos de consolidação auxilia o projeto de cabeamento estruturado em escritórios 
abertos, assim designados por representarem edifícios comerciais com amplos pavimentos e poucas (ou 
nenhuma) paredes dividindo os espaços. 
Como esses escritórios são caracterizados por terem um layout flexível de suas áreas de trabalho, os 
pontos de consolidação se tornam uma opção interessante que possibilita, segundo a norma NBR 14565 
(ABNT, 2013), a realocação de tomadas de telecomunicações.
A figura a seguir apresenta a implementação de um ponto de consolidação em um subsistema de 
cabeamento horizontal:
Patch panel
Ponto de 
consolidação (CP)
Distribuidor de 
piso (PD)
Cabo horizontal
Área de trabalho
Tomada de 
telecomunicações (TO)
Cab
o d
o C
P
Figura 60 
A norma NBR 14565 determina os seguintes critérios no uso de pontos de consolidação em 
cabeamento estruturado (ABNT, 2013):
• Os pontos de consolidação devem ser instalados de forma que cada conjunto de áreas de trabalho 
seja atendido por no mínimo um ponto.
• Cada ponto de consolidação pode atender apenas 12 áreas de trabalho.
• Os pontos de consolidação devem ser implementados em locais de fácil acesso para a manutenção.
• A distância entre o ponto de consolidação e o distribuidor de piso deve ser de, no mínimo, 15 metros.
• A distância entre o ponto de consolidação e a área de trabalho deve ser de, no mínimo, 5 metros.
• Os pontos de consolidação devem integrar o sistema de gerenciamento do cabeamento estruturado.
• O ponto de consolidação deve estar situado em espaços físicos próximos às áreas de trabalho por 
ele atendidas, sem quaisquer emendas ou extensões de cabeamento.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
• O ponto de consolidação não deve estar situado no mesmo espaço do distribuidor de piso.
 Observação
A utilização do ponto de consolidação só encontra sentido em espaços 
caracterizados por frequentes remanejamentos.
As tomadas de telecomunicações multiusuários também são conhecidas como MUTO (Multiuser 
Telecommunication Outlet). A ABNT (2013) define MUTO como um componente funcional do cabeamento 
estruturado com várias tomadas de telecomunicações, com a finalidade do atendimento a usuários de 
diversas áreas de trabalho.
A MUTO também é definida para o uso em cabeamento para escritórios abertos, aqueles caracterizados 
por frequentes mudanças de layout. 
Segundo a norma NBR 14565 (ABNT, 2013), as principais observações que devem ser consideradas 
para o uso da MUTO são:
• Uma MUTO instalada em uma área de escritório aberto deve atender um grupo de áreas de trabalho.
• Uma MUTO só pode atender um máximo de 12 áreas de trabalho.
• Uma MUTO deve ser instalada em local de fácil acesso e a uma distância mínima de 15 metros do 
distribuidor de piso.
O limite máximo para o patch cord da área de trabalho, utilizando uma MUTO, sofre algumas 
restrições da norma, de forma que não pode ser superior a 20 metros para cabos não blindados (24 
AWG) e 15 metros para cabos blindados (26 AWG).
A tabela a seguir apresenta os comprimentos máximos dos lances de cabeamento horizontal e o 
comprimento máximo permitido de cabos na área de trabalho que utiliza MUTO e cabos não blindados:
Tabela 8 
Comprimento do lance do 
cabeamento horizontal (metros)Comprimento máximo do patch 
cord da área de trabalho (metros)
Comprimento total do 
cabeamento horizontal (metros)
90 5 100
85 14 99
80 18 98
75 22 99
72 23 97
Fonte: Marin (2013, p. 45).
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Unidade III
A tabela a seguir apresenta os comprimentos máximos dos lances de cabeamento horizontal e o 
comprimento máximo permitido de cabos na área de trabalho que utiliza MUTO e cabos blindados:
Tabela 9 
Comprimento do lance do 
cabeamento horizontal – H 
(metros)
Comprimento máximo do 
patch cord da área de trabalho 
– I (metros)
Comprimento total do 
cabeamento horizontal 
(metros)
90 8 98
85 11 96
80 15 95
75 28 93
72 20 91
Fonte: Marin (2013, p. 45).
Os valores máximos encontrados para o patch cord de usuário na área de trabalho são obtidos por 
meio da fórmula a seguir, estabelecida pela norma NBR 14565 (ABNT, 2013):
I
H
k
=
−
+



 −
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O fator k representa uma correção para o tipo de cabo utilizado. Se o cabo for não blindado 
(24 AWG), o fator é igual a 0,2. Se o cabo for blindado (26 AWG), o fator é igual a 0,5.
 Observação
A MUTO também é gerenciada pelo sistema de cabeamento estruturado.
6.1.5 Cabeamento óptico horizontal
Em algumas situações, há a necessidade da implementação de fibras ópticas como solução de 
cabeamento horizontal, principalmente se os distribuidores de piso e os equipamentos ativos de rede 
utilizarem interfaces ópticas, como nas redes FTTD (Fiber to the Desk).
 Observação
A redes FTTD são aquelas em que o meio físico utilizado até a área de 
trabalho na tomada de telecomunicações é a fibra óptica.
Essa solução de cabeamento horizontal é utilizada em implementação num único edifício, não sendo 
recomendada a interligação entre edifícios diferentes em um mesmo campus.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Guardando algumas diferenças verificadas, quando relacionado ao cabeamento balanceado (par 
metálico), o cabeamento horizontal óptico apresenta-se com três métodos de conexão: interconexão; 
emenda; passagem direta (pull-through).
No método de interconexão, conecta-se o cabeamento horizontal óptico diretamente no equipamento 
ativo óptico de rede, sem um distribuidor de piso. A figura a seguir descreve esse método:
Cordão de 
equipamento
Sala de equipamentos
Equipamento ativo óptico
Distribuidor óptico
Backbone
Cabeamento óptico horizontal 
(90 m, máximo)
TO
Cordão (óptico) 
de usuário
Sala de 
telecomunicações Área de trabalho
(WA)TR
ER
Figura 61 
No método de emenda, é feita uma emenda na sala de telecomunicações antes de se interligar o 
meio físico ao equipamento ativo óptico de rede. A figura a seguir descreve esse método:
Cordão de 
equipamento
Emergência 
óptica
Sala de equipamentos
Equipamento ativo óptico
Distribuidor óptico
Backbone
Cabeamento óptico horizontal 
(90 m, máximo)
TO
Cordão (óptico) 
de usuário
Sala de 
telecomunicações Área de trabalho
(WA)
TR
ER
Figura 62 
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Unidade III
No método de passagem direta, o lance de cabo horizontal, oriundo do distribuidor óptico 
centralizado, chega até a tomada de telecomunicações da área de trabalho sem bloqueios e/ou 
terminações intermediárias. A figura a seguir ilustra esse método.
Cordão de 
equipamento
Sala de equipamentos
Equipamento ativo óptico
Distribuidor óptico
Cabeamento óptico horizontal 
(90 m, máximo)
TO
Cordão (óptico) 
de usuário
Área de trabalho
(WA)
ER
Figura 63 
 Observação
No método de passagem direta, existe apenas o subsistema de 
cabeamento horizontal, sem a passagem por sala de telecomunicações.
Seja qual for o método utilizado, é importante lembrar que, no cabeamento horizontal, a distância 
máxima, ainda que se utilize cabos ópticos, é de 90 metros. Somando-se os patch cords, a distância não 
pode ser superior a 100 metros.
As fibras ópticas utilizadas em cabeamento horizontal são:
• fibra óptica multimodo de 62,5/125 micrômetros;
• fibra óptica multimodo de 50/125 micrômetros;
• fibra óptica multimodo de 62,5/125 micrômetros, otimizada para laser OM-3 e OM-4.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
6.2 Subsistema de cabeamento vertical
6.2.1 Introdução
O subsistema de cabeamento vertical também é conhecido como subsistema de cabeamento de 
backbone ou subsistema de cabeamento tronco. A sua principal função é interconectar as salas de 
telecomunicações, sala de equipamentos e infraestrutura de entrada de um prédio.
A figura a seguir apresenta a ideia do subsistema de cabeamento de backbone:
Subsistema de 
backbone
TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
ER EF
TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
TR: Sala de telecomunicações
ER: Sala de equipamentos
EF: Infraestrutura de entrada
Figura 64 
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Unidade III
O backbone é um dos mais importantes componentes do sistema de cabeamento estruturado. A 
própria palavra backbone já carrega consigo uma grande importância, porque significa “espinha dorsal”.
A figura a seguir apresenta o subsistema de cabeamento de backbone, que é dividido em subsistema 
de cabeamento de backbone de edifício e subsistema de cabeamento de backbone de campus:
TO
CP CP CP
TO TO TO TOTO TOTO TO
FD1 FD1 FD2 FD3
BD
2
CD
BD
1
FD2
Edifício 1 Edifício 2
Subsistema de 
cabeamento de 
backbone de campus
Subsistema de 
cabeamento de 
backbone de edifício
Subsistema de 
cabeamento 
horizontal
Campus
Figura 65 
É perceptível que a implementação de um backbone se dá sempre em uma topologia física 
em estrela, com os dois níveis hierárquicos apresentados na figura anterior (campus e edifício). 
Observe também que a topologia favorece um arranjo hierárquico: no topo, o distribuidor de 
campus (CD); logo depois, o distribuidor de edifício (BD); e terminando com o distribuidor de 
piso (FD).
 Observação
O distribuidor de edifício está situado na sala de equipamentos 
principal do edifício, e em cada andar (piso) do edifício está um 
distribuidor de piso.
De forma geral, as normas utilizadas no subsistema de cabeamento horizontal são replicadas para o 
subsistema de cabeamento de backbone, respeitando, é claro, algumas particularidades.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
É aconselhável que os distribuidores de piso e edifício tenham entre eles redundância, a fim 
de que o sistema de cabeamento estruturado seja tolerante a falhas. Da mesma forma, com 
o objetivo de alcançar maior tolerância a falhas, os distribuidores de edifício também podem 
estar interligados.
Outra consideração importante é a interligação dos distribuidores de campus e os distribuidores de 
piso sem a passagem por um distribuidor de edifício, que pode ocorrer quando o distribuidor de campus 
e o distribuidor de piso estiverem no mesmo prédio. Essa consideração não vale quando o distribuidor 
de piso e o distribuidor de edifício estiverem em prédios diferentes.
As normas de cabeamentoestruturado também permitem a interligação de um distribuidor de 
edifício a uma tomada de telecomunicações em uma área de trabalho apenas quando houver um 
cabeamento óptico centralizado, conforme visto anteriormente.
As normas de cabeamento estruturado reconhecem os seguintes cabos para o subsistema de 
cabeamento de backbone:
• Cabo UTP de quatro pares, 100 Ohm.
• Cabo F/UTP de quatro pares, 100 Ohm.
• Cabos multipares sem blindagem (utilizados apenas para voz).
• Cabo óptico multimodo 62,5/125 micrômetros, 50/125 micrômetros e multimodo otimizado para 
transmissão em laser (OM-3 e OM-4).
• Cabo óptico monomodo.
 Observação
Os cabos de categoria 3 não podem ser utilizados para subsistema de 
cabeamento de backbone.
6.2.2 Cabeamento de backbone de edifício
A fim de interligar pavimentos diferentes, implementa-se o cabeamento de backbone de 
edifício, ou seja, interligando a sala de equipamentos (ER) à sala de telecomunicações (TR) em 
cada pavimento. 
A figura a seguir apresenta o backbone de edifício:
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Unidade III
Backbone de edifício 
(dentro do edifício)
TR
ER
TR
TR
TR
TR: Sala de telecomunicações
ER: Sala de equipamentos
Figura 66 
O subsistema de cabeamento de backbone de edifício, segundo a norma NBR 14565 (ABNT, 2013), 
é composto de:
• cabos de backbone de edifício;
• jumpers e patch cords no distribuidor de edifício;
• hardware de conexão utilizado para a terminação dos cabos.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A norma NBR 14565 também define as distâncias máximas que podem ser estabelecidas entre o 
distribuidor de campus e o distribuidor de piso. A tabela a seguir apresenta essa distribuição:
Tabela 10 
Tipo de cabo Distância (m) Aplicação
Fibras monomodo OS-1 2.000 10 GbE
Fibras monomodo OS-2 10.000 10 GbE
Fibras multimodo OM-1 2.000 Fast ethernet
Fibras multimodo OM-2 800 Gigabit ethernet
Fibras multimodo OM-3 1.000 Gigabit ethernet
Fibras multimodo OM-4 550 10 GbE
Cabos balanceados Classe A 2.000 Voz, PABX (até 100 kHz)
Cabos balanceados Classe B 200 RDSI (até 1 MHz)
Cabos balanceados Classe C, D, E e F 100 Alta velocidade (até 600 MHz)
Fonte: Marin (2013, p. 55).
 Observação
As distâncias apresentadas na tabela anterior não se baseiam na 
capacidade do meio físico, mas, sim, nas necessidades de aplicação.
6.2.3 Cabeamento de backbone de campus
Quando mais de um edifício integra um campus, é necessária a implementação do subsistema 
de cabeamento de backbone de campus, responsável pela interconexão de prédios. Para esse tipo 
de cabeamento, é aconselhável o uso de cabos de fibra óptica no tráfego de dados e cabos de pares 
trançados multipares para tráfego de voz.
A figura a seguir apresenta a ideia do backbone de campus:
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Unidade III
FD
FD
FD FD
FD FD
FD BD
CD: Distribuidor de campus
BD: Distribuidor de edifício
FD: Distribuidor de piso
Edifício 1
Edifício 1
Backbone de campus
(entre edifícios)
Figura 67 
De maneira similar ao subsistema de cabeamento horizontal, no subsistema de cabeamento de 
backbone de campus é possível utilizar dois tipos de métodos de conexão: cruzada ou interconexão.
Exemplo de aplicação
Para testar um pouco de seus conhecimentos, faça uma visita a uma empresa, ou mesmo onde você 
trabalha, e verifique se o sistema de cabeamento é estruturado.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
 Resumo
Inicialmente, foi mencionando o histórico do cabeamento estruturado 
sempre em uma perspectiva comparativa com os padrões antigos de 
cabeamento de redes. Após 1985, impulsionado pelo desenvolvimento 
das redes de computadores, foi estruturado um padrão de cabeamento. 
Contudo, apenas no ano de 1991 que ocorreu um marco para o 
cabeamento estruturado: o lançamento de um documento inicial com as 
normas de cabeamento geral para clientes, chamado de TIA/EIA-568. Esse 
documento foi atualizado a partir de mudanças sofridas pela indústria de 
telecomunicações, revisado em 1995 e lançado como norma TIA/EIA-568-A.
Apresentou-se também as principais vantagens ao se adotar um 
sistema de cabeamento estruturado, fundamentando ainda mais a 
necessidade de se estruturar o cabeamento como uma comparação de 
situações que envolvem o cabeamento convencional (não estruturado) e 
o cabeamento estruturado.
Foi retomado o assunto classe e categorias de desempenho, enfatizando 
a aderência às principais normas de cabeamento estruturado.
O cabeamento estruturado é um sistema dividido em dois subsistemas: 
subsistema de cabeamento horizontal e subsistema de cabeamento de 
backbone com os seus elementos funcionais: distribuidor de campus 
(CD); distribuidor de edifício (BD); distribuidor de piso (FD); ponto de 
consolidação (CP); tomada de telecomunicações (TO); backbone de 
campus; backbone de edifício.
Além desses elementos e dos subsistemas, foram apresentados 
outros elementos e espaços (locais) de telecomunicações relacionados ao 
cabeamento estruturado: área de trabalho (WA); sala de telecomunicações 
(TR); sala de equipamentos (ER); infraestrutura de entrada (EF).
Em seguida, foram demonstradas as principais normas de cabeamento 
estruturado, com ênfase na principal norma internacional para o 
cabeamento estruturado em edifícios comerciais, a ANSI/TIA-568-C.
Além das normas criadas pela ANSI/TIA, mencionou-se a principal norma 
brasileira, baseada naquela criada pela ISO e mantida no Brasil pela ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas): Norma NBR14565 – destinada 
ao Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais e Data Centers; a sua 
edição mais atualizada está em vigor desde 2013.
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Unidade III
Ainda, foram apresentados os dois subsistemas de cabeamento 
estruturado: horizontal e backbone.
Primeiro, foi definido como subsistema de cabeamento horizontal aquele 
que interliga um distribuidor de piso até a tomada de telecomunicações. O 
termo horizontal advém do fato de os lançamentos dos cabos ocorrerem de 
forma horizontal entre às áreas de trabalho e as salas de telecomunicações.
Os componentes do subsistema de cabeamento horizontal são: cabos 
horizontais; jumpers e patch cords no distribuidor de piso; terminações 
mecânicas dos cabos horizontais nas tomadas de telecomunicações; 
terminações mecânicas dos cabos horizontais nos distribuidores de piso, 
incluindo o hardware de conexão, por exemplo: as interconexões ou 
conexões cruzadas; ponto de consolidação; tomadas de telecomunicações.
Ainda sobre o subsistema de cabeamento horizontal, foram mencionados 
os tipos de conexão em cabos balanceados e também o cabeamento 
horizontal fundamentado no uso de fibras ópticas.
Por fim, a unidade abordou o subsistema de cabeamento vertical, 
conhecido como subsistema de cabeamento de backbone, ou subsistema 
de cabeamento tronco. A sua principal função é interconectar salas de 
telecomunicações, sala de equipamentos e infraestrutura de entrada de 
um prédio.
A unidade foi concluída com as divisões do subsistema de cabeamento 
de backbone: campus e edifício.

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