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GIOVANNI GABRIEL KENNEDY DA SILVA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NOS TRABALHOS EM ALTURA: Uma abordagem segundo a NR-35. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal Fluminense, IFF, como exigência para obtenção do título de Técnico em Segurança do Trabalho. Orientadora: Mônica Manhães Ribeiro. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1 Digite o título do capítulo (nível 2) ........................................................................................... 2 Digite o título do capítulo (nível 3) ....................................................................................... 3 Digite o título do capítulo (nível 1) ............................................................................................. 4 Digite o título do capítulo (nível 2) ........................................................................................... 5 Digite o título do capítulo (nível 3) ....................................................................................... 6 1. INTRODUÇÃO Acidentes de trabalho constituem problema de saúde pública em todo o mundo, com o intuído de preveni–los são desenvolvidas medidas de controle e minimização dos fatores preponderantes para a ocorrência. Um acidente de trabalho ocasiona severas consequências sociais e econômicas ao país, visto que retirar da sociedade um indivíduo economicamente ativo impacta diretamente no desenvolvimento das atividades econômicas. A grande ocorrência de acidentes fatais e/ou com afastamento definitivo do trabalhador de suas funções gera grandes perdas financeiras tanto ao governo, através do pagamento de aposentadoria cada vez mais cedo, quanto à empresa através do pagamento das multas e demais despesas inerentes ao tramite de tratamento do acidente de trabalho. E acima de tudo, a perda ou “anulação” da vida de uma pessoa. A Saúde e Segurança dos trabalhadores deveria ser o “Cargo Chefe” de qualquer organização séria e comprometida. Independente da tecnologia que a empresa disponha, da experiência na área ou de qualquer outro diferencial, o que determina o sucesso em suas atividades são os colaboradores. As pessoas constituem o “insumo” mais importante de qualquer empresa, são elas que alavancam a Organização; sem pessoas nenhum um trabalho segue adiante. Sob este prisma, fica evidente que todas as empresas não devem medir esforços para assegurar a integridade de seu bem mais valioso. Entretanto, mesmo com a difusão da filosofia de preservação da Saúde e Bem- Estar dos funcionários nas organizações e mesmo com o incessante trabalho dos órgãos competentes, ainda há muitos os casos de acidentes de trabalho. O objetivo agora é identificar, mapear e elaborar formas de tornar seguras as atividades ditas potencialmente perigosas ou mais sujeitas à ocorrência de acidentes, neste sentido os profissionais de segurança do trabalho têm voltado a atenção ao Trabalho em Altura. Tal atividade apresenta uma grande frequência de acidentes e tem contribuído muito para o crescimento do quantitativo das ocorrências no Brasil. Em virtude disto recentemente foi elaborada a Norma Regulamentadora 35 (NR 35), que trata especificamente deste tema. A NR 35 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção para execução do trabalho em altura, envolvendo o planejamento e a organização de forma a garantir a integridade física dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente na atividade. 2. ELABORAÇÃO NORMA REGULAMENTADORA 35 A Norma Regulamentadora nº 35 foi elaborada visando reduzir a incidência dos casos de acidentes nas atividades desempenhadas em altura. Neste sentido, podemos, segundo a própria NR 35, definir trabalho em altura como toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. É possível observar que não trata-se de uma altura descomunal, portanto grande parte das atividades em setores diversos enquadram-se em execução de “Trabalhos em Altura”, deste modo é grande a aplicabilidade desta NR. 2.1.1.1. Mas porquê foi elabora a NR 35? No 1º Fórum Internacional de Segurança em Trabalhos em Altura promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) em parceria com Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) no ano 2010 abriram-se as portas para discussão da importância de neutralizar os riscos de uma das principais causas de acidentes do trabalho no Brasil, a realização de atividades em altura. Na sequência o FNE levou ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) uma reivindicação para a Elaboração e Publicação de um Norma Regulamentadora especifica para a área e no dia 27 de março de 2012 foi publicado em Diário Oficial da União (DOU) através da portaria a SIT Nº 313 a NR 35 - TRABALHO EM ALTURA. A Secretaria de Inspeção do Trabalho criou em 06/05/2011, por meio da Portaria no 220, o Grupo Técnico para trabalho em altura, formado por profissionais experientes, constituído de representantes do Governo, Trabalhadores e Empregadores de vários ramos de atividade, que se reuniram em maio e junho de 2011, produzindo o texto base da nova NR. (MANUAL DE AUXÍLIO NA INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA 35, MTE,2012). Devido à grande gama de setores abrangidos pela NR 35, foi estabelecido um prazo diferenciado para a entrada em vigor dos dispositivos normativos. Desta forma, com exceção dos itens do Capítulo 3 e do item 6.4, cujos prazos são de 12 meses, os demais itens normativos vigoraram a partir após seis meses contados a partir da data de publicação da Norma. Apesar do tema apenas ter sido debatido em um encontro oficial no ano de 2010 e de ter sido o FNE o responsável por reivindicar a elaboração da norma junto ao MTE, a necessidade de elaborá-la foi inquirida dos dados estatístico das ocorrências de acidentes fatais ou não, relacionados às atividades desempenhadas diferença de nível. Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes níveis. Os riscos de queda em altura existem em vários ramos de atividades e em diversos tipos de tarefas. A criação de uma Norma Regulamentadora ampla que atenda a todos os ramos de atividade é um importante instrumento de referência para que estes trabalhos sejam realizados de forma segura. (MANUAL DE AUXÍLIO NA INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA 35, MTE,2012). Os acidentes relacionados à quedas de altura representam cerca de 40% das ocorrências no Brasil. No Setor de Construção Civil, que também é o maior responsável por ocorrência de acidentes de modo geral, eles são mais recorrente. Portanto, devido a frequência com ocorre tal modalidade de acidente, foi identificada a necessidade de regulamentar a atividade, culminando no desenvolvimento da NR 35. 3. DIRETRIZES DA NORMA REGULAMENTADORA 35 A NR 35 publicada em 27 de março de 2012, tem por objetivo principal: Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dostrabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. (Norma Regulamentadora 35, Item 35.1.1 E). Observação geral: A Norma não é aplicável às atividades previstas executadas no âmbito do Trabalho Rural. Para efeitos de Regulamentação, conforme dito na introdução, trabalho é altura em caracterizado por qualquer trabalho desempenhado à 2m do nível inferior. Como disposto na Norma Regulamentadora 1 (NR1) para qualquer atividade que ofereça risco ao trabalhador deve-se realizar Análise Preliminar dos Riscos e comunica-los aos trabalhadores. Na NR 35 são estabelecidas as Responsabilidades Básicas de cada participante da atividade, assim como os Treinamentos e Qualificações necessários para a execução do Trabalho, Permissões de Trabalho e EPIs obrigatórios. À Saber: 3.1. Cabe ao empregador: a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma; b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT; C) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura; d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e medidas complementares de segurança aplicáveis; e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas; f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle; g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma; h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura; j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade; k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma. 3.2. Cabe ao Trabalhadores: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma; c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. Direito de Recusa: previsto no art. 13 da Convenção 155 da OIT, promulgada pelo Decreto 1.254 de 29 de setembro de 1995, que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco, conforme conceito estabelecido na NR-3, para sua segurança e saúde ou de outras pessoas. d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho. 3.3. Capacitação e Treinamento: Além dos treinamentos específicos para as atividades que o trabalhador irá desenvolver, a capacitação prevista neste item compreende os treinamentos para trabalho em altura. O programa de capacitação em altura deve ser estruturado com treinamentos inicial, periódico e eventual. O treinamento inicial deve ser realizado antes dos trabalhadores iniciarem suas atividades em altura; o periódico deve ser realizado a cada dois anos. (MANUAL DE AUXÍLIO NA INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA 35, MTE,2012). 3.4. EQUIPAMENTOS DE PROTENÇÃO INDIVIDUAL: 1) Cinturão tipo paraquedista. 2) Talabarte de segurança tipo regulável. 3) Talabarte de segurança tipo absorvedor de energia. 4. Dispositivo trava quedas. 5. Dispositivos complementares para trabalho em altura: a) Fita de ancoragem b) Mosquetão. À saber, conforme NR 35: Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; b) análise de Risco e condições impeditivas; c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; f) acidentes típicos em trabalhos em altura; g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros. REFERÊNCIAS MANUAL DE AUXÍLIO NA INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA 35. MTE.2012. Disponível em: < http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001382F28747230DB/MANUAL%20NR- 35%20REVISADO.pdf>. Acesso em: 12. Out. 2013. NORMA REGULAMENTADORA NR 35- TRABALHO EM ALTURA. TEM. 2012. Disponível em: < http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A3D63C1A0013DAB8EA3975DDA/NR- 35%20(Trabalho%20em%20Altura).pdf>. Acesso em: 12. Out. 2013. NR 35 COMENTADA. TEM.2011. Disponível em: < http://www.sfiec.org.br/palestras/saude/sst-4jornada/1NR35comentada.pdf>. Acesso em: 06. Abr. 2014.
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