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Politica externa das grandes potencias

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INSERÇÃO INTERNACIONAL 
Matéria de Sexta-Feira – Professor Rodrigo Lyra
Aula – 1
Formação dos principais conceitos brasileiros sobre RI;
Contribuição dos governos e da história da PEB;
Identificar e compreender situações históricas;
Análise multidisciplinar – história, PEB e RI.
TEMAS: SND, ONU, Mercosul, Cone Sul, UE, BRICS, IBAS, Segurança e Meio Ambiente.
Enfoque paradigmático
TRI: enfoque norte-americano (Para alguém e para algum propósito).
O que é um paradigma? – explanação do real – ideia de povo, poder, valores, interesses;
No Brasil, 4 paradigmas:
Liberal conservador (1830 – 1930)
Liberalismo europeu: só para a fora (Amado Cervo)
Interesse nacional: interesse da elite?
Diplomacia da agroexportação (Bueno)
Estado Desenvolvimentista (1930-89)
Depressão capitalista, protecionismo, blocos – promover indústria nacional
Nacionalismo econômico
Influência cepalina (Prebisch, DTT, centro-periferia).
Estado Normal (1990-2002)
1990’s eleições liberais
Estado: estabilidade econômica
Conselho de Washington
“Só potências podem ter projeto nacional” Ministro Malan.
Estado Logístico (2003 -?)
Celso Amorim, Samuel Pinheiro Guimarães.
Escola de Brasília (UnB)
Autonomia decisória
Liberalismo + desenvolvimentismo
Apoio logístico aos empreendimentos
AULA – 2 O BRASIL E A OMC
1995: fim da Rodada Uruguai e início da OMC
2015: 20 anos da OMC – total 164 membros = > 98%
Brasil: desde 01/95 na OMC e de 07/48 no GATT 47
- Undertaking - no GATT os países precisavam assinar somente as cláusulas que queriam (acordos, tratados) e na OMC eram obrigados a aceitar tudo o que era imposto (isso era novidade).
- Clausula do Avô: tudo o que foi assinado antes da OMC (provavelmente no GATT, ou antes) iria perder a validade.
- Consenso Negativo: um país deveria conseguir com que todos os outros países aceitassem a proposta deste país, caso algum fosse contra, o tratado não entraria em vigor.
Conferências:
1996: Singapura – 1 Conferência
Proposta de cláusula social / ambiental (temas prováveis a “riscos”) - era um tema favorável para os países ricos, tanto que era do interesse dos EUA, FRA e EU.
Facilitação do Comércio (único tema de interesse do Brasil) – não foi aprovada porque os países ricos não viam vantagens, fazendo com que os países em desenvolvimento fossem contra a cláusula ambiental. A facilitação do comércio ajudaria os países em desenvolvimento.
1999: Seattle – 3 Conferência
Pancadaria anti-globalização
Insistência dos EUA para cláusula social
Fracasso
Brasil queria voltar ao tema da Agricultura. Por quê? – O Brasil tinha grande interesse nesta temática, porém os outros países eram contra porque não poderiam competir com o Brasil, que conseguiu inserir na pauta de agricultura em troca de conversar sobre a cláusula Social/ambiental.
2001: Doha – 4 Conferência
Entrada da China – ninguém prestou atenção, o que é um perigo. China é gigantesca na OMC.
Local de difícil acesso 
11/09 gera clima de solidariedade e cooperação – os países em desenvolvimento não pressionaram os EUA devido ao ocorrido e o EUA se aproveitaram da situação. O Brasil aproveitou a chance e colocou seu exército a disposição dos EUA.
Brasil, Índia e África do Sul – licenciamento compulsório de fármacos – iniciativa do Brasil em pedir por remédios específicos para baratear nos países em desenvolvimento. Países ricos aceitaram porque não tinha como rebater os argumentos do Brasil, dando início a produção de remédios genéricos.
2003: Cancun – 5 Conferência
Fracasso, países ricos não querem falar sobre agricultura.
G20 Comercial – Brasil articula – 20 países agroexportadores com o objetivo de acabar com barreiras comerciais e diminuir o protecionismo dos grandes Estados. G20 FINANCEIRO: criado devido à crise asiática, uma espécie de reunião que acontece a cada 2, 3 anos com grandes economias focado em temas financeiros / divida publica.
Monotemático (somente um tema) – só fala de agricultura.
2005: Hong-Kong – 6 Conferência 
Brasil salvaguardas sem comprovação de danos – O Brasil conseguiu algo que favorecesse seu protecionismo. Salvaguarda é como se o Brasil conseguisse um “tempo” desta importação. Caso afetasse o crescimento de sua indústria nacional o Brasil conseguiria pedir a salvaguarda.
2009: Genebra – 8 Conferência
Crise e criticas ao protecionismo – crise financeira que se iniciou 2008
Entrada da Rússia
Genebra – aconteceu na cede da OMC
2013: Bali – 9 Conferência
04/2013: eleição de Roberto Azevedo – vitória do Brasil na eleição para presidente da OMC / apoio do BRICS + UNASUL contrários ao candidato do México/EUA – os países em desenvolvimento tinham o pé atrás com o candidato do México, devido à aproximação com os EUA - “Países longe de Deus e perto dos EUA”.
Resultados positivos ao Brasil – devido à vitória de Roberto Azevedo para a presidência da OMC / pacote de Bali: facilitação do comércio (desburocratizar), segurança alimentar e acordo parcial agrícola (Sub. À exportação) – é parcial e o assunto não evoluiu.
2017: Buenos Aires – 11 Conferência
Tentativas de acordos de comércio eletrônico, pesca e GT para entrada do Sudão do Sul.
Fracasso, menos para quem? – Para Argentina porque o encontro aconteceu lá
Casos atuais envolvendo o Brasil:
RECLAMANTE: 31 casos;
ALVO: 16 casos;
TERCEIRA PARTE: 114 casos;
Ex.: Setor automotivo: Japão e EU x Brasil
AULA 03 – SDN – Sociedade das Nações / ONU
Liga das Nações (1919-48) – protocolo de Genebra > arbitramento compulsório > desarmamento > ALE entra em 1926, mas não respeitava, pois não tinham regras e foi expulsa em 1939 para a URSS em 1934 que já era comunista, provando que a SND não tinha organização e segurança jurídica, isso abriu possibilidades para que países menores como no caso do Brasil que se achava líder na América Latina pudesse ingressar.
Protocolo de Genebra internacionalizou o arbitramento compulsório: que significava se dois estados entrasse em conflito e a coisa ficasse séria, seria preciso um terceiro estado/juiz ou a própria ONU para intermediar o conflito (isso em geral era para parar a produção de armas, o que deu certo até Hitler começar um novo armamento).
Brasil tenta acento permanente na SDN é recusado e se retira (R. Artur Bernardes, 1922). Brasil com Softpower – Pelé como garoto propaganda da Petrobras, novelas brasileiras transmitidas mundialmente, etc. Como o Brasil já tinha o softpower e queria entrar na SDN para mostrar o seu Hardpower, porém não tinha exército preparado para isso.
A SDN (Sociedade das Nações) coexistiu com a ONU, isso porque os membros se esqueceram de encerrar suas atividades.
2 Criticas
O EUA não respeitou quando invadiu o Afeganistão
Hitler / 2 G.M. ignorou e armou a Alemanha, e nada aconteceu com o país, pois a SDN não tinha força para tal ação.
História da ONU
Carta do Atlântico (1914) 
UK e EUA – discutiram como seria o mundo no pós 1 G.M. (regras de comércio, segurança e política).
Princípios para regular o sistema internacional pós-guerra
Conferência de Dumbarton Oaks (44)
Rascunho da futura ONU
Roosevelt propôs o Brasil como membro permanente, URSS e UK vetam. Stalin dizia que o Brasil era zona de influência dos EUA e porque haveria um desequilíbrio de poder na América Latina já o motivo do veto da UK, ninguém sabe, não existe uma tese para isso.
Declaração das Nações Unidas (42)
26 países contra o eixo – já estava acontecendo a 2 G.M. os aliados já achavam que iriam ganhar mas não tinham noção de como iriam organizar todos os países pós 2 G.M. – reconheciam a importância de criar princípios.
Conferência de Yalta (1945)
Churchill, Roosevelt e Stalin
Direito de veto dos membros permanentes – Stalin apresenta o “veto”, que hoje é a ação mais importante da ONU, sendo necessário apenas um veto para barrar tudo.
Conferência de São Francisco (1945)
50 estados participantes
Aprovação da Carta da ONU – tem origem na Carta do Atlântico
24/10/1945 ONU entra em funcionamento
Estrutura da ONU
Objetivos
Manutençãoe promoção da paz (não houve mais guerras, conflitos sistêmicos, somente conflitos isolados ou pontuais – Mary Kaldor).
Promover direitos humanos.
Princípios (Art.2)
Boa fé, solução de controvérsias e não uso da força – a ONU se difere da SDN, ela tem “dentes” (força).
Estrutura
Assembleia Geral (AG) – composta por todos os membros da ONU, cada estado com direito a 1 voto.
Aprovar resoluções recomendáveis sobre qualquer tema da Carta, inclusive temas de paz e segurança.
Art. 12 – AGNU deve abster-se sobre temas que estejam em debate no CSNU.
Nomear o secretário geral, após indicação do CSNU.
Escolher e eleger membros rotativos do CSNU, ECOSOC e do CT.
Escolher os juízes da CIJ, juntamente com o CSNU.
Conselho de Segurança (CS)
Corte Internacional (CIJ) – 15 juízes com mandatos de 9 anos renováveis.
Função contenciosa e consultiva – Cláusula facultativa (Brasil não).
Conselho Econômico e Social (ECOSOC) – 54 estados com mandatos rotativos de 3 anos.
Conselho de Tutela (CT) – não existe mais (94).
Secretariado Geral (SG) – (56) Art. 99 encaminhar qualquer tema para o CSNU.
Processo Decisório
2/3 questões fundamentais, ex.: entrada de membros (depende da indicação do CSNU).
½ + 1 questões processuais e neste caso não depende muito do CS.
Aula 04 – Conselho de Segurança
São 5 os membros permanentes: EUA, FRA, RUS, UK e CHI
10 membros rotativos: 2 anos não renováveis
Funções: 
Aprovar resoluções vinculantes sobre questões de paz e segurança
Indicar e não eleger o nome do Secretário Geral (SG)
Escolher juízes da Corte Internacional de Justiça (CIJ)
Processo decisório:
9 (5 permanentes + 4 rotativos) – questões substanciais
9 questões procedimentais
Cap. 06 (Solução Pacifica de Controvérsias) e Cap. 07 (Meios de Força)
Peace Making: restauração da paz por meios pacíficos.
Peace keeping: preservação da paz e implementação de acordos.
Peace building: longo prazo para reduzir risco de ocorrência de novos conflitos e capacidades nacionais
Peace enforcement: força militar
Brasil: 50 missões na ONU, 50 mil militares * hoje – Chipre, Republica Centro Africana (RCA), Saara Ocidental, RDC, guiné Bissau e Sudão do Sul.
Brasil no CSNU: 10 mandatos – 46/47, 51/52, 54/55, 63/64, 67/68, 88/89, 93/94, 98/99, 04/05, 10/11 – presente desde o início, apenas 20 anos ausente (68-88)
-Indivíduos sancionados no CSNU
619 indivíduos
422 entidades
Obs.: Al-Quaida – 231 indivíduos
ONU no pós Guerra Fria
Durante a Guerra Fria, houve uso de veto e forma abusiva do CSNU.
Boutros Boutros Ghali: “Empowering the UN” (1992) – década das Conferências.
Atualização da agenda de segurança da ONU:
- identificação de novos conflitos intraestatais (Mary Kaldor) – ênfase da ONU recai sobre indivíduos.
RESPONSABILIDADE DE PROTEGER (R2P)
Gareth Evans (2005) – responsabilidade é do Estado, porém se o próprio Estado praticar violência ou for capaz de coibi-la, a sociedade internacional tomará para si a responsabilidade.
RESPONSABILIDADE AO PROTEGER (RWP) – Brasil
Intervenção na Libia em 2011
Como intervir?
Criticas ao Peace enforcement – Durante a intervenção como podemos barrar / reduzir os abusos da ONU na intervenção? Gerou uma critica ao Peace enforcement porque o Brasil é pacifista e foi ignorado mundialmente e passou vergonha.
Aula 05 – Reforma da ONU
Emenda dos artigos 23 e 27 da Carta. Para alterá-los, é necessário 2/3 da Assembleia Geral mais os membros permanentes (5). *houve reforma apenas 1 vez – 1963:11 – eram 11 agora são 15 membros rotativos.
Questão da descolonização – Anos 1990: propostas de reforma
EUA: Quik Fix – + 2 membros com cadeiras permanentes (JAP e ALE), não deu certo porque a China vetou.
Razali: +2 permanentes (JAP e ALE) + 3 permanentes (África, América Latina (Brasil) e Ásia (Índia)).
2003: ênfase para a reforma; 11/09 retardou as discussões.
2004: Painel de alto nível
Kofi Annan cria o painel de alto nível
16 especialistas (Baena Soares – brasileiro que participou)
101 propostas que abrangiam todos os temas. 101 - por interesse mais midiático e não de fato os interesses.
P (05 + 06) / NP (10 + 03) = 24, sem veto.
P (05) / SP (08), por quatro anos reeleitos indefinidamente / NP (10 + 01) = 24
- O Brasil não gosta da ideia de ser membro semipermanente sem poder de veto.
Em 2004 surge o G4 (Brasil, Índia, Japão e Alemanha)
 do direito de veto
P (05 + 06) / NP (10 + 04) = 25
Blocos Regionais e UE
1948: OECE (Organização e Cooperação Econômica para Europa)
- ainda não é integração
- administrar os recursos do Plano Marshal.
- Acaba em 1961 e se torna OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
1951: CEGA (Comércio Europeu do Carvão e do Aço)
- Neutralizar rivalidades entre FRA e ALE
- Mercado comum para o carvão e o aço
- Supranacionalidade
- FRA + ITA + ALE + BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo):
1957: CEE (Comunidade Econômica Europeia).
Tratado de Roma: CEE + ERATON (um mecanismo de como regular a energia atômica).
União aduaneira -> Mercado Comum.
Política agrícola comum (PAC).
Livre circulação vs. Protecionismo.
1960 – Nem aprofundamento, nem ampliação (período estável).
Supranacionalidade vs. Confederação (De Gaulle) – presidente francês euro pessimista, mega nacionalista que aprova a intervenção do estado na economia.
1970 – Sem aprofundamento mais com ampliação
- crise da euroesclerose - Visava evidenciar os profundos males políticos e econômicos de que padeciam as Comunidades Europeias na época. O termo foi comumente usado para designar um período de estagnação na integração europeia.
- FRA e ALE responsáveis por manter a integração
- 1973: UK, Irlanda e Dinamarca.
Anos 1980 
- 1986 – Ato único europeu;
- Grécia (81), Portugal e Espanha.
Anos 1990
- Avanço
Ano 1992 – Tratado de Maestrich
- Criação da EU
- UE é um sistema de governança multinível (intergovernamental + supranacional – dependendo da noção de pilar, inter ou supra; alterado p/ competências, ou seja, competência que devem ser analisadas de acordo com o tema se é de cerca do estado ou do bloco).
1997: Tratado de Amsterdã – questões sociais
- Acordo de Schengen Noruega, Islândia e Suíça aderiram livre circulação de pessoas.
1998 – Criação do Bacen Europeu – um tipo de banco central que fica em Frankfurt, Alemanha.
2001 – Tratado de Nice – questões sociais + voto de maioria qualificada (50% Estados|62% da população) – O Tratado de Nice abriu, assim, a via para a reforma institucional necessária ao alargamento da União Europeia aos países candidatos do Leste e do Sul da Europa. Modificar a legislação europeia - esquema de voto - requisitos.
2007 – Tratado de Lisboa – 55% Estado | 65% população).
AULA 06 – BRASIL E U.E.
Anos 1950
- JK. Entrada de investimentos – Na construção de Brasilia, como parte das metas de J.K., visavam mostrar ao mundo a evolução do país e que sim, modernizado deixaria um cartão postal de braços abertos para receber investimentos (como seu principal objetivo, as montadoras). O plano não deu tão certo como J.K. previa, visto que neste momento os países do novo bloco estavam mais interessados em fortalecer o bloco em ascensão, mas mesmo assim conseguiu atrair alguns investimentos com montadores que se instalaram no Brasil.
- Dificuldades comerciais, após o CEE (1957) – visto que a CEE se preocupava neste momento com a formação de acordos comerciais com países do bloco europeu do que com países da América Latina.
Anos 1960
- Política Agrícola Comum (PAC) – Em 1960 com o surgimento da PAC houve uma espécie de bloqueio no setor agrícola, ou seja, mantinham-se com o livre comércio apenas com países do bloco. Já para países fora do bloco foram impostas taxas elevadas, sendo essa uma das alternativas de fortalecimento a agroindústria do bloco.
- Acordo de Iondé (1963) preferencias comerciais para ACPs (países africanos) – Preferências comerciais para os países africanos que também são fortes a agricultura devido ao seu clima ser parecido com o do Brasil, assimconseguindo “driblar” a PAC.
- PEI: Missão João Dantas – O Brasil se viu prejudicado com a PAC e a criação da ACPs que beneficiavam países africanos, e buscou como saída alegações de também sermos um paíse “pobre” que precisava exportar nossos produtos agrícolas. Inicialmente para is países do leste europeu (COLESTE).
- 1962: Grupo de Coordenação do Comércio com os países socialistas da Europa Oriental
- COLESTE
- Militares reativaram – No governo de Castelo Branco houve o rompimento das negociações com os países da União Soviética. Que ais tarde foi reatada, com a visão de PEB o posicionamento de aceitação das divergências politicas, uma vez que a relação visava apenas acordos comerciais. Assim, neste novo momento da história o Brasil conseguiu reatar com o COLESTE e retomou o comércio com os países do leste europeu.
- Relações comerciais estremecidas entre Brasil e Leste Europeu após 1964.
- Intensão passa a ser aceitação bilateral das divergências
- Relações comerciais > Politicas
- Guerra da Lagosta – BRA vs. FRA (DeGaulle).
Anos 1970
- Acordo de Lomé: amplia o acesso de mais estados ao ACPs (Países ACP é uma associação de 79 países da África, Caribe e Pacífico formado para coordenar atividades da Convenção de Lomé de 1975.)
- Esclerose afeta comércio com o Brasil – o europessimismo conhecido como esclerose europeia afetaram o comércio com o Brasil.
Anos 1980
- Brasil perde vantagens > Não é mais pobre
- cai os investimentos > crise da dívida, inflação sobe
- Sarney aumenta o diálogo político.
Anos 1990
- Nova imagem do Brasil
- Acordo quadro Mercosul – U.E. (1995): framework
- Cimeira do Rio (1999) – compromisso para livre comércio América Latina – Mercosul e União Europeia.
- II Cúpula das Américas (2001)
- Negociações EU e Mercosul como alternativa a ALCA.
Nos anos 90 o debate neoliberal no auge forçavam a PEB visto que já com a construção de Brasilia, mostravam um pais que praticava o neoliberalismo –privatização da Vale do Rio Doce; e o estado diminuindo seu controle na economia, atuado o mínimo possível. Achando que desta forma atrairiam mais investimentos estrangeiros, pelo fato do progresso de privatizações do governo. E finalmente nos anos 90 é marcado pela primeira integração do Brasil com a U.E. – uma espécie de FRAMEWORK (sentar para discutir alguns planos de comércio).
Anos 2000
- 2004 não houve acordo para i livre comércio. Por quê?
Bitributação da TEC – os país entravam pelo Brasil e recebiam uma tributação, quando saiam do Brasil para outro país di Mercosul, sofria nova tributação.
PAC – o grande interesse do Brasil era nos produtos agrícolas e com a PAC protecionista aos países do bloco impediam o acesso do Brasil.
Regras de Origem – mínimo de 75% insumo nacional e 25% insumos importados.
- 2007 “parceria estratégica”.
- 2010: retomada das negociações para acordo de livre comércio Mercosul e U.E.
- 2016: retomada das negociações durante a XXVI (26) Reunião do Comitê de Negociações Birregionais (CNB) – Mercosul deu sinal de que poderia aceitar novos temas, ex.: propriedade intelectual.
- 2017: Negociações ocorreram em paralelo a 11 Conferência Ministerial da OMC.
- Buenos Aires
- Assinatura pode ocorrer no inicio de 2018 – U.E. ofereceu grandes possibilidades de acesso aos produtos da agroindústria brasileira.
- Ponto fraco para o Mercosul: setor farmacêutico.
AULA 07 – BRASIL E RÚSSIA
1828 - estabelecimentos das relações diplomáticas - O Brasil vivia o período de impérios e as relações diplomáticas estabelecidas entre eles, no caso o império Russo. O CZAR russo encontrou-se com Dom Pedro I, buscando uma maior aproximação vista serem mais conservadores, sistemas autocráticos parecidos e ortodoxos (politicamente falando).
1892 – reconhecimento da republica brasileira pela Rússia. – Por que a demora? – fato foi que em 99 o Brasil tornou-se republica, e os interesses do CZAR eram que a republica caísse em poucos anos e voltasse a ser monarquia. Tempos depois, quando grande parte já havia reconhecido o Brasil como republica, não restou outra opção para a não ser reconhecê-la.
1917 – rompimento das relações diplomáticas por conta da revolução Bolchevique. – após o episódio da revolução dos bolcheviques, no Brasil quem estava no poder não aceitou que o Brasil Republica apoiasse ou mantivesse relações com países comunistas. O Brasil sinalizou pela mídia e para o mundo que não aceitaria o comunismo deixando claro aos EUA que “estamos com você” – principal parceiro do Brasil na época.
1945 – estabelecimentos de relações diplomáticas com a URSS (Gov. Dutra). – No final do governo Vargas, antes de Dultra assumir, usa uma espécie de carta na manga, “ameaçando” os EUA de juntar-se ao bloco soviético para tentar barganhar, o que não deu certo visto que o EUA pouco se importou, ocasionando assim uma espécie de aproximação com os soviéticos. Quando o Gov. Vargas cai Dutra assume e pela sua ideologia mais a direita, rompe essas relações com a Rússia, principalmente por forças maiores.
1951-54 – JK estabelecimento de relações comerciais com a URSS. – Neste governo há o estabelecimento de relações apenas comerciais, como partes do plano de crescimento, que visava atrair investimentos estrangeiros, sejam de lá de onde forem. Sob a ótica que as relações politicas não se cruzavam e o grande interesse estava no comércio, dinheiro – tanto faz EUA e URSS.
1961 – Jango, restabelecimentos de relações diplomáticas com a URSS – nunca mais houve rompimento. - um governo com perfil mais a esquerda. Jango restabeleceu relações diplomáticas com a URSS e vai fazer uma série de medidas mais para esquerda, sem fazer ou implementar o comunismo. Assim, durante seu governo Jango será controlado por uma espécie de parlamento que se formará para operar quanto analises de tomada de decisões. O ponto positivo esteve no fortalecimento das relações Brasil e Rússia, deixado de lado aquelas idas e vindas dos governos anteriores e o Brasil entende o interesse econômico nessas relações.
GOVERNO CASTELO BRANCO
- comissão mista BRA – URSS
- viagem de Roberto Campos à Moscou – No governo Castelo Branco nasce uma comissão mista Brasil e Rússia que versavam apenas para o lado comercial, mesmo os governos e politicas serem diferentes. 
1970 – Avanço das relações comerciais, até então muito temidas; Brasil exporta alimentos e inicia a importação de petróleo. - Em 1970 há um avanço nas relações comerciais até então muito tímidas e importação em larga escala de produtos do setor alimentício, visto que o inverno russo obrigava-os a estocar de um país com clima tropical e importavam um pouco de petróleo brasileiro (parte da ideia de exportação do petróleo nacional). Cabe citar que a África também é um forte fornecedor de alimentos visto que o clima é parecido com o brasileiro.
1980 – Governo Figueiredo: Brasil rejeita o boicote às Olimpíadas e o embargo econômico dos EUA para URSS. – visto que a postura da diplomacia fica cada vez mais pragmática, uma vez que o próprio EUA ensina ao Brasil a manter relações comerciais.
Acordo técnico-cientifica.
1987 – Governos Sarney
- viagem inédita, mas Gobarchev não veio;
- acordo de cooperação de longo prazo: economia, comércio, ciência e tecnologia (1987).
1990 – Crise econômica e politica da Rússia, a relação com o Brasil não é boa, queda nas relações. – o sistema capitalista surgindo como alternativa e a queda do regime URSS, ou seja, uma série de problemas para a Rússia. Com isso o estremecimento das relações comerciais torna-se inevitável.
1995-1997 – 
- Recuperação Russa – em 97 com a recuperação da Russia, há um recorde no acordo bilateral em cerca de 1 bi. Dólares.
- 95 - Acordo Espacial (VLS): sofreu forte pressão dos EUS, preocupados com possíveis violações ao regime de controle de tecnologia de mísseis, ao qual o Brasil aderiu em 1995. – Este acordo sofreu bastante pressão dos EUA, porque apenas eles queriam deter a tecnologia se colocando contra a aceitação por parte do Brasil. Mas o Brasil neste período assinoue justificou seu interesse em proteger e monitorar a Amazônia e como forma de um sistema para interromper o NARCOTRÁFICO e aumentar o controle de suas fronteiras.
- 97 – recorde no comércio bilateral (US$ 16bi).
1998 – Nova crise na Rússia.
2000 – Putin
- estabelecimento da comissão de Alto Nível Brasil / Rússia.
- parceria estratégica Brasil – Rússia (2002)
- relevante participação do vice Marco Maciel, responsável por ampliar debates promovidos em 2000.
Governo Lula
- Avanço do comércio bilateral
- 2011/12: US$ 7 bilhões (destaque p/ carnes, maior importador de carnes do Brasil).
- compra de armamentos (helicópteros de combate). – No governo Lula há um avanço do comércio bilateral, não só com a Rússia mais com outros países. A atuação de empresas, governos e diplomáticos, porque nesta época houve o surgimento de um plano estratégico que avançou, dando sucesso as reuniões da comissão de Alto Nível; hoje com compromissos entre outros países.
AULA 08 – OS 5AS
Os 5 As:
- Aliança: inicio da Republica;
- Alinhamento: 1 GM até Vargas
- Autonomia: 1970, Geisel
- Ajustamento: década de 1990
- Afirmação: anos 2000
Séc. XIX ainda não havia relações muito expressivas no I Reinado. No II Reinado, Brasil evita subordinação às grandes potências.
- Questões Amazônia: EUA queriam fixar colonos na Amazônia; O Brasil abre pontualmente a navegação dos rios amazônicos.
- Conferência Pan-americana em Washington
1 momento – Brasil imperial (Lafayete) – AUTONOMIA
2 momento – Brasil Republica (Salvador de Mendonça) – SUBORDINAÇÃO
Em um primeiro momento o Brasil buscou uma maior autonomia, em vista a Conferência Pan-Americana que tinha por objetivo fazer sua politica na América. Em um segundo momentos trocaram nossas diretrizes e os diplomatas também sendo essa sua transição abrupta, uma vez que o Brasil buscou o alinhamento “subordinação” aos EUA.
Séc.XX
- Barão do Rio Branco (1902-2)
Americanismo pragmático
Diplomacia de prestigio: embaixada em Washington 1905 – Joaquim Nabuco
Aumento do comercio bi-lateral.
Após Barão, chanceleres preservam o americanismo mais perdem pragmatismo. – Já no séc. XX Barão do Rio Branco delegou a Joaquim Nabuco, o representante da administração brasileira no exterior (EUA), sendo essa diplomacia de prestigio e em vista do americanismo pragmático e como usar os EUA para o nosso interesse sem forçar. Deu certo. Com a saída de Barão em 1912 toda essa politica volta a ser o que era, perde prestigio, colocando-se em uma espécie de alinhamento – FAZ TUDO QUE OS EUA QUEREM.
- Era Vargas (1930)
Roosevelt: politica da boa vizinhança para substituir o “big stick”: Zé Carioca, Carmem Miranda.
Equidistância pragmática
Acordo comercial BRA-EUA (1935)
Acordo comercial BRA-ALE (1936-38) – em 1930, movimento do totalitarismo Rossevelt faz a politica da boa vizinhança muito feita por Vargas, chamado pela escritora Monica Hist de equidistância pragmática. Getulio no período de guerra entre Alemanha e EUA pensou de qual lado ficar? Do que me der mais! Sendo esse um período caracterizado por barganhas. Tenta um acordo com os EUA e tudo o que fora prometido ao Brasil não aconteceu, apenas no plano discurso e Getulio percebendo essa façanha, assinou o mesmo acordo com a Alemanha e depois os EUA quiseram voltar atrás, preocupados mais os dois acordos estavam andando, por isso equidistância pragmática, numa época em que o nazismo e outros modelos estavam e alta o Brasil tomara uma posição neutralizada. E em 38 o EUA pressionou o Brasil para romper seu acordo com a Alemanha e alinhar-se com eles.
- Governo Vargas (1951-54)
Pragmatismo impossível – um governo mais democrático em 1951-54 tentou fazer: “EUA se não me derem apoio e financiamento, irei buscar com a URSS”. Não deu certo, primeiro porque o EUA sabia que Vargas estava longe de ser comunista – Por isso chamamos de pragmatismo impossível. Foi apenas uma jogada, forçando um lado para garantir seus interesses e segundo porque o Brasil já não era mais estratégico para os EUA.
- Governo J.K (1956-60)
Alinhamento
Base de rastreamento de foguetes (Fernando de Noronha). – irá virar um alinhamento no governo JK porque visava buscar investimentos no exterior, assim quanto menor forem os confrontos, maiores são as chances de atraí-los, principalmente como estratégia para atingir seu plano de metas.
- PEI (1961 – 1964) – Politica Externa Independente.
Medidas nacionalistas
Limitação da remessa de lucros
- Golpe Militar
Apoio dos EUA - > Operação Brother Son (apoio...) – Entre 61-64 a PEI visava diversificar as parcerias, não buscar alinhamento com os EUA e internamento buscar politicas nacionalistas, que iam de encontro ao limite do que era nacionalista e comunista o que acabou chamando a atenção dos EUA, com os movimentos internos e como estavam tomando fôlego. Até o golpe acontecer em 64, com apoio formal através de uma operação chamada de Brother Son, com o envio de navios americanos a costa, mas não foi preciso. Uma vez que o golpe teve amplo apoio da elite.
AULA 09 – RELAÇÃO BRASIL E EUA (CONT.)
Regime Militar (1964-1985)
Castelo Branco (64-67) – alinhamento aos EUA, rompimento com Cuba, auxilio à intervenção na Republica Dominicana (64) e medidas econômicas favoráveis (Campos). – politica de alinhamento com os EUA. Irá procurar não discordar em nada com a PE Americana e o rompimento com Cuba.CO Ministro Roberto Campos era um liberal (estado mínimo e propriedade privada) incorporou medidas favoráveis ao EUA – Campos foi um dos maiores economistas do Séc. 20.
Costa e Silva (67-69) – único governo militar a alinhar-se com EUA.
- diplomacia a prosperidade
- rivalidade emergente com os EUA
- Rejeição ao TNP – Já no governo Costa e Silva, não há um resgate a politica externa independente mais sim um retorno da autonomia da PEB. Diplomacia de Prosperidade, uma diplomacia que traria investimentos externos para o país, angraria maiores investimentos, o que importa é o dinheiro. Neste período não ocorre alinhamento com os EUA, neste período metade do mundo era comunista e o Brasil queria negociar com mais parceiros. Rejeição ao TNP, o Brasil não assinou o tratado porque teria seus interesses, por exemplo o enriquecimento de uranio. Depois o Brasil, assina mas neste período foi “empurrando com a barriga”.
Mécide (69-74)
- Diplomacia do interesse nacional
- busca de relações satisfatórias, mas sem subordinação
- apoio aos golpes militares na América do Sul (Doutrina Nixon) - 
Geisel (74-79)
- Diplomacia responsável e ecumênica.
- Apoio ao voto anti-sionista.
- Rompimento do acordo militar com os EUA de 52.
Figueiredo (79-85)
- Continuidade à autonomia
- Rejeição ao embargo econômico contra a URSS e as Olimpíadas de Moscou
- Criticas a intervenção militar dos EUA em Granada (1983).
REDEMOCRATIZAÇÃO
Sarney (85-90)
- renovações de credenciais
- “Encapsulamento de crises” com os EUA
- Brasil sob investigação na seção 301 do American Trade Act.
Anos 90
- ajustamento das relações com os EUA
- Estabilização macroeconômica
- NÃO alinhamento ou subordinação
Lula e Dilma
- dialogo estratégico: mas NÃO há parceria estratégica
Relações maduras, ampla cooperação bilateral
2015 – viagem de Dilma aos EUA
2016 – Ministro Mauro Vieira visita os EUA III Reunião da Comissão Brasil – EUA de Relações Econômicas e Comerciais e IV Cúpula de Segurança Nuclear.
Ministro José Serra mantém encontro bilateral com o secretário de Estado John Kerry. 
2017 – Ministro Aloysio Nunes visita EUA e se reúne com o secretário de Estado Rex Tillerson.
ECONOMIA
- EUA é o segundo maior parceiro comercial do Brasil - /US$ 46 bi. (2016).
- EUA é o principal destino de exportação dos produtos brasileiros manufaturados e semifaturados.
- EUA é o país com maior volume de IED no Brasil. (US$ 116 bi – 2016).

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