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13. TEORIA DOS DIREITOS SUBJETIVOS
13.1. Direito Subjetivo
O Direito Subjetivo, também denominado por alguns como direito-faculdade, direito-poder ou direito-prerrogativa. Esse direito é aquele de que nos valemos diuturnamente, configurando-se como um verdadeiro poder de que dispomos, onde reina a nossa vontade.
O direito subjetivo surge da relação jurídica, ou seja, para que exista um direito subjetivo deve existir como antecedente lógico a relação jurídica.
13.2. Relação jurídica
A vida em sociedade produz relações sociais, que normadas ou protegidas pela ordem jurídica, transforma-se em relações jurídicas. As relações jurídicas são as relações sociais a que o sistema jurídico dá real ou singular importância, na medida em que as qualifica com o intuito de protege-las e prever-lhes consequências.
Assim, só haverá relação jurídica se a relação social estiver normada pelo direito. Relação jurídica é o vínculo social regulado pelo direito.
13.2.1. Elementos da Relação Jurídica
A relação jurídica possui os seguintes elementos:
Sujeitos (ativo e passivo);
Vínculo de atributividade;
Objeto (imediato e mediato);
Fato propulsor; e
Proteção jurídica.
13.2.1.1. Sujeitos de Direito
A relação jurídica dá-se entre os sujeitos de direito. O sujeito ativo é o titular do direito subjetivos de ter ou de fazer o que a norma jurídica não proíbe. O sujeito passivo é o que deve respeitar o direito do ativo, é titular de um dever jurídico.
13.2.1.2. Vinculo de Atributividade
O vínculo de atributividade é o liame jurídico que existe entre os sujeitos de direito. A ligação ou nexo entre as partes é estabelecida pela lei ou pela vontade humana (negócio jurídico).
É o vínculo que confere a cada um dos participantes da relação o poder de pretender ou exigir algo determinado ou determinável.
13.2.1.3. Objeto
A relação jurídica sobre um objeto, o bem jurídico. Bem é a coisa, res, objeto existe em função da relação jurídica, fixada a partir da vontade humana ou da lei. Somente pode ser objeto de direito o bem suscetível de valoração econômica ou moral.
A relação jurídica incide sobre um objeto imediato, que é a prestação devida pelo sujeito ativo, por ter a permissão de exigir uma obrigação de dar, fazer ou não fazer; e sobre um objeto mediato, que é o bem móvel, imóvel ou semovente, sobre o qual recai o direito, abrangendo ainda os direitos da personalidade.
 Verifica-se o objeto imediato através das formas de cumprimento obrigacional (obrigação de dar, fazer e não fazer). O poder do sujeito ativo recai sobre um objeto imediato. O sujeito passivo deverá cumprir a prestação obrigacional, limitando sua liberdade, pois deverá dar, fazer ou não fazer algo em atenção ao interesse do sujeito ativo. Infere-se daí que o sujeito ativo tem o direito de exigir do sujeito passivo uma obrigação.
O objeto mediato é o bem jurídico (coisas ou pessoas). Bens jurídico são as coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico ou moral e que podem servir de objeto a uma relação jurídica.
13.2.1.4. Fato Propulsor
A relação jurídica surge de um fato propulsor. O fato propulsor é aquele que cria a relação jurídica, surgindo assim os direitos subjetivos. O direito objetivo é o conjunto de normas, sendo que o direito subjetivo não surge diretamente, havendo um fato propulsor, que a doutrina denomina fato jurídico. 
Podemos vislumbrar os fatos jurídicos em sentido amplo (lato sensu) e os em sentido estrito (stricto sensu). Os fatos jurídicos em sentido amplo abrangem os fatos humanos (ato jurídico) e naturais (fato jurídico em sentido estrito).
O fato jurídico lato sensu é o acontecimento que origina os direitos subjetivos e consequentemente cria relação jurídica, concretizando o preceito de direito. Realmente, do direito objetivo não surge diretamente o direito subjetivo; é necessário um fato ou causa, que se denomina fato jurídico.
O fato jurídico stricto sensu seria o acontecimento independente da vontade humana, produzindo efeito jurídico, podendo ser ordinário como a morte, nascimento, maioridade; e extraordinários, como o caso fortuito e de força maior.
Para a configuração de caso fortuito e de força maior exige-se a presença de dois requisitos: objetivo (inevitabilidade do evento) e o subjetivo (ausência de culpa na produção do acontecimento). A força maior surge de um fenômeno da natureza, por exemplo, raio, inundação, terremoto, etc., sendo, pois, inevitável. A força maior pode ser um fato previsto, mas superior às forças humanas, não podendo ser evitado.
O caso fortuito pode ser causado por fato de terceiro como greve, motim etc. O caso fortuito é imprevisível, entretanto, se previsto pode ser evitado. O caso fortuito é fruto do acaso.
O ato jurídico em sentido estrito é o que gera consequências jurídicas previstas em lei e não pelas partes interessadas, não havendo regulamentação da autonomia privada. Os atos jurídicos são ações humanas que estão de acordo com o sistema jurídico, podendo ter efeitos ou consequências previstas em lei.
13.5. Classificação dos Direitos Subjetivos
Entendemos que a classificação que melhor se coaduna como nosso objeto de estudo é a proposta por André Franco Montoro, que o faz tomando como critério: o sujeito ativo, o sujeito passivo, o objeto de direito e a finalidade do direito, conforme abaixo demonstramos:
Direitos Individuais
Sujeito Ativo 		Direitos Institucionais
Direito Individuais e Institucionais
Direito Absolutos
Sujeito Passivo
Direitos Relativos
Direitos Reais
Objeto 	Direitos Obrigacionais
Direito Personalidade
 	Direito-Interesse
 Finalidade
 	Direito-Função
Direitos Individuais: são os direitos próprios e exclusivos dos indivíduos. Ex.: o direito de votar e ser votado.
Direitos Institucionais: são os direitos próprios e exclusivos de instituições. Ex.: o direito de ingressar com Ação Civil Pública.
Direitos Individuais e Institucionais: são os direitos comuns a indivíduos e instituições. Ex.: direito de propriedade.
Direitos Absolutos: são aqueles que são dirigidos a sujeitos passivos indeterminados, ou seja, a todos os membros da comunidade, sendo certo que todos são obrigados a respeitar.
Direitos Relativos: são aqueles que tem sujeito passivo determinado; como por exemplo, o direito do locador de receber aluguéis é relativo a determinado devedor (locatário).
Ainda, no que tange ao sujeito passivo, vislumbramos os denominados direitos subjetivos públicos. O direito subjetivo público é aquele que se exerce ou se opera em face do Estado. Assim, sempre que o sujeito passivo da relação jurídica for o Estado, fala-se em direito subjetivo público.
Reiterando, é o direito subjetivo a autorização dada pela norma de direito objetivo, para que determinada pessoa reclame de outra pessoa, também determinada, o cumprimento de certa prestação. O credor da prestação, ou o sujeito ativo da relação jurídica tem o direito subjetivo; o devedor, ou o sujeito passivo da relação, tem o dever subjetivo. Se a relação jurídica é de direito privado, temos direitos privados subjetivos; todavia, sendo de direito público, e estando o Estado no polo negativo da relação jurídica, isto é, como devedor, notamos os direitos públicos subjetivos do indivíduo; caso contrário, ou seja, encontrando-se o Estado no polo positivo da relação jurídica, observamos os direitos públicos subjetivos do Estado e o dever público subjetivo dos indivíduos. Assim, quando o Estado tributa, expropria, convoca para o serviço militar, exige cumprimento do dever do voto etc.
Direito da Personalidade: são os direitos de defender caracteres próprio da pessoa, como, por exemplo, a integridade física e moral.
Direitos Reais: são os direitos sobre coisas materiais e imateriais, como o direito propriedade.
Direitos Obrigacionais: são os direitos sobre uma ação ou prestação de outra pessoa; chama-se, por isso, também direitos pessoais.
Direito-Interesse: é o que tem por finalidade o benefício ou interesse por próprio titular, com o direito à vida.Direito-Interesse é aquele que quando exercido beneficia o próprio titular do direito. 
Direito-Função: instituído em função de outras pessoas, é aquele cuja finalidade não é benefício do titular, mas de outras pessoas, como os direitos do pai em relação ao tutelado e, em geral, os direitos ou poderes das autoridades, que lhes são concedidos, não para seu interesse próprio, mas para benefício social, como, por exemplo, o legislador que legisla em benefício da coletividade. O Direito-Função quando exercido pelo titular do direito, beneficia terceiros.

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