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Prova 4 Teoria Geral do Direito INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURIDICAS • Toda norma jurídica precisa ser interpretada. • Toda interpretação identifica o significado das coisas • Aplicação pressupõe interpretação • Interpretar é descobrir o sentido da norma O que é interpretar?(Buscar os:) - Precedentes (história) - Conexões com o ordenamento - Novas exigencias sociais - Finalidade Quais as funções da interpretação? - Conferir aplicabilidade - Estender o sentido da norma - Temperar o alcance - Corresponder às necessidades reais e atuais de caráter social Sistemas possíveis de serem adotados pelo interprete - Dogmático; técnico jurídico tradicional (não pode modificar a lei) - Histórico evolutivo - Livre pesquisa ou livre criação do direito DIREITO SUBJETIVO - O direito objetivo é o conjunto das regras jurídicas; direito subjetivo é o meio de satisfazer interesses humanos (hominum causa omne jus constitutum sit). O segundo deriva do primeiro. - O Direito Subjetivo se caracteriza por ser um atributo da pessoa. Este faz dos seus sujeitos titulares de poderes, obrigações e faculdades estabelecidos pela lei. Em outras palavras o direito subjetivo é um poder ou domínio da vontade do homem, juridicamente protegida. É uma capacidade própria e de competência de terceiros. Direito, em sentido subjetivo, quer significar o poder de ação assegurado legalmente a toda pessoa para defesa e proteção de toda e qualquer espécie de bens materiais ou imateriais. Em conseqüência, o Direito (norma agendi) vem assegurá-lo, dando o remédio jurídico (ação correspondente), que impede qualquer violação ou lesão manifestada contra ele. A ação é parte constitutiva do direito subjetivo, pois é o próprio direito em atitude defensiva. Portanto, é imprescindível o reconhecimento, pelo direito objetivo, de que determinado interesse deve ser protegido, deve ter o direito de ser protegido. A norma de direito objetivo tem como uma de suas características ser genérica, isto é, não se aplica a Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves ninguém em particular, mas apenas àqueles que socorrendo-se do preceito que encerra, encontram nela guarida à sua pretensão. - O direito subjetivo apresenta-se sempre em uma relação. O sujeito ativo da relação é o portador do direito subjetivo, enquanto o passivo é o titular do dever jurídico. Direito objetivo = norma agendi = conjunto de preceitos que organiza a sociedade; Direito subjetivo = facultas agendi = faculdade de agir garantida pela regra jurídica. • O direito subjetivo abrange duas esferas: Licitude: que consiste exatamente no âmbito da liberdade que tem o indivíduo de se movimentar dentro dos limites a todos impostos em virtude de lei, sem ser impedido ou molestado por qualquer pessoa; Pretensão: é a aptidão que o direito subjetivo oferece ao seu titular de recorrer à via judicial, a fim de obter do sujeito passivo a prestação que lhe é devida. Assim, o direito subjetivo consiste na possibilidade de agir e de exigir aquilo que as normas de direito atribuem a alguém como próprio. Na ordem social, o direito objetivo define os direitos subjetivos, pois que, ao requerer alguma providência judicial, o interessado deve fundamentar seu pedido em determinados dispositivos que integram o ordenamento jurídico. Assim, somente através da existência das normas jurídicas, existe direito subjetivo, vez que este é efeito de eficácia dos fatos jurídicos, os quais só existem com a incidência da norma no fato social. Logo, o direito subjetivo é posterior à norma. • O direito subjetivo pode ser identificado por três elementos: a) Um direito subjetivo sempre corresponde a um dever jurídico; b) Esse direito é passível de violação mediante o não cumprimento do dever jurídico pelo sujeito passivo da relação; c) O titular do direito pode exigir a prestação jurisdicional do Estado, porque ele tem a iniciativa da coerção. Por outro lado, não se pode confundir o direito subjetivo com a mera faculdade jurídica, porquanto a esta se encaixa o princípio da autonomia da vontade (a outra parte não possui um dever jurídico). A faculdade jurídica não se opõe correlatamente um dever jurídico da outra parte, o que caracteriza, como vimos, a existência de um direito subjetivo. • Estrutura do Direto Subjetivo - Bilateralidade: ↳ Sujeitos: ➢ Determinados (Fisicos/ Jurídicos) ➢ Indeterminados (Sociedade/ Coletividade) ➢ Ocultos ➢ Inexistentes (Nascituros) - Reconhecimento de um direito: ↳ Esse direito autoriza uma conduta; Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves ↳ Conduta garantida pelo direito. * O direito subjetivo está ligado a atribuição de um direito - Garantia ↳ Além da pretenção jurídica ele tem a garantia que o Estado vai garantir seu direito. * Um direito subjetivo requer a presença de três elementos: Um Sujeito (titular do direito), Um Objeto (fim específico da relação: uma coisa, a própria pessoa ou outrem.) e uma Relação Jurídica (vínculo existente entre as pessoas e coisas). - Para que exista direito subjetivo é necessário o reconhecimento jurídico deste direito. (ou: se a lei não proíbe significa que ela permitiu) • Quanto à sua classificação, os direitos subjetivos podem ser: - Públicos: Nesta categoria, ocorre uma primazia dos interesses que afetam todo o grupo social; ↳ Envolve em um dos polos (polo ativo -exigindo-, ou polo passivo -sendo exigido-), obrigatóriamente, um ente público (Estado). - Privados: Se dão entre entes privados; - Não Patrimoniais: Não podem ser quantificados financeiramente ↳ Personalíssimos: são relativos à essência do ser humano (integridade física, psíquica e moral). ↳ Familiares: decorrem das relações de parentesco familiar e conjugais (poder parental, por exemplo). ⤿ Direitos não patrimoniais são: inalienáveis, intransitáveis, irrenunciáveis, imprescritíveis - se extinguem com a morte, apenas-. inatos (por serem inerentes a pessoa, lembrar dos do que foi estudado em civil sobre direitos da personalidade) - Patrimoniais: Podem ser quantificados financeiramente ↳ Reais: quando se trata de um direito sobre uma coisa; ↳ Pessoais/ obrigacionais: quando se trata de uma posição jurídica que possibilita a cobrança de uma prestação. ⤿ Direitos patrimoniais são: alienáveis; prescritíveis; relativos; renunciáveis; adquiridos; possuem sucessão hereditária. Faço aqui um adendo para classificações não passadas em sala (não no meu caderno), porém existentes para os direitos subjetivo, são elas: - Absolutos: quando são oponíveis erga omnes, ou seja, quando são válidos para qualquer pessoa, devendo ser observado por todos. Exemplo: direito de propriedade. - Relativos: quando dizem respeito apenas aos envolvidos em determinada relação jurídica. Exemplo: contrato de locação, que vincula apenas as partes pertencentes à relação. - Transmissíveis: quando os direitos podem ser repassados a terceiros, como no caso dos direitos reais, que são suscetíveis de transferência. - Intransmissíveis: quando não permitem essa transferência a outra pessoa. É o caso dos direitos personalíssimos, que, por serem inerentes a cada pessoa, não poderão ser repassados. - Principais: quando os direitos possuem existência autônoma, independente de outro. Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves - Acessórios: dependem da pré existência de outro direito, e com ele se relaciona. Renunciáveis: quando a pessoa decide por não exercê-lo, mesmo que não tenha a intenção de transferi-lo. Exemplo: renuncia à herança. - Irrenunciáveis: quando não aceitam que o titulardeixe de exercê-lo. Exemplo: direitos personalíssimo. • Teorias que Justificam sua Existencia - Teoria da Vontade: a lei autoriza e o homem quer. ⤿ Haveria direito subjetivo quando alguém se achasse autorizado pelo direito a agir em certo sentido. ↳ Nega/ não justifica a existência de direito subjetivo para aqueles que não podem expressar sua vontade/ em situações independentes da vontade. ⤫ Entretanto, a existência do direito subjetivo não depende da vontade de seu titular. Este pode adquirir direitos independentemente de sua vontade, se for menor, incapaz ou ausente. O direito subjetivo pode, até, existir sem que seu titular, embora capaz, tenha dele consciência, como, por exemplo, o indivíduo que, premiado pela Loteria, não comparece para receber o prêmio, por desconhecer sua boa fortuna (motivo por esta teoria não ser bem aceita). - Teoria da Garantia: se baseia na ideia de que o poder judiciário reconhece as relações jurídicas e ações jurídicas. ⤿ O direito subjetivo seria a possibilidade de fazer a garantia da ordem jurídica tornar efetiva a proteção do direito (o que implica em certa dessubstancialização) - Teoria do Interesse: o direito subjetivo surge do atendimento das necessidades do indivíduo. Do interesse do indivíduo atender sua vontade e do direito defender esses interesses. ⤿ Afirmou ser o direito subjetivo o interesse juridicamente protegido. O direito subjetivo se constituiria de dois elementos: o material, representado por um interesse, e o formal, consubstanciado na proteção desse interesse pelo direito objetivo. ⤫ O direito subjetivo seria, por isso, o interesse tutelado pela norma jurídica. Isto, porém, é confundir o objeto do direito com seus elementos constitutivos: o interesse não é elemento, é objetivo do direito. Outra teoria popular. porém não foi citada em sala: - Teoria Ecética: se caracteriza por uma junção das teorias do interesse e da vontade, devido a insuficiência destas mesmas, haja vista que o direito subjetivo não seria apenas a vontade, ou exclusivamente o interesse, mas a conjugação de ambos.. ↳ A completude da natureza dos direitos subjetivos de dá pela união de vontade e interesse jurídico. * O direito subjetivo se expressa por meio de relações jurídicas. • Aquisição do Direito Subjetivo ☞Por Força de lei ☞Por vontade Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves Bianca Gonçalves ↳Unilateral ⤿ Depende apenas da vontade daquele que adquire o direito ↳Bilateral ⤿ Depende de mais de uma vontade (como no caso da compra ou da venda, um precisa estar interessado em vender e o outro em comprar) ☞Originária ↳ Quando o direito é adquirido sem ser passado, como adquirir coisa sem dono (quem adquire o direito é seu primeiro proprietário) ☞Derivada ↳ Quando o direito é transferido de seu antigo dono para o novo sujeito de direito ☞A titulo universal ↳ O adquirente substitui o seu antecessor na totalidade de seus direitos ou numa cota ideal deles, tanto nos direitos como nas obrigações. Ex.: o herdeiro; ☞A titulo particular ↳Quando se adquire uma ou várias coisas determinadas, apenas no que concerne aos direitos. Ex.: o legatário, que herda coisa individualizada. ☞Por ato inter vivos ↳ será adquirida mediante um negócio jurídico realizado entre pessoas vivas ☞Por ato mortis causa ↳ A morte do antigo dono do direito é o pressuposta da aquisição. Ex: herança. As setas inseridas foram pesquisadas fora do tema de direito subjetivo a fim de melhor explicar e exemplificar (ou seja, não estavam no caderno) • Modificação do Direito Subjetivo Os efeitos do direito subjetivo podem ser modificados ↳ Termo ↳ Condição ↳ Encargo • Extinção do Direito Subjetivo ↳ Perecimento do objeto ↳ Alienação ↳ Renuncia ↳ Prescrição ↳ Decadencia Relação Jurídica Sujeitos Objeto Nexo de causalidade Ponível erga omnes Direito/ Sujeito/ Coisa - Indefinição - Indeterminação - Injustamente Bianca Gonçalves
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