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CAP 10 - PODER DE MERCADO MONOPÓLIO E MONOPSÔNIO

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Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
120 
PARTE III 
ESTRUTURA DE MERCADO 
CAPÍTULO 10 
PODER DE MERCADO: MONOPÓLIO E MONOPSÔNIO 
OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR 
 Este capítulo aborda ambos o monopólio e o monopsônio, ressaltando a 
semelhança entre esses dois tipos de poder de mercado. O capítulo começa com uma 
discussão do monopólio, nas seções 1 a 4. A Seção 5 analisa o monopsônio, 
apresentando, em seguida, uma comparação instrutiva do monopólio e do 
monopsônio. A Seção 6 discute as fontes do poder de monopsônio e os custos sociais 
derivados desse tipo de poder de mercado, e a Seção 7 conclui o capítulo apresentando 
uma discussão da legislação antitruste. Caso o curso careça de tempo, pode ser uma 
boa idéia estudar apenas as quatro primeiras seções desse capítulo, referentes ao 
monopólio, deixando de lado o restante do capítulo. A última parte da Seção 1, 
relativa à empresa com múltiplas instalações, também pode ser deixada de lado caso 
necessário. Cabe notar que a Seção 7 pode ser discutida independentemente das 
seções 5 e 6. 
 Embora a regra geral para a maximização dos lucros já tenha sido apresentada 
no Capítulo 8, é recomendável rever os conceitos de receita marginal e elasticidade-
preço da demanda por meio de uma cuidadosa derivação da Equação 10.1. A 
derivação dessa equação permite elucidar a geometria da Figura 10.3; para tanto, 
deve-se ressaltar que, nos níveis de preço e quantidade que maximizam o lucro do 
monopolista, a receita marginal é positiva – o que significa que a demanda é elástica. 
 A Equação 10.1 também leva diretamente à discussão do Índice de Lerner, na Seção 
10.2, que proporciona uma análise bastante frutífera do poder de mercado do 
monopolista – permitindo, por exemplo, analisar o caso em que Ed é grande (devido à 
existência de substitutos próximos) e, portanto, em que: (1) a curva de demanda é 
relativamente horizontal, (2) a curva de receita marginal é relativamente horizontal 
(apesar de mais inclinada do que a curva de demanda), e (3) o monopolista tem pouco 
poder para elevar o preço acima do custo marginal. Essas questões podem ser 
discutidas em maior detalhe com o uso de uma curva de demanda não linear, a partir 
da qual é possível mostrar, por exemplo, a curva de receita marginal associada a uma 
curva de demanda com elasticidade unitária. A apresentação desse conceito torna 
mais clara a discussão subsequente acerca do efeito da cobrança de um imposto sobre 
um monopolista com demanda não linear (Figura 10.5). 
 Os custos sociais do poder de mercado são um bom tópico para discussão em 
sala de aula, que pode ser motivado por meio da comparação entre as perdas de peso 
morto derivadas do monopólio e aquelas associadas à intervenção governamental no 
mercado (apresentadas no Capítulo 9). É interessante, por exemplo, comparar a 
Figura 10.10 com a Figura 9.5. Os Exercícios (9), (13), e (15) abordam o conceito de “curvas de receita marginal quebradas”, apresentado na Figura 10.11; logo, caso haja 
interesse em discutir tais exercícios, é recomendável estudar a figura em detalhe. 
Cabe notar que, apesar de complicada, a Figura 10.11 pode contribuir para a 
compreensão do conceito de demanda quebrada, discutido no Capítulo 12. 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
121 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
1. Suponha que um monopolista estivesse produzindo em um ponto no qual 
seu custo marginal fosse maior do que sua receita marginal. De que forma 
ele deveria ajustar seu nível de produção para poder aumentar seus lucros? 
Quando o custo marginal é maior do que a receita marginal, o custo 
incremental da última unidade produzida é maior do que a receita 
incremental. Logo, a empresa aumentaria seu lucro se não produzisse a 
última unidade. A empresa deveria continuar a reduzir a produção, 
reduzindo o custo marginal e aumentando a receita marginal, até 
igualar o custo marginal à receita marginal. 
2. Expressamos o markup percentual do preço sobre o custo marginal na 
forma (P - CMg)/P. Para um monopolista maximizador de lucros, de que 
forma este markup depende da elasticidade da demanda? Por que este 
markup pode servir como medida do poder de monopólio? 
Pode-se mostrar que essa medida de poder de mercado é igual ao inverso 
da elasticidade-preço da demanda (multiplicado por –1): 
 
DEP
CMgP 1 
A equação implica que, à medida que a elasticidade aumenta (ou seja, a 
demanda se torna mais elástica), o inverso da elasticidade diminui e, 
portanto, o poder de monopólio também diminui. Conseqüentemente, à 
medida que a elasticidade aumenta (diminui), a empresa passa a possuir 
menor (maior) poder para cobrar um preço acima do custo marginal. 
3. Qual o motivo de não existir curva de oferta em um mercado sob 
monopólio? 
A decisão de produção do monopolista depende não apenas de seu custo 
marginal, mas também da curva de demanda. Os deslocamentos da 
demanda não definem uma série de preços e quantidades que possam 
ser identificados como a curva de oferta da empresa, levando, em vez 
disso, a mudanças no preço, na quantidade, ou em ambos. Isso significa 
que não há uma relação direta entre o preço e a quantidade ofertada e, 
portanto, que não existe curva de oferta em um mercado sob monopólio. 
4. Por que uma empresa poderia possuir poder de monopólio mesmo não 
sendo a única produtora do mercado? 
O grau de poder de monopólio, ou poder de mercado, de que uma 
empresa desfruta depende da elasticidade da curva de demanda com que 
ela se defronta. À medida que a elasticidade da demanda aumenta, isto 
é, à medida que a curva de demanda se torna menos inclinada, o inverso 
da elasticidade se aproxima de zero e o poder de monopólio da empresa 
diminui. Logo, desde que a curva de demanda da empresa não seja 
infinitamente elástica, a empresa possui algum poder de monopólio. 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
122 
5. Cite algumas fontes do poder de monopólio. Dê um exemplo de cada 
uma. 
O poder de monopólio de uma empresa depende da facilidade com que 
outras empresas são capazes de entrar na indústria. Existem várias 
formas de barreiras à entrada, tais como os direitos de exclusividade 
(por exemplo, patentes, direitos autorais e licenças) e as economias de 
escala – que são as formas mais comuns. Os direitos de exclusividade 
são direitos legais de propriedade para a produção ou distribuição de um 
bem ou serviço. As economias positivas de escala podem conduzir a “monopólios naturais”, pois possibilitam ao maior produtor cobrar preços 
mais baixos e, assim, expulsar os concorrentes do mercado. Na produção 
de alumínio, por exemplo, há indícios da existência de economias de 
escala na conversão da bauxita em alumina. (Veja o caso U.S. v. 
Aluminum Company of America, 148 F.2d 416 [1945], discutido no 
Exercício 8, abaixo.) 
6. Quais são os fatores que determinam o grau de poder de monopólio que 
uma empresa pode ter? Explique resumidamente cada fator. 
A elasticidade da demanda de uma empresa depende de três fatores: (1) 
elasticidade da demanda de mercado, (2) número de empresas no 
mercado, e (3) interação entre as empresas no mercado. A elasticidade 
da demanda de mercado depende do grau de diferenciação do produto, 
isto é, da facilidade com que os consumidores são capazes de substituir o 
produto por algum similar. À medida que o número de empresas no 
mercado aumenta, a elasticidade da demanda com que cada empresa se 
defronta aumenta, pois os clientes podem passar a consumir os produtos 
dos concorrentes. O número de empresas no mercado é determinado 
pelas possibilidades de entrada na indústria (ou seja, pela magnitude 
das barreiras à entrada). Por fim, a capacidade de uma empresa cobrar 
preços superiores ao custo marginal depende da reação das demais 
empresas às mudanças no preço dessaempresa. Caso as demais 
empresas sigam as mudanças de preço da empresa, os clientes têm 
poucos incentivos para deslocar sua demanda para novos fornecedores. 
7. Qual é a razão de existir um custo social associado ao poder de 
monopólio? Se os ganhos dos produtores advindos do poder de monopólio 
pudessem ser redistribuídos aos consumidores, o custo social do monopólio 
poderia ser eliminado? Explique resumidamente. 
Quando uma empresa se aproveita de seu poder de monopólio para fixar 
o preço acima do custo marginal, os consumidores compram uma menor 
quantidade ao preço mais elevado. Isso implica uma redução do 
excedente do consumidor, correspondente à diferença entre o preço que 
os consumidores estariam dispostos a pagar e o preço de mercado de 
cada unidade consumida. Parte do excedente do consumidor perdido não 
é capturada pelo vendedor, resultando em um peso morto para a 
sociedade. Portanto, mesmo que os ganhos dos produtores fossem 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
123 
redistribuídos aos consumidores, a sociedade continuaria sofrendo uma 
perda de bem-estar. 
8. Qual o motivo do aumento no nível de produção de um monopolista, se o 
governo o obriga a reduzir o seu preço? Se o governo desejasse impor um 
preço teto capaz de maximizar a produção do monopolista, que preço 
deveria ser estabelecido? 
Ao restringir o preço abaixo do preço que maximiza os lucros do 
monopolista, o governo pode mudar o formato da curva de receita 
marginal da empresa, RMg. Com a fixação de um preço teto, a RMg é 
igual ao preço teto para todos os níveis de produção abaixo da 
quantidade demandada a esse preço. Caso o governo deseje maximizar a 
produção, ele deve estabelecer um preço igual ao custo marginal, pois 
preços abaixo desse nível incentivam a empresa a reduzir a produção 
(supondo que a curva de custo marginal seja positivamente inclinada). 
O problema do regulador reside na identificação do formato da curva de 
custo marginal do monopolista – que é uma tarefa difícil, dado o 
incentivo do monopolista a esconder ou distorcer tal informação. 
9. De que forma um monopsonista deverá decidir a quantidade de 
mercadoria a ser adquirida? Ele adquirirá mais ou menos do que um 
comprador competitivo? Explique resumidamente. 
A despesa marginal corresponde à variação na despesa total associada à 
mudança na quantidade comprada. No caso de uma empresa que 
concorre com muitas outras empresas para comprar insumos, a despesa 
marginal é igual à despesa média (preço). No caso de um monopsonista, 
a curva de despesa marginal está localizada acima da curva de despesa 
média, pois a decisão de comprar uma unidade adicional eleva o preço 
pago por todas as unidades, incluindo a última. Todas as empresas 
compram insumos até o ponto em que o valor marginal da última 
unidade se torna igual à despesa marginal com aquela unidade. Isso 
vale tanto para o comprador competitivo como para o monopsonista. 
Entretanto, dado que a curva de despesa marginal do monopsonista se 
situa acima da curva de despesa média, e que a curva de valor marginal 
é negativamente inclinada, o monopsonista compra uma quantidade 
menor que no caso de um mercado competitivo. 
10. O que significa o termo "poder de monopsônio"? Por que uma empresa 
poderia possuir poder de monopsônio mesmo não sendo a única 
compradora no mercado? 
O poder de monopsônio refere-se ao poder de mercado do comprador 
(geralmente, no mercado de fatores de produção). Um comprador que se 
defronte com uma curva de oferta de fatores positivamente inclinada 
possui algum poder de monopsônio. Em um mercado competitivo, o 
vendedor se defronta com uma curva de demanda de mercado 
perfeitamente elástica e o comprador com uma curva de oferta também 
perfeitamente elástica. Logo, qualquer característica do mercado que 
gere uma curva de oferta com elasticidade menor do que infinita (por 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
124 
exemplo, a existência de um pequeno número de compradores ou a 
prática de conluio entre os compradores) confere ao comprador algum 
poder de monopsônio. 
11. Cite algumas fontes do poder de monopsônio? O que determina o grau 
de poder de monopsônio que uma empresa pode possuir? 
O poder de monopsônio de uma empresa depende das características do 
mercado referentes ao “lado dos compradores”. Três características 
básicas afetam o poder de monopsônio: (1) a elasticidade da oferta de 
mercado, (2) o número de compradores, e (3) o tipo de interação entre os 
compradores. A elasticidade da oferta de mercado depende da 
sensibilidade dos produtores a mudanças no preço. Se, no curto prazo, a 
oferta é relativamente rígida, ou seja, relativamente inelástica, o poder 
de monopsônio aumenta. Por exemplo, dado que os produtores de fumo 
vendem suas colheitas para um pequeno número de empresas 
fabricantes de produtos à base de fumo, tais empresas revelam-se 
capazes de comprar o fumo a um preço inferior a seu valor marginal. 
12. Qual a razão de existir um custo social associado ao poder de 
monopsônio? Se os ganhos dos compradores advindos do poder de 
monopsônio pudessem ser redistribuídos aos vendedores, o custo social do 
monopsônio poderia ser eliminado? Explique resumidamente 
Na presença de poder de monopsônio, o preço e a quantidade são 
menores do que os níveis que prevaleceriam sob condições competitivas. 
A redução no preço e nas vendas implica perda de receita para os 
vendedores, que é apenas parcialmente capturada pelo comprador na 
forma de um aumento no excedente do consumidor. A perda líquida de 
excedente total é o peso morto. Cabe notar que o peso morto persistiria 
mesmo que o excedente do consumidor pudesse ser redistribuído entre os 
vendedores; tal ineficiência não pode ser eliminada, pois a quantidade 
transacionada encontra-se abaixo do nível para o qual o preço é igual ao 
custo marginal. 
13. De que forma a legislação antitruste limita o poder de mercado nos 
EUA? Dê exemplos das principais providências da legislação. 
A legislação antitruste limita o poder de mercado através da imposição 
de restrições ao comportamento das empresas. A Seção 1 da Lei 
Sherman (“Sherman Act”) proíbe qualquer restrição ao comércio, 
inclusive as tentativas de fixação de preços pelos compradores ou pelos 
vendedores. A Seção 2 da Lei Sherman proíbe a adoção de 
procedimentos que possam conduzir à monopolização do mercado. As 
leis Clayton (“Clayton Act”) e Robinson-Patman Act (“Robinson-Patman 
Act”) proíbem as práticas de discriminação de preço e de direitos de 
exclusividade (por exemplo, a imposição de barreiras por algumas 
empresas para impedir que seus clientes comprem mercadorias das 
empresas concorrentes). A Lei Clayton também limita as fusões entre 
empresas, quando estas são capazes de reduzir a competição no setor de 
forma substancial. A Lei da Comissão Federal de Comércio (“Federal 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
125 
Trade Commission Act”) torna ilegal o uso de práticas de mercado 
enganosas ou injustas. 
14. Explique brevemente de que forma a legislação antitruste é 
implementada nos EUA. 
A legislação antitruste é implementada de três formas: (1) através da 
Divisão Antitruste do Departamento de Justiça, nos casos em que as 
empresas violam leis federais, (2) através da Federal Trade Commission, 
nos casos em que as empresas violam o Federal Trade Commission Act, 
e (3) através de processos privados. O Departamento de Justiça pode 
estabelecer multas ou instaurar processos criminais contra os 
administradores e proprietários de empresas envolvidos, bem como 
reorganizar as empresas, como feito no caso do processo contra a A.T.& 
T. A FTC pode solicitar um entendimento voluntário no sentido de 
cumprir a lei ou determinar formalmente que esta seja cumprida.Por 
fim, indivíduos ou empresas podem mover ações nos tribunais federais 
solicitando compensações de até três vezes o valor de seu prejuízo 
resultante de comportamentos anticompetitivos. 
EXERCÍCIOS 
1. Aumentos na demanda de produtos monopolizados sempre resultarão em 
preços mais elevados? Explique. Um aumento na oferta com que se defronta 
um monopsonista sempre resultaria em preços mais baixos? Explique. 
Como ilustrado na Figura 10.4b do livro, o aumento da demanda não 
resulta necessariamente em preços mais elevados. Sob as condições 
apresentadas na Figura 10.4b, o monopolista oferta diferentes 
quantidades ao mesmo preço. Da mesma forma, o aumento da oferta 
com que se defronta o monopsonista não resulta necessariamente em 
preços mais baixos. Suponha que a curva de despesa média se desloque 
de DMe1 para DMe2, conforme ilustrado na Figura 10.1; tal 
deslocamento implica o deslocamento da curva de despesa marginal de 
DMg1 para DMg2. A curva DMg1 interceptava a curva de valor marginal 
(curva de demanda) em Q1, resultando em um preço P; a curva DMg2 
intercepta a curva de valor marginal em Q2, resultando no mesmo preço 
P. 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
126 
Preço
Quantidade
DMg1
DMe1
DMg2
DMe2
P
Q1 Q2
VMg
 
Figura 10.1 
2. A empresa Caterpillar Tractor é uma das maiores produtoras de tratores 
agrícolas do mundo. Ela contrata você para aconselhá-los em sua política de 
preços. Uma das coisas que a empresa gostaria de saber é qual seria a 
provável redução de vendas após um aumento de 5% nos preços. Que dados 
você necessitaria conhecer para poder colaborar com a empresa? Explique 
porque tais fatos são importantes. 
Por ser um grande produtor de equipamentos agrícolas, a Caterpillar 
Tractor possui poder de mercado e, portanto, deve levar em consideração 
a curva de demanda ao estabelecer os preços de seus produtos. Na 
qualidade de conselheiro, você deveria se concentrar na determinação da 
elasticidade da demanda de cada produto. Há três fatores importantes a 
serem considerados. Primeiro; quão similares são os produtos oferecidos 
pelos concorrentes da Caterpillar? Se eles forem substitutos próximos, 
um pequeno aumento no preço da Caterpillar poderá induzir os 
consumidores a transferir sua demanda para os concorrentes. Em 
segundo lugar, qual é a idade dos tratores existentes? Com um grupo de 
tratores mais antigos, um aumento de 5% no preço induz a uma 
diminuição menor na demanda. Finalmente, dado que os tratores são 
um insumo de capital para a produção agrícola, qual é a lucratividade 
esperada no setor agrícola? Caso haja uma expectativa de queda da 
renda agrícola, o aumento nos preços dos tratores deve levar a um 
declínio da demanda maior do que se esperaria considerando apenas as 
informações sobre vendas passadas e preços. 
3. Uma empresa monopolista defronta-se com uma elasticidade da demanda 
constante de -2.0. A empresa tem um custo marginal constante de $20 
por unidade e estabelece um preço para maximizar o lucro. Se o custo 
marginal subisse 25%, o preço estabelecido pela firma também subiria 25%? 
Sim. A regra de preço do monopolista, expressa como uma função da 
elasticidade da demanda pelo seu produto, é: 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
127 
DEP
CMgP 1 
 ou, alternativamente: 









dE
CMgP
11
 
Neste exemplo, Ed = -2,0, de modo que 1/Ed = -1/2; desta forma, o preço 
deveria ser determinado a partir da seguinte expressão: 
CMgCMgP 2
2
1



 
Portanto, se o CMg aumenta em 25%, o preço também deve aumentar em 
25%. Quando CMg = $20, temos P = $40. Quando o CMg aumenta para 
$20(1,25) = $25, o preço aumenta para $50 – apresentando um crescimento de 
25%. 
4. Uma empresa defronta-se com a seguinte curva de receita média 
(demanda): 
P = 100 - 0,01Q 
Onde Q é a produção semanal e P é o preço, medido em centavos por 
unidade. A função de custo da empresa é expressa por C = 50Q + 30.000. 
Supondo que a empresa maximize seus lucros: 
a. Quais serão, respectivamente, em cada semana, seu nível de produção, 
seu preço e seu lucro total? 
O nível de produção que maximiza o lucro pode ser obtido igualando-se a 
receita marginal ao custo marginal. Dada uma curva de demanda linear 
na forma inversa, P = 100 - 0,01Q, sabemos que a curva de receita 
marginal deve ter uma inclinação duas vezes maior que a curva de 
demanda. Logo, a curva de receita marginal da empresa é RMg = 100 - 
0,02Q. O custo marginal é simplesmente a inclinação da curva de custo 
total. A inclinação de CT = 30.000 + 50Q é 50; logo, o CMg é igual a 50. 
Fazendo RMg = CMg , pode-se determinar a quantidade maximizadora 
de lucros: 
100 - 0,02Q = 50, ou 
Q = 2.500. 
Inserindo a quantidade maximizadora de lucros na função de demanda 
inversa, determina-se o preço: 
P = 100 - (0,01)(2.500) = 0,75. 
O lucro é igual à receita total menos o custo total: 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
128 
 = (75)(2.500) - (30.000 + (50)(2.500)), ou 
 = $325 por semana. 
b. O governo decide arrecadar um imposto de $0,10 por unidade de um 
determinado produto. Quais deverão ser, respectivamente, o novo 
nível de produção, o novo preço e o novo lucro total, em conseqüência 
do imposto? 
Suponha, inicialmente, que o imposto seja pago pelos consumidores. 
Tendo em vista que o preço total (incluindo o imposto) que os 
consumidores estariam dispostos a pagar não se altera, a função de 
demanda é: 
P* + T = 100 - 0,01Q, ou 
 P* = 100 - 0,01Q - T, 
onde P* é o preço recebido pelos ofertantes. Dado que o imposto eleva o 
preço de cada unidade, a receita total do monopolista diminui em TQ, e a 
receita marginal, que corresponde à receita obtida de cada unidade 
adicional, diminui em T: 
RMg = 100 - 0,02Q - T 
onde T = $0,10. Para determinar o nível de produção que maximiza os 
lucros após a cobrança do imposto, iguale a receita marginal ao custo 
marginal: 
100 - 0,02Q - 10 = 50, ou 
Q = 2.000 unidades. 
Inserindo Q na função de demanda, obtém-se o preço: 
P* = 100 - (0,01)(2.000) - 10 = $0,70. 
O lucro é igual à receita total menos o custo total: 
000.10)]000.30)000.2)(50[()000.2)(70(  centavos, ou 
$100 por semana. 
Observação: O preço ao consumidor com o imposto é $0,80. O 
monopolista recebe $0,70. Portanto, o consumidor e o monopolista 
pagam, cada um, $0,05 do imposto. 
Se o imposto fosse pago pelo monopolista, em vez de ser pago pelo 
consumidor, o resultado seria idêntico. A função de custo do monopolista 
seria dada por: 
CT = 50Q + 30.000 + TQ = (50 + T)Q + 30.000. 
A inclinação da função de custo é (50 + T), de modo que CMg = 50 + T. 
Igualando o CMg à receita marginal obtida no item (a): 
100 - 0,02Q = 50 + 10, ou 
Q = 2.000. 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
129 
Logo, o resultado é o mesmo, independente de quem paga o imposto ao 
governo. A carga do imposto se reflete no preço do bem. 
5. A tabela a seguir mostra a curva de demanda com a qual se defronta um 
monopolista que produz com um custo marginal constante igual a $10. 
Preço Quantidade 
27 0 
24 2 
21 4 
18 6 
15 8 
12 10 
 9 12 
 6 14 
 3 16 
 0 18 
a. Calcule a curva da receita marginal da empresa. 
Para calcular a curva de receita marginal, primeiro devemos derivar a 
curva de demanda inversa. A curva de demanda inversa intercepta o 
eixo dos preços ao nível de 27. A inclinação da curva de demanda inversa 
é dada pela variação no preço dividida pela variação na quantidade. Por 
exemplo, uma redução no preço de 27 para 24 gera um aumento na 
quantidade de 0 para 2. Portanto, a inclinação é  3
2
 e a curva de 
demanda inversa éQP 5,127 . 
A curva de receita marginal associada a uma curva de demanda linear é 
uma linha com o mesmo intercepto da curva de demanda inversa e uma 
inclinação duas vezes maior. Portanto, a curva de receita marginal é 
RMg = 27 - 3Q. 
b. Quais são, respectivamente, o nível de produção e o preço capazes de 
maximizar o lucro da empresa? Qual é o lucro da empresa? 
A produção que maximiza o lucro do monopolista é dada pelo ponto em 
que a receita marginal é igual ao custo marginal. O custo marginal é 
constante e igual a $10. Igualando a RMg ao CMg, podemos determinar 
a quantidade maximizadora de lucros: 
27 – 3Q = 10, ou Q = 5,67. 
Para determinar o preço que maximiza os lucros, podemos usar o valor 
de Q obtido acima na equação de demanda: 
P = 27 – (1,5)(5,67) = $18,5. 
A receita total é dada pela multiplicação do preço pela quantidade: 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
130 
RT = (18,5)(5,67) = $104,83. 
O lucro da empresa é igual à receita total menos o custo total; o custo 
total, por sua vez, é igual ao custo médio multiplicado pelo nível de 
produção. Dado que o custo marginal é constante, o custo variável 
médio é igual ao custo marginal. Ignorando a existência de custos fixos, 
o custo total é 10Q ,ou 56,67, e o lucro é 
 
104,83 – 56,67 = $48,17. 
c. Quais seriam, respectivamente, o preço e a quantidade de equilíbrio 
em um setor competitivo? 
O equilíbrio de uma indústria competitiva caracteriza-se pela igualdade 
entre preço e custo marginal. Igualando o preço ao custo marginal de 
10: 
103,11105,127  PQQ . 
Observe o aumento na quantidade de equilíbrio relativamente à solução 
de monopólio. 
d. Qual seria o ganho social se esse monopolista fosse obrigado a 
praticar um nível de produção e preço de equilíbrio competitivo? 
Quem ganharia ou perderia em conseqüência disso? 
O ganho social advém da eliminação do peso morto. O peso morto, neste 
caso, é igual ao triângulo acima da curva de custo marginal constante, 
abaixo da curva de demanda, e entre as quantidades 5,67 e 11,3; ou, 
numericamente: 
(18,5-10)(11,3-5,67)(0,5)=$24,10. 
Os consumidores capturam esse peso morto, além do lucro do 
monopolista de $48,17. Os lucros do monopolista são reduzidos a zero, e 
o excedente do consumidor aumenta em $72,27. 
6. Uma empresa tem duas fábricas, cujos custos são dados por: 
2
111 10)( :1 Fábrica QQC  
2
222 20)( :2 Fábrica QQC  
A empresa se defronta com a seguinte curva de demanda: 
P = 700 - 5Q 
onde Q é a produção total, isto é, Q = Q1 + Q2. 
a. Faça um diagrama desenhando: as curvas de custo marginal para as 
duas fábricas, as curvas de receita média e de receita marginal, e a 
curva do custo marginal total (isto é, o custo marginal da produção 
total Q = Q1 + Q2). Indique o nível de produção maximizador de lucros 
para cada fábrica, a produção total e o preço. 
A curva de receita média é a própria curva de demanda, 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
131 
P = 700 - 5Q. 
No caso de uma curva de demanda linear, a curva de receita marginal 
apresenta o mesmo intercepto da curva de demanda, mas uma 
inclinação duas vezes maior: 
RMg = 700 - 10Q. 
Em seguida, determine o custo marginal de se produzir Q. Para calcular 
o custo marginal da produção na FÁBRICA 1, derive a função de custo 
com relação a Q: 
dC
1
Q
1 
dQ
 20Q
1
. 
Analogamente, o custo marginal na FÁBRICA 2 é 
dC
2
Q
2 
dQ
 40Q
2
. 
Rearrumando as equações de custo marginal na forma inversa e 
somando-as horizontalmente, obtém-se o custo marginal total, CMgT: 
,
40
3
4020
21
21
T
CMgCMgCMg
QQQ  ou 
.
3
40QCMgT  
O lucro máximo corresponde ao ponto em que CMgT = RMg. A Figura 
10.6.a apresenta os valores ótimos da produção de cada fábrica, da 
produção total e do preço. 
Quantidade
100
200
300
400
500
600
70 140
700
Preço
800
PM
CMgT
QT
CMg1CMg2
Q2 Q1
RMg D
 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
132 
Figura 10.6.a 
b. Calcule os valores de Q1, Q2, Q, e P que maximizam os lucros. 
Calcule a produção total que maximiza o lucro, isto é, Q tal que CMgT = 
RMg: 
40
3
700 10
Q
Q  , ou Q = 30. 
Em seguida, observe a relação entre CMg e RMg para um monopólio 
com múltiplas fábricas: 
RMg = CMgT = CMg1 = CMg2. 
Sabemos que, para Q = 30, RMg = 700 - (10)(30) = 400. 
Portanto, 
CMg1 = 400 = 20Q1, ou Q1 = 20 e 
CMg2 = 400 = 40Q2, ou Q2 = 10. 
Para calcularmos o preço de monopólio, PM, devemos inserir o valor de Q 
na equação de demanda: 
PM = 700 - (5)(30), ou 
PM = 550. 
c. Suponha que o custo da mão-de-obra aumente na Fábrica 1 mas 
permaneça inalterado na Fábrica 2. De forma a empresa deveria 
ajustar (isto é, aumentar, reduzir ou deixar inalterada): a produção da 
Fábrica 1? A produção da Fábrica 2? A produção total? E o preço? 
Um aumento nos custos da mão-de-obra levará a um deslocamento 
horizontal do CMg1 para a esquerda, levando o CMgT a também se 
deslocar para a esquerda (dado que este é a soma horizontal de CMg1 e 
CMg2). A nova curva do CMgT intercepta a curva da RMg a uma 
quantidade menor e uma receita marginal maior. Para um nível mais 
elevado da receita marginal, Q2 é maior do que o nível original. Dado 
que QT diminui e Q2 aumenta, Q1 deve cair. Dado que QT cai, o preço 
deve aumentar. 
7. Uma empresa fabricante de medicamentos possui monopólio sobre um 
novo remédio patenteado. O produto pode ser produzido por qualquer uma 
dentre duas fábricas disponíveis. Os custos de produção para as duas 
fábricas são, respectivamente: 
CMg1 = 20 + 2Q1, e CMg2 = 10 + 5Q2. A estimativa da demanda do produto é 
P = 20 - 3(Q1 + Q2). Qual a quantidade que a empresa deveria produzir em 
cada fábrica e a que preço ela deveria planejar vender o produto? 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
133 
Primeiro, observe que apenas o CMg2 é relevante, pois a curva de custo 
marginal da primeira fábrica se encontra acima da curva de demanda. 
Preço
Q
10
20
30
3.3 6.7
RMg D 
CMg1 = 20 +2Q1
CMg2 = 10 + 5Q2
17.3
0.91
 
Figura 10.7 
Isso significa que a curva de demanda se torna P = 20 - 3Q2. Para uma 
curva de demanda linear inversa, sabemos que a curva de receita 
marginal tem o mesmo intercepto vertical, porém, duas vezes a 
inclinação, ou RMg = 20 - 6Q2. Para determinar o nível de produção que 
maximiza os lucros, iguale a RMg ao CMg2: 
20 - 6Q2 = 10 + 5Q2, ou 
91,02 QQ . 
O preço é determinado pela utilização da quantidade maximizadora de 
lucros na equação de demanda: 
3,17)91,0(320 P . 
8. Um dos casos mais importantes de aplicação da legislação antitruste 
neste século foi o que envolveu a empresa Aluminum Company of America 
(Alcoa) em 1945. Naquela época, a Alcoa controlava cerca de 90% da 
produção de alumínio primário nos EUA e tinha sido acusada de estar 
monopolizando o mercado. Em sua defesa, a Alcoa afirmou que, embora ela 
realmente controlasse uma grande parte do mercado de alumínio primário, 
o mercado do alumínio secundário (isto é, alumínio produzido a partir da 
reciclagem de sucata) era responsável por, aproximadamente, 30% da oferta 
total de alumínio, sendo que muitas empresas competitivas se encontravam 
atuando na reciclagem. Em decorrência disso, ela não possuía muito poder 
de monopólio. 
a. Elabore uma argumentação clara a favor da posição da Alcoa. 
Embora a Alcoa controlasse em torno de 90% da produção de alumínio 
primário nos Estados Unidos, a produção de alumínio secundário pelos 
recicladores respondia por 30 % da oferta total de alumínio. Portanto, 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
134 
com um preçomais alto, uma proporção muito maior da oferta de 
alumínio viria de fontes secundárias. Essa afirmação é verdadeira 
porque há uma grande oferta potencial na economia. Portanto, a 
elasticidade-preço da demanda para o alumínio primário da Alcoa é 
muito mais elevada (em valor absoluto) do que esperaríamos, dada a 
posição dominante da Alcoa na produção de alumínio primário. Em 
muitos casos, outros metais como o cobre e o aço são substitutos 
possíveis para o alumínio. Novamente, a elasticidade da demanda com a 
qual a Alcoa se defronta poderia ser maior do que esperaríamos. 
b. Elabore uma argumentação clara contra a posição da Alcoa. 
Apesar de ter uma capacidade limitada para aumentar seus preços, a 
Alcoa poderia obter lucros de monopólio através da manutenção de um 
preço estável em nível elevado – o que era possibilitado pela limitação da 
oferta potencial de alumínio. Além disso, tendo em vista que o material 
usado na reciclagem era produzido originalmente pela Alcoa, a empresa 
poderia exercer um controle monopolístico efetivo sobre a oferta 
secundária de alumínio, através da consideração dos efeitos de sua 
produção sobre essa oferta. 
c. A sentença proferida em 1945 pelo Juiz Learned Hand é considerada 
"uma das opiniões judiciais mais importantes de nosso tempo". Você 
sabe qual foi a sentença do Juiz Hand? 
A decisão do Juiz Hand foi contrária à Alcoa, mas não envolveu qualquer 
determinação no sentido de que a empresa abandonasse alguma de suas 
fábricas nos Estados Unidos. As duas medidas tomadas pelo tribunal 
foram as seguintes: (1) proibiu-se que a Alcoa participasse do leilão de 
duas fábricas de alumínio primário construídas pelo governo durante a 
2ª Guerra Mundial (que foram compradas pela Reynolds and Kaiser) e 
(2) ordenou-se que a empresa se desfizesse de sua subsidiária canadense, 
que passou a se chamar Alcan. 
9. Um monopolista defronta-se com a curva de demanda P = 11 - Q, onde P é 
medido em dólares por unidade e Q é medido em milhares de unidades. O 
monopolista tem um custo médio constante de $6 por unidade. 
a. Desenhe as curvas de receita média e de receita marginal e as curvas 
de custo médio e de custo marginal. Quais são, respectivamente, o 
preço e a quantidade capazes de maximizar os lucros do monopolista? 
 Qual será o lucro resultante? Calcule o grau de poder de monopólio 
da empresa utilizando o índice de Lerner. 
Dado que a demanda (receita média) pode ser descrita como P = 11 - Q, 
sabemos que a função da receita marginal é RMg = 11 - 2Q. Também 
sabemos que se o custo médio é constante, então, o custo marginal é 
constante e igual ao custo médio: CMg = 6. 
Para calcular o nível de produção que maximiza os lucros, iguale a 
receita marginal ao custo marginal: 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
135 
11 - 2Q = 6, ou Q = 2,5. 
Isto é, a quantidade que maximiza os lucros é igual a 2.500 unidades. 
Insira essa quantidade na equação de demanda, a fim de determinar o 
preço: 
P = 11 - 2,5 = $8,50. 
O lucro é igual à receita total menos o custo total, 
 = RT - CT = (RM)(Q) - (CM)(Q), ou 
 = (8,5)(2,5) - (6)(2,5) = 6,25, ou $6.250. 
O grau de poder de monopólio é dado pelo Índice de Lerner: 
294,0
5,8
65,8 
P
CMgP
. 
Preço
Q
2
4
6
8
12
4 6 102 12
10
8
CMe = CMg
RMg D = RMe
Lucro
 
Figura 10.9.a 
b. Um órgão de regulamentação governamental define um preço teto de 
$7 por unidade. Quais serão, respectivamente, a quantidade 
produzida e o lucro da empresa? O que ocorrerá com o grau de poder 
de monopólio? 
Para determinar o efeito do preço teto na quantidade produzida, insira o 
preço teto na equação de demanda. 
7 = 11 - Q, ou 
Q = 4.000. 
O monopolista optará pelo preço de $7 porque este é o preço mais 
elevado que ele pode cobrar, e este preço ainda é maior do que o custo 
marginal constante de $6, resultando em lucro de monopólio positivo. 
O lucro é igual à receita total menos o custo total: 
 = (7)(4.000) - (6)(4.000) = $4.000. 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
136 
O grau de poder de monopólio é: 
143,0
7
67 
P
CMgP
. 
c. Qual é o preço teto que possibilita o nível mais elevado de produção? 
Qual será este nível de produção? Qual será o grau do poder de 
monopólio da empresa para este preço? 
Se a autoridade reguladora definisse o preço abaixo de $6, o monopolista 
preferiria encerrar as atividades em vez de produzir, pois ele não 
conseguiria cobrir seus custos médios. Para qualquer preço acima de $6, 
o monopolista produziria menos do que as 5.000 unidades que seriam 
produzidas em um setor competitivo. Portanto, a agência reguladora 
deveria estabelecer um preço teto de $6, fazendo, assim, com que o 
monopolista se defrontasse com uma curva de demanda horizontal 
efetiva até o nível de produção Q = 5.000. Para assegurar um nível de 
produção positivo (tal que o monopolista não seja indiferente entre 
produzir 5.000 unidades ou encerrar as atividades), o preço teto deveria 
ser estabelecido em $6 + , onde  é um valor pequeno. 
Sendo assim, 5.000 é o nível máximo de produção que a agência 
reguladora pode extrair do monopolista utilizando um preço teto. O 
grau de poder de monopólio é 
0 quando 0
66
66  
P
CMgP
. 
10. A empresa Michelle’s Monopoly Mutant Turtles (MMMT) tem direito 
exclusivo de venda para as camisetas modelo Mutant Turtle nos EUA. A 
demanda dessas camisetas é expressa por Q = 10.000/P2. O custo total da 
empresa a curto prazo é CTCP = 2.000 + 5Q, e seu custo total a longo prazo é 
expresso por CTLP = 6Q. 
a. Que preço deverá ser cobrado pela MMMT para haver maximização 
do lucro no curto prazo? Que quantidade será vendida e qual o lucro 
gerado? Seria melhor encerrar as atividades da empresa a curto 
prazo? 
A MMMT deveria oferecer camisetas suficientes para que RMg = CMg. 
No curto prazo, o custo marginal é a mudança no CTCP como resultado 
da produção de outra camiseta, ou seja, CMgCP = 5, a inclinação da 
curva de CTCP. A demanda é: 
Q
P
 10 000
2
, , 
ou, na forma inversa, 
P = 100Q-1/2. 
A receita total (PQ) é 100Q1/2. Derivando RT com relação a Q, obtemos 
RMg = 50Q-1/2. Igualando RMg e CMg para determinar a quantidade 
maximizadora de lucros: 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
137 
5 = 50Q-1/2, ou Q = 100. 
Inserindo Q = 100 na função de demanda para determinar o preço: 
P = (100)(100-1/2 ) = 10. 
Dados o preço e a quantidade, pode-se calcular o lucro, igual à receita 
total menos o custo total: 
 = (10)(100) - (2000 + (5)(100)) = -$1.500. 
Embora o lucro seja negativo, o preço está acima do custo variável médio 
de 5 e, portanto, a empresa não deveria encerrar suas atividades no 
curto prazo. Dado que a maior parte dos custos da empresa são fixos, a 
empresa perderia $2.000 se nada fosse produzido, enquanto que, 
produzindo a quantidade ótima, ela perde apenas $1.500. 
b. Que preço deverá ser cobrado no longo prazo pela MMMT? Que 
quantidade será vendida e qual o lucro gerado? Seria melhor encerrar 
as atividades da empresa a longo prazo? 
No longo prazo, o custo marginal é igual à inclinação da curva de CTLP, 
que é 6. 
Igualando a receita marginal ao custo marginal de longo prazo, obtém-se 
a quantidade que maximiza os lucros: 
50Q-1/2 = 6 ou Q = 69,44 
Inserindo Q = 69,44 na equação de demanda, obtém-se o preço: 
P = (100)[(50/6)2] -1/2 = (100)(6/50) = 12 
Portanto, a receita total é $833,33, o custo total é $416,67 e o lucro é 
$416,67. Logo, a empresa deveria permanecer em atividade. 
c. Podemos esperar que o custo marginal da MMMT no curto prazo seja 
menor do que seu custo marginal no longo prazo? Explique. 
No longo prazo, a MMMT precisa substituir todos os fatoresfixos. 
Portanto, podemos esperar que o CMgLP seja maior do que o CMgCP. 
11. Suponha que você produza pequenos aparelhos que são vendidos em um 
mercado perfeitamente competitivo por um preço de mercado de $10 por 
unidade. Estes aparelhos são produzidos em duas fábricas, uma em 
Massachusetts e outra em Connecticut. Devido a problemas trabalhistas em 
Connecticut, você é forçado a aumentar os salários naquela fábrica, de 
modo que seus custos marginais crescem na fábrica em questão. Em 
resposta a isso, você deveria deslocar a produção e produzir mais em sua 
fábrica de Massachusetts? 
Não, a produção não deveria ser deslocada para a fábrica de 
Massachusetts. Por outro lado, a produção da fábrica de Connecticut 
deveria ser reduzida. A maximização de lucros por uma empresa com 
múltiplas fábricas requer que a produção de cada fábrica seja 
planejada de forma a satisfazer as duas condições a seguir: 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
138 
- Os custos marginais de produção em cada fábrica devem ser iguais. 
- A receita marginal associada à produção total deve ser igual ao custo 
marginal de cada fábrica. 
Tais condições podem ser resumidas pela seguinte expressão: 
RMg=CMg1=CMg2= CMgT, onde o subscrito indica a fábrica. 
Nesse exemplo, a empresa possui duas fábricas e opera em um 
mercado perfeitamente competitivo. Sabemos que, em um mercado 
perfeitamente competitivo, P = RMg. Logo, a alocação ótima da 
produção entre as duas fábricas deve ser tal que: 
P = CMgc(Qc) = CMgm(Qm), 
onde os subscritos indicam a localização da fábrica (c para Connecticut, 
etc.). Os custos marginais de produção aumentaram em Connecticut, 
mas permaneceram constantes em Massachusetts. Logo, o nível de Qm 
que satisfaz CMgm(Qm) = P não se alterou. 
MCM MC C
MCC
P = MR
Q C Q C
P
Q
 
Figura 10.11 
 
12. O emprego de auxiliares de ensino (DMes) pelas principais 
universidades poderia ser caracterizado como monopsônio. Suponha que a 
demanda por DMes seja W = 30.000 - 125n, onde W é o salário (base anual), e 
n é o número de DMes contratados. A oferta de DMes é dada por W = 1.000 + 
75n. 
a. Se a universidade tirasse proveito de sua posição monopsonista, 
quantos DMes ela contrataria? Que salário elas pagariam? 
A curva de oferta corresponde à curva de despesa média. Dada a curva 
de oferta W = 1.000 + 75n, a despesa total é Wn = 1.000n + 75n2. 
Derivando a função de despesa total com relação ao número de DMes, a 
curva de despesa marginal é 1.000 + 150n. Enquanto um monopsonista, 
a universidade igualaria o valor marginal (demanda) à despesa 
marginal de modo a determinar o número de DMes a ser contratado: 
30.000 - 125n = 1.000 + 150n, ou 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
139 
n = 105,5. 
Inserindo n = 105,5 na curva de oferta, obtém-se o salário: 
1.000 + (75)(105,5) = $8.909 anualmente. 
b. Por outro lado, se as universidades se defrontassem com uma oferta 
infinita de DMes para um salário anual de $10.000, quantos DMes elas 
contratariam? 
Se o número de DMes é infinito para um salário de $10.000, a curva de 
oferta é horizontal a esse nível. A despesa total é (10.000)(n), e a 
despesa marginal é 10.000. Igualando o valor marginal à despesa 
marginal: 
30.000 - 125n = 10.000, ou 
n = 160. 
13. A empresa Dayna’s Doorstops, Inc. (DD), é monopolista no setor 
industrial de limitadores de abertura de portas. Seu custo é C = 100 - 5Q 
+ Q2, e sua demanda é P = 55 - 2Q. 
a. Que preço a empresa DD deveria cobrar para maximizar lucros e qual 
a quantidade que seria, então, produzida? Quais seriam, 
respectivamente, os lucros e o excedente do consumidor gerados pela 
DD? 
Com o objetivo de maximizar seus lucros, a DD deveria igualar a receita 
marginal ao custo marginal. Dada uma demanda de P = 55 - 2Q, a 
função de receita total, PQ, é 55Q - 2Q2. Derivando a receita total com 
relação a Q , obtém-se a receita marginal: 
Q
dQ
dRTRMg 455 
Analogamente, o custo marginal é obtida derivando-se a função de custo 
total com relação a Q: 
52  Q
dQ
dCTCMg 
Igualando CMg e RMg, obtém-se a quantidade maximizadora de lucros, 
55 - 4Q = 2Q - 5, ou 
Q = 10. 
Inserindo Q = 10 na equação de demanda, obtém-se o preço ótimo: 
P = 55 - (2)(10) = $35. 
O lucro é igual à receita total menos o custo total: 
 = (35)(10) - (100 - (5)(10) + 102) = $200. 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
140 
O excedente do consumidor é dado pela multiplicação de 1/2 pela 
quantidade maximizadora de lucros, 10, e pela diferença entre o 
intercepto da demanda (o preço máximo que qualquer indivíduo está 
disposto ao pagar) e o preço de monopólio: 
CS = (0,5)(10)(55 - 35) = $100. 
b. Qual seria a quantidade produzida se a DD atuasse como um 
competidor perfeito, tendo CMg = P? Que lucro e que excedente 
do consumidor seriam, respectivamente, gerados? 
Sob competição perfeita, o lucro é máximo no ponto em que o preço é 
igual ao custo marginal (onde preço é dado pela curva de demanda): 
55 - 2Q = -5 + 2Q, ou 
Q = 15. 
Inserindo Q = 15 na equação de demanda, obtém-se o preço: 
P = 55 - (2)(15) = $25. 
O lucro é igual à receita total menos o custo total: 
 = (25)(15) - (100 - (5)(15) + 152) = $125. 
O excedente do consumidor é 
CS = (0,5)(55 - 25)(15) = $225. 
c. Qual é a perda bruta decorrente do poder de monopólio no item (a)? 
O peso morto é dado pela área abaixo da curva de demanda, acima da 
curva de custo marginal, e entre as quantidades de 10 e 15; em termos 
numéricos: 
DWL = (0,5)(35 - 15)(15 - 10) = $50. 
d. Suponha que o governo, preocupado com o alto preço dos limitadores 
de abertura de portas, defina um preço máximo de $27. De que forma 
isto afetaria o preço, a quantidade, o excedente do consumidor e o 
lucro da DD? Qual seria a perda bruta? 
Com a fixação de um preço teto, o preço máximo que a DD pode cobrar é 
$27,00. Note que, quando o preço teto é fixado acima do preço competitivo, o 
preço teto é igual à receita marginal para todos os níveis de produção, até o 
ponto correspondente ao nível de produção competitiva. 
Inserindo o preço teto de $27,00 na equação de demanda, obtém-se a 
quantidade de equilíbrio: 
27 = 55 - 2Q, ou Q = 14. 
O excedente do consumidor é 
CS = (0,5)(55 - 27)(14) = $196. 
O lucro é 
 = (27)(14) - (100 - (5)(14) + 142) = $152. 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
141 
O peso morto é $2,00, que é equivalente à área de um triângulo: 
(0,5)(15 - 14)(27 - 23) = $2 
e. Agora suponha que o governo defina um preço máximo de $23. De que 
forma isto afetaria o preço, a quantidade, o excedente do consumidor 
e o lucro da DD? Qual seria a perda bruta? 
Quando o preço teto é fixado abaixo do preço competitivo, a DD deve 
reduzir sua produção. Igualando receita marginal e custo marginal, 
pode-se calcular o nível de produção que maximiza os lucros: 
23 = - 5 + 2Q, ou Q = 14. 
Dado um preço teto de $23, o lucro é 
 = (23)(14) - (100 - (5)(14) + 142) = $96. 
O consumidor aufere um excedente sobre 14 unidades. Logo, o excedente 
do consumidor é igual ao excedente obtido no item d, isto é, $196, 
acrescido do valor economizado em cada unidade do produto, isto é, 
CS = (27 - 23)(14) = $56. 
Portanto, o excedente do consumidor é $252. O peso morto é o mesmo de 
antes: $2,00. 
f. Finalmente, considere um preço máximo de $12. De que forma isto 
afetaria a quantidade, o excedente do consumidor, o lucro da DD e a 
perda bruta? 
Se o preço máximo for fixado em $12, a produção cairá ainda mais: 
12 = 0,5 + 2Q, ou Q = 8,5. 
O lucro é 
 = (12)(8.5) - (100 - (5)(8,5) + 8,52) = -$27,75. 
O consumidor aufere um excedente sobre 8,5 unidades, que é 
equivalente ao excedente do consumidor associadoao preço de $38 (38 = 
55 - 2(8,5)), isto é, 
(0,5)(55 - 38)(8,5) = $72,25 
acrescido do valor economizado em cada unidade do produto, isto é, 
(38 - 12)(8,5) = $221. 
Portanto, o excedente do consumidor é $293,25. O excedente total é 
$265,50, e o peso morto é $84,50. 
*14. Existem 10 famílias na cidade de Lake Wobegon, Estado de Minnesota, 
cada uma delas apresentando uma demanda de energia elétrica de Q = 50 - 
P. O custo total de produção de energia elétrica da empresa Lake Wobegon 
Electric (LWE) é CT = 500 + Q. 
a. Se os reguladores da LWE desejarem se assegurar de que não exista 
perda bruta neste mercado, qual o preço que forçarão a LWE a 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
142 
cobrar? Qual seria a produção neste caso? Calcule o excedente do 
consumidor e o lucro da LWE para este preço. 
Para resolver o problema do regulador, deve-se inicialmente determinar 
a demanda de mercado por energia elétrica em Lake Wobegon. A 
quantidade demandada no mercado é a soma das quantidades 
demandas por cada indivíduo, para cada nível de preço. Graficamente, a 
demanda de mercado é obtida pela soma horizontal das demandas de 
cada família; matematicamente, ela é dada por: 
QPPPQQ
i
iM 1,05010500)50(10
10
1


 
Com o objetivo de evitar a ocorrência de um peso morto, os reguladores 
devem igualar o preço ao custo marginal. Dada a função de custo total 
CT = 500+Q, o custo marginal é CMg = 1 (inclinação da curva de custo 
total). Igualando o preço ao custo marginal, e resolvendo para a 
quantidade: 
50 - 0,1Q = 1, ou 
Q = 490. 
O lucro é igual à receita total menos o custo total: 
 = (1)(490) - (500+490), = -$500. 
O excedente do consumidor é: 
CS = (0,5)(50 - 1)(490) = 12.005, ou $1.200,50 por família. 
b. Se os reguladores desejarem se assegurar de que a LWE não tenha 
prejuízo, qual seria o preço mais baixo que poderiam impor? Para 
este caso, calcule a produção, o excedente do consumidor e o lucro. 
Existiria alguma perda bruta? 
Se desejam se assegurar de que a LWE não tenha prejuízo, os 
reguladores devem permitir que a empresa cobre um preço igual ao 
custo médio de produção, dado por 
1500  QQ
CTCMe 
Para determinar o preço e a quantidade de equilíbrio, devemos, 
inicialmente, igualar o preço ao custo médio: 
15001,050  QQ 
e resolver para Q a partir da equação quadrática resultante: 
0,1Q2 - 49Q + 500 = 0. 
Observação: se Q2 + bQ + c = 0, então 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
143 
Q
b b ac
a
   
2 4
2
. 
Usando a fórmula quadrática: 
)1,0(2
)500)(1,0)(4(4949 2 Q , 
Há duas soluções: 10,4 e 479,6. Cabe observar que, para uma 
quantidade de 10,4, a receita marginal é maior do que o custo marginal, 
de modo que a empresa seria incentivada a produzir mais para 
incrementar seus lucros. Além disso, cabe ressaltar que a maior 
quantidade produzida resulta em um preço mais baixo e, 
consequentemente, em um maior excedente do consumidor. Portanto, 
Q=479,6 e P=$2,04. Dado esse nível de quantidade e preço, o lucro é 
zero (ignorando erros de arredondamento)). O excedente do consumidor 
é 
CS = (0,5)(50 - 2,04)(479,6) = $11.500. 
e o peso morto é 
DWL = (2,04 - 1)(490 - 479,6)(0,5) = $5,40. 
c. Kristina sabe que a perda bruta é algo que essa pequena cidade 
poderia perfeitamente dispensar. Ela sugere que seja cobrado de cada 
família um valor fixo simplesmente pela ligação elétrica e, 
posteriormente, seja cobrado um preço por unidade de eletricidade 
fornecida. Então, a LWE poderia atingir seu ponto de retorno, 
cobrando o preço que você calculou no item (a). Qual seria o valor 
fixo que cada família deveria pagar para que o plano de Kristina 
pudesse funcionar? Por que você poderia ter certeza de que nenhuma 
família se recusaria a pagar, preferindo ficar sem o fornecimento de 
energia elétrica? 
O custo fixo é $500. Se cada família pagasse $50, a empresa cobriria seu 
custo fixo e poderia cobrar um preço igual ao custo marginal. Sabemos 
que, com o preço igual ao custo marginal, o excedente do consumidor por 
família seria $1.200,50, que é maior do que o valor fixo total pago; logo, 
as famílias estariam dispostas a pagar um valor fixo de $50. 
15. Um monopolista defronta-se com a seguinte curva de demanda: 
Q = 144/P2 
onde Q é a quantidade demandada e P é o preço. Seu custo variável médio é 
CVMe = Q1/2 , 
e seu custo fixo é 5. 
a. Quais são, respectivamente seu preço e quantidade maximizadores de 
lucros? Qual é o lucro resultante? 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
144 
Com o objetivo de maximizar seu lucro, o monopolista escolhe o nível de 
produção para o qual a receita marginal seja igual ao custo marginal. 
Rescrevendo a função de demanda como uma função de Q, podemos 
expressar a receita total em função de Q e, então, calcular a receita 
marginal: 
 
QQQ
RRMg
QQ
Q
QPR
QQ
PQPP
Q
612
*5,0
12*12*
12144144144 2
2




 
O custo marginal é obtido a partir da função de custo total, dada pela 
soma dos custos fixos e variáveis. Sabemos que o custo fixo é 5 e o custo 
variável é igual ao custo variável médio multiplicado por Q; logo, o custo 
total e o custo marginal são dados por: 
2
3
5*5 2
3
2
1
Q
Q
CTCMg
QQQCT



 
Igualando receita e custo marginal, podemos determinar o nível de 
produção que maximiza os lucros: 
6
Q
 3 Q
2
  Q  4. 
e, por fim, calcular o preço e o lucro: 
11$)45(4*6*
6$
4
1212
2
3 

CTQP
Q
P
 
b. Suponha que o governo regulamente o preço de modo que o mesmo 
não possa ultrapassar $4 por unidade. Qual será a quantidade 
produzida e o lucro do monopolista? 
O preço teto causa um truncamento da curva de demanda com que o 
monopolista se defronta ao nível de P=4 ou Q  144
16
9 . Portanto, se o 
monopolista produz 9 unidades ou menos, o preço deve ser $4. Com a 
imposição do preço teto, a curva de demanda apresenta duas partes: 
 



  9Q se ,12
9Q se ,4$ 
2/1QP 
Capitulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio 
145 
Logo, a receita total e a receita marginal também devem ser 
consideradas em duas partes: 




9Q se ,12
9Q se ,4 
2/1Q
Q
RT e 
 
 



  9Q se ,6
9Q se ,4$ 
2/1QRMg 
Para calcular o nível de produção que maximiza os lucros, iguale a 
receita marginal ao custo marginal, de modo que, para P = 4, 
4
3
2
 Q , ou Q  8
3
, ou Q = 7,11. 
Se o monopolista produz um número inteiro de unidades, o nível de 
produção maximizador de lucros é 7 unidades, o preço é $4, a receita é 
$28, o custo total é $23,52, e o lucro é $4,48. Há uma escassez de duas 
unidades, dado que a quantidade demandada ao preço de $4 é 9 
unidades. 
c. Suponha que o governo queira definir um preço teto que seja capaz de 
induzir o monopolista a produzir a maior quantidade possível. Qual 
seria este preço? 
Se o objetivo é maximizar a produção, o preço teto deve ser fixado de 
modo que a demanda seja igual ao custo marginal: 
24,4$ e 8
2
312  PQQ
Q
 
A curva de receita marginal do monopolista é dada por uma linha 
horizontal com intercepto no nível do preço teto. Visando maximizar seu 
lucro, a empresa deve produzir no ponto em que o custo marginal é igual 
à receita marginal, o que resulta em uma quantidade de 8 unidades.

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