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QUESTÕES - PRISÃO EM FLAGRANTE E PRISÃO TEMPORARIA E TEMAS CORRELATOS

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MATERIAL DE APOIO – PRISÃO EM FLAGRANTE E TEMAS CORRELATOS
nogueiradanilo@hotmail.com
1. Distinção entre flagrante delito e prisão em flagrante. Lembre-se que Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
2. Qual a natureza jurídica da prisão em flagrante?
Prisão cautelar (maioria)
Pré-cautelar (minoria)
3. Quem pode prender outrem em flagrante? Precisa de autorização judicial?
Qualquer pessoa PODERÁ prender alguém em flagrante
A polícia tem o DEVER de prender alguém em flagrante
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
Flagrante facultativo e compulsório: qualquer pessoa pode prender em flagrante quem se encontre em flagrante delito, inclusive a vítima do crime.
4. Para que serve a prisão em flagrante? 
Para evitar o crime; evitar a fuga; preservar a integridade física do preso; colher provas
5. No momento da prisão em flagrante, a polícia pode usar algemas? 
De acordo com a súmula vinculante 11 do STF: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.”
6. O que será feito depois da captura do criminoso?
Será lavrado o APF pela autoridade policial e entregue a nota de culpa ao preso. Lembre-se que nem todo crime é suscetível de APF. Em certos casos, lavra-se o Termo Circunstanciado.
6.1. Prisão em flagrante feita em outra comarca. Quem lavra o APF? Art. 290, CPP.
Art. 290.  Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
7. Perguntinha: juiz pode ser preso em flagrante por policial civil/militar? 
Cuidado. Prevalece que o magistrado que está em situação de flagrância em crime inafiançável deve ser conduzido coercitivamente pelo policial, mas o APF só poderá ser lavrado pelo Presidente do Tribunal de Justiça respectivo, que tem a competência para presidir o inquérito policial em desfavor do juiz.
8. No momento da lavratura do APF, qual a ordem de atos do delegado? 
Ouvir o condutor, depois as testemunhas e depois o preso em flagrante. 
9. A falta de testemunhas do crime impede a lavratura do APF? 
Não. A falta de testemunhas na infração penal não impede a lavratura da prisão em flagrante, mas é necessária a assinatura de duas pessoas que tenham testemunhado a apresentação do preso (testemunhas instrumentária ou fedatária).
10. Lavrado o APF, qual o próximo passo? 
Comunicar ao juiz/MP e defensoria (caso o preso não tenha advogado); e apresentar o preso ao juiz, para a chamada audiência de custódia.
11. Antes, o juiz recebia apenas o APF. Agora, ele recebe o APF e já tem essa audiência com o preso, antes de tomar sua decisão acerca do APF. 
Essa audiência de custódia está prevista aonde? No Pacto de São José da Costa Rica. É aplicável ao Brasil? Sim, segundo o próprio STF! Apesar de não haver lei regulamentando essa audiência de custódia, o CNJ tem resolução (213) tratando da matéria. Quem participa dessa audiência? Preso, Juiz, MP e defesa! No final, o juiz decide o que?
a) Relaxamento de eventual prisão ilegal (art. 310, I, do CPP);
b) Concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança (art. 310, III);
c) Substituição da prisão em flagrante por medidas cautelares diversas (art. 319);
d) Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva (art. 310, II);
12. Juiz pode converter flagrante em preventiva de ofício? 
Há divergência! Prevalece que não!
Durante a fase investigatória é vedada a decretação de qualquer medida cautelar de ofício pelo juiz. Em outras palavras, não é possível a decretação da prisão preventiva sem a provocação da autoridade responsável pela investigação criminal (delegado de polícia) ou pela propositura da ação penal (MP)
Na fase investigatória o juiz não poderá converter a prisão em flagrante em prisão preventiva.
Na fase processual o juiz poderá converter a prisão em flagrante em prisão preventiva.
13. Quais são as espécies de flagrante?
a) Próprio
b) Impróprio (quase-flagrante)
c) Presumido
d) Esperado
e) Fracionado (crimes continuados)
f) Preparado, fabricado, ou urdido
g) Diferido
14. O flagrante delito autoriza o ingresso na casa da pessoa à noite sem autorização judicial? 
Lembre-se do art. 5o, CF, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Caso do tráfico e do porte de drogas para uso pessoal.
15. Sistema de segurança em supermercado impede a prisão em flagrante do possível furtador? Há crime impossível aí?
Estes sistemas de vigilância (ou a própria presença de seguranças no estabelecimento) não são infalíveis, de maneira que não se pode afirmar, categoricamente, que o furto JAMAIS poderia se consumar. Se havia possibilidade, ainda que mínima, de ocorrer a consumação do furto, pela subtração da coisa (res furtiva), temos que o meio não é absolutamente ineficaz e, portanto, não há que se falar em crime impossível, nos termos do que dispõe o art. 17 do CP.
16. Parlamentar federal pode ser preso em flagrante? Desse flagrante, é possível a conversão da prisão em preventiva? 
Parlamentar pode ser preso provisoriamente se for pego em flagrante de crime inafiançável. 
Único caso de prisão cautelar de parlamentar é o flagrante de crime inafiançável. A prisão preventiva de parlamentar continua não sendo reconhecida pelo STF.
Caso do Senador Delcídio do Amaral:
a) Ele estava em flagrante?
Segundo entendeu o STF, o Senador e as demais pessoas envolvidas teriam praticado, no mínimo, dois crimes: a) integrar organização criminosa (art. 2º, caput, da Lei 12.850/2013); b) embaraçar investigação envolvendo organização criminosa (art. 2º, § 1º da Lei 12.850/2013).
O STF entendeu que as condutas do Senador configurariam crime permanente, considerando que ele, até antes de ser preso, integrava pessoalmente a organização criminosa (art. 2º, caput) e, além disso, estaria, há dias, embaraçando a investigação da Lava Jato (art. 2º, § 1º). Desse modo, ele estaria por todos esses dias cometendo os dois crimes acima, em estado, portanto, de flagrância.
b) O crime cometido era inafiançável? 
Os crimes do art. 2º, caput e do § 1º da Lei nº 12.850/2013 que, em tese, foram praticados pelo Senador, não são, a princípio, inafiançáveis considerando que não se encontram listados no art. 323 do CPP. 
Não se tratam, portanto, de crimes absolutamente inafiançáveis. No entanto, como, no caso concreto, estariam presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (tentativa de calar o depoimento de colaborador, tentativa de influenciar os julgadores e planejamento de fuga), havia uma situação que não admite fiança, com base no art. 324, IV, do CPP.
c) O STF decretou sua prisão preventiva? É possível prisão preventiva de Deputado Federal ou Senador? 
NÃO. O Ministro Teori Zavascki não decretou a prisão preventiva do Senador Delcídio do Amaral. A CF determina que os autos deverão ser remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (art. 53, § 2º)
Como regra, os membros do Congresso Nacional não podem ser presos antes da condenação definitiva. Exceção: poderão ser presos caso estejam em flagrante delito de um crime inafiançável.
Surgiramduas correntes: 
1ª) SIM. Para Rogério Sanches e Marcelo Novelino, o STF teria autorizado a prisão preventiva do Senador, relativizando o art. 53, § 2º da CF/88. 
2ª) NÃO. Não é possível a prisão preventiva de Deputado Estadual, Deputado Federal ou Senador porque a única prisão cautelar que o art. 53, § 2º da CF/88 admite é a prisão em flagrante de crime inafiançável. É a posição que entendo mais acertada.
Cuidado com o art. 324, CPP:
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;
II - em caso de prisão civil ou militar;
III - (Revogado pela Lei nº 12.403/2011).
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312).
O STF admite a prisão preventiva de Deputado Federal ou Senador?
A prisão preventiva de parlamentar continua não sendo reconhecida pelo STF.
d) A prisão preventiva pode ser decretada na fase de investigação/inquérito?
A prisão preventiva pode ser decretada durante o inquérito policial ou no curso da ação penal. Necessitando, para tanto, de representação da autoridade policial ou requerimento do representante do Ministério Público. 
e) O juiz pode decretar a prisão preventiva de oficio durante a investigação?
A prisão preventiva pode ser decretada durante o inquérito policial mas o magistrado não pode vir a decretá-la de ofício, necessitando, para tanto, de representação da autoridade policial ou requerimento do representante do Ministério Público. 
f) Qual o prazo de duração da prisão preventiva?
Inexiste em lei um prazo determinado para a duração da prisão preventiva, a regra é que perdure até quando seja necessário.
Não possui prazo para a sua duração determinado em lei, mas deve atender aos princípios da proporcionalidade e necessidade.
g) Quando será cabível a prisão preventiva?
A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o).
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
h) As excludentes de ilicitude admite prisão preventiva?
Art. 310 CPP, parágrafo único: “Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Código Penal (excludentes de ilicitude), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação”. 
Por outro lado, o inc. III do caput do art. 310 prevê, entre as alternativas do juiz, ao receber o auto de prisão em flagrante, “conceder liberdade provisória, com ou sem fiança”. Será, pois, uma liberdade provisória, com vínculo de comparecimento aos atos processuais.
i) Quando será possível a revogação da prisão preventiva?
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967)
Será revogada quando os pressupostos do Art. 312 deixarem de existir.
j) Cabe recurso da decisão judicial que decreta prisão preventiva?
 Não cabe recurso, é irrecorrível, mas o preso pode impetra um Habeas Corpus.
k) Quando será cabível a prisão temporária?
É possível prisão temporária nos crimes hediondos ou quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crime HEDIONDOS OU EQUIPARADOS
l) Qual o prazo máximo da prisão temporária?
Tem um prazo máximo de 5 dias podendo ser prorrogado por mais 5.
Se o crime for hediondo o prazo será de 30 dias prorrogado por mais 30.
m) Quando será possível o RELAXAMENTO da prisão?
O RELAXAMENTO é possível quando a prisão for ilegal.
n) Quando será possível a REVOGAÇÃO da prisão?
A prisão é legal. A revogação será possível quando os pressupostos existentes para prisão temporária ou preventiva sumirem.
o) O que é liberdade provisória?
A liberdade provisória é o pedido que se faz contra PRISÃO EM FLAGRANTE já que se preso preventivamente, a medida adequada é o relaxamento ou a revogação.
A liberdade provisória não será cabível nos crimes inafiançáveis. A liberdade provisória somente poderá ser decretada nos CRIMES AFIANÇAVEIS.
 
Crimes inafiançáveis:
1) TRAFICO DE DROGAS
2) CRIMES HEDIONDOS
3) AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CIVIS OU MILITARES CONTRA A ORDEM CONTITUCIONAL E O ESTADO DEMOCRATICO.
4) TORTURA
5) TERRORISMO
6) RACISMO
p) Qual a natureza jurídica da fiança?
Natureza hibrida, é uma medida de contra cautela e também é prevista como medida cautelar alternativa a prisão de forma autônoma.

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