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DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA

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DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
Incitação ao crime
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Sociedade, que tem sua paz abalada em virtude da conduta
Consumação – se consuma quando o agente incitando publicamente a prática de crime, coloca, em risco a paz pública, criando uma sensação de instabilidade social, de medo, insegurança.
Tentativa – possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal - Incondicionada
Apologia de crime ou criminoso
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Sociedade, que tem sua paz abalada em virtude da conduta
Consumação – se consuma quando o agente levando a efeito a apologia de crime ou criminoso, coloca em risco a paz pública, criando uma sensação de instabilidade social, de medo, insegurança.
Tentativa – possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
“Rita Lee é liberada após prestar depoimento em Aracaju
A cantora Rita Lee, 67, foi liberada após prestar depoimento e assinar um boletim de ocorrência numa delegacia de Aracaju (SE).
Ela foi detida por policiais ao fim do último show de sua carreira, no Festival Verão Sergipe. Ao avistar policiais na plateia, a cantora declarou que não os queria em sua apresentação. ‘Vocês são legais, vão lá fumar um baseadinho’.
O imbróglio começou no meio do show, quando a cantora afirmou ter visto membros de seu fã clube, que viaja trás dela pelo Brasil, sendo agredidos pelos policiais.
Tendo se aproximado do palco, os policiais foram xingados pela cantora de ‘cavalo’, ‘cachorro’ e ‘[...]’. ‘Sobe aqui’, dizia Rita a eles, desafiando-os. Ela fez o show até o final, quando foi levada à delegacia.
O boletim de ocorrência foi tipificado como ‘desacato’ e ‘apologia ao crime ou ao criminoso’ (art. 287 do Código Penal). ‘A sensatez falou mais alto no momento, por isso a polícia não parou o show’, disse o tenente-coronel Adolfo Menezes, responsável pelo policiamento do show”.
DIFERENÇA
Enaltecer, louvar ou elogiar o uso de drogas – mesmo a maconha – é fazer a apologia de crime, e isso é um crime em si, previsto no artigo 287 de nosso Código Penal, chamado de apologia de crime ou criminoso, cuja a pena chega a até 3 meses.
Mas se a pessoa diz ‘vai, usa a maconha’ ou ‘fuma um baseado’, o crime passa a ser outro, mais grave, chamado de ‘incitação ao crime’, previsto no artigo 286 do Código Penal, e cuja pena chega a 6 meses.
A “Marcha da Maconha” configura
 apologia de fato criminoso?
No julgamento da ADPF 187, o STF entendeu como legítimo o movimento, que está respaldado os direitos fundamentais de livre manifestação do pensamento (art. 5.º, IV) e de reunião (art. 5.º, XVI).
De acordo com o entendimento do STF, “a mera proposta de descriminalização de determinado ilícito penal não se confundiria com ato de incitação à prática do crime, nem com o de apologia de fato criminoso. Concluiu-se que a defesa, em espaços públicos, da legalização das drogas ou de proposta abolicionista a outro tipo penal,não significaria ilícito penal, mas, ao contrário, representaria oexercício legítimo do direito à livre manifestação do pensamento, propiciada pelo exercício do direito de reunião” (Inf. 631/STF)
Associação Criminosa
“Quadrilha ou Bando”
Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013 - Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal
Art. 288.  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo único.  A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. 
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Sociedade
Consumação – se consuma no momento em que ocorre a associação criminosa, não havendo necessidade de ser praticado qualquer crime em virtude do qual a associação foi formada, tratando-se, de delito de natureza formal.
Tentativa – Não admite
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
MENSALÃO
Em uma nova análise, o STF passou a exigir que não bastam apenas três pessoas ou mais atuando para cometer crimes. Há, ainda, um plus: uma especificidade da conduta. Conforme a ministra Rosa Weber:
"O ponto central da minha divergência é conceitual. Não basta que mais de três pessoas pratiquem delitos. É necessário mais. É necessária que se faça para a específica prática de crimes. A lei exige que a fé societatis seja afetada pela intenção específica de cometer crimes."
Trata-se de crime de concurso necessário e que a organização seja estruturada de forma estratégica, com objetivos próprios e específicos e com a convergência das condutas para atingir os resultados optados. Se o agrupamento formado com a finalidade de praticar ilícitos penais não tiver estabilidade e caráter de permanência será mero concurso de agentes. 
Constituição de milícia privada
Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012 - Dispõe sobre o crime de extermínio de seres humanos
Art. 288-A.  Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.   
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Sociedade
Consumação – se consuma no momento em vários momentos
Tentativa – Possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
MOEDA FALSA
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
O Núcleo falsificar tem o sentido de imitar o que é verdadeiro, tornando parecido.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma no momento em que efetivamente realiza a falsificação, não sendo necessário colocar em circulação
Tentativa – Não admite
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Competência – Justiça Federal
Falsificação grosseira
Súmula nº 73 do STJ: A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura em tese, o crime de estelionato, de competência da Justiça Estadual.
Não se aplica o princípio da insignificância. (STJ, RHC 28736/SP)
Crimes assimilados ao de moeda falsa
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácilingresso, em razão do cargo.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma no momento em que efetivamente consegue formar célula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de células, com o fim de restituí-los à circulação; quando restitui à circulação.
Tentativa – Admite-se
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Competência – Justiça Federal
Então, pegarei moedas, cédulas ou bilhetes representativos da moeda e partir dos fragmentos eu farei uma nova. Faria sentido eu criar uma moeda que já foi recolhida? 
Só poderia ser para estelionato, de pessoa muito despreparada. Aqui, portanto, temos o conflito direto com o art. 289, caput. 
Como a jurisprudência tem resolvido esse conflito? 
Vejam só: montarei uma cédula nova, de maior valor. Quando se forma uma cédula nova, pratica-se o crime do art. 289. Para que se enquadre no art. 290, inciso I, temos que verificar se os fragmentos são de cédulas já recolhidas. 
Essa é a diferença. Ao tomar fragmentos de uma cédula verdadeira em curso, caímos no 289.
Ementa: DIREITO PENAL. CRIMES ASSIMILADOS AO DE MOEDA FALSA. EMPREGADO DA CASA DA MOEDA. CÉDULAS REINTRODUZIDAS NA CIRCULAÇÃO. ART. 290 , PARÁGRAFO ÚNICO , CP . ART. 156 , CPP . ÔNUS DA PROVA. 1. Trata-se de Apelação Criminal interposta contra a r. sentença que julgou procedente a pretensão punitiva estatal, condenando o Apelante nas sanções do art. 290 , parágrafo único , do Código Penal , ou seja, 3 (três) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa – cada dia-multa fixado em um salário mínimo nacional -, sendo que o regime de cumprimento da pena privativa de liberdade será o aberto. Não houve a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos devido à ausência dos requisitos subjetivos do art. 44 , do CP . 2. A imputação feita ao Apelante foi quanto a ter praticado conduta que se amolda no art. 290 , parágrafo único , do Código Penal , in verbis: “Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. Parágrafo único. O máximo da reclusão é elevado a 12 (doze) anos e o da multa a Cr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzeiros), se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo”. 3. A conduta descrita na denúncia se insere na terceira conduta tipificada no caput do art. 290, supra-transcrito, sendo certo que também há a presença do elemento do tipo previsto no parágrafo único, do art. 290, diante da constatação de que o Apelante era empregado da CASA DA MOEDA DO BRASIL e, em razão de sua condição, teve possibilidade de subtrair vinte cédulas de R$ 500,00 (quinhentos reais) para restituí-las à circulação. 4...
Petrechos para falsificação de moeda
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
APELAÇÃO CRIMINAL. MOEDA FALSA. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. EMENDATIO LIBELLI. ART. 291 DO CÓDIGO PENAL. PETRECHOS PARA FALSIFICAÇÃO DE MOEDA. MATERIALIDADE COMPROVADA. PROVAS INSUFICIENTES DE AUTORIA. IN DUBIO PRO REO. RECURSO IMPROVIDO. I - Réu denunciado como incurso nas sanções do artigo 289 , § 1º do Código Penal . II - Sentença absolutória com fulcro no artigo 386 , inciso III , do Código de Processo Penal . III - Emendatio libelli. De ofício, correção da capitulação jurídica para o delito do artigo 291 do Código Penal . Restou claro que o material apreendido destina-se à falsificação de moeda, porquanto se trata de papeis utilizados na contrafação de cédulas de R$ 50,00 (cinquenta reais) que já haviam passado por determinadas etapas de um processo apurado de falsificação, similar ao da revelação fotográfica. IV - A acusação não logrou comprovar, de maneira segura, que o material apreendido pertencia ao apelado. In dubio pro reo. V - Mantida a r. sentença absolutória, por fundamento diverso, nos termos do artigo 386, VII, do Código Penal . VI - Apelação a que se nega provimento.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando fabrica, fornece, adquire, possui ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda
Tentativa - Possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Emissão de título ao portador sem permissão legal
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma somente quando o agente coloca em circulação nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ...
Tentativa - Possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Questão de prova
Comprei petrecho para falsificar moedas. 
Depois convido dois amigos para me auxiliarem na campanha de disseminação de moedas falsas em todo o território nacional. 
Eles dois viajam para diferentes estados e começam o derrame. Quais crimes nós praticamos? 
Lembrem-se que eu tinha o petrecho, falsificamos, e meus amigos viajaram para soltar as moedas falsas. 
Um único crime, do art. 289, caput. Princípio da consunção. A falsificação é, neste caso, um ato preparatório punível. Em regra, os atos preparatórios são impuníveis.
Fazer circular a moeda posteriormente é post factum impunível.
 RECURSO ESPECIAL. LOTERIA FEDERAL. BILHETE QUE FAZ REFERÊNCIA A SORTEIO QUE NÃO CONTEMPLOU OS NÚMEROS INDICADOS PELO AUTOR. PROVA DE QUE A APOSTA FOI REALIZADA NO PRAZO PARA O SORTEIO ANTERIOR. IRRELEVÂNCIA. BILHETE NÃO NOMINATIVO QUE OSTENTA CARÁTER DE TÍTULO AO PORTADOR. 1. Pode e deve o Tribunal a quo, em sede de embargos de declaração, sanar eventual contradição ou omissão existente na apreciação de determinada prova produzida em primeiro grau, sob pena de, nesse caso, violar o art. 535 do CPC . 2. Em se tratando de aposta em loteria, com bilhete não nominativo, mostra-se irrelevante a perquirição acerca do propósito do autor, tampouco se a aposta foi realizada neste ou naquele dia, tendo em vista que o que deve nortear o pagamento de prêmios de loterias federais, em casos tais, é a literalidade do bilhete, eis que ostenta este características de título ao portador. 3. É que o bilhete premiado veicula um direito autônomo, cuja obrigação se incorpora no próprio documento, podendo ser transferido por simples tradição, característica que torna irrelevante a discussão acerca das circunstâncias em que se aperfeiçoou a aposta. 4. Recurso especial do Ministério Público Federal conhecido e provido. Prejudicado o recurso especial da Caixa Econômica Federal.
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
Falsificação de papéis públicos
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; 
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; (dívida pública (federal, estadual ou municipal)
III - vale postal; revogado pelo art. 36 – lei 6.538/78
IV - cautela de penhor,caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público (já não existe mais – livreto onde faziam movimentações bancárias;
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável;
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem: 
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; 
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário;       
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria:
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado;
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. 
§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior.
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências.
Selo de controle de IPI
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma com a prática de qualquer comportamento descrito no artigo.
Tentativa - Possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
FALSIFICAÇÃO DE PAPÉIS PÚBLICOS - Figuras equiparadas - Venda de cigarros sem a existência de selos obrigatórios - Crime de sonegação fiscal - Produto adquirido na Galeria Pajé, Lapa e Estação da Luz - Ausência do dolo - Pequena quantidade que traduz a ignorância quanto à proibição - Exclusão de culpabilidade - Absolvição decretada - Recurso provido para esse fim -
Petrechos de falsificação
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando, efetivamente, fabrica, adquiri, fornece, possui ou guarda.
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
DA FALSIDADE DOCUMENTAL
 Falsificação do selo ou sinal público
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Incorre nas mesmas penas:
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública.
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa se funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando, efetivamente, age nas hipóteses do artigo.
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
 Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.
 § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa se funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando, efetivamente, age nas hipóteses do artigo.
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Falsificação de documento particular 
Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012 - Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão  (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) 
Parágrafo único.  Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.  
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando, efetivamente, age nas hipóteses do artigo.
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Diferentemente do que ocorre com os delitos previstos nos arts. 297 e 298, que preveem uma falsidade de natureza material, na falsidade ideológica o documento é perfeito, a ideia nele lançada é que é falsa.
É uma fraude que consiste na adulteração de documento, público ou particular, com o desiderato de obter vantagem para si ou para outrem ou ainda para prejudicar terceiro.
Ex. Indivíduo que outorga procuração em nome de terceiros falsificando assinatura.
Sujeitoativo – Qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Consumação – se consuma quando da confecção do documento, público ou particular
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Condenado por falsidade ideológica, deputado tem pena prescrita
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta terça-feira (9) o deputado federal Marçal Filho pelo crime de falsidade ideológica, na modalidade documento particular, previsto no artigo 299 do Código Penal (CP). Embora a pena do parlamentar na Ação Penal (AP) 530 tenha sido fixada em dois anos e seis meses de reclusão e ao pagamento de multa de 15 salários mínimos, a punibilidade foi considerada extinta em razão da prescrição da pretensão punitiva. Os corréus João Alcântara Filho e Daladier Rodrigues de Araújo Filho foram condenados a dois anos de reclusão e ao pagamento de multa de 10 salários mínimos, mas também tiveram a punibilidade extinta.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), a falsificação ocorreu para esconder a participação do deputado na empresa de Radiodifusão Dinâmica FM Ltda, em Dourados (MS), com o objetivo de burlar o dispositivo constitucional (artigo 54, I, alínea ‘a’) que veda a parlamentares federais a propriedade de empresa permissionária de serviço público.
No entendimento do MPF, teriam sido cometidos dois crimes de falsidade ideológica, o primeiro na elaboração de contrato social com a utilização de "laranjas" para encobrir a participação do deputado, e o segundo ao se modificar o contrato para incluir o parlamentar na sociedade. O outro crime denunciado pelo MPF foi o de uso de documento falso, previsto no artigo 304 do CP.
Requisitos para a denúncia
1- Alteração da verdade sobre o fato juridicamente relevante;
2- Imitação da verdade;
3- Potencialidade de dano;
4- Dolo específico.
Falsidade ideológica para fins eleitorais – art. 350 da Lei. 4.737/65.
Falsidade ideológica e estelionato: 
Súmula 17 do STJ: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido”.
Falso reconhecimento de firma ou letra
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Sujeito ativo – Somente o funcionário, no exercício da função pública
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Consumação – se consuma quando reconhece, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja.
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Certidão ou atestado ideologicamente falso
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Atestar – é um documento que traz em si o testemunho de um fato ou circunstância.
Certificar – é documento pelo qual o funcionário, no exercício de suas atribuições oficiais, afirma a verdade de um fato ou circunstância contida em documento público ou transcreve o conteúdo do texto, total ou parcialmente.
Agente atesta falsamente a boa conduta de determinado indivíduo, a fim de que este logre emprego em uma empresa privada, , por exemplo, não se perfaz o crime em tela; mas se for atestada falsamente a boa conduta carcerária do detento para obtenção do livramento condicional, o crime se perfaz.
Sujeito ativo – Caput: Somente o funcionário, no exercício da função pública; § 1º: qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Consumação – se consuma no instante que o documento falso é criado.
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Falsidade material de atestado ou certidão
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
 Pena - detenção, de três meses a dois anos.
 § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
DISTINÇÃO
No caput do art. 301 – contém delito específico de falsidade ideológica. Somente pode ser praticado por funcionário público.
§ 1º do art. 301 – encerra um crime de falsidade material. Pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Expedição de diploma ou atestado profissionalizante não configura o crime, pois o sujeito de habilita para um número infindável de atividades e não especificamente ao exercício de função pública. Enquadra-se no art. 299 CP. 
Se material a adulteração o crime será o previsto nos arts. 297 e 298 CP.
Falsidade de atestado médico
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Sujeito ativo – Somente o médico
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Consumação – se consuma no instante que entrega o atestado, independente se for usado ou não.
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica (compreende os cartões, ou blocos comemorativos)
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Consumação – se consuma no instante que o agente reproduz e/ou altera selo ou peça filatélica
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Uso de documento falso
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
Falsificação de documento público e particular
Falsificação de cartão
Falsidade ideológica
Falso reconhecimento de firma
Certidão ou atestado 
Falsidade de atestado ou certidão
Falsidade de atestado médico
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Objeto material – Qualquer dos papéis do art. 297 a 302.
Consumação – se consuma quando o agente se utiliza de qualquer dos papéis que se referem os arts. 297 a 302.
Tentativa – Difícil
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Súmula nº 104 do STJ: Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.
Súmula nº 200 do STJ: O juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.
Aquele com quem é encontrado o documento falsificado não pratica o delito de uso de documento falso, havendo necessidade, outrossim, que o agente, volitivamente, o utilize, apresentando-o como se fosse verdadeiro.
Falsificação grosseira não tem o condão de configurar o delito falso.
O acusado que porta CNH falsificada, acreditando-se tratar-se de documento legítimo, não pratica o delito previsto neste artigo. Errode tipo afasta a caracterização.
A Polícia Federal prendeu em 04.06 seis sírios que tentavam embarcar pelo Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães para Madri/Espanha, com passaportes falsos da Bulgária.  
Um alerta da INTERPOL, inicialmente em relação a dois passageiros, resultou na identificação dos seis presos. 
Concurso de crimes
Uso de diversos documentos falsos em um mesmo contexto – haverá um único crime.
Uso continuado – art. 71 CP.
Uso de documento falso e estelionato - súmula 17 STJ
Falso documental e uso – o próprio falsário faz uso do documento falsificado, o uso constitui fato posterior não punível. 
Supressão de documento
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem*, ou em prejuízo alheio*, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular.
* Obrigatório o elemento subjetivo ou poderá configurar dano (art. 163), furto (art. 155), etc.
Crime de falsidade material.
Exige-se que o documento público ou particular seja verdadeiro; se for falso é atípico.
Advogado que inutiliza documento ou objeto de valor probatório que recebeu na qualidade de advogado pratica o delito previsto no art. 356 do CP.
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Objeto material – documento público ou particular verdadeiro
Consumação – se consuma quando o agente pratica qualquer dos comportamentos previstos pelo tipo penal.
Tentativa – Admite-se
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Servidor é preso por suprimir documentos na promotoria
Defesa aponta que ele reunia provas para denunciar irregularidades do Ministério Público
Um oficial de promotoria de Ribeirão Preto foi preso em flagrante na noite da última segunda-feira (26), na sede do Ministério Público Estadual, acusado de supressão de documentos, isto é, destruir, suprimir ou ocultar documento público ou particular verdadeiro, que não podia estar em poder do acusado. A pena para o crime pode chegar até a seis anos de reclusão.
A defesa do acusado aponta que o funcionário é perseguido e por isso estava preparando provar para mostrar eventuais irregularidades.
O acusado foi surpreendido pelo promotor Aroldo Costa. “Eu estava no Ministério Público quando o vigia me avisou que o funcionário estava tirando xerox de documentos em uma sala escura e que isto não seria a primeira vez que acontecia. Eu fui até ele e perguntei qual o motivo da atitude e ele não quis responder.” 
Segundo ele, Frederico Assis, 36 anos, trabalha na área Cível do Ministério Público e os vigias apontam que ele já teria ficado outras vezes depois do expediente, o que é proibido por lei.
“Nós também fomos até a sala dele e encontramos na bolsa documentos originais de processos que não deveriam estar com ele”, afirmou Aroldo. O funcionário não quis dar declarações aos promotores. 
DE OUTRAS FALSIDADES
Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o cumprimento de formalidade legal:
Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa.
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Objeto material – é marca e/ou sinal (federal, estadual, municipal) empregados pelo poder público
Consumação – se consuma com a falsificação, fabricação ou alteração 
Tentativa – Admite
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Falsa identidade
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Indivíduo se passa por irmão gêmeo em uma prova escolar.
Indivíduo que, ao apresentar outrem, atribui-lhe nome ou qualificação falsa.
Falsa identidade e furto
Na hipótese em que o agente se autoatribua falsa identidade a fim de, fazendo-se passar por outra pessoa, conseguir levar a efeito a subtração não violenta de algum bem móvel pertencente à vítima, o fato se amoldará ao tipo penal que prevê o delito de furto praticado mediante fraude (art, 155, § 4º, II, CP).
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Objeto material – não há
Consumação – se consuma quando o agente atribui-se ou a terceiro falsa identidade para obter vantagem
Tentativa – Admite
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Falsa identidade: ocultação de antecedentes criminais não é crime
A atribuição a si mesmo de falsa identidade em apresentação à polícia para esconder antecedentes penais não comete crime. Esse entendimento foi utilizado pela 5.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça para a concessão de um habeas corpus.
Um rapaz foi denunciado e condenado por furto e por falsa identidade, sendo condenado pelo primeiro crime e absolvido pelo segundo. Na sentença, para fundamentação da absolvição, o juiz argumentou que a conduta não passou de estratégia de autodefesa e lembrou que, durante a fase de instrução do processo, ele apresentou a identidade verdadeira.
A sentença, no entanto, foi reformada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que deu provimento ao recurso do Ministério Público, condenando o rapaz pelo crime de falsa identidade (art. 307 do CP).
A Defensoria Pública, inconformada com a decisão, ingressou com a ação de habeas corpus no STJ. Ao analisar o pedido, a relatora, Ministra Laurita Vaz, ressaltou que o Tribunal já firmou o entendimento de que a conduta de atribuir falsa identidade perante autoridade policial com o objetivo de ocultar antecedentes criminais não configura o crime previsto no art. 307 do CP.
No voto apresentado no julgamento e seguido por unanimidade pelos ministros do colegiado, a relatora apresentou uma série de precedentes do STJ no mesmo sentido (HC 86.686/MS, HC 42.663/MG, REsp 471.252/MG).
Falsa Identidade
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito passivo – Estado e pessoas que foram atingidas e/ou prejudicadas.
Objeto material – passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista
Consumação – se consuma com a efetiva utilização do documento
Tentativa – Possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Obs. Se o agente utiliza o documento de outrem para o fim de, com ele, praticar outra infração penal, mais grave, será aplicada a regra constante da segunda parte do preceito secundário do art. 308 do CP.
Fraude de lei sobre estrangeiro
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território nacional: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Não é a simples utilização do nome falso peloestrangeiro que caracteriza o crime. Na verdade, deverá atuar com a finalidade especial de entrar ou permanecer no território nacional, pois, caso contrário, o fato poderá não se amoldar.
Sujeito ativo – Modalidade simples: somente o estrangeiro; Modalidade culposa: qualquer pessoa.
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando o estrangeiro usa o nome que não é seu
Tentativa – Difícil
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Norma penal em branco, devendo o intérprete conhecer o seu complemento, onde se encontram as proibições destinadas aos estrangeiros, a fim de que ela possa ser entendida e aplicada.
Sujeito ativo – qualquer pessoa.
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando se dá a efetiva substituição do verdadeiro possuidor ou proprietário
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Adulteração de sinal identificador de veículo automotor
 Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. 
Sujeito ativo – qualquer pessoa nacional
Sujeito passivo – Estado
Consumação – se consuma quando leva a efeito a adulteração ou remarcação do número do chassi ou qquer sinal identificador
Tentativa – Admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO
Art. 311-A.  Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:  
I - concurso público;
II - avaliação ou exame públicos;
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou 
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput. 
§ 2o  Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 3o  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público. 
Sujeito ativo – qualquer pessoa nacional
Sujeito passivo – Estado, bem como as demais pessoas prejudicadas
Consumação – se consuma quando utiliza do conteúdo
Tentativa – Possível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Fé pública
Funcionário público que recebe dinheiro – corrupção passiva (art. 317) em concurso material (art. 311-A); no que diz respeito ao candidato será responsabilizado pelo delito de corrupção ativa (art. 333).
Vazamento gabarito ENEM 2013
RIO — O Ministério da Educação (MEC) negou, nesta quarta-feira (23), o vazamento do gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio, que será realizado neste fim de semana. O boato ganhou força ao longo do dia, depois de o perfil @anonymousENEM ter divulgado, na noite desta terça (22), uma imagem com as supostas respostas certas da prova rosa de Ciências Humanas e Ciências da Natureza.
Em nota oficial, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anysio Teixeira (Inep) afirmou que “é totalmente improcedente e falsa essa ilação. Trata-se de mais uma tentativa de gerar um clima de insegurança, como ocorreu em outras oportunidades. O sigilo do gabarito está totalmente preservado e só será divulgado após a realização do exame, conforme prevê o edital”, de acordo com o Inep.
A nota informa ainda que o caso foi encaminhado para a Polícia Federal para averiguação, podendo o responsável ser enquadrado no artigo 311 A do Código Penal: utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de concurso público; avaliação ou exame públicos; processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou exame ou processo seletivo previstos em lei. A pena prevista é de reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Uberlândia. O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação dos responsáveis pela anulação do vestibular do 2º semestre de 2012 da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). 
Nilton Batista dos Santos, servidor da UFU, e sua sobrinha, a enfermeira Deborah Cristina Silva Maia, foram condenados pelo crime previsto no artigo 311-A do Código Penal: “Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: I – concurso público; II – avaliação ou exame públicos; III – processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou IV – exame ou processo seletivo previstos em lei, com o agravante previsto no § 2º, por terem causado dano à administração pública.
Nilton recebeu pena de 3 anos e 4 meses de reclusão, que foi substituída por prestação de serviços à comunidade e interdição temporária de direitos, consistente na proibição de exercer qualquer função pública em processos seletivos públicos para ingresso no ensino superior. 
Deborah Cristina foi condenada a 4 anos e 3 meses de prisão, em regime semi-aberto. Como ela é enfermeira da rede pública, o juiz também decretou a perda do cargo.
Os fatos aconteceram no primeiro semestre do ano passado. Instado pela sobrinha, que concorria ao curso de medicina, Nilton Batista dos Santos repassou a ela várias questões das provas a que teve acesso quando prestava serviços no setor de impressão da universidade.
A fraude foi descoberta porque Deborah Cristina, não conseguindo resolver sozinha as questões, pediu ajuda aos professores do colégio onde estudava para o vestibular. Aprovada na primeira fase, ela novamente procurou os professores para ajudá-la a resolver questões da segunda fase. Desconfiados, eles entraram em contato com as autoridades.
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DOS CRIMES PRATICADOS
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
PECULATO
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Existem quatro modalidades de peculato:
Peculato próprio
a) Peculato-apropriação (1ª parte do caput);
b) Peculato-desvio (2ª parte do caput);
Peculato impróprio
c) Peculato-furto (§ 1º); e, 
Peculato culposo
d) Peculato culposo (§ 2º).
a) Peculato-apropriação (1ª parte do caput);
Núcleo – Apropriar, tomar como propriedade, tomar para si, apoderar-se indevidamente de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou privado.
O que o especializa em relação ao delito de apropriação indébita (art. 168) é o fato de ser praticado por funcionário público em razão do cargo.
b) Peculato-desvio (2ª parte do caput)
Aqui o agente desvio o dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, em proveito próprio ou alheio.
c) Peculato-furto (§ 1º)
Conhecido como peculato impróprio, haja vista que sua distinção fundamental com o delito de furto reside no fato deque o funcionário, para efeitos de subtração do dinheiro, valor ou bem, deve valer-se da facilidade que lhe proporciona essa qualidade, pois, caso contrário, haverá desclassificação para o delito tipificado no art. 155 CP.
CASO JORGINA FREITAS
A Máfia da Previdência é também conhecida como Caso Jorgina de Freitas, advogada identificada como líder do esquema. Jorgina Maria de Freitas Fernandes foi acusada e condenada por integrar quadrilha de 18 fraudadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre a década de 80 e o começo da década de 90.
Formada por advogados, contadores judiciais, juízes e procuradores autárquicos, a quadrilha teria desviado valores astronômicos do INSS. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo de 2010, o montante chegaria a R$ 300 milhões. Segundo a Revista Veja, em reportagem de 2011 que cita a Advocacia-Geral de União (AGU) como fonte, o rombo seria bem maior, de cerca de R$ 2 bilhões.
Em julho de 1992, os 18 réus foram condenados. As penas para os crimes de peculato e apropriação indevida variaram em torno de 14 anos de prisão. Segundo a AGU, do total desviado, retornaram “R$ 76 milhões e US$ 11 milhões” aos cofres públicos.
d) Peculato culposo (§ 2º)
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Tal modalidade ocorre quando funcionário público responsável pela guarda da coisa pública, involuntariamente, acaba dando oportunidade para que outra pessoa a subtraia, devido à sua negligência, desatenção e/ou descuido.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Sujeito ativo – Funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Peculato-apropriação: se consuma quando inverte a posse; Peculato-desvio: quando dá a coisa destino diverso, quando a emprega e fins outros; Peculato-furto: quando consegue levar a efeito subtração do dinheiro, valor ou bem.
Tentativa – Admite-se
Elemento Subjetivo – Dolo e culpa (§ 2º)
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
ATENÇÃO
Concurso de pessoas
O particular é levado à condição de funcionário público quando pratica crime contra a Administração Pública em Geral em concurso com pessoa servidora pública.
Gastos indevidos do dinheiro público
Caracteriza crime de Peculato
Peculato mediante erro de outrem
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
É importante que o agente saiba que se apropria indevidamente de coisa que lhe foi entregue por erro, pois, caso contrário, seu dolo restará afastado.
Sujeito ativo – Funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma quando o agente, se apropria de dinheiro ou utilidade, que no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem.
Tentativa – Admite-se
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Ex.: Pagar o valor de uma taxa municipal a funcionário incompetente para recebê-la, o qual, ao perceber o erro em que incidiu o contribuinte, silencia, apoderando-se do valor pago.
Ou ainda,
Quando funcionário acredita que tem competência para receber, mas não tem e quando descobre o engano, não devolve o bem.
Inserção de dados falsos em sistema de informações
 Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000
 Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Sujeito ativo – Funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma quando o agente, facilita que terceiro insira dados falsos, ou quando altera ou exclui indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados da Administração Pública.
Tentativa – Admite-se
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
O propósito inicial do Governo era disciplinar os delitos contra a Previdência Social incluindo os cometidos por meio de informática, mas depois ampliou para toda a Administração Pública.
PENAL E PROCESSUAL PENAL. INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EMSISTEMA DE INFORMAÇÃO. ART. 313-A, DO CPB. SERVIDOR DA RECEITA FEDERAL. DOLO. COMPROVAÇÃO. PENA-BASE. REDUÇÃO. CONTINUIDADE DELITIVA. INAPLICABILIDADE DO ART. 72 (PENA DE MULTA) NAS HIPÓTESESDO ART. 71 DO CP . RECURSO DA DEFESA PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Apelação contra sentença que condenou o acusado, na qualidade de servidor do Ministério da Fazenda/Receita Federal, a pena de 5 anos e 10 meses de reclusão, em continuidade delitiva (82 vezes), pela prática do delito tipificado no at. 313-A do CPB. 2. As condutas perpetrada pelo acusado, de fato, subsumem-se ao art. 313-A, na medida em que a conduta típica não se resume apenas em inserir dados, sendo bem mais ampla, pois também abrange alteração ou exclusão de dados corretos dossistemas informatizados ou em banco de dados da administração. Atipicidade da conduta afastada. 3. É insofismável que alocar pagamentos realizados por terceiro e atribuí-los em benefício de outrem perpassa pela conduta de alterar dados até então corretos no sistema informativo da Receita Federal, atingindo o disposto na norma supracitada. Além disso, tem-se também que inserir, alterar ou excluir dados é condição sine qua non para proceder com a emissão de CPENs ilegais e realizar a suspensão de débitos que deveriam ser cobrados pela Receita Federal. 4. O tipo subjetivo é o dolo, ou seja, vontade livre e consciente dirigida à inserção ou à facilitação da inclusão de dados falsos e à alteração ou exclusão indevida em dados corretos em sistema de informações da Administração Pública. O tipo requer ainda um fim especial de agir, o elemento subjetivo do tipo contido na expressão com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem, qualquer que seja ela, ou para causar dano à Administração Pública, o que restou devidamente comprovado nos autos. 5. Ainda que durante o decorrer da carreira do servidor houvesse modificações nos procedimentos administrativos ou nas leis que regem a matéria..
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.
Sujeito ativo – Funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma quando o agente, modifica ou altera o sistema de informação.
Tentativa – Admite-se
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Sujeito ativo – Funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma quando o agente pratica alguma ação do tipo.
Tentativa – sonegação inadmissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Havendo ofensa à Fé Pública, prevalece o mais grave previsto no art. 305 do CP.
Se o funcionário público solicita ou recebe, para si ou para outrem, vantagem indevida, ou aceita promessa de tal vantagem, a fim de extraviar, sonegar ou inutilizar livro ou documento, comete o delito decorrupção passiva (CP, art. 317), que é mais grave.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
 Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Verbas são dinheiros especificamente destinados pela lei orçamentária a este ou aquele serviço público ou fim de utilidade pública.
Rendas são todos os dinheiros percebidos pela Fazenda Pública ou a esta pertencentes, seja qual for a sua origem legal.
Sujeito ativo – Funcionário público que tem o poder
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma quando o agente pratica alguma ação do tipo.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Se o agente utilizar as rendas ou verbas públicas em estado de necessidade (art. 24), não constitui crime.
Ex.: calamidades públicas, inundações, epidemia, incêndios.
Aumento de pena – 327, § 2
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Sujeito ativo – Funcionário público que tem o poder
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma com a mera exigência de vantagem indevida.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
O objeto jurídico é dado pelo interesse da administração pública, na observância dos deveres de probidade dos funcionários, no legítimo uso da qualidade e da função e, particularmente, em que eles não abusem da qualidade ou da função, incutindo temor aos particulares, para conseguirem uma utilidade.
Concussão em suma é quando o servidor público exige dinheiro, um bem ou um favor para fazer ou deixar de fazer algo.
O crime é praticado com o temor de represálias, imediatas ou futuras, relacionadas à função pública por ele exercida. Basta o temor que a autoridade inspira. 
MP denuncia chefe de carceragem pelo crime de concussão
O acusado teria exigido dinheiro dos detentos em troca de atividades para reduzir a pena dos presos.
O Ministério Público de Cascavel denunciou o chefe dos Setores de Carceragens das 15.ª e 20.ª Subdivisões de Polícia Civil (Cascavel e Toledo, respectivamente) pelo crime de concussão - exigir dinheiro ou vantagem em razão da função pública. O acusado teria exigido dinheiro de detentos das 15ª e 20ª Subdivisões, valendo-se de sua condição de chefe das unidades prisionais. 
Segundo a denúncia, o denunciado cobrava vantagens financeiras para permitir, por exemplo, que os presos efetuassem serviços internos para reduzir a pena ou para que não fossem transferidos de unidade. 
Excesso de exação
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:  
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Cobrança com exatidão pelo Estado ao cidadão, já o "excesso de exação" é ultrapassar o limite de exatidão.
Exigência indevida: Não há autorização legal para sua cobrança, ou seu valor já foi quitado. Uma vez arrecadado ele é revertido aos cofres públicos não em proveito do agente.
Cobrança vexatória: Um oficial de justiça que chega em local público intimando em voz alta (de forma desproporcional) um cidadão que deve ao Estado.
Projeto que torna corrupção crime hediondo pode ser votado na Câmara esta semana
Caso o projeto seja aprovado, serão incluídos na Lei dos Crimes Hediondos os delitos de corrupção ativa e passiva, peculato, concussão, excesso de exação
Caso o projeto seja aprovado, serão incluídos na Lei dos Crimes Hediondos (8.072/90) os delitos de corrupção ativa e passiva, peculato (apropriação pelo funcionário público de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, público ou particular), concussão (quando o agente público exige vantagens para si ou para outra pessoa), excesso de exação (nos casos em que o agente público desvia o tributo recebido indevidamente). O projeto também torna crime hediondo o homicídio simples e suas formas qualificadas.
O projeto também altera o Código Penal para aumentar a pena desses delitos. Com isso, as penas mínimas desses crimes ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis. Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime de pena.
Com a mudança as penas para estes delitos passam a ser de 4 a 12 anos reclusão, e multa. Em todos os casos, a pena é aumentada em até um terço se o crime for cometido por agente político ou ocupante de cargo efetivo de carreira de Estado.
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Sujeito ativo – Funcionário público que tem o poder
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma em três momentos diferentes, dependendo do modo como é praticado.
1- Se consuma quando o agente, solicita vantagem indevida.
2- Se consuma quando, sem que tenha feito qualquer solicitação, recebe vantagem indevida.
3- Se consuma quando, tão somente o agente aceita promessa de tal vantagem.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Modalidade privilegiada – art. 317, § 2º.
Corrupção passiva desportiva – Prevista no art. 41-C do Estatuto de Defesa do Torcedor (lei 10.671/2003)
STJ – A gravação efetuada por um dos interlocutores que se vê envolvido nos fatos em tese criminosos é prova lícita e pode servir de elemento probatório para a notitia criminis e para a persecução criminal.
Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
Facilitar significa tornar fácil, removendo as dificuldade, seja fazendo ou, mesmo, deixando de fazer alguma coisa a que estava obrigado.
Por contrabando deve ser entendida toda entrada ou saída do território nacional de mercadoria cuja importação ou exportação esteja, absoluta ou relativamente, proibida; descaminho é toda fraude empregada para iludir, total ou parcialmente, o pagamento de impostos de importação, exportação ou consumo (cobrável, na aduana, antes do desembaraço das mercadorias importadas).
Sujeito ativo – Funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma quando facilita a prática do contrabando ou descaminho, independentemente do sucesso da outra infração penal.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Competência
De acordo com a súmula 151 STJ – a competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.
DESCAMINHO
Art. 334.  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 1o  Incorre na mesma pena quem:  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Sujeito ativo – Funcionário público
Sujeito passivo – Estado
Consumação – Se consuma quando indevidamente retarda a prática do ato de ofício, deixa de pratica-lo no tempo previsto, atrasando-o ou quando o agente não pratica o ato ou ainda pratica o ato contra disposição de lei.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Art. 319-A.  Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Sujeito ativo – Diretor de Penitenciária e/ou agente público
Sujeito passivo – Estado.
Consumação – Se consuma quando tendo conhecimento da situação nada faz. Frise-se que não exige a comunicação do preso, basta que exista a indevida possibilidade.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Condescendência criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Sujeito ativo – Funcionário Público
Sujeito passivo – Estado.
Consumação – Se consuma quando o agente decide, por indulgência, deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo.
Tentativa – inadmissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
Patrocinar, aqui, tem o significado de defender, advogar.
O autor do fato pede algum favor para seu colega do próprio órgão público ou de outro. Usa o seu poder funcional junto a um órgão público, sempre em favor de terceiros, nunca em proveito próprio. Por exemplo, adiantar o dossiê de aposentadoria de sua tia, facilitar o recadastramento eleitoral para seu primo, etc.
Sujeito ativo – Funcionário Público
Sujeito passivo – Estado.
Consumação – Se consuma com qualquer ato que importe em patrocínio de interesse privado perante a Administração Pública.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Condescendência criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Sujeito ativo – Funcionário Público
Sujeito passivo – Estado.
Consumação – Se consuma com qualquer ato que importe em patrocínio de interesse privado perante a Administração Pública.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Violência arbitrária
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
Existe controvérsia doutrinária e jurisprudencial a respeito de sua revogação pela Lei nº 4.898/65, que regulou o direito de representação e o progresso de responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade.
Majoritariamente, tem-se entendido pela revogação tácita do artigo.
Sujeito ativo – Funcionário Público
Sujeito passivo – Estado.
Consumação – Se consuma quando pratica o ato de violência, no exercício da função.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública
Abandono de função
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Sujeito ativo – Funcionário Público
Sujeito passivo – Estado.
Consumação – Se consuma quando o abandono cria um perigo de dano.
Tentativa – admissível
Elemento Subjetivo – Dolo
Ação penal – Incondicionada
Bem juridicamente protegido – Administração pública

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