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CIÊNCIAS SOCIAIS 2 SEMESTRE APOST.

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CIÊNCIAS SOCIAIS – 2° SEMESTRE
1. Introdução ao pensamento científico sobre o social: Renascimento e Ilustração
Nesta unidade, temos como objetivo compreender os fundamentos filosóficos sob os quais a sociedade moderna se desenvolveu na Europa a partir do final do século XV. Para isso, analisamos dois movimentos intelectuais que propiciaram mudanças de mentalidade na época e contribuíram para o desenvolvimento econômico e social, o Renascimento e a Ilustração. Com a análise do pensamento de autores como Thomas Morus, Maquiavel e Rousseau, procura-se compreender os fundamentos das transformações sociais que conduziram a Europa a estruturar a vida social em torno de valores, como a racionalidade, liberdade, individualidade e competitividade.
 O Renascimento também é chamado de humanismo, pois busca-se recuperar os valores humanistas das sociedades greco-romanas e valorizar as ações humanas em oposição a uma postura contemplativa. O antropocentrismo norteou o desenvolvimento do movimento intelectual, ao conceber que a humanidade é o centro para o qual devem convergir todo o conhecimento 
 A partir do século XV, a Europa viveu uma transformação na forma de conceber a existência humana e ver o universo, que propiciou o surgimento de formas de pensar pautadas na razão. O homem deixa de considerar sua existência como predestinação e desenvolve um conhecimento racional. A transformação na esfera do pensamento é acompanhada de crise no modo de organização social da época, o feudalismo. Inicia-se uma nova era não só para a organização do trabalho, o conhecimento humano também sofre modificações. Essa nova forma de conhecimento da natureza e da sociedade, na qual a experimentação e a observação são fundamentais, aparece neste momento, representada pelo pensamento de Maquiavel (1469-1527), Galileu Galilei (1564-1642), Francis Bacon (1561-1626), René Descartes (1596-1650).
O pensamento social do Renascimento se expressa na criação imaginária de mundos ideais que mostrariam como a realidade deveria ser, sugerindo, entretanto, que tal sociedade seria construída pelos homens com sua ação e não pela crença ou pela fé. Thomas Morus (1478-1535) em sua obra A Utopia defende a igualdade e a concórdia entre os homens. Concebe um modelo de sociedade no qual todos têm as mesmas condições de vida e executam em rodízio os mesmos trabalhos.
Maquiavel em sua obra O Príncipe, publicada em 1532, afirmava que o destino de uma sociedade depende da ação dos governantes. Analisou as condições para um governante fazer conquistas, reinar e manter-se no poder. A importância dessa obra reside no tratamento dado ao poder, que passa a ser visto a partir da razão e da habilidade do governante para se manter nele, separando a análise do exercício do poder da ética. A obra de Maquiavel permanece atual e até os dias de hoje é recomendada sua leitura para aqueles que buscam compreender as tramas que envolvem as relações de poder entre os grupos sociais.
Segundo (COSTA: 2005, p.35) as ideias de Thomas Morus e Maquiavel expressam os valores de uma sociedade em mudança, portadora de uma visão laica* da sociedade e do poder. 
Com a Ilustração*, as ideias de racionalidade e liberdade se convertem em valores supremos. A racionalidade aqui é compreendida como a capacidade humana de pensar e escolher. Liberdade significa que as relações entre os homens deveriam ser pautadas na liberdade contratual, no plano político isto significa a livre escolha dos governantes, colocando em xeque o poder dos monarcas. Os filósofos iluministas concebiam a política como uma coletividade organizada e contratual e o poder como uma construção lógica e jurídica.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em sua obra O contrato social, afirma que a base da sociedade estava no interesse comum pela vida social, no consentimento unânime dos homens em renunciar as suas vontades em favor de toda a comunidade (COSTA: 2005, p. 48). Rousseau identificou na propriedade privada a fonte das injustiças sociais e defendeu um modelo de sociedade pautada em princípios de igualdade. Diferentemente de Rousseau, John Locke (1632-1704) reconhecia entre os direitos individuais o respeito à propriedade. Foi o primeiro autor a defender que os princípios de organização social fossem codificados em torna de uma Constituição.
Concluímos que o pensamento social anterior a formação da Sociologia como ciência, é caracterizada por estudos sobre a vida social que não tinham como preocupação central conhecer a realidade como ela era, e sim propor formas ideais de organização social. O pensamento filosófico de então, já concebia diferenças entre indivíduo e coletividade, e como afirma (COSTA:2005, p.49) “Mas, presos ainda ao princípio da individualidade, esses filósofos entendiam a vida coletiva como a fusão de sujeitos, possibilitada pela manifestação explícita das suas vontades”.
2. O pensamento científico sobre o Social
 A busca do conhecimento e explicação dos fenômenos sociais sempre foi uma preocupação do ser humano. Mas a explicação com base científica, é fruto da sociedade moderna, industrial e capitalista. A Sociologia como ciência, surgiu no século XIX e significou que o pensamento sobre o social se desvinculou das tradições morais e religiosas, como afirma (COSTA: 2005, p.18).
“Tornava-se necessário entender as bases da vida social humana e da organização da sociedade, por meio de um pensamento que permitisse a observação, o controle e a formulação de explicações plausíveis, que tivessem credibilidade num mundo pautado pelo racionalismo”.
 Augusto Comte (1798-1857) foi o autor que desenvolveu pela primeira vez, reflexões sobre o mundo social sob bases científicas. Para este autor, o papel da Sociologia seria conhecer as leis sociais para poder prever os fenômenos e agir com eficácia. (QUINTANEIRO. 2007 p. 19); Em um contexto de grande desenvolvimento das ciências físicas e biológicas, se inspirou no avanço dos conhecimentos sobre o corpo humano para traçar analogia entre o corpo humano e um corpo social. Em sua análise compreendia a sociedade como um grande organismo, em que cada parte possui uma função específica e o bom funcionamento do corpo social depende da atuação de cada órgão. Esta ideia é passível de ser exemplificada em nosso cotidiano se observamos as relações de trabalho em uma empresa, onde cada um depende do trabalho do outro e o bom funcionamento da organização é identificado na inter-relação do trabalho de diferentes indivíduos.
 Segundo Comte, ao longo da história a sociedade teria passado por três fases: a teológica, a metafísica e a científica. Concebia a fase teológica como aquela em que os homens recorriam à vontade de deus para explicar os fenômenos da natureza. A segunda fase, o homem já seria capaz de utilizar conceitos abstratos, mas é somente na terceira base, que corresponde à sociedade industrial, que o conhecimento passa a se pautar na descoberta de leis objetivas que determinam os fenômenos.
 Comte procurou estudar o que já havia sido acumulado em termos de conhecimentos e métodos por outras ciências como a matemática, biologia, física, para saber quais deles poderiam ser utilizados na sociologia.
 O conhecimento sociológico permite ao homem transpor os limites de sua condição particular para percebê-la como parte de uma totalidade mais ampla, que é o todo social. Isso faz da sociologia um conhecimento indispensável num mundo que, à medida que cresce, mais diferencia e isola os homens e os grupos entre si.
– Transformações sociais do século XVIII: Revolução Francesa
Nesta unidade nosso objetivo é compreender a maneira como o capitalismo se afirmou como modo de organização social a partir do século XVIII. Para isso recorreremos a análise das revoluções burguesas[1] pela capacidade de provocar as mudanças que puseram fim ao sistema feudal. A importância dessas revoluções é que estimularam o desenvolvimento do capitalismo, pondo fim às monarquias absolutistase contribuíram para a eliminação de barreiras que impediam o livre desenvolvimento econômico.
 As ideias propagadas pelo iluminismo, conduziram a crítica ao pensamento teológico e o avanço do pensamento racional, contribuindo para mudança dos costumes e do pensamento da época. Buscava-se transformar não só o pensamento, mas a própria sociedade, criticando os fundamentos da sociedade feudal. Autores como Rousseau, Montesquieu procuravam mostrar como a sociedade feudal era injusta e irracional, impedindo o exercício da liberdade humana.
 No final do século XVIII a monarquia francesa procurava garantir os privilégios da nobreza, que não pagava impostos e possuía o direito de receber tributos, em um contexto no qual crescia a miserabilidade do povo. A burguesia também se opunha ao regime monárquico, pois este, não permitia a livre constituição de empresas, impedindo a burguesia de realizar seus interesses econômicos.
 Em 1789, com a mobilização das massas em torno da defesa da igualdade e da liberdade, a burguesia tomou o poder e passou a atuar contra o sistema de privilégios da sociedade feudal. Procurou organizar o Estado de forma independente do poder religioso e promoveu profundas inovações na área econômica ao criar medidas para favorecer o desenvolvimento empresarial. Dentre as mudanças significativas impostas pela Revolução Francesa, vale destacar a promulgação de uma legislação que limitava o poder da família, proibindo os abusos da autoridade paterna. Os bens da Igreja foram confiscados e a educação deixa de ser controlada pela Igreja e se torna obrigação do Estado. 
 As massas que participaram da revolução, logo foram surpreendidas pelas medidas da burguesia, que proibiu as manifestações populares e os movimentos contestatórios, que passaram a ser reprimidos com violência.
 
 2. Transformações do capitalismo no século XVIII: Revolução Industrial
 A revolução industrial eclodiu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII. Ela significou algo mais do que a introdução da máquina a vapor, e aperfeiçoamento dos métodos produtivos. A revolução nasceu sob a égide da liberdade: permitir aos empresários industriais que desenvolvessem e criassem novas formas de produzir e enriquecer. (MARTINS: 1992). Constituiu uma autêntica revolução social que se manifestou por transformações profundas na estrutura institucional, cultural, política e social.
O desenvolvimento de técnicas levou os empresários a incrementar o processo produtivo e aumentar as taxas de lucro. Isto levou os empresários a se interessar cada vez mais pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção, visando produzir mais com menos gente. A relação de classes que passa a existir entre a burguesia e os trabalhadores é orientada pelo contrato – o que permite inferir que a liberdade econômica e a democracia política – temos o trabalhador livre para escolher um emprego qualquer e o empresário livre para empregar quem desejar. (MEKSENAS:1991, p. 47), ela significou uma profunda transformação na maneira dos homens se relacionarem.
Aspectos importantes da Revolução Industrial:
1. A produção passa a ser organizada em grandes unidades fabris, onde predomina uma intensa divisão do trabalho.
2. Aumento sem precedentes na produção de mercadorias.
3. Concentração da produção industrial em centros urbanos.
4. Surgimento de um novo tipo de trabalhador: o operário
 A revolução industrial desencadeou uma maciça migração do campo para cidade, tornando as áreas urbanas o palco de grandes transformações sociais. Formam-se as multidões que revelam nas ruas uma nova face do desenvolvimento do capitalismo: a miserabilidade.
 No interior das fábricas as condições de trabalho eram ruins. As fábricas não possuíam ventilação, iluminação e os trabalhadores eram submetidos à jornadas de trabalho de até 16 horas por dia. Era usual nas fábricas a presença de mulheres e crianças a partir de 5 anos atuando na linha de produção. Quanto aos homens, amargavam a condição de desempregados. 
Os problemas sociais inerentes à Revolução Industrial foram inúmeros: aumento da prostituição, suicídio, infanticídio, alcoolismo, criminalidade, violência, doenças epidêmicas, favelas, poluição, migração desordenada.
 Embora a desigualdade social sempre tenha existido ao longo da história da humanidade, os problemas acima expostos são maximizados na sociedade moderna, tornando a vida em sociedade complexa. Por isso precisamos de uma ciência para compreender os nexos que ligam a realidade. Isto fez com que a Sociologia tomasse as relações sociais estabelecidas entre os homens como seu objeto de conhecimento sistemático. 
1. As contribuições de Émile Durkheim e Max Weber
O objetivo desta unidade é compreender as diferentes contribuições teóricas das Ciências Sociais para a compreensão da sociedade moderna. É importante compreender como estes conceitos permanecem atuais e podem ser aplicados para estudar os fenômenos contemporâneos. Outro elemento importante deste conteúdo é compreender que existem diferentes princípios explicativos para a sociedade capitalista, evidenciando o grau de complexidade do mundo moderno. 
Os três teóricos clássicos da sociologia: Durkheim, Weber e Marx criaram concepções norteadoras para a observação social e seguramente pode-se afirmar que qualquer estudo sociológico vai, invariavelmente, ter uma filiação clara a um destes modelos teóricos ou a aspectos combinados destes modelos.
Émile Durkheim (1858-1917) foi o criador do organicismo ou funcionalismo, pois comparou a sociedade a um organismo vivo. Para ele, assim como no organismo, em que cada órgão tem que cumprir a sua função para que o todo se mantenha saudável, na vida social cada indivíduo deve cumprir a sua função, do contrário a sociedade ficará doente, ou seja, entrará num estado patológico.
Durkheim desenvolveu conceitos fundamentais para a compreensão da vida social como: fatos sociais, que podem ser normais ou patológicos; coerção social; solidariedade mecânica e orgânica. A importância da obra de Durkheim é identificar como o social se sobrepõe ao individual restringindo a possibilidade de exercício da liberdade.
Para Max Weber (1864-1920) as instituições produzidas pelo capitalismo, como a grande empresa, constituíam clara organização racional que desenvolvia suas atividades dentro de um padrão de precisão e eficiência. O capitalismo lhe parecia à expressão da modernização e de racionalização do homem ocidental, porém ele alertou para os perigos dessa racionalização crescente que leva a excessiva especialização a um mundo cada vez mais tecnicista e artificial e a deterioração das relações humanas e dos aspectos existenciais do indivíduo. Para Weber esse sistema cria a burocracia, que é um dos principais problemas gerados pelo capitalismo. Além disso, Max Weber volta sua reflexão para a análise das subjetividades humanas analisando a importância do protestantismo no desenvolvimento da sociedade capitalista.
2. A contribuição teórica de Karl Marx
Karl Marx (1818-1883) é um pensador que exerceu grande influência sobre os movimentos políticos do século XX. O conjunto de sua obra guarda atualidade pela crítica que faz ao modo de organização social do mundo moderno. Segundo Marx, as sociedades, assim como tudo o que vive traz em si o gérmen da sua própria destruição. A história dos sistemas e modos de produção é uma constante superação do velho pelo novo, segundo ele o declínio dos sistemas sociais se dá no seu próprio interior, quando os indivíduos ao repetir suas formas vão recriando e transformando seu funcionamento.
Karl Marx demonstra que nos diferentes períodos históricos o processo produtivo sempre foi organizado com base na exploração de uma classe sobre a outra. Por esse motivo Marx cunhou uma frase que se tornou famosa: “A história da humanidade é a história da luta de classes”. 
O processo de extração da mais-valia que foi descrito por Marx ainda se processa da mesma maneira na atualidade. O saláriopago ao trabalhador não corresponde ao total de riquezas produzidos por ele. Parte da riqueza produzida fica nas mãos dos empresários. Enquanto o salário garante a subsistência do trabalhador, o lucro os empresários possibilitam a reprodução do capital. As inovações tecnológicas têm contribuído para a redução do número de trabalhadores que conseguem emprego, atuando no processo de compressão dos salários para baixo.
A análise da obra de Karl Marx é fundamental para a compreensão das desigualdades sociais, um dos problemas centrais do mundo contemporâneo pois mostra como a riqueza produzida pelos trabalhadores é apropriada pela classe dominante.
Karl Marx desenvolveu conceitos importantes como ideologia, concebida como um sistema de inversão da realidade, em que as ideais da classe dominante aparecem como as ideias dominantes de uma época. Para ele, a ideologia burguesa tem como objetivo fazer com que as pessoas não percebam que a sociedade é dividida em classes sociais, atuando para a manutenção das estruturas sociais.
Desenvolveu o conceito de alienação que faz com que o trabalhador perca a consciência da sua realidade concreta, não se percebendo como o verdadeiro produtor das riquezas. O trabalhador passa a ser controlado externamente, pelo seu patrão, que determina o seu salário, a sua jornada. A alienação política, que significa que o trabalhador não se vê como agente capaz de intervir nos rumos políticos da sociedade.
Conceitos como ideologia e alienação possibilitam a compreensão das razões pelas quais os oprimidos não se rebelam contra o sistema, pois o sistema de dominação e colocado na suas cabeças, que passam a ver com naturalidade a desigualdade e a opressão, dificultando os processos de transformação social.
A formação da sociedade capitalista no Brasil
 O objetivo desta unidade é refletir sobre a maneira como o Brasil foi inserido no mundo capitalista, e a partir daí, identificar as causas da sua dependência externa.
 A sociedade brasileira se formou a partir do processo de expansão do capitalismo europeu a partir do século XV. No início todas as relações comerciais eram voltadas para a metrópole e aqui se mantinha relações sociais baseadas na escravidão.
 Somente no século XIX, com a abolição da escravidão e a chegada de um grande contingente de imigrantes é que se introduziu o trabalho livre. Com o ciclo do café, outras atividades econômicas se desenvolveram como: transporte ferroviário, o sistema bancário, pequenas indústrias de alimentos e têxteis, que dinamizaram a vida nas áreas urbanas.
 Vários estudos indicam que o processo de industrialização do Brasil esteve ligado ao desenvolvimento da economia cafeeira no Estado de São Paulo.
 O processo de industrialização teve início com a introdução do trabalho livre e com o grande surto migratório que o país viveu no século XIX, que gerou um mercado consumidor de produtos industriais.
 Segundo (VITA: 1989, p. 137) a forma como os negócios do café se organizaram, possibilitou a formação de uma ‘consciência burguesa’ entre os fazendeiros. Pois o capital acumulado no café era utilizado na diversificação das atividades econômicas. Desde modo, o capital acumulado com este comércio era investido em outra atividade que possibilitasse a obtenção de lucro. 
 Já no início dos anos 20, grandes empresas norte-americanas instalaram filiais no Brasil. Ford, Firestone, Armour, IBM etc. (NOVAES:1984 p.117). Com a crise mundial do início dos anos 30, a economia brasileira deixa de ser voltada para a exportação e se apoia na interiorização e na industrialização. Porém, somente na década de 50, com a chegada de um grande número de empresas estrangeiras, que buscam produzir para o mercado externo, o desenvolvimento industrial ganha impulso.
2. O capitalismo dependente
 O grau de dependência que a economia brasileira tem com relação às potências estrangeiras pode ser compreendido a partir da análise do modelo de desenvolvimento industrial que o país teve, onde se privilegiou a indústria de bens de consumo em detrimento na indústria de bens de capital.
 Outro aspecto que merece ser mencionado ao respeito da dependência estrangeira, diz respeito à ausência de produção de tecnologia no país, que optou por um modelo de desenvolvimento industrial marcado tanto pela dependência tecnológica como pela de capital estrangeiro.
 Uma das mais importantes teorias explicativas para a dependência estrangeira, surgiu no encontro de exilados de diversos regimes ditatoriais que proliferaram na América Latina nos anos de 1960. Destaca-se nos estudos sobre a dependência, a obra Dependência e desenvolvimento na América Latina de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto. É a obra que teve maior repercussão das Ciências Sociais em nível internacional.
 A obra destaca a natureza política e social do desenvolvimento na América Latina e trata das particularidades do desenvolvimento do capitalismo na América Latina. A constituição social do povo brasileiro, que tem uma burguesia nacional de origem agrária, colocou a burguesia internacional como o principal agente do desenvolvimento capitalista brasileiro. Para não correr os riscos inerentes ao empreendedorismo, a burguesia nacional optou por sua aliança com o capital internacional e forte dependência do Estado. 
 A obra aponta a fragilidade do povo brasileiro, com uma elite que atua como agente dependente do capitalismo internacional e do Estado. Quanto ao povo, a ausência de uma consciência de classe (veja conteúdo sobre Karl Marx) dada a situação inicial de um povo escravo e sem-terra, atua como mero figurante ou espectador nas principais decisões sobre os destinos do país. Assim é exposta a fragilidade da sociedade civil, o povo age como massa e a elite como agente dos interesses internacionais.
 Por fim, a obra nos permite compreender a dependência das elites empresariais do Estado e do capitalismo internacional e do povo como agente passivo. Esta fragilidade da sociedade civil, contribuiu para o fortalecimento do Estado, que assumiu entre nós a função centralizadora e agente patrocinador do desenvolvimento econômico.
1. O que é globalização 
 Nesta unidade, nosso objetivo é compreender sob diversos ângulos o fenômeno da globalização e refletir sobre seus impactos na sociedade. 
 O que denominamos contemporaneamente por globalização é compreendido por ORTIZ: 1994, como um processo de "mundialização do capitalismo” que envolve uma grande diversidade de aspectos de natureza cultural, social, econômica e política.
 O capitalismo passa por uma série de transformações no final do século XX, por um processo de liberalização comercial que levou à uma maior abertura das economias nacionais resultando em mudanças nos processos de trabalho, hábitos de consumo, configurações geográficas e geopolíticas, poderes e práticas do Estado. 
 No plano econômico a globalização conduziu à abertura comercial, com a redução das barreiras e ampliação dos fluxos globais de capitais em circulação. A expansão das grandes companhias mundiais, levou-as a ocupar posições estratégicas na produção e distribuição de mercadorias para todo o planeta. A busca por novos mercados, conduziu aos processos de fusões e aquisições que culminou na concentração das atividades econômicos em torno de reduzido número de empresas. 
 A globalização do mundo expressa um novo ciclo de expansão do capitalismo como modo de produção e como processo civilizatório de alcance mundial. No cotidiano, a globalização se manifesta de maneira mais visível, nas ampliações da circulação de mercadorias, rapidez e eficiência no processamento de informações, com satélites, informática, telefonia fixa e móvel. Além disso, aumenta a eficiência e rapidez dos transportes aéreos, super navios e trens de alta velocidade.
 Neste surto de universalização do comércio, o desenvolvimento adquirenovo impulso, com base em novas tecnologias, criação de novos produtos e mundialização de mercados. A globalização é marcada pela transição de um modelo de organização fordista* para um modelo toyotista, que (HARVEY:1992) denomina passagem para um regime de acumulação flexível.
 Eis algumas características do regime de acumulação flexível:
1. Flexibilidade dos processos de trabalho, dos produtos e dos padrões de consumo.
2. Ampliação do setor de serviços
3. Níveis relativamente altos de desemprego estrutural
4. Rápida destruição e reconstrução de habilidades e ganhos modestos.
5. Retrocesso do poder sindical.
2. A globalização e suas consequências
 
A mundialização dos mercados envolve um amplo processo de redistribuição das empresas por todo mundo. As empresas passam por processos de reestruturação para adaptar-se as novas exigências de produtividade, agilidade, capacidade de inovação e competitividade.
 A globalização envolve ampla transformação na esfera do trabalho, modificam-se as técnicas produtivas, as condições jurídicas, políticas e sociais. A busca de mão de obra barata faz com que as grandes companhias busquem força de trabalho em todos os cantos do mundo, levando o desemprego à escala global.
 As grandes empresas transnacionais operam em todo o planeta. Elas vendem as mesmas coisas em todos os lugares através da criação de produtos universais.
 Para os executivos das grandes companhias há necessidade de distanciamento de suas culturas particulares e seu comprometimento se volta para a competição global. A busca por eficiência e produtividade se torna uma obsessão social. (cf. ORTIZ: 1993, p. 153)
 O sistema financeiro global passa por um processo de reorganização. O mercado de ações, mercados futuros, de acordos de compensação recíproca de taxas de juros e moedas, ao lado da acelerada mobilidade geográfica de fundos, significa a criação de um único mercado mundial de dinheiro e crédito. (HARVEY: 1992, p. 152). Desde modo, o sistema financeiro mundial fugiu do controle coletivo, o que levou ao fortalecimento do capital financeiro. 
 As novas tecnologias têm contribuído para que as fronteiras culturais, linguísticas percam o sentido e para que se adote o inglês como língua oficial dos negócios internacionais. Os meios de comunicação baseados na eletrônica, tem contribuído para agilizar o mundo dos negócios em escala jamais conhecida.
 Por ser um processo em curso, há dificuldade de captar a natureza das mudanças que estamos vivenciando. Há análises que enfatizam os elementos positivos destacando a expansão dos meios de comunicação e do consumo. Aqueles que se voltam para análise dos aspectos negativos, afirmam que a globalização só tem favorecido os países desenvolvidos. Enfatizam o crescimento das desigualdades sociais entre os países e crise de poder políticos nos países, que perdem autonomia para a condução das atividades econômicas e sofrem pressão dos movimentos sociais e ONG's que transformam reivindicações locais em movimentos de pressão internacional. 
1. Transformações no mundo do trabalho 
 O objetivo deste conteúdo e refletir sobre as transformações do trabalho no contexto de globalização e reestruturação do sistema produtivo.
 As mudanças na organização dos processos de trabalho já mencionadas na unidade anterior conduziram a uma nítida redução do trabalhador fabril em função da automação, da robótica e da microeletrônica.
Na área rural, há redução do número de empregos oferecidos, tendo em vista a crescente mecanização das atividades agrárias, o que tem conduzido ao crescimento sem precedentes da população nas áreas urbanas.
Tanto no campo quanto na cidade, há o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho, que segundo pesquisas realizadas pela DIEESE, entre 2009 e 2010, ganham em média 76% do salário pago dos homens.
 A análise das transformações no mundo do trabalho remonta ao início dos anos 1970, quando o modelo fordista de produção começa apresentar declínio: queda da taxa de lucro, alavancada pelo aumento do preço da mão-de-obra e pelas lutas sociais ocorridas nos anos 1960. Têm início o processo de flexibilização da produção, o toyotismo, modelo de organização da produção que abrange os sistemas just in time, controle de qualidade da produção e polivalência de tarefas, com terceirização e subcontratação de trabalhadores.
 Neste novo contexto, não há a certeza do lucro, pois todos os empresários têm acesso às tecnologias, o que torna a concorrência agressiva e avançada. Surge então a necessidade de redução de gastos e modelos de gestão mais enxutos. Os investimentos futuros terão efeitos racionalizadores, deste modo, os crescentes investimentos em processos de automação e informatização, têm contribuindo para o aumento vertiginoso do desemprego.
2. A precarização das relações de trabalho
As transformações que conduziram à flexibilização dos processos de trabalho (just in time), nos contratos de trabalho (terceirização) além da descentralização do processo produtivo levaram as empresas a investirem em automação. A redução de chefias intermediárias tem resultado na diminuição do número de trabalhadores empregados.
Diante deste contexto, as empresas mudam o perfil do trabalhador desejado. O novo quadro do mercado de trabalho requer um trabalhador de perfil polivalente, altamente qualificado, com maior grau de responsabilidade e de autonomia.
O trabalhador necessário no mercado deve desenvolver sua criatividade, reciclar-se permanentemente, possuir flexibilidade intelectual nas situações de constante mudança, capacidade de análise e comunicação. Deve ter atitudes de participação, cooperação e multifuncionalidade.
As transformações ocorridas no trabalho, não são apenas consequências dos novos padrões tecnológicos, mas são determinadas também através das mudanças ocorridas na política, na economia e na sociedade, reconfigurando os que vivem do trabalho: diminuição do operariado, o crescimento dos trabalhadores no setor de serviços e a terceirização, produzindo uma maior segmentação e pulverização dos trabalhadores.
Entre as ocupações não-organizadas, destaca a crescente quantidade de trabalhadores temporários, de meio período, freelances, autônomos, via correio eletrônico (e-mails), contratados e representantes independentes, além daquelas ocupações com ganhos flutuantes atrelados aos índices de desempenho, enterrando de vez a ideia de um futuro previsível assentado no emprego estável.
Antunes (2002) considera que a precarização do trabalho levou a mutações onde poucos se especializaram e muitos ficaram sem qualificação suficiente para introduzir-se nesse mercado de trabalho, engrossando a fila dos desempregados, gerando uma classe de trabalhadores fragmentada e dividida entre trabalhadores qualificados e desqualificados, do mercado formal e informal, jovens e velhos, homens e mulheres, estáveis e precários, imigrantes e nacionais etc., sem falar nas divisões que decorrem da inserção diferenciada dos países e de seus trabalhadores na nova divisão internacional do trabalho. Este processo conduziu a destruição e/ou precarização, sem paralelos em toda era moderna. 
1. Política, Poder e Estado
 Nesta unidade, nosso objetivo é contribuir para a reflexão sobre a complexidade do sistema político a partir da discussão de seus fundamentos e da política como prática social.
A palavra política entrou para o vocabulário do homem comum designando a atividade de um grupo social pouco confiável: os políticos profissionais. Porém é preciso esclarecer que todos nós somos seres políticos e que política diz respeito a uma comunidade organizada, formada por cidadãos.
Segundo (ARENDT: 2003, 21) “a política trata da convivência entre diferentes.” Desde modo, todos estão envolvidos na política, mesmo aqueles que não querem saber e viram as costas para as decisões que interferem nas suas vidas.
O exercício do poderimplica em uma relação de mando e obediência e se fundamenta na imposição de uma vontade sobre as outras vontades. O poder não está circunscrito somente no âmbito do Estado. As relações de poder estão presentes em todas as relações sociais. Por exemplo, na família, sempre existe a figura de alguém que exerce o poder. Nas empresas todas as relações são marcadas por hierarquia.
O Estado é uma instituição criada pelo homem com o intuito de proteger os homens uns dos outros. O Estado exerce seu poder através do uso das armas e das leis.
Max Weber define o Estado como uma estrutura política que tem o monopólio do uso legítimo da força física em determinado território. O Estado é visto como uma relação de homens dominando homens, por meio da violência considerada legítima.
Para que o Estado cumpra suas funções de garantir a ordem, proteger a sociedade para que ela não se desfaça é necessário não apenas o exercício do poder, mas a legitimidade, que provém da aceitação da sociedade.
2. Democracia, cidadania e participação política
 O conceito de democracia surgiu na Grécia antiga e significa que todo o poder deve emanar o cidadão. Ou seja, é um tipo de governo que nasce do povo e tem como objetivo atender aos interesses do povo.
A base da democracia encontra-se no reconhecimento das coisas públicas, separadas dos interesses particulares. Deste modo, aquele que ocupa o poder o faz como representante do povo e como tal não é proprietário do poder, tendo em vista que a democracia pressupõe a rotatividade do poder.
O exercício da democracia requer o reconhecimento do valor da coisa pública, separada dos interesses particulares, é a aceitação do conflito como expressão das diferenças de opiniões existentes na sociedade.
De uma forma mais específica, em nossa sociedade a democracia se manifesta através de um sistema eleitoral onde o povo escolhe seus representantes. Outro elemento fundamental do regime democrático é a liberdade de ir e vir, a liberdade de expressão e de organização.
Por cidadania entende-se o direito de qualquer membro da sociedade de participar da vida pública. Segundo o artigo 5º. da Constituição Brasileira, somos todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se a todos o direito à vida, à liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade. 
 Ninguém escapa da política, quem não se envolve diretamente nos acontecimentos são envolvidos indiretamente nas suas consequências, pois todo ato humano em sociedade é político, inclusive o ato de omissão.
Observamos no exercício político brasileiro, candidatos se vangloriarem por serem éticos, como se esta fosse uma virtude rara, quando todos aqueles que se propõem a atuar na esfera pública deveriam se ater aos princípios éticos. Portanto, não podemos confundir política com troca de favores, tráfico de influência e ausência de princípios. Estes fatos expressam desvios do sentido da política.
A participação política não se restringe ao voto em período eleitoral. Existem outras formas de exercício político como sindicatos e movimentos sociais. Ninguém escapa da política, quem não se envolve diretamente nos acontecimentos são envolvidos indiretamente nas suas consequências, pois todo ato humano em sociedade é político, inclusive o ato de omissão.
1.A cidade e seus problemas
 
 Nesta unidade nossos objetivos se voltam para a análise dos principais problemas ligados ao espaço urbano. Busca-se definir e identificar os novos movimentos sociais, refletir sobre o seu papel nos processos de mudança e conservação social e por fim, busca-se analisar as novas formas de associação estimuladas pelas novas tecnologias;
A cidade é considerada um espaço privilegiado para análise da mudança social. A formação das multidões é um fenômeno do mundo moderno, onde ganha visibilidade a miserabilidade das massas despossuídas de riqueza. A concentração de pessoas nas áreas urbanas gera efeitos devastadores: a formação de bairros periféricos. Mostrando as duas faces do desenvolvimento econômico: a opulência e a miséria.
Segundo a ONU, em 2007, a população urbana se igualou à população rural no mundo. O processo de urbanização é visto por especialistas como inevitável e cabe às cidades se preparem para receber a população rural que cada vez mais tende a deixar o campo.
O processo de urbanização é uma manifestação da modernização da sociedade, que passa por uma transição do rural para o urbano-industrial. Os migrantes, de um modo geral, buscam progresso através da mobilidade social oferecida pela urbanização.
Os problemas nas áreas urbanas não inúmeros, desde ausência de um planejamento urbano que permita receber os contingentes populacionais que leva a formação de bairros periféricos onde os serviços públicos são ausentes. As condições de moradia são precárias e as distâncias dos bairros centrais são grandes*.
A violência tem se constituído em um dos principais problemas das áreas urbanas. Assaltos e crimes, que apontam para condições degradantes da vida urbana matando ou mutilando, têm sido frequentes em muitas cidades. Esta situação provoca insegurança social, destruição ou depredação física e profundos abalos morais, além dos custos elevados com serviços policiais e equipamentos de segurança.
2. Movimentos da sociedade em rede
 Por movimentos sociais entendem-se as “ações de grupos sociais organizados que buscam determinados fins estabelecidos coletivamente e tem como objetivo mudar ou manter as relações sociais. (FERREIRA, 2001, p146).
Há uma tendência em nossa sociedade de criminalizar em termos éticos, ou em termos políticos, os grupos de se organizam em defesa de seus interesses. Porém é preciso considerar que os movimentos sociais procuram interferir na elaboração das políticas públicas econômicas, sociais etc., algo que o indivíduo isoladamente não conseguiria.
Há uma diversidade de movimentos que atuam na sociedade, como ecológicos, feministas, pacifistas, antirracistas, que surgiram na Europa, e ganham cada vez mais espaço na América Latina.
Os movimentos sociais podem ser divididos em dois tipos: os movimentos que buscam a emancipação e os movimentos que buscam a manutenção da ordem existente.
Exercem maior influência na sociedade os movimentos que se organizam em busca da emancipação. Como exemplo citamos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, Comitê em Defesa dos Direitos Humanos, o Fórum Social Mundial, o movimento hippie, o movimento estudantil.
SANTOS (2001) chama atenção para o que denomina “os novos movimentos sociais” que identificam novas formas de opressão que não estão baseadas exclusivamente nas relações econômicas, como os movimentos contra o machismo, o racismo, pacifismo. Desde modo, a atuação dos movimentos não está pautada exclusivamente na luta econômica, na busca do bem-estar material.
Os movimentos sociais contemporâneos podem ser divididos em movimentos de interesses específicos de um grupo social, como o de mulheres, negros etc. Há também os movimentos de interesses difusos, como a ecologia e o pacifismo. Lutando por causas subjetivas, buscam emancipação pessoal e não social, por isso um certo distanciamento do Estado, partidos e sindicatos.
 SANTOS (2001) analisa que os novos movimentos sociais atuam em estruturas descentralizadas, não hierárquicas e fluídas. Daí uma preferência pela ação política não institucional, dirigida a opinião pública com vigorosa utilização dos meios de comunicação de massa.

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