Buscar

A ADAPTAÇÃO DO MÉTODO 8’S NO AMBIENTE DOMICILIAR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO PAULA SOUZA 
ETEC TENENTE AVIADOR GUSTAVO KLUG 
Curso Técnico em Logística 
 
 
 
 
 
Jefferson Machado Honorio 
Michaelli Vitória Rosa de Oliveira 
Miriam Cristina de Latorre Lombardi 
Rodrigo Pereira da Silva 
Rogério Felício Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
A ADAPTAÇÃO DO MÉTODO 8’S NO AMBIENTE DOMICILIAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirassununga-SP 
2017 
 
 
 
 
Jefferson Machado Honorio 
Michaelli Vitória Rosa de Oliveira 
Miriam Cristina de Latorre Lombardi 
Rodrigo Pereira da Silva 
Rogério Felício Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ADAPTAÇÃO DO MÉTODO 8’S NO AMBIENTE DOMICILIAR 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado 
ao Curso Técnico em Logística da Etec Tenente 
Aviador Gustavo Klug orientado pelo Prof. 
Marcos Eduardo Altoé, como requisito para a 
obtenção do título de Técnico em Logística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirassununga-SP 
2017
 
 
 
 
Jefferson Machado Honorio 
Michaelli Vitória Rosa de Oliveira 
Miriam Cristina de Latorre Lombardi 
Rodrigo Pereira da Silva 
Rogério Felício Barbosa 
 
 
A ADAPTAÇÃO DO MÉTODO 8’S NO AMBIENTE DOMICILIAR 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM LOGÍSTICA 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do 
título de Técnico, no curso de Logística da Escola Técnica Estadual Tenente 
Aviador Gustavo Klug de Pirassununga/SP. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
____________________________________________ 
Orientador: Marcos Eduardo Altoé 
 
 
____________________________________________ 
Professor(a): 
 
 
____________________________________________ 
Professor(a): 
 
 
____________________________________________ 
Professor(a): 
 
____________________________________________ 
Professor(a): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
 
Dedicamos este trabalho a todos que possam se beneficiar com este método. 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
Agradecemos primeiramente a Deus por nos ter dado saúde e forças para poder 
concluir este curso. 
Aos nossos familiares por nos ter dado apoio durante nossa trajetória e a todos 
colaboradores da ETEC Tenente Aviador Gustavo Klug, por todo suporte que 
recebemos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epigrafe 
“É impossível haver progresso sem mudança e quem não consegue 
mudar a si mesmo não muda coisa alguma” 
George Bernard Shaw 
 
 
 
 
Resumo 
 
Este trabalho apresenta a forma no qual um método de melhoria contínua deve ser 
implementado no ambiente domiciliar. Como estudo de pesquisa foi –se escolhido o 
método 8’s, que é utilizado nas empresas, pois da mesma forma que nas empresas 
este método auxilia na diminuição de desperdícios e riscos à integridade física 
daqueles que habitam o local. Para tanto, criaram –se técnicas para a aplicação 
deste método no ambiente domiciliar, pois a má organização acaba por desencadear 
desarranjos no ambiente, facilitando assim possíveis acidentes e trazendo 
desperdícios. Espera –se que com a implementação, manutenção e controle deste 
método o ambiente torne –se mais seguro e otimize as tarefas diárias daqueles que 
o aplicam. 
 
Palavras-chave: método; melhoria; organização; ambiente domiciliar; 8’s 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
 
This Works presents the way in which a method of continuous improvement should 
be implemented in the home enviroment. As a research study, the 8’s method was 
chosen, which is used in companies, for the same way that in the companies, this 
method helps to reduce waste and risk to the physical integrity of those who live in 
the place. For that, techniques were created for the application of this method in the 
home environment, because the bad organization has as consequence disturbances 
in the enviroment, facilitating possible accidents and bringing waste. It is expected 
that with the implementation, manintence and control of this method the enviroment 
will become more secure and optimize the daily tasks of those who apply it. 
 
Keywords: Method; improvement; organization; home environment; 8’s 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1- Os 5 sensos .............................................................................................. 21 
Tabela 2- Os 5’s no corpo humano ........................................................................... 22 
Tabela 3- Separação e seleção dos itens ................................................................. 28 
Tabela 4- Acidentes domésticos em relação à mortalidade ...................................... 42 
Tabela 5- Acidentes domésticos em relação à hospitalização .................................. 43 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1- Ciclo PDCA ............................................................................................... 47 
Figura 2- Fluxograma de implementação do método 8's dentro de casa ................. 51 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1- Quantos cômodos têm a sua casa, incluindo: varanda, lavanderia e 
garagem? .................................................................................................................. 31 
Gráfico 2- Quantas pessoas moram na mesma casa que você? ............................. 32 
Gráfico 3- Na sua casa há união para a realização das atividades domésticas? ..... 33 
Gráfico 4- Todos em sua casa "falam a mesma língua" em relação a organização do 
ambiente?.................................................................................................................. 33 
Gráfico 5- Em sua casa é feita a separação de objetos que são necessários dos que 
não são necessários? ............................................................................................... 34 
Gráfico 6- Em sua casa os objetos são guardados de acordo com sua frequência de 
utilização? ................................................................................................................. 34 
Gráfico 7- É possível identificar a fonte da sujeira (excluindo poeira) e da desordem 
em sua casa? ............................................................................................................ 35 
Gráfico 8- Na sua casa é possível identificar e eliminar rapidamente tudo o que 
coloca em risco a segurança dos moradores? .......................................................... 36 
Gráfico 9- Você se considera uma pessoa disciplina tratando-se de regras de boa 
convivência? .............................................................................................................. 36 
Gráfico 10- Na hora da compra é priorizada a economia ou a qualidade? .............. 37 
Gráfico 11- Você sabe o que é o método 5’s? ......................................................... 37 
Gráfico 12- Se sim, explique o que é este método ................................................... 38 
Gráfico 13- Você conhece o método 8’s? ................................................................ 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13 
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 15 
3. PROBLEMÁTICA ..............................................................................................16 
4. OBJETIVOS ....................................................................................................... 17 
4.1. OBJETIVO GERAL...................................................................................... 17 
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 17 
5. METODOLOGIA ................................................................................................ 18 
6. SISTEMA 5’S ..................................................................................................... 19 
6.1. A ORIGEM ................................................................................................... 19 
6.2. OS 5 SENSOS ............................................................................................. 21 
6.3. DESAFIOS ................................................................................................... 22 
6.4. IMPLEMENTAÇÃO ...................................................................................... 23 
6.5. BENEFÍCIOS ............................................................................................... 24 
7. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA 5’S ........................................................................ 24 
8. ADAPTAÇÃO DO 8’S NA FAMÍLIA .................................................................. 25 
9. OS 8 SENSOS ................................................................................................... 26 
9.1. 1º S – SENSO DE DETERMINAÇÃO E UNIÃO (SHIKARI YARO) ............. 26 
9.2. 2º S – SENSO DE CAPACITAÇÃO, EDUCAÇAÕ E TREINAMENTO 
(SHIDO) ................................................................................................................. 27 
9.3. 3ºS – SENSO DE UTILIZAÇÃO (SEIRI) ...................................................... 27 
9.4. 4º S – SENSO DE ORGANIZAÇÃO (SEITON) ........................................... 28 
9.5. 5º S – SENSO DE LIMPEZA (SEISO) ......................................................... 29 
9.6. 6º S – SENSO DE HIGIENE (SEIKETSU) ................................................... 29 
9.7. 7º S – SENSO DE AUTODISCIPLINA (SHITSUKE) ................................... 29 
9.8. 8º S – SENSO DE ECONOMISA E COMBATE AO DESPERDÍCIO 
(SETSUYAKU) ...................................................................................................... 30 
10. PESQUISA DE CAMPO .................................................................................. 31 
10.1. CONCLUSÃO DA PESQUISA ................................................................. 40 
11. PROBLEMAS NA CONSERVAÇÃO DE BENS DE CONSUMO NÃO 
DURÁVEIS NA FAMÍLIA E RISCOS À SEGURANÇA ............................................ 40 
11.1. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMESTICOS ....................................... 42 
11.1.1. Como evitar acidentes domésticos: ............................................... 43 
12. CICLO PDCA .................................................................................................. 47 
12.1. IMPLEMENTAÇÃO .................................................................................. 49 
13. DIA D ............................................................................................................... 53 
13.2. IMPLEMENTAÇÃO DO 8’S ...................................................................... 53 
 
 
 
 
14. MANUTENÇÃO, AVALIAÇÃO, E SUSTENTAÇÃO DO MÉTODO 8’S ......... 54 
15. CONCLUSÃO ................................................................................................. 55 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 56 
ANEXOS ................................................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A busca pela qualidade é algo visado por várias empresas, 
independentemente de seu porte, área de atuação ou cultura organizacional, porém 
nem todas conseguem atingir a tão buscada qualidade, que é um grande fator 
competitivo. Parte dos problemas relacionados à qualidade são resultado de 
deficiências nos métodos empregados, e para reduzir estes déficits as organizações 
devem adotar o método correto, utilizar técnicas e ferramentas da gestão da 
qualidade podem ajudar uma organização a ganhar espaço no mercado e assim 
conquistar mais clientes. 
Uma das ferramentas utilizadas na gestão da qualidade é o método 5’s 
também conhecido como 5 sensos, um método desenvolvido no Japão pós- 
Segunda Guerra Mundial, momento marcado por problemas no sistema produtivo do 
país, o território japonês precisava se reestruturar após a devastação ocasionada 
pelas bombas atômicas. Percebeu-se que as fábricas japonesas eram muito sujas e 
desorganizadas, o que acabava por atrapalhar na qualidade de vida e produtividade 
dos colaboradores, foi então que Kaoru Ishikawa junto de Joseph Moses Juran e 
William Edwards Deming desenvolveram este método. A implantação do método 5’s 
contribuiu de fato com a recuperação do sistema produtivo japonês, através de 
ações realizadas no dia-a-dia de forma constante. Diferente de alguns métodos da 
gestão da qualidade ele tem um início, mas não tem um fim, pois seu objetivo é a 
melhoria contínua. No Brasil este programa desenvolveu-se em atenção a 
competitividade e a necessidade de sobrevivência das empresas, aliada a uma 
melhoria na qualidade de vida de seus colaboradores. 
Com o passar do tempo os gestores perceberam que apenas 5’s não eram 
suficientes apara se atingir a qualidade, com o objetivo de complementar e adequar 
esta filosofia nas empresas do Brasil, foi-se adicionado mais 3 novos sensos. Agora 
com 8’s, o programa de melhoria contínua se torna mais consistente, ampliado e 
estruturado, pois além de proporcionar um ambiente saudável, seguro, limpo e 
padronizado, é levado em consideração os recursos humanos e materiais, visando a 
eliminação de desperdícios e agilidade nos processos produtivos. 
Técnicas de melhoria contínua não são exclusivas do ambiente coorporativo, 
vários métodos podem ser adequados para diversos tipos de ambientes por exemplo 
14 
 
 
 
ambiente domiciliar, pois da mesma forma que nas empresas a má organização no 
ambiente domiciliar acaba por ocasionar um desarranjo no ambiente, trazendo 
consigo desperdícios e riscos à segurança. 
O trabalho tem por objetivo propor um método de organização de para os 
domicílios que seja de fácil manutenção e sustentação e que traga melhorias no 
ambiente domiciliar. 
Com o programa 8’s podem ser alcançados excelentes resultados que 
acarretarão na melhoria do ambiente, métodos utilizados dentro de casa e para as 
pessoas que não moram sozinhas, um melhor relacionamento com todos os 
membros da casa. Este trabalho visa implementar o método 8’S (que é tão buscado 
e aplicado em empresas) no ambiente familiar, para que sejam diminuídos os 
desperdícios dentro de casa e diminuído o risco de acidentes proporcionando assim 
uma melhoria no ambiente. 
Este trabalho está estruturado em três partes sendo teórico, crítico e prático. 
A parte teórica do trabalho trata da base do método 8’s que é o método 5’s, sua 
origem, benefícios, os sensos, como é feita sua implementação e sua utilização, já 
na parte crítica é abordada a evolução do método 5’s para 8’s, a parte prática tem 
como foco a elaboração de fases de implementação do método 8’s no ambiente 
domiciliar. 
 
 
 
 
15 
 
 
 
2. JUSTIFICATIVA 
Este temafoi escolhido com o intuito de se implementar o método 8’S (que é 
tão buscado e aplicado em empresas) no ambiente doméstico, para que sejam 
diminuídos os desperdícios dentro de casa e diminuído o risco de acidentes 
proporcionando assim uma melhoria contínua. 
 
16 
 
 
 
3. PROBLEMÁTICA 
 
A má organização no ambiente domiciliar acaba por ocasionar um desarranjo 
no ambiente, trazendo consigo desperdícios e riscos à segurança. Tendo isto em 
vista surgiu a questão problema deste tralho que é: Como implementar e controlar o 
sistema 8’S dentro de casa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
4. OBJETIVOS 
4.1. OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo principal do trabalho é propor um método de organização para os 
domicílios que facilite e traga melhorias contínuas no ambiente domiciliar. 
 
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Estudar o método 5’s 
 Explicar o que é o sistema 8’s 
 Criar um modelo 8’s para ser aplicado no ambiente domiciliar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
5. METODOLOGIA 
 
A pesquisa será feita por meio bibliográfico para composição de 
conhecimentos e análises sobre o tema e também por meio de atividades de campo. 
Com o intuito de colocar em prática os conhecimentos adquiridos para maior clareza 
na resolução da problemática central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
6. SISTEMA 5’S 
 
O método 5’s, também conhecido como 5 sensos é uma ferramenta utilizada 
na gestão da qualidade, que tem uma ligação com o Kaizen, que pode ser traduzido 
como “melhoria contínua”, método este que pode ser aplicada nas empresas, casas 
e na vida pessoal. No Japão essa técnica é ensinada dentro de casa onde os pais 
passam para os filhos os conceitos e práticas, que os acompanham até sua fase 
adulta. Quando chegou ao ocidente ficou conhecida também como Housekeeping. 
 
6.1. A ORIGEM 
 
A filosofia do método 5’s foi baseado no Bushido, um código de princípios 
morais dos samurais que foi passado de geração em geração, esse código de 
conduta dos samurais era aplicado tanto no campo de batalha quanto fora dele. 
Haviam aqueles que não respeitavam o Bushido e traziam desonra e má reputação 
sobre ele e sua família, um samurai sem honra era uma coisa sem perdão e a única 
forma de ter sua honra e glória de volta era através do Harikiri (Ritual do Suícidio). 
Quando os samurais saiam de casa para servir os senhores feudais, era 
responsabilidade da mulher não só cuidar dos filhos, mas também manter a 
integridade do lar, educar os filhos e manter a ordem dentro de casa. Além disso as 
mulheres tinham conhecimento em Yawara (arte marcial de mãos vazias), Kenjutsu 
(arte marcial com katana), naginata (lança de 2 metros com uma lâmina em uma das 
pontas, muito praticado por mulheres e monges budistas na época) e o tanto (punhal 
que servia para o ritual do suicídio dos samurais) para a defesa pessoal na ausência 
do marido. 
Em 18 de junho de 1908 os primeiros japoneses chegaram ao Brasil, 
embarcados no navio Kasato Maru que aportou no porto de Santos. Os brasileiros 
ficaram admirados com as atitudes dos primeiros imigrantes que chegaram, como foi 
noticiado no jornal paulistano Correio Paulistano em 25 de junho de 1908, 6 dias 
após o desembarque dos japoneses, na matéria de J. Amandio Sobral é relatado 
que após a refeição os japoneses surpreenderam a todos pelo estado no qual 
haviam deixado o salão do refeitório: sem nenhuma ponta de cigarro e sem nem um 
cusp,o diferente de outros imigrantes que aqui chegaram, outro fato que também 
20 
 
 
 
trouxe espanto foi o asseio pelo corpo, pois os japoneses tomavam repetidos 
banhos e sempre colocavam roupas limpas. Os empregados da alfândega 
declararam que nunca viram tanta gente que mantivesse a ordem com tanta calma 
durante a conferência das bagagens. Estes primeiros imigrantes trouxeram consigo 
a essência da cultura 5’s e os valores do Bushido, como forma que as mulheres dos 
samurais cuidavam da casa, o asseio por seu lar, apesar da situação da moradia 
dos imigrantes (casas feitas de pau a pique e chão batido). 
Durante a Segunda Guerra Mundial em 7 de dezembro de 1941 a nação do 
Japão atacou a base naval de Pearl Harbor nos Estados Unidos, fruto de uma 
rivalidade que ocorria desde 1920, período que os Estados Unidos vetaram algumas 
exigências sobre territórios da China, além da presença dos Estados Unidos nas 
Filipinas o que incomodava o Japão, pois almejava esta região. Em 06 de agosto de 
1945 o bombardeiro B-29 que foi apelidado de Enola Gay lançou uma das bombas 
atômicas na cidade de Hiroshima, que explodiu a 570 metros do solo, 3 dias depois 
outro bombardeiro o Bokscar lançou em Nagasaki outra bomba atômica. Em 02 de 
setembro de 1945 o imperador japonês assinou a rendição do país. 
Após o evento da Segunda Guerra Mundial, no início da década de 50, 
momento em que o Japão passava por sua reconstrução, para essa reestruturação 
do país os japoneses receberam ajuda de especialistas americanos como Joseph 
Moses Juran (1904 - 2008) e William Edwards Deming (1900 – 1993), alguns 
autores citam que criado pelo Dr. Kaoru Ishikawa (1915 -1898) (Engenheiro químico 
e principal disseminador dos conceitos de qualidade total no país), isto porque Kaoru 
Ishikawa foi o responsável pela criação do CCQ – Círculo de Controle da Qualidade, 
com o objetivo de tornar popular os conceitos da estatística aplicada à qualidade. 
No princípio o 5’s era mais focado em liberar área, evitar os desperdícios e 
acabar com a sujeira nas fábricas, mas com a evolução da tecnologia e da 
comunicação o 5’s evoluiu, pois após sua reconstrução o Japão se tornou uma 
grande potência econômica e passou a ser foco de estudos por outros países, que 
tinham o interesse em conhecer as ferramentas utilizadas para aumentar a 
produtividade (Qualidade Total; Just in Time; Manutenção Produtiva Total; Círculo 
de Controle da Qualidade; Kaizen). 
O 5’s passou a ser utilizado por várias empresas em torno do mundo, fazendo 
parte de modelos de gestão. No Brasil este método se tornou popular por meio da 
21 
 
 
 
Fundação Christiano Ottoni, em uma publicação no ano de 1991. No início apenas 
os 3 primeiros sensos eram abordados, logo após o quarto e o quinto senso foram 
incorporados. A área empresarial foi uma das primeiras a adotar este método, tendo 
como objetivo otimizar custos, reduzir desperdícios e aumentar a produtividade. 
 
6.2. OS 5 SENSOS 
 
Os 5’s são palavras nipônicas que tem como inicial a letra “s”. Por ser difícil 
encontrar uma tradução para cada palavra que também inicie em “s” foi feita uma 
adaptação: a palavra “senso” foi adicionada antes da tradução de cada um dos 5’s. 
Além de iniciar com S, facilita a didática deste método. 
“Senso, sm, Qualidade de sensato; cautela, circunspecção, prudência. 
Faculdade de julgar, de entender, de sentir; entendimento, juízo, percepção, sentido. 
Direção que se pode tomar; rumo, sentido” (Weiszflog,1998) 
Os sensos são: 
 Tabela 1- Os 5 sensos 
S JAPONÊS PORTUGUÊS 
1º Seiri Senso de 
Utilização 
Arrumação 
Organização 
Seleção 
2º Seiton Senso de 
Ordenação 
Sistematização 
Classificação 
3º Seiso Senso de 
Limpeza 
Zelo 
4º Seiketsu Senso de 
Asseio 
Higiene 
Saúde 
Integridade 
5º Shitsuke Senso de 
Autodisciplina 
Educação 
Compromisso 
 Fonte: Do grupo,2017 
22 
 
 
 
A natureza dos 5’s é muito parecida com a dos seres humanos: 
Tabela 2 - Os 5’s no corpo humano 
5’s COMANDO NO CORPO HUMANO 
Seiri 
Separa o útil do inútil e melhor o 
uso do que é útil 
O corpo humano descarta tudo o 
que não é mais útil. 
Seiton Cada coisa deve ter seu lugar. 
Em cada sistema do corpo, cada 
célula está em seu lugar. 
Seiso 
Além de limpar deve-se evitar 
sujar 
Não seria possível sobreviver se o 
corpo não fizesse uma limpeza 
constante do organismo pelas 
fezes, urina, respiração, etc. 
Seiketsu Padronizar as práticas saudáveis 
O que cada célula do organismo 
deve fazer está no DNA 
Shitsuke 
Assumir responsabilidades de 
seguir os padrões saudáveis 
Cada célula já “sabe” o que deve 
fazer, não há a necessidade de 
chamar atenção dela. 
Fonte: Do grupo, 2017 
Adaptado de: Viver 5’s 
Disponível em: http://5s.com.br/2/o-que-e-5s.php 
 
6.3. DESAFIOS 
 
Os desafios que podem ser encontrados no programa 5's são: 
 Resistencia aos métodos implantados na empresa, pois as pessoas tendem a 
demorar a aceitar essa nova rotina em relação ao programa 5's 
 Falta de comprometimento nas fiscalizações para ver se todos exercem seu 
papel na implementação desse novo método 
 Inovar o programa para que não vire uma coisa repetitiva, deixando com que 
os funcionários se sintam estimulados com esse novo sistema 
 Colocar supervisão pelo 5's, para não deixarem de praticar 
 Disciplina do líder em manter o sistema, pois assim os funcionários possam 
ter uma motivação a mais ao exercerem as atividades do projeto 5's 
 
 
 
23 
 
 
 
6.4. IMPLEMENTAÇÃO 
 
O sistema 5's pode ser implementado em qualquer tipo de empresa tais 
como, órgãos públicos, escola e podendo ser associado também em nossas vidas. 
A prática do 5’s pode ocorrer de forma espontânea ou por meio de líderes que 
praticam e estimulam seus subordinados a praticar. Quando a este método é 
aplicado e estimulado pela alta direção, deve-se eleger uma pessoa responsável por 
coordenar as atividades. É de extrema importância que o coordenador do método 
5’s conheça profundamente os conceitos e metodologia deste sistema de melhoria 
contínua. 
O responsável por coordenar as atividades deve elaborar um plano diretor 
para orientar e desenvolver a implantação do método de forma que sejam atingidos 
os objetivos e metas, para que assim chegue-se aos resultados esperados. 
Com isto deve-se ter em mente alguns pontos importantes, tais como: 
 Prática e teoria devem ser executadas de forma conjunta, pois quanto maior o 
entendimento do 5’s melhor será sua execução 
 Independentemente do nível hierárquico todos devem participar 
 Respeitar as características de cada pessoa que faz parte do projeto de 
implementação 
 Flexibilidade 
 O comportamento grupal deve estar acima das atitudes individuais 
 Aquilo que for definido pelo grupo após as discussões e o brainstorming 
devem ser cumpridos 
 As atividades 5’ devem ser desenvolvidas na rotina 
 
“O programa 5’s é um programa para todas as pessoas da empresa, do 
presidente aos operadores, para as áreas administrativas, de serviço, de 
manutenção e de manufatura. O programa deve ser liderado pela alta 
administração da empresa e é baseado em educação, treinamento e prática 
em grupo. ” (CAMPOS,1999, p.173) 
 
Com a implementação do 5's podemos ter resultados no aumento de 
produtividade, eficiência e motivação. 
 
 
 
24 
 
 
 
 
6.5. BENEFÍCIOS 
 
Os benefícios obtidos pelo 5's trazem grandes resultados para todos que 
adotam esses métodos, seja ele nas empresas ou até mesmo no ambiente 
domiciliar. 
Alguns dos benefícios na implementação do método 5’s são: 
 Aumento de qualidade do produto ou serviço 
 Previne falhas humanas no serviço 
 Melhoria na qualidade de vida 
 Traz confiança para os trabalhadores 
 Facilita a busca por matérias 
 Fornece a base necessária para implementar outros programas de qualidade 
 Eliminação de desperdícios 
 Otimização de espaços 
 Ambiente de trabalho agradável 
 Mudança de hábitos e comportamentos 
 Autodisciplina 
 Padronização em processos 
 Prevenção de Acidentes 
 
7. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA 5’S 
 
O sistema 5’s deve ser utilizado como uma das ferramentas do Lean 
Manufacturing, uma filosofia de gestão que é inspirada em práticas e resultados do 
Sistema Toyota, que se baseia numa abordagem onde deve – se identificar e 
eliminar o desperdício através da melhoria contínua buscando a qualidade total. 
Enquanto é feito o planejamento e treinamento de pessoas chaves no Lean, 
estas disseminam a prática do 5’s em todas as áreas e em todos os níveis 
hierárquicos. 
 Seiri: Este senso está estritamente ligado ao Just in Time, que é o foco do 
Lean. 
25 
 
 
 
Seiton: O senso de ordenação faz com que as pessoas adquiram o hábito de 
realocar os objetos em seus lugares. O sistema Lean não funciona se o ambiente 
estiver desorganizado. 
Seiso: A preocupação com a limpeza faz com que as pessoas inspecionem 
com uma visão mais crítica o ambiente de trabalho. Ambientes que prezem pelo 
asseio e cuido com a limpeza favorecem a operacionalização do Lean. 
Seiketsu: Quando há a melhoria na saúde e higiene com a eliminação de 
problemas ergonômicos por exemplo diminuem a fadiga nos colaboradores e o 
absenteísmo, pode –se também haver o aumento na autoestima. Este tipo de 
ambiente é o necessário para a eficácia do Lean. 
Shitsuke: Neste senso as pessoas já se sentem autônomas e não há mais a 
necessidade de monitoramento ou cobranças, pois cada um já sabe o que deve ser 
feito. 
Caso não seja utilizado com alguma das ferramentas do Lean o 5’s é reduzido 
de um sistema de gestão e melhoria contínua para apenas um episódio de limpeza e 
organização dentro da empresa. A operacionalização do método dependerá das 
pessoas para que o sistema possa “rodar”. 
 
8. ADAPTAÇÃO DO 8’S NA FAMÍLIA 
 
Ao longo do tempo os gestores perceberam que apenas 5’s não eram 
suficientes para suprir as necessidades das empresas. 
A ideia de se implementar mais 3’s neste sistema veio através de pesquisas 
realizadas pelo professor José Abrantes em sua dissertação de mestrado em 
tecnologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) entre os anos de 
1996 e 1997. 
A manutenção e implementação do programa 8’s tem por objetivo a 
reformulação completa da empresa, a partir dos recursos humanos tendo em vista 
uma melhor produtividade através da organização e ainda eliminar tudo aquilo que 
provoca desperdícios, mesmo aqueles que não são percebidos, mas que acabam 
por impactar a organização. A grande vantagem deste novo sistema é que não se 
faz necessário que se façam investimentos em máquinas ou sistemas automáticos, 
pois tem como foco a gestão de recursos humanos e materiais. 
26 
 
 
 
Assim como nas empresas, dentro de casa existe muito desperdício, seja em 
espaço, suprimentos e tempo para limpeza e organização do ambiente, e da mesma 
forma que nas empresas o sistema 8’s pode ser aplicado dentro de casa. Essa 
metodologia promove a mudança no comportamento dos envolvidos, assim passam 
a se unir com uma visão de sobrevivência e continuidade das atividades realizadas 
dentro de casa, principalmente no combate de desperdícios visando uma maior 
economia. 
 
9. OS 8 SENSOS 
 
Da mesma forma que nas empresas os 5’s poderiam ser aplicados no 
ambiente familiar, esses novos 3’s devem ser adaptados de acordo com a realidade 
do ambiente em que vai ser implantado. 
Após a inclusão dos 3 novos “s” houve uma alteração naordem dos sensos, a 
partir disto a ordem ficou: 
 
9.1. 1º S – SENSO DE DETERMINAÇÃO E UNIÃO (SHIKARI 
YARO) 
 
Nas empresas prega - se a participação da alta administração em parceria 
com os outros colaboradores. Dentro de casa o exemplo deve vir de cima, o chefe 
de família deve motivar os outros moradores. É através da mudança do 
comportamento dos líderes que o grupo se sente motivado a participar de um 
programa de melhorias em seu ambiente. Sendo tratado com educação, respeito e 
sendo ouvidos todos participam. 
Segundo Abrantes (1997). Existem 10 etapas para a implantação deste 
primeiro S, sendo elas: 1 Conscientização da gerência. 2 Reunião entre a alta 
administração. 3 A escolha da pessoa no qual irá coordenador o método 8’s. 4 
Comunicação entres todos que irão participar. 5 Reunião com todos os envolvidos. 6 
Disseminação do programa. 7 Elaboração de um plano para motivar as pessoas. 8 
Avaliação completa de satisfação das pessoas que estão colaborando com o projeto 
de implantação. 9 Criação de um plano de ação para solução de problemas. 10 
Avaliação de todos os sensos. 
27 
 
 
 
As pessoas que moram sozinhas devem desenvolver a motivação de 
realização que nada mais é do que um impulso para superar desafio, avançar 
crescer, atingir objetivos, neste caso uma melhoria em sua qualidade de vida no lar. 
Segundo Davis e Newstrom (1989), cada indivíduo tende a desenvolver 
certas forças motivacionais como resultado do ambiente no qual está inserido. 
 
9.2. 2º S – SENSO DE CAPACITAÇÃO, EDUCAÇAÕ E 
TREINAMENTO (SHIDO) 
 
Esse senso trata da capacitação, treinamento e educação do ser humano. 
Dentro das empresas este senso visa qualificar o colaborador com o intuito de 
entregar ao mercado de trabalho pessoas treinadas e educadas. 
Segundo Abrantes (1997), este senso compreende à preparação de todo o 
programa, seguindo as etapas: 1- Treinamento do líder/coordenador responsável 
pelo programa. 2- Treinamento dos gestores. 3- Instalação de um escritório para o 
programa 8s. 4- Capacitação dos gerentes. 5- Escolha e treinamento dos 
facilitadores. 6- Produção do plano diretor. 7- Aperfeiçoamento de todos os 
colaboradores. 8- Registro e análise da atual situação da organização. 9- 
Elaboração de planos de execução. 10- Avaliação total do senso. 
Ao ser adaptado para o ambiente familiar este senso busca trazer a 
padronização das atividades dentro de casa, por meio de um planejamento de 
treinamento contínuo para que se tenha sucesso nas ações, onde todos os 
membros da casa expõem suas opiniões para que assim seja elaborado por meio de 
um senso comum o método que será adotado para a realização das atividades 
domésticas durante o dia – a – dia. 
 
9.3. 3ºS – SENSO DE UTILIZAÇÃO (SEIRI) 
 
Da mesma forma que nas empresas dentro de casa este senso visa separar 
os itens necessários dos que não servem mais. Os necessários são separados para 
o uso, os que são desnecessários devem ser descartados corretamente. Colocando 
em prática percebe -se a grande quantidade de objetos que são desnecessários e 
que acabam ocupando espaço podendo até trazer riscos à segurança. 
28 
 
 
 
Além de identificar o excesso deve-se analisar o porquê deste excesso para 
que assim possam ser adotadas medidas para evitar a volta de acúmulos 
desnecessários. 
 
“Na terminologia da qualidade denominamos esta ação de “bloqueio de 
causas”. Sentido amplo: “Utilizar os recursos disponíveis com equilíbrio, 
evitando ociosidades e carências. ” Sentido restrito para ação imediata: 
“Manter no ambiente focado somente os recursos necessários. ”” (Senai - 
SP, 2005) 
 
 
Tabela 3- Separação e seleção dos itens 
Identificação Providências 
Usado a todo 
momento 
Deixar no próprio local de uso 
Usado todo dia Deixar próximo ao local de uso 
Usado toda semana 
Deixar em um local de fácil acesso, mas não há a necessidade de deixar no 
local de uso ou próximo ao local de uso 
Quando não é 
necessário 
Descartar 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
 
9.4. 4º S – SENSO DE ORDENAÇÃO (SEITON) 
 
Após a liberação de espaço no ambiente, executado com a aplicação do seiri, 
as coisas que ficaram para uso devem ser disponibilizadas de uma forma lógica e 
coerente para que quando forem utilizados sejam usados de forma rápida, segura e 
organizada. 
“Organização, s.f. Ação ou efeito de organizar, de pôr em estado de funcionar; 
organismo; constituição física. ” (Grande dicionário da língua portuguesa 1986, 
p.554) 
 Os materiais devem ser identificados para que quando estiverem fora de seu 
lugar possam ser realocados rapidamente. Para a definição do local apropriado 
deve-se ser adotado o critério de facilidade de retorno ao local de origem após o 
uso. 
Segundo Ribeiro (1997, p.99) “Guardar as coisas necessárias, de acordo com 
a frequência de utilização, com o objetivo de facilitar o acesso e a reposição. ” 
 
 
 
 
29 
 
 
 
9.5. 5º S – SENSO DE LIMPEZA (SEISO) 
 
Mais importante do que limpar é não sujar. Este senso é responsável pela 
manutenção da boa aparência do ambiente, em ambientes limpos há uma melhor 
produtividade e uma motivação maior para se realizar as tarefas. 
Segundo Osada (1992) o importante é manter o local de trabalho sempre 
limpo, pois não é possível viver bem e fazer um bom trabalho em um ambiente sujo. 
O objetivo principal é ter em mente que o importante é não sujar. É de extrema 
importância que além de se fazer a limpeza, seja identificada a fonte da sujeira, para 
que assim seja bloqueada. 
 
9.6. 6º S – SENSO DE HIGIENE (SEIKETSU) 
 
Este senso tem como finalidade manter os outros três sensos anteriores 
(Seiri, Seiton, Seiso), criando assim padrões individuais e coletivos. Neste senso 
também é identificado e eliminado tudo o que coloca em risco a segurança. 
“Além do ambiente de trabalho, o asseio pessoal acaba também melhorando, 
pois, os funcionários tendem, naturalmente, a incorporar hábitos mais sadios quanto 
à higiene pessoal e aparência, por não quererem destoar do ambiente limpo e 
agradável no qual trabalham. ” (Ballestero-Alvez,2001, p.300) 
É necessário que se tenha perseverança para a execução e manutenção 
deste senso. As pessoas devem mudar seus hábitos e rotinas que interferem na 
manutenção dos sensos anteriores, pois se não houver perseverança, rapidamente 
volta-se ao estágio inicial, quando não era feita a implementação do sistema de 
melhoria contínua. 
 
9.7. 7º S – SENSO DE AUTODISCIPLINA (SHITSUKE) 
 
Este senso pode ser considerado o mais difícil de se alcançar. Não se trata de 
apenas uma obediência às normas e regras, este senso é desenvolvido a partir de 
exercícios de respeito a si mesmo e aos outros. 
Conforme Bertaglia (2005), A disciplina é um hábito de seguir normas, regras, 
procedimentos. Esse hábito é o resultado de um exercício sendo de força moral, 
mental e física. 
30 
 
 
 
As normas devem ser seguidas por todos, e devem ser revisadas 
periodicamente, onde todos possam dar sua opinião para que se tenha uma 
melhoria contínua no ambiente. É importante que se tenha união para que se 
chegue a este senso com perfeição, pois se alguma parte do ele se enfraquecer 
todo o resto da equipe fica comprometida e assim fica mais fácil retornar ao ponto de 
partida. 
 
9.8. 8º S – SENSO DE ECONOMISA E COMBATE AO 
DESPERDÍCIO (SETSUYAKU) 
Da mesma forma que nas empresas, dentro de casa não se pode dar ao luxo 
do desperdício, seja no reaproveitamento de itens que teriam sido descartados ou 
até mesmo no desperdício de espaço. 
Quando os outros sete sensos já estão incorporados nas atitudes dos 
indivíduos, estas sentem-semotivadas para dar continuidade a melhorias e 
prosseguindo com modificações, reduzindo custos e aumentando a produtividade. 
 
Para o sucesso deste Senso, é essencial o estabelecimento de um plano de 
combate aos desperdícios com as seguintes etapas: 1- Ampla campanha 
promovida pela alta administração. 2-Reunião entre diretores, gerentes e 
supervisores. 3-Divisão da empresa em setores de atuação e escolha dos 
líderes de grupos de sugestões. 4-Coleta de sugestões e ideias. Todas 
devem ser aceitas e nenhuma descartada antes de uma análise detalhada. 
5-Análise das sugestões, separando-se as de execução simples e imediata 
das que necessitam estudos projetos e investimentos. Neste caso deve-se 
fazer uma análise de custo x benefício. 6-Execução das melhorias. 7-
Avaliação dos resultados. 8-Divulgação dos resultados. 9- Recompensa e 
elogios aos autores das sugestões.(Abrantes, 1997) 
 
Para proporcionar a economia e o combate de desperdícios dentro de casa 
planilhas, listas, gráficos e tabelas irão auxiliar no controle dos gastos, lembretes de 
não se esquecer de pagar as contas, levar lista de compra ao supermercado, na 
cozinha deve-se evitar o desperdício fazendo receitas que aproveitem ao máximo o 
alimento. Aplicativos como o Organizze irão auxiliar no combate ao desperdício. 
Não são ferramentas que irão combater o desperdício, elas apenas colocam a 
vista os pontos a serem melhorados e gastos a serem evitados. 
 
 
 
 
31 
 
 
 
10. PESQUISA DE CAMPO 
 
A pesquisa de campo foi realizada por meio da plataforma de internet Google 
Forms (no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScdj6R_uUYEETrZByx-
41eGC6QHINwQ7wANGvO6oQ5hmeDwJw/viewform). O link ficou ativo por 3 
semanas onde foram obtidas respostas de 100 pessoas. A pesquisa foi dividida em 
3 partes: na primeira parte identificava quantos cômodos e quantas pessoas 
moravam na mesma casa que o entrevistado, os entrevistados que deram como 
resposta “moro sozinho(a)” foram direcionados à pergunta 3 da segunda parte da 
pesquisa, pois as duas primeiras perguntas se tratavam respectivamente do senso 
de determinação e união e do senso de treinamento, a segunda parte da pesquisa 
tratava-se de perguntas que tinham em seu cerne conceitos dos 8 sensos, na 
terceira parte as perguntas tiveram como objetivo mensurar se os entrevistados 
sabiam o que era o método 5’s e se conheciam o método 8’s.Esta pesquisa teve 
como objetivo identificar se os entrevistados aplicavam algum dos conceitos do 
método 8s, se conheciam os métodos 5’s e 8’s. 
 
Gráfico 1- Quantos cômodos têm a sua casa, incluindo: varanda, lavanderia e garagem? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Dos 100 entrevistados 56% moram em casas que têm de 6 – 9 cômodos, isto 
incluindo a varanda, lavanderia e garagem, 21% têm em sua residência de 2 – 5 
cômodos, 17% têm de 10 – 13 cômodos em sua casa e 6% dos entrevistados 
moram em casas que tenham 14 ou mais cômodos. 
21% 
56% 
17% 
6% 
Quantos cômodos têm a sua casa, incluindo: 
 varanda, lavanderia e garagem? 
2-5
6-9
10-13
14 ou mais
32 
 
 
 
Gráfico 2- Quantas pessoas moram na mesma casa que você? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Das 100 pessoas que responderam ao questionário apenas 2% moram 
sozinhas e outros 2% moram acompanhados de 7 pessoas ou mais, 50% dos 
entrevistados moram acompanhados com mais 1 – 3 pessoas, as pessoas que 
moram com 4 – 6 ocupam 46% dos resultados. As pessoas que moram sozinhas 
foram direcionadas automaticamente para a pergunta 5, pois as perguntas 3 e 4 
foram destinadas a pessoas que moram com outras pessoas. 
 
 
 
 
 
2% 
50% 
46% 
2% 
Quantas pessoas moram na mesma casa que você? 
Moro sozinho(a)
1-3
4-6
7 ou mais
33 
 
 
 
Gráfico 3- Na sua casa há união para a realização das atividades domésticas? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Esta pergunta se refere ao senso de Determinação e União. Das pessoas que 
responderam esta pergunta 66% disseram que há união para a realização das 
tarefas domésticas enquanto 34% disseram que não há união na hora de realizar as 
atividades domésticas. 
 
Gráfico 4 - Todos em sua casa "falam a mesma língua" em relação a organização do ambiente? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
O senso desta pergunta é o de Treinamento. Dos entrevistados que 
responderam esta pergunta 51% tem em seu ambiente domiciliar pessoas que 
“falam a mesma língua” na hora de organizar o ambiente enquanto 49% não. 
 
66% 
34% 
Na sua casa há união para a realização 
das atividades domésticas 
Sim
Não
51% 
49% 
Todas em sua casa "falam a mesma língua" 
em relação a organização do ambiente? 
Sim
Não
34 
 
 
 
Gráfico 5- Em sua casa é feita a separação de objetos que são necessários dos que não são 
necessários? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
A partir desta pergunta as pessoas que moram sozinhas voltaram a responder 
o questionário. Dos 100 entrevistados 56% separam os objetos necessários dos que 
não são necessários dentro de suas casas, enquanto 44% não tem o mesmo hábito. 
Esta pergunta refere-se ao senso de organização. 
 
Gráfico 6- Em sua casa os objetos são guardados de acordo com sua frequência de utilização? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Esta pergunta refre-se ao senso de ordenação e 66% dos entrvistados 
adotam o sistema de guardar os objetos de acordo com sua utilização em suas 
casas, e 34% não adotam este método. 
56% 
44% 
Em sua casa é feita a separação de objetos 
que são necessários dos que não são necessários 
Sim
Não
66% 
34% 
Em sua casa os objetos são guardados de 
acordo com sua frequência de utilização? 
Sim
Não
35 
 
 
 
 
Gráfico 7- É possível identificar a fonte da sujeira (excluindo poeira) e da desordem em sua casa? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
O senso de limpeza prega que além de ser feita a limpeza deve-se identificar 
e bloquear tudo aquilo que traz desordem ao ambiente. Das 100 pessoas que 
responderam o questionário 84% consegue identificar em seus lares tudo aquilo que 
possa sujar e trazer a desordem excluindo a poeira, pois está sempre presente, 
enquanto 16% não conseguem identificar o que suja e causa desordem em suas 
casas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84% 
16% 
É possível identificar a fonte da sujeira 
(excluindo poeira) e da desordem em sua casa ? 
Sim
Não
36 
 
 
 
Gráfico 8- Na sua casa é possível identificar e eliminar rapidamente tudo o que coloca em risco a 
segurança dos moradores? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Na casa de 85% dos entrevistados é possível identificar e eliminar tudo o que 
coloca em risco dos moradores, 15% dos entrevistados não conseguem identificar 
para eliminar o problema. Esta pergunta está relacionada ao senso de saúde. 
 
Gráfico 9- Você se considera uma pessoa disciplina tratando-se de regras de boa convivência?
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Dos 100 entrevistados 74% se consideram disciplinados vivendo com outras 
pessoas, já 26% dos entrevistados não se consideram disciplinados. Esta pergunta 
refere-se ao senso de autodisciplina. 
85% 
15% 
Na sua casa é possível identificar e eliminar 
rapidamente tudo o que coloca em risco a 
segurança dos moradores? 
Sim
Não
74% 
26% 
Você se considera uma pessoa disciplinada 
tratando-se de regras de boa convivência? 
Sim
Não
37 
 
 
 
Gráfico 10- Na hora da compra é priorizada a economia ou a qualidade? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
A maior parte dos entrevistados, 52% prezam mais pela economia na hora de 
realizar compras, já 48% dos entrevistados prezampela qualidade. O “S” referente a 
esta pergunta é o de Economia e Combate ao desperdício. 
 
Gráfico 11- Você sabe o que é o método 5’s? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Pode-se observar que 69% dos entrevistados não sabem o que é o método 
5’s e 31% dizem saber o que é este método. 
 
 
52% 
48% 
Na hora da compra é priorizada a 
economia ou a qualidade? 
Economia
Qualidade
31% 
69% 
Você sabe o que é o método 5s ? 
Sim
Não
38 
 
 
 
Gráfico 12- Se sim, explique o que é este método 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Foi pedido para que as pessoas que responderam “sim” na pergunta anterior 
para que definisse o que é o método 5’s, porém nem todos realmente sabem o que é 
este método, para a elaboração deste gráfico as respostas foram analisadas entre 
“Soube definir” e “Não soube definir”, onde apenas 39% das pessoas souberam 
definir o que é o método 5’s enquanto 61% não souberam definir. As respostas 
obtidas foram: 
 É um jeito de organização pra ter tudo em ordem 
 Método que ajuda disciplinar um local 
 Métodos de organização e limpeza em qualquer local 
 Método de organização do ambiente 
 Método de organização, limpeza, manter o ambiente limpo, e descartar 
tudo aquilo que não é necessário. 
 Metodo de organização 
 É um metodo japones que ajuda na organizacao 
 5s é uma técnica chinesa ou japonesa de organização 
 É uma ferramenta que nos ajuda a diminuir o disperdicio e o espaço 
focando na eficiencia operacional 
 5 S 
 É um método criado pelos japoneses para evitar desperdício, comprar 
somente o que for utilizar 
39% 
61% 
Se sim, explique o que é este método 
Soube definir
Não soube definir
39 
 
 
 
 Como ter uma boa convivência questão de limpeza 
 E um metodo que foi criado no Japao, para organizacao das empresas 
 metodo de organização 
 Refere se a sensos dentro da organizacao 
 O método japonês sobre organização 
 Senso de organização, limpeza, saúde e entre outros 
 Senso de organização, limpeza, saúde e entre outros 
 Senso de utilização: separar o util do inutil. senso de organizacao: 
identificar e organizar os materiais. senso de limpeza: manter o ambiente 
limpo. senso de padronização e saúde: padronização de cores, 
iluminação, placas....e senso de autodisciplina: tornar os outros 4 sensos 
em hábito. 
 É uma metodologia para se ter uma organização em determinados 
lugares, tanto na sua casa ou em empresas 
 É um programa que visa se aproximar da qualidade total, aprimorando 5 
pontos base, a disciplina, higiene, limpeza, utilização e organização. 
 É um método de organização e reciclagem 
 Método de organização 
 É um método de organização e limpeza dentro da empresa 
 Métodos de limpeza e organização 
 São 5 etapas de organização, disciplina e limpeza 
 São conceitos criados no Japão chamados de (Senso), pra ajudar a 
melhor o ambiente de trabalho ou ambiente domiciliar, tem o senso de 
limpeza, saúde, organização, disciplina 
 É um método de organização do ambiente 
 É um metodo de organização e disciplina 
 saõ tecnicas de organização 
 é um metodo no qual organizamos, separamos e assim, mantemos a 
ordem e a funcionalidade do ambiente. 
40 
 
 
 
Gráfico 13 - Você conhece o método 8’s? 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
Apenas 2% dos entrevistados conhecem o método 8’s enquanto 98% dos 
entrevistados não conhecem. 
 
10.1. CONCLUSÃO DA PESQUISA 
 
Apesar de aplicaram seus conceitos, muitas pessoas não conhecem o 
método o que é o método 8’s. Algumas pessoas dizem ter conhecimento do método 
5’s mas na verdade muitas confundem como apenas organização ou limpeza, mas o 
5’s vai muito além de um episódio de mutirão de organização e limpeza. 
 
11. PROBLEMAS NA CONSERVAÇÃO DE BENS DE 
CONSUMO NÃO DURÁVEIS NA FAMÍLIA E RISCOS À 
SEGURANÇA 
 
Bens são valores sendo eles materiais ou imateriais. Podem ser classificados 
em: móveis, corpóreos e incorpóreos, fungíveis e infungíveis, consumíveis e 
inconsumíveis, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, comercializáveis ou 
fora do mercado, principais ou acessórios, e públicos ou particulares. Os bens de 
consumo são aqueles usados pelas pessoas isoladamente ou pelas famílias, 
podendo ser eles divididos em duráveis ou não duráveis. 
Os bens de consumo que são comercializados em cada país representam o 
padrão de vida da população e também permitem qualificar os gostos e as 
2% 
98% 
Você conhece o método 8s? 
Sim
Não
41 
 
 
 
características da sociedade. Segundo dados do IBGE a despesa de consumo das 
famílias caiu 4,2% em 2016, segundo a coordenadora de contas nacionais do 
instituto este índice foi afetado por conta da piora no mercado de trabalho, outros 
fatores que motivaram a queda do índice segundo ela foi o constante recuo das 
operações de crédito e os juros de 2016 acima do patamar de 2015. O consumo das 
famílias tinha caído 3,9% no ano de 2015 e teve uma piora nos três primeiros meses 
do ano de 2016. 
Os bens de consumo duráveis são aqueles que podem ser utilizados por um 
tempo relativamente longo, como por exemplo: casas, automóveis, 
eletrodomésticos, etc. Já os bens de consumo não duráveis são aqueles que são 
utilizados por um curto período de tempo ou poucas vezes tendo como exemplos: 
alimentos, produtos de limpeza, roupas, etc. 
Grande parte das pessoas acumulam objetos em casa e acabam não tendo 
espaços para armazenar. Manter a ordem é necessário para economizar tempo na 
procura de tais objetos. Portanto, é fundamental aproveitar ao máximo todo e 
qualquer espaço dentro destes ambientes. 
Algumas pessoas tendem a amontoar pertences, armazenam artefatos de 
vários tipos, muitas vezes por razões sentimentais, outras por pensarem que em 
algum instante poderão utilizá-los, e outras, somente, por preguiça. A casa acaba 
ficando repleta de entulhos, gerando um ponto critico e se tornando impossível de 
habitar, andar ou ao menos fazer qualquer outra atividade como cozinhar, dormir ou 
limpar, pois os lugares estão cheios de materiais e lixos, que acabam virando 
verdadeiros montes de bagunça, trazendo roedores e insetos e prejudicando a 
saúde. 
 Aglomeração excessiva de bens materiais não faz bem nem para o 
psicológico, nem para o físico, sendo capaz de acarretar sérios efeitos para a saúde 
como sinusite, renite, ansiedades, fobias e medos. 
Como principais problemas, em relação a falta de organização, podem – se 
citar: 
 Dificuldades em encontrar objetos; 
 Aumento de compras irrelevantes; 
 Estresse ao procurar algo e não encontrar; 
 Menor agilidade no trabalho; 
42 
 
 
 
 Danificação no aspecto visual dos ambientes; 
 Falta de espaço. 
11.1. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMESTICOS 
 
 
Acidentes domésticos são comuns no dia a dia, mesmo com todo o cuidado 
tomado por meio dos membros da casa, porém existem situações e objetos que 
podem desencadear um acidente, principalmente se for com crianças ou idosos. 
Segundo dados disponibilizados pelo Instituto Doutor José Frota (IJF), 
localizado em Fortaleza – Ceará, entre os meses de janeiro do ano de 2017 à junho 
de 2017 foram realizados 15.240 atendimentos por ocasião de acidentes domésticos 
sendo 7.290 com crianças de 0 a 14 anos de idade, sendo uma média de 1.270 
ocorrências por mês. 
Por meio de dados apresentados na Cartilha de Acidentes Domésticos, 
disponibilizada virtualmente pela PROTESTE Associação de Consumidores em 
outubro de 2013, as estatísticas em relação a acidentes infantis são as seguintes: 
 
 
 
Tabela 4- Acidentes domésticos em relação à mortalidade 
Idade(anos) 1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar 5º lugar 
< de 1 Sufocação 
Passageiro de 
Veículo 
Queda Afogamento 
Queimadura 
com fogo 
De 1 a 4 Afogamento Atropelamento 
Passageiro de 
Veículo 
Sufocação 
Queimadura 
com fogo 
De 5 a 9 Afogamento Atropelamento 
Passageiro de 
Veículo 
Queda Sufocação 
De 10 a 14 Afogamento Atropelamento 
Passageiro de 
Veículo 
Andar de 
bicicleta 
Queda 
 
Fonte: Cartilha de Acidentes Domésticos, PROTESTE Associação de Consumidores, out. 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
Tabela 5- Acidentes domésticos em relação à hospitalização 
Idade (anos) 1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar 5º lugar 
< de 1 Queda 
Queimaduras 
com líquidos 
quentes ou 
outras fontes 
de calor 
Choque 
elétrico 
Atropelamento 
Queimadura 
com fogo 
De 1 a 4 Queda 
Queimaduras 
com líquidos 
quentes ou 
outras fontes 
de calo 
Choque 
elétrico 
Atropelamento 
Queimadura 
com fogo 
De 5 a 9 Queda 
Choque 
elétrico 
Atropelamento 
Andar de 
bicicleta 
Sufocação 
De 10 a 14 Queda 
Choque 
elétrico 
Atropelamento 
Andar de 
bicicleta 
Envenenamento 
por plantas e 
animais 
venenosos 
 
Fonte: Cartilha de Acidentes Domésticos, PROTESTE Associação de Consumidores, out. 2013 
 
 
11.1.1. Como evitar acidentes domésticos: 
 
Cozinha 
 Não deixe crianças sozinhas neste cômodo, quando estiver cozinhando 
mantenha as crianças longe sob cuidados de outro adulto; 
 Mantenha as facas bem guardadas longe do alcance das crianças, se este ou 
outros objetos pontiagudos forem colocados em locais altos, para a proteção de 
todos os membros da casa deve-se ser espetado em um pedaço de isopor ou algum 
outro tipo de material, para que assim caso este objeto caia não machuque ninguém; 
 Mantenha os produtos de limpeza em locais fora do alcance das crianças e 
evite colocar em garrafas de bebidas como de refrigerantes; 
 Ambientes sem ou com pouca manutenção na limpeza podem ocasionar 
acidentes; 
 A mangueira do botijão de gás não deve encostar no fogão, evitando assim 
que derreta com o calor do eletrodoméstico e ocasionando em um incêndio. Deve-se 
verificar regularmente a validade da mangueira e registro do botijão de gás, caso 
esteja com o prazo de validade vencido troque o mais rápido possível; 
44 
 
 
 
 Se por acaso ocorrer vazamento de gás não acenda nenhuma lâmpada, pois 
há risco de explosão, se ocorrer vazamento deve-se abrir portas e janelas para que 
o gás disperse, após este procedimento busque a causa do vazamento; 
 Antes de lavar ou encerar o piso deste ou de qualquer outro cômodo, bloqueie 
o acesso do local, e procure sempre usar calçado antiderrapante para minimizar os 
riscos de queda; 
 Use sempre luvas ou pegadores quando for manipulador algo que estiver no 
forno, evite usar panos de prato ou panos finos para esta função; 
 Vire sempre os cabos das panelas quentes para dentro do fogão, para evitar 
que esbarrem nelas e acabe tendo um episódio de queimadura; 
 Mantenhas as sacolas e sacos longe das crianças, pois elas podem tentar 
brincar e acabar se sufocando; 
 Fósforos e álcool devem manter distância do fogão; 
 Não faça o uso de tolhas de mesa muito grande caso haja crianças pequenas 
na casa, elas podem acabar puxando a toalha e assim derrubar todos os objetos 
que estão em cima de seu próprio corpo. 
Piscinas, jardins e áreas de lazer 
 Se na casa houver crianças, às piscinas devem permanecer fechadas. 
Proteger a área da piscina com cercas de no mínimo 1,5m que não possam ser 
escaladas e portões com cadeados ou travas que dificultem o acesso. Os 
afogamentos de crianças são constantes, então todo cuidado e pouco; 
 Nunca deixe que crianças brinquem em lajes. As quedas são quase sempre 
fatais; 
 Oriente que as pipas sejam empinadas apenas em locais abertos e longe de 
fios elétricos; 
 Tire os cachecóis e capuzes das crianças antes que elas comecem a brincar 
para evitar os riscos de estrangulamentos; 
 O tanque de roupas deve ter fixação adequada e deve-se evitar encher até 
seu limite; 
45 
 
 
 
 Tome muito cuidado com plantas que são tóxicas. No Brasil 60% dos casos 
de intoxicação por plantas ocorrem com crianças menores de 9 anos, e 80% delas 
são por acidente. Cada planta pode trazer uma consequência diferente. 
 
Janelas, escadas, corredores 
 Coloque telas ou grades de proteção para evitar quedas em janelas de 
prédios. Não limpe janelas pelo lado de fora. Para esse tipo de serviço contrate 
profissionais; 
 Certifique-se que todas as janelas que crianças tem acesso se mantenham 
trancas quando não há um adulto por perto; 
 Use grades de proteção no topo e na base das escadas; 
 Não deixe objetos espalhadas em escadas; 
 Os corredores devem estar sempre iluminados, sem tapetes ou outros objetos 
que possam obstruir a passagem; 
 Se houver tapete na escada deve-se fixa-lo; 
 De preferência colocar corrimão dos dois lados da escada para prevenir 
escorregões e para dar apoio principalmente para idosos e pessoas com 
necessidades especiais. 
Banheiro 
 Caso haja banheira, tenha muito cuidado e sempre supervisione as crianças, 
um simples descuido pode levar ao óbito por afogamento; 
 Use tapetes antiderrapantes na área interna do banheiro. Isso evitará 
escorregões, e possíveis acidentes; 
 Deve-se fazer o aterramento do chuveiro para se evitar os contatos elétricos; 
 Deve-se evitar subir no vaso sanitário, essa atitude pode causar graves 
lesões; 
 Evite o uso de aparelhos eletrônicos quando estiver com o corpo molho, 
evitando assim possíveis descargas elétricas; 
46 
 
 
 
 Instale barras de segurança no banheiro caso haja pessoas idosas na 
residência ou que a viste regularmente, as barras devem ficar próximas ao vaso e na 
área abaixo do chuveiro; 
 As escovas de dentes devem ser mantidas bem guardas para evitar 
contaminação por bactérias lançadas pela descarga do vaso sanitário. 
Sala 
 Objetos de decoração como bibelôs e porta-retratos devem ser mantidos fora 
do alcance de crianças, e evitados pois pode correr o risco de serem quebrados e 
ocasionar ferimentos com seus resíduos; 
 Verifique a situação das instalações elétricas neste cômodo e nos outros. Fios 
desencapados são perigosos; 
 Não use benjamins ou extensões, muitos aparelhos ligados na mesma 
tomada pode ocasionar sobrecarga e curto-circuito na fiação. Se utilizar extensões 
evite deixa-las esticadas, ou então fixe-a no chão com fita para que não haja o risco 
de os membros da casa tropeçarem; 
 Todos eletrodomésticos devem ficar longe de líquidos; 
 As tomadas devem ser protegidas por tampas apropriadas, esparadrapos, fita 
isolante, ou escondida por móveis; 
 Opte por móveis que tenham pontas arredondadas; 
 Evite mesas de centro ou tapetas caso haja idosos ou crianças pequenas na 
casa. 
 Móveis leves, como bancos cadeiras ou até mesmo mesas, podem ser 
perigosos quando utilizados para subir; 
 Opte por cortinas ou persianas sem cordas para evitar o estrangulamento 
pelas crianças. 
Quartos 
 Instale prateleiras longe da cama; 
 Verifique a qualidade das maçanetas, tanto as crianças como os adultos 
podem ficar trancados acidentalmente em cômodos; 
 Se possível não compre beliches; 
47 
 
 
 
 Guarde itens pesados em gavetas e prateleiras baixas. 
12. CICLO PDCA 
 
A ferramenta de melhoria contínua, conhecido por PDCA, foi criado na 
década de 30 por Walter A. Shewart, porém se popularizou por meio de William 
Edward Deming na década de 50, que aplicou no Japão pós – Segunda Guerra 
Mundial.Este método é utilizado como uma ferramenta de planejamento muito 
utilizado nos setores de gestão da qualidade das empresas, podendo ser adaptado 
para outros ambientes também. 
A sigla PDCA significa: Plan, Do, Check e Act, que significam: Planejar, 
Executar (Desenvolver, Fazer), Verificar (Checar) e Agir (Atuar). 
 
Figura 1 - Ciclo PDCA 
 
Fonte: O Ciclo PDCA e a melhoria contínua 
Disponível em: http://www.sobreadministracao.com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-melhoria-continua/ 
 
 
 
 
 
O Plan-Do-Check-Act – PDCA – é a descrição da forma como as mudanças 
devem ser efetuadas numa organização de qualidade. Não inclui apenas os 
passos de planejamento e de implementação de uma mudança, mas 
também o de verificar se as alterações produziram a melhoria desejada ou 
esperada, de forma a ajustar, corrigir ou efetuar uma melhoria adicional com 
base nesse passo de verificação. (BERTAGLIA, 2005, p.411) 
 
48 
 
 
 
Este procedimento serve tanto para a aplicação de novas ideias quanto para 
resolução de possíveis falhas. O ciclo tem início com a definição de um plano, 
baseado em diretrizes ou políticas da empresa. 
Segundo Campos (2004), as etapas da fase PLAN são subdivididas em cinco: 
1) Identificação do problema; 
2) Estabelecimento de metas; 
3) Análise dos fenômenos; 
4) Análise dos processos; 
5) Elaboração de um plano de ação. 
 
1) Identificação do Problema: é executado todas as vezes que a 
organização se encontrar um resultado/efeito indesejado, oriundo de um processo. 
2) Estabelecimento de metas: o problema será sempre a meta não 
alcançada, sendo a diferença entre o resultado atual e um resultado desejado. Toda 
meta deverá sempre ser constituída de três partes - objetivo gerencial, prazo e valor. 
3) Análise dos fenômenos: análise detalhada do problema encontrado e 
suas peculiaridades, por meio de fatos e dados coletados. 
4) Análise dos processos: busca das causas mais importantes que 
ocasionam o problema, através da análise das características importantes. 
5) Elaboração de um plano de ação: é o resultado de todas as ações da 
fase PLAN em que estão contidas, em detalhes, todas as ações que deverão ser 
tomadas para se atingir a meta proposta inicialmente. Para sua elaboração a 
metodologia mais indicada é 5W1H/5W2H, uma ferramenta que pode ser utilizada 
em qualquer ambiente que esteja sendo feito um planejamento. Esta técnica é feita 
em forma de questionamentos: What? (o que?), Who? (quem?), When? (quando?), 
Where? (onde?), Why? (por que?), How? (como?), How much? (quanto custa?). 
 
 
 
DO 
Esta etapa refere-se à execução do plano, que consiste no aperfeiçoamento 
dos envolvidos, a aplicação propriamente dita e o recolhimento de dados para 
posterior análise. 
49 
 
 
 
Essa etapa se subdivide em duas partes: 
1) Treinamento: Nesta etapa, é feita a divulgação a todos os que estão 
envolvidos no processo, para que eles tomem ciência do que está sendo feito. 
Assim, o plano de ação poderá ser colocado em prática. 
2) Execução da ação: Nesta fase devem –se ser realizadas verificações no 
local, com o objetivo de manter tudo controlado e afastar qualquer tipo de 
dúvida que possa surgir durante a execução. 
 
CHECK 
O terceiro passo do PDCA é a análise ou verificação dos resultados 
alcançados e dados coletados. 
Segundo Slack at al (2002) o estágio C (Check) do ciclo PDCA é o momento 
onde a nova solução implementada é avaliada, para aferir se o resultado esperado 
foi alcançado. 
Ela pode ocorrer ao mesmo tempo que a realização do plano, onde se é 
verificado se o trabalho está sendo feito da forma correta, ou após a execução, 
momento em que são feitas análises dos dados e verificação dos itens de controle. 
 
ACT 
Última etapa deste método de melhoria, é caracterizada pela aplicação das 
medidas corretivas, a correção dos erros que foram encontrados na fase anterior, 
também pelo processo de padronização das ações executadas. Nesta etapa que se 
retorna ao inicio do método novamente, gerando assim um ciclo de melhoria 
contínua. 
 
12.1. IMPLEMENTAÇÃO 
 
O novo pode causar um certo desconforto nas pessoas, adotar um novo 
método pode ser complicado no início, mas após a adoção deste método é 
importante que se tenha um controle para que ele se mantenha e tenha melhorias. É 
necessário que se tenham regras e comprometimento de todos os envolvidos. Com 
a ajuda do Ciclo PDCA, podemos gerenciar melhor as tarefas. 
50 
 
 
 
Segundo Lobos (1991). No ambiente onde está sendo implementado um 
processo de Gestão da Qualidade, o aprendizado constante faz parte do trabalho, 
pois a meta deste é o aperfeiçoamento. 
A seguir um fluxograma com as fases para a implementação do método 8’s 
dentro de casas que tenham mais de 1 morador (pessoas que moram sozinhas não 
realizam a fase 1 pois é voltada a reuniões e discussões em grupo): 
51 
 
 
 
Figura 2- Fluxograma de implementação do método 8's dentro de casa 
 
Fonte: Do grupo, 2017 
 
 
 
FASE 1 
• Brainstorming para escolha do líder/ coordenador do método 8’s 
• Comprometimento do líder da casa para a aplicação do método 8’s 
• Orientação da aplicação dos métodos para todos os membros da 
residência 
FASE 2 
• Brainstorming para identificar os problemas e suas medidas corretivas 
• Elaboração da Ata de reunião 
FASE 3 
• Estabelecimento de metas e cronograma 
• Elaboração de uma rotina para aplicação dos 8’s dentro de casa 
FASE 4 
• Elaboração de um Check list 
• Implementação do método 8s 
FASE 5 
• Avaliação do resultado final 
• Manutenção e melhoria contínua do método implantado 
52 
 
 
 
 FASE 1: Durante uma reunião no qual o objetivo é discutir sobre a 
implantação do método 8’s dentro de casa é necessário que seja elegido um líder ou 
coordenador, que seja exemplo para os outros membros, para vistoriar as 
atividades, fazer os apontamentos junto dos outros membros do que deve ser 
melhorados, além de incentivar todos os outros membros envolvidos no processo. É 
importante que o líder/coordenador tenha conhecimento deste método de melhoria 
contínua para que ele possa instruir e ajudar corretamente os outros membros 
explicando o que e como deve ser feito, quem deve fazer e em quanto tempo. 
 
FASE 2: Na mesma reunião no qual o líder/coordenador foi elegido, junto com 
todos os envolvidos deve-se identificar quais são os possíveis problemas e soluções 
para estes problemas. Deve-se definir de quanto em quanto tempo serão avaliados 
os resultados obtidos com a execução do método. É de extrema importância que 
todos os envolvidos neste projeto de melhoria contínua estejam presentes nesta 
reunião e que exponham suas opiniões. A utilização de uma Ata para esta reunião é 
muito importante, pois nela podem ser anotados quais são os problemas descritos e 
suas soluções encontradas, nesta ata também deve conter quais são as prioridades 
a serem desenvolvidas e melhoradas. Deve-se dividir a casa em setores e seus 
membros em grupos que ficarão responsáveis por cada setor, se a casa for pequena 
(contém no máximo 5 cômodos, incluindo a lavanderia, varanda e garagem) ela fica 
definida como um único setor. 
 
FASE 3: Nesta fase é definido o cronograma das atividades de acordo com 
cada um dos “S” deste método. A criação de um bom cronograma influenciará 
diretamente nos resultados obtidos e na satisfação dos envolvidos. O cronograma é 
feito em forma de planilha onde será definido quem faz o que, quais são os recursos 
necessários para a realização de cada atividade, em quanto tempo será realizada a 
atividade, muito mais do que fazer a atividade no tempo certo é fazer comqualidade, 
caso algo sai do cronograma deve-se ser a analisada a causa do ocorrido e 
rapidamente corrigido o problema para que não atrapalhe as outras atividades. 
Existem softwares e aplicativos para celular que facilitam a criação de cronogramas. 
É nesta fase também que se é elaborada a rotina da implementação do programa de 
melhoria contínua tendo sido definido na hora do brainstorming qual “S” será 
aplicado e em qual dia, qual o objetivo de sua aplicação. 
53 
 
 
 
Segundo Campos (1990) A rotina é a base para implementação das 
melhorias. 
 
FASE 4: Após todo o processo de planejamento nesta fase é elaborado um 
check list dos sensos operacionais (Utilização, Organização, Limpeza e Saúde) para 
que assim possa ser economizado tempo e recursos dando prioridade no que está 
mais trazendo desarranjos no ambiente, após a elaboração e conferência dos itens 
no check list é colocado em prática cada um dos conceitos dos 8’s de acordo com o 
cronograma e rotina estabelecidos na fase 3. 
 
FASE 5: Nessa fase é avaliado o desempenho de cada pessoa que 
colaborou, analisados os pontos negativos e positivos sobre o trabalho de cada um, 
como a colaboração não é um trabalho isolado é também analisada a desenvoltura 
da equipe, como cada um colaborou para que o trabalho do outro pudesse ser feito 
com eficácia, promover o desenvolvimento e (estimulá-los) a atingir suas metas. Não 
se pode considerar como resultado final até porque este é um método de melhoria 
contínua, com novos problemas a serem solucionados, por isso é importante ser 
feita manutenção periódica do método no ambiente, até que se torne algo natural. 
 
13. DIA D 
 
O Dia D ou Dia da Decisão aconteceu em 6 de junho de 1944, durante a 
Segunda Guerra Mundial. Este foi o dia em que as tropas Aliadas desembarcaram 
na Normandia (região noroeste da França) para conter as tropas alemãs. 
Aproximadamente mais de 155 mil homens participaram desta ação contra a 
Alemanha que tentava tomar a capital da França. Popularmente a expressão “Dia D” 
é usada para se referir a uma data especial, planejada e muito esperada. 
 
13.2. IMPLEMENTAÇÃO DO 8’S 
 
De acordo com os resultados obtidos com as pesquisas e seguindo os passos 
de implementação do método 8’s contidos no fluxograma do tópico 12.1 existiu a 
tentativa de implantar esta ferramenta de melhoria contínua no ambiente domiciliar 
de um dos membros do grupo, porém sem nenhum resultado obtido, pois houve 
54 
 
 
 
resistência de um dos chefes da casa em relação a execução desta técnica, onde 
não foi possível realizar ao menos a Fase 1 da Implementação seguindo as 
informações do fluxograma elaborado pelo grupo. 
Tendo em visto o fato ocorrido constatou-se que uma das grandes 
dificuldades na implantação de métodos de melhoria contínua em certos ambientes 
é a resistência de novas técnicas, sendo desde o nível operacional até a alta 
administração. 
 
14. MANUTENÇÃO, AVALIAÇÃO, E SUSTENTAÇÃO DO MÉTODO 
8’S 
 
Por ser um programa que se tem por objetivo a melhoria contínua faz – se 
necessária a manutenção desta técnica a fim de barrar qualquer atividade ou atitude 
que atrapalhe a execução do método, e também para que seja melhorado cada vez 
mais, bem como uma nova cultura para os membros da casa. A manutenção deve 
ser realizada em todo reunião de avaliação do método, neste momento todos os 
envolvidos devem dar sugestões de possíveis melhorias e apontando os principais 
erros e dificuldades encontrados ao longo da realização das tarefas. Como esta 
atividade é intrínseca, o líder/coordenador do 8’s dentro da casa onde está sendo 
implantado deve sempre procurar motivar e estar à disposição para debater com os 
envolvidos, para que assim o método se torne mais produtivo, eficiente e eficaz. 
Todos os sensos e membros devem ser avaliados, seja diariamente, 
mensalmente ou bimestralmente, sendo atribuídas notas para que se possa ter um 
índice quantitativo e estatístico de onde está vindo a maior dificuldade. Após a 
avaliação e apresentação dos resultados, deve-se cruzar os dados de antes da 
implementação e após a implementação, para que assim possam ser observados e 
comparados. É importante que antes da implementação do método devam ser 
levantados diversos índices sendo um deles o consumo da família, para que assim 
mais tarde possa ser utilizado como dado comparativo de antes e depois do projeto. 
A partir do momento em que todos os membros da casa já entenderam todos 
os processos e executam de uma forma natural, sem que haja cobrança do 
líder/coordenador ou de outros membros, estes já estão cientes e consegue 
enxergar os benefícios da aplicação desta ferramenta, sendo assim sua sustentação 
será de forma espontânea. 
55 
 
 
 
15. CONCLUSÃO 
 
O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou a análise de como um 
método de melhoria contínuo pode ser aplicado fora do mundo coorporativo e ser 
adaptado para o ambiente domiciliar. Além disso, permitiu a realização de uma 
pesquisa de campo para obter dados sobre o nível de conhecimento de uma 
amostra de pessoas sobre o tema abordado, de modo geral, a grande maioria das 
pessoas que participaram da pesquisa de campo aplicam alguns dos conceitos do 
método 8’s em seu dia – a – dia. 
Foram – se elaboradas técnicas de como deve –se implementar o método 8’s 
no ambiente domiciliar, com o objetivo de trazer melhorias no local onde seria 
implementado. Apesar de ter atingido os objetivos do trabalho tinha –se como 
desafio de o grupo aplicar este método na casa de um de seus integrantes, porém 
não foi possível a aplicação pois houve resistência de um dos chefes da casa sobre 
a execução do método apesar de ser uma ferramenta que otimizaria as atividades 
diárias do lar. 
A aplicação do método 8’s no ambiente domiciliar traz grandes benefícios 
para os que habitam o local em que está sendo feita sua aplicação, deixando o 
ambiente mais organizado, seguro, melhorando a convivência e hábitos dos 
envolvidos e fazendo com que a qualidade de vida melhore, tudo isso sendo com o 
menor custo possível ou até mesmo sem custo algum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABRANTES, José. Programa 8S: Ferramenta para a economia e combate 
aos desperdícios na indústria. Dissertação de Mestrado (M. S.c.). CEFET/RJ, Rio 
de Janeiro, Brasil, 1997. 
 
ABRANTES, José. Programa 8S. Da alta administração a linha de produção: o 
que fazer para aumentar o lucro. Uma base para a filosofia seis sigma. Rio de 
Janeiro: Interciência, 2001. 
 
ADMINISTRADORES.COM. Relatório de implantação do programa 5s. Disponível 
em: <http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/relatorio-de-
implantacao-do-programa-5s/62379/>. Acesso em: 13 jun. 2017. 
 
BLOG DA QUALIDADE. Programa 8s. Disponível em: 
<http://www.blogdaqualidade.com.br/programa-8s/>. Acesso em: 16 mai. 2017. 
 
CAMPOS, Vicente Falconi. Gerência de qualidade total estratégia para aumentar 
a competitividade da empresa brasielira. Belo Horizonte: Bloch - Fundação 
Christiano Ottoni, 1990. 187 p. 
 
CAMPOS, Vicente Falconi.:TQC – Controle de Qualidade Total (no estilo 
Japonês). Belo Horizonte Brasil. 8ª Edição. Editora de Desenvolvimento Gerencial – 
1999. 
 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM FOCO. Recursos materiais (administração). 
Disponível em: <http://cienciatecnologiafoco.blogspot.com.br/2014/10/recursos-
materiais-administracao.html>. Acesso em: 23 out. 2017. 
 
CITISYSTEMS. Programa 5s nas empresas, conceito, implantação e auditoria.. 
Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/programa-5s-empresas-conceito-
implantacao-auditoria/>. Acesso em: 23 mai. 2017. 
 
DAVIS, Keith;

Continue navegando