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PROCESSO CIVIL 4 COMPLETO

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PROCESSO CIVIL 4 – 31/07 (AULA 1)
Estrutura do poder Judiciário Brasileiro, art. 92 
(função administrativa) CNJ 	 STF (Instância Extraordinária)
			 STJ 		TST		TSE		STM 
(J.Comum) TJ TRF TRT TRE X (J.Especial)
 ESTADUAL		
 UNIÃO
(1ª inst.) J.Estadual J. Federal J. Trabalho J.Eleitoral J.Militar 
 ESTADUAL
 UNIÃO 
Todos os órgãos do Poder Judiciário são fiscalizados pelo CNJ, menos o STF. O CNJ tem função administrativa, fiscalizadora. 
TST trata de causas cíveis, o TSE trata de causas cíveis e criminais, o STM só trata de crimes (forças armadas), se for questão disciplinar (administrativa) não se trata aqui. 
Na 1ª Instância: Na justiça eleitoral, um juiz estadual é designado para exercer função eleitoral. Na Justiça militar, além de um juiz togado, existem militares indicados para participarem do colegiado, que fazem auditorias. Na 1ª instância não é apenas singular, pois na Justiça militar tem colegiado. A 1ª instância pertence aos Estados e a União. 
Juiz Estadual também exerce função da União, quando trata de Justiça eleitoral, de resto, ele pertence aos Estados. As demais justiças pertencem à União.
Na 2ª instância: A Justiça Militar não possui segunda instância porque na 1ª instância já possui um órgão colegiado, e também porque o nº de processos no Brasil é minúsculo. 
A 2ª instância é composta por órgãos colegiados. E eles têm frações mínimas, chamadas de Câmara no TJ, e no resto do poder judiciário todos os órgãos fracionários são chamados de Turma.
Quando é remetido um recurso ao STJ, tem que ler o regimento interno para saber para onde será despachado o recurso. 
Em toda a 2ª instância tem 1 juiz responsável por dirigir todo o processo, chamado de JUIZ RELATOR.
Instância Superior é toda pertencente à UNIÃO. 
O QUE MAIS NOS IMPORTA É A JUSTIÇA COMUM E SEUS DESDOBRAMENTOS SUPERIORES. 
 STF
			 STJ 	
	 
 TJ TRF 
 
 
 J.Estadual J. Federal
# Uma relação litigiosa é necessariamente uma relação triangular. Quando há litigio o Estado entra, se não há litigio (jurisdição voluntária), o Estado pode até entrar, mas a relação é reta. 80% das ações tramitam na Justiça Estadual. A questão só tramita na Justiça Federal se houver interesse da União, ou de pessoas jurídicas ligadas a União. Ex. Correios, Banco Central, CVM, INSS, Crime contra o sistema financeiro. 
O juiz ao dirigir em um processo ele tem 3 decisões: despacho (não cabe recurso), decisões interlocutórias: não põe fim ao processo, e sim a uma relação processual contida nos autos (agravo de instrumento e embargos de declaração) e sentença: põe fim ao processo (apelação e embargos de declaração). JULGO EXTINTO O PROCESSO nem sempre quer dizer que ele extinguiu o processo inteiro e pode ser uma decisão interlocutória. 
Sentença extingue todo o processo. 
Quando o relator decide sozinho (decisão monocrática) cabe Agravo Interno e Embargos de Declaração para a Câmara se for estadual. Na 2ª Instância as decisões são denominadas acórdãos. 
A função principal do STJ é a unificação da interpretação legal, recurso com essa função é o RECURSO ESPECIAL. No STJ temos 33 ministros, divididos em 6 turmas, e cada turma tem 5 ministros, quem tá como presidente, corregedor e vice fica com função a parte. 
 O STF unifica a interpretação constitucional, o recurso com essa função é o RECURSO EXTRAORDINÁRIO. No STF temos 11 ministros divididos em 2 turmas com 5 ministros e o outro é o Presidente. 
Quando há uma decisão com fundamentação diferente dentro do próprio tribunal superior, cabe EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA, cabendo em RE e RESP.
O Recurso Ordinário, de acordo com a CF é estabelecido para as causas originárias na 2ª instância e no STJ. São processos que se iniciam na 2ª instância ou no STJ. Art.102, II (julgado pelo STF) e 105, II CF (julgado pelo STJ). 
Mandado de segurança negado no TRF ou TJ, cabe R.O para o STJ, mandado de segurança negado no STJ, cabe R.O para o STF. 
Em regra, as execuções são de sentença. 
Natureza Jurídica da Sentença cível: Uma sentença cível pode ter 3 naturezas:
1) Condenatória (só essa nos interessa)
-Condenatória com quantia certa. Quando a sentença não é liquida, tem um procedimento prévio chamado de liquidação para tornar a sentença líquida e certa. 
-Condenatória com obrigação de fazer\não fazer
-Sentença condenatória de entrega de coisa
2) Constitutiva: tem por objetivo alterar uma situação jurídica. Ex. declaro o divórcio de fulano e beltrana, a partir da data tal, com divisão tal. 
3) Meramente declaratória: objetivo de declaração de uma situação jurídica
#A constitutiva e a meramente declaratória, os autores chamam de Execução Imprópria. 
SENTENÇAS EXECUTÁVEIS SÃO SENTENÇAS CONDENATÓRIAS. 
EXECUÇÃO
Quando a execução é derivada de sentença, esta é chamada de Cumprimento de Sentença. 
A lei estipula que determinados títulos (documentos) possibilitem a execução, são os chamados Títulos Extrajudiciais, os mais comuns são os títulos de crédito e os contratos que tenham 2 testemunhas. 
Na ação de execução temos: Exequente (credor) -> Executado (devedor) 
Execução por quantia certa não se dá por ofício. As demais se dão. 
Quando a execução é por quantia certa e não é pago, se expropria bens para ter o dinheiro – Bacenjud . Renajud (sistema de informática criado pelo detran) . Sistema de bloqueio de bens imóveis, administrado pelo CNJ, que emite um alerta para todos os cartórios do Brasil perguntando se o devedor tem algum bem móvel. 
A penhora é o ato pelo qual o juiz cria uma restrição no bem do devedor. Quando tem a penhora o devedor apresenta uma defesa, a defesa dentro desse procedimento é uma defesa restrita (impugnação), pois ele só pode falar sobre questões especificas, a penhora, os bens, e não sobre a dívida, pois esta já está definida em uma sentença. 
Título extrajudicial: neste título a defesa é ampla em relação ao cumprimento de sentença, uma vez que o título executado é um cheque, que pode ter muitos motivos, podendo-se discutir a própria dívida. Ex. vício de consentimento 
Por a defesa ser ampla, ela é realizada através de uma ação, denominada Embargos à Execução. 
Se o bem penhorado bloqueado não é dinheiro, ele deve transformar em dinheiro, que é a fase chamada EXPROPRIAÇÃO (retirada dos bens do devedor para quitar o saldo). A expropriação pode se dar através da:
- Adjudicação: o credor diz que quer ficar com o bem, o bem é avaliado e se for o valor da dívida, se finaliza o processo. Ou diz que não tem interesse em ficar com o bem, ocorre a alienação.
- Alienação: nesta ocorre o leilão, onde o bem será vendido. Será publicado um edital tendo 2 leilões, no 1º, o bem só pode ser vendido pelo valor da avaliação, no 2º leilão, o bem pode ser vendido por até 50% da avaliação. 
Tirado o bem ao devedor, e entregue ao terceiro, ocorrerá a arrematação. 
07/08/17
ESPÉCIES DE EXECUÇÃO
EM RELAÇÃO AO CUMPRIMENTO: 
Execução Espontânea x Forçada 
Execução por quantia certa \ genérica – art. 523 CPC
Esta execução depende de requerimento do credor, sendo este intimado pelo juiz para iniciar a execução no prazo de 15 dias, sob pena de arquivamento. 
Iniciada a execução, o devedor tem 15 dias para pagar, sob pena de execução forçada, que são atos executivos, ou seja, a penhora dos bens do devedor, que preferencialmente deverá ser em dinheiro.
Tem por base título executivo que contemple obrigação de pagar quantia certa, tendo como meio coercitivo a expropriação podendo esta ser realizada por meio da adjudicação dos bens penhorados, alienação ou pela apreensão de frutos e rendimentosde estabelecimento ou empresas.
 TUTELA ESPECÍFICA
Execução de Obrigação de Fazer e não fazer - Art.536.
É a execução cujo título contempla obrigação de entrega de fazer ou não fazer, tendo como meio coercitivo a transformação e meio coercitivo secundário a imposição de multa.
Execução de Entregar Coisa - Art.538
É a execução cujo título contempla obrigação de entrega de coisa certa ou incerta, tendo como meio coercitiva o desapossamento e meio coercitivo secundário à imposição de multa conhecida como meio coercitivo psicológico.
# Se estas não derem certo, se tornam obrigações de pagar quantia. 
# Nestas independe de requerimento do credor, não cumpridas as obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa, o juiz poderá fazer de ofício a execução. Transitou em julgado essas obrigações, imediatamente o devedor deve cumprir a obrigação, não cumprida, a execução espontânea passa a ser forçada. Se o devedor não cumprir a obrigação, ocorrerá as medidas satisfativas. 
- Na obrigação de fazer\ não fazer essa medida satisfativa é a multa, ou qualquer outra medida que obedeça ao princípio da Razoabilidade. 
Se for um bem móvel, a medida satisfativa é a busca e apreensão. 
Se for bem imóvel, ocorrerá a imissão na possa, ou seja, retirar o devedor do local, e colocar o credor. 
# Se não for obtido o cumprimento da tutela específica, tudo se resolverá nas perdas e danos, essas perdas e danos serão liquidadas:
O que o credor efetivamente perdeu são os danos emergentes.
O que o credor deixou de ganhar é o lucro cessante. 
# Tudo o que for liquidado vira execução por quantia certa. 
Execução Sincrética x Autônoma 
A Sincrética (união de fases) se dá nos títulos executivos judiciais – art. 515, I a V. São decisões determinadas pelo juiz para que a execução seja realizada. É uma fase posterior ao processo cível de conhecimento (já existente). Portanto, nesta fase ocorre a intimação do devedor.
A Execução Autônoma é realizada a partir de uma petição inicial, portanto o processo de execução é um fim em si mesmo. Por ser o primeiro ato do devedor neste processo, ele será citado. 
Dentro dessa execução, estarão os títulos executivos judiciais (previstos no art.515, VI a IX) e os títulos executivos extrajudiciais, art. 784 e 785. 
O credor de um título executivo extrajudicial, pode optar pela fase de conhecimento, não sendo obrigado a executar diretamente, uma vez que ele tem defesa ampla, e poderá discorrer acerca do título em si.
Execução Comum x Especial 
A comum é a prevista no CPC.
A especial, é prevista em leis extravagantes, ou seja, fora do CPC. Ex. Execução Fiscal, Lei 6830\1980, é a pior para o devedor, uma vez que o credor pode ser o Estado. 
Art.780: O exequente pode cumular várias execuções, ainda que sejam de títulos diferentes, quando o executado for o mesmo, e desde que, para todas elas, seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. 
QUANTO AO TÍTULO 
Judicial (515) Definitiva 
 Provisória Tutela provisória 
 Recurso sem efeito suspensivo
Judicial (515): tem por base título executivo produzindo em ação judicial Ex: sentença. 
Definitiva: É aquela cujo título judicial transitou em julgado 
Provisória: É aquela cujo título é baseado em uma tutela provisória (todas), e também quando um recurso não tem efeito suspensivo. 
Art.520 a 522: Procedimento do Título judicial provisório
Art. 520, I: Corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido. 
Para proteger o devedor, a tutela provisória depende de caução, que pode ser dispensada, art. 521, como as obrigações de natureza alimentar, pois em regra, elas são irrepetitíveis. Nem todo benefício alimentar é irrepetitível, como nos casos de benefício por auxílio doença, que se for reprovado na perícia, e tiver obtido a tutela antecipada, terá que devolver.
A defesa nesse caso é restrita. 
Extrajudicial: (art. 784). Tem por base títulos pautados no pacto negocial entre o credor e o devedor. Ex: Títulos de crédito.
 Obs.: Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. 
A defesa por título extrajudicial é mais ampla. 
PRINCÍPIOS DE EXECUÇÃO
1) Nulidade da execução sem título hábil (Nula executio sine titulo): para que a execução seja aceita é necessário que o título esteja previsto em lei.
2) Efetividade: o juiz deve tomar todas as medidas necessárias para satisfação do credor, chamados de Atos Executivos (penhora, multa, busca e apreensão, imissão na posse). Sendo que esses atos não são numerus clausus, ou seja, admitem-se outras medidas (desde que se obedeça ao princípio da Razoabilidade), art. 536, §1º.
3) Boa fé processual, Art.77 c\c 771 §ú: violando este princípio, em determinadas situações será aplicada uma multa de até 20%, essa multa vai para o Estado, pois aqui estão disciplinadas as condutas que genericamente atentem conta a dignidade da justiça. 
O credor ou devedor podem até ter razão, mas o prejuízo maior é para a parte, de acordo com o art. 774, também será fixada multa de até 20%, mas neste, será dirigida ao credor. 
774, I: O devedor já sabendo que tem obrigações a cumprir, começa a vender o seu patrimônio, neste caso, ele está fraudando a execução. 
# É possível a acumulação da multa de 20% que vai para o Estado, com os 20% que vai para o credor. 
4) Responsabilidade patrimonial – art. 789: o devedor responde com todos os seus bens, presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei, logo a regra é, a penhorabilidade dos bens (o bem que não pode ser penhorado é o imóvel que tem como característica residencial).
A responsabilidade patrimonial pode acarretar prisão civil, nesta existem 2 formas constitucionais de prisão: o depositário infiel, art.5º, LXVII e o devedor de prestação alimentar (porém, só esta possui eficácia)
5) Contraditório: o devedor tem o direito de defesa, de se manifestar dentro do processo de execução.
- Essa defesa pode ser nos Títulos Executivos Judiciais, onde o devedor se defende através de uma petição, denominada Impugnação, art.525. O devedor já sabe o que ocorre, não sendo pego de surpresa, portanto, a impugnação é um meio de defesa restrito, e tem natureza jurídica de Incidente Processual. A decisão aqui será uma “decisão interlocutória”, podendo ser discutida mediante agravo de instrumento. Art.1015 parágrafo único: 
- E nos Títulos Executivos Extrajudiciais, onde o devedor se defende em uma petição diferenciada, denominada Embargos à Execução (contra-ataque). É a primeira vez que o devedor está tendo que se defender, e, portanto, os embargos são um meio de defesa amplo, e tem natureza jurídica de Ação. E neste, serão colocados em apensos, pois serão dois processos, a execução e os embargos à execução. Os embargos possuem natureza jurídica de sentença, e, portanto, delas cabem apelações, art.1012 §1º, III. Esta sentença não possui efeito devolutivo, e poderá ser executada provisoriamente. 
6) Menor onerosidade – art. 805: Aliado ao princípio da dignidade humana o credor deverá optar pelo meio menos gravoso ao devedor quanto de mais de uma forma puder ser cumprida a execução.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
7) Cooperação – art. 774, V: Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha em tempo razoável decisão de mérito justa e efetiva.
O devedor tem a obrigação de indicar quais são e onde estão os bens que possam ser penhorados, estámuito ligado a boa-fé. 
8) Disponibilidade – art. 775: O credor, com base no princípio da disponibilidade, poderá dispor de toda a execução ou de apenas alguns atos desta.
Art. 775: O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único: Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II -nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
14/08
Títulos Executivos:
Em relação aos títulos executivos vigora o princípio da taxatividade/legalidade, ou seja, apenas a lei pode estabelecer títulos executivos, não pode ser estabelecido por norma inferior a Lei. 
Judiciais (Art. 515, CPC):
Art. 515, CPC - São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
As decisões judiciais que são títulos executivos judiciais são as sentenças e decisões interlocutórias que julguem extinto o processo em relação à uma das partes em litisconsórcio. 
A decisão que julga extinto o processo para uma das partes possui natureza jurídica de decisão interlocutória, pois sentença é o ato do juiz que põe fim ao processo. Quando se extingue o processo para uma das partes, o processo continua em relação as partes restantes. 
O objetivo na execução de título judicial (cumprimento de sentença) é o de pagar quantia, fazer ou não fazer e entregar coisa. Essas são as obrigações resolvidas dentro do processo civil relacionadas as sentenças condenatórias. 
A decisão homologatória de auto composição judicial;
Se refere ao acordo em juízo. Aqui há a jurisdição contenciosa e no tramitar do processo houve um acordo. 
A decisão homologatória de auto composição extrajudicial de qualquer natureza;
A diferença do inciso anterior para este é que no primeiro o acordo é feito em juízo e no segundo o acordo já foi feito sendo somente levado ao juiz para que este o homologue. No segundo a jurisdição voluntária. 
Obs.: Art. 719, CPC - Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem os procedimentos de jurisdição voluntária as disposições constantes desta Seção. 
Art. 725, CPC - Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido de:
Inciso VIII - Homologação de auto composição extrajudicial, de qualquer natureza ou valor.
O formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
O referido inciso trata do chamado forma de partilha. O formal de partilha possui natureza jurídica de sentença, pois põe fim ao processo de inventário (Art. 655, CPC). 
O crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
Exemplos: Valor a ser pago ao perito, ao oficial de justiça, ao tradutor, ao leiloeiro. 
Obs.: Do inciso I ao V se está trabalhando com decisões realizadas dentro de processo tramitando em juízo cível nacional. Cível é tudo que não é crime, portanto, família é cível, assim como sucessões, empresarial, registro público, juizado especial civil. 
Obs.: Nas hipóteses do inciso I ao V o devedor, por já ter conhecimento, será intimado. 
A sentença penal condenatória transitada em julgado;
(Art. 387, inciso IV, CP) – Dentro da sentença penal o juiz pode estabelecer uma indenização. Essa indenização é devida a vítima. 
Importante: A questão relativa a requisitos de sentença penal é matéria legal. Quem define a interpretação de matéria legal no direito brasileiro é o STJ. A jurisprudência, os julgados do STJ confirmam que a sentença penal condenatória, quando estabelece uma indenização só será título executivo quando dentro do processo criminal existir o contraditório em relação ao réu. O contraditório é obrigatório. 
A sentença arbitral;
(Lei 9.307/1996) – Esta lei trata da arbitragem. Os chamados tribunais arbitrais não são órgãos do poder judiciário, sendo a arbitragem realizada por pessoa jurídica de direito privado. Árbitros são pessoas que irão resolver lides fora do judiciário. 
Uma questão será submetida à arbitragem quando dentro do contrato existir o chamado compromisso ou cláusula arbitral (Art. 485, inciso VII, CPC). 
Na arbitragem, quando há lide, figuram como partes o autor, o réu e três árbitros, sendo um indicado pelo autor, outro pelo réu e o terceiro arbitro é indicado pelo tribunal de arbitragem e aceito pelas duas partes. 
A sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
Os incisos VIII e IX tratam de decisões proferidas pelo poder judiciário estrangeiro, também chamado de direito alienígena. Para que uma sentença ou uma decisão de urgência tornem-se títulos executivos judiciais, elas terão que passar pelo crivo do STJ (Art. 105, inciso I, alínea “I”, CF). No caso de sentença o STJ deverá proceder a homologação, já no caso de decisão de urgência deverá ser o exequatur. (Art. 109, inciso X, CF - Após a homologação ou exequatur o título executivo será processado na justiça federal). 
Obs.: Nos incisos VI até IX não existe processo civil, manifestando-se o devedor pela primeira vez, sendo, portanto, citado (Art. 515, §1º, CPC).
Art. 515, § 1º, CPC - Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
Obs.: Decisões constitutivas e declaratórias não precisam de execução.
 
Extrajudiciais (Art. 784, CPC):
São documentos, de acordo com o princípio da legalidade, que a lei confere um grau maior de certeza do que outros documentos. Como a lei confere essa certeza, o credor não precisa ajuizar uma ação de conhecimento, podendo seguir diretamente para a execução. 
Art. 784, CPC - São títulos executivos extrajudiciais:
A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
O inciso I faz referência aos títulos de crédito. O credor, de posse de um dos títulos supracitados, vai direto a cobrança do devedor por meio de uma ação de execução por título extrajudicial. 
A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
Lavrada em cartório, que é uma serventia extrajudicial. (Ex.: Compra e venda de um imóvel com escritura pública.) 
A lei também fala sobre o documento público assinado pelo devedor. (Ex.: Reconhecimento de dívida por uma pessoa jurídica de direito público.) 
Nos documentos desse inciso não há testemunha. 
O documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
No momento em que o contrato é assinado pelas partes, as testemunhas não precisam estar presentes, ou seja, as testemunhas podem ser a posteriori, no entanto, para que isso ocorra as testemunhas devem estar identificadas no contrato. Se no momento que as partes estiverem assinando o contrato e as testemunhas não estiverem identificadas e assinarem depois o contrato não valerá, pois, o nome das testemunhas não constava no contrato. 
De acordo com o artigo 221 do CC não há necessidade de reconhecimento de firma no contrato para que ele se torne um título executivo extrajudicial, bastando para tanto que haja a assinatura. 
O instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
O referido inciso diz respeito a certas pessoas que assinam junto com os contratantes, sendo certo que essas pessoas são: MP, DP, Advocacia Pública, advogados, conciliadores e mediadores. Sendo em verdade um acordo extrajudicial. 
Os instrumentos de transação podem ser levados ao judiciáriopara se transformar no título executivo judicial (Art. 515, inciso III, CPC). 
Obs.: O MP, nesse caso, participa como um mediador para que o acordo seja feito. 
O contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
Direito real de garantia está ligado, necessariamente, a outro contrato, que é o contrato de financiamento. Obs.: Penhora é ato executivo judicial de garantia. 
Na anticrese, o credor fica na posse de um bem do devedor recebendo frutos desse bem. 
O contrato de seguro de vida em caso de morte;
O único sinistro que possibilita a execução por título extrajudicial é a morte. 
O crédito decorrente de foro e laudêmio;
O crédito decorrente de foro ou laudêmio está ligado a um direito real chamado de enfiteuse. Na enfiteuse há a figura do senhorio, que em verdade é o verdadeiro dono do bem. Há também a figura do enfiteuta que possui a disposição, o uso e o gozo, ou seja, pode vender, ou alugar, construir benfeitorias, tudo sem autorização do senhorio. A única coisa que o enfiteuta deve fazer é pagar o foro ao senhorio todo ano. O enfiteuta pode vender, mas ao vender o senhorio possui um percentual de meio por cento sobre essa venda, que é chamado de laudêmio. 
Foro = Pagamento anual feito pelo enfiteuta ao senhorio. Obs.: A enfiteuse não pode mais ser instituída. 
O crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
O referido inciso fala que o aluguel é um título executivo extrajudicial (Lei 8.245/91). 
No inciso VIII o credor é o proprietário. 
A certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
O referido inciso considera título executivo dívida ativa. A dívida ativa tributária pode ser tributária ou não tributária. 
O crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
A diferença entre o inciso VIII e o X é que no primeiro é quando o locatário deixa de pagar os acessórios, nesse caso o proprietário paga e cobra do locatário. Já no inciso X o próprio condomínio cobra do condômino. 
A certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
Quando o cartório for credor configura título executivo extrajudicial. 
Todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Outras leis trabalham com títulos executivos extrajudiciais. (Ex.: Anuidade da OAB; créditos do TCU). 
21/08
COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO (a quem uma demanda deve ser distribuída)
- TÍTILO JUDICIAL: Tratado no art. 516 do CPC. 
Art. 516.  O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - Os tribunais, nas causas de sua competência originária;
Ex. art. 102, I CF (STF), art.105, I CF (STF), art.108 (TRF).
II - O juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
São as hipóteses mais comuns, tendo como exemplo o art. 515, I ao V. Hipóteses em que tramitou passou pela fase de conhecimento e gerou o título executivo judicial. 
III - O juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Art.515, VI a IX: a regra será a do domicilio do executado\ devedor\ réu.
Parágrafo único.  Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Oferece opções, benefícios ao credor. A execução tem como foco os direitos do credor. O credor na prática, não utiliza esses benefícios. 
O termo cumprimento de sentença é genérico, podendo ser utilizado para sentença arbitral\ acordo. 
OBS: Art.515, inciso VIII e IX: o juízo competente será o da justiça federal, conforme dispõe o art.109, X. 
OBS2: Acórdão do tribunal marítimo não é título executivo. 
Pode ocorrer o conflito de competência, entretanto não é comum. Por exemplo, o juiz de Niterói informa que os imóveis do devedor de Niterói foram vendidos, se dá por incompetente e declina para o da 1ª vara de Nova Friburgo. 
-TÍTULO EXTRAJUDICIAL: Tratado no art. 781 CPC
Art. 781.  A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - A execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - Tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - Havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - A execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
OBS: Para o contrato ser um título executivo extrajudicial deve ter a assinatura de 2 testemunhas. 
OBS2: A cláusula de eleição do foro não é válida para contratos de consumo. 
Quando se fala em competência, adota-se o que for melhor para o credor. 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA: Art. 509 a 512.
A liquidação é fase antecedente, intransponível quando a sentença condenar o devedor ao pagamento de quantia ilíquida. 
O art. 509 consagra duas modalidades de liquidação, quais sejam:
 I: POR ARBITRAMENTO, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
Emprega-se esta denominação pelo falo de que a apuração da quantia devida será feita por perito, nos moldes do art. 510. 
Art. 510: Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial
II: PELO PROCEDIMENTO COMUM, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
A liquidação será instrumentalizada pelo processo comum, quando for necessário provar a ocorrência de foto novo indispensável a correta mensuração do quanto é devido. Nesta hipótese, surge um verdadeiro processo, com petição inicial, contestação, réplica- se for o caso, fixação pelo juiz do ponto controvertido, deferimento e indeferimento das provas requeridas pelas partes, fase instrutória e por fim, decisória. 
Fred Didier coloca uma 3ª liquidação que é a por cálculos. É divergente, não é o que está na lei. Especifica-a somente se é questão discursiva, em questões objetivas, colocam-se somente as duas com previsão legal. Esse tipo de liquidação é por cálculos simples (art.509 §2º c\c 524). Os doutrinadores que defendem essa tese defendem praticidade. O contador define o valor para começar a execução.
# O CPC no artigo 1015, parágrafo único, considera como interlocutórias as decisões proferidas na fase de liquidação, não fazendo nenhuma distinção quanto a decisão que resolve a liquidação pelo procedimento comum. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
 Art.783: A execução deve ter um contrato líquido, se não for não pode propor uma ação de execução. Se o contrato for de difícil prova, deve-se propor a ação de conhecimento. 
Depois de liquidar a sentença, que o credor poderá executá-la.
O credor pedirá a intimação do devedor para que ele se manifeste sobre a execução. Na hipótese do art.515, VI a IX, não há processo civil anterior. Nestecaso, será instaurado um processo autônomo de liquidação, logo o devedor será citado para tomar conhecimento da ação, sendo a sua primeira comunicação no processo. 
A chamada liquidação incidental vai se dar nas obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa (art.499 CPC) a obrigação de fazer se transforma em obrigação de pagar quantia quando não cumprida a obrigação inicial. 
	 
PARTES NA EXECUÇÃO
Art.778 CPC: Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo.
§ 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
MP
Sucessão causa mortis
Sucessão Inter vivos (cessão de crédito)
Sub-rogado (arts.346\347 CC) 
O MP pode ser credor em uma execução em ações coletivas (substitutivo processual – por exemplo). Para ocorrer substituição processual deve haver previsão legal, entretanto em ações coletivas o MP pode ocorrer como substituto processual. Ex. cobrança de taxa abusiva pela vivo para todos os seus clientes, portanto o MP pode atuar. 
O devedor não pode se opor à cessão de crédito (lucro). Cessão de crédito = cessão de contrato. Para ocorrer uma sub-rogação deve ocorrer a transmissão do crédito pelo valor da dívida. 
O devedor trabalha também com a sucessão causa mortis (indo o credor para os sucessores para cobrá-los). Pode ocorrer também a sucessão Inter vivos, havendo assunção da dívida ou cessão de débito (arts.299 a 303 CC). 
Art.779 CPC: Contra quem a execução pode ser proposta (devedor). 
Credor e devedor são chamados de partes originárias. Entretanto, há terceiros que podem substituir os credores\ devedores originários. 
I: Devedor
II: Espólio, ou herdeiros ou os sucessores do devedor. 
III: há a necessidade do consentimento do credor para ocorrer à cessão de débito. 
IV: fiador – 1º se executa os bens do devedor para depois se executar os do fiador renunciado o benefício de ordem. Art.794 §3º CPC
V: O responsável também é um garantidor da dívida. Podendo ser responsável ligado ao direito de propriedade (do propter rem – coisa) 
VI: O responsável tributário. Ex. substituição de um nome\ razão social de um posto de gasolina). Fraude tributária, tornando-se um responsável pelo outro. 
28/08/17
ELEMENTOS DA EXECUÇÃO – Art.771 CPC
Existem elementos da execução que são necessários para o início da ação:
1) Inadimplemento: Só se inicia execução por inadimplemento em relação a quantia, fazer\ não fazer, entrega de coisa. 
2) Termo ou condição - 798, I, “c”: O inadimplemento só ocorre depois que ocorreu o evento para que a execução possa ser proposta.
Tem que ocorrer o termo (data específica) ou condição (evento futuro e incerto) Condição resolutiva (até - enquanto): A obrigação já é devida e pode ser finalizada com o evento 
Condição suspensiva (se): a obrigação não é devida, salvo quando ocorrer o evento 
	 
3) Contrapartida\Contraprestação\ Exceção do contrato não cumprido - 798, I “d”: Sem a contrapartida, não dá para iniciar a execução. 
Ex: Contrato para Renata pintar um quadro, mas eu tenho que entregar as tintas, enquanto eu não entrego o material, ela não tem como pintar.
4) Obrigação alternativa (ou) - 800: Quando a escolha couber ao devedor, este será citado para exercer a escolha no prazo de 10 dias, se não for determinado outro prazo.
- Se dentro do prazo, o devedor não se manifesta, a escolha passa ao credor. 
- Se couber ao credor, a escolha deverá ser indicada na petição inicial da execução. 
EFEITOS DA EXECUÇÃO
1) Interrupção da prescrição – art.802: Existem 2 prescrições: 
A prescrição da ação de conhecimento: como regra geral, inicia-se no descumprimento da obrigação. 
EXCEÇÕES:
- Responsabilidade contratual 206§ 5º CC: 5 anos, a partir do descumprimento. 
- Responsabilidade extracontratual 206 §3º: 3 anos – visa uma indenização não prevista em contrato. Inicia-se a partir do evento.
A prescrição da execução: se inicia, como regra geral, a partir do trânsito em julgado. 
EXCEÇÕES:
- Nos casos do art. 798, I “c” e “d”: termo, condição ou contraprestação. A Prescrição da execução é no mesmo prazo de execução da ação. Súmula 150 STF
- Se o fato que gerou a execução derivou de uma responsabilidade contratual, o prazo é de 5 anos. 
- Se derivou de uma responsabilidade extracontratual, o prazo é de 3 anos. 
2) Indisponibilidade do patrimônio 
A execução pode também trazer a indisponibilidade do patrimônio do devedor.
Para que o devedor não possa dispor do patrimônio, é necessária a emissão de uma certidão, que deverá ser emitida pelo juiz da causa, desde que provocado pelas partes. Essa certidão serve para que fique constando no registro dos bens. É uma proteção do credor para que o devedor não venda os seus bens. Também serve para quebrar a boa-fé do 3º, pois ele não tem como alegar que não sabia. 
Títulos extrajudiciais: aplica-se o art. 828. A certidão nesse caso é chamada de certidão de títulos executivos extrajudiciais. 
Títulos judiciais: 495, §1º. A certidão nesse caso é chamada de hipoteca judiciária. 
3) Possibilidade de parcelamento – Só é possível em execução por título extrajudicial. 916. 
 O parcelamento de uma execução de quantia, se dá com uma entrada de 30% do valor total, e os 70% restantes podem ser divididos em até 6 vezes, com juros pré-fixados de 1% ao mês. 
O parcelamento é um direito subjetivo do devedor. 
916 §7º: não cabe parcelamento quando for título executivo judicial, ou seja, ao cumprimento de sentença. 
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL – Art.789\ 796 CPC
O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
 (Recaem sobre bens impenhoráveis, art.833 e Lei.8009\90 – bens de família). 
São sujeitos a execução dos bens: 
DEVEDOR 
Art. 790: sucessor a título singular: Legado, testamento, bem específico. Se o devedor faleceu, o sucessor entra como parte. 
III. é sujeito a execução do bem, ainda que em poder de terceiro, tanto faz que o bem esteja na posse do devedor ou de 3º, será executado. (Ex. carro na oficina, bem emprestado)
art.796: Sucessor a título universal, na universalidade, quem responde pela dívida é o espólio. 
TERCEIROS:
No entanto em algumas situações, o terceiro que responde patrimonialmente, mesmo não fazendo parte da relação (Art. 790, II, IV, V, VI e VII). 
II. responsabilidade do sócio: obrigação entre um credor e uma empresa. O sócio será responsável pela dívida junto com a empresa. art.986 CC (sociedade de fato – não foi constituída regularmente). De acordo com a natureza da sociedade, mesmo que ela esteja de forma regular, o sócio também responde junto (o patrimônio do sócio se confunde com patrimônio da própria sociedade – sociedade simples)
Para saber se uma empresa é simples ou de fato, só analisando o contrato social. Primeiro os bens da sociedade, depois o do sócio, chamado de benefício de ordem. 
795 §1º: O sócio quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens da sociedade = benefício de ordem. 
IV: o cônjuge: o regime de bens é quem determina se um responde pelos bens do outro. 
- Comunhão universal: Respondem pela dívida do outro.
- Parcial: só os bens adquiridos onerosamente após o casamento.
- Separação Total: não sujeita o cônjuge ao pagamento da dívida do outro. 
OBS: Tem hipóteses que mesmo na separação total, os cônjuges respondem pela dívida um do outro, conforme artigos. 1643 e 1644 CC = chamado de solidariedade legal: ocorre nas despesas domésticas. (Relacionadas as despesas básicas, essenciais para existência) Ex. um cônjuge comprar fiado na padaria, o outro responde\ pedir empréstimo para comprar bens para a casa. 
V: Os bens alienados com fraude à execução são passíveis de proteger a execução:
VI: Os bens alienados ou gravados na fraude contra credores
VII: o responsável nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. Pode ser qualquer sociedade, desde que não seja simples ou irregular. Surgea figura do responsável, que é um sócio da empresa com funções de gerência. 
A desconsideração da personalidade jurídica: duas situações ensejam a desconsideração:
Desvio de finalidade: atos praticados pela sociedade, na pessoa do gerente, que violam o contrato social. (Ex. atos relacionados a fraude)
Dissolução irregular: a empresa continua existindo na junta comercial, no entanto, na sede dela, está fechada, ou seja, encerrou suas atividades irregularmente. Terminou as atividades na empresa sem registro na junta comercial. 
- Desconsideração da Personalidade Jurídica inversa: o sócio passa seus bens em nome da empresa, para que ele não sofra execuções. 
	 FRAUDE À EXECUÇÃO – 792
	 FRAUDE CONTRA CREDORES
	É um incidente processual dentro do processo de execução
	É uma ação: Paulina ou Revocatória (cuja prova é difícil, tem que ter provas testemunhas) – Antes da ação de conhecimento. 
	A questão está ligada ao registro.
- Se existir registro da obrigação, a fraude à execução é presumida. 
Bem sujeito a registro: O comprador tem que buscar certidões nos respectivos registros. Ex. Imóveis, lanchas. 
- Quando o bem não é sujeito a registro, a fraude à execução só pode ser comprovada quando o comprador não diligenciou para verificar dívidas. Presunção é de fraude. Ex. obra de arte, cavalos.
O comprador tem que buscar certidões no distribuidor.
#SÃO BENS DE ALTO VALOR ECONÔMICO NÃO SUJEITOS A REGISTRO.
	
Autor: Credor da dívida 
Réu: Devedora e a pessoa que “comprou” o bem da devedora
Objetivo da ação: anular as vendas feitas da devedora para o 3º.
	A fraude à execução tem que ser feita um pedido direto ao juiz, demonstrando a fraude.
O terceiro que for afetado por essa execução, pode se defender através dos embargos de terceiros, art.674\681 CPC. 
 
Só quando iniciar a execução. 
	O credor tem que provar o eventus damni (requisito objetivo): que essa venda provocou redução patrimonial.
O credor tem que provar o consilius fraudis (requisito subjetivo): ciência de que o comprador sabe da insolvência do devedor. HÁ PRESUNÇÃO DE CONSILIUS FRAUDIS = NA DOAÇÃO.
Existem duas tutelas provisórias, caso na Ação de conhecimento, o credor queira que o devedor pare de vender os bens. 
- Tutela Provisória Antecipada: pedir que o devedor pague o que deve a ele naquele momento.
- Tutela Provisória Cautelar: para evitar a dilapidação do patrimônio, e assegurar o resultado do processo. 
04/09/17
DEFESA DO EXECUTADO
Temos 3 hipóteses de defesa: Embargos à Execução, Impugnação e Exceção\ Objeção de pré executividade. 
1) EMBARGOS À EXECUÇÃO – art.914 a 920 CPC. 
Existe um termo antigo chamado “Embargos do devedor”. É uma ação de defesa do executado quando a execução se pauta em título executivo extrajudicial. 
O prazo para oposição dos embargos à execução é de 15 dias, conforme art.915 CPC. 
Embargante: quem propõe o embargo (devedor)
Embargado: contra quem se propõe a ação. (Credor)
Os embargos à execução ficaram em apenso à execução extrajudicial. Os embargos à execução será uma petição inicial.
Não é necessária garantia para propor os embargos, art.914. 
Existem duas ações tramitando em conjunto: A execução e os embargos. 
Quando o embargante propõe a ação, o juiz não suspende a execução, pois os embargos não possuem efeito suspensivo. Art.919 
Para suspender a execução tem que fugir da regra, e utilizar a exceção prevista no art.921 §1º e tem três requisitos cumulativos: 
1.requerimento expresso; 
2. garantia do juízo. 
3. o embargante deverá comprovar que estão presentes os requisitos da tutela provisória, ou seja, demonstrar ao juiz a probabilidade do direito. 
# Presentes esses três requisitos, a execução fica suspensa. 
ALEGAÇÕES POSSÍVEIS DOS EMBARGOS – Art.917 CPC (rol exemplificativo)
O devedor pode apresentar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. 
A alegação mais comum é a de excesso de execução. Ex. a correção não é devida em lei, juros, etc. 
Art.917 §3º: No excesso da execução, o embargante não pode apenas dizer que o cálculo está errado, e sim obrigatoriamente mostrar a planilha dos cálculos atualizados, dizendo onde está errado e qual seria o cálculo. 
§4º, I: Se o embargante não juntar a planilha para provar a exceção, os embargos à execução serão liminarmente rejeitados. 
II. O excesso da execução sem planilha não será visto, mas se houver outro fundamento nos embargos, eles serão analisados pelo juiz. 
De acordo com o art.916, quando se trata de quantia certa, no prazo dos embargos (15 dias), o devedor pode pedir o parcelamento = entrada de 30% e os outros 70% divididos em até 6x com juros de 1%. O parcelamento é um direito subjetivo do devedor. 
Art.916§5º, I e II: Se pedir o parcelamento e não pagar as parcelas, incidirá multa de 10% sobre o valor não pago e antecipará todas as prestações subsequentes.
Os embargos vão tramitar no procedimento ordinário, de acordo com o art.920, isto significa que o embargado vai poder se defender e terá a fase instrutória, onde todos os meios de prova legais serão possíveis. 
O juiz determinará a produção de prova pericial quando tiver excesso de execução. 
Os embargos têm natureza jurídica de ação constitutiva negativa ou desconstitutiva, pois sua finalidade é desconstituir o título. 
A parte que perdeu a ação poderá propor apelação, haja vista tratar-se de uma sentença. art.1012 §1º, III
A sentença tem efeito devolutivo se ela extinguir os embargos sem resolução do mérito e se julgar o pedido dos embargos improcedente.
O efeito será suspensivo se a sentença acolher o pedido do embargante, e o credor apelar. 
Art.903: Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4o deste artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos.
2) IMPUGNAÇÃO – art.525 
Se refere a execução por título judicial. Transitou em julgado a ação de conhecimento, começa o cumprimento de sentença. 
Art.523: O devedor tem o prazo de 15 dias para pagar a dívida. 
525: Se ele não pagar neste prazo, inicia-se o prazo para sua defesa, no prazo de 15 dias. Estes prazos são suplementares, os 15 dias para a impugnação só começam após o prazo de pagamento. 
Nesta hipótese já teve processo de conhecimento. A impugnação é um incidente processual. 
A impugnação não depende de garantia, art. 525 in fine. 
Regra: A impugnação não possui efeito suspensivo. 
Exceções: Mas a impugnação pode suspender a execução, art.525 §6º 
1) Requerimento do devedor
2) Garantia da dívida
3) Fundamentos relevantes demonstrando que o intuito do devedor não é enrolar. 
A matéria de defesa da impugnação é restrita. 
ALEGAÇÕES DO EXECUTADO - Art.525 §1º (rol taxativo) 
1. Falta de nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo ocorreu à revelia;
Regra: Depois que transita em julgado, o processo só pode ser desconstituído através de Ação Rescisória no prazo de 2 anos.
Exceção: Querela nullitatis = Vício de citação é insanável a qualquer tempo. 
2. Ilegitimidade da parte;
3. Inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
Um título que transitou em julgado é inexequível para o cumprimento de sentença definitivo. 
4. Penhora incorreta ou avaliação errônea;
O bem penhorado é um bem de família, ou não é o valor avaliado pelo oficial de justiça. 
5. Excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
6. Incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
7. Qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença. 
Excesso de Execução – Art. 525 §4º e §5
Quando o devedor apresentar impugnação deverá apresentar planilha com os cálculos corretos, mostrando aonde está essacobrança indevida. Se ele não demonstrar, a impugnação será rejeitada. 
# A impugnação tem como característica a sentença inconstitucional, art.525, §12 a §15. 
Ex. a base da sentença do juiz é uma lei, que foi declarada inconstitucional pelo STF. 
Quando chega na execução (cumprimento de sentença), deverá ser analisado o momento em que o STF declarou a lei inconstitucional: 
- Se o STF declarou a lei inconstitucional antes da ação de conhecimento transitar em julgado, de acordo com o §14, a sentença é INEXIGÍVEL. 
- Se o STF declarou inconstitucional a lei depois da ação de conhecimento transitar em julgado, o título será EXIGÍVEL. 
De acordo com o §15 o devedor dentro do prazo de 2 anos contados da data da decisão do STF, pode propor uma Ação Rescisória (art.966 a 975), haja vista ser uma sentença inconstitucional, por mais que seja exigível. 
Ação Rescisória tem efeito suspensivo, desde que comprove, art.969. 
1) requerimento do autor
2) plausibilidade da tese
Procedimento da impugnação: é semelhante ao procedimento ordinário. 
a) terá a defesa da impugnação apresentada, no prazo de 15 dias; 
b) depois haverá a produção de provas; se for excesso à execução poderá haver perícia.
c) decisão que decide a impugnação = pode ser sentença (quando na decisão de impugnação o juiz entender que não há nada para cumprir, ex. Art. 525, VII – cabe apelação, 924, III c\c 1009) ou decisão interlocutória (quando o procedimento de impugnação não for aceito ou for aceito em parte – cabe agravo de instrumento, 1015 §ú.)
#Se o credor desiste da execução após a defesa do executado (seja na impugnação, seja nos embargos) será analisado: art.775 §ú. 
1: Se forem questões meramente processuais os embargos e impugnação serão extintos, logo a defesa será extinta, mas, terá que pagar honorários.
Se após a desistência quiser propor execução de novo, pode, pois desistiu e não renunciou.
2: Quando se tratar de questão de mérito, a defesa só será extinta se o devedor concordar, ele concordando, também serão pagos honorários advocatícios. 
O juiz condenará 10% de honorários advocatícios de multa pela dívida não paga, por ter que iniciar a execução e por ter uma impugnação que não foi aceita.
11/09/2017
3) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (OBJEÇÃO)
A exceção de pré-executividade pode ser apresentada a qualquer tempo e possui como objetivo matérias que não demandem dilação probatória (Ex.: Pagamento).
Discutir dívida importa em dilação probatória, portanto, não será aceita a exceção.
Quando se apresenta a exceção de pré-executividade há a necessidade de apresentar a prova pré-constituída, ou seja, a prova já existente deve ser apresentada.
A natureza jurídica da exceção de pré-executividade é de incidente processual, ou seja, dentro da própria execução. Por este motivo é feito por meio de simples petição.
A exceção de pré-executividade é cabível em títulos executivos judiciais ou extrajudiciais, podendo ser interposta a qualquer tempo.
  
Se houver vício na execução a natureza jurídica da decisão será de sentença, pois acolhida a exceção de pré-executividade a execução será extinta.
Quando a exceção de pré-executividade é rejeitada ou acolhida em parte a natureza jurídica será de decisão interlocutória.
Não existe previsão legal para a exceção de pré-executividade no nosso ordenamento jurídico, a exceção é uma criação doutrinária e a jurisprudência (STJ) aceita como uma defesa não prevista em lei.
A exceção de pré-executividade não possui efeito suspensivo, por não possuir previsão legal e por ser um mecanismo de defesa simples acaba por não levar à suspensão da execução.
A referida exceção é utilizada na execução fiscal. Na execução fiscal há a necessidade, para se defender, de apresentação de uma garantia, mesmo que parcial.
 
Suspensão / Extinção da Execução- (Art. 921 a 923 / Art. 924 e 925, CPC)
Suspensão:
Art. 921, CPC - Suspende-se a execução:
Nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;
As hipóteses previstas nos artigos 313 e 315, CPC, são as hipóteses de suspensão de qualquer processo, seja no processo de execução, seja no processo de conhecimento (Ex.: Morte de uma das partes; morte do advogado de uma das partes; renuncia do advogado de uma das partes; se houver acordo entre o exequente e o executado para que haja a suspensão; se uma das partes alegar impedimento ou suspeição do juiz; quando a decisão depende de outro processo).
No todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução (e a impugnação);
A regra é de que os embargos à execução não suspendem a execução, salvo se for oferecida garantia e demonstrar os requisitos da tutela provisória. O mesmo se aplica à impugnação.
Quando o executado não possuir bens penhoráveis.
Se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
Quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.
O prazo máximo de suspensão é de 1 ano, transcorrido esse prazo a execução será arquivada e será iniciado o prazo de 3 anos para prescrição intercorrente (podendo ser de 5 anos, a depender da particularidade do título). Após arquivado por 3 anos, o artigo 924, inciso V, CPC, prevê que o processo deverá ser extinto em razão da prescrição intercorrente.
Quando houver a penhora do bem ele será leiloado (vendido para terceiros) ou adjudicado (credor/exequente fica com o bem).
Extinção: 
Extingue-se a execução se a petição inicial for indeferida, satisfação da obrigação, o exequente renunciar. 
18/09/2017 
 OBRIGAÇÃO 
Genérica/ pagar quantia certa Específica/Fazer, não fazer e 
 entregar coisa. 
Uma vez não cumprida a obrigação específica, será transformada em perdas e danos, que constituem obrigação de quantia certa. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER, NÃO FAZER E ENTREGAR COISA
Título judicial: Art. 536 a 538
Título extrajudicial: Fazer, não fazer: Art. 814 a 823. Entregar coisa: Art. 806 a 813. 
Essa obrigação pode ser: 
Contratual: 
Extracontratual: Art. 536 §5º. 
Fungível: Pode ser executada por terceiros 
 Obrigação de fazer
Não fungível/Personalíssima: Apenas o devedor
Em caso de descumprimento: Rol Exemplificativo. São aplicadas de ofício, não há necessidade de requerimento do credor. 
Medidas subrogatórias: Resultado prático equivalente. Ex: Busca e apreensão (no caso de entrega de coisa), remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva. 
# Existem determinadas medidas subrogatórias que devem respeitar o princípio da proporcionalidade. 
Medidas coercitivas: Essas medidas servem para tentar intimidar o devedor. Art. 536 §1º: Rol exemplificativo: Ex: imposição de multa. A multa é a medida mais utilizada. 
MULTA: Art. 537. A multa é revertida para o Credor. Não tem periodicidade definida. A multa não serve para o enriquecimento sem causa. A multa não substitui a obrigação. A fim de evitar o enriquecimento sem causa, a jurisprudência afirma que a multa deve ter o valor máximo aproximado do valor da obrigação. 
O juiz poderá alterar o valor da multa vincenda, a vencer. Apesar da Lei só tratar da multa vincenda, a jurisprudência/doutrina, com a finalidade de evitar o enriquecimento sem causa, permitem que o juiz altere a multa vencida. 
Quando se inicia o prazo da multa: com o descumprimento. 
A obrigação de fazer e não fazer pode ser determinada de ofício, não há necessidade de requerimento do credor.
# Pode ter a fixação de multa nos casos de execução provisória, mas o seu levantamento não é permitido, a não ser se a sentença transitou em julgado em favor da parte. 
# Todas as medias coercitivas devem ser utilizadas antes de medidas subrogatórias mais gravosas, ou seja, que tragamprejuízo para o devedor. 
Art 139, IV: promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais. 
ENTREGA DE COISA- Art. 538 (Título Judicial)
Tem prazo estabelecido na sentença (pode ser acórdão, sinônimo de decisão final). 
Quando se trata obrigação de entregar a coisa, a Lei sempre estipula um prazo, esse prazo será definido pelo julgador. Se o devedor não cumpre a obrigação de entregar coisa, será mais fácil conseguir o resultado prático equivalente. 
Se for uma coisa imóvel: O documento emitido pelo juiz para conseguir o resultado prático equivalente é chamado de imissão na posse, será expedido um mandado de imissão na posse. 
Se for uma coisa móvel: A decisão é busca e apreensão, é expedido um mandado. 
Caso o bem não esteja disponível, ou impossibilidade de sua imissão, aplica-se o art. 499 (quando a obrigação é revertida em perdas e danos), nos casos de requerimento do credor, quando se tratar de obrigação fungível, ou quando se tratar de entrega de coisa. 
Só será revertido em perdas e danos a requerimento do credor, só existe uma situação específica que não precisa de requerimento do credor, o juiz pode agir de ofício: No caso de obrigação personalíssima. Nesse caso, significa transformar a tutela específica em tutela genérica, em outras palavras, obrigação de pagar quantia. Irá ocorrer a liquidação. 
A entrega de coisa pode ser: 
Incerta: Pautada pelo binômio: Gênero/Quantidade. 
Certa: Obrigação relacionada a uma coisa específica, singular. 
# Quem irá definir qual dessas duas modalidades será o juiz. Art. 498. 
O cumprimento da obrigação não tem um prazo específico, o juiz quem vai determinar. Nas obrigações específicas de título judicial, a defesa do devedor é feita através de uma petição. A decisão do juiz, para analisar essa defesa, dentro de uma execução é uma decisão interlocutória, e pode ser impugnada através de agravo de instrumento. Art. 1015 parágrafo único. 
Se o juiz verifica que a obrigação foi cumprida, e põe fim ao processo, a decisão será uma sentença, passível de apelação. 
EM CASOS DE TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS, previstos no art. 784 ou em Lei específica: 
- Obrigação de fazer/não fazer: Art. 814 a 823: 
- Obrigação de entregar coisa: Art. 806 a 813: 
A execução começa com uma petição inicial. O credor tem que propor uma execução por título extrajudicial, essa petição tem que estar clara. Art. 798. O devedor será citado para cumprir a obrigação. 
806: O prazo de entregar coisa no título extrajudicial é de 15 dias. 
Se não entregar a coisa no prazo de 15 dias, será fixado uma multa. 
815: Quando se trata de obrigação de fazer e não fazer, o prazo para que o devedor cumpra a obrigação é o prazo que o juiz definir, desde que não exista um prazo previsto no contrato. 
814: O juiz também pode estabelecer a multa, que é a medida coercitiva. Quando se trata de obrigação fungível, ela pode ser executada quando pelo devedor quando por terceiros, a forma da execução da obrigação por terceiro está prevista no art. 817 a 820. Se o credor resolve quem um terceiro irá cumprir a obrigação, ele não poderá escolher, nesse caso existe a necessidade de uma espécie de licitação para que a obrigação possa ser satisfeita. 
Existe ainda a possibilidade do próprio credor executar a obrigação. Se tiver conflito entre o credor e o terceiro. 
Se a obrigação for personalíssima: Art. 821, de acordo com o § único, se o devedor não cumpre a obrigação personalíssima ela se transforma em perdas e danos. 
Determinar que um terceiro cumpra a obrigação não é bom, pois quem deve pagar o terceiro é o credor, na maioria dos casos, converte-se em perdas e danos, pela dificuldade imposta pela Lei para que um terceiro cumpra a obrigação.

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